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Conselho da União Europeia Bruxelas, 19 de janeiro de 2017 (OR. en)

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5444/17 mjb DGE 1A

PT

Conselho da União Europeia Bruxelas, 19 de janeiro de 2017 (OR. en) 5444/17 ENV 36 MAR 14 NOTA DE ENVIO

de: Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor

data de receção: 16 de janeiro de 2017

para: Jeppe TRANHOLM-MIKKELSEN, Secretário-Geral do Conselho da União Europeia

n.° doc. Com.: COM(2017) 3 final

Assunto: RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre a avaliação dos programas de monitorização dos Estados-Membros ao abrigo da Diretiva-Quadro Estratégia Marinha

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2017) 3 final.

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COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 16.1.2017 COM(2017) 3 final

RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre a avaliação dos programas de monitorização dos Estados-Membros ao abrigo da

Diretiva-Quadro Estratégia Marinha

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RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO

SOBRE A AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS AO

ABRIGO DA DIRETIVA-QUADRO ESTRATÉGIA MARINHA (2008/56/CE)

1.INTRODUÇÃO

A Diretiva-Quadro Estratégia Marinha da UE1 (DQEM) estabelece um quadro no âmbito do

qual os Estados-Membros devem adotar as medidas necessárias para assegurar ou manter um bom estado ambiental em todas as águas marinhas da UE até 2020. A realização deste objetivo implica que os mares da UE estejam limpos, sãos e produtivos e que a utilização do ambiente marinho seja sustentável. A DQEM inclui onze «descritores» qualitativos2 das

características que o ambiente deverá apresentar quando for alcançado um bom estado ambiental. A Decisão 2010/477/UE da Comissão, relativa aos critérios e às normas metodológicas de avaliação do bom estado ambiental das águas marinhas3, dá orientações aos

Estados-Membros sobre a forma como esse objetivo deverá ser assegurado.

Na prática, os Estados-Membros estão obrigados a desenvolver e aplicar estratégias para o meio marinho. Essas estratégias incluem:

uma avaliação inicial das águas marinhas dos Estados-Membros,

− a determinação do bom estado ambiental dessas águas marinhas,

− a fixação de metas ambientais,

a elaboração e aplicação de programas de monitorização coordenados, e

− a identificação das medidas ou ações que devem ser tomadas para assegurar ou manter um bom estado ambiental.

A Comissão deve avaliar, em relação a cada Estado-Membro, se os diferentes elementos cumprem os requisitos da diretiva. Sempre que necessário, a Comissão pode solicitar informações adicionais e dar orientações sobre quaisquer alterações que considere necessárias.

Os Estados-Membros comunicaram em 2012, após a primeira fase de aplicação, que incluía uma avaliação inicial, a determinação do bom estado ambiental e a identificação das metas

1 Diretiva 2008/56/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de junho de 2008, que estabelece um quadro de ação comunitária no

domínio da política para o meio marinho (Diretiva-Quadro Estratégia Marinha) (JO L 164 de 25.6.2008, p. 19).

2 Os 11 descritores qualitativos são definidos no anexo I da DQEM do seguinte modo: D1– Biodiversidade, D2 – Espécies não indígenas,

D3 – Peixes e moluscos explorados comercialmente, D4 – Teias alimentares, D5 – Eutrofização, D6 – Integridade dos fundos marinhos, D7 – Alteração das condições hidrográficas, D8 – Contaminantes, D9 – Contaminantes nos peixes e mariscos, D10 – Lixo, D11 – Energia, incluindo o ruído submarino. Para efeitos do presente relatório, os descritores de biodiversidade (D1, D4 e D6) foram agrupados de acordo com os principais grupos de espécies e tipos de habitats, do seguinte modo: aves, mamíferos e répteis, peixes e cefalópodes, habitats dos fundos marinhos e habitats da coluna de água. Esse agrupamento adicional resulta num total de 13 categorias de descritores.

3 Decisão 2010/477/UE da Comissão, de 1 de setembro de 2010, relativa aos critérios e às normas metodológicas de avaliação do bom estado ambiental das águas marinhas (JO L 232 de 2.9.2010, p. 14).

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ambientais. A Comissão publicou uma avaliação4 desses elementos de informação, tendo

concluído que os Estados-Membros não tinham sido suficientemente ambiciosos na fixação das metas ambientais. Esta avaliação sublinhou também a falta de coerência e consistência da aplicação nas diferentes sub-regiões e regiões marinhas.

Na fase de aplicação subsequente, os Estados-Membros deveriam estabelecer e aplicar os programas de monitorização até julho de 20145 e notificá-los à Comissão no prazo de três

meses a contar do respetivo estabelecimento. Os programas de monitorização visam avaliar o estado ambiental das águas marinhas e os progressos no sentido da realização das metas ambientais.

Vinte Estados-Membros6 comunicaram os seus programas de monitorização à Comissão em

tempo útil7 para esta avaliação: Alemanha, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca,

Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suécia8. Três Estados-Membros (Grécia, Malta e Polónia) ainda não tinham apresentado os seus relatórios9.

