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Sumário DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 3 CONSTITUCIONAL. Resposta do TCU sobre a intervenção em Roraima:

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Sumário

DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 3 ... 1

CONSTITUCIONAL ... 1

Resposta do TCU sobre a intervenção em Roraima: ... 1

ADMINISTRATIVO ... 2

#Dicas - Ato administrativo (Atualização – DEZ 2018) ... 2

#Dicas - Poderes Administrativos (Atualização – DEZ 2018) ... 7

PROCESSO CIVIL ... 11

#Dicas - Ação Popular (Atualização - DEZ 2018) ... 11

#Dicas - Litisconsórcio (ATT dez 2018) ... 16

*Julgado sobre prescrição intercorrente na LEF - STJ (INFO 635)*:... 18

*Julgado sobre prescrição intercorrente na LEF – STF (INFO 635)*: ... 20

#Dicas - Agravo em RESP E RE (dez 2018) ... 21

URBANÍSTICO ... 21

#Dicas - Estatuto da Cidade (Atualização em DEZ 2018) ... 21

ECONOMICO ... 25

INTRODUÇAO A DIREITO ECONOMICO (DICAS) - Fonte (Resumos, Eros Grau, Manual de Direito Econômico) (dez 2018) ... 25

Direito Econômico - Parte 2 (dez 2018) ... 27

PENAL ... 28

#Dicas - Crimes de licitações para procuradorias (dez 2018) ... 28

QUESTÕES 2ª FASE ... 29

(PGM RECIFE segunda fase) quais os regimes de responsabilidade civil que são submetidas as empresas estatais? ... 29

(PFN - DISCURSIVA - 2012) Quais são as teorias sobre a invalidade do ato administrativo e qual é a utilizada pela legislação federal? ... 29

(MANAUS E JP) – Exceção de pré-executividade ... 29

DICAS DEZEMBRO 2018 SEMANA 3

CONSTITUCIONAL

Resposta do TCU sobre a intervenção em Roraima:

Ponto 1) O primeiro é se, diante da intervenção federal, a União poderia assumir o pagamento de pessoal e de custeio, que sejam necessários ao reestabelecimento da ordem pública, à garantia da segurança pública e à continuidade dos serviços públicos essenciais.

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A Corte de Contas respondeu que é cabível o pagamento, por parte da União, de despesas com pessoal do estado sob intervenção. Mas o ministro-relator esclareceu que isso pode ocorrer, exclusivamente, nas despesas com pessoal das áreas que justificaram a intervenção.

Ponto 2) A segunda pergunta é se a intervenção em estado incapaz de manter em dia o pagamento do seu pessoal justifica a abertura de crédito extraordinário. Sendo que a medida seria necessária à manutenção da ordem e da segurança pública.

O Tribunal, sob a relatoria do ministro-substituto Marcos Bemquerer, respondeu ser cabível a abertura de crédito extraordinário pela União para o custeio de despesas decorrentes da intervenção federal. Mas há duas condições. Que se trate de despesa imprevisível. Além de que a urgência do cenário não permita a tramitação de um projeto de lei pelas Casas Legislativas. Ponto 3) O presidente da República perguntou se a transferência ao Estado sob intervenção dos recursos essenciais à manutenção da segurança e da ordem pública poderia ser considerada como uma transferência obrigatória.

Marcos Bemquerer, em seu voto, esclareceu. “Não sendo possível a União executar diretamente a despesa, a transferência intergovernamental necessária para a consecução do objeto da intervenção federal terá natureza obrigatória, sob pena de frustrar a finalidade do ato de índole constitucional”.

ADMINISTRATIVO

#Dicas - Ato administrativo (Atualização – DEZ 2018)

1. Também pode ser editado pelo Poder Judiciário e Legislativo.

1.1. (FCC) podem ser emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, nestes dois últimos casos em função atípica, sendo passíveis tanto de autotutela como de controle judicial. 2. O silêncio é fato administrativo e via de regra não confere direitos ao particular, salvo quando existir previsão legal neste sentido.

2.1. (CESPE) Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A segunda, por sua vez, ocorre no caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando, dessa forma, a omissão da administração.

3. A competência administrativa é irrenunciável e improrrogável.

3.1. (CESPE - EMAP) A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio, irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de delegação ou avocação de competências legalmente admitidas.

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3.2. (FGV) É característica da competência a irrenunciabilidade, apesar de o agente público poder delegá- la ou avocá-la, nos casos permitidos pela lei.

4. Os atos praticados durante a vigência da delegação são de responsabilidade do delegatário (Súmula 510, STF).

4.1. (VUNESP) Q: a competência, pela qual é vedado que um agente público transfira a outro funções que originariamente lhe são atribuídas. R: Falso! Pode existir a delegação.

5. No direito administrativo vigora o princípio da solenidade das formas. Vale ressaltar que o mesmo é moderado, não absoluto.

6. A motivação configura requisito de FORMA do ato administrativo.

6.1. (CESPE - STJ) A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.

7. É admissível a motivação aliunde ou per relationem no direito administrativo.

7.1. (FGV) lícita, pois é possível a utilização da motivação aliunde dos atos administrativos, quando a motivação do ato remete a de ato anterior que embasa sua edição.

8. O mérito administrativo está no motivo e objeto.

9. O princípio da juridicidade amplia as hipóteses de controle judicial dos atos administrativos, que devem ser compatíveis com os princípios constitucionais.

10. Os atos possuem presunção relativa de veracidade e legitimidade. 11. Atenção: a autoexecutoriedade não é encontrada em todos os atos.

11.1 (FCC) Q: São imprescindíveis ao ato administrativo, dentre seus elementos e atributos, sujeito e autoexecutoriedade. R: Falso! Pode existir ato administrativo sem autoexecutoriedade, conforme item acima.

11.2 (FCC) Dentre os atributos dos atos administrativos, a autoexecutoriedade não está sempre presente, assim como não está presente em todos os atos que configuram expressão do poder de polícia, este que também pode possuir caráter preventivo.

11.3 (FCC) O atributo do ato administrativo que depende de expressa previsão legal ou se justifica diante de necessidade urgente denomina-se autoexecutoriedade.

11.4. (FCC) Há atos administrativos despidos de autoexecutoriedade.

11.5 (CESPE) De acordo com o princípio da autoexecutoriedade, os atos administrativos podem ser aplicados pela própria administração pública, de forma coativa, sem a necessidade de prévio consentimento do Poder Judiciário.

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11.6. (CGM-JP) Q: As multas de trânsito, como expressão do exercício do poder de polícia, são dotadas de autoexecutoriedade. R: Falso! Precisa do Judiciário para cobrar.

12. Deliberação é ato decisório proveniente de órgão colegiado.

13. A licença é ato vinculado, que consente o exercício da atividade pelo particular.

13.1 (CESPE) Q: A licença consiste em um ato administrativo unilateral e discricionário. R: Falso! É ato vinculado!

