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AUTOR(ES): VICTORIA NASCIMENTO LIMA, JESSICA SIVA DE SOUZA, MICAELA SOARES DE SOUSA

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Academic year: 2021

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TÍTULO: ENSINO DE LÍNGUA DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: Letras SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO - FASB - FASB I INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): VICTORIA NASCIMENTO LIMA, JESSICA SIVA DE SOUZA, MICAELA SOARES DE SOUSA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANA CRISTINA DIAS RIBEIRO LOZANO ORIENTADOR(ES):

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FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS

JÉSSICA SILVA DE SOUZA MICAELA SOARES DE SOUSA VICTÓRIA NASCIMENTO LIMA

MEMORIAL: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO

São Bernardo do Campo 2018

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...2 PROJETO: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO...3. ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO (Protótipo do TCC)...10

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2 INTRODUÇÃO

O memorial tem por objetivo mostrar os trabalhos acadêmicos realizados pelas alunas Jéssica Silva, Micaela Soares e Victoria Nascimento, matriculadas no 5° semestre do 3°ano do curso de letras, na Faculdade de São Bernardo do Campo, cursando a disciplina Pesquisa em Letras, Trabalho de Conclusão de Curso, onde estiveram aprendendo sobre como realizar uma pesquisa científica e elaborar o trabalho de conclusão de curso (TCC), realizadas algumas atividades sobre o corpo da pesquisa científica ao longo do processo que foram o pré-projeto e o TCC propriamente dito.

No pré-projeto foi elaborado a escolha do tema e a delimitação do corpus e, elaboração da apresentação, justifica, apontamentos dos objetivos, escolhas dos aparados teóricos, a metodologia e o levantamento das hipóteses da pesquisa.

No TCC foram realizadas as capas pré-textuais, introdução ao que será abordado na pesquisa a problematização do assunto e, o primeiro capítulo, uma revisão bibliográfica sobre as filosofias educacionais para a educação de surdos, no segundo capítulo será realizado relatos sobre a legislação e a educação inclusiva no Brasil e o ensino de língua portuguesa para o aluno surdo, no último capítulo será realizado uma pesquisa de campo para melhor compreensão da educação inclusiva e relação do professor de língua portuguesa e o aluno surdo por meio de observação e de questionários para coleta de dados a fim de obter informações sobre essa relação na educação inclusiva.

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FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS

JÉSSICA SILVA DE SOUZA MICAELA SOARES DE SOUSA VICTÓRIA NASCIMENTO LIMA

PROJETO: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO

São Paulo 2018

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APRESENTAÇÃO

Na pesquisa, será abordado como o aluno surdo aprende a língua portuguesa escrita e, como funcionam os processos pelo qual esse aluno terá que passar e quais são as sua implicações, pois, para o surdo ela é considerada como segunda língua a ser aprendida. No desenvolvimento, consideram-se as circunstâncias históricas (filosofias e práticas) e os direitos do aluno surdo perante a Lei, aspectos significantes que facilitam as reflexões e resultado da pesquisa.

Sabe-se que audição e a fala são grandes aliados na aprendizagem, entretanto, a ausência de ambos não impede que aluno surdo consiga aprender. Ao adquirir a língua materna deles, a língua de sinais, pode-se dispor deste meio para possibilitar além da comunicação, a aprendizagem de outras disciplinas bem como a ler e escrever.

Esta pesquisa se dispõe em reflexões bibliográficas e principalmente em pesquisa de campo, irá contribuir para exprimir melhor como ocorre aquisição da língua escrita para o aluno surdo, a fim de ampliar o conhecimento teórico e prático sobre o assunto e para desenvolver as impressões do grupo sobre o tal, e por fim, quais as melhores didáticas serem usadas em sala de aula pelos profissionais da educação.

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JUSTIFICATIVA

O interesse pelo assunto se ocasionou durante uma experiência de estágio assistido por uma integrante do grupo, onde fora observado: “como os alunos surdos desenvolvem a leitura e também a escrita?”. O tema abordado na pesquisa é importante para a área acadêmica pelo fato de esclarecer essas e outras dúvidas existentes na prática pedagógica do professor de língua portuguesa.

