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Guia do exportador e investidor CROÁCIA

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Embaixada de Portugal na Croácia

Guia do exportador

e investidor

CROÁCIA

Julho 2016

Ante Kovačića 3 / I Kat

10000 Zagreb

Tel: + 385 1 488 22 10

Fax: + 385 1 492 06 63

E-mail: zagreb@mne.pt

Web: www.zagreb.embaixadaportugal.mne.pt

af ia: Si beni k – Bo z idar P re z elj | S er v iç o N a c io nal de T uri s m o da C roác ia

/epzagreb

/epzagreb

(2)

Índice:

1. Introdução

2. O país

2.1. Localização e enquadramento geral

2.2. Situação política e económica

2.3. Comércio de bens e serviços da Croácia

3. O relacionamento bilateral

3.1. Enquadramento contratual

3.2. Comércio, investimento e turismo

4. Características e condições de acesso ao mercado

4.1. Enquadramento geral

4.1.1. Distribuição e canais de comercialização

4.1.2. Franchising

4.1.3. Joint-ventures

4.1.4. Publicidade

4.1.5. Contratação pública

4.2. Setores de mercado de particular interesse

4.2.1. Turismo

4.2.2. Telecomunicações

4.2.3. Equipamento médico e farmacêutico

4.2.4. Energia

4.2.5. Transportes

4.2.6. Agroalimentar

4.3. Informações diversas sobre o mercado

4.3.1. Câmara de Economia da Croácia

4.3.2. HITRO.HR

4.3.3. Importações, taxas e impostos locais

5. Investimento estrangeiro

(3)

1. Introdução

O presente documento pretende constituir uma plataforma informativa de apoio aos

empresários portugueses interessados numa aproximação ao mercado croata, quer

numa perspetiva de desenvolvimento de negócios de exportação, quer enquanto

potenciais investidores.

Este Guia, para cuja elaboração se recebeu o apoio da AICEP, que se regista e

agradece, será atualizado periodicamente e procurará sintetizar e complementar a

múltipla e diversificada informação disponível em inúmeros sítios institucionais na

internet e em outras fontes, contribuindo para a dinamização do relacionamento

comercial bilateral.

A Embaixada de Portugal, em colaboração com a AICEP Portugal Global, está à

disposição de todos os interessados em dinamizar o comércio e investimento entre os

dois países, ajudando-os na aproximação ao mercado, na procura de parceiros

comerciais e no estabelecimento de contactos com as instituições locais vocacionadas

para o comércio e investimento.

A Embaixada não pode substituir-se às tradicionais tarefas a efetuar por qualquer

empresa portuguesa que queira internacionalizar o seu negócio, incluindo as de

rastreio de parceiros e de estudos do mercado, mas colaborará nesse processo

enquanto agente facilitador de contactos, de informações e de oportunidades.

Saúdam-se as mais de 290 empresas que têm demonstrado interesse na Croácia e

convidam-se todas a aumentar a sua presença e internacionalizar ainda mais a sua

atividade, bem como aquelas que aqui queiram encontrar novas oportunidades.

Não deixe de nos contactar para o esclarecimento de qualquer dúvida:

zagreb@mne.pt

.

Júlio Vilela

Embaixador de Portugal

(4)

2. O país

Designação oficial: República da Croácia. Fundação do Estado: 25 de junho de 1991. Capital e sede do Governo: Zagreb.

Chefe de Estado: Kolinda Grabar Kitarović (desde 15/2/2015).

Chefe de Governo: Tihomir Orešković (desde 22/12/2015 – cessará funções com as novas eleições). Sistema político: democracia parlamentar.

Área: 56.538 km2.

População: 4.284.889 – 90,4% croata, 4,4% sérvia e 5,2% outras etnias (censo 2011). Densidade demográfica: 196,3.

Religião: predominantemente católica - 86,28% (censo 2011). Língua oficial: croata.

Moeda: kuna; taxa média de câmbio (2014): 1 € = 7,630 HRK. PIB a preços de mercado (2014): 43.1 B €.

PIB per capita (2014): 10.158 €. Taxa de desemprego (2014): 17,3%. Taxa de inflação (2014): - 0,2%.

Salário médio líquido (abr 2016): 752 €. Salário mínimo (2015): 403 €.

Dívida externa (2014): 108,4% do PIB. Dívida pública (2014): 85,1% do PIB. Déficit orçamental (2014): 5,6% do PIB.

Doing Business (Banco Mundial – 2016): posição 40.

 Categoria “Comércio transfronteiriço”: obteve classificação máxima.  Categoria “Cumprimento dos contratos”: posição 10.

 Categoria “Proteção de investidores minoritários”: posição 29.

World Competitiveness Report (Fórum Económico Mundial – 2015-2016): posição 77.  Manteve-se no mesmo lugar.

 Melhor desempenho nas categorias “Agilidade tecnológica”, “Educação superior e formação” e “Infraestruturas”.

 Pior desempenho nas categorias “Ambiente macroeconómico”, “Eficiência do mercado de bens” e “Eficiência do mercado de trabalho”.

Travel & Tourism Competitiveness Report (Fórum Económico Mundial – 2015): posição 33. Environmental Performance Index (Universidade de Yale – 2016): posição 15.

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2.1. Localização e enquadramento geral

A Croácia aderiu à União Europeia a 1 de julho de 2013 sendo, juntamente com a Sérvia, um dos únicos países dos Balcãs Ocidentais onde Portugal possui, de momento, representações diplomáticas em serviço. Se se tiver em conta o universo da antiga Jugoslávia, a Croácia integra-se num espaço geográfico composto por quase 22

milhões de consumidores e um PIB global de mais de 180 biliões €.