14. O parecer é classificado como ato enunciativo.

15. A caducidade do ato administrativo incide exclusivamente sobre atos discricionários e precários. Ocorre quando o ato torna-se ilegal em virtude de alteração legislativa.

16. A revogação possui efeito ex nunc e a anulação efeitos ex tunc (via de regra). 16.1 (CESPE) A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno. Exemplo: Autorização de uso de espaço público por restaurante e sua posterior revogação (discricionariedade).

17. Não é possível revogar: a) atos vinculados; b) atos com efeitos exauridos; c) atos preclusos e d) direitos adquiridos.

17.1 (PCPI) Um servidor público federal, Diretor administrativo de um órgão, concedeu, mediante processo administrativo, uma licença para tratar de assunto de interesse particular a um subordinado, pelo prazo de 30 (trinta) dias. Ocorre que no último dia da licença, o referido diretor decide revogá-la por motivos de oportunidade e conveniência. No caso, não é possível ocorrer a revogação, pois o ato já exauriu seus efeitos.

17.2 (CEMIG - ADV) A revogação dos atos administrativos, ainda que discricionários, encontra óbice na garantia do direito adquirido.

17.3 (DPE-SC) Não é possível a revogação de atos administrativos ilegais, vinculados ou que gerem direitos adquiridos.

18. Existem atos nulos - vícios insanáveis e atos anuláveis - vícios sanáveis. 19. Os vícios sanáveis são relacionados com a competência e forma (FOCO).

19.1 (FCC) Suponha que determinada autoridade pública tenha concedido a particular permissão de uso de “box” em um Mercado Municipal. Posteriormente, foi constatado que a autoridade que praticou o ato não detinha a competência legal e tampouco houve delegação para a sua prática. Diante de tal situação, o ato em questão é passível de convalidação pela autoridade competente. Tendo em vista que o vício foi de competência, que pode ser sanável, conforme item acima.

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20. A convalidação pode ser discricionária ou precária.

20.1. (FCC) Q: pode se referir apenas a atos discricionários, pois demanda juízo de oportunidade e conveniência para edição do ato convalidatório. R: Falso! De acordo com Rafael Oliveira, a convalidação, em alguns casos, pode ser vinculada, como no caso de ato administrativo vinculado editado por agente incompetente, caso em que o agente competente deverá, necessariamente, ratificar.

20.2. Vale ressaltar que, via de regra, a convalidação tem efeitos retroativos, ex tunc.

20.3. (FCC) A convalidação dos atos administrativos nem sempre é possível, sendo inviável, por exemplo, quando presente vício relacionado à finalidade do ato.

20.4 (FGV) Convalidação, e ocorre desde que não cause prejuízo a terceiros e se observe o interesse público, operando efeitos ex tunc;

21. (FCC) Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no que concerne a vícios de legalidade, o que inclui também a avaliação da inexistência ou falsidade dos motivos declinados pela Administração para a edição do ato.

22. (Vunesp) Um servidor público municipal e chefe de um determinado setor emitiu um ofício aos seus subordinados, em caráter oficial, contendo normas administrativas para a organização mais eficiente no trabalho. O ato administrativo emitido classifica-se como ordinatório. 22.1. De acordo com Rafael Oliveira, atos ordinatórios são aqueles editados no exercício do poder hierárquico com o objetivo de disciplinar as relações internas da administração pública. 23. (CESPE - EMAP) Q: A autorização é ato administrativo vinculado para a administração pública. R: Falso! É discricionária.

23.1 De acordo com Rafael Oliveira, a autorização possui as seguintes características: a) ato de consentimento estatal; b) ato discricionário e c) ato constitutivo. Pode ser para o exercício de determinada atividade particular ou para o uso privativo de bem público.

23.2. A FCC fez questão considerando o porte de arma de fogo como hipótese de autorização por parte do Poder Público, que irá considerar aspectos subjetivos do cidadão (TRT6-2018). 24. (AL-RR) a autorização para exploração de jazida é exemplo de ato constitutivo.

25. (AL-RR) Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal. De acordo com Rafael Oliveira, o ato composto é formado pela manifestação de dois órgãos: um que define o conteúdo do ato e o outro que verifica a sua legitimidade.

26. Atenção: Não é possível delegar a editação de atos normativos e a competência de decidir recursos administrativos.

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27. (MP-MS) No parecer vinculante, a manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa, não podendo a decisão do administrador colidir com a sua conclusão.

28. (Vunesp) Os atos enunciativos dispensam o atributo da imperatividade.

28.1. De acordo com Rafael Oliveira, atos enunciativos são aqueles que expressam opiniões ou que certificam fatos no âmbito da administração pública.

28.2 (AL-RS) As certidões podem ser classificadas como atos administrativos enunciativos. 29. (Adv. Transpetro) Quando um ato administrativo é revogado por conveniência e oportunidade da Administração, deve ser observado, quanto à forma, o princípio da simetria. 30. (CESPE - TCMBA) Quando o cidadão deixa de cumprir os requisitos exigidos por lei estamos diante da cassação de ato administrativo.

30.1. Não confundir com caducidade, que é a extinção do ato administrativo por motivo de alteração legislativa. Assim, o mesmo torna-se ilegal em virtude da alteração legislativa superveniente.

30.2 (SEFAZ-RS) Determinado prefeito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público em favor de um particular. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano diretor, no que tange à ocupação do espaço urbano, tendo proibido a destinação de tal bem público à atividade particular. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso de bem público extingue-se por caducidade.

30.3 (CESPE) A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos requisitos estabelecidos para a sua execução.

31. (PGE-PE) A nomeação dos ministros de tribunais superiores no Brasil é um ato administrativo complexo. De acordo com Rafael Oliveira, os atos complexos são elaborados pela manifestação autônoma de órgãos diversos. Os mesmos irão concorrer para a formação de um único ato, como, por exemplo, na nomeação de Ministros do STF.

31.1 Na classificação dos atos administrativos, um critério comum é a formação da vontade, segundo o qual, o ato pode ser simples, complexo ou composto. O ato complexo se apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se juntam para formar um único ato

com um só conteúdo e finalidade.

31.1.1 (FCC) Quando um determinado administrador público edita um ato administrativo, mas este só começa a produzir efeitos após ratificação ou homologação por outra autoridade, está-se diante de ato administrativo composto, pois embora já exista e está-seja válido, não é exequível antes da manifestação da segunda autoridade.

32. Atenção: Tanto a CESPE como a FCC estão cobrando muito a teoria dos motivos determinantes, inclusive quanto sua possibilidade nos atos discricionários.

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32.1 A aplicação da Teoria dos Motivos Determinantes, para fins de controle da atuação da Administração pública pelo Poder Judiciário, permite a anulação judicial de atos discricionários, quando identificada inexistência ou falsidade dos pressupostos de fato ou de direito declarados pela Administração para edição do ato.

Atenção! O judiciário ANULA, não revoga!!

33. Via de regra, a revogação possui efeitos ex nunc (respeitando-se os efeitos já produzidos). Por outro lado, a anulação, via de regra, possui efeitos retroativos.

