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História de Pernambuco

Cultura Pernambucana: Importância de Gilberto Freire e Ariano Suassuna

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História de Pernambuco

CULTURA PERNAMBUCANA

A importância de Gilberto Freyre e

Ariano Suassuna para a cultura pernambucana

Gilberto de Mello Freyre (1900 — 1987) foi um intelectual brasileiro nascido em Recife (PE). Como escritor, dedicou-se à ensaística da interpretação do Brasil sob ângulos da sociologia, antropologia e história. Foi também autor de ficção, jornalista, poeta e pintor. É considerado constantemente um dos mais importantes sociólogos do século XX.

Sobre Freyre, Monteiro Lobato profetiza: "O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram". Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Nele, Freyre rechaça as doutrinas racistas de branqueamento do Brasil. Baseado em Franz Boas, demonstrou que o determinismo racial ou climático não influencia no desenvolvimento de um país. Ainda, essa obra foi precursora da noção de democracia racial no Brasil, com relações harmônicas interétnicas que mitigariam a influência social do passado da escravidão no Brasil, que, segundo Freyre, fora menos segregadora que a norte-americana. Embora seja sua obra mais importante, também recebeu críticas por sua linguagem tida como vulgar e obscena.[11] Em Recife chegou a ter seu livro queimado em praça pública, ato apoiado por um colégio religioso de Recife.

Ao contrário do que popularmente se imagina, Casa-Grande & Senzala não é um estudo sociológico ou antropológico. Baseado em fontes históricas e suas reflexões, Gilberto Freyre se apresentou como um "escritor treinado em ciências sociais" e não como sociólogo ou antropólogo, como refletiu em seu Como e porque sou e não sou sociólogo (1968) . Além disso, por influência de Franz Boas sabia da necessidade de pesquisas empíricas para validar um estudo como sendo sociológico ou antropológico.

Vida pública

Viajou para a Europa, visitando vários países, completando sua formação acadêmica. No período que ficou no exterior, escrevia artigos para o jornal Diário de Pernambuco, sobre livros e temas diversos. O hábito de escrever em jornais perdurou pela vida toda.

De volta ao Recife, se integrou a sociedade local, despertando grande interesse pelos problemas regionais. Organizou para o Diário de Pernambuco, o Livro do Nordeste, com a colaboração de diversas personalidades, com textos de história, literatura, artes e tradições regionais.

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Em 1926, no governo de Estácio Coimbra, foi nomeado secretário particular e encarregado do jornal oficioso A Província. Foi professor de Sociologia da Escola Normal. Pela primeira vez se ministrava regularmente essa disciplina numa escola no Brasil. Com a Revolução de 30, acompanhou o governador ao exílio, em Portugal e depois viajou pela Europa e Estados Unidos, ministrando aulas, como visitante, em diversas universidades.

De volta ao Recife, foi convidado pelo reitor da Universidade do Distrito Federal, o educador baiano Anísio Teixeira, para lecionar Sociologia. Tornou-se também técnico do serviço do Patrimônio Histórico Nacional.

Entre 1933 e 1937 escreveu três livros voltados para o problema da formação da sociedade patriarcal no Brasil: Casa-Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos e Nordeste. Nesse desenvolve teses geográficas, sendo considerado o pioneiro da ecologia.

Na década de 40, Gilberto entra em confronto com o Governador Agamenon Magalhães, chegando a ser preso pela polícia da ditadura. Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, foi eleito à Assembleia Constituinte, participando da elaboração da Constituição de 1946. Nela atuou nos setores ligados à ordem social e à cultura, tendo depois reunido seus discursos no livro Quase Política.

Gilberto Freire permaneceu na Câmara e apresentou seu projeto para criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, órgão que deveria se dedicar ao estudo e à realização de pesquisas sobre as condições de vida do trabalhador rural do Nordeste. Esse Instituto foi depois transformado na "Fundação Joaquim Nabuco".

