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Fundos de recuperação a caminho dos cinco mil mihões

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Fundos

de

recuperação

a caminho

dos

cinco

mil mihões

FUNDOS PARA NÃO IR AO FUNDO

Tiram

crédito malparado

dos bancos,

dão

uma última oportunidade

de

sobrevivência

às

empresas

e

permitem

às

sociedades

gestoras

ganhar dinheiro.

É

este o

segredo

dos

fundos de

reestruturação

de empresas que

prometem

ganhar negócio

e

visibilidade

nos

próximos

meses

MARIA JOÃO GAGO mjgago@negocios.pt

Deforma mais ou menos discreta, hávários fundos de reestrutura-ção afuncionar. Outros estão a aca-bar de ser lançados. Eumaterceira vaga começa

a ser preparada. Fontes desta indústria emergente eresponsáveis dosector financeiro admitem queestes veículos estejam

agerir activos avaliados em 2500

milhões.

Um

valor que pode dupli-car nofuturo próximo. "Muito ra-pidamente vamos chegar aos

5000

milhões", admite oresponsável de

umdos fundos ao Negócios.

Emcausa estão participações ac-cionistas em empresas de diversos sectores que resultaram da conver-sãodedívidas, muitas vezescom ori-gem emdiversas instituições finan-ceiras, em capital.

A

condição para queosfundos aceitem estas socieda-deséque sejam projectos com pers-pectivas de relançamento eque ape-nas entraram numa situação de

in-cumprimento devido, por exemplo,

asituações deexcesso de endivida-mento ouaproblemas desucessão.

AECS Capital, liderada por An-tónio de Sousa, éumadas gestoras responsáveis pelo maior volume

defundos de reestruturação. Esta sociedade foi das primeiras a

ac-tuar

neste segmento de negócio, que promete florescer com acrise económica efinanceira Especiali-zado na área da construção, o fun-do Vallis, liderado por Pedro Gon-çalves, é outro dos veículos que está a receber empréstimos das instituições financeiras.

Mas vários outros fundos aca-bam ou estão prestes a ser lançados no mercado. E ocaso do Discovery,

promovido por Rodrigo Guima-rães, fundador do "private equity"

Explorer, que pretende absorver empresas eprojectos do sector do turismo. António Carrapatoso,

an-tigo CEOda Vodafone, eMiguel Lucas, ex-consultor daMcKinsey, também estão apreparar veículos semelhantes. Mais recente é a ma-nifestação deinteresse deMiguel

Paes do Amaral em

entrar

nesta área de negócio.

Depois dereceberem oscréditos dos bancos avaliados apreços de mercado, sãoospróprios fundos de reestruturação que convertem as dí-vidas emacções dasempresas deve-doras.

A

concentração numa única entidade de dívidas contraídas

jun-to de vários bancos facilita a obten-çãodeconsensos por parte das ins-tituições financeiras relativamente aovalordadívidaeànegociaçãocom ogrupo empresarial em causa

No momento seguinte, os fun-dos procuram darresposta às

ne-cessidades das empresas de que passaram aseraccionistas. Porum

(2)

finan-ciamento da actividade ereforçam ascapacidades de gestão dessas so-ciedades. Nalguns casos, podem

fo-mentar processos de consolidação de empresas que se dedicam ao mesmo tipo de negócio, o que per-mite obter economias de escala ou

ganhar massa crítica para

projec-tos de expansão.

"Estes fundos

permitem

dar

tempo àsempresas para se

reestru-turarem enquanto aeconomia não recupera. Quando a situação

nor-malizar poderão beneficiar do novo ciclo. Sem este apoio, amaior parte morreria porque osbancos teriam

de lhes fechar atorneira", explica

umgestor destes fundos. "Ao mes-mo tempo, está-se afazer a reestru-turação do sector empresarial por-tuguês", sublinha

Para fonte do sector financeiro, "osucesso dosfundos de reestrutu-ração depende dasuacapacidade de

gestão". Quanto mais eficaz for o

"turnaround" das empresas

parti-cipadas, maior será acapacidade dosbancos de recuperarem um

va-lor correspondente ao do crédito

que ficou porpagar.