33.1 (CGM-JP) Q: Ocorre anulação do ato administrativo quando o gestor público o extingue por razões de conveniência e oportunidade. R: Falso! No caso é revogação.

33.2 (CGM-JP) Q: A revogação produz efeitos retroativos. R: Falso! Via de regra, somente efeitos ex nunc.

33.3 (CGM-JP) Q: O ato administrativo julgado inconveniente poderá ser anulado a critério da administração, caso em que a anulação terá efeitos retroativos. R: Falso! No caso deveria ser REVOGADO.

33.4 (CESPE) Q: A anulação de ato administrativo fundamenta-se na ilegalidade do ato, enquanto a revogação funciona como uma espécie de sanção para aqueles que deixaram de cumprir as condições determinadas pelo ato. R: Falso! revogação = oportunidade e conveniência da ADM.

34. Quando se afirma que os atos administrativos são sempre nulos, está sendo aplicada a denominada teoria monista. Por outro lado, a teoria dualista, que é majoritária, considera a existência de atos nulos e anuláveis (ADV - Petrobrás). 35. Atenção! PGM-JP: A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. Trata-se de novo artigo da LINDB.

#Dicas - Poderes Administrativos (Atualização – DEZ 2018)

1. Caracteriza-se como unilateral e vinculado o ato da administração denominado licença. 1.1. Atenção: Esse regime não se aplica ao direito ambiental.

1.2. A licença é um ato de consentimento administrativo plenamente vinculado por meio do qual se faculta ao particular o exercício de uma atividade (PGE-RS).

2. Com relação aos poderes administrativos, a prerrogativa da administração pública de editar atos normativos para ordenar a atuação de órgãos subordinados decorre do exercício do poder hierárquico.

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3. Denomina-se originário o poder de polícia que abrange leis e atos administrativos provenientes de pessoas políticas da Federação.

4. O poder de polícia é discricionário, mas limitado por lei. 4.1 (CESPE - 2018) São características do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.

4.1.1 A discricionariedade significa que o administrador é livre para escolher o momento de sua

atuação ou sanção mais adequada no caso concreto.

4.1.2 A coercibilidade significa que os atos do Poder de Polícia devem ser obrigatoriamente

cumpridos pelos particulares.

4.1.3 A autoexecutoriedade significa que via de regra, a administração não necessita de manifestação prévia do judiciário para executar seus atos. Há exceções: p.ex. multa

Mais uma questão sobre o tema (Juiz - TRF3 - 2018) Q: os atos praticados no exercício do poder de polícia não são autoexecutórios, daí a necessidade de o poder público recorrer ao Poder Judiciário para, por exemplo, demolir uma edificação irregular. R: Falso! Vide explicação acima. 5. O exercício do poder de polícia reflete o sentido objetivo da administração pública, o qual se refere à própria atividade administrativa exercida pelo Estado.

6. O exercício do poder regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo da União, dos estados, do DF e dos municípios.

6.1 Entre os poderes administrativos, pode-se citar o poder regulamentar, que apresenta, como sua principal expressão, a edição de decretos, no exercício de competência privativa do Chefe do Poder Executivo, para fiel execução de lei em vigor (FCC - 2018).

6.2 No exercício do poder regulamentar, a administração pública não poderá contrariar a lei (CESPE - 2018).

6.3 (CESPE - 2018) O poder regulamentar permite que a administração pública complemente as lacunas legais intencionalmente deixadas pelo legislador.

7. Decorre do poder hierárquico o poder de revisão, por superior, dos atos praticados por subordinado.

8. O Poder de Polícia pode ter caráter preventivo ou repressivo.

8.1. (PGE-PI) No exercício da atividade de polícia, a administração pode atuar tanto por meio de atos normativos dotados de alcance geral, quanto por meio de atos concretos, a exemplo dos atos sancionatórios.

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9. Não é possível delegar o Poder de Polícia para pessoas jurídicas de direito privado. Apenas pode delegar algumas atividades materiais, ciclos de polícia, como consentimento e fiscalização. Ordem e Sanção não pode ser delegado pela administração.

9.1. Atenção: FCC considerou CORRETA a seguinte alternativa: "O poder de polícia pode ser delegado para entidade integrante da Administração Indireta dotada de personalidade jurídica de direito privado, integrante da administração pública, desde que haja lei formal".

9.1.1 A mesma FCC considerou ERRADA a seguinte assertiva: "de polícia pode ser delegado somente aos entes integrantes da Administração indireta que tenham personalidade jurídica de direito público, a exemplo das agências executivas no que concerne ao papel fiscalizador que exercem sobre a prestação de serviços públicos".

9.2. (DPF-2018) Embora possam exercer o poder de polícia fiscalizatório, as sociedades de economia mista não podem aplicar sanções pecuniárias.

9.3 (CESPE - 2018) Conforme o STJ, embora seja permitido o exercício do poder de polícia fiscalizatório por sociedade de economia mista, é vedada a possibilidade de aplicação de sanções pecuniárias derivadas da coercitividade presente no referido poder.

10. O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos comissivos quanto nos omissivos.

11. Insere-se no âmbito do poder hierárquico a prerrogativa que os agentes públicos possuem de rever os atos praticados pelos subordinados para anulá-los, quando estes forem considerados ilegais, ou revogá-los por conveniência e oportunidade, nos termos da legislação respectiva.

12. Nem toda omissão da administração pública é ilegal, tendo em vista que fica limitada ao orçamento público, também conhecido como princípio da reserva do possível.

13. À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos. Por exemplo: em relação a alunos de escola pública.

(DPU): "Constitui manifestação do poder disciplinar da administração pública a aplicação de sanção a sociedade empresarial no âmbito de contrato administrativo". Correto!

FCC: Entre os poderes próprios da Administração, o que está subjacente à aplicação de sanções àqueles que com ela contratam, corresponde ao poder disciplinar.

PGE-RN: O poder disciplinar pode ser decorrente do poder hierárquico, mas também pode projetar efeitos para além das relações travadas interna corporis.

14. Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva da administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia.

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15. (FCC) Poder disciplinar é aquele em que a Administração pública exerce para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.

15.1 O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração (ALESE).

16. (DPF - 2018) Q: A demissão de servidor público configura sanção aplicada em decorrência do poder de polícia administrativa, uma vez que se caracteriza como atividade de controle repressiva e concreta com fundamento na supremacia do interesse público. R: FALSO! Conforme visto, poder de polícia restringe determinadas atividades dos administrados, não é para aplicar sanção aos agentes.

17. Poder discricionário corresponde à prerrogativa do gestor público de avaliar a conveniência e a oportunidade de praticar determinado ato administrativo (CESPE).

18. O abuso de poder pode ocorrer tanto na forma comissiva quanto na omissiva, uma vez que, em ambas as hipóteses, é possível afrontar a lei e causar lesão a direito individual do administrado.

19. O pagamento de multa resultante de autuação por agente de trânsito não implica a desistência da discussão judicial da infração (PGE-PE).