A Croácia é um país pequeno com um mercado multifacetado, dividido em duas grandes regiões: a da Dalmácia, ao longo do Mar Adriático e marcada pela indústria do turismo, e a do interior da Eslavónia, marcadamente rural e industrial. Possui uma boa rede rodoviária, de portos e de marinas, o que facilita tanto o fácil acesso aos principais mercados vizinhos, como o fluxo turístico, em particular no período de maio a setembro, o que explica por que razão 13,1 milhões de turistas estrangeiros visitaram a Croácia em 2014. Este país possui uma economia de mercado e múltiplas oportunidades, embora o Estado mantenha ainda uma presença muito visível em múltiplos setores da atividade económica. Os sistemas de previdência social do Estado, saúde pública, educação e justiça, pesam ainda de forma significativa na despesa pública, mas existem sinais de modernização importantes que procuram contribuir para uma redução da burocracia vigente.

O ambiente geral para o investimento estrangeiro tem vindo a melhorar, requerendo prudência, perseverança e paciência, pois tem de ser ultrapassado o estigma, ainda pontualmente existente na sociedade, de olhar para o mesmo com alguma reserva.

Assim, e sem prejuízo de poderem existir oportunidades de investimento locais de interesse, em particular nos setores do turismo, farmacêutico e da energia, parece aconselhável começar por abordar a Croácia como um local preferencial para a colocação de produtos portugueses (novos e reforço de atuais), para aquisição de

experiência neste mercado regional, e para a triangulação de negócios em que Portugal apareça como porta

privilegiada de acesso de alguns produtos croatas aos mercados da América Latina e África, onde aqueles possuem magra presença.

2.2. Situação política e económica

A Croácia conseguiu inverter em 2015 a recessão que se registava na sua economia desde 2009. O novo governo definiu objetivos ambiciosos ao nível económico, mas a aprovação no Parlamento (Sabor), a 16 de junho, de um voto de censura à gestão do Primeiro-ministro, compromete a sua prossecução. Por divergências políticas internas entre os dois partidos que integravam o Governo (HDZ e MOST), o país irá atravessar nos próximos meses uma situação política instável.

Os dados macroeconómicos mais recentes demonstram um crescimento moderado do PIB (1,6% em 2015), ainda insuficiente para compensar os efeitos nocivos das elevadas dívida pública e externa e do índice de desemprego. De acordo com um relatório do Banco Mundial de fevereiro de 2016, as perspetivas de crescimento da Croácia serão muito limitadas caso não existam reformas para recuperar a estabilidade macroeconómica, aumentar a produtividade, investir na população e modernizar os serviços públicos. A crise financeira ocorrida na Europa colocou a nu várias debilidades estruturais que têm de ser tratadas de forma assertiva e consistente para que a economia possa crescer de forma sustentada e com maior intensidade.

O Programa Nacional de Reforma, apresentado pelo atual governo croata, era, de acordo com a Comissão Europeia, bastante ambicioso, especialmente no que tocava a reformas. As expectativas eram muitas, tendo sido deitadas por terra com a queda do governo. É agora certo que as medidas apresentadas não serão implementadas dentro dos prazos estipulados, ameaçando assim a ainda frágil estabilidade financeira que o país alcançou recentemente.

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Em maio deste ano a Comissão Europeia divulgou as seguintes recomendações específicas para a Croácia

(http://ec.europa.eu/europe2020/europe-2020-in-your-country/hrvatska/country-specific-recommendations/index_en.htm):

i. Assegurar, até ao final de 2016, uma correção do défice excessivo de forma duradoura.

ii. Implementar, até ao final de 2016, medidas que visem desencorajar a reforma antecipada.

iii. Iniciar, até ao final de 2016, a redução da fragmentação e a melhoria da distribuição de competências na administração pública, de forma a melhorar a eficiência e reduzir as disparidades territoriais no fornecimento de serviços públicos.

iv. Reduzir significativamente os encargos parafiscais.

v. Tomar medidas para a melhoria da qualidade e eficiência do sistema judicial no que toca aos tribunais comerciais e administrativos.

Devido ao clima de instabilidade que se vive atualmente neste país, investir na Croácia pode ser, neste preciso momento, uma opção menos atrativa, do que ingressar neste mercado por via da divulgação de novos produtos e do aumento das exportações.

2.3. Comércio de bens e serviços na Croácia

Um dos setores da economia croata que tem vindo a apresentar comportamento e resultados positivos ao longo dos últimos anos é o da exportação de mercadorias.

A Croácia possui um comércio altamente dependente das trocas intracomunitárias, particularmente acentuadas do lado das importações, sendo de destacar os seguintes valores alusivos ao ano de 2015:

1. A taxa de cobertura das importações pelas exportações situou-se em 62,2% (2014 = 60,5%). Foram exportados bens no valor de 11,5 biliões € (2014 = 10,4 biliões €), tendo as importações atingido 18,5 biliões € (2014 = 17,1 biliões €);

2. A Croácia vendeu para a UE cerca de 67% do total exportado, tendo 78% das suas importações sido de produtos da UE;

3. Os principais clientes da Croácia no que toca a exportações foram a Itália (13,4%), a Eslovénia (12,3%), a Alemanha (11,3%), a Bósnia e Herzegovina (9,8%), a Áustria (6,5%) e a Sérvia (4,9%); 4. Os países que dominaram as importações da Croácia foram a Alemanha (15,5%), a Itália (13,2%), a

Eslovénia (10,7%), a Áustria (9,1%) e a Hungria (7,8%);

5. O universo geográfico da ex-Jugoslávia adquiriu quase 30% do total das exportações croatas;

6.