Jáas sociedades gestoras dos veículos poderão beneficiar da va-lorização dos activos do fundo se, como acontece em vários casos,

também investirem capital nos fundos. Além disso, terão sempre garantido as comissões de gestão suportadas pelas empresas.

(3)

O Fundo Recuperação, que é geri-do pela ECS Capital, líder no

mer-cado nacional de "private equity", esgotou ocapital subscrito de740

milhões deeuros, pelo que "tem em curso uma operação de reforço para

mil milhões deeuros", adiantou ao negócios fonte oficial da sociedade gestora. Este aumento docapital em

260 milhões de euros visa "fazer

faceasoportunidades que o merca-dotem gerado", referiu amesma fonte, tudo apontando para que a operação sej afirmada pelos actuais investidores.

Além dos 8% do Tesouro edos

20%daCaixa Geral de Depósitos, o Recuperação éainda participado pelos bancos privados BES, BPI, Millennium bcp, Santander eBanif epela própria ECS. Esta sociedade gestora de fundos de capital de ris-cofoi fundada porAntónio de Sou-sa,presidente da Associação Portu-guesa de Bancos, epor Fernando Esmeraldo, ex-quadro do Citigroup eactual presidente da ECS.

Fundo

Recuperação

reforça

capital

para

1.000

milhões

Calçado, têxteis-lar, salsichas...

Em menos de seis anos, o Fundo Recuperação firmou aaquisição de mais de duasdezenas de grupos em-presariais, dosmais diversos secto-res, desde ocalçado ao turismo, pas-sando pelas carnes, ramo automó-vel, entre muitos outros, detendo até interesses na área

petroquími-ca.Desinvestimentos, apenas um

-no grupo editorial Babel.

A

mais polémica emediatizada

operação de aquisição teve como alvo a fabricante de calçado

In-vestvar, hoje Move On, queé actual-mente detida em49%pelo Fundo e em 51% pelos indianos daTatá(ver texto aolado).

A

carteira do Recuperação inte-gra ainda, entre outros, grupos como aMoreTextile, líder nos têx-teis-lare que resulta da aquisição da António Almeida &Filhos, Coelima eJMA; a petroquímica Artlant Pta; asprodutoras de biodiesel Iberol e Biovegetal; aMontalva (resultante da integração da

MIF

eda

Monte-bravo), maior produtora nacional dosector dascarnes (detentora, en-tre outras, da marca desalsichas

Izi-doro); afabricante de componentes para automóveis Inapal Plásticos; a produtora de pavimentos e revesti-mentos de cortiça MJO; eatéarede de oficinas de reparação automóvel Precision.

RUI NEVES

ruineves@negocios.pt

Gere 3,6 mil milhões de activos

Nosector do turismo, onde o

Fun-do Recuperação detém activos como ohotel Golden Residence, na

Madeira, e o"resort" As Cascatas, em Vilamoura, aequipada ECSgere agora o

FLIT

(Fundo Lazer,

Imobi-liário eTurismo), com uma capita-lização de 385milhões de euros e que integra uma dezena de projec-tos.A ECS gere aindaumoutro fun-do,oAlbuquerque, com umcapital subscrito de 105 milhões de euros, que integra seis empresas tão dife-rentes como aIberWind (produção de energia eólica) ou aMercurius

(radioterapia).

Nototal, o Negócios contabiliza que a ECStemperto de

40

partici-padas, de quase duas dezenas de sectores, totalizando 3,6mil

mi-lhões deeuros de activos sob gestão.

O Fundo

Recuperação

tem em

curso

um

reforço do

capital de

740

milhões para

mil

milhões

de

euros.