20. Atenção! As obrigações decorrentes do Poder de Polícia podem ter caráter negativo ou

positivo (fazer);

20.1 FCC: Q: corresponde a atividades de natureza negativa, impondo aos particulares vedações ou restrições no exercício de seus direitos em prol do interesse público, daí porque as atividades positivas, como concessão de licenças e autorizações, escapam a tal atuação, configurando prestação de serviço público. R: Falsa! Vide item acima, onde é possível o Poder de Polícia estabelecer obrigações de caráter positivo, como no caso de limpeza de terrenos, edificação compulsória, etc.

21. Questão FCC: Caso a União determine a redução no valor de medicamentos em 50%, eventual prejuízo pode ser solicitado, tendo em vista que os danos foram excessivos e anormais. 22. Embora a competência conferida aos agentes públicos seja irrenunciável, há situações específicas em que, conforme a conveniência, a lei permite que ocorra a delegação ou a avocação. Sobre o tema, importante verificar a legislação local do concurso que deseja realizar, tendo em vista que costuma ser cobrado esse ponto em objetivas. 23. Tema importante: Q: As sanções administrativas aplicadas no exercício do poder de polícia decorrem necessariamente do poder hierárquico da administração pública. R: Falso! No Poder de Polícia temos como destinatários todos os particulares, ou seja, uma supremacia geral do

Estado sobre os administrados.

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prevista em lei; no desvio de poder o agente atua para alcançar finalidade diversa do interesse público;

25. Reserva de Administração: são determinadas matérias que não podem ser tratadas pelo Poder Legislativo, sob pena de ofensa ao princípio da separação dos poderes, como no caso de organização da administração pública. Vale ressaltar que esse princípio já foi reconhecido pelo próprio STF (ADI 776 e ADI 2.364).

PROCESSO CIVIL

#Dicas - Ação Popular (Atualização - DEZ 2018)

1. O MP não pode ser autor de ação popular.

Neste sentido (MPEMG 2018): "O Ministério Público, quando não for autor da ação popular, oficiará como custos legis, cabendo-lhe acompanhar a ação, apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. Além disso, no caso em que o autor popular desistir da ação ou der motivo à absolvição de instância, caberá ao Ministério Público promover o prosseguimento da ação". Incorreta!

1.1. (FCC - 2018): "A ação popular poderá ser proposta por qualquer pessoa, física ou jurídica, assim como pelo Ministério Público, na defesa do patrimônio público, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural". Incorreto! Somente pode propor ação popular quem for pessoa física, vide item 4.

1.2. (CESPE - 2017): "Se determinado dirigente de autarquia estadual editar ato administrativo lesivo ao patrimônio público, qualquer cidadão ou pessoa jurídica poderá propor ação popular para anular o referido ato, sem custas judiciais". Incorreto!

1.3. (VUNESP): "A Defensoria Pública do Estado de Rondônia tem legitimidade para a propositura de ação popular, desde que autorizado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública". Falso!

1.4. (PGM MARINGÁ): "A pessoa jurídica é parte legítima para aforar ação popular a fim de pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos". Falso!

1.5 (PCDF) Pessoa jurídica constituída sob a forma de associação, por ser integrada por cidadãos, detém legitimidade para o ajuizamento, em nome próprio, de ação popular. Falso! A ação popular somente pode ser proposta por cidadãos.

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1.6 (VUNESP - Sertãozinho) Pessoas jurídicas têm legitimidade para propor ação popular. Falso!! Somente cidadãos podem!

1.7 (PGM-BAURU) (...) qualquer cidadão, por meio de ação civil pública. R: Falso! Seria Ação Popular o instrumento a ser proposto por cidadão.

2. A ação popular não serve para impugnar atos normativos genéricos. AO 1.725-AgR, STF. O Tribunal entendeu que a ação popular serve para anular atos administrativos lesivos ao Estado, sob pena de ampliar os legitimados para propositura da ADI.

2.1. De acordo com o STJ, a ação popular é meio adequado para impugnar ato administrativo e lei de efeito concreto (REsp 504.552/SC).

3. A isenção de custas processuais na ação popular para a defesa de interesse coletivo ou difuso inclui o ônus da sucumbência, salvo se comprovada má-fé (STJ 2018).

4. Ação popular, o que exige o seu prévio alistamento como eleitor. Alternativa da FGV, considerada correta. Vale ressaltar que para ajuizar a ação popular, é preciso juntar o título eleitoral ou documento equivalente, conforme Art. 1º, §3º, Lei 4.717.

4.1. Cuidado! Quando a questão colocar "qualquer pessoa" está incorreto. Vide FCC: qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas processuais e do ônus da sucumbência. Incorreto!

5. O autor popular precisa estar representado por advogado (VUNESP - MPESP).

5.1. (PGE/AC/2014): "ingressar com ação popular, mecanismo adequado para a proteção do patrimônio público, para o que não se exige a presença de advogado". Falso! Não é possível propor ação popular sem advogado. Somente é possível se fosse Habeas Corpus.

6. Para o cabimento de ação popular NÃO é exigível a prova do efetivo prejuízo material aos cofres públicos. Posição do STJ e STF.

6.1. (PGE/PR): "Em se tratando de lesividade à moralidade administrativa, não é cabível a ação popular se não for demonstrado efetivo dano material ao patrimônio público". Falso! O STF e STJ entendem que é possível propor ação popular mesmo se não houver prejuízo de ordem material.

6.2. (PGM CAMPINAS): "No Supremo Tribunal Federal prevalece a tese de que a lesão material ao patrimônio público é condição essencial para a propositura de ação popular e para o julgamento de seu mérito". Falso! vide item acima.

7. (PGE/PE 2009): "Na hipótese de figurar o presidente da República no polo passivo de uma ação popular, a competência será do STF". Falso! A ação popular no caso será proposta no 1º grau.

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7.1 (DPE/RN 2015) A competência para processar e julgar ação popular proposta contra o presidente da República é do STF. Falso! 1º grau.

8. (PGM CAMPINAS): "O Superior Tribunal de Justiça tem admitido, excepcionalmente, a utilização de reconvenção em ação popular, nos casos de indenização por danos morais que tenha como fundamento o exercício abusivo do direito de ação". Falso! O STJ NÃO admite reconvenção na ação popular, conforme REsp 72.065/RS.

9. Atenção: O preso provisório e o maior de 16 anos podem votar e portanto, propor ação popular. Vale ressaltar que o menor não precisa de assistência (PGE/SE/2017).

9.1 (DPERN 2015) O menor de dezesseis anos pode propor ação popular, mas, para fazê-lo, tem de ser assistido em juízo. Falso! Não precisa, de acordo com a corrente majoritária.

9.2 (CESPE) O menor, com dezesseis anos de idade, desde que tenha título de eleitor e esteja em pleno gozo de seus direitos políticos, é parte legítima para propor ação popular, ainda que sem assistência. Correto!