Produtos alimentares, maquinaria e equipamentos, exploração de coque e produtos petrolíferos refinados, produtos metálicos, equipamento elétrico, químicos e vestuário foram os principais grupos de

produtos exportados pela Croácia.

7.

Quanto às importações, os grupos de produtos mais relevantes foram os produtos alimentares, químicos, maquinaria e equipamentos, minas e pedreiras, equipamentos eletrónicos, informáticos e óticos, veículos automóveis e reboques, coque e produtos petrolíferos refinados e metais básicos.

534 567 571 626 706 714 770 790 865 931

Agricultura, indústria florestal e pesca Madeira, prodt. de madeira e cortiça, excl. móveis Prodt. farmacêuticos de base/prepar. farmacêuticas Vestuário Químicos Equipamento elétrico Prodt. metálicos, excl. maquinaria e equipam. Exploração de coque e prodt. petrolíferos refinados Maquinaria e equipam. Prodt. alimentares

(7)

Relativamente ao ano de 2016, dados preliminares da Agência Croata de Estatística relativos aos primeiros 4 meses do ano mostram que as exportações ascenderam a 27.8 biliões HRK, 2,4% mais do que em período homólogo do ano anterior, enquanto que as importações totalizaram 46.8 biliões HRK, verificando-se um aumento de 3,9% em relação ao período homólogo do ano anterior.

3. O relacionamento bilateral

3.1. Enquadramento contratual

O relacionamento bilateral entre os dois países, iniciado formalmente a 3 de fevereiro de 1992, encontra-se balizado, na sua essência, pelos seguintes acordos:

a) Acordos de cooperação celebrados entre a Câmara da Economia da Croácia (HGK) e a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa – ACL (10/10/1994), a Associação Comercial do Porto (27/03/1995) e a AICEP Portugal Global (21/03/2001);

b) Acordo sobre a Promoção e a Proteção Recíproca de Investimentos, em vigor desde 27/11/1997;

c) Acordo sobre a Cooperação nos domínios da Cultura, da Educação e da Ciência, em vigor desde 22/10/1998;

d) Acordo sobre a Cooperação Económica Industrial, Técnica e Científica, de 05/1999;

e) Programa de Cooperação nos Domínios da Língua, Educação e Ciência, Cultura, Desporto e Juventude para o triénio 2014-2017;

f) Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Imposto sobre o Rendimento, em vigor desde 28/02/2015;

g) Memorando de Entendimento para a cooperação nos domínios da Ciência e da Tecnologia, assinado pelos dois Ministros da Educação e em vigor desde 22/05/2015;

h) Acordo de Cooperação no domínio do Turismo, em vigor desde 28/02/2016.

3.2. Comércio, investimento e turismo

Desde 2014 que a balança comercial entre Portugal e a Croácia passou a ser favorável a este país, depois de 4 anos consecutivos de saldos positivos a beneficiar Portugal.

Balança comercial de bens de Portugal com a Croácia (milhões €)

2011 2012 2013 2014 2015

Exportações 15,4 17,8 13,6 15,2 16,9

Importações 10,1 5,7 7,9 36,3 45,2

Balança comercial de serviços de Portugal com a Croácia (milhões €)

2011 2012 2013 2014 2015 Exportações 4,1 4,0 6,0 5,9 7,9 Importações 6,2 5,5 5,9 7,7 10,1 826 832 839 938 949 1086 1161 1237 1353 1552 1773

Prodt. farmacêuticos de base/prepar. farmacêuticas Equipamento eletrónico Vestuário Metais básicos Coque e prodt. petrolíferos refinados Veículos automóveis, reboques Equipam. informáticos, eletrónicos e óticos Minas e pedreiras Maquinaria e equipamentos Químicos Prodt. alimentares

(8)

1,3

5,7

10,2

21,7

Pastas celulósicas e papel Químicos Peles e couros Vestuário

Principais grupos de produtos importados da Croácia (2015) - milhões €

Grupos de produtos 1,5 1,7 2,9 4 Plásticos e borracha Matérias têxteis Máquinas e aparelhos Pastas celulósicas e papel

Principais grupos de produtos exportados para a Croácia (2015) - milhões €

Grupos de produtos

Assim, no ano de 2015 assistiu-se à manutenção de uma tendência de agravamento do défice comercial de bens, sobretudo motivado pelo forte crescimento das exportações croatas para o nosso país. Dados preliminares de 2016 demonstram que entre os meses de janeiro a abril as exportações ascenderam a 7,4 milhões de euros e as importações a 14,5 milhões de euros, verificando-se um aumento de 45,1% e 15,2%, respetivamente, em relação ao período homólogo de 2015.

Continua a verificar-se uma excessiva concentração das exportações portuguesas em certos setores de mercado e poucas empresas. De facto, e apesar de ter vindo a assistir-se a um aumento do número de empresas exportadoras para o mercado croata (293 em 2014 face a 161 em 2010), mais de 87% do valor exportado está

concentrado em 64 empresas, sendo que 6 destas exportam 35% do total faturado.

Outros grupos de produtos importados foram as máquinas e aparelhos (1,0), agrícolas (1,0), minerais e minérios (0,6), calçado (0,5), entre outros.

Outros grupos de produtos exportados foram os veículos e outro material de transporte (0,9), peles e couros (0,9), químicos (0,9), calçado (0,8), agrícolas (0,8), madeira e cortiça (0,5), alimentares (0,4), minerais e minérios (0,4), entre outros.

