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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO COMPENSAÇÃO PELA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

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A

EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

COMO

COMPENSAÇÃO

PELA

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Claudio Sehbe Fichtner

Advogado, especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional pela UFRGS, especializando em Direito Empresarial pela UFRGS.

Rua Ítalo Victor Bersani, n° 553 / Caxias do Sul – RS Tel. (54) 3222.5650

Fax (54) 3222.4772 csfichtner@terra.com.br

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A

EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

COMO

COMPENSAÇÃO

PELA

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

RESUMO

O presente trabalho retrata a possibilidade legal e os benefícios de adotar a educação ambiental como compensação pelas condutas lesivas ao meio ambiente, tanto na responsabilidade administrativa como civil ambiental. Além dos permissivos e incentivos legais, o trabalho aborda casos aplicados, por meio de termo de ajustamento de condutas na esfera da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Ministério Público Estadual, bem como acordos judiciais.

1.ARESPONSABILIDADEAMBIENTAL

O ordenamento jurídico ambiental brasileiro, em especial, o sistema de responsabilização ambiental, é considerado um dos mais avançados do mundo, na medida em que, desde 1981, trouxe à luz a responsabilidade objetiva por danos ambientais1. Em 1988, a Constituição Federal elevou o meio ambiente à categoria de direito fundamental e criou a tríplice responsabilização pelas condutas lesivas ao meio ambiente2.

Em decorrência dessa ampla sistemática de responsabilização ambiental, os pretensos poluidores são obrigados, nos três níveis de responsabilidade (administrativa, civil e penal), a recuperar o meio ambiente degradado e a compensar pela prática da conduta lesiva, quando não houver, também, a obrigação de indenizar.

No tocante a responsabilidade administrativa, a mesma está consubstanciada na Lei dos Crimes e Infrações Administrativas – Lei n° 9.605/98, no Decreto n° 3.179/99, que regula o aludido diploma legal, bem como nas demais legislações específicas de cada Estado e Município, os quais, na sua esmagadora maioria, acabam por compilar o que já estava disposto nas leis federais. Convém observar que estes dispositivos legais contêm uma listagem específica3 indicando a conduta tipificada praticada pelo infrator e a penalidade aplicável a cada caso. O que se denota é que a responsabilidade administrativa ambiental já estabelece um critério objetivo de responsabilização, por meio da aplicação de multas e sanções administrativas já determinadas.

Por outro lado, a responsabilidade civil ambiental, a qual está pautada na Política Nacional do Meio Ambiente – Lei n° 6.938/81, não estabelece um critério objetivo de compensação e/ou indenização pela degradação ambiental. Na maioria dos casos, os limites

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Art. 14, § 1° da Lei n° 6.968/81 – ". § 1°: Sem obstar a aplicação das penalidade previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.

2 Artigo 225, §3° da CF/88 – "As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão

os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados."

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da compensação e/ou indenização ficam a critério dos agentes do Ministério Público4, dotados de uma Divisão de Assessoramento Técnico – DAT, que, por meio de diversificados métodos, sugerem, aos Promotores de Justiça, uma forma de compensar e/ou indenizar o dano causado. Esta subjetividade justifica-se pela necessidade de proteger e recuperar, in situ, o bem ecológico e conservá-lo, de forma sadia e equilibrada, o que, muitas vezes, é complicado, eis que não há como avaliar economicamente, de forma integral, as conseqüências ao meio ambiente. Inadequado seria esquecer que tais casos ficam restritos ao âmbito do inquérito civil ou penal, instaurados pelo Ministério Público, pois, nos casos de demandas judiciais, o valor da compensação e/ou indenização fica a critério do magistrado, que fixará o montante em sua sentença (quando, efetivamente, houver o que compensar/indenizar).

O que se denota é que a legislação ambiental brasileira prevê diversas modalidades de compensação e/ou indenização pelas condutas consideradas lesivas ao meio ambiente, sem prejuízo da obrigação de recuperar os prejuízos causados.

2. A OBRIGAÇÃO DE COMPENSAR

Conforme foi referido, além da primordial obrigação de retornar o meio ambiente ao seu status quo, que deve ser traduzida pela recuperação da capacidade funcional ecológica e da capacidade de aproveitamento humano do bem natural5, há a obrigação de compensação, quando a recuperação mostrar-se total ou parcialmente impossível ou inviável. Registre-se, ainda, que Álvaro Luiz Valery Mirra adverte que a reparação não deve atender apenas os danos diretamente identificáveis, chamados bens corpóreos, mas também, os danos extra-patrimoniais coletivos e os lucros cessantes ambientais, relativos ao período que o meio ambiente foi privado do bem atingido6. Cumpre-nos assinalar que este posicionamento não é isolado, na medida em que é compartilhados por vários outros grandes juristas brasileiros da área ambiental, dentre os quais cito Silvia Capelli.7

Tenha-se presente que o primeiro passo é a avaliação do dano e da respectiva responsabilidade do pretenso poluidor; em seguida, identifica-se as alternativas de recuperação e, quando for o caso, compensação e/ou indenização; por último, escolhe-se, dentre as alternativas apuradas, a que melhor se amolda à questão.

