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TECNOLOGIA DE ARGAMASSAS (Parte I)

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(1)

TECNOLOGIA DE

ARGAMASSAS

(Parte I)

Aulas: Profa. Marienne R.M.Maron da Costa

colaboração Prof.Eduardo Pereira (UEPG)

Ano 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Construção Civil

(2)

Argamassa

(3)

Cada argamassa possui características específicas:

Þ

Composição

Þ

Dosagem

Þ

Desempenho

Þ

Aplicabilidade

Þ

Comercialização

(4)

• Agregados (fração grossa + fração fina)

• Aglomerantes(cimento, cal hidratada ou virgem, gesso)

• Adições minerais (escória, pozolana, ...)

• Aditivos (incorp.ar, imperm., ret.água, ...)

Relação água / materiais secos !!!

ß

Composição das argamassas

Foco na relação a/c

(5)

Alguns Traços comuns em volume - Argamassas

de revestimento (cim : cal : areia)

1 : 0,0 : 3 1 : 0,0 : 4 1 : 0,5 : 3 1 : 1,0 : 4 1 : 1,5 : 5 1 : 2,0 : 6 1 : 1,0 : 4

Formulação deve ser em massa!!

(6)

• Tempo de mistura

• Tipo de equipamento (potência)

• Seqüência de mistura dos componentes

(água no pó; pó na água)

Betoneira

Argamassadeira Misturador / laboratório

(7)

Curva Granulométrica de Argamassas Colantes

(Tese de Doutorado: Prof.Marienne Costa; jan/2006 - USP)

Controle da granulometria do

agregado e do aglomerante

(8)

Agregado NATURAL X ARTIFICIAL => COMPORTAMENTOS DISTINTOS

Controle da morfologia do

agregado

(9)

Propriedades

das Argamassas

(10)

NECESSIDADES DO CLIENTE

Aplicação Uso

Estado Fresco Estado Endurecido

PONTO FUNDAMENTAL INTER-RELAÇÃO =>

(11)

Trabalhabilidade e aspectos reológicos das

argamassas

Ø Trabalhabilidade é propriedade das argamassas no

estado fresco que

determina a facilidade

com que elas

podem ser misturadas, transportadas, aplicadas,

consolidadas e acabadas, em uma condição homogênea.

(12)

Trabalhabilidade e aspectos reológicos das

argamassas

ØUma argamassa é chamada “trabalhável” quando

permite que o pedreiro ou o aplicador execute bem o

seu trabalho:

No caso de revestimento, por exemplo, que ele possa

executar o serviço com boa produtividade, garantindo que o revestimento fique adequadamente aderido à base e apresente o acabamento superficial especificado.

(13)

Trabalhabilidade e aspectos reológicos das

argamassas

Trabalhabilidade Coesão Consistência Retenção de consistência Adesão inicial Exsudação Densidade de massa Retenção de água Plasticidade

(14)

Propriedades das argamassas

Propriedades Definição

Consistência É a maior ou menor facilidade da

argamassa deformar-se sob ação de cargas

Plasticidade É a propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se deformada após a retirada das tensões de deformação

Retenção de água e de consistência

É a capacidade de a argamassa fresca manter sua trabalhabilidade quando

sujeita a solicitações que provocam a perda de água

Coesão Refere-se às forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da argamassa e as ligações químicas da pasta aglomerante

(15)

Propriedades das argamassas

Propriedades Definição

Exsudação É a tendência de separação da água (pasta) da argamassa, de modo que a água sobe e os agregados descem pelo efeito da gravidade. Argamassas de

consistência fluida apresentam maior tendência a exsudação

Densidade de

massa Relação entre a massa e o volume de material Adesão inicial União inicial da argamassa no estado

fresco ao substrato

(16)

Propriedades das argamassas

q Consistência e plasticidade

Ø Geralmente, o único meio direto do qual o pedreiro dispõe para corrigir a trabalhabilidade da argamassa em obra é alterar a quantidade de água de amassamento, uma vez que as proporções dos componentes são pré-fixadas;

