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O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

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Academic year: 2021

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(1)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

O AQUEDUTO

DAS ÁGUAS LIVRES

Uma estrada de água

O Aqueduto das Águas Livres foi construído no séc. XVIII, com

a função de fornecer água à cidade de Lisboa, que, na época,

sofria de um grave problema de falta de água. Até então,

exis-tiam apenas dois grandes chafarizes na cidade e a quantidade

Da nascente ao chafariz

A água era captada em nascentes, no vale de Carenque,

na zona de Sintra, seguindo por túneis até ao Aqueduto,

onde percorria os 58 km deste graças à força da gravidade,

até chegar à Mãe d’ Água das Amoreiras, em Lisboa.

(2)

Uma obra que é um monumen

to da Humanidade!

O Aqueduto das Águas

Livres foi, na época,

a maior construção do

mundo para

circulação de água.

Foi mandado

construir por D. João

V, em 1731. O autor

do

pro-jecto foi Manuel da Maia

, um dos mais importan

tes arquitectos portugu

eses de sempre.

em 1799, e esteve em

funcionamen

to até 1967. Actualmen

te, é um Monumen

to

Nacional e um dos núcleos do M

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

O maior arco do mundo

Os ramais do aque

duto cobrem, no

total, uma área

de 58

quilómetros. No en

tanto, a parte mais

famosa do Aquedut

o é

a Arcaria do Vale

de Alcântara. Est

e troço tem uma

extensão

de 941 metros e

possui 35 arcos:

21 de volta perfeita

e 14

ogivais. Devido à

largura do vale, foi

necessário recorr

er aos

arcos ogivais, pois

permitem ultrapassar

distâncias maiores

e

suster o Aquedut

o a tão grande altur

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O

de 65,29 metros!

Por isso entrou pa

ra o Guiness Book

, com

o recorde de maior ar

co em pedra do mundo

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Um elevador para a água

A Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos foi construída, no

água para

reservató-rios situados em zonas altas da cidade de Lisboa. Tendo em conta

as crescentes necessidades de água da capital, agravadas pelo

aumento populacional da época, a Estação dos Barbadinhos era

a resposta necessária para melhorar significativamente o acesso

à água em Lisboa. Foi a partir desta altura que se começou a

generalizar a canalização da água até às casas dos Lisboetas.

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

A VAPOR

DOS BARBADINHOS

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O poder do vapor

Pouco depois da sua construção, em 1880, a Estação

dos

Barbadinhos iniciou a sua actividade com as primeir

as

águas trazidas de mais de 100 km de distância do rio Alvie

-la, que passou a abastecer a cidade de Lisboa.

A elevação da água era feita graças a quatro poderosa

s

máquinas a vapor, que funcionavam com a ajuda de caldei

-ras e bombas. Estas projectavam a água até reservatório

s

situados em pontos altos: o Reservatório da Verónica e o da

Penha de França, que abasteciam toda a cidade

.

A Estação Elevatória dos Barbadinhos manteve-se em

(6)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

Um Museu para a água

A Estação dos Barbadinhos

é, desde 1987, a sede

do Museu da

Água, constituindo

um dos melhores e

xemplos de arqueolo

-gia industrial do Mundo

.

A sua exposição per

manente apresenta

uma colecção única

explicam a evolução e a hist

ória do abastecimen

to de água.

Não percas a inesquecív

el experiência de sen

tir uma máquina

a vapor a funcionar

, na fabulosa Sala das

Máquinas! Todo o

espaço e equipamen

to estão muito bem

conservados,

(7)

GUIÃO

DE EXPLORAÇÃO

MUSEU

DA ÁGUA

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FICHA TÉCNICA

Autor | Museu da Água da EPAL

Edição e concepção | Sair da Casca

Design| winicio

Ilustração | Planeta Tangerina

Auditoria de Língua Portuguesa | Letrário

Impressão | Jorge Fernandes

Tiragem | 150 exemplares

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

ÍNDICE

Introdução. . . 4

O Museu da Água nas escolas . . . 4

Apresentação do guião. . . 5

Aqueduto das Águas Livres. . . 6

Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras. . . 10

Reservatório da Patriarcal. . . 14

Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos. . . 18

(10)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

INTRODUÇÃO

O Museu da Água da EPAL

Criado em 1987, o Museu da Água da EPAL abrange quatro núcleos constituídos por monumentos e edifícios relacionados com a história do abastecimento de água a Lisboa, nos séculos XVIII e XIX. Disperso pela cidade, o Museu da Água da EPAL reúne um valioso património documental, monu-mental e cultural, indispensável à compreensão da história da água em todas as suas vertentes. Conhecer este património é homenagear todos os que, ao longo da história, contribuíram para me-lhorar e facilitar o acesso à água – elemento indispensável à qualidade de vida.

O Serviço Pedagógico Águas Livres

O Serviço Pedagógico Águas Livres é uma iniciativa do Museu da Água da EPAL, cuja missão é sensi-bilizar para os valores ligados à defesa do património ambiental, histórico, documental e cultural do Museu, bem como alertar a comunidade educativa para o uso eficiente e racional da água.

O MUSEU DA ÁGUA NAS ESCOLAS

Porque entendemos que este valioso património deve e merece ser partilhado, o Serviço Pedagógico Águas Livres desenvolveu uma exposição lúdica, que se destina a divulgar o património do Museu nas escolas, fomentando assim o desejo de uma visita ao Museu da Água da EPAL.

A exposição é constituída por um conjunto de 12 painéis, onde se abordam a história e o património dos quatro núcleos do Museu. Cada núcleo é representado num conjunto de três painéis.

Objectivos da exposição

* Conhecer cada núcleo.

* Perceber o valor patrimonial e artístico de cada núcleo.