4 Art. 14, §1° da Lei n° 6.938/81 – "O Ministério Público da União e dos Estado terá legitimidade para

propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente."

5 SENDIM, José de Souza Cunhal. Responsabilidade Civil Por Danos Ecológicos. Ed. Almedina. 2002.

p.51.

6 MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Ação Civil Pública e a Reparação do Dano ao Meio Ambiente. 2ª ed. Ed.

Juarez de Oliveira. p. 315.

7 CAPELLI, Silvia. Atuação Extrajudicial do Ministério Público na Tutela do Meio Ambiente in Revista

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Assim sendo, na impossibilidade da recuperação integral do meio ambiente (entendido como recuperação da sua auto-regeneração e auto-regulação), deve-se buscar a compensação e/ou indenização.

3. A EDUCAÇÃO COMO MEDIDA COMPENSATÓRIA

É indubitável que a compensação ambiental convencional e, infelizmente, a mais utilizada, é a indenização pecuniária, que busca no patrimônio do poluidor, um montante equivalente ao bem ambiental atingido pela sua conduta. Todavia, tal modalidade clássica de reparação, muitas vezes, se mostra insuficiente na reconstrução e compensação da degradação ambiental, quer seja pela dificuldade de avaliar a integralidade do prejuízo ocorrido, quer seja, pela desproporcionalidade dos valores propostos, ou mesmo, pela ineficácia de conscientizar o poluidor, a respeito da sua conduta.

Em resposta à essa dificuldade, o ordenamento jurídico ambiental possibilita aos aplicadores do direito que utilizem a educação ambiental como medida compensatória pela prática de conduta lesiva ao meio ambiente.

Convém notar, outrossim, que a educação ambiental é apresentada como um princípio, pela Política nacional do Meio Ambiente, que assim estabelece:

"Art. 2° - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios X. Educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-las para participação ativa na defesa do meio ambiente."

Oportuno se tornar dizer que a educação ambiental foi absorvida, também, pela norma constitucional:

"Art. 225 [...]

§1° VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente."

Como se isso não bastasse, a Lei n° 9.605/98, tratando da responsabilidade administrativa ambiental, prevê a possibilidade da multa pecuniária ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação ambiental:

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"Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:

§ 4° A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.”

Além disso, o Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual n° 11.520/00, autoriza, expressamente, a conversão da multa simples em educação ambiental:

"Art. 102. As infrações às disposições desta Lei, seus regulamentos, às normas, critérios, parâmetros e padrões estabelecidos em decorrência dela e das demais legislações ambientais, serão punidas com as seguintes sanções:

§ 3º A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

§ 5º As penalidades de multa aplicadas a infratores não reincidentes poderão ser substituídas, a critério da autoridade coatora, pela execução de programas e ações de educação ambiental destinadas a área afetada pelas infrações ambientais que originaram as multas, desde que os valores se equivalham e que haja aprovação dos programas e ações pelo órgão autuante.”

Como visto, o próprio ordenamento jurídico permite que as penalidades administrativas sejam convertidas em serviços de preservação, conservação, melhoria da qualidade ambiental e educação ambiental. É preciso insistir no fato de que esta possibilidade pode e deve ser utilizada, não só pela Administração Pública, como também pelo Ministério Público, na composição pela prática de condutas lesivas ao meio ambiente.

Em consonância disso, Antônio Herman Benjamin e Edis Milaré8 destacam o importante papel da educação ambiental, ressaltando que:

"A educação ambiental pode e deve ser executada em dois planos, a fim de se conseguir a conscientização de toda a comunidade. Uma de ação imediata, pelos meios de comunicação: radio, tv, imprensa. É a denominada educação informal. Outra, com retorno em longo prazo, que será implantada justamente pela instrução escolar, correspondente a educação informal."