Em relação ao aluno surdo, elencam-se as teorias existentes com as experiências na docência encontradas em textos bibliográficos. Em relação ao social, busca-se visar por meio das leis existentes os direitos e deveres do aluno surdo e, descobrem-se os preconceitos que ainda permeiam os dias atuais e as dificuldades de ensinar a escrita a este aluno em sala de aula.

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6 HIPÓTESE

Observa-se como hipótese, a compreensão do processo de aquisição da língua escrita e os meios à prática pedagógica. Exprimir que não é impossível esta prática mesmo que decorram implicações linguísticas, principalmente quando há dedicação do educador a capacitar-se por métodos que ajudem esses alunos. Além disso, entender o processo de aquisição do aluno surdo, e que ao observar as dificuldades e/ou desafios do professor faz com que o professor necessite se inteirar mais em relação às realidades atuais, contando com os recursos elementares viabilizando sempre uma educação para todos.

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OBJETIVOS

Este trabalho tem o objetivo de abordar as questões sobre a aquisição da linguagem escrita de um aluno surdo, buscando e analisando os conceitos teóricos de linguagem como Vygotsky, entre outros que contribuem com a análise do processo aquisitivo de linguagem. Além do mais, relatar a importância da conquista desse ensino ao conhecer a surdez ao longo da história. Investigar o convívio com o meio social do surdo antes de seu reconhecimento humano. Analisar os processos de dependência dos signos à comunicação. Conhecer as dificuldades de interação do surdo, identificar níveis de surdez e classificar algumas causas da surdez também. Trabalhar os processos de aquisição da língua escrita do aluno ouvinte e do aluno surdo. E por fim, entender como o aluno surdo consegue ler e escrever sem a presença da oralidade, e continuamente, expor ideias que possam facilitar o trabalho do professor com o aluno em sala de aula.

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8 METODOLOGIA

Explorando os livros bibliográficos de teóricos como, por exemplo, Ronice Müller de Quadros e Marcia Goldfeld, pesquisas, arquivos e trabalhos realizados com base no tema pertinente, e desta forma, assimilar como se dá o processo de aquisição da língua escrita do aluno surdo e como ocorre a sua relação com o professor na sala de aula e a sua relação com o meio social também, não deixando de analisar os métodos já existentes para a prática pedagógica e didática em sala de aula, especificamente nas aulas de língua portuguesa. E para a melhor compreensão será realizado uma pesquisa de campo na Escola Estadual Wallace Cockrane Simonsen, para comprovação dos levantamentos bibliográficos e avaliação dos métodos de ensino, por meio de questionário e observação dos alunos surdos e seus professores de língua portuguesa e intérpretes. O intuito será realizar essa pesquisa com dois alunos juntamente com o professor e o interprete. No primeiro capítulo será abordado sobre as filosofias educacionais para o ensino dos surdos e no segundo sobre a educação e a legislação vigente a educação de surdos no Brasil e o ensino de língua portuguesa especificamente leitura e escrita.

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CRONOGRAMA

O primeiro capítulo foi entregue no dia 30/04, o segundo capítulo no dia 01/07 que ainda esta em andamento, no terceiro capítulo que será realizada a pesquisa de campo ainda não tem uma data definida, mas será realizada a partir agosto e setembro.

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FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS

JESSICA SILVA SOUZA MICAELA SOARES DE SOUSA VICTORIA NASCIMENTO LIMA

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO

São Paulo 2018

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JÉSSICA SILVA SOUZA MICAELA SOARES DE SOUSA VICTÓRIA NASCIMENTO LIMA

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA PARA O SURDO

Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao curso de Letras Português e Inglês da Faculdade de São Bernardo do Campo, como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciatura em Letras.

Orientador: Professor (a) Mestra Ana Cristina.