9.3 (CESPE) O eleitor que possua entre dezesseis e dezoito anos incompletos de idade não será parte legítima para ingressar com ação popular. Falso!

10. A vedação de medida liminar prevista no Art. 1º, da Lei 8.437 não é aplicável em sede de ação popular (RMS 5621).

11. O prazo de oitiva de 72 horas para liminar em face do Poder Público também não é aplicável em sede de ação popular (REsp 693.110/MG).

12. A execução de astreintes independe do trânsito em julgado da ação popular (REsp 1.098.028-SP), cobrado na DPERN, da CESPE.

13. O Ministério Público não pode assumir a defesa do ato impugnado na ação popular.

14. O prazo para contestação é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20 (Art. 7º, IV). Não se aplica o prazo em dobro para o Poder Público na hipótese em comento, tendo em vista que é norma específica, o que impede a dobra do prazo.

14.1 (VUNESP) O prazo da contestação é de 15 dias, prorrogáveis por mais 15. Falso! São 20! 14.2 (PGE/PE) O benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da fazenda pública não se aplica na contestação em sede de ação popular. 14.3 (PGM-FOR) Q: O benefício do prazo em dobro aplica-se à defesa do ente público em sede de ação popular porque as regras referentes à contagem de prazo do CPC se aplicam também aos procedimentos previstos na legislação extravagante. R: FALSO!!

15. É possível existir o julgamento antecipado da lide nas ações populares, desde que preenchidos os requisitos do CPC (REsp 97.308).

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16. Não há necessidade de caução para execução provisória na ação popular (RMS 2.366 MG). 17. Remessa necessária: tem previsão no caso de carência ou improcedência da ação popular (Art. 19).

17.1 (FGV) A sentença que julgar procedente o pedido estará sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Falso! É a que julgar improcedente ou carência de ação. Seria o reexame "ao contrário".

17.2. (VUNESP - PGMCAIERAS) Se a sentença julgar pela carência da ação, ficará sujeita ao duplo grau de jurisdição. Agora sim! Correto!

17.3 (VUNESP) A sentença de procedência está sujeita ao duplo grau de jurisdição. Falso! 18. O prazo prescricional na ação popular é de 5 anos, conforme Art. 21, LAP.

18.1 (FCC) A ação popular é imprescritível e poderá ser ajuizada em qualquer juízo ou tribunal. Falso! Via de regra, tem prazo de prescrição de cinco anos, salvo a ambiental.

18.2 (VUNESP) Como a ação popular visa resguardar o erário e proteger o patrimônio público, essa ação é imprescritível. Falso!

19. A prescrição não é aplicável nas ações populares ambientais, tendo em vista que a mesma é considerada como imprescritível. Atenção!! Tema para ser votado em RG no STF.

20. (CESPE - TCEPR) De acordo com o STJ, o juiz pode determinar, na ação popular, a anulação do ato lesivo ao patrimônio público, sendo-lhe vedado, entretanto, determinar o ressarcimento, o que exige instrução probatória em processo de conhecimento. Falso! O tribunal permite o ressarcimento também em sede de ação popular. vide AgRg no REsp 1425230/SC

21. (FGV) A ação popular é espécie de ação coletiva cuja legitimidade ativa é conferida a qualquer cidadão.

22. (DPERN 2015) De acordo com o entendimento do STJ, o cidadão autor de ação popular tem de residir no domicílio eleitoral do local onde for proposta a ação, sob pena de indeferimento da inicial. Falso! Não é preciso, sob pena de restrição indevida do instrumento de proteção. 22.1 (PGMSJRP - VUNESP) A condição de eleitor é prova da cidadania, sendo irrelevante seu domicílio eleitoral para fixar sua legitimidade para propor a ação. Correto! Um cidadão do Nordeste pode propor ação popular, por exemplo, no Acre, como aconteceu ano passado. 23. (TJMG) Na ação popular, a sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do quíntuplo das custas. Falso! A condenação é ao décuplo das custas, conforme Art. 13.

24. (DPU 15) Proposta ação popular contra determinado município, admite-se a migração do polo passivo da demanda para o polo ativo, salvo, em decorrência da preclusão consumativa, se

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já tiver sido ofertada a contestação. Falso! Em se tratando de Ação Popular, é permitido ao ente público migrar do polo passivo para o ativo A QUALQUER TEMPO, a juízo de seu representante legal, a fim de defender o interesse público. Precedentes. REsp: 1185928 SP

24.1. Não há falar em preclusão do direito, pois, além de a mencionada lei não trazer limitação quanto ao momento em que deve ser realizada a migração, o seu art. 17 preceitua que a entidade pode, ainda que tenha contestado a ação, proceder à execução da sentença na parte que lhe caiba, ficando evidente a viabilidade de composição do pólo ativo a qualquer tempo.

Precedentes do STJ. REsp 945238/SP

24.2 (Proc. CLDF) poderá atuar no polo ativo ou passivo da demanda, defendendo, no primeiro caso, o interesse público primário perseguido pelo autor popular.

25. (VUNESP) O Ministério Público não poderá intervir no feito. Falso! Existe a participação do Ministério Público em vários momentos. O que ele não pode é defender o ato impugnado. 26. (VUNESP) Não cabe recurso contra a decisão liminar que suspender o ato lesivo impugnado. Falso!! Cabe agravo de instrumento, conforme Art. 19.

26.1. Para aprofundar: https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/novo-cpc/o-cabimento-agravo-de-instrumento-acoes-coletivas-16012017

26.2 (VUNESP) Das decisões interlocutórias caberá agravo na forma retida. Falso!! É de instrumento.

27. (MPESC) A ação popular presta-se somente à defesa do patrimônio público, ficando a defesa dos demais interesses difusos e coletivos restrita às ações civis públicas. Falso! Na ação popular também é possível a defesa de interesse difuso, como o meio ambiente.

28. (PGEBA) Segundo entendimento do STJ, o ingresso de terceiros após o ajuizamento de ação popular fere a garantia constitucional do juiz natural, devendo o pedido de habilitação ser indeferido liminarmente pelo magistrado, ainda que se trate de litisconsórcio ativo facultativo. Falso! AgRg no REsp 776848 RJ 2005/0141678-9

29. (TCMBA) A hipótese que indica conteúdo de sentença de mérito proferida em ação popular, mas sem eficácia de coisa julgada oponível erga omnes é improcedência por insuficiência de provas.

29.1. (VUNESP) A sentença de improcedência por deficiência de prova terá eficácia erga omnes. Falso!!

30. O litisconsórcio formado no polo passivo da ação popular deve ser classificado como

NECESSÁRIO e SIMPLES.

31. Via de regra, será competência da Justiça Estadual, salvo quando presente interesse da União, conforme previsto na CRFB. (VUNESP) Q: A Justiça Federal é sempre competente para apreciar, processar e julgar, ação que tenha como fundamento ato de origem municipal. R: Falso!

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32. Os bens e direitos de valor turístico consideram-se patrimônio público para os fins de tutela na referida ação.