Não tem havido investimento português relevante na Croácia. Exceciona-se a construção em 2013 de um centro comercial no subúrbio de Vrbani pelo grupo Sonae, com um valor aproximado de 50 milhões de euros. Relativamente ao turismo, em 2014 cerca de 30 mil turistas nacionais visitaram a Croácia (73 mil pernoitas, ou seja, uma média de 2,4 por turista), enquanto o número de croatas que viajou para o nosso país, em viagens organizadas por operadores ou agências locais, terá ascendido a 3.157 (14 mil pernoitas). Convém não esquecer que estes valores se referem apenas aos números reportados, calculando-se que o número de turistas seja, na verdade, algo superior.

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4. Características e condições de acesso ao mercado

4.1. Enquadramento geral

O mercado consumidor croata é pequeno (4,2 milhões), o que não diminui o seu potencial para alguns bens e serviços que Portugal produz, exporta e fornece. Aquilo que parece claro é que os mercados são desconhecidos para ambos os lados e a visibilidade portuguesa é escassa. O mesmo se passa nos restantes mercados dos Balcãs ocidentais, onde a presença portuguesa continua modesta (o volume global de exportações é de pouco mais de 36 milhões €).

Somos da opinião que o mercado da Croácia é o de maior importância na região e que a presença da Embaixada deve potenciar uma maior aproximação comercial, facilitando o contacto entre os respetivos agentes económicos.

É importante realçar que, enquanto país que aderiu recentemente à UE, a Croácia vai beneficiar do acesso a

fundos estruturais e de coesão no valor de 8 biliões €, com o objetivo de facilitar e apoiar o investimento em

infraestruturas no país até 2020. Dados recentes mostram que o novo governo se encontra empenhado em tirar partido dos fundos oferecidos, tendo sido absorvidos entre janeiro e maio deste ano cerca de 506 milhões €, valor muito próximo dos valores totais anuais dos anos de 2015 (558 milhões €) e 2014 (548 milhões €). Isto constitui uma oportunidade para as empresas portuguesas se associarem a projetos que beneficiarão dos mencionados fundos, como são exemplos o desenvolvimento dos aeroportos de Zagreb, de Dubrovnik e do porto de Rijeka, a modernização da linha ferroviária Rijeka-Budapeste, a construção do terminal de gás liquefeito (LNG) na ilha de Krk e a construção da ponte de Peljesac. Existem também alguns projetos na área da exploração de gás e petróleo on-shore e off-shore e outros que visam a introdução de novos mecanismos de controlo de fronteira no quadro da adesão do país a Schengen.

A aproximação ao mercado por parte do exportador nacional requer particular atenção aos seguintes aspetos: a) O fator preço é muito sensível na opção do consumidor croata;

b) Deve escolher-se cuidadosamente o modelo de abordagem por via de uma de três estratégias de baixo

risco: representação, agenciamento ou acordo de distribuição;

c) A importância do serviço pós-venda e formação quando necessário;

d) A natureza conservadora de um mercado cujo consumidor confia sobretudo em fornecedores conhecidos, aconselhando-se por isso a elaboração de uma estratégia durável e continuada no tempo para introdução de novos produtos;

e) O papel regional da Croácia enquanto centro de desenvolvimento de estratégias para mercados vizinhos, quer por via da criação futura de centros de distribuição local para esses mercados, quer mediante a associação nessa vertente a empresas locais já presentes regionalmente.

4.1.1. Distribuição e canais de comercialização

A cidade de Zagreb absorve 20% da população do país e é o principal centro económico e financeiro. Os portos de Split e Rijeka são importantes centros de distribuição e a cidade de Osijek, a noroeste da capital, desempenha um papel preponderante naquela região da Eslavónia. Existem cerca de 7.500 centros de venda a retalho (aqui se incluindo quiosques, pequenas lojas e mercados abertos, muito tradicionais em toda a Croácia) e nos últimos anos assistiu-se à construção de um número apreciável de novos centros comerciais, em particular na capital.

A distribuição agroalimentar está concentrada na sua larga maioria em diferentes redes de supermercado. A principal, de origem croata, designa-se Konzum (líder do mercado e também líder na Eslovénia e Sérvia), em

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62 64,3 66,1 71,3

57 59,3 61 65,7

2012 2013 2014 2015

Turismo na Croácia

Noites em estabelecimentos turísticos (milhões) Noites respeitantes a não-residentes (milhões)

concorrência direta com as estrangeiras alemãs e austríacas Interspar, Lidl, Billa, Metro e Kaufland. Com uma mistura de agroalimentar e/ou artigos diversos para a casa/jardinagem, em espaços comerciais de maiores ou menores dimensões, marcam presença DM, Muller, Bauhaus, Prehana, Diona, Pevec, entre outras.

O Ikea tem uma superfície nova aberta em agosto de 2014 nas proximidades de Zagreb.

4.1.2. Franchising

Trata-se de um conceito relativamente novo na Croácia, mas em rápida evolução e desenvolvimento. Há entre 120 a 150 franquias atribuídas ou em exploração. As áreas de turismo e alojamento são das mais promissoras no futuro próximo. A portuguesa Parfois encontrou aqui um bom mercado.

4.1.3. Joint-ventures

A lei vigente aplicável data de 1994 e os procedimentos de constituição requerem a intervenção de um advogado, notário público e registo no Tribunal Comercial.

4.1.4. Publicidade

A televisão (4 canais públicos, 5 privados, 5 regionais e 6 locais) abrange 90% de todo o mercado e é o mais importante meio de publicidade. Cerca de 60% dos custos de publicidade são canalizados via televisão, 15% vão para jornais, 10% para revistas e 5% para outdoors. Os seis jornais diários publicados no país recolhem 60% das despesas feitas em publicidade.

