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RELATÓRIO FINAL PROGRAMA PAULISTA DE ANÁLISE FISCAL DE ALIMENTOS - BIÊNIO INTRODUÇÃO

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RELATÓRIO FINAL

PROGRAMA PAULISTA DE ANÁLISE FISCAL DE ALIMENTOS - BIÊNIO 2005-2006 1. INTRODUÇÃO

Esse relatório apresenta os resultados dos trabalhos desenvolvidos no Programa Paulista de Análise Fiscal de Alimentos, Biênio 2005-2006 (PP0506), que foi instituído pela Portaria Conjunta CVS-IAL nº 2/2006, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 1º de dezembro de 2006 (SÃO PAULO, 2006).

O Programa Paulista estabelece inspeções sobre as práticas de higiene de estabelecimentos comerciais de alimentos (BRASIL, 1997 E; SÃO PAULO, 2003 A) e neles são colhidas amostras de produtos alimentícios industrializados e hortifrutícolas para analisar, em laboratório (BRASIL, 2005 C), suas conformidades com a legislação sanitária.

No biênio 2005-2006 o Programa contou com aproximadamente 120 participantes, sendo formado por uma equipe de gestores composta por profissionais do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e uma equipe de executores, formada por profissionais de Vigilância Sanitária de 75 municípios do estado de São Paulo (VISA) e dos 11 laboratórios do IAL (Laboratório Central e 10 regionais) e também, do laboratório da Coordenação de Vigilância em Saúde do município de São Paulo (COVISA).

O PP0506 foi subdividido em 4 subprogramas, sendo o Programa Paulista Clássico (PC) e 3 programas de âmbito federal:

 o PREBAF - Programa Nacional de Monitoramento da Prevalência e da

Resistência Bacteriana em Frango (AGÊNCIA NACIONAL..., 2007 A),

 o PARA - Programa Nacional de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos em

Alimentos (AGÊNCIA NACIONAL..., 2007 B; BRASIL, 2003 A; BRASIL, 2003 H),

 o NBCAL - Programa de Monitoramento da Norma Brasileira para Comercialização

de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de Mamilo (BRASIL, 1997 A; BRASIL 1997 B; BRASIL, 1997 C; BRASIL, 1997 D; BRASIL, 1998 A; BRASIL, 1998 B; BRASIL, 1998 C; BRASIL, 1998 D; BRASIL, 1998 E; BRASIL, 1999 A; BRASIL, 2000 A; BRASIL, 2000 B; BRASIL, 2002 A; BRASIL, 2002 B; BRASIL, 2004 A; BRASIL, 2005 A). O Paulista Clássico reproduz um trabalho histórico de análises fiscais de produtos alimentícios expostos ao consumo, para verificar se estão de acordo com padrões sanitários regulados pelo governo, cujos resultados estão sujeitos a autuação e penalidades.

Os programas federais PREBAF, PARA e NBCAL, analisam alimentos para revelar um panorama da situação dos produtos envolvidos, sem o objetivo imediato de penalizar as irregularidades detectadas. No estado de São Paulo, aqueles programas são realizados conforme os procedimentos do Programa Paulista, ou seja, realizando-se análises fiscais dos produtos e ações sanitárias, cabíveis aos estabelecimentos fabricantes e comerciais dos alimentos envolvidos.

A Tabela 1 apresenta a relação de subprogramas e respectivas categorias de alimentos neles incluídos, os tipos de análises correspondentes a cada categoria alimentícia, e os

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ramos de atividade dos estabelecimentos comerciais determinados para inspeções e colheitas de amostras.

Tabela 1: Subprogramas, produtos, tipos de análises e locais de colheita das amostras

P R E B A F

Frango Inteiro Congelado Microbiológico: Salmonella sp e Enterococcus sp; Rotulagem. supermercados P A R A

Laranja, Morango, Tomate, Batata, Maçã Cromatografia de resíduos de agrotóxicos supermercados

N

B

C

A

L

 Fórmulas infantis para lactentes

 Leites fluídos, leites em pó, leites em pó

modificados, leites de diversas espécies animais e produtos de origem animal de mesma finalidade

 Alimentos de transição para lactentes e

crianças de primeira infância

 Alimentos à base de cereais para

alimentação infantil

 Fórmula infantil de seguimento para

lactentes e fórmula infantil de seguimento para crianças de primeira infância

 Outros alimentos ou bebidas à base de

leite ou não, apresentados como apropriados para a alimentação de lactentes e crianças de primeira infância

Rotulagem supermercados S U B P R O G R A M A

PRODUTO ANÁLISE LOCAL DA COLHEITA

P A U L IS T A C L Á S S IC O

Aspargo importado Físico-químico: pH; Sensorial; Rotulagem churrascarias, pastelarias, pizzarias, restaurantes Alcachofra importada Físico-químico: pH; Sensorial; Rotulagem supermercados, mercados Molho de tomate nacional ou importado;

Polpa/purê/base de tomate nacional ou importado; Tomate pelado nacional ou importado Microbiológico; Microscópico; Físico-químico; Sensorial; Rotulagem supermercados, mercados Palmito em conserva Físico-químico (pH); Sensorial; Rotulagem. churrascarias, pastelarias, pizzarias, restaurantes Farinha de trigo

Físico-químico: ferro total e ácido fólico; cromatografia de resíduos de fenitrotiona; Rotulagem. supermercados (embalagens de 1 kg); padarias (embalagem granel)

Doce em massa tipo junino Físico-químico: corantes artificiais; Microscopia: histologia; Rotulagem.

supermercados, mercados, mercearias

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2. RESULTADOS DAS INSPEÇÕES SANITÁRIAS NOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

Os estabelecimentos comerciais envolvidos foram inspecionados conforme o Roteiro de Verificação das Boas Práticas em Estabelecimentos Comerciais de Alimentos, apresentado em consulta pública na Portaria CVS nº 20, de 28/11/2003 (SÃO PAULO, 2003 A).

Foram inspecionados 467 estabelecimentos comerciais, cuja classificação dos ramos de atividade e os números de inspeções e de resultados insatisfatórios, encontram-se na Tabela 2.

Tabela 2: Inspeções realizadas e resultados insatisfatórios por ramo de atividade dos estabelecimentos comerciais.

Ramo de Atividade dos Estabelecimentos

Comerciais Número de Inspeções

Parecer Conclusivo Insatisfatório (n) Parecer Conclusivo Insatisfatório (%) Supermercado 294 30 11 Restaurante 52 5 10 Padaria 38 5 14 Churrascaria 21 3 14 Mercearia 19 1 6 Mercado 19 1 6 Pizzaria 17 2 13 Pastelaria 7 1 14 Total 467 48 10

A Tabela 2 mostra que 48 estabelecimentos comerciais varejistas inspecionados, conforme o Roteiro de Verificação das Boas Práticas, apresentaram-se insatisfatórios, correspondendo a aproximadamente 10% do total.