ECS CAPITAL

(4)

Ricardo Castelo

Recuperação

"calça"

Move

On

com

a indiana Tatá

Aaquisição do grupo Investvar, que chegou a sero maior exportador nacional de calçado, com a produção ecomercialização da marca norte-americana Aerosoles, foi a mais polémica emediatizada operação até hoje protagonizada pelo Fundo Recuperação, queé

gerido pela ECS. NoNatal de2009, oGoverno apresentou a solução, com o Fundo Recuperação atomar ocontrolo da fabricante de calçado, que está sediada em Esmoriz. Mais tarde, chegaram os indianos da Tatá, que detêm hoje 51% do capital dasucessora da Investvar

-

a Move

(5)

On, numa operação concluída após processo de insolvência do universo empresarial fundacional. Ao longo dos anos, o Estado terá perdido mais de50milhões de euros neste negócio. Para salvar oquê? Em Portugal, a Move On encerrou recentemente a área de produção e

emprega apenas cerca deseis dezenas depessoas, passando a focalizar asua actividade num centro de desenvolvimento eno fabrico deamostras epequenas quantidades. Fora de Portugal, a Move On possui uma unidade industrial naíndia.

COMO

FUNCIONAM?

Que créditos passam para os fundos?

Osbancos só passam para os fundos de reestruturação os

créditos concedidos aempresas que estão sem capacidade de pagar os empréstimos ejá entraram em situação de incumprimento. Têm de estar em causa empresas com viabilidade económica, ou seja, companhias que, depois de receberem apoio financeiro ede gestão, consigam gerar resultados positivos. Como éfeita a transferência decréditos?

Oscréditos que passam para os

fundos de reestruturação, normalmente, jáobrigaram as instituições aregistar imparidades, ou seja, aconstituir provisões por causa das prestações em atraso e do risco dasituação de

incumprimento searrastar. O

empréstimo étransferido a valores de mercado, oque significa que ao valor em dívida são subtraídas as imparidades já contabilizadas ou que sejam registadas naaltura para reflectir aincapacidade de a empresa honrar parte dos seus compromissos. Um crédito de 100 que tenha associadas imparidades de 25, passa para ofundo por um valor de 75.

Oque é que os bancos recebem em troca?

Em vezde receberem odinheiro, os

bancos vão ter direito a unidades de participação do fundo de reestruturação a que entregam o

crédito novalor equivalente ao valor de mercado do empréstimo

em causa. Como sai do balanço do banco, ofinanciamento é abatido à carteira de crédito das instituições.

Jáas unidades departicipação são, normalmente, contabilizadas na rubrica de outros activos. Não tendo que entregar dinheiro aos bancos pelos créditos que recebem,

os fundos ficam com recursos para financiarem asempresas de quese tornam accionistas.

Quais as vantagens para os bancos?

Oprimeiro aspecto positivo resulta do facto de esta transferência permitir uma redução da carteira de crédito, oque pode ajudar os

bancos areduzirem oseu rácio de transformação de depósitos em crédito, esforço aque estão obrigados pela troika. Por outro lado, ao permitirem uma limpeza do balanço, estas operações podem ajudar a travar oaumento do nível de malparado em carteira. Além disso, como ficam com unidades de participação de fundos que transformam os créditos que recebem em participações no capital das empresas devedoras, os

bancos poderão vir abeneficiar, no futuro, do sucesso do processo de reestruturação dessas companhias.

Oque éque os bancos perdem com estas operações?

Com asoperações de transferência de créditos, os bancos podem ter de aumentar asimparidades para osempréstimos em causa, oque penaliza os seus resultados. Mas este problema também existiria caso os créditos se mantivessem no balanço dos bancos.

(6)
(7)

MARIA JOÃO BABO

0

fundo Vallis, constituído no

iní-cio deste ano para a consolidação do sector da construção, que

con-tinua aviver uma crise profunda, deverá integrar em breve outras empresas de média dimensão, de-pois de

ter

chegado aacordo, em

Março passado, com aEdifer.