São Bernardo do Campo 2018

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...15

1.1 OBJETIVOS...17

2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A EDUCAÇÃO DOS SURDOS...18

2.1 FILOSOFIAS EDUCACIONAIS: ORALISMO, COMUNICAÇÃO TOTAL E BILINGUISMO...20

2.2.1 O oralismo como proposta educacional...21

2.2.2 A comunicação total como proposta educacional...22

2.2.3 O bilinguismo como proposta educacional...23

3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS E A EDUCAÇÃO DOS SURDOS ...25

4 AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA PRÁTICA...26

4.1 PESQUISA DE CAMPO: COLETA DE DADOS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA NA ESCOLA PARA O ALUNO SURDO...27

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AGRADECIMENTOS

À minha família pelo apoio e carinho.

Ao orientador (a) Ana Cristina Dias Ribeiro, mestre persistente e amigo (a) que, com diretrizes seguras e muita paciência, deu-me condições de desenvolver e finalizar este trabalho.

Aos professores, sem os quais não teria sido possível realizar a pesquisa. A todos que participaram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho.

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Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

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1 INTRODUÇÃO

Na pesquisa, será abordado o questionamento sobre como que o aluno surdo aprende a língua portuguesa escrita. Para o surdo ela é considerada como segunda língua a ser aprendida. O que nos propõe buscar quais são os processos pelo qual esse aluno terá que passar e quais são as implicações. Será tratado também sobre os direitos que esse aluno tem perante a Lei .

No desenvolvimento, queremos compreender como se faz o ensino da leitura e escrita ao aluno surdo, e quais são os fatores e técnicas relevantes que o professor precisa usar, afinal, existe a ausência da audição e fala que são grandes aliados na aprendizagem, entretanto, essa falta não impede que aluno consiga aprender. É certo que, haja dificuldade e/ou exija mais do professor por ter que saber ou buscar inteirar-se da melhor forma para atendê-lo, mas faz parte da vida acadêmica do educador, reciclar os conhecimentos, e adquirir novas práticas didáticas com fins educacionais efetivos a uma educação para todos.

Este trabalho tem o objetivo de abordar as questões sobre a aquisição da linguagem escrita de um aluno surdo, buscando e analisando os conceitos teóricos de linguagem como Vygotsky, entre outros que contribuem com a análise do processo aquisitivo de linguagem. O que nos levou a querer entrar mais a fundo neste tema, foi a curiosidade de como acontece esse processo que se fez percebido diante de uma experiência de observação do estágio. Fora observado que existiam alunos surdos na instituição, e ao presenciar essa realidade de leitura e escrita do aluno surdo, acabamos desenvolvendo esse interesse de poder explorar como isso acontece. E desta forma, ampliar nosso conhecimento sobre o assunto, e sobre qual tipo de didática pode ser usada pelos professores de nossa área.

O tema abordado na pesquisa, é importante na área acadêmica pelo fato de esclarecer algumas dúvidas existentes na prática pedagógica de um professor de língua portuguesa, em relação ao aluno surdo, elencando as teorias existentes com as experiências na docência encontrado em textos bibliográficos. Em relação ao social, visar por meio das leis existentes os direitos e seus deveres, descobrir os preconceitos que ainda permanecem nos dias atuais e as dificuldades de ensinar a escrita a este aluno.

Tem-se como objetivo geral compreender o ensino de língua portuguesa escrita para o aluno surdo. E a importância desse ensino ao mostrar a surdez ao longo da história mediante estudos sobre o alcance da língua. Investigar o convívio com o meio social do surdo antes de seu reconhecimento humano. Analisar os processos de dependência dos signos à

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16 comunicação, conhecer as dificuldades de interação do surdo. E trabalhar os processos de aquisição da língua escrita do aluno surdo. Assim Entender como o aluno surdo consegue escrever sem a presença da oralidade, continuamente, expor ideias que possam facilitar o trabalho do professor com o aluno na sala de aula e, buscando sempre conectar a teoria com prática.