2.1. Resultados das Inspeções por Ramo de Atividade dos Estabelecimentos Comerciais

Os estabelecimentos foram inspecionados conforme os cinco itens de avaliação do roteiro de inspeção da Portaria CVS 20/2003 (SÃO PAULO, 2003 A):

 Manipulação e manipuladores: higiene e estado de saúde dos funcionários, boas

práticas nos procedimentos de pré-preparo e preparo dos alimentos (seleção, higiene, controle de tempo x temperatura de operações);

 Atividades de higiene e organização das operações unitárias da produção, desde as

matérias primas até o produto final;

 Suporte operacional: qualidade da água, disposição do esgotamento sanitário e

resíduos sólidos, controle de pragas, qualidade de equipamentos e utensílios e higiene das instalações;

 Edificação e instalação: qualidade sanitária da edificação e das instalações da

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 Documentação e registros: controles documentados sobre procedimentos

operacionais (higienizações, calibrações de equipamentos e temperaturas, etc) sobre a qualidade dos produtos e sobre a saúde e treinamento dos recursos humanos. Os resultados insatisfatórios das inspeções, por ramo de atividade dos estabelecimentos inspecionados, encontram-se na Tabela 3.

Tabela 3: Resultados insatisfatórios das inspeções dos estabelecimentos comerciais por itens de avaliação Ramo de atividade Número de estabelecimentos inspecionados

Itens de Avaliação Insatisfatórios (%)

Manipulação e Manipuladores Atividades de higiene operacional Suporte

Operacional Edificação Documentação e Registros

Supermercado 294 11 11 8 11 23 Restaurante 52 8 10 6 12 23 Padaria 38 13 11 16 11 44 Churrascaria 21 19 19 10 14 48 Mercearia 19 6 6 6 6 29 Mercado 19 0 6 6 6 16 Pizzaria 17 31 6 6 19 31 Pastelaria 07 14 14 0 14 67

Muitos resultados insatisfatórios dos itens de avaliação não representam alto risco à segurança do alimento, podendo ser corrigidos rapidamente e o estabelecimento comercial, como um todo, não é considerado insatisfatório.

Observa-se, que o item Documentação e Registros apresenta o maior índice de não conformidades para todos os ramos de atividades inspecionados. Esse item contempla o Manual de Boas Práticas e as descrições dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), que estabelecem instruções para realização de operações rotineiras e específicas da produção, do armazenamento e do transporte de alimentos (SÃO PAULO, 2003 B). Estas operações devem ser registradas, possibilitando comprovar que os procedimentos de monitoramento, treinamento de pessoal e manutenção de equipamentos, entre outros, estão sendo realmente executados.

O item Suporte Operacional apresenta o menor índice de não conformidades para quase todos os ramos de atividades. Esse resultado indica que os estabelecimentos reconhecem a importância destes controles como uma maneira de minimizar os riscos à segurança dos alimentos.

Os segmentos pizzaria, churrascaria, pastelaria e padaria são os ramos de atividade que apresentam o maior índice de não conformidades no item Manipulação e Manipuladores. Isso demonstra que nos locais onde há muita manipulação de alimentos, encontram-se os resultados mais críticos. Os manipuladores podem ser responsáveis pela introdução de perigos biológicos nos alimentos e podem levar os consumidores a doenças diarréicas. Estes perigos são transmitidos por manipuladores portadores de doenças e hábitos inadequados de higiene, ou por realizarem operações que provocam a contaminação dos produtos. O meio mais eficaz e econômico de superar inadequações de higiene é investir no treinamento de pessoal em Boas Práticas de manipulação de alimentos.

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Ainda, os segmentos pizzaria, churrascaria, pastelaria e padaria apresentaram o maior índice de não conformidades nos itens Atividades de Higiene Operacional e Edificação, quando comparados aos demais estabelecimentos. Observa-se também, que esses segmentos apresentaram as piores condições em todos os itens de avaliação.

2.2. Ações Sanitárias Realizadas por Ramo de Atividade dos Estabelecimentos Comerciais

Durante as inspeções, as equipes de VISA municipais realizaram orientações técnicas educativas nas situações cabíveis, tendo em vista que a capacitação em Boas Práticas de higiene dos responsáveis pelos estabelecimentos e dos manipuladores de alimentos, pode contribuir para a redução dos índices insatisfatórios observados. Autuações e penalidades foram aplicadas nos casos mais graves.

Além de orientações técnicas e autuações, foram adotadas outras ações tais como:

 A elaboração de termos de compromisso para sanar irregularidades, concedendo

prazos para a realização de medidas corretivas;

 A re-inspeção do estabelecimento para verificar a adoção das medidas corretivas

solicitadas;

 A exigência de apresentação de documentos pendentes ao órgão de VISA para

regularizar situações.

2.3 Conclusões sobre as Inspeções dos Estabelecimentos Comerciais

A utilização do Roteiro de Verificação das Boas Práticas em Estabelecimentos Comerciais de Alimentos (SÃO PAULO, 2003 A) facilitou aos profissionais de VISA uma análise detalhada dos itens de avaliação.

No item Documentação e Registros, que apresentou o maior índice de não conformidades, destacamos a importância do Manual de Boas Práticas de Fabricação, ferramenta essencial para a aplicação de normas e procedimentos dentro dos estabelecimentos, a fim de garantir a segurança dos alimentos. Nesse sentido, os responsáveis técnicos dos estabelecimentos comerciais de alimentos têm papel determinante no cumprimento de todos os itens do manual.

Embora os resultados das inspeções não tenham configurado estabelecimentos comerciais de alto risco à saúde, para a obtenção de alimentos seguros é importante que os critérios de Boas Práticas mínimos estabelecidos sejam cumpridos em todas as etapas produtivas.

Para superar os desvios encontrados, em especial quanto aos itens de Documentação e

Registros e, Manipulação e Manipuladores, há necessidade dos proprietários dos

estabelecimentos conscientizarem-se de um maior investimento na capacitação de mão de obra.

As ações dos profissionais de vigilância sanitária foram baseadas em medidas educativas junto aos proprietários e responsáveis pelos estabelecimentos comerciais de alimentos e ou por ações punitivas, quando as irregularidades representaram risco à saúde.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO DAS ANÁLISES FISCAIS DOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

A Tabela 4 apresenta o total de amostras analisadas por categoria de alimento e seus respectivos resultados insatisfatórios.

Tabela 4: Distribuição de amostras analisadas e insatisfatórias por categoria de produto

S u b p ro g ra m a

PRODUTO Amostras Total de Analisadas Resultados Insatisfatórios % P A U L IS T A C L Á S S IC O Alcachofra importada 33 30 91 Doce em massa 52 45 87 Aspargo importado 42 28 67 Palmito em conserva 112 73 65 Farinha de trigo 60 30 50

Tomate pelado nacional ou importado 41 22 54

Polpa/purê/base de tomate nacional ou importado 42 13 31

Molho de tomate nacional ou importado 40 12 30

P R E B A F

Carcaça de Frango Congelada 55 24 44

P A R A Laranja 9 0 0 Morango 16 0 0 Tomate 11 0 0 Batata 1 0 0 Maçã 1 0 0 N B C A L

Alimentos de transição para lactentes 6 6 100

Fórmula infantil de seguimento para crianças de

primeira infância 3 3 100

Fórmulas infantis para lactentes 8 7 88

Leites de diversas espécies animais e produtos de

origem animal de mesma finalidade 6 5 83

Alimentos à base de cereais para alimentação

infantil 11 9 82

Leites em pó 4 3 75

Outros alimentos ou bebidas à base de leite ou não,

para lactentes e crianças de primeira infância 4 3 75

Leites em pó modificados 6 4 67

Fórmula infantil de seguimento para lactentes 6 4 67

Alimentos de transição para crianças de primeira

infância 5 3 60

Leites fluídos 5 2 40

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Foram analisadas 579 amostras de produtos alimentícios, das quais 326 (56%) apresentaram não conformidades com os padrões legais em vigor, seja por motivos microbiológicos, microscópicos, físico-químicos, sensoriais ou de rotulagem. A soma de cada um destes motivos pode ser diferente do indicador geral de resultados insatisfatórios da categoria do alimento, pois o resultado analítico de uma amostra pode estar insatisfatório por mais de um motivo ao mesmo tempo, por exemplo, microbiológico e de rotulagem.