33. Atenção! Na Ação Popular, não há limitação territorial, como previsto na Lei da ACP. (CESPE) Q: A coisa julgada constituída na ação popular, assim como a constituída na ação civil pública, tem eficácia oponível contra todos, nos limites da competência territorial do órgão prolator. R: Falsa!!

34. É possível a propositura da ação popular preventiva. (ITAIPU) Q: Por ter eficácia anulatória de ato lesivo e condenatória dos responsáveis pela sua prática, não se admite Ação Popular sob a modalidade preventiva ou de cunho inibitório. R: FALSA! É cabível sim, na forma preventiva. 35. Não é possível haver condenação à reparação de danos com base em lesão presumida ao ente público. Vejamos: "Eventual violação à boa-fé e aos valores éticos esperados nas práticas administrativas não configura, por si só, elemento suficiente para ensejar a presunção de lesão ao patrimônio público, uma vez que a responsabilidade dos agentes em face de conduta praticada em detrimento do patrimônio público exige a comprovação e a quantificação do dano, nos termos do art. 14 da Lei 4.717/1965". INFO 557, STJ.

#Dicas - Litisconsórcio (ATT dez 2018)

1. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...) VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio.

2. O juiz pode limitar a quantidade de litisconsórcio também na fase de conhecimento; 2.1 Também é possível ocorrer a limitação na fase de execução ou de liquidação.

2.2 (CESPE) Questão: É lícito ao juiz limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, mas não por ocasião da execução da sentença. R: Falso! vide item 2.1

2.3 (PGE-SE) A limitação do litisconsórcio facultativo multitudinário, quando realizada pelo juiz em razão de número excessivo de litigantes, pode ocorrer na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução.

3. A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.

4. A ação por perda do poder familiar tem litisconsórcio facultativo, não é necessário.

5. Litisconsórcio necessário = litisconsórcio que, por disposição da lei ou pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.

5.1 Por sua vez, o unitário é quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

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6. O CPC vigente consagra o princípio da independência entre os litisconsortes, mas abre exceção em caso de litisconsórcio unitário, ao permitir que os atos de um dos litisconsortes aproveitem aos demais.

7. Em ação fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família, exige-se a formação de litisconsórcio passivo necessário de ambos os cônjuges.

8. Sentença sem litisconsórcio unitário -> será NULA; Sentença sem litisconsórcio necessário -> será ineficaz.

9. Atenção: A limitação do litisconsórcio não é causa de extinção do feito.

10. Em caso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário, a interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da demanda original.

11. Quando a formação do litisconsórcio multitudinário for prejudicial à defesa, o juiz poderá substituir a sua limitação pela ampliação de prazos, sem prejuízo da possibilidade de desmembramento na fase de cumprimento de sentença.

12. A limitação do litisconsórcio facultativo multitudinário acarreta o desmembramento do processo.

13. O litisconsórcio é um fenômeno que ocorre quando duas ou mais pessoas se encontram no mesmo polo do processo, caracterizando uma cumulação subjetiva. 13.1 O litisconsórcio pode ocorrer em incidentes processual e também em âmbito recursal. 14. Atenção: Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

14.1 Lembrar que o prazo em dobro não existe nos autos eletrônicos.

14.2 Atenção: Também no novo CPC, prazo recursal em dobro cessa quando resta apenas um dos litisconsortes (REsp 1709562).

15. São fontes do litisconsórcio a comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide, a conexão pelo pedido ou pela causa de pedir e a afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

16. Caso seja convocado de forma superveniente a participar de processo judicial, o litisconsorte unitário ativo poderá optar por manter-se inerte ou por ingressar na relação processual como litisconsorte do autor ou assistente do réu.

17. Nas demandas de responsabilidade civil do Estado não há litisconsórcio necessário com o servidor que causou o dano, mas sim facultativo.

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18. Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência de mediação e conciliação deve ser manifestado por todos os litisconsortes.

19. O que é litisconsórcio eventual? De acordo com Dinamarco, é aquele em que o autor, estando em dúvida razoável sobre a identificação do sujeito legitimado passivamente, tem a faculdade de incluir dois ou mais réus em sua demanda, com o pedido de que a sentença se enderece a um ou outro conforme venha a resultar da instrução do processo e da convicção do juiz.

19.1 (PGE-MT) Uma empresa recolheu determinado tributo junto ao Município de Sinop − MT. Posteriormente, foi surpreendido com notificação de lançamento tributário pelo Município de Cuiabá − MT, reladvamente ao mesmo tributo e mesmo fato gerador do tributo já pago para a outra fazenda municipal. Caso a autora venha a propor ação de anulação do débito fiscal em face do Município de Cuiabá − MT, poderá formar lidsconsórcio passivo eventual com relação ao Município de Sinop, pleiteando a repetição do indébito no caso de improcedência do seu pedido principal.

20. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.

21. Atenção: Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.

21.1 Falta de citação de vizinhos não gera nulidade absoluta em processo de usucapião (REsp 1432579).

22. Litisconsórcio inicial é quando se forma contemporaneamente à formação do procedimento; por outro lado, o litisconsórcio ulterior é aquele que surge após o procedimento já ter se formado.

23. Atenção! O litisconsórcio pode ser necessário-unitário; necessário-simples;

facultativo-unitário e facultativo-simples.

24. (PGE-RN Segunda fase) é possível litisconsórcio facultativo unitário? Sim! De acordo com Didier Jr., a facultatividade decorre de algumas razões: a) não é possível condicionar a ação à participação dos demais integrantes da relação processual; b) ninguém é obrigado a litigar como autor, em demanda judicial.

exemplos: ação reivindicatória de coisa comum, ação de anulação de assembleia de sociedade, etc. Vejamos o espelho da FCC: "Sim, devendo o candidato demonstrar, de maneira adequada, o que é litisconsórcio unitário e necessário, demonstrando que sua formação pode ser facultativa sem que isso signifique que a sentença não vá atingir de maneira uniforme a todos".

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1) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/1980 - LEF tem início AUTOMATICAMENTE na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução.

Sem prejuízo do disposto anteriormente: 1.1) nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução; e,

1.2) em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução.

** Assim, não cabe ao juiz ou à Procuradoria fazendária a escolha do melhor momento para o seu início. Constatada a ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se o prazo, na forma do art. 40, caput, da LEF. O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Nacional tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo ex lege.

2) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronunciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão, inicia-se AUTOMATICAMENTE O PRAZO PRESCRICIONAL aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo), durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/1980 - LEF, findo o qual o Juiz, DEPOIS DE OUVIDA A FAZENDA PÚBLICA, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

3) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, NÃO BASTANDO para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens.

Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo – mesmo depois de escoados os referidos prazos –, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, RETROATIVAMENTE, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera. 4) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa.

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reconheceu a prescrição intercorrente, utilizar-se dos meios recursais cabíveis para questionar a contagem dos marcos legais indicados na decisão judicial e demonstrar eventual equívoco do ato judicial impugnado.

