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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA LUDICIDADE DA CRIANÇA

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Academic year: 2021

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JANIRLENE VILELA ALVES

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA

LUDICIDADE DA CRIANÇA

Trabalho apresentado ao Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional, turma K do Centro Universitário Cesmac, Campus IV no ano de 2019. Sob a orientação da Profa. Ma. Sônia Helena Costa Galvão de Lima

Maceió-AL 2019

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RESUMO

O Estudo tem como objetivo investigar a importância da utilização dos jogos e brincadeiras na escola com crianças, no sentido que as mesmas possam fazer novas descobertas e estarem aptas a desenvolverem sua criatividade e seus conhecimentos, para que venham a crescer como pessoas críticas e criativas. Desse modo Leva-se em conta, que o lúdico expressa as fantasias, desejos e experiências reais, de modo simbólico. Nesta perspectiva, coloca-se em questão, a importância das escolas utilizarem o lúdico como recurso para a aprendizagem das crianças,

pois, trata-se de um instrumento que desenvolve a inteligência.

Palavras-chave: brincadeira, jogos, criatividade, aprendizagem.

SUMMARY

The study aims to investigate the importance of using games and games in school with children, so that they can make new discoveries and be able to develop their creativity and knowledge, so that they grow up as critical and creative people. Thus it is taken into account that the playful expresses the fantasies, desires and real experiences, in a symbolic way. From this perspective, the importance of schools using play as a resource for children's learning is questioned, since it is an instrument that develops intelligence.

Keywords: play, games, creativity, learning.

1 Professora de Ensino Infantil na Rede Pública Municipal de Ensino.

Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho do curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia Institucional.

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INTRODUÇÃO

A escola hoje em dia é um local cada vez mais adequado para novas conquistas por parte dos alunos de todas as idades e principalmente para as crianças que começam a frequentá-la e buscam entender o que poderá acontecer dentro da mesma.

Há de se fazer entender que grande parte das escolas não possuem recursos para a aquisição de materiais para as suas crianças brincarem e explorarem seus conhecimentos. Porém, a utilização adequada de brincadeiras e de jogos no processo de ensino aprendizagem visando o lado pedagógico faz com que as crianças despertem o gosto pela aprendizagem e as mesmas comecem a enfrentar os desafios que lhe proporem.

É por intermédio do brincar e do jogar que as crianças conseguem expressar as suas reais fantasias, os seus reais desejos e também as suas experiências reais de um modo simbólico, ficando determinado que a imaginação e a criatividade se irradiem por conta da ludicidade. Quando as escolas possuem seus próprios recursos para a aquisição de jogos e de materiais para as crianças, o interesse delas é espontâneo e as mesmas passam a buscar modos inovados de descobrirem algo novo e de colocar em prática suas habilidades.

A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo (ALMEIDA, 1995). Segundo o mesmo, o jogo é uma primordial ferramenta que é utilizada para contribuir na formação do corpo da criança, no aspecto cognitivo e também no aspecto afetivo.

A mesma possui uma característica lúdica onde se torna mais eficiente e atrativa no seu desenvolvimento, levando como objetivo o preparo da inteligência e do caráter, levando-se em conta o conhecimento de quantidade e de espaço.

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Para isso, também deve-se exigir que existam regras a serem seguidas por se tratarem de jogos para assim desenvolver a imaginação, a cooperação, promovendo uma boa autoestima.

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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS NA LUDICIDADE DA CRIANÇA

Desde que nos conhecíamos como crianças, os brinquedos sempre evocaram as mais sublimes e criativas lembranças. Tratam-se de objetos que para as crianças são magias que vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e adultos (VELASCO, 1996).

Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização (KISHIMOTO, 1994).

Ao brincar, toda criança descobre, inventa, experimenta, aprende, imagina, além de estimular bastante a sua curiosidade e também a sua autoconfiança e autonomia, promovendo o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e da atenção.

Segundo Huizinga (1995) o jogo pode ser considerado como uma atividade livre, conscientemente tomada como “não-séria” e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total.

Brincar é também raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar; esforçar-se, ter paciência, não desistindo facilmente. Brincar é viver criativamente no mundo. Ter prazer em brincar é ter prazer em viver (MARCONDES, 1994).

Brincar sem imposições de regras rígidas e impostas torna o ato de brincar mais espontâneo e acaba que a criança por seu próprio pensar, cria, recria e modifica. Essa vasta possibilidade que o jogo possibilita no momento do brincar proporciona o momento da aprendizagem aguçando sua criatividade, seu pensar e seu modo de agir com o meio.

