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Teoria e práxis de José Carlos Mariátegui: Amauta, marxismo e socialismo indoamericano.

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Academic year: 2021

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Teoria e práxis de José Carlos Mariátegui: Amauta, marxismo e socialismo indo-americano.

Maria Helena Domingos*1

RESUMO: Este trabalho apresentará alguns aspectos da vida e da obra do peruano José

Carlos Mariátegui; intelectual que usou o marxismo como método prático na análise da realidade peruana através do materialismo histórico. Paralelo a isso, o trabalho visa inserir as reflexões do referido intelectual no contexto do imediato pós-guerra (1914-1918) destacando sua clara aproximação com o ideário socialista que o levou a agir no campo político fundando o Partido Socialista Peruano, bem como a integrar a equipe de fundação da Central Geral dos Trabalhadores do Peru, além de se envolver nas lutas estudantis e operárias do período. Na esfera cultural destacou-se a criação da Revista peruana Amauta (1926-1930) palco de divulgação da sua proposta socialista para a nação peruana.

Palavras-chave: José Carlos Mariátegui, marxismo, socialismo indo-americano.

ABSTRACT: This paper will present some aspects of life and work of the peruvian José

Carlos Mariategui; intellectual who used marxism as a practical method in the analysis of Peruvian reality through historical materialism. Parallel to this, the work is to insert the reflections of the intellectual context of the immediate postwar period (1914-1918) emphasizing its clear approach to the socialist ideals that led him to act in the political founding the Peruvian Socialist Party and the team member of the founding of the Central General of Workers of Peru, and get involved in student and worker struggles of the period. In the cultural sphere they emphasized the creation of the peruvian Amauta Magazine

(1926-1930) stage of disclosure of his socialist proposal for the peruvian nation.

Key-words: José Carlos Mariátegui, marxism, indo-american socialism.

Fazer política é passar dos sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história. A vida, a história, fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança

sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama. (José Carlos Mariátegui)

* Bacharel em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestranda do PPGHIS/UFRJ, sob orientação do Prof. Dr. Fernando Vale Castro. Bolsista da CAPES.

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José Carlos Mariátegui era peruano, nasceu em 1894 e faleceu em abril de 1930. Sempre trabalhou na imprensa, sendo desde revisor de textos - quando começou a escrever sob o pseudônimo de Juan Croniqueur - até editor, escritor, jornalista e militante socialista. Nesse curto espaço de vida, envolveu-se com as lutas estudantis e operárias, fez oposição ao governo peruano em várias ocasiões – o que lhe rendeu um exílio na Europa – foi fundador e diretor de jornais e revistas, colaborador de outras, redator do Programa do Partido Socialista Peruano, do qual foi também um dos fundadores. Foi também conferencista, na época em que deu palestras na Universidade Popular Gonzalez Prada sobre a crise mundial, logo após sua chegada da Europa, em 1923, quando falou para seus ouvintes (na maioria estudantes e operários) sobre sua estadia na Europa, destacando temas sobre a Revolução Russa, as conseqüências da Primeira Guerra Mundial, as eleições na Europa, o socialismo italiano e a ascensão do fascismo. Discorreu também sobre as lutas operárias que teve a oportunidade de acompanhar quando esteve no Velho Mundo e seu encontro com vários líderes operários e intelectuais de esquerda, tanto na França quanto na Itália. Dentre estes podemos citar: Henri Barbusse, Romain Rolland, Benedetto Croce, com os quais manteve contato depois de voltar ao seu país.

O exílio na Europa foi importante na formação de Mariátegui, uma vez que o contato com outras culturas fez mais fecunda a sua experiência anterior, tendo como base as leituras socialistas que fizera antes de ir para a Europa.

Alguns estudiosos de seu pensamento apontam essa passagem pela Europa como um divisor de águas em sua obra. Para muitos, e o próprio Mariátegui aceitava isso, os escritos juvenis deste pensador formam o que eles intitulam ‘Idade da Pedra’, sendo então sua obra posterior a parte madura de seu pensamento, com rupturas de temas e posições assumidas claramente na imprensa, sobretudo na revista Amauta (1926-1930) criada por ele e que era colocada como porta-voz de uma geração verdadeiramente nova, com espírito novo, para criar um Peru igualmente novo. Uma geração que propunha ir além dos rótulos, investigando seus problemas sob vários aspectos: sociais, econômicos, políticos, culturais e religiosos.