Fonte: REsp 1.340.553-RS

*Julgado sobre prescrição intercorrente na LEF – STF (INFO 635)*:

1) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/1980 - LEF tem início AUTOMATICAMENTE na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução.

Sem prejuízo do disposto anteriormente: 1.1) nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução; e,

1.2) em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução.

** Assim, não cabe ao juiz ou à Procuradoria fazendária a escolha do melhor momento para o seu início. Constatada a ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se o prazo, na forma do art. 40, caput, da LEF. O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Nacional tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo ex lege.

2) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronunciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão, inicia-se AUTOMATICAMENTE O PRAZO PRESCRICIONAL aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo), durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/1980 - LEF, findo o qual o Juiz, DEPOIS DE OUVIDA A FAZENDA PÚBLICA, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

3) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, NÃO BASTANDO para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens.

Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo – mesmo

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depois de escoados os referidos prazos –, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, RETROATIVAMENTE, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera. 4) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa.

Com isso, restará a possibilidade de o exequente, intimado da decisão que reconheceu a prescrição intercorrente, utilizar-se dos meios recursais cabíveis para questionar a contagem dos marcos legais indicados na decisão judicial e demonstrar eventual equívoco do ato judicial impugnado.

Fonte: REsp 1.340.553-RS

#Dicas - Agravo em RESP E RE (dez 2018)

1. Cabimento: no do RESP ou RE.

Atenção! Se ambos forem inadmitidos, deve ser interposto um agravo para cada recurso. Atenção 2! Esse agravo é processado nos autos em que foi proferida a decisão. Não há necessidade de formação de um instrumento.

2. Preparo: Assim como os embargos de declaração, não precisam de preparo (Art. 1.042, CPC). 3. Prazo: 15 dias úteis.

4. É possível ocorrer o juízo de retratação pelo presidente ou vice do tribunal recorrido. Caso a mesma não ocorra, o agravo será remetido ao tribunal superior.

5. Importante! Não há, no agravo em RESP ou RE, duplo juízo de admissibilidade. Cumpre ao tribunal recorrido apenas remeter os autos ao tribunal superior competente, que possui competência privativa para analisar a admissibilidade do mesmo.

6. É possível ocorrer o regime de casos repetitivos no julgamento do agravo.

7. Atenção: caso seja decidido em conformidade com recurso repetitivo, não cabe agravo para o STJ. Seria o caso de agravo interno.

Se a parte interpôs recurso de agravo em RESP no STJ, será considerado erro grosseiro e não será aplicada a fungibilidade. Questão da PGM FOR (Informativo 589).

URBANÍSTICO

#Dicas - Estatuto da Cidade (Atualização em DEZ 2018)

1. (MPMS) O Poder Público tem a faculdade de exigir do proprietário de solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, por meio

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de imposição de penalidades, exceto parcelamento ou edificação compulsórios. Falso!! É possível que seja exigido o parcelamento ou edificação compulsória, vide Art. 182, §4º

1.1 Sobre o ponto, importante destacar que o mesmo mitigou a perpetuidade dos imóveis urbanos, já que agora existe possibilidade de perda em virtude do não uso ou sub-utilização. Importante: a transmissão do imóvel irá também com o ônus de promover sua adequada destinação social, sem interrupção de nenhum tipo de prazo. 1.2 A elevação de alíquotas nesse caso é atividade vinculada, sem margem de discricionariedade

para a administração.

1.3 A desapropriação-sanção afasta os lucros cessantes e juros compensatórios.

2. Atenção: De acordo com o recente entendimento do STJ, o Estatuto da Cidade (art. 12, § 2º) estabelece de forma RELATIVA a presunção de hipossuficiência em ação de usucapião especial urbano, no que tange aos benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis (REsp 1517822/SP).

3. A elaboração do estudo de impacto de vizinhança (EIV) não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental, tendo em vista que possuem finalidades distintas.

3.1. (CESPE) Realizado o EIV, dispensam-se a elaboração e a aprovação de EIA. Falso!

4. (MPBA) É possível afirmar que o direito de preempção municipal tem natureza jurídica de limitação administrativa (imposição legal).

4.1 (PGM/FOR) Caso tenha interesse em criar centro de saúde em imóvel urbano objeto de venda a título oneroso entre particulares, o município poderá exercer o direito de preempção. 5. (MPBA) Lei municipal específica autorizará a concessão de isenções ou de anistia relativas a aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo. Falso! Não é possível conceder benefícios para esses imóveis. Vejamos:

5.1. É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo (versa sobre o IPTU progressivo).

6. (BAURU) O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes. Cuidado! Nas questões objetivas costumam colocar 10 mil habitantes, o que torna incorreta.

7. (PGETO) Será procedente se o empreendimento de loteamento em questão for pertencente a particular, tendo em vista que a apresentação do EIV fica dispensada quando a responsabilidade for de entes públicos ou de entes integrantes da Administração indireta. Falso! Não há nenhuma norma que isente o Poder Público de elaborar EIV.

8. (Câmara de BH) Sobre o IPTU progressivo no tempo: I. Se dá mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos; II. Não excederá a duas vezes o valor referente ao ano

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anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento; III. É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativa à tributação progressiva de que trata a referida norma.

Todas alternativas estão de acordo com a lei.

**Atenção: Quando houver desapropriação mediante IPTU progressivo, o PP deve utilizá-lo no prazo de 5 anos. Vejamos: "O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público". 9. (vunesp - SJC) A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada vinte anos. Falso! A cada 10 anos.

10. Atenção: O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana (FGV).

11. O EIV deve contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou da atividade para a qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades (CESPE). 12. (VUNESP) compete aos Municípios, entre outras atribuições de interesse da política urbana, legislar sobre normas gerais de direito urbanístico. Falso! É de competência da União, conforme

Art. 3º, I.

12.1 Vale ressaltar que as normas previstas no Estatuto da Cidade são de ordem pública, intransacionáveis.

13. (PGM/FOR) De acordo com o Estatuto da Cidade, o estudo prévio do impacto ambiental é peça obrigatória do estudo de impacto de vizinhança e as análises de uso e ocupação do solo e de adensamento populacional somente são obrigatórias para imóveis com área superior a um hectare. Alternativa incorreta, tendo em vista que não há essa imposição legal.

14. (PGM/FOR) Segundo o STF, a competência normativa municipal para a ocupação de espaços urbanos é mais ampla que o conteúdo aprovado no seu plano diretor. Assim, municípios com mais de vinte mil habitantes podem legislar sobre ordenamento urbano em outras leis, desde que compatíveis com diretrizes estabelecidas no plano diretor.

14.1 Tese aprovada pelo STF: “Os municípios com mais de vinte mil habitantes e o Distrito Federal podem legislar sobre programas e projetos específicos de ordenamento do espaço urbano por meio de leis que sejam compatíveis com as diretrizes fixadas no plano diretor”. 15. (TJPR) Apenas imóveis incluídos no plano diretor podem sofrer desapropriação-sanção pelo descumprimento de sua função social.

