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PRÁTICAS DE PSICOLOGIA NO ENSINO BÁSICO: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO DE FORMAÇÃO Elisandra Polon Panplona 1

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Academic year: 2021

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PRÁTICAS DE PSICOLOGIA NO ENSINO BÁSICO: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO DE FORMAÇÃO Elisandra Polon Panplona1

Raquel Da Cruz Costa2 Daiana Priscila de Souza3 Elisangela Cristina Salles4 Tífany Rafaela M. De Sousa5 Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior6 RESUMO EXPANDIDO

O presente texto é fruto das discussões e práticas em andamento realizadas pelas alunas do estágio de formação intitulado “Intervenções psicopedagógicas em instituições”. Nosso trabalho se concentra em escolas estaduais de três municípios de pequeno porte do Oeste Paulista, envolvendo Ensino Fundamental e Médio. Optamos pelo diálogo entre a psicopedagogia institucional e a psicologia escolar e educacional; tal se deve à proximidade entre suas áreas de atuação e à possibilidade de melhor compreensão e maior número de recursos e técnicas à disposição do profissional estagiário.

Podemos definir psicopedagogia institucional como a prática na qual o profissional poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não tem causa apenas em problemas individuais do aluno, mas que são consequências de

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Graduanda em Psicologia, FADAP-FAP, Tupã. Email: lili-pm@hotmail.com

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Graduanda em Psicologia, FADAP- FAP Tupã. Email:raquelcosta24@hotmail.com

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Graduanda em Psicologia, FADAP- FAP Tupã. Email:daya.dps@gmail.com

4 Graduanda em Psicologia, FADAP- FAP Tupã. Email:lie_cristina@hotmail.com 5

Graduanda em Psicologia, FADAP- FAP Tupã. Email:tifanymend@gmail.com

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Docente do curso de Psicologia da FADAP-FAP, Tupã, e dos cursos de Psicologia e de Artes Visuais da FIO-Ourinhos. E-mail: luizboscojr@yahoo.com.br

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problemas escolares. Seu papel é analisar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõem e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam as dificuldades da construção do conhecimento. O trabalho do psicopedagogo deve auxiliar o professor, orientar os pais e colaborar para um bom entrosamento, independente da causa (BOSSA, 1994).

Quanto à psicologia escolar e educacional, suas práticas podem abarcar ampla gama de ações, não se limitando a problemas de aprendizagem, mas buscando a compreensão de toda dinâmica escolar. Envolve as políticas públicas em Educação; a dinâmica institucional; as relações entre os atores institucionais; as condições de trabalho dos educadores; o processo ensino-aprendizagem (MARTINEZ, 2010). Baseamos, ainda, nosso trabalho no documento de referências para atuação básica elaborado pelo Conselho Federal de Psicologia (2013, p. 32):

“... almejamos um projeto educacional que vise coletivizar práticas de formação e de qualidade para todos; que lute pela valorização do trabalho do professor e constitua relações escolares democráticas, que enfrente os processos de medicalização, patologização e judicialização da vida de educadores e estudantes; que lute por políticas públicas que possibilitem o desenvolvimento de todos e todas, trabalhando na direção da superação dos processos de exclusão e estigmatização social.”

Do diálogo entre esses campos de atuação da Psicologia depreendemos que não podemos nos ater às questões relacionadas a comportamento e aprendizagem dos

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alunos, como se todos os problemas que a instituição escolar enfrenta se limitassem a esses. A instituição escolar apresenta dinâmica complexa e deve ser cuidada em seus diversos aspectos, o que vai para muito além da perspectiva de “tratamento” a desvios dos padrões disciplinares da escola tradicional.

Convém salientar que esses “desvios” não devem ser encarados como problemas em si, advindos da psique do aluno ou, como tem sido mais frequente, de disfunções ou alterações biológicas, que devam ser sanadas mediante tratamento medicamentoso. Problemas e dificuldades que a escola enfrente, sejam relativos a alunos que “não aprendem” e são “indisciplinados”, sejam a educadores “deprimidos” ou “ansiosos”, devem ser compreendidos no contexto em que se dão e nos levarem a problematizar como estão às práticas dentro da instituição escolar e como se situam tais “desvios” histórica e socialmente. Patologizar ou mesmo culpabilizar tais situações mascaram as condições concretas em que o ensino formal tem sido construído na realidade brasileira, além de contribuir com maior contundência à construção de corpos dóceis, submetidos e silenciados sob o poder disciplinar (FOUCAULT, 1987).

Nossa atuação concentrou-se em estudo da dinâmica institucional; formação de grupos de escuta e orientação com educadores; oficinas semanais com alunos; participação em eventos escolares; promoção de palestras educativas.

Podemos afirmar sobre os grupos que trazem uma riqueza enorme, porque ensinam aos seus integrantes trabalhar em equipe, observar, a ouvir e relacionar as próprias

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opiniões. O trabalho em grupo constrói o conhecimento e desenvolve a sociabilidade.

No trabalho com os alunos empregamos jogos que, em sua maioria, foram feitos pelos próprios alunos, como dama e dominó, e durante este trabalho tiveram que aprender a compartilhar materiais e ideias, de forma a ajudar um ao outro. Como também tiveram que se organizar para confeccionar o jogo, evitando erros, e buscando maneiras de fazê-lo de forma mais rápida possível.

O que pudemos trabalhar com os educadores nas instituições foi participar das Atividades de Trabalho Pedagógico Coletivo e das reuniões de conselhos; em alguns desses ATPC’s fizemos uma roda com os professores, sem diretores e coordenadores, para que assim pudessem se sentir a vontade de falar o que quiser. Nosso trabalho encontra-se em andamento; o que podemos apresentar por hora é a precariedade em que se encontra o trabalho nessas instituições, tanto para educadores quanto para alunos, produzindo dificuldades relacionais e de aprendizagem. As atividades oferecidas contribuem para amenizar tal situação e favorecem o trabalho desenvolvido dentro das instituições. Contudo, é necessário salientarmos que, por mais eficaz que seja, é incipiente diante da necessidade de que se repense os rumos das políticas públicas em educação e que se lute pela real democratização do Ensino.

Palavras – chaves: psicologia escolar – psicopedagogia institucional – práticas em

psicologia.

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AQUINO, Júlio Groppa. “Alunos-problema” versus alunos diferentes: avesso e direito da escola democrática. Pro-posições, v. 12, n. 2-3 (35-36), jul.-nov.2001

BOSSA, Nádia A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

COLLARES, Cecília Azevedo Lima; MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. A Transformação do Espaço Pedagógico em Espaço Clínico (A Patologização da Educação) disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_23_p025-031_c.pdf

Conselho Federal de Psicologia. Referências técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica. Conselho Federal de Psicologia. - Brasília: CFP, 2013.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987.

MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia S.; PASSOS, Norimar C.; Pega-varetas: fatores que interferem na aprendizagem. Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar. 2005.

MACEDO, Rosa Maria. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis. Vozes, 2012.

MACUCH, Regiane da Silva. Dinâmicas Relacionais de Jovens em uma Escola Secundária Profissional- Estudos de Casos. 2009.

MARTINEZ, Albertina. O que pode fazer o psicólogo na escola? Em Aberto, Brasília, v. 23, n. 83, p. 39-56, mar. 2010

VERCELLI, Ligia de Carvalho Abões. O trabalho do psicopedagogo institucional. Revista espaço acadêmico- N° 139. Dezembro de 2012.

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Referências

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