Ø Esse ajuste, pela adição de mais ou menos água, em primeiro lugar, diz respeito à consistência ou fluidez da argamassa, a qual pode ser classificada em seca,

plástica ou fluida, dependendo da quantidade de pasta aglomerante existente ao redor dos agregados

(17)
(18)
(19)

Consistência e Plasticidade

Ø Quando ajusta a argamassa para a sua consistência preferida, o pedreiro pode fazer um novo julgamento, expressando isso em palavras como “áspera”, “pobre” ou “magra” (para as características negativas) e

“plástica” ou “macia” (para as características positivas); Ø Nesse momento ele está falando de plasticidade;

Ø Essa propriedade é influenciada pelos tipos e pelas quantidades de aglomerantes e agregados, pelo tempo e pela intensidade de mistura, além de pela presença de aditivos (principalmente do aditivo incorporador de ar).

(20)

Plasticidade

% mínima de finos da argamassa

Sem aditivo Com aditivo

Pobre (áspera,

magra) < 15 <10

Média (plástica) 15 a 25 10 a 20

Rica (gorda) >25 > 20

Influência do teor de finos (partículas < 0,075 mm) da mistura seca na plasticidade das argamassas (Caraseck, 1995)

(21)

Ø A plasticidade adequada para cada mistura, de acordo com a finalidade e forma de aplicação da argamassa, demanda uma quantidade ótima de água, a qual significa uma consistência ótima que, por sua vez é função do proporcionamento e natureza dos materiais; Ø Assim, consistência e plasticidade são os principais fatores condicionantes da propriedade “trabalhabilidade” e, por isso, algumas vezes elas são

confundidas como sinônimos da trabalhabilidade.

Consistência e Plasticidade

(22)

Consistência e Plasticidade

A trabalhabilidade é alterada quando a argamassa entra em contato com o substrato:

Ø A qualidade e quantidade da alteração dependem das características da base, tais como: sucção de água,

textura superficial e características de movimentação de água no seu interior, além das condições ambientais que vão interferir na evaporação;

Ø As alterações podem ser avaliadas indiretamente por meio de características e propriedades como a adesão inicial, a retenção de água e de consistência, a

exsudação e a coesão da argamassa

(23)

Ensaios para medir trabalhabilidade

Ø Avaliar, quantificar e prescrever valores de

trabalhabilidade das argamassas por meio de ensaios

não é uma tarefa fácil;

Ø A trabalhabilidade

depende não somente das

características intrínsecas da mistura

(que por si só já

são complexas), mas também de várias

propriedades

do substrato, da habilidade do pedreiro

que está

executando o serviço e da técnica de aplicação.

(24)
(25)

Ensaios para medir consistência

Ø Cabe salientar-se que a Flow Table não serve para definir completamente a trabalhabilidade;

Ø Podem-se ter duas argamassas com resultados iguais de consistência pelo flow table e uma pode ser muito boa do ponto de vista da trabalhabilidade, e a outra chegar ao ponto de não ser aplicável;

Ø Isso conduz à conclusão de que uma abordagem mais completa acerca da questão da trabalhabilidade demanda estudos mais aprofundados do ponto de vista reológico.

(26)

Ensaios para medir consistência

q Para definir o comportamento das argamassas no

estado fresco utilizam-se relações com sua

consistência.

q Mesmo o Flow Table sendo de fácil execução,

apresentam limitações conceituais na caracterização

das argamassas e não representam o comportamento do

material.

q Os chamados ensaios monoponto, são de baixo

custo e de fácil execução, porém não consideram a

natureza multifásica e reativa das argamassas.

(27)

Ensaios para medir consistência

q Não é possível que o comportamento complexo de um

material seja descrito por um único valor, mas deve ser medido por um perfil reológico e, preferencialmente, simulando as

solicitações reais (Cardoso, 2009).

Figura: lustração esquemática de duas

argamassas distintas com comportamento de fluidos de Bingham (BANFILL, 2005, CARDOSO, 2009).