O presente relatório, que complementa o relatório já apresentado em 2014 pela Comissão, tem por objetivo dar conta dos progressos realizados pelos Estados-Membros no sentido de uma aplicação mais consistente e coerente da DQEM, a fim de assegurar um bom estado ambiental das águas marinhas da UE até 2020.

A Comissão apresenta a sua avaliação dos programas de monitorização apresentados pelos Estados-Membros acima referidos. O relatório avalia a consistência e a adequação dos programas de monitorização de cada Estado-Membro, analisando ainda a coerência desses programas a nível regional. O relatório fornece igualmente orientações sobre todas as alterações que a Comissão considera necessárias.

A primeira parte do relatório analisa os programas de monitorização dos Estados-Membros no que respeita à definição de bom estado ambiental utilizada e às metas ambientais estabelecidas. A segunda parte considera outras medidas de monitorização que deverão ser tomadas a nível nacional e da UE para assegurar e manter um bom estado ambiental das águas marinhas da UE até 2020.

O documento de trabalho dos serviços da Comissão que acompanha o presente relatório10

contém uma análise pormenorizada dos programas de monitorização de cada Estado-Membro à luz dos onze descritores qualitativos da DQEM, bem como orientações específicas dirigidas a cada um dos Estados-Membros.

O documento de trabalho dos serviços da Comissão que acompanha o presente relatório inclui igualmente uma avaliação de alguns dos elementos comunicados no quadro da primeira fase de aplicação da DQEM pelos Estados-Membros que comunicaram as informações com

4 Relatório da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu - Primeira fase de aplicação da Diretiva-Quadro Estratégia Marinha (2008/56/CE) - Avaliação e orientações da Comissão Europeia (COM(2014)097 final).

5 Este requisito está previsto no artigo 5.º, n.º 2, alínea a), subalínea iv), e no artigo 11.º da Diretiva-Quadro Estratégia Marinha. 6 Esta obrigação da diretiva só é aplicável aos 23 Estados-Membros costeiros, não abrangendo os 5 Estados-Membros sem litoral. 7 Para efeitos do presente relatório, setembro de 2015 foi utilizado como o mês de referência.

8 O relatório do Reino Unido excluía as águas em torno do território britânico ultramarino de Gibraltar.

9 Malta e a Polónia comunicaram entretanto as informações, mas devido à apresentação tardia estas não puderam ser avaliadas para efeitos do presente relatório. Até à data (outubro de 2016), a Grécia ainda não apresentou as informações. A Comissão, numa fase posterior, comunicará e disponibilizará publicamente a sua avaliação e orientações aos Estados-Membros não abrangidos pelo presente relatório.

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atraso — Bulgária, Croácia, Malta, a sub-região macaronésia de Portugal (Açores e Madeira) e a sub-região do Mediterrâneo Ocidental para o Reino Unido (águas em torno de Gibraltar)11.

2.PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES

A fim de avaliar se os programas de monitorização dos Estados-Membros constituem um quadro adequado ao preenchimento dos requisitos da DQEM, os programas foram avaliados em termos de objetivos, alcance geográfico, cobertura das categorias de descritores e metas ambientais, calendário de execução, adequação em relação às obrigações da DQEM e outra legislação pertinente e coerência regional.

Os vinte Estados-Membros reportaram cerca de 200 programas de monitorização, que incluem cerca de 1000 subprogramas.

Objetivos

Como mostra a figura 1, a maior parte das atividades de monitorização (73 %) estão orientadas para a avaliação do estado ambiental das águas marinhas dos Estados-Membros e do impacto das atividades humanas. 41 % de atividades estão relacionadas com a monitorização das pressões antropogénicas (p. ex.: presença de partículas em suspensão na coluna de água que diminuem a transparência da água ou enriquecimento em nutrientes com eutrofização, acumulação de lixo marinho nas praias), 19 % com as atividades que causam essas pressões (p. ex.: atividades de dragagem em portos, atividades agrícolas e descarga de águas residuais urbanas, gestão inadequada dos resíduos sólidos) e apenas 12 % estão centradas na eficácia das medidas destinadas a atenuar estas pressões e o seu impacto (p. ex.: efeitos das medidas de redução da perda de nutrientes ou de melhoria da gestão dos resíduos sólidos). Esta falta de ênfase na apreciação das medidas pode ser explicada em parte pelo facto de os Estados-Membros não serem obrigados a ter as respetivas medidas operacionais até ao final de 2016 (artigo 5.º, n.º 2, da DQEM).

Uma vez que existe sobreposição entre os programas e as respetivas funções, a soma das diferentes atividades de monitorização é superior a 100 %.

11 Relativamente a Portugal e ao Reino Unido, as recomendações iniciais da Comissão que constavam do seu relatório de 2014 foram atualizadas de modo a refletir os dados entretanto recebidos sobre a Macaronésia, no caso de Portugal, e sobre Gibraltar, no caso do Reino Unido.