Mariátegui tem uma obra variada, com temas que demonstram sua heterodoxia, com leituras seletivas de vários pensadores, inclusive Marx, transitando entre a cultura e a política, sem deixar de valorizar a arte e a cultura peruanas, a tradição incaica; mesclando sempre, como dissemos, teoria e prática, fazendo de Amauta uma tribuna para a divulgação da sua proposta socialista e palco de debate dos vários intelectuais que fizeram parte dessa

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empreitada. Seus escritos foram, posteriormente, reunidos em livros: Historia de la crisis mundial, Cartas de Itália, Defensa del marxismo, Temas de Nuestra América, Ideologia y Política, Temas de educación, Figuras y aspectos de la vida mundial, Peruanicemos al Peru, Signos y obras, El artista y la época, La novela y la vida, El alma matinal y otras estaciones del hombre de hoy.

Apenas dois livros foram editados em vida: La escena Contemporânea (1925) e Sete Ensaios de interpretação da realidade peruana2 (1928). Seus artigos estão semeados em várias revistas e jornais peruanos, dentre elas, Mundial e Variedades, o diário El Tiempo, La Razón, Nuestra Época, La Sierra, Claridad, Labor, dentre outros. O diálogo entre os intelectuais peruanos do período foi intenso, como podemos acompanhar nas páginas de Amauta, os temas diversos davam conta da gama de produções peruanas e de alguns países da América Latina, como o Chile, México e Argentina, Venezuela. Notamos a preocupação com uma análise que procure dar conta de todos os fenômenos desta contemporaneidade, mas com opção ideológica pelo socialismo, com decisão de não tomar partido político, mas analisar os processos eleitorais e de tomada de decisão de uma forma objetiva.

Mariátegui fazia questão de assinalar a preocupação em inserir o Peru no contexto mundial, bem como em suas relações com os vizinhos latino-americanos, entre o nacional e o universal, não vendo nenhum problema em aliar tradição e modernidade, resgatando a cultura incaica como base desta tradição e propondo a criação de uma nova nação peruana que congregasse não só a grande massa nativa, mas também os estudantes, operários, universitários, intelectuais e os vários grupos integrantes dessa sociedade.

Seu projeto era investigar - como propôs em Sete Ensaios - a sociedade e buscar no seio desta as respostas para suas demandas. Na Apresentação de Amauta (1926) assinala o objetivo da revista:

Esta revista, no campo intelectual, não representa um grupo. Representa, antes, um movimento, um espírito. Vontade de criar um Peru novo dentro do mundo novo. O objetivo desta revista é formular, esclarecer e conhecer os problemas peruanos a partir de pontos de vista doutrinários e científicos. Estudaremos todos os grandes movimentos de renovação políticos, filosóficos, artísticos, literários, científicos. Nasce neste momento uma revista histórica. (MARIÁTEGUI, 2005:101-102). Mas Amauta era, sobretudo, uma revista literária, de temática variada e não somente uma revista política. Ao longo de seus quatro anos (num total de 32 números) somam-se 745

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autores e temas como filosofia, arte, antropologia, cinema, educação, escultura, música, dança, pintura e medicina.

Encontra-se também nas páginas desta, resenhas de livros e revistas, artigos sobre o problema indígena, o proletariado, o movimento estudantil, economia, geografia, história e sociologia. A parte sobre política versa sobre imperialismo, sindicalismo, socialismo, capitalismo, política peruana, política mundial, política da América Latina, marxismo, nacionalismo, americanismo, comunismo, fascismo dentre outros.

Nas palavras do próprio Mariátegui, a revista passou para uma segunda fase, após o rompimento com o grupo APRA3:

Na nossa bandeira, inscrevemos esta única, simples e grande palavra: socialismo. Com este lema, afirmamos nossa absoluta independência frente à idéia de um Partido Nacionalista, pequeno-burguês e demagógico. O trabalho de definição ideológica parece-nos realizado… Na segunda jornada, já não precisa chamar-se a revista da “nova geração”, da “vanguarda”, das “esquerdas”. Para ser fiel à Revolução, basta-lhe ser uma revista socialista. (MARIÁTEGUI, 1928).

Haya usou a tribuna de Amauta para explicitar o programa aprista e Mariátegui, ao retornar da Europa, fez parte da Aliança proposta por Haya, deu palestras na Universidade Gonzalez Prada onde Haya foi reitor e chegou a assumir a direção desta Universidade quando o aprista esteve exilado no México (1924); assim como assumiu a direção da revista Claridad fundada por Haya, no mesmo período. O diálogo entre os dois grupos, Amauta e APRA, foram cordiais até 1928, quando Mariátegui se desligou do grupo e fundou o PSP.

Falar de Mariátegui nos leva ao tema do marxismo na América Latina, sobretudo no Peru, tendo na opinião de muitos autores, em Mariátegui um dos precursores desta corrente. Pelos limites desse trabalho, algumas questões serão apenas delineadas, indicando algumas reflexões a respeito de como Mariátegui é lido e rotulado, sob muitos aspectos, não somente por causa da sua proposta de criação heróica do socialismo, mas a respeito da luta indígena, sua leitura seletiva do marxismo e seu método de análise da realidade peruana.