* Perceber a originalidade arquitectónica de cada núcleo.

* Perceber a função industrial que cada núcleo assumiu.

* Valorizar a importância do tema da água, nas suas diferentes vertentes.

Como montar a exposição

O Serviço Pedagógico Águas Livres fornece os 12 painéis necessários à montagem da exposição. Estes podem ser simplesmente afixados numa parede ou placard da escola, embora a apresentação dos mesmos possa ser valorizada com a criação de suportes de cartão resistente, especificamente concebidos para o efeito.

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

Sugestões de exploração

Ao longo dos 12 painéis que constituem a exposição, são apresentados os conteúdos essenciais ao conhecimento do Museu da Água da EPAL.

A título de sugestão, propõe-se que a informação sobre cada núcleo seja introduzida com a colabo-ração dos alunos, através de questões que contribuam para os valorizar, despertando a curiosidade e contextualizando os conteúdos.

Esta exposição pode contribuir ainda para estimular o envolvimento dos pais, pelo que se propõe que lhes seja feito o convite para a visitarem, nomeadamente no momento da sua inauguração.

APRESENTAÇÃO DO GUIÃO

Para o acompanhamento da exposição, desenvolvemos este guião que fornece informação geral sobre as características de cada monumento, a história e arquitectura que os destinguem e algumas curiosidades. Para explorar a história de cada núcleo, propomos quatro etapas.

Olhar e questionar

São colocadas algumas perguntas exploratórias, que poderão utilizar-se para analisar todos os núcleos.

Explicar

Os conteúdos dos painéis são apresentados, recorrendo à identificação de elementos-chave, fundamentais para a sua apreensão. Esta fase pode ser mais dinâmica e interactiva, se o pro-fessor aproveitar as questões e os enigmas presentes nos diferentes painéis.

Recapitular

Após a exploração de cada núcleo, os alunos respondem a um pequeno jogo de memória.

Prolongar

Depois da visita à exposição, na sala de aula, podem abordar-se várias temáticas para “ir mais longe”, estimulando a reflexão e o debate, e alargando o âmbito da discussão.

Esperamos que tirem o melhor partido deste guião e desta exposição. Bom trabalho!

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

AQUEDUTO

DAS ÁGUAS LIVRES

*

Uma estrada de água

O Aqueduto das Águas Livres foi construído

no séc. XVIII, para resolver o problema

do abastecimento de água à cidade de Lisboa.

O arrojado projecto foi da autoria de Manuel da Maia, considerado um dos maiores arquitectos portugueses

de sempre e figura central da história do abasteciment

o de água a Lisboa.

A maioria das pessoas identifica o Aqueduto das Águas Livres pela sua face mais visível, a arcaria do Vale de Alcântara, situada sobre a actual Av. Calouste Gulbenkian. No entanto, o Aqueduto é composto por uma rede de ramais que cobre um total de 58 quilómetros.

O Aqueduto das Águas Livres, um dos ex-libris da cidade de Lisboa, foi a maior obra de engenharia hidráulica feita em todo o mundo, no séc. XVIII. Graças a ele, os habitantes de Lisboa viram di-minuir o seu problema de carência de água, que condicionava as condições de higiene e salubri-dade, dando mesmo origem a conflitos entre os habitantes nos momentos de maior escassez, pois não chegava em quantidade suficiente para todos. Era frequente terem de percorrer grandes dis-tâncias para se abastecerem, já que, na cidade, existiam poucos chafarizes.

Como funcionava

A água era captada em várias nascentes, nas zonas de Belas, Carenque e Caneças, entre ou-tras, e transportada ao longo de galerias, túneis e aquedutos subsidiários até ao aqueduto prin-cipal, que a conduzia então ao Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, em Lisboa. Daí, a água era levada por uma rede de galerias sub-terrâneas até aos diversos chafarizes, onde a população se abastecia.

(13)

*

Quer saber mais?

* Existem vestígios de um

aqueduto romano, em Belas, na mesma região onde o Aquedut

o das Águas Livres tinha as suas nascentes. Supõe-se

que o mesmo chegaria até Lisboa, para abastecer as fontes, termas

e balneários, de que os Romanos tanto gostavam.

*Apesar de estar construída

próximo de uma importante falha sísmica, a arcaria do Vale de Alcântar

a resistiu ao terramoto de 1755.

* Para transportar a água

de Belas até Lisboa era utilizada a força da gravidade, aproveitada graças à ligeira inclinação

do Aqueduto.

Existem outros aquedut

os igualmente importantes no nosso país:

* Aqueduto da Água de Prata,

Uma obra que é um monumento

da Humanidade!

* Foi o rei D. João V quem mandou edificar o Aqueduto das Águas Livres. A insistência do procurador da cidade de Lisboa, Cláudio Gorgel do Amaral, junto do monarca influen-ciou muito a decisão deste.

* O alvará para a construção foi assinado em 1731 e, no ano seguinte, iniciava-se a obra, segundo o arrojado projecto da autoria do arquitecto Manuel da Maia.

* Em 1744, já estavam alguns troços a funcionar, tendo a inauguração oficial decorrido em 1748.

* Foi, no entanto, preciso esperar por 1799 para assistir à conclusão do monumental projecto.

* O Aqueduto manteve a sua função na capital até 1967, altura em que foi retirado do sis-tema de abastecimento de água.

* Classificado como Monumento Nacional, em toda a sua extensão, em 2002, é hoje um dos núcleos do Museu da Água da EPAL.

O maior arco do mundo

*Ao longo dos seus 58 quilómetros de exten-são, o Aqueduto atravessa os municípios de Loures, Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa. A maior extensão do Aqueduto a des-coberto situa-se no município da Amadora.