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Figura 1: Objetivos da monitorização pelos Estados-Membros12

A monitorização da biodiversidade (Descritores 1, 4 e 6) representa 41 % do esforço13. A

atenção dedicada à biodiversidade pode ser explicada pelos trabalhos de monitorização já em curso no contexto da aplicação de outros atos legislativos da UE, como a Diretiva Aves 14 a

Diretiva Habitats15, a Diretiva-Quadro Água16, a Diretiva Águas Balneares17, a Diretiva

Nitratos18 e o Regulamento Política Comum das Pescas19. Esses atos incluem requisitos de monitorização diretamente relacionados com os descritores da DQEM. A título de exemplo, nos termos da Diretiva Aves os Estados-Membros devem ter em conta as tendências e variações nas populações de espécies de aves selvagens que beneficiam de medidas especiais de conservação. A monitorização da população, dimensão e abundância das aves marinhas permite portanto aos Estados-Membros o cumprimento dos requisitos resultantes quer da Diretiva Aves quer da DQEM.

59 % das atividades de monitorização estão relacionadas com os restantes oito descritores, com uma monitorização relativamente limitada da energia, incluindo o ruído submarino20, e

dos contaminantes nos peixes e mariscos (Descritores 11 e 9, com 4 % cada), das espécies não indígenas (Descritor 2, com 5 %) e do lixo marinho e da alteração das condições hidrográficas (Descritores 10 e 7, com 6 % cada). Os contaminantes nas águas (Descritor 8),

12 Este gráfico não inclui os dados da Itália, Letónia e Portugal, dado que os respetivos relatórios foram entregues com uma estrutura não

normalizada. Os programas de monitorização abrangem várias zonas geográficas, pelo que podem fazer referência às águas costeiras e territoriais.

13 As percentagens são calculadas com base no número total de subprogramas de monitorização comunicados.

14 Diretiva 2009/147/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de novembro de 2009, relativa à conservação das aves selvagens

(JO L 20 de 26.1.2010, p. 7).

15 Diretiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens

(JO L 206 de 22.7.1992, p. 7).

16 Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2000, que estabelece um quadro de ação comunitária no

domínio da política da água (JO L 327 de 22.12.2000, p. 1).

17 Diretiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidade das águas balneares e que revoga a Diretiva 76/160/CEE (JO L 64 de 4.3.2006, p. 37).

18 Diretiva 91/676/CEE do Conselho, de 12 de dezembro de 1991, relativa à proteção das águas contra a poluição causada por nitratos de

origem agrícola (JO L 375 de 31.12.1991, p. 1)

19 Regulamento (UE) n.º 1380/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2013, relativo à política comum das

pescas, que altera os Regulamentos (CE) n.º 1954/2003 e (CE) n.º 1224/2009 do Conselho e revoga os Regulamentos (CE) n.º 2371/2002 e (CE) n.º 639/2004 do Conselho e a Decisão 2004/585/CE do Conselho (JO L 354 de 28.12.2013, p. 22).

20 Este descritor diz respeito à introdução de energia no meio marinho, incluindo o ruído submarino. Uma vez que os conhecimentos científicos e técnicos subjacentes a este descritor continuam a evoluir, os Estados-Membros têm concentrado exclusivamente os seus esforços no ruído submarino e o descritor será tratado nessa qualidade para efeitos do presente relatório.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Estado e impactos

ambientais Pressões Atividades humanascausadoras das pressões Eficácia das medidas Pa rte do s p ro gra ma s d e mo nit ori za çã o d os Es tad os -M emb ro s e m c ad a c ate go ria (% )

Qual é o objetivo da monitorização? (com base nas autoavaliações dos Estados-Membros)

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6

a eutrofização (Descritor 5) e os peixes explorados comercialmente (Descritor 3) são categorias com uma melhor cobertura (13 %, 11 % e 9 %, respetivamente, dos esforços de monitorização).

Âmbito geográfico

Os Estados-Membros comunicaram informações sobre a distribuição espacial dos seus programas de monitorização, utilizando as seguintes zonas geográficas:

− terrestre (baseado em terra), − águas de transição, 21

− águas costeiras, − águas territoriais,

− a Zona Económica Exclusiva (ZEE), 22

− a zona da plataforma continental que se estende para além da ZEE23 e para além das águas marinhas dos Estados-Membros.

Como mostra a figura 2, a maior parte (68 %) da monitorização pelos Estados-Membros tem lugar nas águas costeiras e também nas águas territoriais (57 %) e na ZEE (51 %). A proporção mais baixa (6 %) tem lugar em águas continentais para além da ZEE.

Tal como se explica acima, regra geral os Estados-Membros associaram os seus programas de monitorização aos programas já existentes ao abrigo de outros atos legislativos da UE, o que poderá explicar a maior monitorização das águas costeiras. Os programas de monitorização que se estendem para além das águas territoriais dos Estados-Membros são limitados. Isso pode dever-se a diversos fatores, como o custo dessa monitorização e a necessidade de concentrar a atenção sobre as principais pressões e impactos, que ocorrem mais perto da costa.