Em 1949, voltou ao Recife e de sua casa no bairro de Apipucos, hoje Fundação Gilberto Freire, continuou a pesquisar, escrever e participar de seminários. Realizou frequentes viagens a convite de diversas instituições. Sua viagem à Índia e à África Portuguesa, resultou no livro Aventura e Rotina.

Gilberto Freyre ganhou diversos prêmios e condecorações no Brasil e exterior. O Prêmio Anisfield-Wolf, USA, (1957), Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras, em 1962), Prêmio Internacional La Madonnina, Itália (1969), "Sir – Cavaleiro Comandante do Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra, (1971) Grã-cruz de D. Alfonso, El Sábio, Espanha, (1983).

Gilberto de Mello Freyre faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 18 de julho de 1987. Sobre a obra Livro do Nordeste, destacamos alguns elementos:

• Alertas sobre os possíveis impactos ambientais que a extensão da produção canavieira poderá gerar e sobre a precariedade do trabalho presente nos canaviais – que aproxima, muitas vezes, a rotina dos cortadores de cana da escravidão – fazem parte da polêmica em torno do etanol, recheada com essas e outras questões que não são novas no Brasil. Embora colocadas num novo contexto, a história do Brasil nos faz lembrar que a monocultura canavieira foi profundamente marcada (ao longo de, ao menos, quatro séculos) pelo escravismo e pela a destruição do meio ambiente. Esses e outros elementos (políticos, culturais, sociais) integram a chamada "civilização do açúcar", esmiuçada por Gilberto Freyre no livro Nordeste – aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil.

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• Publicado em 1937, a proposta do livro, segundo Freyre, é realizar um estudo ecológico sobre o Nordeste brasileiro. Não o "outro Nordeste" das secas, do semiárido, do sertão cujas atividades principais são a pecuária e a plantações de algodão. Mas o Nordeste que se estende do Recôncavo baiano ao Maranhão cujo o centro é Pernambuco e, particularmente, a cidade do Recife. Esse Nordeste cuja estrutura é baseada na escravidão, no latifúndio e na monocultura canavieira. E que, segundo Freyre, por algum tempo foi o "centro da civilização brasileira".

• A cana-de-açúcar é o principal personagem do livro. Através dela, e ao longo de seis capítulos, Freyre analisa a relação entre o homem e a natureza, sempre mediada pela cultura: as relações entre senhores de engenho e seus escravos são sempre descritas através de suas relações com as matas, os rios e os animais; a partir dos valores que estão sendo construídos com a extensão dos canaviais e, nesse sentido, com a constituição de uma civilização do açúcar. As relações entre o homem e a natureza, estabelecidas através da monocultura da cana, não podem, assim, ser dissociadas das relações dos homens entre si. Esse seria o aspecto inovador de Nordeste e, ao mesmo tempo, o que lhe distingue de Casa-Grande & Senzala (1933) e Sobrados e Mocambos (1936), obras nas quais está mais explícito o projeto freyreano em se debruçar sobre a formação da família patriarcal e seu impacto na sociedade brasileira. Contudo, a reconstrução de costumes e hábitos das famílias de engenho também está presente em Nordeste: a arquitetura triangular da "casa-grande, engenho e capela", as tradições culinárias, as práticas sexuais, os provérbios e folguedos populares etc.

• O livro é resultado de uma pesquisa de caráter tanto historiográfico (cartas e arquivos pessoais de senhores de engenho, anúncios e artigos de jornais do século XIX, documentos da Coroa portuguesa) como de uma espécie de "trabalho de campo" realizado por Freyre na companhia de Pedro Paranhos – a quem o livro é dedicado – amigo pessoal e herdeiro do engenho de Japaranduba.