*A arcaria sobre o Vale de Alcântara, o troço mais conhecido de todo o Aqueduto, tem 941 metros de extensão e é constituída por 35 arcos, dos quais 14 são ogivais e 21 de volta perfeita. O recurso a arcos ogivais deveu-se à maior capacidade de carga que é essencial para ultrapassar a grande largura do vale.

*Nesse troço há um arco que tem uma altura de 65,29 metros, o que faz dele o maior arco em pedra do mundo, razão pela qual entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes.

(14)

*

CURIOSIDADES

* A construção do Aqueduto foi uma obra polémica, tendo levado a constantes substi-tuições dos arquitectos e engenheiros responsáveis pelo projecto. Uma das maiores polémicas gerou-se em torno da solução encontrada para transpor o Vale de Alcântara, troço que oferecia enormes dificuldades. O recurso a arcos de ogiva foi muito contestado, uma vez que este estilo arquitectónico se encontrava já ultrapas-sado na época.

* O Aqueduto servia de ponte sobre o Vale de Alcântara - era chamado o Passeio dos Arcos e muitos dos hortelãos e lavadeiras que todos os dias se deslocavam a Lisboa, passavam por ali. Diogo Alves foi um ladrão que ficou famoso pelos crimes que aí levou a cabo. Conseguiu fazer uma cópia da chave do Aqueduto, para se esconder e assaltar quem o utilizasse como passagem. Era frequente lançar as vítimas do Aqueduto abaixo, fazendo assim confundir os seus actos com os muitos suicídios que aconteciam no local. * Diogo Alves acabaria por ser apanhado e condenado à morte.Morreu enforcado em 1841, pouco antes da aplicação do novo decreto da rainha D. Maria II, que abolia a pena de morte. Foi portanto o último con-denado à pena capital no nosso país.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Olhar e questionar

Deixar os alunos observar os painéis e, depois, perguntar:

* Já ouviram falar do Aqueduto das Águas Livres? * Sabem onde fica?

* Sabem para que servia? * Quem é que já o visitou?

Explicar

Pedir aos alunos que localizem diversos elemen-tos nos painéis correspondentes ao Aqueduto das Águas Livres. São elementos-chave para a compreensão dos conteúdos apresentados, úteis para estruturar a sua exploração.

Serra de Sintra

Painel 1, canto superior esquerdo.

A água que chegava a Lisboa pelo Aqueduto provinha da zona de Sintra. Servindo-se da força da gravidade, a inclinação do Aqueduto permitia que a água deslizasse para o lado mais baixo e percorresse dezenas de quilómetros até ao Reser-vatório da Mãe d’Água das Amoreiras, em Lisboa.

Túnel onde se captava a água (nascente)

Painel 1, ao centro, lado esquerdo.

As águas eram captadas em nascentes nas zonas de Belas, Caneças e Carenque (Sintra). Daí, seguiam por túneis e aquedutos sub-sidiários que as levavam até ao aqueduto prin-cipal, o Aqueduto das Águas Livres.

D. João V

Painel 2, ao centro, lado esquerdo.

O Aqueduto foi mandado construir pelo Rei D. João V, em 1731, para resolver o problema de abastecimento de água à cidade de Lisboa. Foi uma obra que levou 68 anos a construir, só tendo ficado definitivamente pronta em 1799. É a maior construção do mundo destinada à circulação de água, construída no século XVIII.

Arco Grande

Painel 3, canto superior direito.

A parte mais famosa do Aqueduto é a arcaria do Vale de Alcântara, que tem uma extensão de quase 1 quilómetro.Aí, encontra-se um arco com a impressionante altura de 65,29 metros, regis-tado no Guiness Book como o maior arco em pedra do mundo.

(15)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

*De onde vinha a água que chegava a Lisboa, através do Aqueduto?

Da zona de Carenque / Belas, em Sintra. *O Aqueduto está no Guiness Book, o livro

dos recordes. Recordam-se porquê?

Porque tem o maior arco de pedra do mundo. *Ainda se recordam de como eram os arcos do Aqueduto? Eram todos iguais? Quantos tipos diferentes de arcos foram construí-dos?

Dois tipos: arcos ogivais e arcos de volta per-feita. Foi graças a esta combinação de solu-ções arquitectónicas que se tornou possível transpor o extenso Vale de Alcântara. Sem o recurso a arcos ogivais, dificilmente se teria conseguido ultrapassar um vão tão largo, a uma tão grande altura.

Prolongar

Um aqueduto reciclado

Partindo da observação de que um aqueduto é, em termos simplistas, um cano inclinado, propor a construção de um pequeno aqueduto com materiais reciclados – garrafas, canos, embalagens diversas –, que sirva de facto para transportar água de um ponto a outro, por exemplo, no recreio.

Arcos ogivais

Painel 3, ao centro.

A arcaria sobre o Vale de Alcântara é composta por 35 arcos, 21 de volta perfeita e 14 ogivais. Os arcos ogivais foram utilizados neste troço do Aqueduto para que se conseguisse ultrapassar a grande largura do vale,pois têm uma capacidade de carga superior aos arcos de volta perfeita.

Recapitular

Terminada a explicação sobre os conteúdos dos painéis relativos ao Aqueduto das Águas Livres, propor um jogo de memória, a partir de algu-mas questões sobre o que os alunos acabaram de ver e ouvir.

*Como se chamava o rei que mandou cons-truir o Aqueduto das Águas Livres?

D. João V (1707-1750)

*Para que servia o Aqueduto? O que mudou na vida das pessoas?

Servia para abastecer de água a cidade de Lisboa. Graças à sua construção, a população passou a dispor de uma maior quantidade de água, acessível em dezenas de chafarizes mo-numentais, registando-se uma melhoria consi-derável das condições de vida dos Lisboetas.