(28)

Squeeze Flow

ØUma proposta mais recente e mais completa que surge no campo de avaliação da trabalhabilidade das argamassas é o método do Squeeze-Flow;

Ø Este método baseia-se na medida do esforço necessário para a compressão uniaxial de uma amostra cilíndrica do material entre duas placas paralelas, sendo tal esforço

empreendido normalmente por uma máquina universal de ensaios.

(29)

Squeeze Flow

q No ensaio, o escoamento do material decorre da aplicação de uma carga de compressão sobre a amostra ocasionando o deslocamentos no seu interior devido aos esforços de

cisalhamento originados durante o fluxo (Costa, 2006).

Figura: Equipamento Instron 5569 utilizado no ensaio “Squeeze flow”.

(30)

Squeeze Flow

q O ensaio permite o controle da deformações e também das taxas de cisalhamento aplicada ao material;

q Permite aplicação de patamares de relaxação e a

determinação de parâmetros reológicos como viscosidade e tensão de escoamento, possibilitando a simulações dos

esforços semelhantes àqueles sobre os quais estão sujeitas as argamassas na prática (Costa, 2006);

(31)

Retenção de água

Ø Retenção de água é uma propriedade que está

associada à capacidade da argamassa fresca manter a sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que

provocam perda de água de amassamento, seja por evaporação seja pela absorção de água da base;

Ø Assim, essa propriedade torna-se mais importantes

quando a argamassa é aplicada sobre substratos com alta sucção de água ou as condições climáticas estão mais

desfavoráveis (alta temperatura, baixa umidade relativa e ventos fortes).

(32)

Retenção de água

Ø Esta propriedade além de interferir no comportamento da argamassa no estado fresco (como no processo de

acabamento e na retração plástica), também afeta as propriedades da argamassa endurecida;

Ø Após o endurecimento, as argamassas dependem, em grande parte, de uma adequada retenção de água, para que as reações químicas de endurecimento dos

aglomerantes se efetuem de maneira apropriada; Ø Dentre estas propriedades podem ser citadas a

aderência, a resistência mecânica final e a durabilidade do material aplicado.

(33)

Retenção de água

Ø A retenção de água pode ser avaliada pelo método NBR 13277 (ABNT, 2005), que consiste na medida da massa de água retida pela argamassa após a sucção realizada por

meio de uma bomba de vácuo a baixa pressão, em um funil de filtragem (funil de Büchner modificado),

(34)
(35)

Retenção de água

Argamassa com aditivo retentor de água (ésteres de celulose) Argamassas mistas de cimento e cal com aditivo

incorporador de ar Argamassa de cimento Aumento da Retenção de água

Ø A retenção de água é alterada em função da composição da argamassa.

(36)

Densidade de Massa

Ø Quanto mais leve for a argamassa, mais trabalhável será a longo prazo, o que reduz o esforço do operário na sua aplicação, resultando em um aumento de produtividade ao final da jornada de trabalho.

Le ve za d a arg am as sa Esforço do pedreiro Pr od ut iv id ad e 36

(37)

Densidade de Massa

Ø A densidade de massa das argamassas varia com o teor de ar (principalmente quando incorporado por meio de aditivos) e com a massa específica dos materiais constituintes da

argamassa, prioritariamente do agregado.

Argamassa Densidade de massa (g/cm³) Principais agregados Usos/ Observações

Leve < 1,40 Argila expandida Isolamento térmico e acústico Normal 2,30 < A < 1,40 Areia quartzosa e

calcário britado

Aplicações convencionais Pesada > 2,30 Barita Blindagem de

radiação

(38)

Densidade de Massa

Ø A densidade de massa das argamassas no estado fresco é determinada pelo método da NBR 13278 (ABNT, 2005) e representa a relação entre a massa e o volume do material, sendo expressa em g/cm³, com duas casas decimais.

(39)

Densidade de Massa e Teor de ar incorporado

ØDiretamente associado à densidade de massa das

argamassas com agregados de massa específica normal, está o teor de ar incorporado.

(40)

Densidade de Massa e Teor de ar incorporado

Ø Cabe ainda destacar-se que a massa específica da argamassa endurecida é um pouco menor do que o valor no estado fresco, devido à saída de parte da água;

Ø Os corpos de prova cilíndricos de argamassa endurecida, seca ao ar e seca em estufa, reduzem cerca de 7% (3% a 11%) e 9% (5% a 14%), respectivamente, em relação ao valor inicial, no estado fresco;

Ø É observada uma relação direta entre o teor de água da argamassa e a redução da densidade de massa com a secagem.