A

sociedade gestora mantém neste momento vários processos

em estudo. Depois de nãoter con-seguido um entendimento com a

FDO, continua em negociações para agregar outras construtoras com volumes de negócio até 100

milhões deeuros, incluindo-se nes-ta classificação cerca deuma deze-na de empresas, entre as quais Opway, MonteAdriano ou

Lena

Pedro Gonçalves, que lidera a equipa de gestão do fundo, estru-turado para um valor máximo de

mil milhões deeuros, escusou-se a avançar ao Negócios quaisquer por-menores, afirmando apenas que

"há vários processos em discussão com vista aumatransacção" e su-blinhando que oritmo de concre-tização "éimprevisível".

Apesar de não ser ainda possí-vel fazer uma avaliação à integra-çãoda Edifer, oresponsável

garan-tiu que a sua entrada no fundo "permitiu que aempresa retomas-se asoperações e os contratos que estavam emcurso". Foiocaso dos

Fundo

da

construção

permitiu

à

Edifer

retomar

obras

trabalhos para a Refer de remode-lação dasestações de Barcarena e Cacem eduplicação da via, assim como os trabalhos do Parque dos Poetas, em Oeiras.

Regularizado opagamento de salários aostrabalhadores, está ac-tualmente adecorrer oprocesso de regularização dasdívidas a

forne-cedores. O esforço éreconhecido

por Pedro Gonçalves, para quem "não basta não, haver trabalhos,

pior são aqueles em que osdonos deobra pública não pagam".

Ao Negócios, Pedro Gonçalves frisou queofundo da construção não visa arecuperação de

empre-sas, mas sima consolidação do

sec-tor, de forma que permita "criar um novo grupo que beneficie de economias de escala esinergias e que ganhe dimensão parauma es-tratégia internacional bem sucedi-da". Como sublinhou, "o que nos move éagregar empresas gerado-ras devalor eestar arecuperar e a salvaguardar património de enge-nharia econstrução".

Encontrar uma solução que permita àsempresas equilibrar os seus balanços, eque contribua para resolver os estrangulamentos

fi-nanceiros que estão aviver, é tam-bém objectivo do fundo de conso-lidação do sector, criado numa

al-tura em que várias construtoras nacionais estão apassar porgraves dificuldades financeiras.

0

que

nos

move

é

agregar

empresas

geradoras

de

valor.

PEDRO GONÇALVES Gestor do fundo Vallis

Oprojecto resulta de uma

ini-ciativa conjunta entre a equipa de gestão liderada pelo ex-CEO da Soares da Costa e asociedade ges-tora Vallis Capital Partners, criada, em 2010,por Eduardo Rocha, an-tigo administrador financeiro da

Mota-Engil, que actua como "sponsor".

Ofundo conta sobretudo com o BES, BCPeCGDque, por esta via, acreditam poder garantir a recupe-ração de créditos.

(8)
(9)

RUINEVES

ruineves@negocios.pt

A

Explorer Investments, uma das maiores "private equity" portugue-sas,não quer, "parajá,fazercomen-tários" sobre a criação denovos fun-dos de consolidação empresarial. Masoseulíder.Rodrigo Guimarães, está

a promover um "veículo" desse tipo, oDiscovery, que preten-deabsorver empresas eprojectos do sector do turismo. Criada em

2003,aExplorer tem três fundos sob gestão, com uma capitalização total superior a500milhões de eu-ros.

Esta empresa, cuja comissão executiva écomposta por Rodrigo Guimarães, Elisabeth Rothfield e

Marco Lebre, sempre esteve mais focalizada no investimento "em sectores emcrescimento, com ele-vada estabilidade ou que

apresen-temumaoportunidade de consoli-dação nacional ou ibérica".

Em carteira tem actualmente umadúzia de empresas, distribuí-das por três fundos. OExplorer I,

com uma capitalização de62

mi-lhões deeuros, integra a Pardo (pro-dução de camas articuladas nas seg-mentos hospitalar, geriátrico e re-sidencial), aNutricafés (torrefacção edistribuição decafés), aSolzaima (produção de recuperadores de ca-lor)e aInsyncro, que produz e mon-ta"stands", queaExplorer

apresen-Explorer

estuda

novas

entradas

tou recentemente àinsolvência com dívidas de15milhões deeuros.

