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EUA: Inflação interrompe surpresas negativas
Europa: Atividade forte, inflação não
China: Setor imobiliário
Atividade: PIB do 3º Trimestre
Setor Externo: Cenário segue muito benigno
Bolsa
Renda Fixa
Moedas
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ECONOMIA GLOBAL
Após uma extensa sequência de surpresas negativas – e uma desaceleração do Core CPI (que exclui os voláteis grupos de alimentos e energia) de 2,3% ano-contra-ano em janeiro para 1,7% em maio – a inflação americana deu o primeiro sinal de inversão desta trajetória. Em outubro, o Core CPI acelerou para 1,8% ano-contra-ano (ante 1,7% em setembro), conforme ilustrado pelo gráfico ao lado.
A taxa de desemprego mais recuada não tem implicado em um aumento dos salários, conforme seria de se esperar, um fenômeno que vem sendo observado em diversas economias desenvolvidas. Dito isso, como os fatores pontuais (mudança na metodologia na inflação do setor de telecomunicações) que foram responsáveis por parte significante das surpresas negativas da inflação ao longo de 2017 não devem se repetir, o cenário é que a inflação continue a aumentar em direção à meta do Fed (2,0%), embora de maneira gradual.
FONTE: BLOOMBERG
EUA: CORE CPI Ano-contra-ano
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ECONOMIA GLOBAL
Os indicadores de atividade na região continuaram surpreendendo positivamente em novembro. Em particular, o PMI Manufatureiro da região (índice de atividade do setor industrial) alcançou nova máxima, sinalizando um 4º trimestre forte.
Por outro lado, pelo segundo mês consecutivo os dados de inflação decepcionaram, vindo abaixo das expectativas. Da mesma maneira que o observado em outras economias desenvolvidas, o desemprego baixo e a atividade forte não têm sido suficientes para gerar uma aceleração consistente da inflação. O cenário base continua sendo uma elevação gradativa da inflação nos próximos trimestres.
FONTE: BLOOMBERG
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ECONOMIA GLOBAL
As medidas de restrição ao mercado imobiliário que foram implementadas ao longo dos últimos meses pelo governo chinês têm surtido efeito, com uma desaceleração visível nos dados do setor. Elas foram implementadas com o objetivo de diminuir os preços dos imóveis que estavam subindo. Além disso, após a sequencia de estímulos adotada na virada do ano (fiscais e monetários), a postura do governo vem sendo mais restritiva.
Dito isso, a atividade econômica como um todo continua se sustentando, com os PMIs² de novembro indicando relativa estabilidade, permanecendo em um patamar bem mais elevado do que em períodos preocupantes observados ao longo dos últimos anos. O cenário base prevê uma desaceleração gradual da atividade ao longo do ano.
FONTE: JP MORGAN
ATIVIDADE IMOBILIÁRIA NA CHINA
m² vendido Investimento imobiliário
m² iniciado
%oya¹, media móvel 3 meses, ambas escalas
1. %oya (Over-Year-Ago): comparação com o dado do mesmo mês do ano passado.
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ECONOMIA BRASILEIRA
O PIB avançou apenas 0,1% QoQ¹ no 3º trimestre, abaixo das expectativas do mercado (+0,3% QoQ). Porém, a série foi revisada para cima de maneira relevante, mostrando um crescimento mais forte ao longo do primeiro semestre, o que na prática compensou a surpresa negativa do crescimento no trimestre. Desta forma, o PIB caminha para crescer por volta de 1,0% em 2017, acima do esperado antes da divulgação do dado.
Analisando mais a fundo, destaca-se a continuidade dos bons resultados do Consumo das Famílias, amparado pela recuperação no mercado de trabalho e no crédito, além dos níveis de confiança em alta (embora ainda contidos). Além disso, a liberação dos saldos do FGTS e a deflação dos alimentos foram fontes de suporte importantes. Acreditamos que esta recuperação do consumo deve prosseguir e será a principal fonte de suporte à atividade nos próximos trimestres.
FONTE: THOMSON REUTERS DATASTREAM
PIB
Real, com ajuste sazonal
ECONOMIA BRASILEIRA
As contas externas do Brasil seguem mostrando resultados fortes. O déficit em conta corrente tem se apresentado abaixo de 0,5% do PIB (média móvel de três meses), patamar mais baixo desde 2007, sustentado pelo resultado recorde da balança comercial.
Além disso, este déficit segue sendo confortavelmente financiado pela entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que permaneceu forte mesmo durante o auge da crise. Acumulado em 12 meses até outubro, o déficit em conta corrente alcançava US$ 9,5 bilhões, enquanto a entrada de IED ultrapassava US$ 84 bi. O “excesso” de IED em relação ao déficit em C/C (conta corrente) é chamado de “Basic Balance” na nomenclatura econômica. Ele é considerado uma importante métrica na avaliação da situação do Balanço de Pagamentos de um país e alcançou a máxima histórica, mostrando um cenário muito confortável.