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

RESERVATÓRIO DA MÃE D’ÁGUA

DAS AMOREIRAS

Graças à quantidade que podia armazenar, a Mãe d’Água tornou-se o grande centro de dis-tribuição de água para a cidade de Lisboa. Era a partir dela que se fazia o abastecimento das fontes e chafarizes que abasteciam a cidade. Para levar a água até aos chafarizes, foram construídas galerias no subsolo, através das quais a água chegava aos diversos pontos onde a população se podia agora abastecer. Este impressionante monumento foi projecta-do pelo consagraprojecta-do arquitecto húngaro Carlos Mardel, sendo uma das suas mais belas e importantes obras.

*

A Casa das Águas

O Reservatório da Mãe

d’Água das Amoreiras, também conhecido por Casa das Águas,foi projectado e construíd

o para receber e distribuir

as águas trazidas pelo Aqueduto das Águas Livres.Foi o primeir

o grande depósito de água da capital, o qual marcava o terminus do Aquedut

o na cidade de Lisboa.

(17)

*

Ponto final no Aqueduto

* Em 1744, o arquitecto húnga

ro Carlos Mardel assume a responsabilidade

geral da obra do Aquedut

o das Águas Livres, incluindo a construção

dos aquedutos subsidiários. * Para assinalar a conclusão

do Aqueduto e a chegada de água a Lisboa, é construído

o arco triunfal, situado

nas proximidades da Mãe d’Água, também

da autoria de Carlos Mardel. * Em 1746, inicia-se

a construção do projecto das Amoreiras, o Reservatório da Mãe d’Água,

que marcava o final do Aqueduto. * A obra só viria a ser terminada em 1834.

* Actualmente,o edifício

da Mãe d’Água é um espaço cultural,uti-lizado para a realização de variadas actividades

, como exposições de artes plásticas,concertos, bailados e teatro.

(18)

*

Quer saber mais?

A Mãe d’Água das Amoreiras foi projectada pelo

arquitecto húngaro Carlos Mardel. Este húngar

o chegou ao nosso país em 1733, pouco depois do início da construção

do Aqueduto das Águas Livres, pro-jecto pelo qual viria a ser nomeado

responsável.A ele se devem algu-mas das mais belas edificações

de todo o complexo, como diversos fontanários e o arco comemor

ativo, junto à Mãe d’Água. Apesar de a Mãe d’Água

ser da autoria do arquitecto Carlos Mardel, o busto que se encontra no seu

exterior é de Manuel da Maia,o arqui-tecto que foi um dos grandes

impulsionadores da construção do Aqueduto e principal autor do projecto.

Um reservatório de maravilhas

* Situado no Largo das Amoreiras, na zona do Rato, o Reservatório da Mãe d’Água assenta sobre um envasamento elevado em relação às ruas circundantes.

* De planta quadrangular, possui linhas arqui-tectónicas de uma sobriedade invulgar e amplas janelas verticais.

* No seu interior, um espaço pleno de magia, inserem-se a Cascata, por onde a água brota de um golfinho, e o reservatório propriamente

dito, a Arca d’Água, com sete metros de pro-fundidade e capacidade para cerca de 5 500 m3

(cinco milhões e meio de litros).

* A Casa do Registo é outro espaço ligado à Mãe d’água das Amoreiras. Neste local regista-vam-se os caudais da água que seguia, através das galerias subterrâneas, para os chafarizes e casas nobres da cidade.

*A Mãe d’Água tem um vasto terraço com vista panorâmica sobre a cidade de Lisboa, de onde, em dias de céu limpo, se pode avistar o rio Tejo, o Castelo de São Jorge, a Ponte 25 de Abril, o Cristo Rei e a cidade de Almada.

*

CURIOSIDADES

* Na época da construção da Mãe d’Água das Amoreiras, os seus 5 500 m3 davam para abastecer uma população de 250 mil pessoas. Hoje em dia seriam apenas sufi-cientes para abastecer três ou quatro bairros!

* A Hungria, terra natal de Mardel, tem uma profunda ligação à água, nomeada-mente através de uma tradição termal que remonta a tempos ancestrais. Estima-se que existam mais de 1 000 piscinas ter-mais no país.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Olhar e questionar

Deixar os alunos observar os painéis e, depois, questionar:

* Já ouviram falar do Reservatório da Mãe d’água das Amoreiras?

* Sabem onde fica?

* Sabem para que servia?

* Quem é que já o visitou?

Explicar

Peça aos alunos que localizem diversos elemen-tos nos painéis correspondentes à Mãe d’Água das Amoreiras.São elementos-chave para a com-preensão dos conteúdos apresentados, úteis para estruturar a sua exploração.

Fonte

Painel 1, canto superior esquerdo.

A partir de 1834, o Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras passou a abastecer os chafarizes de Lisboa. Através de galerias subterrâneas, a água chegava a um total de 64 fontes e chafa-rizes, situados em diversos pontos da cidade, onde a população se podia servir gratuitamente.

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MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

Busto de Manuel da Maia

Painel 1, em baixo, ao centro.

O busto que se encontra no jardim da Mãe d’Água é de Manuel da Maia, grande arquitecto português impulsionador da construção do Aqueduto das Águas Livres. Mas, atenção! O pro-jecto da Mãe d’Água é de outro arquitecto, tam-bém muito importante,o húngaro Carlos Mardel.

Arco das Amoreiras

Painel 2, ao centro, lado esquerdo.

O Arco das Amoreiras é um arco triunfal, junto à Mãe d’Água, que marca o fim do Aqueduto em Lisboa.Foi projectado em 1748 por Carlos Mardel, já depois do início das obras da Mãe d’Água.No en-tanto, o Reservatório das Amoreiras só ficaria con-cluído muitos anos mais tarde, em 1834, devido a atrasos nas obras,causados pelo terramoto de 1755.