3.1. RESULTADOS DO SUBPROGRAMA PAULISTA CLÁSSICO 3.1.1. Palmito em Conserva

Os resultados das análises das 112 amostras de palmito em conserva indicam que 73 (65%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 29 por não conformidades físico-químicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 1999 B; BRASIL, 1999 C, SÃO PAULO, 1997) e 69 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 B; BRASIL, 2003 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

Observaram-se 3 amostras com valor de pH acima do limite máximo estabelecido pela legislação, o que evidencia falta de controle no processo de acidificação da conserva, tornando-a um meio propício para o desenvolvimento do Clostridium botulinum, produtor da toxina botulínica causadora de Botulismo.

Outros motivos referem-se à falta de uniformidade e aparência dos toletes de palmito. Isso demonstra falha no controle de qualidade do produto.

A falta de registro obrigatório no Ministério da Saúde (BRASIL, 2000 C) é freqüente, revelando muitas vezes, produtos clandestinos, sobre os quais nada se pode afirmar sobre a qualidade sanitária, o que representa um grande perigo aos consumidores.

Tabela 5: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Palmito em Conserva Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Físico-químico

 Por apresentar características sensoriais alteradas (manchas, presença de

raspas, corte de faca, falta de uniformidade dos toletes, unidades pouco íntegras e textura não uniforme ao corte, unidades duras e excessivamente fibrosas,

comprimento de toletes acima da média permitida). (25x)

 Por apresentar alteração na tampa e embalagem de vidro (pontos de ferrugem,

sujidades, sem lacre). (7x)

 Por apresentar o valor de pH acima do limite máximo estabelecido. (3x)

(8)

Rotulagem

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten. (31x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (18x)  Por não apresentar identificação do fabricante litografada na tampa. (15x)

 Por não atender as exigências referentes à informação nutricional obrigatória. (13x)  Por não apresentar número registro no Ministério da Saúde. (11x)

 Por não identificar precisamente a unidade fabril/produtora do lote em questão. (8x)  Por apresentar prazo de validade de forma diferente do estabelecido. (8x)

 Por não identificar o país de origem. (6x)

 Por apresentar no rótulo nº de registro no MS não correspondente à empresa declarada

como produtora e distribuidora. (4x)

 Por não apresentar identificação do lote. (4x)

 Por apresentar a indicação de peso líquido drenado de forma incorreta. (3x)

 Por não apresentar a razão social do fabricante, ou produtor, ou fracionador, ou titular da

marca. (3x)

 Por não apresentar a denominação correta do produto. (3x)

 Por não apresentar o nome popular da espécie seguido ou precedido da palavra

“Conserva”. (3x)

 Por não apresentar a identificação obrigatória do fabricante na parte superior da tampa ou

no lacre metálico interno. (3x)

 Por apresentar número de registro no MS vencido. (3x)

 Por não apresentar o conteúdo nominal do produto (peso líquido e peso drenado) no painel

principal. (3x)

 Por declarar na rotulagem dois números de registro no MS. (3x)

 Por não apresentar o nome popular da espécie na denominação do produto. (2x)

 Por não apresentar o nome completo ou INS (International Numbering System) do aditivo na

lista de ingredientes. (2x)

 Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (2x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a ilustração

no painel principal do rótulo. (2x)

 Por não identificar a espécie da palmeira. (2x)

 Por declarar na parte superior da tampa registro no ministério da saúde diferente do

declarado no rótulo. (2x)

 Por apresentar número de registro no MS não correspondente ao produto. (2x)  Por apresentar ilustração (toletes de palmitos inteiros e não bandas) podendo induzir o

consumidor a equívoco, erro, confusão ou engano em relação ao tipo do alimento. (2x)

 Por não identificar data de fabricação, validade e lote de forma legível e indelével. (2x)  Por não apresentar o número de registro do estabelecimento junto ao órgão

competente. (2x)

 Por não apresentar a expressão “Ingredientes” ou "Ing." precedendo a lista dos

mesmos. (2x)

 Por não apresentar nome e endereço completo do distribuidor. (2x)

 Por apresentar prazo de validade expresso no rótulo diferente do impresso no fundo da

embalagem metálica, induzindo o consumir a erro, confusão ou engano em relação à verdadeira validade do alimento. (1x)

 Por não apresentar endereço do fabricante, produtor e do fracionador. (1x)  Por não apresentar a designação "conserva". (1x)

 Por não apresentar lacre de segurança. (1x)

 Por haver divergência nos dizeres de rotulagem e na tampa litografada quanto ao fabricante

do produto (nome, endereço, CNPJ e IBAMA). (1x)

 Por apresentar identificação da empresa fabricante litografada na tampa diferente da

empresa produtora indicada no rótulo. (1x)

 Por não apresentar prazo de validade do produto. (1x)

3.1.2. Farinha de Trigo

Os resultados das 60 amostras analisadas indicam que 30 (50%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 30 por não conformidades físico-químicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 2001 A; BRASIL, 2002 D)), e 17 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

(9)

Os resultados de ácido fólico e ferro obtidos nas amostras de farinha de trigo não estão em conformidade com as exigências da Resolução RDC 344/2002, que instituiu a obrigatoriedade da fortificação de farinhas de trigo com ferro (mínimo 4,2 mg/100g de farinha) e ácido fólico (mínimo 150 mcg/100g de farinha).

Esses dados indicam a necessidade de ajuste na tecnologia de dosagem desses micronutrientes pelas indústrias moageiras de trigo, visando à melhoria no processo de adição de ferro e ácido fólico e, conseqüentemente, a qualidade de seus produtos.

Destacamos a relevância da continuidade de programas de monitoramento nesse segmento industrial, considerando-se que a fortificação de alimentos com ferro tem o intuito de contribuir para o controle da anemia por carência de ferro.