Observa-se como hipótese a compreensão do processo de aquisição da língua escrita e o meio à prática pedagógica, mostrando assim que não é impossível esta prática mesmo que tenha implicações linguísticas, principalmente quando há dedicação do educador a capacitar-se por métodos que ajudam por através da docência escapacitar-ses alunos .

Explorando os livros bibliográficos de teóricos como, por exemplo, Ronice Muller de Quadros e Marcia Goldfeld, pesquisas, arquivos e trabalhos realizados com base no tema, e desta forma, assimilar como se dá o processo de aquisição da língua escrita do aluno surdo e como ocorre a sua relação com o professor na sala de aula e a sua relação com o meio social também, não deixando de analisar os métodos já existentes para a prática pedagógica e didática em sala de aula, especificamente nas aulas de língua portuguesa. E para a melhor compreensão será realizado uma pesquisa de campo para comprovação dos levantamentos bibliográficos e avaliação dos métodos de ensino, por meio de questionário e observação dos

alunos surdos e seus professores de língua portuguesa e intérpretes se houver na sala de aula. No primeiro capítulo será abordado sobre as filosofias educacionais para o ensino dos surdos

e no segundo sobre a educação e a legislação vigente a educação de surdos no Brasil e o ensino de língua portuguesa especificamente a leitura e a escrita.

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1.1 OBJETIVOS

Este trabalho tem o objetivo de abordar as questões sobre a aquisição da linguagem escrita de um aluno surdo, buscando e analisando os conceitos teóricos de linguagem como Vygotsky, entre outros que contribuem com a análise do processo aquisitivo de linguagem. Além do mais, relatar a importância da conquista desse ensino ao conhecer a surdez ao longo da história. Investigar o convívio com o meio social do surdo antes de seu reconhecimento humano. Analisar os processos de dependência dos signos à comunicação. Conhecer as dificuldades de interação do surdo, identificar níveis de surdez e classificar algumas causas da surdez também. Trabalhar os processos de aquisição da língua escrita do aluno ouvinte e do aluno surdo. E por fim, entender como o aluno surdo consegue ler e escrever sem a presença da oralidade, e continuamente, expor ideias que possam facilitar o trabalho do professor com o aluno em sala de aula.

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18 2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

Muitos conhecem ou já ouviram falar sobre LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), mas poucos sabem de seu início no Brasil e muito menos de sua história. E quando falamos desse tema automaticamente nos reportamos aos surdos, sendo eles protagonistas do assunto, pois são eles que fazem o uso da mesma. Portanto, busca-se compreender esta mais nova e rica aquisição e, mais do que isso, algo que ao longo do tempo entende-se como uma verdadeira conquista histórica. Articula-se sobre a língua de sinais, como primeira língua obtida pelos surdos, porém não foi um progresso fácil, pois, antigamente as pessoas que possuíam a surdez eram tratadas como pessoas anormais, amaldiçoadas, enfeitiçadas, castigadas por Deus ou até mesmo vistas como animais. Ficavam apartados dos estudos porque acreditavam que o conhecimento dava-se através da fala. Eram isentos de ter direitos iguais a pessoas que não possuíam a surdez, direitos de acordo com as leis como se casar, não obtinham os bens familiares e nem reconhecimento perante a igreja católica, uma vez que acreditavam que os surdos não herdariam o reino dos céus. Considera-se exprimir que o nível de precariedade que existia naquela época para com a comunidade de surdos, era totalmente miserável, pois a sociedade julgava-os como inúteis estranhos e ignorantes.

Já no século XVI Pedro Ponce de Leon, um monge surdo, ao perceber que os surdos não eram aberrações de fato, e sim pessoas que necessitavam de ajuda, foi um dos primeiros educadores de surdos, ensinava por meio da datilologia (representação manual das letras do alfabeto), da escrita e da oralização. Pelos relatos históricos observa-se que ele era uma pessoa da burguesia, pois nessa época, era quem tinha acesso ao ensino, mas só os surdos que conseguiam falar eram que conseguiam ter direito a herança.