Cascata

Painel 3, em cima, lado direito.

A Cascata é um dos misteriosos elementos que compõem o interior do Reservatório da Mãe d’Água. É pela Cascata que a água cai, enchendo o reservatório.Enquanto o interior é marcado por um enigmático ambiente, o exterior do reser-vatório é impressionante, apresentando linhas arquitectónicas extremamente sóbrias e belas.

Arca d’Água

Painel 3, em baixo.

A Arca d’Água é o reservatório propriamente dito.Tem sete metros de profundidade e capaci-dade para cerca de cinco milhões e meio de litros. Na altura, o reservatório cheio dava para abastecer 250 mil pessoas. Hoje, esta quantidade de água serve apenas para três ou quatro bairros!

Recapitular

Terminada a explicação sobre os conteúdos dos painéis relativos à Mãe d’Água das Amorei-ras, propor um jogo de memória, a partir de algumas questões sobre o que os alunos acabaram de ver e ouvir.

*Quem foi o arquitecto que fez o projecto da Mãe d’Água das Amoreiras? Qual era a sua nacionalidade?

O arquitecto da Mãe d’Água foi o húngaro Carlos Mardel.

*Para que servia a Mãe d’Água?

Para armazenar a água que chegava através do aqueduto e que ia depois abastecer a cidade de Lisboa.

*O que existe no interior da Mãe d’Água?

A Mãe d’Água é um grande reservatório de água. No interior, há a Cascata, por onde cai a água, e a Arca d’Água, o reservatório propria-mente dito.

*O que é hoje em dia a Mãe d’Água das Amoreiras?

A Mãe d’Água já não é utilizada no abasteci-mento de água a Lisboa. Actualmente, é um espaço cultural, utilizado para a realização de variadas actividades, como exposições de artes plásticas, concertos, bailados e teatro.

Prolongar

A água antes e depois

A construção da Mãe d’Água das Amoreiras foi um marco para a vida dos Lisboetas. Lance o debate entre os alunos, pedindo-lhes que reflictam sobre a vida das pessoas no tempo em que existiam apenas dois grandes chafarizes em Lisboa.

Como seriam as rotinas (o tempo gasto, as distân-cias percorridas para ir buscar água). Que proble-mas traria no dia-a-dia das pessoas (a falta de água em períodos de seca,as disputas e tensões entre as populações). Que questões higiénicas se levanta-riam (higiene pessoal,dos alimentos,da casa) etc. Esta vivência pode então ser comparada com a dos nossos dias, podendo notar-se semelhan-ças e diferensemelhan-ças, e aproveitando para reforçar a

(20)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

RESERVATÓRIO

DA PATRIARCAL

O Reservatório da Patriarcal era um dos re-servatórios do sector ocidental da cidade, sendo por isso fundamental para o abaste-cimento de toda a zona baixa de Lisboa. A distribuição da água era feita através de galerias subterrâneas que partiam da cister-na, em direcções diversas, cobrindo toda a zona baixa da cidade.

O projecto é da autoria do engenheiro fran-cês Mary, engenheiro-inspector do depar-tamento do Sena.

*

Uma cisterna debaix

o do jardim

Localizado sob o jardim do Príncipe

Real, o Reservatório da Patriarcal data de meados do séc. XIX, sendo

então o principal reservatório da rede de distribuição de água da zona

baixa lisboeta. A cisterna, importante obra com

capacidade para 880 m

3de água, e

situada a 67 metros acima do nív

el do mar, tem uma forma octogonal e era abastecida primeiramente

pelas águas do Aqueduto, através da galeria do Loreto, e depois por águas do Rio Alviela,

por intermédio do Reservatório da Verónica.

(21)

Monumento subterrâneo

* A cisterna da Patriarcal, construída em alvenaria e de forma octogonal, tem uma capacidade de 880 m3.

* Sobre os seus 31 pilares com 9,25 metros de altura assentam diversos arcos em can-taria que servem para sustentar os tectos em abóbada.

*Sobre as abóbadas da cisterna, no exterior, assenta um lago com repuxo, onde esprei-tam quatro tubos que se prolongam até à cisterna, funcionando como escoadouros.

Ao serviço do abastecimen

to de água a

Lisboa desde 1864.Ao ser

viço da cultura

desde 1994.

* O Reservatório da Patriarcal foi projectado em 1856

pelo engenheiro francês Mary e construído

por baixo do Jardim do Príncipe Real, entre 1860 e 1864.

* Em 1883, foi estabelecida

uma ligação a uma das suas galerias para permi-tir o transporte de água provenien

te do rio Alviela.Este rio,situado a mais de 100 quilómetros de Lisboa

, passa a ser utilizado para abastecer a cidade em 1880.

* O Reservatório da Patriarcal funcionou até 1949,ano

em que foi definiti-vamente retirado do serviço.

* Em 1994, foi levado a cabo um projecto de recuper

ação e reutilização da Patriarcal, que lhe valeu o Prémio Municipal

Eugénio dos Santos de Reabilitação Urbana em 1995.

* O Reservatório funciona

hoje como espaço cultural, onde se podem apreciar, além da beleza

do próprio espaço,exposições de escultura, pin-tura e fotografia, peças de teatro, concertos e bailados

(22)

*

Quer saber mais?

O Reservatório da Patriarcal dev

e o seu nome à basílica Patriar cal, construída na zona do que é hoje

o jardim do Príncipe Real, em 1757, a qual viria a arder completament

e, em 1769. A rainha D.Maria II inaugurou o Jardim do Príncipe

Real em 1859,em ho-menagem ao filho primogénito. Ap

roveitando uma zona central d e Lisboa, este jardim de traçado românti

co veio embelezar aquele bairro aristocrático, onde vivia a burguesia

nos seus palácios e palacetes.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Olhar e questionar

Deixar os alunos observar os painéis e, depois, questionar:

*Já ouviram falar do Reservatório da Patriarcal?