Tabela 6: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Farinha de Trigo

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Físico-químico  Por conter ácido fólico abaixo do teor mínimo estabelecido. (30x)

 Por conter ferro abaixo do teor mínimo estabelecido. (13x)

Cromatografia de Resíduos de

Fenitrotiona  Não foram encontradas não conformidades

Rotulagem

 Apresentar atributo não previsto na legislação, tais como: “Natural”, “100%

Natural”, “Pura”, podendo induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto à composição do produto. (9x)

 Por não apresentar identificação do lote. (6x)

 Por não apresentar o endereço do fabricante, ou produtor, ou fracionador, ou

titular da marca. (4x)

 Não apresentar uma das expressões previstas no regulamento específico sobre

o enriquecimento com ferro e ácido fólico em seguida à denominação de venda. (3x)

 Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de

sequência alfanumérica. (3x)

 Não declarar identificação do lote. (1x)

 declarar na rotulagem a expressão: "produto de origem 100% vegetal", dando

destaque à característica intrínseca deste tipo de alimento. (1x)

 Por não identificar precisamente a unidade fabril/produtora do lote em

questão. (1x)

 Por apresentar prazo de validade de forma diferente do estabelecido, pelo

menos dia e mês. (1x) 3.1.3. Doce em Massa Tipo Junino

Os resultados das 52 amostras analisadas indicam que 45 (87%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 24 por não conformidades físico-químicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 2005 B) e 45 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

A presença de corantes artificiais não permitidos nesta categoria de alimentos representou o maior índice de condenação. Esta irregularidade é uma fraude do produto, pois os corantes são utilizados com a intenção de conferir ou realçar a cor original do vegetal que se pretende imitar, tendo em vista a proibição do uso destas substâncias pela legislação neste tipo de alimento.

(10)

Quanto ao risco à saúde, os corantes podem provocar reações alérgicas e outros agravos relacionados. Soma-se a isto, o fato das empresas não darem importância às informações de rotulagem de advertência para celíacos (BRASIL, 2003 F), ou outras que permitam a rastreabilidade dos produtos em constatadas situações de risco, por exemplo, a não identificação do fabricante e seu endereço, e a não identificação de lote do produto.

Tabela 7: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Doce em Massa Tipo Junino Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Físico-químico  Por conter corante artificial não permitido nesta classe de alimento. (24x)

Rotulagem

 Por não apresentar identificação do lote. (17x)

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (17x)  Por apresentar prazo de validade de forma diferente do estabelecido, pelo menos

dia e mês. (13x)

 Por não identificar o país de origem. (9x)

 Por não constar no painel principal, a denominação de venda do alimento. (9x)  Por não apresentar o endereço do fabricante, ou produtor, ou fracionador, ou

titular da marca. (6x)

 Por não apresentar a denominação correta do produto. (6x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (5x)  Por não apresentar o nome (razão social) do fabricante, ou produtor, ou

fracionador, ou titular da marca. (5x)

 Por não identificar precisamente a unidade fabril/produtora do lote em

questão. (4x)

 Por apresentar expressão que possa induzir o consumidor a erro, engano,

confusão ou equívoco. (3x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (3x)

 Não apresentar valor energético na unidade kilocaloria (kcal)ou kilojoule (kj). (3x)  Por apresentar tabela de informação nutricional sem medida caseira. (3x)  Por não declarar na lista de ingredientes o nome do vegetal correspondente à

denominação do produto. (2x)

 Por não apresentar a lista de ingredientes em ordem decrescente da respectiva

proporção. (2x)

 Não apresentar endereço completo da unidade fabril. (2x)  Por não declarar aditivos na lista de ingredientes. (2x)

 Não apresentar no painel principal a declaração “Contém aromatizante”.(1x)  Por não apresentar a lista de ingredientes. (1x)

 Por não apresentar identificação do conteúdo líquido da embalagem. (1x)  Por apresentar tabela de informação nutricional sem gordura trans. (1x)  Por apresentar tabela de informação nutricional sem “% valores diários de

referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kj. (1x)

 Por não apresentar de forma clara a identificação do fabricante. (1x)  Por não apresentar de forma clara a identificação do fabricante. (1x)

 Por não apresentar a lista de ingredientes em ordem decrescente da respectiva

proporção. (1x)

 Por não apresentar de forma clara a identificação do fabricante ou distribuidor e o

código de identificação do estabelecimento (CNPJ). (1x)

 Por apresentar o peso líquido incorreto. (1x)

 Por apresentar a expressão "não contém corante artificial" dando destaque a

ausência de componente intrínseco ou próprio de alimento de igual natureza. (1x)

 Por apresentar tabela de informação nutricional com letras de tamanho inferior a 1

mm. (1x)

 Por não apresentar prazo de validade do produto. (1x)

Microscópico

 Por não terem sido identificados elementos histológicos de vegetal(is)

declarado(s) na lista de ingredientes. (2x)

 Por conter elementos histológicos de batata doce e não conter elementos

histológicos de abóbora. (1x)

(11)

3.1.4. Aspargo Importado

Os alimentos importados devem obedecer aos mesmos padrões sanitários dos produtos nacionais.

Entretanto, os resultados das análises das amostras dos diversos produtos de vegetais importados, incluídos neste Programa: aspargo, alcachofra, molho/polpa/purê/base de tomate e tomate pelado, indicam descumprimento das legislações sobre rotulagem de alimentos, principalmente quanto às informações obrigatórias.

A ausência de dados ou informações incompletas sobre identificação do lote, função do aditivo na lista de ingredientes, informação sobre a conservação do produto e presença ou ausência de glúten, representam um problema, tanto ao consumidor, que não dispõe das informações para um consumo seguro, quanto para a fiscalização, no que diz respeito à rastreabilidade do produto.

Os resultados das análises das 42 amostras de aspargo importado indicam que 28 (67%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 4 por não conformidades físico-químicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 2005 B) e 28 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F), conforme descrito na Tabela 8.

Tabela 8: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Aspargo Importado Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Físico-químico  Por apresentar característica sensorial alterada (aparência). (4x)

Rotulagem

 Por não apresentar identificação do lote. (8x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (8x)  Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (7x)  Não indicar medida caseira na informação nutricional. (6x)

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (5x)  Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de sequência

alfanumérica. (4x)

 Por não apresentar a tabela de informação nutricional conforme legislação. (4x)  Por constar na lista de ingredientes o aditivo benzoato de sódio não permitido nesta

categoria de alimentos. (1x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (1x)

 Por não declarar o nome (razão social) e endereço completo do fabricante. (1x)  Por não declarar o prazo de consumo do produto após aberta a embalagem. (1x)  Por não apresentar na rotulagem o endereço do importador. (1x)

 Por declarar duas datas de validade (fevereiro de 2009) impresso no rótulo e

(03102009) na tampa. (1x)

 Por não declarar aditivos na lista de ingredientes. (1x)

3.1.5. Alcachofra Importada

Os resultados das 33 amostras analisadas indicam que 30 (91%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 2 por não conformidades físico-químicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 2005 B; SÃO PAULO, 1997) e 30 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F), conforme apresentadas na Tabela 10.