(41)

Adesão Inicial

ØA adesão inicial (pegajosidade), é a capacidade de união inicial da argamassa no estado fresco a uma base;

Ø Diretamente relacionada com as características reológicas da pasta, especificamente a sua tensão superficial.

(42)

ØA redução da tensão superficial da pasta favorece a

“molhagem” do substrato, reduzindo o ângulo de contato

entre as superfícies e implementando a adesão;

(43)

Adesão Inicial

ØEsse fenômeno propicia um maior contato físico da pasta com os grãos de agregado e também com a base,

melhorando, assim, a adesão.

(44)

Adesão Inicial

ØA tensão superficial da pasta ou argamassa pode ser modificada pela alteração de sua composição, sendo ela função inversa do teor de cimento;

ØA adição de cal à argamassa de cimento também diminui a sua tensão superficial, contribuindo para molhar de maneira mais efetiva a superfície dos agregados e do substrato;

ØEfeitos semelhantes propiciam também os aditivos incorporadores de ar e retentores de água.

(45)

Adesão Inicial

Soluções Tensão Superficial

(dina/cm)

Água destilada 71,1

Água destilada + cal 66,9

Água destilada + cimento 66,7 Água destilada + cal + cimento 42,2 Água + aditivo incorporador de ar 39,5

q Tensão Superficial medida para diferentes soluções, sendo as medidas realizadas a uma temperatura de 22°C e um tensiometro de Nouy (Carasek, 1996).

(46)

Propriedades no estado endurecido

q Aderência

q Elasticidade/ Deformabilidade

q Permeabilidade/ Capilaridade

q Abrasão

q Retração

q Resistência

q Biodeterioração

46

(47)

Retração

q

Variação de volume da pasta aglomerante;

q Apresenta papel fundamental no desempenho

das argamassas aplicadas principalmente quanto à

Durabilidade

e

Estanqueidade

.

(48)

Retração

q A retração ocorre devido à

perda

rápida e

acentuada da

água de amassamento

e pelas

reações

na hidratação dos aglomerantes

, fatos que

provocam as fissuras nos revestimentos;

q As argamassas ricas em cimento apresentam

maiores disponibilidades para o aparecimento de

fissuras durante a secagem

.

(49)

Retração

q A pasta, se possui alta relação água/

aglomerante,

retrai

ao

perder água

em excesso de

sua composição;

qClima quente e seco com

ventos fortes

acelera a

evaporação e a perda de

água gera fissuras.

(50)

Retração

q Quanto mais elevado for o

volume de vazios

a

ser preenchido pela pasta aglomerante, maior o

potencial de retração da argamassa

.

Classificação das areias quanto à granulometria e sua influência na retração plástica.

(51)

Retração

q A retração é influenciada pelo teor de finos;

q De uma forma geral, quanto maior o teor de finos,

maior a retração;

q Esses finos, requerem maior quantidade de água

de amassamento, o que compromete a durabilidade

dos revestimentos;

q Por exigirem mais água, podem interferir no

endurecimento da argamassa e levar a uma redução

da resistência mecânica do revestimento, devido a

alta relação água/ aglomerante.

(52)

Retração

NBR 13583, 9773, 8490

(53)

Aderência

Ø O termo aderência é usado para descrever a resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma base;

Ø A base, ou substrato, geralmente é representada não só pela alvenaria, a qual pode ser de tijolos ou blocos

cerâmicos, blocos de concreto, blocos de concreto celular autoclavado, blocos sílico-calcários, etc., como também pela estrutura de concreto moldado in loco;

Ø Assim, não se pode falar em aderência de uma

argamassa sem especificar em que material ela está

aplicada, pois a aderência é uma propriedade que depende da interação dos dois materiais.