NoExplorer 11,que tem umaca-pitalização de200 milhões de eu-ros,encontra-se aCharon (empre-sade segurança privada que conso-lidou asaquisições de outras três: a 4Esse, aPalanca eaProsecom), a

MOP

(comercialização deespaços publicitários exteriores),

aConstan-tino (transformação epreparação desucataferrosa para reciclagem), aProbos (produção de orlas plásti-cas),aStarfbods

(antiga

Companhia dasSandes), aGascan (distribuição de gás propano canalizado) e a PowerVia (transportes especiais).

JáoExplorer 111,criado háum

ano com umacapitalização de270 milhões deeuros, conta, atéagora, apenas com aTotalMédia, empre-sadeentregas aodomicílio. Em ter-mos de desinvestimentos, a

Explo-reralienou aCrioestaminal, a Ofi-cinado

livro,

a Saprogal, aAlfasom, e,no início deste ano,arede ibérica deginásios Holmes, que foi recom-prada pela Holmes Place Europe.

(10)

Fotos: Miguel Baltazar

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ANA TORRES PEREIRA

atp@negocios.pt

0

tempo de investimentos de cen-tenas de milhões de euros no turis-moeno imobiliário

passou. Uns projectos foram revistos, outros congelados ealguns estão apassar sérias dificuldades. E neste contex-to que surgem quatro fundos de re-cuperação dedicados ao turismo. O Grupo Pestana, maior

cadeiahote-leira do País, foi convidado adar

"umaajuda". AoNegócios, José Ro-quette, administrador do grupo

para odesenvolvimento,

confir-mou que "estamos a avaliar" seirão participar nas sociedades gestoras dosactivos ou ajudar na reestrutu-ração dos mesmos. Outros grupos turísticos com estabilidade

finan-ceira, egestores dosector, admitem participar noprocesso.

O excesso de oferta, afalta de procura e osobreendividamento são areceita perfeita parao agudi-zar da crise nosector. "Grande par-tedos investimentos dos últimos 10 anos que foram alavancados pelo crédito poderão precisar des-tesfundos", disse aoNegócios, fon-te osector. O principal problema, segundo amesma fonte, "é que o crédito foi concedido com base na valorização doimóvel enão tendo como avaliação aperspectiva do negócio".

A

lógica patrimonial al-terou todaamatriz do

investimen-Turismo

Pestana

convidado

para

gerir

activos

to turístico, muito dele "protegido" pelo imobiliário.

Asituação de liquidez doGrupo Pestana fez com que estefosse um

dosconvidados a"ajudar" a

encon-trar

uma solução para a

valoriza-ção dosprojectos em dificuldades. Recorde-se que actualmente o gru-po

gere o "resort" Vila Sol no Al-garve, um contrato de gestão que surge na sequência da dona do ho-tel, aAtlântica, ter sido declarado insolvente.

Eogrupo Pestana não deverá ser oúnico convidado aparticipar neste processo, que deverá atrair

cadeias hoteleiras eempresas es-pecializadas nagestão de hotéis e campos de golfe. Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, não quis revelar seja foi con-vidado aparticipar, alegando que "essas são conversas confidencias". Contudo, ao Negócios foi dizendo que "interessa-nos a gestão de

uni-dades erealizar processos deste gé-nero". Noentanto, "também

pen-so que todos os grupos sólidos como onosso vão olhar para essa situação".

Dois casos de projectos em

difi-culdade sãoosdo Grupo CS e o Co-lombo^ Resort, no Porto Santo. O grupo liderado pelo empresário

Carlos Saraiva está a negociar a reestruturação financeira do seu negócio imobiliário comosbancos, como noticiou o "Diário

Económi-Todos

os

grupos

sólidos

como

o

nosso

vão

olhar

para

essa

situação.