(12)

Tabela 9: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Alcachofra Importada Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Físico-químico  Por apresentar características sensoriais alteradas (aparência e odor). (1x)

 Por conter pontos de ferrugem na parte interna da embalagem. (1x)

Rotulagem

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (21x)  Por não apresentar identificação do lote. (14x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (13x)

 Por não apresentar a tabela de informação nutricional conforme legislação. (7x)  Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (6x)

 Por não apresentar no painel principal o conteúdo nominal do produto (peso

líquido e peso drenado). (3x)

 Por constar na lista de ingredientes aditivo não permitido nesta categoria de

alimentos. (3x)

 Apresentar atributo não previsto na legislação, tais como: “Natural”, “100%

Natural”, “Pura”, podendo induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto à composição do produto. (3x)

 Por não identificar a origem do produto no idioma oficial do país. (3x)  Por não apresentar a denominação correta do produto. (2x)

 Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de

sequência alfanumérica. (1x)

 Por não apresentar no painel principal a quantidade nominal do conteúdo do

produto (peso líquido e peso drenado) em contraste de cores que assegure sua correta visibilidade. (1x)

 Por apresentar as datas de validade e fabricação ilegíveis. (1x)

 Apresentar a expressão “Sem conservante”, dando destaque ou ressaltando

característica intrínseca de alimento do mesmo tipo. (1x)

 Por não apresentar no painel principal a denominação de venda do produto escrita

no idioma oficial do país de origem. (1x)

3.1.6. Molho de Tomate Nacional ou Importado

Os resultados das 40 amostras analisadas indicam que 12 (30%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 1 por não conformidade microscópica (BRASIL, 1969; BRASIL 2003 G) e 12 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

Tabela 10: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Molho de Tomate Nacional ou Importado

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Microbiológico  Não foram encontradas não conformidades

Físico-químico  Não foram encontradas não conformidades

Rotulagem

 Por não apresentar a informação nutricional de acordo com o estabelecido na

legislação. (4x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (2x)  Por não apresentar a quantidade nominal do conteúdo do produto no painel

principal. (2x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (2x)

 Não declarar identificação do lote. (1x)

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (1x)  Por não apresentar identificação do conteúdo líquido da embalagem. (1x)  Não apresentar no painel principal a declaração `Contém aromatizante`. (1x)  Por apresentar no painel principal vocábulos de idioma não oficial do país de

consumo, podendo induzir o consumidor a equívoco na denominação de venda e modo de utilização do produto. (1x)

(13)

3.1.7. Polpa/Purê/Base de Tomate Nacional ou Importado

O resultado das 42 amostras analisadas, 13 (31%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 1 por motivo microbiológico (BRASIL 1969; BRASIL 2001 B), 2 por motivo microscópico (BRASIL 2003 G) e 12 por motivo de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

Não foram encontradas irregularidades físico-químicas (BRASIL, 2005 B). As principais condenações foram não conformidades de rotulagem, sendo a não identificação do lote o principal motivo.

Tabela 11: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Polpa/Purê/Base de Tomate Nacional ou Importado

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Microbiológico  Por apresentar alteração na embalagem após incubação a 55°c/5 dias (tufamento

da embalagem). (1x)

Físico-químico  Não foram encontras não conformidades

Rotulagem

 Por não apresentar identificação do lote. (9x)

 Por apresentar a informação nutricional de forma diferente do estabelecido. (4x)  Por não apresentar identificação do conteúdo líquido da embalagem. (1x)  Por não apresentar a denominação correta do produto. (1x)

 Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (1x)  Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de

sequência alfanumérica. (1x)

 Por não indicar corretamente a função do aditivo ácido cítrico. (1x)

Microscópico 

Por terem sido identificados elementos histológicos de vegetal(is) não declarado(s) na lista de ingredientes. (1x)

 Por ter sido identificado amido não declarado na lista de ingredientes. (1x)

3.1.8. Tomate Pelado Nacional ou Importado

Os resultados das 41 amostras analisadas indicam que 22 (54%) foram consideradas insatisfatórias, sendo 2 por não conformidades microbiológicas (BRASIL, 1969; BRASIL, 2001 B), 1 por não conformidade físico-química (BRASIL, 2005 B) e 22 por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F).

Tabela 12: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Tomate Pelado Nacional ou Importado

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Microbiológico  Por apresentar alteração da embalagem após a incubação por 5 dias à 55°c (tufada). (2x) Físico-químico  Por apresentar característica sensorial alterada (aparência). (1x)

(14)

Rotulagem

 Por não apresentar identificação do lote. (15x)

 Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (8x)

 Por não apresentar a quantidade nominal do conteúdo do produto (peso líquido e peso

drenado) no painel principal de forma relevante. (6x)

 Por declarar de forma incorreta a data de validade do produto. (4x)

 Por não apresentar a informação nutricional de acordo com a legislação. (3x)  Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de sequência

alfanumérica. (1x)

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (1x)  Por não identificar o país de origem. (1x)

 Por apresentar na denominação de venda do produto o vocábulo "ao natural" podendo

induzir o consumidor a erro, engano ou equívoco em relação ao verdadeiro tipo/natureza do produto, já que declara na lista de ingredientes a presença de aditivo. (1x)

 Por apresentar a lista de ingredientes no idioma oficial do país (português) diferente da

apresentada no idioma do país onde o produto foi produzido. (1x)

 Por não apresentar data de fabricação, validade e identificação do produtor no idioma

português. (1x)

 Por não apresentar a função do aditivo na lista de ingredientes. (1x)

 Por não apresentar no painel principal da rotulagem a denominação de venda não

apresentar o endereço completo do importador. (1x) Microscópico  Não foram encontradas não conformidades

3.2. RESULTADOS DO SUBPROGRAMA PREBAF

Os resultados das 55 amostras de carcaças de frango congeladas colhidas para análise indicam que 24 (44%) foram consideradas insatisfatórias, sendo todas por não conformidades de rotulagem (BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F) e nenhuma por não conformidade microbiológica (BRASIL, 1969; BRASIL, 2001 B).

Tabela 13: Síntese dos motivos de não conformidades de carcaça de frango congelada Não

conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Microbiológico  Não foram encontradas não conformidades

Rotulagem

 Por não apresentar a(s) advertência(s) em destaque e negrito. (9x)

 Não apresentar em destaque (contraste de cor, tamanho de letra ou diferenciação

com os demais textos) as instruções mínimas obrigatórias de uso, preparo e conservação de carne de ave crua. (8x)

 Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (6x)  Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (4x)  Por apresentar dizeres obrigatórios de rotulagem ilegíveis. (2x)

 Por apresentar informação nutricional complementar na rotulagem que não atende os

critérios estabelecidos pelo regulamento técnico específico. (2x)

 Por apresentar prazo de validade de forma diferente do estabelecido.(1x)  Por não apresentar endereço do fabricante, produtor e do fracionador. (1x)  Por não apresentar identificação do lote. (1x)

 Por não apresentar instruções do modo de preparo e uso. (1x)

 Por não apresentar a impressão da data de vencimento de forma indelével. (1x)

3.3. RESULTADOS DO SUBPROGRAMA PARA

Os produtos laranja, morango, tomate, batata e maçã, colhidos em atendimento ao subprograma PARA, não apresentaram resíduos de agrotóxicos acima dos limites máximos estabelecidos pela legislação (BRASIL, 1998 F; BRASIL, 2002 E; BRASIL, 2003 A) nas 38 amostras analisadas.

(15)

3.4. RESULTADOS DO SUBPROGRAMA NBCAL

Foram analisadas 64 amostras no Subprograma NBCAL, das quais 49 (77%) apresentaram irregularidades na rotulagem (BRASIL, 1969; BRASIL, 1997 A; BRASIL 1997 B; BRASIL, 1997 C; BRASIL, 1997 D; BRASIL, 1998 A; BRASIL, 1998 B; BRASIL, 1998 C; BRASIL, 1998 D; BRASIL, 1998 E; BRASIL, 1999 A; BRASIL, 2000 A; BRASIL, 2000 B; BRASIL, 2002 A; BRASIL, 2002 B; BRASIL, 2002 C; BRASIL, 2003 D; BRASIL, 2003 E; BRASIL, 2003 F; BRASIL, 2004 A; BRASIL, 2005 A).