Para Michel Lowy (LOWY, 1999) podemos distinguir três períodos na história do marxismo latino-americano: o primeiro período é revolucionário, e vai dos anos 20 até meados dos anos 30, cuja figura mais importante é Mariátegui. Uma época em que a revolução foi tida por muitos como socialista, democrática e antiimperialista. O segundo período é o stalinista, de 1930 a 1959, durante a qual a interpretação soviética do marxismo

3 Alianza Popular Revolucionaria Americana: Fundada por Haya de la Torre em 1924 quando se encontrava

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foi hegemônica, e, por conseguinte, a teoria da revolução feita em etapas, e por último, o terceiro período seria de novo um período revolucionário, após a Revolução Cubana e a difusão do líder Ernesto Che Guevara.

Para o mesmo autor, com a morte de Mella4 e Mariátegui iniciou-se um processo de degradação do pensamento marxista na América Latina que duraria décadas. De acordo com o mesmo, em outro trabalho (LOWY, 2005) não podemos compreender Mariátegui sem levarmos em conta o espírito romântico-revolucionário de Mariátegui, seja para compreender seus escritos políticos, culturais, religiosos ou sobre qualquer outra temática. Essa herança romântica se daria, segundo Lowy, inspirando a obra do peruano, “nela imprimindo a sua conceituação marxista do mundo numa qualidade singular e numa força cultural visionária”,

Ainda hoje, com as várias leituras de sua obra, há estudiosos que rotulam Mariátegui de marxista ortodoxo, não-marxista e marxista heterodoxo. De qualquer forma, esse tipo de leitura, - feito às vezes de forma fragmentária, muda de acordo com a época e o lugar de quem as faz - remete-nos à importância de Mariátegui para seu tempo e espaço específicos, deixando-nos um legado que é rico pelo debate que gerou, as articulações que provocou na sociedade de sua época, a organicidade que deu a movimentos como o estudantil e operário a partir de suas idéias socialistas e a ativa militância na imprensa e no meio intelectual do qual fez parte.

Na sua teoria e na sua prática percebemos a tentativa de superar o dualismo entre o universal e o particular. Seu ponto de partida é o caráter universal do socialismo (sabe que o socialismo não é uma doutrina indo-americana), ao mesmo tempo que defende o caráter específico do socialismo na América Latina, tendo no passado comunista o exemplo e a força de sua tradição: “A mais avançada organização comunista primitiva que a história registra é a inca” (MARIÁTEGUI, 2005: 23).

Mariátegui soube aproveitar o método de análise marxista como um modelo possível de explicação para uma realidade específica, nunca defendeu o transplante de teorias e modelos, deixou claro em seus escritos como analisava a realidade peruana a partir de seus

4 Julio Antonio Mella (1903-1929) foi um dos fundadores da Liga Anticlerical de Cuba (1922), da Federação dos

Estudantes Universitários (1923) e da seção cubana da Liga Antiimperialista das Américas (1925). Participou da criação do Partido Comunista Cubano em 1925 e foi eleito membro do seu Comitê Central. Em virtude de suas atividades contra o ditador Machado foi preso e obrigado a exilar-se no México. Juntou-se ao PC mexicano, mas em 1928, desenvolveu divergências com a sua liderança, que o acusou de tendências trotskistas. Organizou emigrados cubanos no México e preparou um desembarque armado na ilha, mas foi assassinado por agentes de Machado em 1929, quando tinha apenas 26 anos.

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elementos diversos, buscando dar conta desta análise através da consciência da diversidade e especificidade da nação que pretendia modernizar e forjar uma nova sociedade.

Em Ponto de Vista Antiimperialista (MARIÁTEGUI, 1929), documento apresentado pela delegação peruana na I Conferencia Comunista Latino-Americana (em Buenos Aires), ele tenta delimitar a questão chave da relação dialética entre a luta de classes e a luta contra o imperialismo. Analisa, neste documento, as relações e contradições entre a metrópole norte-americana, a burguesia local e os latifundiários.

Neste, Mariátegui faz uma comparação com a burguesia chinesa, em que a tradição milenar foi responsável pela manutenção das características e tradições desta nação, diferente do que ocorreu no Peru, onde filhas de nativos casavam-se com brancos, daí essa burguesia aliada do poder. O antiimperialismo chinês baseou-se, portanto, no sentimento e no fator nacionalista, o que não ocorria em solo peruano.