4.1.5. Contratação pública

Trata-se de uma área de particular interesse e importância, pois a nova Lei sobre a aquisição de bens e serviços por parte da Administração Pública e do setor empresarial do Estado, em vigor desde 1 de janeiro de 2012, obriga as entidades públicas a recorrer ao concurso público para a aquisição de bens e serviços. Contudo, o acesso à informação relevante requer um trabalho atento de entidades locais ou especialistas na matéria, pois os concursos são apenas publicitados em língua croata na Gazeta oficial do Estado e nem sempre estão disponíveis on-line nos sítios internet dos organismos públicos. Encontra-se em curso uma alteração à legislação em vigor, designadamente com o facto da adjudicação passar a ser feita com base na proposta economicamente mais favorável e não na do preço mais baixo.

4.2. Setores de mercado de particular interesse

4.2.1. Turismo

Um setor com manifesto bom e crescente desempenho no seio da economia local é o relativo ao turismo. Beneficiando de ser considerado um país muito seguro e da instabilidade que se vive no Norte de África, o número de chegadas e estadias tem vindo a aumentar todos os anos. Dados consolidados alusivos a 2014 indicam que a Croácia recebeu

13,1 milhões de turistas, 89% dos quais provenientes do

exterior, os quais efetuaram 66,4 milhões pernoitas. Relativamente aos turistas estrangeiros, a Alemanha contribuiu com a maior fatia (1,9 milhões), seguida da

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total de receitas geradas atingiu 7,4 biliões €, o que correspondeu a perto de 17,2% do PIB.

Embora ainda não estejam disponíveis dados consolidados sobre o ano de 2015, dados do Eurostat revelam que a Croácia foi o quarto país com o maior aumento do número de pernoitas em 2015 (+ 7,9% face a 2014), contando com 71,3 milhões de pernoitas. Daquele valor, 92% diz respeito a não-residentes, sendo a Croácia o terceiro país na UE com mais turistas estrangeiros, a seguir a Malta e ao Chipre.

De acordo com dados do Banco Nacional Croata de inícios de Janeiro de 2016, as receitas do turismo nos primeiros 9 meses de 2015 foram de 7,298 biliões €, ou seja, +7,6% em relação a período homólogo de 2014, representando já 22,2% do PIB.

Assim, os dados preliminares de 2015 mostram que o peso do turismo terá crescido, esperando-se que a época

turística de 2016 venha a bater novos recordes.

Devido ao facto de apenas 15% da costa adriática estar urbanizada, levando a uma excessiva concentração de turistas na época alta nas incontornáveis Dubrovnik, Zadar, Pula, Sibenik, Rijeka e Rovinj, encontra-se em desenvolvimento até 2020 um plano de investimentos destinado a procurar desconcertar a oferta e criar hábitos de turismo também na época baixa (de novembro a março). Este plano, que envolve cerca de 6,6 biliões

€, destina-se a estimular, entre outros, a construção de hotéis de 4 e 5 estrelas (20 mil quartos), a reconstrução e

requalificação de outros 15 mil quartos e a criação de parques temáticos, centros de congressos e campos de golf. Estima-se que no ano de 2015 tenha havido investimentos de cerca de 500 milhões de euros, principalmente nas regiões da Istria e Dubrovnik.

4.2.2. Telecomunicações

Trata-se de um dos setores mais desenvolvidos da economia croata, ainda que na sua totalidade dominado por empresas estrangeiras, continuando a existir boas perspetivas de crescimento e de lucro para potenciais fornecedores. São notáveis os largos investimentos no setor, quer por via das operadoras, quer por via do governo e instituições bancárias.

O maior operador de telecomunicações local (T-HT Inc.), que é uma subsidiária da Deutsche Telekom, tem vindo a perder, de forma progressiva ao longo dos últimos anos, alguma parte do mercado para outros competidores, tanto no que toca à telefonia fixa como móvel. De acordo com dados da autoridade reguladora para o setor (www.hakom.hr), há cerca de 1,5 milhões de linhas fixas (-4,8% do que em 2014) e a T-HT controlava 60% do mercado, tendo tido resultados operacionais de quase 1 bilião € nesse ano. Na rede móvel havia 4,4 milhões de subscritores de ligações telefónicas (HT-T 46,8%, VIPnet 35%, Tele2 18%), a que se juntavam 1,3 milhões de subscritores de banda larga. Há perto de 930 mil utilizadores registados com acesso à Internet (+3,8% que em 2014) e perto de 154 mil subscritores de televisão por cabo (com acesso à internet).

O setor público é o maior utilizador de tecnologias de informação (23%), seguido do setor financeiro (21%) e do das telecomunicações (18%).

O número de utilizadores de banda larga móvel tem vindo a crescer, registando-se um crescimento de 14% no ano de 2014. A VIPnet e a T-HT já migraram para a tecnologia LTE e estão em vias de implementar o sistema de fibra ótica. Importa também realçar que o número de empresas que utiliza sítios web e sistemas de comércio online tem aumentado drasticamente e que o setor de cloud computing tem estado a crescer a um ritmo de 30% por ano.

4.2.3. Equipamento médico e farmacêutico

Em 2014 a Croácia gastou 7,8% do seu PIB com o setor da saúde, ou seja, cerca de 3,5 biliões €, sendo que

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gerais, 12 clínicas, 40 hospitais especializados e cerca de 360 policlínicas. O Fundo Croata para o Seguro de Saúde (www.hzzo-net.hr) financia o sistema público por via das contribuições pagas pela população empregada. As clínicas privadas assumem cerca de 10% do total de serviços médicos providenciados no país.