As principais irregularidades encontradas nos rótulos dos alimentos infantis foram:

 a falta de frases de advertência ou seu destaque nos leites;

 a falta de indicação da faixa etária a partir da qual o alimento poderá ser consumido;  a presença de frase ou expressão que possa induzir o uso do produto, baseado em

falso conceito de vantagem ou segurança, nos alimentos de transição e à base de cereais para alimentação infantil;

 ilustrações, imagens de bebê e expressões, que sugerem o produto para o consumo

infantil, interferindo negativamente na prática do aleitamento materno exclusivo. A seguir, cada categoria de produto incluído no subprograma NBCAL será comentada, separadamente.

3.4.1. Fórmulas Infantis para Lactentes

Foram analisadas 8 amostras, sendo que 7 (88%) apresentaram-se insatisfatórias.

Tabela 14: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem em fórmulas infantis para lactentes

Não

conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (4x)

 Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em falso

conceito de vantagem ou segurança. (2x)

 Por não apresentar uma das expressões previstas para declarar o prazo de

validade. (1x)

 Por apresentar expressão que possa induzir o consumidor a erro, engano, confusão

ou equívoco. (1x)

 Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de seqüência

alfanumérica. (1x)

 Por utilizar termos em idioma estrangeiro, na informação obrigatória, precedendo as

datas de fabricação e validade. (1x)

 Por apresentar expressões que indicam condição de saúde para utilização do

produto. (1x)

 Por não apresentar em moldura a advertência do ministério da saúde. (1x)

 Por apresentar os teores de vitaminas A e D acima do limite máximo permitido para o

produto. (1x)

 Por não apresentar na informação nutricional da rotulagem o ácido linoléico. (1x)

3.4.2. Leites Fluídos

Os resultados das 5 amostras analisadas, indicam que 2 (40%) apresentaram-se insatisfatórias.

(16)

Tabela 15: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de leites fluídos Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Por não apresentar identificação do lote. (1x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (1x)

 Apresentar a advertência exigida pelo Ministério da Saúde com letras de tamanho

menor que as da denominação de venda, para leite integral, desnatado, semi desnatado, com ou sem adição de nutrientes essenciais, de diversas espécies animais e produtos de origem vegetal de mesma finalidade. (1x)

 Apresentar a declaração superlativa de qualidade. (1x)

 Por apresentar vocábulos que indicam falso conceito de vida saudável. (1x)  Por constar a promoção de outros produtos da mesma empresa no rótulo. (1x)

3.4.3. Leites em Pó

Os resultados das 4 amostras analisadas, indicam que 3 (75%) apresentaram-se insatisfatórias.

Tabela 16: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de leites em pó Não

Conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (2x)

 Apresentar a advertência exigida pelo Ministério da Saúde com letras de tamanho

menor que as da denominação de venda, para leite integral, desnatado, semi

desnatado, com ou sem adição de nutrientes essenciais, de diversas espécies animais e produtos de origem vegetal de mesma finalidade. (1x)

3.4.4. Leites em Pó Modificados

Os resultados das 6 amostras analisadas, indicam que 4 (67%) apresentaram-se insatisfatórias.

Tabela 17: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de leites em pó modificados

Não

conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (3x)

 Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em falso

conceito de vantagem ou segurança. (2x)

 Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (1x)  Apresentar ilustração, expressão ou frase que sugere o produto para consumo infantil

não atendendo os requisitos previstos no regulamento específico para promoção desta classe de alimento. (1x)

 Não apresentar informação nutricional na unidade kilojoule. (1x)

3.4.5. Leites de Diversas Espécies Animais e Produtos de Origem Animal de Mesma Finalidade

Foram analisadas 19 amostras, das quais 5 (83%) apresentaram-se insatisfatórias e a Tabela 18 sintetiza os motivos.

(17)

Tabela 18: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de leites de diversas espécies animais e produtos de origem animal de mesma finalidade

Não

conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (2x)

 Por apresentar expressão que possa induzir o consumidor a erro, engano, confusão ou

equívoco. (2x)

 Apresentar desenhos, ilustrações ou expressões, possibilitando interpretação falsa,

erro ou engano quanto à composição do produto. (2x)

 Não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido. (2x)  Por promover outros produtos da mesma empresa na embalagem. (2x)

 Por não apresentar medida caseira, não apresentar valor energético na unidade kcal e

kj. (2x)

 Por não apresentar identificação do conteúdo líquido da embalagem. (1x)  Não apresentar no painel principal a declaração “Contém aromatizante”. (1x)  Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em falso

conceito de vantagem ou segurança. (1x)

 Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (1x)  Apresentar atributo não previsto na legislação, tais como: “Natural”, “100% Natural”,

“Pura”, podendo induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto à composição do produto. (1x)

 Apresentar a declaração superlativa de qualidade. (1x)

 Não apresentar a identificação do lote precedida pela letra L, no caso de seqüência

alfanumérica. (1x)

 Não declarar identificação do lote. (1x)

 Por utilizar vocábulos que indicam falso conceito de vida saudável. (1x)

 Por apresentar em destaque a expressão "0% lactose - 0% colesterol" sem indicar em

local próximo com caracteres de igual realce e visibilidade que todos os alimentos deste tipo também possuem esta característica. (1x)

 Por não conter a informação obrigatória: "não contém glúten". (1x)

3.4.6. Alimentos de Transição para Lactentes

Os resultados das 6 amostras analisadas indicaram que todas foram consideradas insatisfatórias.

Tabela 19: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de alimentos de transição para lactentes

Não Conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Apresentar atributo não previsto na legislação, tais como: “Natural”, “100%

Natural”, “Pura”, podendo induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto à composição do produto. (5x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (5x)

 Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (3x)  Apresentar a expressão “Sem conservante”, dando destaque ou ressaltando

característica intrínseca de alimento do mesmo tipo. (3x)

 Dar destaque a uma ou mais palavras da denominação de venda no painel

principal. (2x)

 Por apresentar expressão que possa induzir o consumidor a erro, engano,

confusão ou equívoco. (1x)

 Por não apresentar informações sobre a conservação do produto. (1x)

(18)

3.4.7. Alimentos de Transição para Crianças de Primeira Infância

Os resultados das 5 amostras analisadas indicaram que 3 (60%) foram consideradas insatisfatórias.

Tabela 20: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de alimentos de transição para crianças de primeira infância

Não

Conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (2x)

 Apresentar atributo não previsto na legislação, tais como: “Natural”, “100% Natural”,

“Pura”, podendo induzir o consumidor a erro, engano ou confusão quanto à composição do produto. (2x)

 Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (2x)  Dar destaque a uma ou mais palavras da denominação de venda no painel

principal. (1x)

 Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em falso

conceito de vantagem ou segurança. (1x)

 Apresentar a expressão “Sem conservante”, dando destaque ou ressaltando

característica intrínseca de alimento do mesmo tipo. (1x)

 Apresentar ilustração, expressão ou frase que sugere o produto para consumo infantil

não atendendo os requisitos previstos no regulamento específico para promoção desta classe de alimento. (1x)

3.4.8. Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil

Os resultados das 11 amostras analisadas indicam que 9 foram consideradas insatisfatórias.