• A partir de uma dessas incursões, Freyre descreve como a destruição das matas em nome do "exclusivismo brutal" da cana fez com que senhores de engenhos, como Paranhos, se tornassem ignorantes de suas terras. "Ele sabia quase tão mal quanto nós, menino de cidade, os nomes das árvores da mata grande do seu engenho. Entretanto eram suas conhecidas velhas desde o tempo de menino. Mas simples conhecidas de vista. Foi preciso que o caboclo nos fosse dizendo: isto é um pé disso; isto é um pé daquilo; isto dá um leite que serve para ferida brava; isto dá um chá que serve para as febres". Dessa ignorância é que se fez a destruição da Mata Atlântica, através da coivara (queimada da vegetação rasteira) e do machado, já que a lenha era o combustível das fornalhas dos engenhos – somente no século XIX, o bagaço da cana substituiu a madeira. Mas surgiu, então, o trem a vapor...

• Freyre também descreve os usos e costumes em torno da água, desde a utilização dos rios como instrumento de transporte – diante das dificuldades e da lentidão que os carros de boi e os cavalos tinham para se locomover no solo de massapê, úmido e pegajoso – até sua importância para o lazer: os banhos de rio, as festas na várzea, sem contar a própria importância da pesca. Hábitos que serão comprometidos com o lançamento, pelas usinas, das caldas das destilarias e outros detritos poluidores dos rios. "A monocultura da cana no Nordeste acabou separando o homem da própria água dos rios; separando-o dos próprios animais – "bichos do mato" desprezíveis ou então considerados no seu aspecto único de inimigos da cana, que era preciso conversar à distância do engenhos (como os próprios

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bois que não fossem os de carro). E não falemos aqui da distância social imensa que a monocultura aprofundou, como nenhuma outra força, entre dois grupos de homens – os que trabalham no fabrico do açúcar e os que vivem mal ou voluptuosamente dele"

• O contraponto é entre a aristocracia do açúcar, que se iniciara com a colonização portuguesa, no século XVI, com a formação das famílias de engenho tradicionais, e as usinas da segunda metade do século XIX, que intensificaram a destruição do meio ambiente. E mudaram as relações com os trabalhadores. "Em geral, o trabalhador de eito não existe para o industrial ausente ou quase ausente como um conterrâneo cujo bem-estar o interesse; nem o fornecedor de cana como um consórcio cuja situação o afete. Ao contrário: tem-se visto o preço do açúcar se elevar, com vantagem para o usineiro, e ao mesmo tempo as usinas baixarem os preços de sua tabela de compra de cana".

• Operando com esses contrastes, o Nordeste seria assim a expressão desse "equilíbrio de antagonismos" (expressão utilizada por ele em Casa-Grande & Senzala) inscrito nos "ho-mens do povo" mas também nos "grandes senhores da política, da diplomacia e da admi-nistração do império" como Joaquim Nabuco, que combinou abolicionismo e orgulho de sua origem aristocrática. Por isso, segundo Freyre, o Nordeste é o "centro da civilização brasileira": "A Antiga civilização do açúcar no Nordeste, de uma patologia social tão nume-rosa, dá-nos essa mesma impressão, em confronto com as demais civilizações brasileiras – a pastoril, a das minas, a da fronteira, a do café. Civilizações mais saudáveis, mais demo-cráticas, mais equilibradas quanto à distribuição da riqueza e dos bens. Mas nenhuma mais criadora do que ela, de valores políticos, estéticos, intelectuais".

Ariano Vilar Suassuna (1927 – 2014) foi um dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro e formado em Direito. Idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente defensor da cultura do Nordeste do Brasil. Foi secretario de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014.

Destacaremos a relevância do Movimento Amorial para a arte do nordeste brasileiro.

Movimento Armorial foi uma iniciativa artística cujo objetivo seria criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Um dos fundadores e diretores foi o escritor Ariano Suassuna. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados." Ariano Suassuna, Jornal da Semana, Recife, 20 maio 1975.