16. (TJPR) A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser reconhecida judicialmente em relação a imóvel público. Falso! Não é possível usucapir imóvel público.

17. (MPRS) O plano diretor é obrigatório para cidades integrantes de áreas de especial interesse turístico.

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18. (MPRS) O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros, sendo vedada por lei qualquer previsão contratual nesse sentido. Falso!! É possível transferir, conforme Art. 21, EC. 18.1 Importante! No EC, o direito de superfície pode ser por tempo DETERMINADO OU INDETERMINADO. No código civil, deve ser apenas determinado. 18.2 No EC, o direito de superfície é apenas para imóveis urbanos, não alcança os rurais. 19. (AGERBA) Para todos os efeitos, a referida lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental 20. (VUNESP) O plano diretor não poderá, em nenhuma hipótese, fixar áreas nas quais o direito de construir possa ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado. Falso! É possível sim!

21. (PGE/AM) Em cidades com população igual ou superior a vinte mil habitantes, é obrigatória a elaboração de um plano diretor e de um plano de transporte urbano integrado. Falso! O plano de transporte é para cidades com mais de 500 mil habitantes.

22. A alíquota máxima do IPTU progressivo no tempo é de 15%.

23. (MPE/SC) O Prefeito incorre em improbidade administrativa quando impede ou deixa de garantir a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade no processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação.

24. Se liga: MPF não tem legitimidade para questionar falta de audiências públicas na elaboração de plano diretor municipal (REsp 1687821).

25. Atenção: No EC, o direito de superfície pode ser por tempo determinado ou indeterminado; gratuita ou onerosa; pode ser transmitida a terceiros e via de regra, o superficiário responde pelos encargos e tributos.

26. São as competências da União (muito cobrado): legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional; promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais espaços de uso público; instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público e elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

27. (PGMSLZ) O plano diretor deve englobar toda a área do município. Vale ressaltar que deve englobar inclusive as áreas rurais do município. De acordo com Fernanda Louzada: "A

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abordagem municipal, no entanto, será sempre urbanística, tratando das áreas de expansão urbana ou de serviços públicos, não podendo legislar sobre direito agrário, matéria de competência legislativa federal".

27.1 (CESPE) Q: Em municípios com áreas extensas e pouco habitadas, o plano diretor pode restringir-se a apenas uma parte do território. R: FALSO!

28. As operações urbanas consorciadas valorizam a ideia da associação entre o setor público e o setor privado, bem como as formas de controle social (FCC). Vejamos o artigo sobre o tema: "Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental".

29. Atenção: Via de regra, com a extinção da superfície, não cabe nenhuma indenização (salvo ajuste em contrário). Vejamos: "Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato".

30. É diretriz do estatuto da cidade a audiência do poder público local e da população interessada para a implantação de empreendimentos impactantes (FCC).

31. (PGM-BH) Tipifica novas condutas que poderão caracterizar improbidade administrativa na execução da política urbana. O rol de condutas de improbidade está no Art. 52, EC.

32. A natureza jurídica do rol dos instrumentos previstos na lei é meramente EXEMPLIFICATIVO (PGM-BH).

33. Atenção: "Preenchidos os requisitos do art. 183 da Constituição Federal, o reconhecimento do direito à usucapião especial

urbana não pode ser obstado por legislação infraconstitucional que estabeleça módulos urbanos na respectiva área em que situado o imóvel (dimensão do lote)". RE 422.349/RS

34. A outorga onerosa do direito de construir não é tributo, mas sim preço público (RE 387.047 SC);

35. Não incide o direito de preempção: alienação de domínio útil ou superfície; doação e transmissão de herança; evicção, desapropriação e usucapião; alienações por pessoas jurídicas de direito público.

ECONOMICO

INTRODUÇAO A DIREITO ECONOMICO (DICAS) - Fonte (Resumos, Eros Grau,

Manual de Direito Econômico) (dez 2018)

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Capitalismo liberal do século XIX - modelo de escassez de regras jurídicas regulamentadoras da atividade econômica, culminando em excessivas concentrações de mercado.

As primeiras respostas a esse fenômeno ocorrem nos Estados Unidos. O Sherman Act (1890) foi a primeira lei antitruste, restringindo as concentrações econômicas. Em 1903, foi criada a Divisão Antitruste no Departamento de Justiça. O Estado começa a perceber a necessidade de intervir para garantir a boa sobrevivência da atividade econômica.

A 1ª Guerra Mundial foi marcada de elementos políticos, mas preponderaram elementos econômicos, na corrida por exploração colonial. Como efeitos, têm-se a devastação econômica e social. Ficou mais evidente a “crise do Direito”, pois a ordem jurídica até então vigente era fundada na ideia de liberdade, que não estava garantida.

Constitucionalização do Direito Econômico.

* • Constituição Mexicana (1917) é a primeira a conferir dimensão jurídica à ordem econômica. Submeteu o uso da propriedade privada ao interesse público, pondo um fim no caráter absoluto da propriedade. Combatia o monopólio, a elevação artificial dos preços e as práticas eliminadoras da concorrência Estabelecia o ideal do desenvolvimento como finalidades a ser alcançada, mas preconizava a responsabilidade social e concorrente dos setores público e privado para atingir o desenvolvimento.

* • Constituição de Weimar (1919) trouxe uma seção específica sobre “vida econômica” que deveria observar os preceitos da justiça social e da garantia de existência conforme a dignidade humana. Para tanto, previa forte intervencionismo estatal na economia. Assegurava a livre iniciativa, respeitados os preceitos mínimos.

Com a quebra da Bolsa de Nova York e a crise de 1929, foi evidenciada a necessidade de atuação do Estado na regulação dos fatos econômicos. Nasceu o movimento de “dirigismo racional” da economia pelo Estado, com foco no fomento da atividade econômica (Keynes).

Em síntese: Direito Econômico surge como resposta às demandas socioeconômicas. O Direito Administrativo se mostrou incapaz de oferecer instrumentos a atender a essa demanda. O novo posicionamento econômico estatal mitiga a liberdade de ação econômica em prol do bem comum (restrições ao “abuso do poder econômico”).

Pós-2ª Guerra Mundial, evidencia-se a necessidade de medidas de estímulo ao crescimento dos países, notadamente por meio do fomento ao comércio internacional. Elegeu-se o dólar como parâmetro das transações internacionais. O GATT é criado para sistematizar os estímulos ao livre comércio internacional. Renasce o neoliberalismo (Tatcher e Reagan).

1.2. Delimitação conceitual

O Direito Econômico pode admitir um conceito restrito e outro mais amplo.

* • restrita, o Direito Econômico tem por objeto a intervenção do Estado na economia (escola francesa)

* • Amplo (mais aceito): o Direito Econômico tem por objeto a organização e a disciplina da atividade econômica, regendo tanto a atuação do Estado quanto dos agentes econômicos privados.

Referências

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