21 As águas de transição são massas de águas de superfície na proximidade da foz dos rios que têm um caráter parcialmente salgado em

resultado da proximidade de águas costeiras mas são significativamente influenciadas por cursos de água doce, como definido na Diretiva 2000/60/CE. As águas costeiras estendem-se por 1 milha náutica a contar das linhas de base, como definido na Diretiva 2008/56/CE do Parlamento Europeu e do Conselho.

22 Águas territoriais (até 12 milhas marítimas), Zona Económica Exclusiva (ZEE) (até ao limite das 200 milhas marítimas) e Plataforma Continental que se estende para além da ZEE, como definidas na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

23 A expressão «para além das águas marinhas dos Estados-Membros» refere-se a zonas fora da jurisdição do Estado-Membro

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7

Figura 2: Âmbito geográfico da monitorização pelos Estados-Membros24

Calendário de execução

Os Estados-Membros deveriam ter elaborado e dado execução aos seus programas de monitorização até 15 de julho de 2014. A figura 3 mostra a proporção, por categoria de descritores, dos programas de monitorização cuja entrada em funcionamento estava prevista para 2014, 2018, 2020 e para além de 2020. Em 2014, os descritores mais monitorizados pelos Estados-Membros foram os contaminantes nos peixes e mariscos (Descritor 9), os peixes explorados comercialmente (Descritor 3) e a eutrofização (Descritor 5). Até 2020, e com base em autoavaliações dos Estados-Membros, entrarão em funcionamento programas de monitorização da eutrofização (Descritor 5), dos mamíferos, répteis, peixes e cefalópodes (Descritores 1 e 4) e dos contaminantes (Descritor 8). No que respeita aos peixes explorados comercialmente (Descritor 3), à alteração das condições hidrográficas (Descritor 7), ao lixo marinho (Descritor 10) e aos habitats dos fundos marinhos e da coluna de água (Descritores 1, 4 e 6), cerca de 90 % dos programas de monitorização deverão entrar em funcionamento até 2020.

24 A soma das diferentes atividades de monitorização é superior a 100 %, uma vez que os programas e as respetivas funções se sobrepõem

por vezes. Esta figura não inclui os dados relativos à Itália, à Letónia e a Portugal, já que os respetivos relatórios foram apresentados com uma estrutura não normalizada.

15% 19% 68% 57% 51% 6% 15%

Em que locais tem lugar a monitorização? (com base nas autoavaliações dos Estados-Membros)

Parte terrestre do território do Estado-Membro

Águas de transição (DQA) Águas costeiras (DQA) Águas territoriais Zona Económica Exclusiva - ZEE (ou assimilada) Plataforma continental (que se estende para além da ZEE) Para além das águas marinhas dos Estados-Membros

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Figura 3: Data em que os Estados-Membros esperam ter em funcionamento os respetivos programas de monitorização, por categoria de descritores, com vista à cobertura das suas necessidades em termos de bom estado

ambiental2526

Os programas de monitorização das espécies não indígenas (Descritor 2) e do ruído submarino (Descritor 11) exigirão uma clara aceleração para garantir uma boa cobertura, uma vez que a DQEM estabelece prazos para a atualização das estratégias para o meio marinho, até 2018, e para a realização do objetivo de um bom estado ambiental, até 2020. São igualmente necessários esforços adicionais para os descritores de biodiversidade (Descritores 1, 4 e 6), em particular quando não são cobertos pela legislação em vigor.

25 «Não comunicado»: não foi comunicado o calendário para a cobertura do bom estado ambiental.

26 Tal como explicado na nota de rodapé 2, foram definidas 13 categorias de descritores.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

D11 - Energia/Ruído D2 - ENI D1, 4, 6 - Habitats dos fundos marinhos D10 - Lixo marinho D1, 4 - Mamíferos e répteis D1, 4 - Habitats da coluna de água D1, 4 - Aves D1, 4 - Peixes e cefalópodes D8 - Contaminantes D7 - Alteração das condições

hidrográficas D5 - Eutrofização D3 - Peixes explorados comercialmente D9 - Contaminantes nos peixes e mariscos

Até 2014 Até 2018 Até 2020 Depois de 2020 Não declarada

A partir de quando serão monitorizadas as diferentes categorias de descritores?

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Figura 4: Data em que os Estados-Membros esperam ter em funcionamento os respetivos programas de monitorização com vista à cobertura das suas necessidades em termos de bom estado ambiental

A figura 4 mostra a proporção, por Estado-Membro, dos programas de monitorização com vista à avaliação dos progressos no sentido de um bom estado ambiental cuja entrada em funcionamento estava prevista para 2014, 2018, 2020 e para além de 2020.