O mercado de equipamento e material médico representava em 2014 cerca de 188 milhões € e era fundamentalmente suportado pelo Estado, estimando-se que apresente taxas de crescimento anual de 5% até 2018. Já o mercado de dispositivos médicos representou cerca de 185 milhões €, com 92% deste valor a corresponder a importações.

O consumo de medicamentos na Croácia ascendeu a cerca de 1,05 biliões €, valor que é idêntico ao gasto nos países vizinhos. O gasto farmacêutico da Croácia é o 6º maior na região do Centro e Sul da Europa. É também possível observar que 25% do total de medicamentos destina-se ao tratamento de doenças cardiovasculares e o segundo grupo mais importante é o do sistema nervoso central, logo seguido pelo tratamento do cancro e sistema gastrointestinal. O mercado farmacêutico local é dominado por genéricos, embora se reconheça o crescimento gradual da aquisição de remédios inovadores e dispendiosos, especialmente depois de o Fundo Croata para o Seguro de Saúde ter começado a comparticipar estes medicamentos.

Entretanto, o custo global com a aquisição de equipamento médico, instrumentos cirúrgicos, acessórios, equipamento de laboratório e outros bens representava em 2014 perto de 210 milhões de euros (+ 6% que em 2014), um quarto do qual gasto em equipamento médico sobretudo em Zagreb e Rijeka.

O setor médico privado na Croácia tende a crescer, ainda que tal se deva, para já, ao aumento de gabinetes médicos privados, que quase não requerem material médico de alta tecnologia. Neste momento o setor privado representa entre 7 e 9% dos serviços providenciados pelo setor da saúde. As clínicas privadas Magdalena (cardiologia - com resultados operacionais de 16 milhões €), Sunce (com 12 milhões €) e Akromion (ortopedia) são as unidades clinicas do setor privado de maior relevância no país.

Os suplementos alimentares e programas informáticos aplicáveis à área da saúde possuem largo futuro.

4.2.4. Energia

A Croácia importa cerca de metade da energia que consome anualmente: 80% das necessidades de petróleo, 40% de gás, 20% de eletricidade e a totalidade do carvão consumido. Face às expectativas futuras de crescimento da economia, prevê-se um aumento da dependência da Croácia em relação a importações de energia. O Programa Estratégico de Energia, aprovado para aplicação até 2020 e visando a adaptação da Croácia à política energética da UE, aponta para a necessidade do aumento da capacidade instalada de produção de energia nos seguintes termos:

a) Energia elétrica: aumento de 3.500 MW (a acrescer aos atuais 4.000);

b) Petróleo e gás: construção de novos gasodutos e oleodutos, bem como um terminal para armazenamento de gás liquefeito;

c) Aquecimento urbano: diversas modernizações e melhoramentos.

O investimento estimado nestes projetos excede os 20 biliões €, 60% dos quais afeto a a), 30% a b) e 10% a c).

4.2.5. Transportes

Embora ainda não exista informação definitiva, já há alguns anos que tem vindo a ser discutida a total ou

semiprivatização da gestão das autoestradas croatas. Se tal acontecer, as empresas portuguesas poderão

estar interessadas em retomar uma parte da concessão das mesmas, incluindo a implementação do sistema da Via Verde, projeto inovador a nível mundial.

(13)

Outra oportunidade ao nível dos transportes poderá ser a futura construção da ligação por autoestrada entre

Zagreb e Dubrovnik. O projeto tornar-se-á particularmente atrativo se se der a aprovação de fundos

comunitários que financiem a continuação desta ligação até à Grécia, passando pelo Montenegro e pela Albânia.

4.2.6. Agroalimentar

As importações croatas neste segmento da atividade económica atingiram em 2014 quase 12% do total das aquisições, totalizando 1,58 biliões €. O crescimento sustentado da indústria de turismo, em particular na costa da Dalmácia, fez crescer o consumo nas áreas urbanas e o número de superfícies vendedoras.

As importações de fruta fresca, legumes e fruta e legumes processados, atingiram perto de 350 milhões € e o setor tenderá a crescer a um ritmo moderado, já que a Croácia não é autossuficiente.

O mesmo sucederá, por exemplo, com frutos secos e carne de porco (este último mercado com importações em 2014 de cerca de 207 milhões €). Embora a Croácia tenha produção própria, continua a não ser autossuficiente na produção de azeitona preta e azeite extravirgem, tendo de importar, quer para consumo, quer para incorporação em produtos de fabrico próprio para posterior exportação.

Embora também exporte, a Croácia importa cerca de 88 milhões € de peixe e marisco. É natural que a importação deste produto continue a aumentar de forma constante, pois a Croácia não consegue acompanhar a procura crescente de peixe com o crescimento do turismo no país. O consumo, produção e distribuição de peixe salgado, designadamente anchovas, peixe congelado e fumado (enguias, perca e peixe de água doce), patés de peixe, marinados de peixe e outros produtos similares, tenderá também a crescer. O mesmo sucederá com a alimentação para produção de atum e para a indústria local processadora.

4.3. Informações sobre o mercado

4.3.1. Câmara de Economia da Croácia

A abordagem do mercado para a escolha de um parceiro local deve ser feita por via de uma consulta prévia e aconselhamento sobre o assunto junto da Câmara de Economia da

Croácia (http://en.hgk.hr/).