*Sabem onde fica?

*Sabem para que servia?

*Quem é que já o visitou?

Explicar

Peça aos alunos que localizem diversos elemen-tos nos painéis correspondentes ao Reser-vatório da Patriarcal. São elementos-chave para a compreensão dos conteúdos apresentados, úteis para estruturar a sua exploração.

Cisterna

Painel 1, em baixo.

Uma cisterna é um reservatório subterrâneo, como é o caso do Reservatório da Patriarcal. Construído em meados do séc. XIX, era o princi-pal reservatório da rede de água de toda a zona baixa lisboeta. Inicialmente, recebia água do Aqueduto, mas, por volta de 1880, passou tam-bém a ser abastecido por águas do Rio Alviela.

Arcos de pedra

Painel 2, em baixo.

Foi um engenheiro francês, de nome Mary, que projectou o reservatório da Patriarcal. Com uma capacidade para 880 m3, o tecto da

cister-na é suportado por 31 pilares, de mais de nove metros de altura, e diversos arcos em pedra.

Exposição / quadros pendurados

Painel 2, em cima, lado esquerdo.

Desde 1994, o Reservatório da Patriarcal fun-ciona como espaço cultural, onde podem ser vistos espectáculos de dança, concertos, peças de teatro ou exposições.

*

CURIOSIDADES

* O Reservatório da Patriarcal tem um ambiente interior muito especial devido à arquitectura e localização subterrânea. Situado exactamente por baixo do lago do jardim, não se vê do exterior. Só junto ao lago podem ver-se as escadas que descem até ao reservatório escondido. * À volta do lago distribuem-se variadas espécies de árvores e uma muito especial. É uma árvore gigante, um cedro-do-buça-co secular, cedro-do-buça-com uma cedro-do-buça-copa de 23 metros de diâmetro! É considerada uma árvore de interesse público e constitui a maior e mais bonita sombra natural de Lisboa. * A zona do Príncipe Real, actualmente considerada uma zona nobre de Lisboa, era originalmente conhecido por Alto da Cotovia. Em meados do século XVIII era uma zona de lixeira do Bairro Alto. Serviu de acampamento militar, após o terramo-to de 1755, e até de local para enforca-mentos.

(23)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

Respiradores

Painel 3, em baixo.

A cisterna da Patriarcal situa-se no Jardim do Príncipe Real, exactamente por baixo do lago que aí existe. No centro do lago existe um repuxo e, à sua volta, quatro respiradores que comunicam com o interior da cisterna e fun-cionam como escoadouros.

Recapitular

Terminada a explicação sobre conteúdos dos painéis relativos ao Reservatório da Patriarcal, propor um jogo de memória, a partir de algu-mas questões sobre o que os alunos acabaram de ver e ouvir.

*Para que servia o Reservatório da Patriarcal?

O Reservatório da Patriarcal era dos poucos existentes no sector ocidental da cidade, sendo por isso fundamental para o abasteci-mento da zona baixa de Lisboa.

*Que zona de Lisboa era abastecida pelo Reservatório da Patriarcal?

A zona baixa de Lisboa.

*Qual é a característica mais marcante do Reservatório da Patriarcal?

É o facto de ser subterrâneo. Fica sob o Jardim do Príncipe Real.

*Para que serve o Reservatório da Patriarcal hoje em dia?

Hoje funciona como espaço cultural, onde se realizam exposições, peças de teatro, concer-tos e bailados.

Prolongar

Guardar a água

Proponha aos alunos um projecto de investiga-ção sobre as diversas soluções encontradas, desde os tempos mais remotos, para armazena-mento e retenção de água – cisternas, reser-vatórios,depósitos,diques,barragens etc.–,sobre as suas diferenças estruturais e funcionais, a evo-lução histórica, as problemáticas associadas à qualidade da água armazenada etc. Os trabalhos apresentados podem integrar uma exposição.

(24)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

A VAPOR

DOS BARBADINHOS

Esta obra foi um passo fundamental para o abastecimento da cidade de Lisboa, pois permitiu responder ao crescente aumento das necessidades de água, motivadas pelo cresci-mento da capital, cuja população sofreu um aucresci-mento dramático a partir de meados do século XIX (de 154 861 habitantes, em 1840, passaria para 352 210 habitantes, em 1900). Os Lisboetas passaram assim a desfrutar de água canalizada nas suas próprias casas.

A elevação da água era feita através de quatro poderosas máquinas a vapor, alimentadas por cinco caldeiras, que bom-beavam a água para os reservatórios situados em pontos altos, a partir dos quais se abastecia toda a cidade.

*

Água colina acima

Construída no final do séc. XIX (1880),

a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos tinha o objectivo de elev

ar as águas do rio Alviela até aos Reservatórios da Verónica e da P

(25)

*

Do vapor à cultur

a

* Em 1868 foi criada uma nova Companhia

das Águas de Lisboa,com o prin-cipal objectivo de trazer para Lisboa

as águas do Rio Alviela. * Em 1880, pouco depois de construída

a Estação Elevatória,dão entrada nomrioamais u e d s a d i z a r t , s a u g á s a r i e m i r p s a s o h n i d a b r a B s o d o i r ó t a v r e s e R

de 100 quilómetros de distância

. A Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos manteve-se em funcionament

o, sem interrupções, desde 1880 até 1928.

* A 1 de Outubro de 1987, no Dia

Nacional da Água,passou a servir de sede ao Museu da Água,sendo hoje um

dos mais bem preservados exemplos de arqueologia industrial no nosso país.