Cinco Estados-Membros comunicaram que já dispunham, em 2014, de programas de monitorização para a maior parte das categorias de descritores. Nesse mesmo ano, quatro Estados-Membros ainda não tinham em vigor qualquer programa de monitorização. De modo geral, a adequação dos programas de monitorização era apenas parcial em julho de 2014, data até à qual deveriam ter sido criados e aplicados, em conformidade com o artigo 5.º, n.º 2, alínea a), subalínea iv), da DQEM. Assim, os Estados-Membros terão lacunas significativas nos dados disponíveis para avaliação dos progressos no sentido de um bom estado ambiental e das metas ambientais, que serão necessários para a avaliação a efetuar em 2018.

De acordo com as informações comunicadas pelos Estados-Membros, a situação deverá melhorar progressivamente ao longo do tempo: nove Estados-Membros deverão alcançar a plena (ou quase) cobertura das diferentes categorias de descritores até 2018, enquanto um total de quinze Estados-Membros terão os seus programas em funcionamento até 2020. De modo geral, os Estados-Membros identificaram 2020 como o ano em que a maior parte dos seus programas de monitorização estarão a funcionar em pleno. Esse elemento só é reconfortante na medida em que significa que a monitorização para efeitos da DQEM deverá estar plenamente operacional até essa data.

No entanto, cinco Estados-Membros não comunicaram informações sobre as suas intenções ou anunciaram que os seus programas de monitorização não estarão a funcionar em pleno

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mesmo depois de 2020 — ano até ao qual os Estados-Membros estão obrigados a assegurar um bom estado ambiental.

O mesmo se poderá dizer quanto à cobertura das metas ambientais pelos programas de monitorização dos Estados-Membros27, embora os prazos comunicados indiquem que os

Estados-Membros esperam, em geral, cobrir as necessidades de monitorização de forma adequada antes de 2020 – ver a figura 5.

Figura 5: Data em que os Estados-Membros esperam ter em funcionamento os respetivos programas de monitorização das metas ambientais

Doze Estados-Membros deverão ter em curso atividades de monitorização para medir as metas ambientais que definiram. A Irlanda tenciona cobrir todas as metas, mas só depois de 2020, ano em que o bom estado ambiental já deveria ter sido alcançado. Os restantes sete Estados-Membros não têm a intenção de monitorizar algumas das metas que definiram. Como explicado acima, as metas relativas aos peixes e moluscos explorados comercialmente (Descritor 3), à eutrofização (Descritor 5) e aos contaminantes nos peixes e mariscos (Descritor 9) beneficiarão dos programas de monitorização criados ao abrigo de outros atos legislativos da UE. A maior parte dessas metas estão já cobertas ou é provável que o venham a estar até 2018.

27 De acordo com o artigo 10.º da DQEM, os Estados-Membros devem definir metas ambientais para atingir o objetivo de um bom estado

ambiental das suas águas marinhas

0 2 4 6 8 10 12 Bélgica Países Baixos Finlândia Chipre Reino Unido Eslovénia Dinamarca Suécia Alemanha Croácia Roménia Estónia Bulgária Letónia Itália Portugal Irlanda Lituânia Espanha França

Número de categorias de descritores

A partir de quando irão ser monitorizadas as metas ambientais? (com base nas autoavaliações dos Estados-Membros)

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É necessário um trabalho complementar para assegurar que os Estados-Membros recolham os dados necessários para avaliar os progressos no sentido de um bom estado ambiental e das metas estabelecidas. Os Estados-Membros deverão apresentar relatórios sobre esses progressos em 2018, em especial no que respeita aos descritores em que os progressos não foram suficientes, como as espécies não indígenas (Descritor 2), o lixo marinho (Descritor 10), o ruído submarino (Descritor 11) e os descritores de biodiversidade (Descritores 1, 4 e 6) não abrangidos pela legislação vigente.

Cobertura e adequação global

A adequação dos programas de monitorização dos Estados-Membros no que respeita aos requisitos da DQEM foi avaliada. As conclusões pormenorizadas sobre os programas de monitorização de cada Estado-Membro estão disponíveis no documento de trabalho dos serviços da Comissão que acompanha o presente relatório. Essa avaliação técnica foi efetuada à luz dos principais componentes dos programas de monitorização dos Estados-Membros, nomeadamente os aspetos e parâmetros monitorizados, a frequência da monitorização e o alcance geográfico.

Os resultados mostram que os programas de monitorização dos Estados-Membros são «adequados», «adequados em grande medida» ou «parcialmente adequados» para o preenchimento dos requisitos da DQEM em termos da avaliação do estado ambiental.

A contribuição combinada dos programas de monitorização de cada Estado-Membro para cada uma das categorias de descritores é mostrada na figura 6. A informação apresentada na figura foi utilizada para avaliar o número de categorias de descritores que são consideradas cobertas (ou não) por cada Estado-Membro. Partindo dessa base, foram retiradas conclusões sobre se o programa de monitorização do Estado-Membro é considerado adequado em grande medida, parcialmente adequado ou não adequado (figura 7).