Através de diversas ferramentas como o BIZNET, o Diretório de Empresas

croatas (http://www1.biznet.hr/HgkWeb/do/extlogon?lang=en_GB) e o

Ponto de Apoio Único ao empresário ( http://en.hgk.hr/point-of-single-contact/), a Câmara de Economia promove diversas oportunidades de negócio. O Diretório é uma base de dados integrada de todas as entidades empresariais registadas na Croácia, enquanto o Ponto de Contacto Único simplifica os diversos procedimentos administrativos e formalidades necessárias, reduzindo os custos e o tempo necessário para o início de um novo negócio.

A Câmara tem ainda serviços próprios de aconselhamento jurídico e pode proceder a uma pré-seleção de parceiros ética e financeiramente sólidos por setor de atividade económica, que facilitam o acesso ao mercado.

Faculta também informação sobre como iniciar uma atividade empresarial na

Croácia, tendo elaborado um manual inteiramente dedicado a esta questão (http://en.hgk.hr/files/2015/03/poduz_dj_2015_EN_web.pdf).

BIZNET: uma ferramenta ao seu dispor

• O BIZNET é uma ferramenta desenvolvida pela Câmara da Economia da Croácia, que permite que empresas croatas e estrangeiras publicitem o seu interesse de adquirir e/ou vender produtos ou serviços.

Tendo como objetivo incentivar a cooperação entre empresas croatas e empresas estrangeiras, bem como promover o comércio externo croata, os anúncios estão associados a uma taxa de valor reduzido (cerca de 3 €) que pode ser dispensada para as empresas portuguesas se o pedido

de divulgação for encaminhado através da Embaixada.

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4.3.2. HITRO.HR

A HITRO.HR (http://www.hitro.hr/Default.aspx) é um serviço do governo da Croácia que assegura uma

comunicação rápida entre a administração pública e os cidadãos e as empresas. Com escritórios de

representação nas mais diversas cidades e localidades, a HITRO.HR auxilia na criação de empresas, entre outros serviços, facultando ainda aconselhamento de forma gratuita. Vários destes serviços encontram-se disponíveis online, o que resulta numa redução da burocracia e proporciona aos cidadãos procedimentos mais eficientes, económicos e expeditos.

4.3.3. Importações, taxas e impostos

Desde 1 de julho de 2013 que se encontram simplificados os procedimentos para importações de bens

provenientes da UE. De acordo com a edição 2015 do Doing Business Report do Banco Mundial

,

em média as importações demoram 14 dias, requerem o preenchimento de cerca de 7 documentos e o custo por contentor ascende a 900 euros. As importações de países terceiros estão naturalmente sujeitas ao pagamento das tarifas aduaneiras e IVA às taxas aplicáveis.

Quanto ao pagamento de taxas e impostos locais que incidem sobre o rendimento do trabalho, as

contribuições para a segurança social incluem a proteção na saúde (15%), desemprego (1,7%) e segurança

no trabalho (0,5%). A estas deduções acrescem também as relativas à reforma: o 1º pilar, obrigatório, corresponde a 15%; e o 2º pilar, voluntário, corresponde a 5%. A taxa local devida à câmara municipal varia de cidade para cidade, mas no caso de Zagreb ascende a 18%.

O imposto sobre o rendimento possui três taxas: 12% (para salários anuais até HRK 26.400,00), 25% (para salários entre HRK 26.400 e HRK 105.600) e 40% (para salários superiores àquele último valor).

A taxa de imposto que incide sobre o lucro das empresas é de 20%.

Quanto ao IVA, está estruturado em três taxas básicas: 5% (alguns produtos alimentares como pão e leite, livros, exibição de filmes e alguns produtos médicos), 13% (alojamento, restauração e hotelaria em geral, setor alimentar, jornais diários em certas condições, alimentação para bebé, açúcar refinado, bebidas não alcoólicas) e 25% (todos os restantes produtos e serviços).

5. Investimento estrangeiro

Existem duas grandes entidades croatas que lidam com a área do investimento estrangeiro: a Agência croata

para as pequenas e médias empresas, inovações e investimentos (HAMAG - BICRO), virada para o

investimento estrangeiro em geral; e a Agência para o Investimento e Competitividade (AIK), particularmente vocacionada para os grandes investimentos (mais de 50 milhões €).

A HAMAG – BICRO (http://www.investcroatia.hr/), fundada há 20 anos, foi criada para apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, melhorando o processo de inovação e encorajando o investimento, constituindo igualmente um excelente ponto de apoio para o empresário estrangeiro. A agência reúne diversos instrumentos que estão ao dispor dos empresários estrangeiros e disponibiliza através do seu sítio web informações e materiais que podem ser bastante úteis.

A AIK (www.aik-invest.hr) oferece a potenciais investidores uma visão global do ambiente de investimento da Croácia, ajuda na seleção do local de destino do investimento e disponibiliza serviços de mediação com os representantes da administração local e central da Croácia.

A atração de investimento estrangeiro, embora prioritária para as autoridades croatas, nem sempre tem sido obtida com grande sucesso. Os resultados de 2014 (2.898 biliões €) apontam para alguma recuperação face a anos anteriores e os dados mais recentes alusivos ao 1º trimestre de 2015 confirmam tal facto com o

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investimento a atingir cerca de 400 milhões €, mais de 50% do qual afeto ao setor financeiro e cerca de 15% ao ramo imobiliário.

Nos últimos 10 anos e por esta ordem, a Áustria (21,7%), Países Baixos (20%), Alemanha (8,5%), Hungria (7,4%) e Luxemburgo (6%) têm constituído os principais investidores. Os setores financeiro (25%), transformador (19,5%), comércio (14,7%), imobiliário e construção (12,4%) correios e telecomunicações (6%), têm constituído os que concentraram maiores valores de investimento.