“Esse período que agora parece um espécie de época áurea na história dos surdos testemunhou a rápida criação de escolas para surdos, de um modo geral dirigidos por professores surdos, em todo o mundo civilizado, a saída dos surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida conquista de posições de eminência e responsabilidade - escritores surdos, engenheiros surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, antes inconcebíveis tornaram-se subitamente possíveis”

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Em 1620 na Espanha Juan Martin Pablo Bonet publicou o livro “Reduction de las letras y arte para ensenar a hablar los mudos” que teve uma grande contribuição para a educação dos surdos, nesse livro era utilizado à representação manual das letras do alfabeto com o objetivo de ensinar a leitura, empregava a língua de sinais para ministrar gramática mesmo defendendo as questões de oralidade.

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20 2.1 FILOSOFIAS EDUCACIONAIS: ORALISMO, COMUNICAÇÃO TOTAL E

BILINGUISMO

Até aproximadamente o século XVIII, não existia nenhum dado sobre comunicação entre os surdos através da Língua de Sinais. Naquela época os estudiosos acreditavam que uma pessoa surda só poderia aprender por meio da língua oral, em razão de acreditarem que o surdo seria mais eficiente e obteria sucesso aprendendo através do oralismo.

Em 1880, ocorreu o Congresso Internacional de Surdos em Milão-Itália uma votação com especialistas ouvintes na área de surdez, Alexander Graham Bell teve grande influência nesta votação. Todos que participaram desta votação eram defensores do oralismo puro, ou seja, rejeitavam a gestualização principalmente na escola.

No Brasil o método oralista começou a crescer com a ajuda da professora Alpia Couto na década de 1950, que realizou pesquisas no Centro Nacional de Educação Especial direcionado às pessoas surdas. Com a falta de informações sobre como era a convivência com uma pessoa surda surgem vários problemas tanto na parte cultural da comunidade surda quanto no atraso e empobrecimento da Língua de Sinais e a falta de acesso às informações sociais. As questões da Educação Especial se tornam apenas vinculadas a interesses político-econômicos.

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2.2.1 O oralismo como proposta educacional

O Oralismo era uma proposta de educação para os surdos que os educadores acreditavam ser uma forma adequada à “recuperação” dos mesmos, tendo em vista uma base inatista, isto é, a capacidade do surdo adquirir a linguagem de maneira natural apresentando a possibilidade da língua falada, mediante a teoria gerativista de Chomsky que diz que o ser humano é favorecido desde o seu nascimento a uma disposição própria para linguagem. Neste método os surdos eram conhecidos por Surdos Oralizados, rejeitavam qualquer forma de gestualização que significa que eles aprendiam a língua somente através da oralidade, com isso poderiam escutar através de tecnologias, fazer leitura labial ou até mesmo falar, porém esta abordagem oralista da educação não foi eficaz, além de transparecer dificuldades promovia constrangimento aos surdos que não produziam rendimentos na aprendizagem. Segundo Couto não é possível ensinar a linguagem, mas apenas dar condições para que esta se desenvolva espontaneamente na mente, a seu próprio modo.

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22 2.2.2 A comunicação total como proposta educacional

A Comunicação Total chegou ao Brasil no final da década de 70, é uma das filosofias educacionais que tem como princípio o uso de toda e qualquer forma de recurso linguístico de comunicação, se preocupa com as circunstâncias comunicativas entre os surdos e surdos e, entre surdos e ouvintes, buscando facilitá-las sem exclusão de nenhum método ou processo especial. Com isso, considera aprendizagem através da linguagem oral, leitura labial, uso de amplificação sonora individual, língua de sinais, estímulos gestuais, códigos manuais (como o alfabeto manual) entre outros, propondo a prática simultânea de tais sistemas.

Como foi citado, a Comunicação Total é uma filosofia e não um método ou técnica, é uma filosofia que defende possibilitar diversos caminhos de comunicação complementares visando melhorar a interação entre as pessoas surdas e ouvintes. E isso se aplica a aprimorar a sua capacidade de ler e escrever também.