(54)

Aderência

Ø Didaticamente, pode-se dizer que a aderência deriva da conjunção de três propriedades da interface

argamassa-substrato:

ü A resistência de aderência à tração;

ü A resistência de aderência ao cisalhamento;

ü A extensão de aderência (razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida).

(55)

Mecanismo da ligação argamassa-substrato

qA aderência da argamassa endurecida ao substrato é

um fenômeno

essencialmente mecânico

, devido,

basicamente, à

penetração da pasta aglomerante

ou da

própria argamassa nos poros ou entre as rugosidades da

base de aplicação

(56)
(57)

Mecanismo da ligação argamassa-substrato

q Quando a argamassa no estado plástico entra em

contato com a superfície absorvente do substrato, parte

da

água de amassamento

, que contém em dissolução ou

estado coloidal os

componentes do aglomerante

,

penetra pelos poros e pelas cavidades do substrato

;

q No interior dos poros, ocorrem

fenômenos de

precipitação dos produtos

de hidratação do cimento e da cal

, e,

transcorrido algum tempo, esses

precipitados intracapilares exercem ação

de ancoragem da argamassa à base.

(58)

Mecanismo da ligação argamassa-substrato

q Em virtude do processo mais rápido de dissolução

dos íons e de precipitação da etringita, esse produto

preenche prioritariamente os poros capilares, o que

explica sua maior abundância na zona de contato

argamassa/substrato e em poros superficiais da base;

q Com menos espaço para a precipitação, outros

produtos de hidratação do cimento, como o C-S-H, por

exemplo, ou mesmo produtos posteriores da

carbonatação da cal como a calcita, aparecem em

menor quantidade na região de interface.

(59)
(60)

Influência do Aglomerante na Aderência

Ø O tipo e as características físicas do cimento podem

influenciar os valores de aderência;

Ø Um dos parâmetros mais significativos na resistência é a

finura do cimento: quanto mais fino o cimento, maior a resistência de aderência obtida;

Ø Maiores valores de resistência de aderência são obtidos quando se emprega o CP V – ARI;

Ø Um cuidado especial deve ser tomado com o uso dessa informação, pois, justamente em virtude de sua maior

finura, o CPV podem levar à retração e fissuração do revestimento de modo mais fácil do que com outros cimentos, considerando-se o mesmo consumo.

(61)

Ø A cal, além de ser um material aglomerante, possui, por sua finura, importantes propriedades plastificantes e de

retenção de água;

Ø As argamassas contendo cal preenchem mais facilmente e de maneira mais completa toda a superfície do substrato, propiciando maior extensão de aderência;

ØA durabilidade da aderência é proporcionada pela

habilidade da cal em evitar fissuras e preencher vazios, o que é conseguido através da reação de carbonatação que se processa ao longo do tempo.

(62)

q Com relação ao proporcionamento dos materiais, as

argamassas com elevado teor de cimento, em geral,

apresentam elevada resistência de aderência, mas

podem ser menos duráveis, uma vez que possuem

maior tendência a desenvolver fissuras;

q Por outro lado, argamassas contendo cal possuem

alta extensão de aderência, tanto em nível macro como

em nível microscópico.

Influência do Aglomerante na Aderência

(63)

q Sendo mais plásticas, têm maior capacidade de

“molhar” a superfície e preencher as cavidades do

substrato;

q Microscopicamente levam a uma interface com

estrutura mais densa, contínua e com menor incidência

de microfissuras, do que a interface da argamassa

somente de cimento;

q Assim,

as argamassas “ideais” são aquelas que

reúnem as qualidades dos dois materiais, ou seja, são as

argamassas mistas de cimento e cal.

(64)

ØArgamassa A: argamassa 1:3 (cimento:areia, em volume)

ØArgamassa B: argamassa 1:1/4:3 (cimento:cal:areia, em volume)

(A) (B)

Influência do Aglomerante na Aderência

64

(65)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø A capacidade de aderência é dependente também dos

teores e das características da areia empregada na confecção das argamassas;

Ø De uma forma simplista, com o aumento do teor de areia, há uma redução na resistência de aderência;

Ø Por outro lado é a areia, por constituir-se no esqueleto indeformável da massa, que garante a durabilidade da aderência pela redução da retração.