Vemos no cotidiano escolar e também em parques e praças que é através de brincadeiras que as crianças conseguem explorar o meio em que convivem e passam a aprender mais sobre o mundo. E também é pelas brincadeiras que a criança consegue descobrir e respeitar as regras que futuramente serão usadas na vida social e a conviver melhor e com mais responsabilidade. É através das

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brincadeiras que as crianças têm a enorme possibilidade de poder desenvolver suas reais funções psicológicas destinadas a atenção, controle, memorização, afetividade e interesse.

As crianças refletem no jogo dramático toda a diversidade da realidade que as circunda: reproduzem cenas da vida familiar e do trabalho, refletem acontecimentos relevantes como os voos espaciais etc. A realidade, ao ser representada nos jogos infantis, converte-se em argumento do jogo dramático. Quanto mais ampla for a realidade que as crianças conhecem, tanto mais amplos e variados serão os argumentos de seus jogos (MUKHINA, 1996).

Segundo Marcondes Marina (1994), brincar para criança pequena é fonte de autodescoberta, prazer e crescimento. Segundo Piaget (1975), os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto a aprendizagem quanto as atividade lúdicas constituem uma assimilação do real. Almeida (1995) diz que a brincadeira simboliza a relação pensamento ação da criança, e, sendo assim, constitui-se provavelmente na matriz formas de expressão da linguagem (gestual, falada e escrita).

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.

O ato de brincar se torna muito importante para o desenvolvimento da criança de tal maneira que tanto os jogos como as brincadeiras fazem com que as crianças se tornem de suas próprias regras sendo as mesmas supervisionadas por seus educadores.

Elas passam a seguir e estabelecer regras que tornam elementos que propiciem a conquista e a formação de sua própria identidade e como podemos verificar, todos os brinquedos e brincadeiras são quase que inesgotáveis para a aprendizagem fazendo com que o aluno construa o seu conhecimento e consigam assimilar sua ludicidade e seu afetivo.

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Por meio das atividades lúdicas, o professor estimula a imaginação das crianças, fazendo com que ideias e questionamentos sejam despertados. É preciso que o professor fique muito atento para que nenhuma criança seja autoritária com as outras, e que todas tenham as mesmas oportunidades na brincadeira. O professor deve estar atento também com a competição nos jogos, e deve intervir quando necessário, para que as crianças saibam que os jogos são coletivos e democráticos, e dão condições de vencer a todos os jogadores.

É muito importante lembrar que as crianças têm todo o seu aprendizado baseado em imitações. Por isso, se quisermos que nossas crianças aprendam a tolerância, o respeito pelo próximo, a justiça, a paz, a solidariedade, a aceitação e o reconhecimento do valor das diferenças, é necessário darmos o exemplo, sendo um modelo vivo do que queremos ensiná-los.

É pelo jogo que as crianças conseguem descarregar toda sua energia e possuem o poder de transformar um universo difícil no fácil propiciando condições de liberação da fantasia como fonte de prazer e alegria. Ele, o jogo, é por excelência, integrados e nele há sempre um caráter novo. E esse novo fundamenta e desperta o interesse das crianças, e a medida que elas jogam, vão conhecendo melhor seus colegas, as regras dos jogos e vão construindo o seu próprio mundo.

Os jogos têm um papel no desenvolvimento psicomotor e no processo de aprendizado de domino do social da criança, através dos jogos é possível exercitar os processos mentais e o desenvolvimento da linguagem e hábitos sociais (DINELLO, 1984 apud SERAPIÃO, 2004). O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função de suas necessidades múltiplas do eu. É a construção do conhecimento, principalmente, nos períodos sensório motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade chegando a representação e, finalmente a lógica (PIAGET, 1994).

Santos (2002, p. 90) relata que “(...) os jogos simbólicos, também chamados brincadeira simbólica ou faz-de-conta, são jogos através dos quais a criança

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expressa capacidade de representar dramaticamente.” Assim, a criança experimenta diferentes papéis e funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos. Neste brincar a criança age em um mundo imaginário, regido por regras semelhantes ao mundo adulto real, sendo a submissão às regras de comportamento e normas sociais a razão do prazer que ela experimenta no brincar.

De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.