Tabela 21: Síntese dos motivos de não conformidades de rotulagem de alimentos à base de cereais para alimentação infantil

Não

conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em falso

conceito de vantagem ou segurança. (6x)

 Apresentar desenhos, ilustrações ou expressões, possibilitando interpretação falsa,

erro ou engano quanto à composição do produto. (6x)

 Por não apresentar a indicação "ingredientes após o preparo". (6x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (5x)

 Não apresentar no painel principal a declaração “Contém aromatizante”. (5x)  Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (3x)  Por não apresentar o nome completo ou INS do aditivo na lista de ingredientes. (2x)  Apresentar ilustração, expressão ou frase que sugere o produto para consumo infantil

não atendendo os requisitos previstos no regulamento específico para promoção desta classe de alimento. (2x)

 Dar destaque a uma ou mais palavras da denominação de venda no painel

principal. (2x)

 Por não apresentar número registro no Ministério da Saúde. (1x)  Por não declarar aditivos na lista de ingredientes. (1x)

 Por não apresentar identificação do conteúdo líquido da embalagem. (1x)  Por não apresentar a denominação correta do produto. (1x)

 Por não apresentar na denominação os nomes dos cereais utilizados, no painel

principal da rotulagem. (1x)

(19)

 Não declarar identificação do lote. (1x)

 Por não apresentar no painel principal do rótulo do produto, de forma facilmente

legível, a expressão "aromatizado artificialmente". (1x) 3.4.9. Fórmula Infantil de Seguimento para Lactentes

Os resultados das 6 amostras analisadas indicam que 4 (67%) foram consideradas insatisfatórias.

Tabela 22: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Fórmula Infantil de Seguimento para Lactentes

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece) Rotulagem  Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a ilustração no painel principal do rótulo. (3x)

 Não apresentar na informação nutricional da rotulagem o ácido linolêico. (1x)

3.4.10. Fórmula Infantil de Seguimento para Crianças de Primeira Infância

Os resultados das 3 amostras analisadas indicam que todas foram consideradas insatisfatórias.

Tabela 23: Síntese dos motivos de não conformidades de fórmula infantil de seguimento para crianças de primeira infância

Não Conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (3x)

 Apresentar frase ou expressão que pode induzir o uso do produto baseado em

falso conceito de vantagem ou segurança. (2x)

 Apresentar inscrição induzindo o consumo de uma seqüência de alimentos. (1x)  Apresentar desenhos, ilustrações ou expressões, possibilitando interpretação

falsa, erro ou engano quanto à composição do produto. (1x)

 Apresentar ilustração, expressão ou frase que sugere o produto para consumo

infantil não atendendo os requisitos previstos no regulamento específico para promoção desta classe de alimento. (1x)

 Não apresentar no painel principal a declaração “Contém aromatizante”. (1x)

3.4.11. Outros Alimentos ou Bebidas à Base de Leite ou não, apresentados como apropriados para a Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância

O resultado das 4 amostras analisadas indica que 3 (75%) foram consideradas insatisfatórias por motivo de rotulagem.

Tabela 24: Síntese dos Motivos de Não Conformidades de Outros Alimentos ou Bebidas à Base de Leite ou não, apresentados como apropriados para a Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância

Não conformidade Motivos (nºx =número de vezes que o motivo de condenação aparece)

Rotulagem

 Não apresentar a advertência exigida pelo Ministério da Saúde. (2x)

 Não constar no painel principal a faixa etária a partir da qual o alimento poderá ser

consumido, para os alimentos infantis. (2x)

 Por apresentar ilustrações, fotos ou imagens de lactentes ou crianças de primeira

infância. (2x)

(20)

 Não apresentar no painel principal a declaração “Contém corante” ou “Colorido

artificialmente”. (1x)

 Não apresentar a denominação de venda de forma relevante em conjunto com a

ilustração no painel principal do rótulo. (1x)

 Apresentar desenhos, ilustrações ou expressões, possibilitando interpretação

falsa, erro ou engano quanto à composição do produto. (1x)

 Não apresentar nenhuma das expressões previstas no regulamento específico

para alimentos adicionados de nutrientes essenciais. (1x)

 Por não explicitar as vitaminas e sais minerais considerados para o atributo "fonte

de 12 vitaminas + minerais" no painel principal. (1x)

3.5. Ações Sanitárias Decorrentes dos Resultados Insatisfatórios dos Produtos Alimentícios

A principal lei brasileira sobre infrações à legislação sanitária afirma que o resultado da infração sanitária é imputável a quem lhe deu causa ou para ela concorreu (BRASIL, 1977, Art 3º) e as infrações sanitárias estão classificadas em (Art 4º):

“I – leves, aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstância atenuante; II – graves, aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;

III – gravíssimas, aquelas em que seja verificada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes”.

Para imposição de pena a autoridade sanitária levará em conta (Art 6º): “I – as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II – a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências para a saúde pública; III – os antecedentes do infrator quanto às normas sanitárias.”

Os profissionais das VISA dos 75 municípios do estado de São Paulo, que compõem a equipe de executores do Programa Paulista, realizam as ações sanitárias cabíveis aos produtos que apresentam não conformidades. Estas ações variam e são pautadas no poder discricionário das autoridades sanitárias, e em conformidade com a legislação sanitária (BRASIL, 1969; BRASIL 1977; SÃO PAULO, 1978; SÃO PAULO, 1998). Constam de medidas educativas e/ou punitivas junto aos fabricantes dos produtos, com vistas a corrigir as infrações encontradas.

Em apoio às ações realizadas pelas VISA municipais, o CVS publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), a proibição da comercialização ou a inutilização dos lotes de palmito abaixo relacionados, por estarem impróprios ao consumo, representando risco à saúde da população.

(21)

Tabela 25: Comunicados CVS de Interdição Cautelar de Produtos e de Liberação de Produtos Interditados, Publicados no Diário Oficial do Estado

- Nº Comunicado - Data de Publicação - Produto - Marca - Data Fabricação - Validade

- Lote Fabricante Motivo de Condenação

- Nº Comunicado Liberação - Data de Publicação - 42/2006 - 24/02/2006 - Palmito de Açaí em Conserva - Tropical - 27/09/2005 - 27/08/2007 - 0927 Indústria e Comércio de Conservas Moliz Ltda - PA

por não apresentar registro no

órgão competente - 165/2006 - 15/09/2006 - 213/2005 Palmito de Açaí em conserva / Gold. PRIMUS - 29/09/05 - 29/09/08 - F/3, L 19 Sommar Natural Palmitos Ltda – EPP - PA

por tratar-se de produto em desacordo com a Resolução ANVISA RDC nº 17/99 e por apresentar o valor de pH acima do limite máximo permitido

Tabela 26: Comunicados de Inutilização de Produtos Publicados no Diário Oficial do Estado - Nº do Comunicado de Inutilização - Data de Publicação - Produto - Marca - Data de Fabricação - Prazo de Validade