Para efeitos de valoração das condições proporcionadas pelas autoridades locais ao investimento estrangeiro no país, sintetizam-se aqui alguns dados relevantes:

a) Posicionamento do país no relatório “Doing Business” do Banco Mundial 2016: 40; b) Custo da mão-de-obra por hora: 9,4 euros (indústria 8,5, construção 8,3 e serviços 10); c) Nº mínimo de dias para iniciar um negócio: 7;

d) Eletricidade - custo do KWh para clientes industriais: 0,089 €; e) Gás natural - Custo do Gj para clientes industriais: 0,0427 €; f) Taxa base sobre o lucro das empresas: 20%.

Relativamente às disposições legais que lidam diretamente com a área do investimento, a Lei de Promoção de

Investimentos constitui um marco legal extremamente relevante, especialmente direcionado para os

investimentos destinados ao reforço dos mecanismos de produção, ao uso de novas tecnologias, de apoio à investigação e desenvolvimento de atividades empresariais e de estímulo ao emprego.

São de particular interesse os incentivos concedidos em matéria de redução das taxas sobre os lucros das

empresas, dependendo da sua dimensão e número de empregos criados. Existe, por exemplo, uma redução de

50% durante 10 anos para empresas que invistam cerca de 900 mil € e criem pelo menos cinco novos postos de trabalho. Em certos casos, a redução pode atingir 75% e 100%.

Quanto às pequenas e médias empresas com um valor de investimento igual ou superior a 150 mil €, podem beneficiar de:

a) Incentivos fiscais com taxa reduzida de imposto sobre os lucros que pode variar entre 0% e 10%; b) Incentivos laborais de entre 3 a 18 mil € por empregado;

c) Incentivos para a inovação e desenvolvimento que podem ir até 20% dos custos elegíveis na aquisição de equipamento até um máximo de 500 mil €;

d) Incentivos para despesas de capital e investimento no projeto com atribuição de um “cash Grant” no valor de 20% dos custos elegíveis até um milhão €.

(16)

6.Contactos úteis

EM PORTUGAL

Embaixada da Croácia em Portugal

Rua D. Lourenço de Almeida 24 1400-126 Lisboa

Tel: + 351 302 1033 / 1053 / 1077 Fax: + 351 302 1251

lisabon@mvep.hr http://pt.mvep.hr/

AICEP Portugal Global

Av. 5 de Outubro 101 1050-051 Lisboa Tel: + 351 217 909 500 Rua Júlio Dinis 748 9º dto

4050-012 Porto Tel: + 351 226 055 300 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt NA CROÁCIA Embaixada de Portugal

Ante Kovačića 3 / I Kat 10000 Zagreb Tel: + 385 1 488 2210 Fax: + 385 1 492 0663

zagreb@mne.pt

https://zagreb.embaixadaportugal.mne.pt

Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P., em Zagreb

Universidade de Zagreb Faculdade de Letras de Zagreb,

Sala A110 (1º Andar) Ivana Lučića 3

10000 Zagreb Tel: + 3851 612 0283

clpic.zagreb@gmail.com http://www.clpcamoes-zagreb.com/

Ministério dos Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus Trg N. Š. Zrinskog 7-8 10000 Zagreb Tel: +385 (0)1 4569 964 Fax: +385 (0)1 4551 795, +385 (0)1 4920 149 ministarstvo@mvep.hr http://www.mvep.hr/

Agência para Investimentos e Competitividade

Zagreb Tower, Radnička cesta 80 10000 Zagreb

Tel: + 385 1 628 6800/6801 Fax: + 385 1 628 6829

info@aik-invest.hr http://www.aik-invest.hr/en/

Ministério das Finanças

Katančićeva 5 10 000 Zagreb Tel: +385 1 4591 333 Fax: +385 1 4922 583 informiranje@mfin.hr http://www.mfin.hr/en

Câmara de Economia de Zagreb

Rooseveltov trg 2, 10000 Zagreb Tel:+385 1 456 1555 Fax: +385 1 482 8380 hgk@hgk.hr http://en.hgk.hr/ Administração Fiscal Central Office Boškovićeva 5 10000 Zagreb Tel: +385 1 480 9000 Zagreb Branch Office Avenija Dubrovnik 32 10000 Zagreb Tel: +385 1 6501 111 Fax: +385 1 6501 448 www.porezna-uprava.hr/en Serviço de Alfândegas

Alexandera Von Homboldta 4a 10000 Zagreb

Department of Customs Systems and Procedures: Tel: +385 1 62 11 280

Fax: +385 1 62 11 005

Sector for customs tariffs, value and origin: Tel: +385 1 62 11 321

Fax: +385 1 62 11 014

ravnatelja@carina.hr | javnost@carina.hr https://carina.gov.hr/

(17)

Ministério da Economia

Ulica grada Vukovara 78 10 000 Zagreb Tel: +385 1 6106-111 Fax: +385 1 6109 110 ministar@mingo.hr http://www.mingo.hr/en Ministério do Interior 10 000 Zagreb Ulica grada Vukovara 33

Tel: +385 1 6122 111

pitanja@mup.hr | policija@mup.hr www.mup.hr | www.policija.hr

Agência Croata de Estatísticas

Ilica 3 10000 Zagreb Republic of Croatia Tel: +385 1 48 06 111 www.dzs.hr HAMAG BICRO Ksaver 208 10000 Zagreb CROATIA Tel: +385 1 488 1003 investments@hamagbicro.hr http://www.investcroatia.hr /

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