(66)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø Areias muito grossas não produzem argamassas com boa capacidade de aderir porque prejudicam a sua

trabalhabilidade e, consequentemente, a sua aplicação ao substrato, reduzindo a extensão de aderência;

Ø No entanto, no campo das areias que produzem

argamassas trabalháveis, uma granulometria mais grossa garante melhores resultados de resistência de aderência.

(67)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø Areias ou composições inertes com altos teores de finos

(principalmente partículas inferiores a 0,075 mm) podem

prejudicar a aderência;

Ø Nesse caso, podem ser apresentadas duas hipóteses como explicação:

ü Travamento dos poros;

ü Teoria dos poros ativos

(68)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø A primeira refere-se ao fato de

que, quando da sucção exercida

pelo substrato, os grãos muito

finos presentes na areia podem

penetrar no interior de seus

poros, tomando o lugar de

produtos de hidratação do

cimento que se formariam na

interface e produziriam o

(69)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø A segunda hipótese versa sobre a teoria dos poros ativos do substrato, segundo a qual uma areia com grãos muito

finos produziria uma argamassa com poros de raio médio pequeno;

Ø Argamassas com poros menores do que os poros do

substrato dificultam a sucção da pasta aglomerante, uma vez que o fluxo hidráulico se dá sempre no sentido dos poros

maiores para os menores;

Ø Sendo assim, os poros do substrato seriam, em sua

maioria, ineficientes para succionar a pasta aglomerante da argamassa, reduzindo as chances de produzir boa aderência.

(70)

Influência do agregado na Resistência de Aderência

Ø Para obtenção de bons resultados de aderência, a areia

deve possuir uma distribuição granulométrica contínua;

Ø De uma forma geral, quanto maior o módulo de finura

das areias, desde que produzam argamassas trabalháveis,

maior será a resistência de aderência obtida.

70 Granulometria contínua Módulo de Finura Ad er ên ci a

(71)

Medidas de Resistência de Aderência

ØNo caso de revestimentos de argamassa, a aderência assume grande importância, pois, se ela falhar, podem

ocorrer, em casos extremos, danos às vidas humanas pelo descolamento e pela queda de pedaços de revestimento; ØAssim, a aderência vem sendo amplamente estudada no Brasil e no exterior, existindo métodos normalizados para sua avaliação.

(72)

Medidas de Resistência de Aderência

ØNo Brasil, a avaliação da resistência de aderência à

tração de revestimentos de argamassa, também designada de resistência ao arrancamento, está prevista na norma

NBR 13528 (ABNT, 1995), com metodologia que permite a avaliação tanto em laboratório como em obra.

(73)

Medidas de Resistência de Aderência

Ensaio de resistência de aderência em revestimento de argamassa em parede.

(74)

Medidas de Resistência de Aderência

Ensaio de resistência de aderência em revestimento de argamassa em parede.

(75)

Medidas de Resistência de Aderência

Ensaio de resistência de aderência em revestimento Cerâmico de Piso.

(76)

Medidas de Resistência de Aderência

q Ensaio Laboratorial de resistência de aderência em argamassas

(77)

Medidas de Resistência de Aderência

q NBR 13528 (2010) – Argamassa de revestimento

ØNúmero de corpos de prova – 12 cps

q NBR 14084 (2005) – Argamassa colante

Ø Número de corpos de prova – 10 cps

(78)

Medidas de Resistência de Aderência

Diferentes

equipamentos

(79)

NBR 13528 (2010)

q Equipamento:

q Dinamômetro de tração

q Aplicação continua de carga

q Fácil Manuseio

q Baixo Peso

q Célula de carga

q Dispositivo de leitura digital

q Erro máximo de 2%

(80)
(81)
(82)

Medidas de Resistência de Aderência

Ø Os resultados desse ensaio apresentam, geralmente, alta dispersão, resultando em coeficientes de variação da

ordem de 10% a 35%;

Ø Isso decorre do fato de que a aderência é influenciada por diversos fatores, além do que a metodologia atual de ensaio é bastante aberta, permitindo forma e dimensão do CP variadas e o emprego de diversos equipamentos.