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

D1, 4 - Mamíferos e répteis D3 - Peixes explorados comercialmente D9 - Contaminantes nos peixes e mariscos D2 - ENI D5 - Eutrofização D8 - Contaminantes D7 - Alteração das condições hidrográficas D1, 4 - Peixes e cefalópodes D10 - Lixo marinho D1, 4 - Aves D1, 4 - Habitats da coluna de água D1, 4, 6 - Habitats dos fundos marinhos D11 - Energia/Ruído

Cobertura integral Cobertura parcial Não coberto Não foi definido o que constitui um BEA ou não foram comunicados programas de monitorização

Parte do programa de monitorização abrangida pelas informações comunicadas (%)

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Figura 6: Cobertura do bom estado ambiental pelos programas de monitorização da DQEM, com base na avaliação técnica

As deficiências identificadas no relatório apresentado pela Comissão em 2014, em termos de falta de consistência e comparabilidade na aplicação da Decisão 2010/477/UE pelos Estados-Membros, são confirmadas pela presente avaliação. Assim, a avaliação comparativa só foi possível com caráter indicativo no contexto do presente relatório.

A maior parte dos Estados-Membros identificaram lacunas nos seus programas e estão conscientes dos principais domínios que ainda carecem de esforços. Foram constatadas lacunas, de modo geral, nas metodologias de monitorização e nas normas metodológicas (p. ex.: habitats dos fundos marinhos e da coluna de água, contaminantes), falta de dados de monitorização e de conhecimentos (p. ex.: espécies não indígenas — Descritor 2), alteração das condições hidrográficas (Descritor 7), lixo marinho (Descritor 10) e ruído submarino (Descritor 11)).

Alguns impactos e pressões (p. ex.: os relacionados com as espécies móveis, as espécies não indígenas e o ruído submarino), dada a sua inerente natureza transfronteiriça, só poderão ser eficazmente monitorizados a partir do momento em que seja estabelecida uma abordagem regional.

Figura 7: Cobertura do bom estado ambiental pelos programas de monitorização da DQEM, com base na avaliação técnica

Em geral, e com base na avaliação técnica, a Comissão considera que nenhum dos programas de monitorização dos Estados-Membros é perfeitamente adequado e cumpre os requisitos da

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Per cen ta gem (% ) d e co ber tu ra d o B EA

Qual é o grau de adequação do programa de monitorização de cada Estado-Membro?

O BEA não foi definido ou não foi comunicado um programa de monitorização O BEA não é coberto pelo programa de monitorização

O BEA é parcialmente coberto pelo programa de monitorização

muito adequado

parcialmente adequado adequado em grande medida

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DQEM, em especial no que respeita à monitorização dos progressos no sentido da realização do objetivo de um bom estado ambiental. Quatro Estados-Membros apresentaram programas de monitorização que podem ser considerados adequados em grande medida, treze apresentaram programas parcialmente adequados e três programas que não são adequados.

Coerência com outros atos legislativos da UE

A maior parte dos Estados-Membros basearam os seus programas de monitorização nos programas em vigor ao abrigo de outros atos legislativos da UE ou das convenções marítimas regionais pertinentes. A Diretiva-Quadro Água, a Diretiva Habitats e o Regulamento Política Comum das Pescas são os atos legislativos da UE mais frequentemente associados aos programas de monitorização da DQEM. Nesse sentido, pode considerar-se que os programas de monitorização são, de modo geral, consistentes com as outras obrigações legais relevantes. Os programas de monitorização do lixo marinho (Descritor 10) e do ruído submarino (Descritor 11) são os únicos que estão a ser postos em prática exclusivamente para efeitos da DQEM.

Tema: programa de monitorização do lixo marinho

Quase todos os Estados-Membros que comunicaram informações desenvolveram programas de monitorização do lixo marinho, o que é animador.

A cobertura geográfica e a frequência da monitorização do lixo nas praias são adequadas. No Atlântico Nordeste, a ingestão de lixo é também objeto de monitorização sistemática nas aves marinhas que dão à costa mortas. Na maior parte das regiões marinhas, constata-se um grau satisfatório de consistência dos programas de monitorização, com ligações claras às normas regionais e internacionais. As orientações de monitorização emitidas pela maior parte dos Estados-Membros fazem referência ao Grupo Técnico sobre o Lixo Marinho da DQEM, o que assegura a necessária harmonização.

Não obstante, diversas áreas devem ser melhoradas, com caráter de urgência 28. A

monitorização do lixo nos fundos marinhos e nas águas de superfície e do lixo microscópico, por exemplo, estão longe do adequado. Não há uma monitorização sistemática e comparável do impacto do lixo nos animais marinhos e na natureza. A localização e dimensão das atividades humanas geradoras de lixo marinho não são muitas vezes contempladas pelos programas de monitorização em vigor.