Um Museu para a água

* A Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos é, desde 1987, a sede do Museu da Água.

* A exposição permanente reúne um espólio de objectos antigos, numerosa documentação cartográfica, fotográfica e desenhos técnicos únicos, que explicam a evolução técnica e a história do abastecimento de água, desde o tempo dos Romanos até aos nossos dias.

* No rés-do-chão, encontra-se a Sala das Bom-bas e, no primeiro andar, a fabulosa Sala das

Máquinas. Uma sala extraordinariamente bem conservada, e um exemplo raro e valioso de arqueologia industrial, que mantém todas as características e o ambiente do século XIX.

*Aqui ainda pode ser vista a funcionar uma das quatro máquinas a vapor (graças à ener-gia eléctrica) e todos os seus equipamentos característicos, como os manómetros (instru-mentos que medem a força do vapor), os re-guladores de injecção do vapor, registadores de revoluções (espécie de contador que re-gista os movimentos das máquinas) etc.

(26)

*

Quer saber mais?

* Na Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos

funcionavam quatro máquinas, que eram alimentadas

pelo vapor gerado por cinco caldeiras. Através da queima

de carvão em fornalhas, a água destas caldeiras era convertida em

vapor, que,sob pressão,fazia movimentar as máquinas.Estas,por sua vez, accionavam as bombas

que elevavam a água. A sala das caldeir

as foi demolida em 1950,mas a sala das máquinas ainda existe e está em perfeito estado de conser

vação. * São muitos e variados

os objectos em exposição

na Estação Elevató-ria a Vapor dos Barbadinhos:

reconstituições de aguadeiros (vestidos com traje de Inverno e de Verão); o projecto de arquit

ectura do Aqueduto; vários tipos

de contadores; uma reconstituição do escritório do director da Companhia

das Águas de Lisboa, equipado com as peças da época (telefone, calendário,mata-borrão

etc.).

*

CURIOSIDADE

* A Estação deve o seu nome a um conven-to que existiu naquele lugar e que também deu origem ao nome da rua: Calçada dos Barbadinhos. Neste convento viviam frades italianos, que usavam barba e eram maiori-tariamente de baixa estatura, razão pela qual os Lisboetas rapidamente os alcu-nharam de Barbadinhos.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Olhar e questionar

Deixar os alunos observar os painéis e, depois, questionar:

* Já ouviram falar da Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos?

* Sabem onde fica?

* Sabem para que servia?

* Quem é que já a visitou?

Explicar

Peça aos alunos que localizem diversos ele-mentos nos painéis correspondentes à Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos. São ele-mentos-chave para a compreensão dos con-teúdos apresentados, úteis para estruturar a sua exploração.

Cano

Painel 1, canto superior esquerdo.

O crescimento populacional de Lisboa, na se-gunda metade do século XIX, obrigou a um reforço do sistema de abastecimento de água da cidade, razão pela qual foi construída a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos. A partir desta altura, muitos lisboetas passaram a ter água canalizada em sua casa.

Águas de Lisboa

Painel 1, em baixo.

A Companhia das Águas de Lisboa foi recons-truída, em 1868, com o objectivo de trazer as águas do Rio Alviela para Lisboa.

Máquina a Vapor

Painel 2, em baixo.

As máquinas dos Barbadinhos funcionavam com a ajuda de caldeiras de água, que geravam vapor para fazer funcionar as bombas que, por sua vez, elevavam a água. Graças às máquinas a vapor, foi possível fazer a água chegar a reservatórios si-tuados nos pontos mais altos da cidade.

(27)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

Sala das Máquinas

Painel 3, em baixo.

Encontra-se muito bem conservada, mantendo um ambiente do século XIX. Aqui ainda podem ver uma máquina a vapor em funcionamento, graças à energia eléctrica, assim como todo o seu equipamento característico.

Exposição permanente do Museu da Água

Painel 3, canto superior direito.

Aqui podem ver o antigo escritório do director da Companhia das Águas de Lisboa (reconsti-tuído), modelos de aguadeiros trajados, o pro-jecto de arquitectura do Aqueduto, vários tipos de contadores, e muitos outros objectos e do-cumentos que explicam a história do abasteci-mento de água.

Recapitular

Terminada a explicação sobre os conteúdos dos painéis relativos à Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, propor um jogo de memória, a partir de algumas questões sobre o que os alunos acabaram de ver e ouvir.

*Porque foi construída a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos?

Para elevar a água até aos Reservatórios da Verónica e da Penha de França.

*De onde vinha a água que alimentava a Estação Elevatória?

Vinha do Rio Alviela, a mais de 100 quilóme-tros de Lisboa, que, a partir de 1880, passou a abastecer a cidade.

*O que é hoje em dia a Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos?

É a sede do Museu da Água da EPAL.

*O que pode ser visto no interior da Estação Elevatória?

Além da exposição permanente do Museu da Água e de exposições temporárias, podem ainda ser vistas as bombas e as máquinas a vapor utilizadas para a elevação da água. Estão em excelente estado de conservação e uma delas ainda funciona hoje em dia, graças à energia eléctrica.

Prolongar

Serão as máquinas peças de museu?

Qual a importância de preservar o património industrial? Que aproveitamento podemos fazer dele? Qual o valor para o Museu da Água? E para os visitantes? Que realidade nos contam as máquinas?

Estas são apenas algumas das questões com que poderá lançar o debate entre os seus alu-nos sobre a importância da preservação do pa-trimónio industrial. Um papa-trimónio que urge preservar, pela herança informativa que nos transmite de vivências passadas, do desen-volvimento das sociedades e das tecnologias.