- Lote Fabricante Motivo de Condenação

- 155/2007 - 04/08/2007 - Palmito de açaí em conserva - Guajará - 14/06/2005 - 13/06/2008 - lote 06748

Hamex Ind. Com. Prod. Alim. Ltda - PA

por apresentar valor de pH acima do limite máximo estabelecido; por não apresentar a tampa metálica íntegra (presença de ferrugem) e por não informar no rótulo a presença ou ausência de glúten

- 146/2007 - 27/07/2007 - Palmito em conserva - Acauã - 15/10/2005 - 15/10/2007 - não consta

EWS Indústria de Bebidas e Conservas Ltda – SC

por não apresentar na rotulagem: a designação acrescida do nome popular da espécie seguida ou precedida da palavra conserva, a indicação do nome e endereço do fabricante, a indicação da função do aditivo ácido cítrico na lista de ingredientes, a indicação da presença ou ausência de glúten; por não apresentar registro no Ministério da Saúde; não constar litografia com indicação do fabricante na parte superior da tampa metálica e por não informar na rotulagem a quantidade correta de produto correspondente ao peso drenado - 136/2007 - 14/07/2007 - Palmito em conserva - Topázio - não consta - 04/2008

- número de lote não consta

Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Stringari Ltda - PR

por não possuir registro no órgão competente do Ministério da Saúde; por não apresentar características próprias do palmito (algumas unidades de toletes com presença de manchas e marcas de corte de faca), indicando a não adoção e/ou manutenção das boas práticas de fabricação. O rótulo do produto está em desacordo com a legislação em vigor por não constar na denominação de venda o "nome popular da espécie"; por não apresentar litografia obrigatória para a identificação do fabricante, de forma visível, na parte lateral e superior da tampa metálica da embalagem de vidro, que deve conter no mínimo: nome (razão social) do fabricante, endereço e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ; por não declarar a função do aditivo "Ácido Cítrico" na lista de ingredientes; por não possuir identificação do lote; por não indicar no painel principal a quantidade referente ao conteúdo drenado precedido pela expressão "Peso Drenado" e por não apresentar a expressão obrigatória "contém glúten" ou "não contém glúten"

(22)

- 135/2007 - 11/07/2007 - Palmito de açaí em conserva - Gentleman - 06/2006 - válido por 2 anos - nº lote 01701

Indústria e Comércio de Conservas Marco Polo Ltda - PA

por apresentar número de registro não correspondente à marca Gentleman. O rótulo do produto está em desacordo com a legislação por apresentar ilustração (toletes de palmitos inteiros e não bandas) podendo induzir o consumidor a equívoco, erro, confusão ou engano em relação ao tipo de alimento; por não declarar a expressão referente à presença ou ausência de glúten e por não declarar a função do aditivo (ácido cítrico) na lista de ingredientes

- 38/2007 - 03/03/2007 - Palmito de açaí em conserva - Doidão - 19/11/2004 - 18/11/2007 - 06180

Hamex Ind.Com. Prod. Alim. Ltda - PA

por apresentar valor de pH acima do limite máximo estabelecido, textura firme e fibrosa de difícil deglutição; por não indicar claramente na rotulagem qual das unidades fabris é a responsável pela produção do lote em questão e não informar sobre a presença ou ausência de glúten, conforme exigido

- 136/2006 - 03/08/2006 - Palmito de Açaí em Conserva - Colônia - 25/06/2005

- 2 anos após a data de fabricação

- Lote 056

Industrial e Comercial Palmira Ltda - PA

por tratar-se de produto em desacordo com as Resoluções RDC 81/2003, 259/2002 da ANVISA e Lei nº 10.674/2003, por não apresentar identificação do fabricante do produto litografada na tampa ou fundo da embalagem metálica; por não apresentar na rotulagem a expressão “ingredientes” precedendo a lista dos mesmos; por não apresentar o nome completo ou INS do aditivo na lista de ingredientes; por não apresentar o prazo de validade expresso com pelo menos mês e ano e por não informar sobre a presença ou ausência de glúten

- 80/2006 - 28/04/06 - Palmito em Conserva - Cananei - 08/06/2006

- lote: 104 Indústria, Comércio de Conservas NG Ltda -PR

apresentar características sensoriais alteradas (manchas nos toletes e alteração na tampa e embalagem de vidro – pontos de sujidades e de oxidação). O rótulo não atende a legislação em vigor por não constar tampa litografada na parte superior e lateral a identificação do fabricante - 73/2006 - 14/04/2006 - Palmito de Açaí em conserva - Gold PRIMUS - 29/09/05 - 29/09/08/F/3 - L 19

Sommar Natural Palmitos

Ltda – EPP - PA valor de pH acima do limite máximo permitido

3.6. Conclusões sobre as Análises Fiscais dos Produtos Alimentícios

De um modo geral, detectaram-se baixos riscos à saúde nas amostras analisadas, embora os resultados apontem para a existência de produtos que exigem maior atenção, tais como o palmito em conserva, farinha de trigo e doce em massa tipo junino.

Observou-se que a rotulagem continua sendo a principal não conformidade encontrada, exigindo ações efetivas para promover as correções necessárias, envolvendo atuação conjunta dos setores governamental, industrial e entidades de classe representativas dos alimentos envolvidos.

(23)

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL (1969). Ministérios da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar. Decreto-Lei nº 986, de 21/10/1969. Institui normas básicas sobre alimentos. Brasília, DF. DOU 21/10/1969.

BRASIL (1977). Lei Federal nº 6.437, de 20/08/1977. Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. Brasília, DF, DOU 24/08/1977.

BRASIL (1997 A). Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 371, de 04/09/1997. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos. Brasília, DF. DOU 08/09/1997.

BRASIL (1997 B). Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria Nº 146, de 07/03/1996. Aprova os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos. Brasília, DF, DOU 11/03/1996.

BRASIL (1997 C). Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 370, de 04/09/1997. Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Leite UHT (UAT). Brasília, DF. DOU de 08/09/1997.

BRASIL (1997 D). Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 369, de 04/09/1997. Aprova a Inclusão de Coadjuvante de Tecnologia/Elaboração no Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Leite em Pó – Anexo Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Leite em Pó. Brasília, DF. DOU de 08/09/1997.

BRASIL (1997 E). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 326, de 30/07/1997. Aprova Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Brasília, DF, DOU 01/08/1997.

BRASIL (1998 A). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 29, de 13/01/1998. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Alimentos para Fins Especiais. Brasília, DF. DOU de 15/01/1998. Rep. 30/03/1998. BRASIL (1998 B). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 36, de 13/01/1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a Alimentos à Base de Cereais para Alimentação Infantil. Brasília, DF. DOU de 16/01/1998. Rep. 15/04/1999.

BRASIL (1998 C). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 977, de 05/12/1998. Aprova o Regulamento Técnico referente às Fórmulas Infantis para Lactentes e às Fórmulas Infantis de Seguimento. Brasília, DF. DOU de 29/12/1998. Rep. 15/04/1999.

BRASIL (1998 D). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 34, de 13/01/1998. Aprova o Regulamento Técnico referente à Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância. Brasília, DF. DOU de 16/01/1998.

BRASIL (1998 E). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 35, de 13/01/1998. Aprova a Extensão de Uso de Aditivos Intencionais para Alimentos de

Referências

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