FONTE: BANCO CENTRAL DO BRASIL e TURIM INVESTIMENTOS
7 BASIC BALANCE
C/C + IED
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No Brasil, o Ibovespa recuou 3,1% em novembro, refletindo a decepção com o andamento da reforma da previdência.
A bolsa americana foi o destaque de novembro, com alta de 2,8%, impulsionada pela expectativa de corte de impostos (“Tax
Reform”, que está sendo votada no país para implementação). Também vale ressaltar a alta na bolsa japonesa, enquanto as
demais economias desenvolvidas apresentaram quedas ao longo do mês.
O MSCI ACWI é um índice global de mercados de ações que engloba 23 países desenvolvidos e 23 emergentes.
MERCADOS
*Resultados apresentados na moeda local.
2,81% -2,22% -2,37% -1,55% 3,24% -2,24% -3,15% 1,78% 18,26% 2,57% 10,50% 13,44% 18,89% 6,88% 19,50% 19,82% -8% -4% 0% 4% 8% 12% 16% 20% 24%
S&P500 FTSE100 CAC DAX NIKKEI SHANGHAI COMP BOVESPA MSCI ACWI
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MERCADOS
As taxas de juros globais mostraram pequenas oscilações ao longo do mês.
Nos EUA, a taxa de juros de 10 anos continuou subindo (+4
basis points para 2,42%), mas de maneira bem moderada,
enquanto na Europa e no Japão praticamente não houve variação.
No Brasil, o CDS (Credit Default Swap – medida de risco do país) de 5 anos manteve-se praticamente inalterado, com alta de 1 basis point (0,01%) para 170 basispoints (1,70%), patamar bem mais baixo do que o observado há apenas alguns meses. Vale ressaltar que mesmo com a piora em alguns ativos domésticos (como Ibovespa, por exemplo), o CDS não mostrou deterioração.
FONTE: THOMSON REUTERS DATASTREAM
RENDA FIXA GLOBAL
YIELD 10 ANOS EUA: 2,36 CDS 5 Yr BRASIL: 169
YIELD 10 ANOS ALEMANHA: 0,30 YIELD 10 ANOS JAPÃO: 0,03
YIELD 10 ANOS ALEMANHA YIELD 10 ANOS JAPÃO YIELD 10 ANOS EUA CDS 5 Yr BRASIL (direita)
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MERCADOS
Em novembro, o DXY (cesta do dólar contra as principais moedas do mercado) recuou 1,6%, devolvendo parte das altas acumuladas nos últimos dois meses. Mesmo com a expectativa de corte de impostos nos EUA avançando, o crescimento global sincronizado e forte, junto com a estabilidade nas taxas de juros nos EUA, evitaram uma apreciação do USD, que continua tendo uma performance fraca no ano (-9,0% YTD¹).
FONTE: THOMSON REUTERS DATASTREAM
US DOLLAR INDEX (DXY)
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ÍNDICES
VARIAÇÃO NOVEMBRO VALOR EM 30/11/2017 VARIAÇÃO EM 2017 VARIAÇÃO 12 MESES
COMMODITIES
PETRÓLEO WTI 5,55% 57,40 6,85% 22,49%
OURO 0,28% 1.275,01 11,11% -0,17%
MOEDAS (EM RELAÇÃO AO US$)
EURO 2,22% 1,1904 13,19% 8,41% LIBRA 1,82% 1,3525 9,60% 10,48% YEN 0,98% 112,5400 3,93% -6,86% REAL 0,10% 3,2681 -0,39% -2,28% ÍNDICES S&P500 2,81% 2.647,58 18,26% 24,52% FTSE100 -2,22% 7.326,67 2,57% 5,36% CAC -2,37% 5.372,79 10,50% 19,15% DAX -1,55% 13.023,98 13,44% 22,12% NIKKEI 3,24% 22.724,96 18,89% 30,42% SHANGHAI COMP -2,24% 3.317,19 6,88% 6,99% BOVESPA -3,15% 71.970,99 19,50% 10,85% MSCI ACWI 1,78% 505,44 19,82% 22,98%
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Nossas opiniões são frequentemente baseadas em
várias fontes, já que despendemos grande parte de
nosso tempo com análises de amplitude global de vários
bancos,
gestores,
corretoras
e
consultores
independentes.
Todas as opiniões contidas neste relatório representam
nosso julgamento até esta data e podem mudar sem
aviso prévio, a qualquer momento. Este material tem
caráter meramente informativo, não devendo ser
considerado uma oferta de venda de nossos serviços.
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