Figuras da água

Com a sua bilha de água às costas e o seu carac-terístico pregão – “Aúúúú´....aúúúúú fresquinha!”– o aguadeiro percorria, noutros tempos, as ruas de Lisboa, vendendo água de porta em porta. O aguadeiro é uma das diversas figuras ligadas à água e faz parte do imaginário colectivo. É por isso que integra a colecção permanente do Museu da Água. Este é o mote para um projecto de investigação que poderá propor aos seus alunos, em torno das profissões e figuras ligadas à água, do pas-sado e do presente: aguadeiros, lavadeiras, canalizadores são apenas alguns dos exemplos mais óbvios. Fica lançado o desafio para

(28)

apro-Aqueduto das Águas Livres

1752 – 1967 Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras 1752 – 1967 Reservatório da Patriarcal 1864 – 1949 MONSANTO AMOREIRAS PRÍNCIPE REAL

(29)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

www .museudaagua.epal.pt Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos 1880 – 1928 RIO TEJO ROSSIO CAMPO PEQUENO SANTA APOLÓNIA

(30)

MUSEU DA ÁGUA DA EPAL

Marcação de visitas

Tel.:21 810 02 15 | Fax:21 810 02 31

E-mail:museu@epal.pt | Site:www.museudaagua.epal.pt

Horário de funcionamento

De seg. a sáb.|das 10h às 18h.|Encerra aos domingos e feriados.

MORADAS

AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

Calçada da Quintinha, n.º 6, a Campolide |Lisboa

RESERVATÓRIO DA MÃE D’ÁGUA

Praça das Amoreiras, n.º 10, ao largo do Rato |Lisboa

RESERVATÓRIO DA PATRIARCAL

Jardim do Príncipe Real |Lisboa

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA A VAPOR DOS BARBADINHOS

SEDE DO MUSEU DA ÁGUA

Rua do Alviela, n.º 12, a Sta. Apolónia |Lisboa

SDC

(31)

A Casa das Águas

O Reservatório da Mãe d’Água das Amor

eiras, também

conhe-cido por Casa das Águas, foi projectado

para receber e

distri-buir as águas trazidas pelo Aquedut

o das Águas Livres. Aí, a

água era armazenada e encaminha

da, através de túneis

subterrâneos, para os chafarizes e fon

tes de Lisboa, onde as

pessoas se abasteciam.

Este edifício foi o primeiro grande reser

vatório da cidade e um

elemento fundamental no abast

ecimento de água da capital

.

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

RESERVATÓRIO

DA MÃE D’ÁGUA

DAS AMOREIRAS

(32)

cidade de Lisboa.

A construção deste Reservatório iniciou-se em

1746, de acordo

com o projecto do arquitecto húngaro Carlos

Mardel. O

terramo-to de 1755 adiou as obras do Reservatório da M

ãe d’Água, que só

Também da autoria de Carlos Mardel é o Arc

o das Amoreiras, um

Mãe d’Água. Este foi construído em 1748

para comemorar a

(33)

Um reservatório de mar

avilhas

O Reservatório

da Mãe d’Água

é um edifício impr

essionante,

de uma arquitec

tura extremamen

te sóbria e bela.

No seu

mis-terioso interior, enc

ontram-se a Casca

ta, por onde cai

a água, e

a Arca d’Água,

o reservatório pr

opriamente dito

, com sete

Outro espaço que

podes visitar é a

Casa do Registo,

local onde

se media e regista

va a água antes de ser distr

ibuída.

Actualmente, a M

ãe d’Água é um

espaço cultural,

onde podes

ver exposições e

outros espectáculos

. Do terraço, no

topo do

reservatório, tens

uma vista esplêndida

sobre Lisboa e

o rio

Tejo, desde o Cast

elo de São Jorge a

té à Ponte 25 de A

bril.

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

(34)

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

RESERVATÓRIO

DA PATRIARCAL

Dar água à baixa lisboeta

O Reservatório da Patriarcal

é uma cisterna subterrânea localizada

sob a Praça do Príncipe Real

. Na altura em que foi constr

uído, na

segunda metade do séc. XIX,

constituía o principal reserva

tório da

rede de distribuição de água da

baixa de Lisboa, pois era o únic

o em

toda a zona ocidental da cidade

.

Inicialmente, o Reservatório re

cebia águas provenientes do A

queduto.

Mais tarde, foi estabelecida um

a nova ligação para receber a á

gua do rio

Alviela, que passou a abastecer

a Patriarcal. A distribuição da águ

a pelas

fontes e casas lisboetas era feit

a através de galerias subterrâne

as, que

partiam da cisterna em várias di

recções, servindo toda a baixa d

(35)

Primeiro a água, dep

ois a cultura

O projecto de arquitectur

a do Reservatório da Patriar

cal foi

elaborado pelo engenheiro fra

ncês Mary. As obras foram ini

ciadas

em 1860 e, em 1864, a construção

do edifício estava terminada.

O Reservatório da Patriarcal

funcionou até 1949, ano

em que

foi retirado do serviço.

Em 1994, o edifício da Patriar

cal sofreu obras de recuper

ação,

com vista à sua reutilização

como espaço cultural. Graças

a esta

intervenção, que ganhou o

Prémio de Reabilitação U

rbana

Eugénio dos Santos, podes

aí ver regularmente expos

ições,

espectáculos de dança, peças de t

(36)

Uma cisterna debaix

o do jardim

Situada exactamen

te por baixo do

lago que existe

no

jardim, a cisterna

da Patriarcal tem

uma forma octogonal

e

O lago exterior

tem também u

ma forma octo

gonal, pois

assenta sobre o t

ecto da cisterna

com a qual comu

nica através

de quatro tubos

, que servem de

respiradouro. O

tecto da

cis-terna é sustentado

por arcos em pedr

a e 31 pilares com

mais

de nove metros de altur

a.

MUSEU

DA ÁGUA

NAS ESCOLAS

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