Esta filosofia traz condições complementares ao Oralismo. Deste modo, a pessoa surda não é mais vista apenas como um doente fadado a implicações cognitivas, afetivas e sociais, e que apenas o aprendizado oral já não seria suficientemente o bastante para um desenvolvimento eficaz da pessoa surda. Até porque, mesmo na época das metodologias impositivas do oralismo as pessoas surdas permaneciam se comunicando por meio de sinais. E então na Comunicação Total, decidiu-se que a pessoa surda poderia utilizar qualquer outra forma de comunicação. O foco era a utilização de métodos alternativos que propiciam a comunicação das pessoas surdas. É uma filosofia dirigida à educação e auxílio às pessoas surdas, pensando em permitir a essa pessoa de se relacionar com as outras, com o mundo ao seu redor, com a cultura, traçar ideias, informações, sentimentos, etc. E melhores condições aos familiares que na maioria dos casos são ouvintes. Contudo, a Comunicação Total não obteve muito sucesso satisfatório, pois por meio do uso concomitante de duas línguas divergentes a Língua falada e a Língua de sinais, dando-se o bimodalismo, a aprendizagem confundia-se ao se deparar com estruturas tão distintas ao mesmo tempo.

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2.2.3 O bilinguismo como proposta educacional.

Em 1980 há relatos de uma nova filosofia chamada Bilinguismo, que no Brasil só surgiu somente em 1990, onde o surdo aprende a língua de sinais como sua língua materna e depois aprende a escrita como segunda língua, a partir da língua oficial de seu país. Aqui se difere o surdo do ouvinte, mas cabe ao surdo ter o direito de também de adquirir o conhecimento e interagir com o meio mediante de sua própria língua materna, a Língua de Sinais. Além disso, ao qualificar-se a pessoa surda tem como habilitação e o aproveitamento das duas línguas no dia a dia, na escola, no trabalho, na vida pessoal entre outras circunstâncias.

Quando falamos sobre linguagem humana, lembramos do que alguns teóricos que estudaram a linguagem e os processos linguísticos obtiveram de estudo, por exemplo, para Vygotsky o signo linguístico está presente no processo de internalização do indivíduo e a utilização de sistemas simbólicos após esse processo. A interiorização é relacionada ao recurso da repetição onde a criança se apropria da fala do outro se fazendo sua. Os sistemas simbólicos organizam os signos em estruturas, estas são complexos e articulados, assim mediados pelo outro, a criança internaliza os comandos verbais do adulto por meio da transferência da fala social para sua fala interna, quando começa produzir a fala externa ela começa se comunicar com o mundo. Diante disso não é muito diferente com a criança surda, é necessário que possa ter de igual modo um contato com a linguagem, a diferença é que sua língua materna é a Libras e por isso precisa ter o contato com signos e o sistema simbólicos dentro da Libras, é necessário que a criança tenha o contato desde seus primeiros meses de vida, quando começa a balbuciar o que toda criança faz, porém a criança surda continuará, a produzir um anúncio junto com a fala visual-motora para instrumento de comunicação e, por diante a língua portuguesa brasileira como língua oficial do país e usada para instrumento da escrita se torna sua segunda língua tornando assim a pessoa surda bilíngue, todavia para isso ocorrer é preciso que seja proposto o ensino bilíngue nas instituições de ensino regular privada ou pública, língua portuguesa e todo o currículo do ensino regular. É um direito de o aluno ter o acesso às duas línguas, partindo da sua língua natural (L1) para o ensino da língua escrita (L2).