(83)

Medidas de Resistência de Aderência

ØPor outro lado, é importante ressaltar que, no enfoque de ciência dos materiais, está se falando de materiais

cerâmicos frágeis, os quais se caracterizam por

apresentarem alta dispersão de resultados de ruptura; Ø Nesses casos, a resistência à fratura é extremamente dependente da probabilidade da existência de um defeito

que seja capaz de iniciar uma fissura, como discutido por Antunes (2005).

(84)

Medidas de Resistência de Aderência

q Tipos de ruptura no ensaio de resistência de aderência à tração de revestimento de argamassa. Revestimento aplicado diretamente ao substrato (sem chapisco)

(85)

Medidas de Resistência de Aderência

q Um aspecto que deve ser observado quando da realização do teste de arrancamento é que tão importante quanto os

valores de resistência de aderência obtidos é a análise do tipo de ruptura.

(86)

Medidas de Resistência de Aderência

q Quando a ruptura é do tipo coesiva, ocorrendo no interior da argamassa ou da base (tipos B e C), os valores são menos preocupantes, ao menos que sejam muito baixos.

(87)

Medidas de Resistência de Aderência

q Por outro lado, quando a ruptura é do tipo adesiva (tipo A), ou seja, ocorre na interface argamassa/substrato, os

valores devem ser mais elevados, pois existe um maior potencial para a patologia.

(88)

Medidas de Resistência de Aderência

q A ruptura do tipo D significa que a porção mais fraca é a camada superficial do revestimento de argamassa e quando os valores obtidos são baixos indica resistência superficial inadequada (pulverulência).

(89)

Medidas de Resistência de Aderência

q A ruptura do tipo E é um defeito de colagem, devendo este ponto de ensaio ser desprezado.

(90)
(91)
(92)
(93)
(94)
(95)
(96)
(97)
(98)

Medidas de Resistência de Aderência

Painel de Parede

Piso Cerâmico

(99)

Medidas de Resistência de Aderência

ØApesar da importância dessa propriedade também

para as argamassas de assentamento, ainda não

existem métodos normalizados no Brasil para

avaliação da aderência das juntas de argamassa

na

alvenaria;

Ø Nas propostas de teste existentes são geralmente

empregados métodos em que é medido o esforço

necessário para separar duas ou mais unidades de

alvenaria ligadas por argamassa.

(100)

Medidas de Resistência de Aderência

Algumas propostas de métodos existentes para a avaliação da resistência de aderência de juntas de assentamento.

(101)

Princípios dos métodos de dosagem

q Diferentemente do que ocorre atualmente com o

concreto, para o qual existem vários métodos racionais de dosagem, para as argamassas ainda não se dispõe, no contexto nacional, de métodos totalmente

consagrados e difundidos com essa finalidade; q Nesse sentido, vários esforços vêm sendo

empreendidos por grupos de pesquisadores para suprir esta necessidade.

(102)

Princípios dos métodos de dosagem

q Por essa razão, ainda é comum, para o preparo de

argamassas de assentamento e revestimento em obra, o emprego de traços pré-fixados, baseados em normas e documentos elaborados por instituições técnicas; são as chamadas “receitas de bolo”;

q Outro aspecto que contribui com esse contexto é o fato de que, devido à “menor responsabilidade aparente” com esse material, comparado com o concreto que tem função estrutural, muitas construtoras não querem

investir em um estudo de dosagem em laboratório,

razão pela qual não se desenvolveram e consolidaram muitos métodos de dosagem.

(103)

Princípios dos métodos de dosagem

q Traços recomendados

(104)

Alvenaria de tijolos 1:2:6 1:2:8

Cimento + Cal em pasta + areia média

Emboço paulista 1:2:6

1:2:8

Cimento + Cal em pasta + areia média

Emboço externo 1:2:4 Cimento + Cal em pasta + areia

fina

Reboco interno 1:2 Cal em pasta + areia fina

Assentamentos em geral 1:4 Cimento + areia média

104

Princípios dos métodos de dosagem

q Traços recomendados

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Referências

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