JORGE REBELO DE ALMEIDA Presidente do Grupo Vila Galé

co". JáoColombo's Resort que era detido pelo Grupo Siram foi decla-rado insolvente em 2010 eagora são osbancos que estão atentar vender o"resort" por 60milhões de euros, de acordo o

"DN

da

Ma-deira". Estes doisexemplos enqua-dram-se nos activos que encaixa-rão nos activos destes novos

fun-dos de reestruturação.

Osbancos credores estão a rea-valiar amaioria dos projectos e ago-ra,em vez daavaliação patrimonial, seráo"business plan" que estará nabase doprocesso de decisão so-bre a suaviabilidade.

(12)

OUTROS

FUNDOS

A

recuperação

e

a

consolidação

empresarial

estão a

captar

o

interesse

das

gestoras

de

fundos,

no

terreno

ou

em

preparação

Magnum convocada

para

ir

a

jogo

AMagnum, uma das maiores "private equity" da Península Ibérica, terá sido contactada para criar fundos deconsolidação empresarial, mas não deverá avançar. Liderada por João Talone, antigo presidente da EDP,a Magnum foi fundada em2006, tendo jáinvestido mais de metade dos 866 milhões de euros de fundos próprios. Jáfezseis investimentos desde então. A primeira aquisição, realizada em 2007, foi aEptisa, empresa de engenharia civil espanhola, que facturou 150 milhões deeuros no ano passado. Noano seguinte, três compras: a Iberwind, gestora de parques eólicos em Portugal.com uma facturação de 155 milhões de euros em 2011; a Pretersa,

especializada em projectos ac infra-estrutura chave-na-mão (vendas de 28 milhões de euros); e aVendap, que opera no aluguer de equipamento industrial (44 milhões de euros). Em 2009, adquiriu a produtora de medicamentos genéricos Generis (63 milhões de euros), eem 2010o

Centro Médico Teknon, em Barcelona, que fechou 2011com uma facturação de 76 milhões de euros.

Global Reach na

corrida

aos

fundos

dos bancos

AFomentinvest, liderada por Angelo Correia, aOmnia (de António Bernardo da Roland Berger, e José Almeida Guerra da Rockbuilding), Miguel Pais do Amaral e Artur Silva Fernandes

(13)

(que saiu do Banif), estão àespera da luz verde da CMVM para a criação da Global Reach, uma nova sociedade de capital de risco especializada na gestão defundos de reestruturação.

Asociedade, que deverá ser presidida por Alípio Dias, antigo administrador do BCP, deverá

focalizar-se nos sectores da energia, ambiente, turismo e imobiliário, estando jánoterreno a identificar possíveis alvos. Eestá na

corrida àgestão de dois fundos de reestruturação de empresas, cujo concurso para seleccionar a entidade gestora deverá ser lançado em breve pelos maiores bancos portugueses.

Cerca de80% da Global Reach é detida, em partes iguais, pela Fomentinvest epela Omnia, estando 10% do capital nas mãos de Pais do Amaral eos outros 10% nas de Artur Silva Fernandes.

Carrapatoso

sonda

a

banca para criar fundo

António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal, andará afazer um périplo pela banca com vista à criação deum fundo de recuperação de empresas eno.sector imobiliário.

Ogestor não quis abrir ojogo ao Negócios sobre esta matéria, mas em Fevereiro passado, em declarações ao semanário Expresso, afirmou: "Játemos em Portugal fundos de diversos tipos, geridos por sociedades gestoras capazes, mas precisamos ainda de mais fundos que promovam investimento, acapitalização eo

crescimento das nossas empresas eeconomia".

Recorde-se que Carrapatoso éum dos rostos do movimento de cidadania Compromisso Portugal, tendo no livro "Desatar o Nó" defendido, entre muitas outras propostas, "a criação de um enquadramento favorável à actividade empresarial, àcriação de riqueza eemprego",

rn

(14)

Referências

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