No capítulo seguinte será abordado como deve ser feita a inclusão de alunos que precisam de uma atenção maior e quais os caminhos que o professor precisa seguir para que esse aluno possa ter um ensino adequado de acordo com sua necessidade. Serão apresentados

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25 através da LDB quais os direitos dos alunos com deficiência e quais os parâmetros corretos que o professor precisa usar em sala de aula para que o aluno tenha um ensino de qualidade e quais são os problemas enfrentados em escolas que não possuem estruturas adequadas.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS E A EDUCAÇÃO DOS SURDOS

No segundo capítulo abordaremos sobre os caminhos da educação inclusiva e a legislação da educação no Brasil. Buscando desta forma por meio de pesquisas em arquivos e livros teóricos que tratam sobre este assunto dessa educação inclusiva, analisando assim, o ensino de língua portuguesa como segunda língua do aluno surdo buscando por meio de pesquisas em artigos e livros embasados em teóricos que tratam sobre tal educação. Além disso, será analisado a relação entre o professor e aluno na sala de aula focalizando o ensino de língua portuguesa escrita , aqui, se considerará o processo de aprendizado especificamente na leitura e na escrita deste aluno, analisando as abordagens e os métodos existentes para auxílio da prática docente e observando-se o resultado deste ensino na vida do aluno no seu contexto cultural e social.

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26 4 AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA PRÁTICA

Após todo o levantamento bibliográfico e revisão do tema, será realizado uma pesquisa de campo em uma escola ainda não determinado essa pesquisa será feita por meio da observação das atividades dos alunos seu material didático, e o material didático do professor, ainda, aplicaremos um questionário para o professor. Tal pesquisa será realizada no Ensino Médio, para que possamos avaliar a realidade do ensino nesta área, a fim de analisar a inclusão deste aluno e como se procede seu contato com a língua escrita, avaliando o ensino desta língua, quais são seus desafios, as melhores abordagens e métodos educacionais, ampliando e compartilhando o conhecimento para contribuir à formação acadêmica do educador.

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4.1 PESQUISA DE CAMPO: COLETA DE DADOS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA NA ESCOLA PARA O ALUNO SURDO

Após todo o levantamento bibliográfico e a problematização do tema do trabalho, será realizada uma pesquisa de campo na Escola Regular (a definir), onde, por meio de observação e colhimento de dados que se dará através de um questionário. Este questionário será destinado ao docente, terão perguntas sobre sua prática pedagógica no ensino de língua portuguesa e, sua relação com o aluno surdo e, as atividades elaboradas pelo aluno surdo e, analisar o material didático e os demais recursos utilizados pelo docente na prática do ensino. Essa coleta de dados será feita no Ensino Médio, tem-se como objetivo da pesquisa de campo conseguir avaliar melhor o ensino de língua portuguesa e a relação professor-aluno (surdo) e às abordagens e os métodos educacionais, adquirir o conhecimento para atribuição a nossa formação acadêmica como educador.

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28 REFERÊNCIAS

GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 5ªed. - São Paulo : Plexus Editora, 2002.

FERNANDES, Eulalia, org.Surdez e bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2005.

QUADROS, Ronice Müller. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica. 6ª ed. SP: Edições Loyola, 2002.

SLOMSKI, Vilma Geni. Educação bilíngue para surdos: concepções e implicações práticas. 1ª ed. Curitiba: Juruá, 2012.

Normas para elaboração de trabalhos acadêmicos. organizado pelas Professoras Aparecida Casseb Lossano; Márcia Guekezian e Sonia Melchiori Galvão. 5ª ed. rev. e ampl. de acordo com as Normas da ABNT. São Bernardo do Campo, SP., 2016.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo Martins Fontes, 1989a.

REFERÊNCIAS A SEREM UTILIZADAS

PONCE, L. A língua portuguesa e o deficiente auditivo. RJ: Gráfica Portinho Cavalcante, S/D.

QUADROS, R. M. Alfabetização e o ensino da Língua de sinais. Artigo submetido para publicação na Revista Textura/ULBRA II, 2000.

SALLES, Heloisa Maria M. L. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos a prática pedagógica. Brasília: MEC, SEESP, 2004. (Volume 1) __________________. (Volume 2)

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___________. Linguística contrastiva -- o ensino da língua escrita para surdos via sinais. Monografia para disciplina de Aquisição da Linguagem do Curso de Pós-Graduação em Letras, 1994.

Referências

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