O Movimento Armorial surgiu sob a inspiração e direção de Ariano Suassuna, com a colabora-ção de um grupo de artistas e escritores da região Nordeste do Brasil e o apoio do Departamen-to de Extensão Cultural da Pró-ReiDepartamen-toria para AssunDepartamen-tos Comunitários da Universidade Federal de Pernambuco.

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Teve início no âmbito universitário, mas ganhou apoio oficial da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. Foi lançado oficialmente, no Recife, no dia 18 de outubro de 1970, com a realização de um concerto e uma exposição de artes plásticas realizados no Pátio de São Pedro, no centro da cidade. Seu objetivo foi o de valorizar a cultura popular do Nordeste brasileiro, pretendendo realizar uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares da cultura do País.

Segundo Suassuna, sendo "armorial" o conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, a heráldica é uma arte muito mais popular do que qualquer coisa. Desse modo, o nome adotado significou o desejo de ligação com essas heráldicas raízes culturais brasileiras. O Movimento tem interesse pela pintura, música, literatura, cerâmica, dança, escultura, tapeçaria, arquitetura, teatro, gravura e cinema.

Uma grande importância é dada aos folhetos do romanceiro popular nordestino, a chamada literatura de cordel, por achar que neles se encontram a fonte de uma arte e uma literatura que expressa as aspirações e o espírito do povo brasileiro, além de reunir três formas de arte: as narrativas de sua poesia, a xilogravura, que ilustra suas capas e a música, através do canto dos seus versos, acompanhada por viola ou rabeca.

São também importantes para o Movimento Armorial, os espetáculos populares do Nordeste, encenados ao ar livre, com personagens míticas, cantos, roupagens principescas feitas a partir de farrapos, músicas, animais misteriosos como o boi e o cavalo-marinho do bumba-meu-boi. O mamulengo ou teatro de bonecos nordestino também é uma fonte de inspiração para o Movimento, que procura além da dramaturgia, um modo brasileiro de encenação e representação.

Congrega nomes importantes da cultura pernambucana. Além do próprio Ariano Suassuna, Francisco Brennand, Raimundo Carrero, Gilvan Samico, entre outros, além de grupos como o Balé Armorial do Nordeste, a Orquestra Armorial de Câmara, a Orquestra Romançal e o Quinteto Armorial.

Ao tentarmos situar o movimento armorial dentro da tradição intelectual brasileira, identificamos não apenas afinidades com o Modernismo de Mário de Andrade, mas também com o regionalismo de Gilberto Freyre. Guardadas as devidas especifidades históricas, há vários elementos comuns entre a estética marioandradeana – que dá suporte à construção de uma concepção de identidade nacional – e o ideário armorial, que propõe uma recriação erudita da cultura popular com o mesmo propósito.

Vale ressaltar que observamos em Andrade, no entanto, um paradoxo, na medida em que esse autor combina, num mesmo olhar, o deslumbramento e a postura crítica bem característica deste modernismo diante daquelas manifestações populares.

Macunaíma é uma das mais bem acabadas expressões desse paradoxo.

Segundo Wisnik (1982: 144), “recebendo injeções maciças de folclore (a expressão é de Florestan Fernandes), a música nacionalista aproximaria intelectual e povo, separados por um abismo ‘cultural’ (formulável, noutros termos, como alteridade de classe), e funcionaria ao modo de uma panacéia pedagógica para sanar (a nível doutrinário) aquela ‘falta de caráter’ que o Macunaíma registra na sua economia simbólica como impasse”

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Já em Suassuna não há paradoxos, mas uma sacralização do popular “puro”, cuja expressão maior em sua obra é Auto da Compadecida. Em Suassuna são notáveis, além disso, as refe-rências a Gilberto Freyre como principal mentor de uma tradição de pensamento que, a partir dos anos vinte, traz uma nova acepção de valor às culturas populares nordestinas, situando-as numa posição estratégica diante da tarefa então posta, que era a construção de uma identida-de nacional. Em meio a estas confluências está incrustada a fala identida-de Ariano Suassuna.

Referências

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