Por último, mas não menos importante, não foram definidos níveis de referência ou limiares para o lixo macro e microscópico, o que dificulta a monitorização dos progressos no sentido de um bom estado ambiental. Em causa pode também ficar a capacidade da UE para cumprir os compromissos assumidos, tanto a nível interno (7.º programa de ação em matéria de ambiente de 2020, plano de ação para a economia circular29) como a nível internacional30.

28 Algumas destas questões, como o lixo marinho, são já consideradas no âmbito da estratégia de aplicação comum da DQEM.

29 Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões, Fechar o ciclo – Plano de ação da UE para a economia circular, COM(2015) 0614 final.

30 Os compromissos internacionais incluem o processo Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável) e os

17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável adotada em setembro de 2015.

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Coerência e coordenação regional

Os programas de monitorização dos Estados-Membros foram também avaliados em termos de coerência regional, tomando por base as regiões definidas no artigo 4.º da diretiva. Os Estados-Membros referem geralmente a coordenação regional nos seus programas de monitorização, em particular utilizando indicadores e normas acordadas no quadro das convenções marítimas regionais para a avaliação do estado do ambiente no âmbito da DQEM.

A avaliação revelou um grau moderado a elevado de coerência entre os Estados-Membros das regiões do mar Negro, do Atlântico Nordeste e do mar Báltico, respetivamente, e baixo a moderado na região do Mediterrâneo.

Em relação aos Estados-Membros do mar Negro, do Atlântico Nordeste e do mar Báltico, a avaliação revela elevados níveis de coerência em determinados casos, nomeadamente em termos de alcance geográfico ou dos elementos monitorizados. É o que acontece, por exemplo, com a monitorização dos contaminantes (Descritores 8 e 9) e do lixo marinho (Descritor 10) nas regiões do mar Báltico e do mar Negro. Em termos globais, a monitorização ao nível da bacia marítima está mais harmonizada no mar Báltico e no Atlântico Nordeste (incluindo países exteriores à UE).

Os Estados-Membros cujas águas integram a região do Atlântico Nordeste criaram programas de monitorização a nível regional para todos os descritores; no entanto, será necessário torná-los mais consistentes, por exemplo no que respeita às espécies não indígenas (Descritor 2) cuja cobertura é limitada, já que apenas cinco Estados-Membros comunicaram programas de monitorização deste descritor.

Os Estados-Membros da região do Mediterrâneo terão de desenvolver uma monitorização mais consistente através de esforços a nível regional em relação a diversos descritores, como as espécies não indígenas (Descritor 2) e o ruído submarino (Descritor 11).

Outras constatações

Questões de interesse transfronteiras

Para além das questões transfronteiras cobertas por alguns descritores da DQEM (como as espécies não indígenas, o lixo marinho e o ruído submarino), alguns Estados-Membros salientaram as pressões e os impactos causados pelas alterações climáticas, a acidificação dos oceanos, como questões fundamentais de natureza transfronteiriça que são direta ou indiretamente abordadas pelos programas de monitorização da DQEM.

Melhorar a base de conhecimentos

Os programas de monitorização dos Estados-Membros contribuirão para a construção de uma base de conhecimentos melhorada, em especial quanto ao ruído submarino e à integridade dos fundos marinhos (Descritores 11 e 6), com vantagens para a próxima avaliação pelos Estados-Membros das suas águas marinhas, prevista para 2018.

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Programas de monitorização evolutivos

Alguns Estados-Membros puseram em prática programas de monitorização evolutivos, o que permitirá manter a sua adequação mesmo quando os indicadores de bom estado ambiental ou as metas ambientais forem reformulados à luz de novos conhecimentos ou de novas normas e práticas ao nível regional, ou para refletir a evolução das pressões. Embora a flexibilidade seja um elemento positivo, há que ter o cuidado de garantir que esses programas de monitorização evolutivos não conduzam a uma menor cobertura da monitorização a longo prazo.

3.CONCLUSÃO GERAL

A análise dos programas de monitorização lançados no âmbito do primeiro ciclo de aplicação da DQEM demonstra que, embora tenham sido e devam continuar a ser desenvolvidos esforços consideráveis no futuro próximo, na maior parte dos Estados-Membros são necessárias medidas adicionais para assegurar uma cobertura adequada e no momento adequado dos programas de monitorização. São necessários mais progressos para assegurar a comparabilidade das abordagens dos Estados-Membros e a melhoria dos programas de monitorização, de modo a que possam servir como quadro adequado ao cumprimento dos requisitos da DQEM.

Deve ser assegurada uma melhor cobertura dos descritores não abrangidos, ou só parcialmente abrangidos, pela legislação em vigor. Oito Estados-Membros devem prestar especial atenção à garantia de uma cobertura integral e atempada da monitorização das metas fixadas em conformidade com o artigo 10.º da DQEM. Os Estados-Membros devem considerar a possibilidade de utilizar os programas de monitorização para avaliar a eficácia das suas medidas e a distância que os separa do cumprimento das metas que tenham fixado, aquando da respetiva atualização em conformidade com a DQEM.