Porém, com tantas fantasias, será que as escolas realmente estão preparadas para o uso de certos tipos de jogos e brinquedos para o aprendizado das crianças? Alguns brinquedos podem ser até perigosos para a integridade física da criança tanto quanto o tipo de jogo implantado pela escola e por quem comanda a atividade. Toda boa escola deve saber planejar para que nada saia dos seus conformes e passem a ser problema para todos, principalmente para seus idealizadores.

Estamos num estágio onde as crianças estão cada vez mais espertas e tentam ser mais rápidas que outras crianças e durante a ludicidade se faz necessária a intervenção dos educadores em momentos onde há pequenos conflitos.

Brincadeiras de roda, amarelinha, cabra cega, esconde-esconde, pular corda e jogos pequenos são importantes para o desenvolvimento das crianças, porém devem ser sempre supervisionados pelos educadores.

Então, no momento de oferecer os brinquedos às crianças é necessário

obedecer a algumas regras:(Santos. 2002, p. 90)

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 Se é adequado ao desenvolvimento da criança

 Se é rico o suficiente para diversas formas de exploração do

objeto

 Se é rico em cores, formas e texturas

 Se o tamanho é adequado a faixa etária (quanto menor a criança,

maior o brinquedo)

 Se é seguro, ou seja, se há itens pequenos que a criança possa

colocar na boca e engolir.

Nisso, vemos que essas regras que valem em casa, também valem na escola e todo o cuidado é necessário para que as crianças não passem por frustrações ou se firam durante os jogos, as brincadeiras e seus brinquedos. Devemos sim visar tudo aquilo mediante jogos e brincadeiras buscando como finalidade principal a aprendizagem, a construção do conhecimento, a sintonia, a afetividade e o crescimento mental da criança.

Dessa forma, existem os brinquedos educativos e também os brinquedos pedagógicos que são simplesmente utilizados dentro das escolas visando tudo o que estabelece dentro do aspecto educacional.

Brinquedos pedagógicos:

 Dominó

 Jogos de memória

 Jogos de letras e números

Brinquedos educativos:

 Brinquedos de encaixe

 Chocalhos

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Não se deve então ficar apenas focados nesses itens citados, o que vale é a criatividade do professor que irá conduzir as crianças aos tipos de jogos e brincadeiras.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por intermédio dos jogos as crianças desenvolvam um melhor relacionamento com outras crianças e com adultos e por meio dos jogos poderem interagir com o meio em que estão inseridas lhes proporcionando um autoconhecimento de si próprias tendo vista que essas descobertas as fascinam, pois, um mundo novo é inserido e descoberto.

A brincadeira favorece ainda o desenvolvimento da autoestima, da criatividade e da psique infantil, ocasionando mudanças qualitativas em suas estruturas mentais. Através das brincadeiras, as crianças desenvolvem também algumas noções de grande importância para a vida em sociedade, como a noção das regras e também dos papéis sociais.

Os professores ou educadores devem levar também em conta, que todos os jogos e brincadeiras, podem sim, servir para várias utilidades no crescimento das crianças, porém, saber escolher e saber conduzir é a melhor forma de fazer com que a criança se sinta feliz, segura e com mente aberta para novos conhecimentos. Pelo o exposto, pode-se concluir, que o lúdico é um recurso metodológico de suma importância na prática da educação com crianças.

A brincadeira espontânea da criança já estimula seu

desenvolvimento por si só e muito mais, far-se-á por ela se o professor estiver preparado para auxiliá-la nesse momento de grande importância. É também responsabilidade dos educandos alertar os pais, informando-os da importância do brincar, para que compreendam esse momento de seus filhos, não como um passatempo, mas como puro desenvolvimento. É direito da criança o brincar e muito mais que isso, é nesse momento que estarão se formando futuros cidadãos, que conduzidos de maneira correta e consciente, com certeza serão pessoas com valores morais, que sabem respeitar regras, participativos, sociáveis, e também, autônomos e conscientes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos, São Paulo:Loyola, 1995.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.

HUIZINGA, J. Homo Ludens. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 1995.

KISHIMOTO, T.M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 6. ed. São Paulo: CORTEZ, 1994

MARCONDES, Marina Machado. Brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar: atividades e materiais, publicado por Edições Loyola, 1994.

MUKHlNA, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes,1996. PIAGET, J. O juízo moral na criança. Tradução Elzon L. 2ª ed. São Paulo: Summus, 1994.

SANTOS, Santa Marli P. dos (org.). Brinquedo e Infância: um guia para pais e educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996.

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