8 BENJAMIN, Antônio Herman. MILARÉ, Edis. Revista de Direito Ambiental n° 26, ano 07, abril/jun.,

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Posta a legalidade e viabilidade da utilização da educação ambiental como medida compensatória pela prática de conduta lesiva ao meio ambiente, convém discorrer sobre as suas vantagens. Em muitos casos, os pretensos poluidores acabam por confundir o pagamento da multa e/ou indenização pecuniária (relativa a responsabilidade ambiental), como um simples obstáculo ao espírito empreendedor, ou pior, como uma nova forma de tributação. Esta realidade é justificada pelo desconhecimento, de uma forma geral, do destino dos valores recolhidos à título de multa ou indenização (os quais são recolhidos a um fundo público do meio ambiente).

Em outros casos, a multa ou a indenização se mostra insuficiente para coibir a reincidência de condutas lesivas ao meio ambiente, acarretando quase que um direito de poluir, onde o poluidor não se conscientiza dos malefícios da sua conduta e a responsabilização se mostra vantajosa frente aos benefícios auferidos com a conduta praticada.

Ao ensejo da aplicação da educação ambiental como compensação pelas condutas lesivas ao meio ambiente, o pretenso poluidor acaba, muitas vezes, não só patrocinado o projeto aprovado, como também participando da execução do mesmo. Conclusão disso é a sua conscientização, pois o projeto não beneficia somente aos destinatários previstos, mas todas as pessoas que, de alguma forma, estão ligadas ao mesmo. O simples fato de o poluidor vincular-se como responsável pela apresentação e execução de um projeto de educação ambiental, reverte-se em uma ampla forma de conscientização e alteração do seu modus operandi.

Diante disso, o pretenso poluidor visualiza a aplicação do seu recurso financeiro que se reverte em investimento e não em tributação, desperdício ou obstáculo ao crescimento do empreendimento. É, no mínimo, curioso observar que o amplo conhecimento e controle da utilização do seu dinheiro, em cada uma das etapas do projeto de educação ambiental, facilita com que o pretenso poluidor, não raras vezes, invista mais recursos do que, inicialmente, havia previsto.

4. CASOS APLICADOS

Por uma questão de ética e confidencialidade, os nomes das partes envolvidas nos casos concretos serão preservados.

4.1. Uma determinada empresa, que atua na área de reciclagem de garrafas PETs, foi investigada pelo Ministério Público da comarca de Farroupilha – RS, por supostas irregularidades no tratamento dos seus efluentes. Após a constatação de que a empresa havia praticado uma conduta lesiva ao meio ambiente, as partes (empresa e Ministério Público) formalizaram Termo de Ajustamento de Conduta, aduzindo, dentre outras condições, que a empresa compensaria os danos causados, pela apresentação e execução de um projeto de educação ambiental, envolvendo 02 (duas) escolas públicas do município. A empresa organizou e custeou, para cada uma das escolas, em 02 (duas) ocasiões distintas, visitas

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técnicas, ao seu parque industrial, com professores especializados, indicando a importância da reciclagem e todas as etapas do processo produtivo.

4.2. Uma determinada empresa metalúrgica, que já respondia uma ação civil pública pela prática de poluição atmosférica e disposição irregular de resíduos, formalizou acordo judicial com o Ministério Público da Comarca de Caxias do Sul – RS. O acordo previa, dentre várias cláusulas de readequação às normas ambientais, que a empresa compensaria, pelos danos ambientais, por meio da doação de 02 (dois) equipamentos de informática à FEPAM e da implementação de um projeto de educação ambiental completo em uma escola pública. A empresa contratou profissionais altamente especializados, os quais confeccionaram um programa de educação ambiental, com duração de 01 (um) ano, que compreendia, desde aulas e palestras até um teatro.

4.3. Uma determinada empresa, que atua no ramo de lavanderia industrial, foi autuada e multada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Caxias do Sul – RS, pela prática de despejo de efluentes, sem prévio tratamento, e pelo depósito irregular de resíduos. A empresa formalizou Termo de Ajustamento de Conduta, que incluiu várias cláusulas de readequação às normas ambientais e a conversão da multa simples na apresentação e execução de um projeto de educação ambiental destinado aos seus próprios colaboradores e a uma escola próxima ao seu parque industrial. A empresa contratou profissionais altamente especializados que introduziram, na própria empresa, um programa de educação ambiental permanente, o qual foi, também, estendido a uma escola próxima.

5. RESULTADO

Em todos os casos mencionados e em outros não descritos neste trabalho, observou-se que os pretensos poluidores participaram de forma pró-ativa na execução dos projetos de educação ambiental. Tal engajamento com a medida compensatória ocasionou uma conscientização na empresa e nos seus colaboradores, bem como um investimento financeiro maior do que havia sido, previamente, previsto.

Convém notar, outrossim, que em todos os casos, os pretensos poluidores mostraram-se comprometidos com uma gestão ambiental séria e, como condição sine qua non, a respeitar as normas ambientais existentes e readequarem as suas condutas.

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