Em termos de cobertura geográfica, a análise mostra que os programas de monitorização parecem abranger os locais onde a pressão e os impactos são provavelmente mais elevados. Esse elemento deverá no entanto ser confirmado através de uma análise adequada dos riscos, por forma a que as prioridades em termos de monitorização sejam identificadas numa base técnica e científica.

Só alguns Estados-Membros dispunham de programas de monitorização já operacionais em 2014, e muitos desses planos só entrarão plenamente em funcionamento em 2018 ou mesmo em 2020. Por conseguinte, será necessário e urgente avançar com a monitorização a fim de dar cumprimento aos requisitos da DQEM, incluindo a atualização, em 2018, da avaliação inicial das águas marinhas e do bom estado ambiental e, o que é mais importante, a garantia de um bom estado ambiental até 2020.

Os programas de monitorização nem sempre são adequados para assegurar um seguimento eficaz do estado das águas marinhas da UE, tendo em conta a realização do objetivo de um bom estado ambiental e das metas associadas, fixadas pelos Estados-Membros. Isso acontece, em particular, no que respeita às espécies não indígenas, ao lixo marinho, ao ruído submarino e aos descritores de biodiversidade não abrangidos pela legislação vigente.

Uma maior coordenação entre os Estados-Membros, nomeadamente através de ações a nível regional e sub-regional, será essencial para obter dados consistentes e comparáveis e melhorar o alcance geográfico dos programas de monitorização. Assim se poderiam

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eventualmente reduzir os custos, através de uma monitorização mais eficaz nas diferentes disciplinas e nos diferentes Estados-Membros.

4.RECOMENDAÇÕES PARA OS PRÓXIMOS PASSOS

A Comissão considera que os Estados-Membros devem:

− resolver o mais rapidamente possível as deficiências identificadas, a nível regional ou sub-regional, a fim de assegurar que os programas de monitorização são adequados ao cumprimento dos requisitos da DQEM,

− acelerar os esforços no sentido da integral aplicação dos seus programas de monitorização, de modo a evitar qualquer lacuna na avaliação das suas aguas marinhas, que deverá estar concluída até 2018, tendo simultaneamente em conta a revisão da Decisão 2010/447/UE atualmente em curso e os respetivos resultados,

− assegurar que os programas de monitorização cobrem de forma adequada todo

o alcance geográfico da DQEM, nomeadamente tendo em conta a localização das principais pressões e impactos, mediante uma abordagem baseada nos riscos,

− adaptar os programas de monitorização à luz de quaisquer obrigações futuras

decorrentes da DQEM, incluindo qualquer atualização da definição de bom estado ambiental utilizada pelos Estados-Membros. Se durante a primeira fase de aplicação não tiverem sido definidos aquilo que constitui um bom estado ambiental e metas ambientais, os Estados-Membros são instados a fazê-lo sem demora,

− procurar uma maior coerência, a nível regional ou sub-regional, através de uma maior coordenação dos programas de monitorização, designadamente por intermédio das convenções marítimas regionais, incluindo abordagens comuns para a recolha de dados e para os métodos de avaliação,

− ter em conta as medidas constantes dos seus programas de monitorização para

efeitos da atualização prevista no artigo 17.º da DQEM, de modo a poder medir a sua eficácia em termos de cumprimento dos objetivos da diretiva.

A Comissão tenciona:

procurar uma maior consistência na aplicação dos diferentes atos legislativos da UE que têm impacto no meio marinho, nomeadamente por via de uma revisão da decisão que estabelece os critérios e as normas metodológicas de avaliação do bom estado ambiental e de iniciativas que tomará para simplificar as obrigações de monitorização e de comunicação de informações no quadro da política ambiental31,

− prosseguir os trabalhos conjuntos com os Estados-Membros, no quadro da estratégia

de aplicação comum da DQEM32, para assegurar que o segundo ciclo de aplicação da

diretiva-quadro (2018 e anos seguintes) traga maiores benefícios e uma maior

31 Roteiro para o balanço de qualidade das obrigações de acompanhamento e comunicação de informações no âmbito da política de ambiente, http://ec.europa.eu/smart-regulation/roadmaps/index_en.htm.

32 A DQEM exige que os Membros forneçam informações pormenorizadas e coordenadas. Para facilitar este trabalho, os

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17 eficiência,

− considerar a necessidade de reforçar o financiamento de projetos estratégicos e ações de apoio destinadas a facilitar a consistência, a nível regional e de toda a UE, na aplicação da DQEM por parte dos Estados-Membros, em especial nos casos em que o trabalho das convenções marítimas regionais esteja menos desenvolvido,

com base nas avaliações individuais dos Estados-Membros (disponíveis no

documento de trabalho dos serviços da Comissão que acompanha o presente relatório), lançar um diálogo específico e centrado nestas questões com os Estados-Membros que se encontram em risco significativo de não cumprir os requisitos da DQEM, a fim de assegurar a sua conformidade com a diretiva.

Referências

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