Assim, a revolução socialista encontraria, segundo Mariátegui, seu mais perigoso inimigo na pequena burguesia assentada no poder. Resume então sua posição antiimperialista: Somos antiimperialistas porque somos marxistas, porque somos revolucionários, porque contrapomos ao capitalismo o socialismo como sistema antagônico, chamado a sucedê-lo, porque na luta contra os imperialismos estrangeiros cumprimos nossos deveres de solidariedade com as massas revolucionárias da Europa (MARIÁTEGUI, 1929).

O socialismo proposto por Mariátegui valorizava a tradição enquanto buscava a modernidade, colocando como integrante da revolução socialista o elemento nativo, o passado incaico como amálgama dessa tradição, enquanto outros projetos não levavam em conta a grande massa de nativa existente no Peru, propõe a educação como fonte emancipadora desses ‘indígenas’, não uma aculturação com professores brancos e católicos, mas com mestres que falam suas línguas nativas, mantendo-se assim intacta sua tradição. A proposta socialista, para nosso intelectual, é a única via possível para se contrapor à América do Norte, capitalista e imperialista, ou seja, uma América, latina ou ibérica, socialista.

Dentre seus legados para a sociedade peruana está a organização do Partido Socialista Peruano, a organicidade reunida em torno da revista Amauta, gerando polêmicas e debates, reunindo setores da intelectualidade peruana, estudantes, operários e sindicatos, que sob a influência de Mariátegui deixa de lado sua orientação anarquista anterior. Não por acaso redigiu o programa do partido, sendo também seu secretário-geral, impedindo até sua morte que este se tornasse Partido Comunista e se alinhasse à Internacional Comunista.

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As conferências proferidas na Universidade Popular Gonzalez Prada foram um exemplo do quanto Mariátegui se empenhou na construção de uma sociedade socialista, onde colocou em prática seu projeto de orientação socialista, fazendo com que seus ouvintes ficassem a par do que ocorria na Europa no pós-guerra, as revoluções, o operariado europeu, os sindicatos e a esquerda, num sinal claro de que era preciso conscientizar os conterrâneos a respeito do que ocorria na Europa. A crise não era apenas do lado de cá do Atlântico, atingia a Europa também, e esse processo de busca de um mundo novo não era apanágio do povo peruano. Para Mariátegui, o que acontecia na Europa servia de exemplo para que seu país olhasse para os próprios problemas e buscasse respostas dentro da sua realidade concreta e imediata, mesmo sem abandonar a ciência e o saber europeus.

O projeto de Mariátegui era pela nação socialista. Havia outros, como o de Haya de la Torre com sua proposta de frente ampla e de viés nacionalista-democrático, o que tornou os debates na imprensa peruana e nos meios em que circulavam um bom termômetro da produção intelectual nesse contexto. Vimos a condução de suas práticas políticas, as polêmicas nos vários jornais e revistas, enfim, uma sociedade que se pensa a partir de seus representantes diversos e que tem na prática cotidiana a ação desses agentes transformadores. Agentes que pensam a sua nação a partir de suas especificidades e que colocam em prática seus projetos políticos, congregando setores insatisfeitos dessa mesma sociedade para a luta real, indo além da abstração de conceitos e modelos aplicáveis.

Por isso, concordamos com Florestan Fernandes que vê em Mariátegui não apenas um pioneiro:

Ele promove as primeiras análises concretas, de uma perspectiva marxista, de vários temas cruciais: a formação do capitalismo na Espanha, a irradiação do capitalismo da Europa para a América Latina, as transformações da dominação imperialista sob o impacto do aparecimento e fortalecimento da grande corporação ou da presença norte-americana, e, sobretodo, as relações entre a base econômica e as estruturas sociais e de poder da sociedade peruana, nas várias fases do período colonial e do período nacional (FERNANDES, 1975: XV).

E, com as palavras de Aluízio Alves:

“José Carlos Mariátequi, ao lado de Haya de la Torre, é o outro estudioso que destacamos por ter produzido, na década de vinte, uma contribuição original no que diz respeito à questão: teoria (de procedência européia) versus adequação ao contexto latino-americano” (ALVES FILHO, 2004).

Mariátegui soube aplicar coerentemente o materialismo histórico à interpretação da sua realidade concreta, posibilitando-nos maior conhecimento do Peru e, consequentemente, da América Latina. É claro que há críticas, há limites em seu trabalho, até mesmo utopias mas, para o que nos interessa salientar é o esforço, desde cedo, na construção de processos

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explicativos que pudessem dar conta dos problemas específicos que buscou analisar, inserindo suas análises no seio de discussões gerais que faziam parte do desenvolvimento das ciências como um todo. Nunca defendeu isolamentos, nacionalismos exacerbados. Integrou o nacional ao universal, o local ao mundial, sem prejuízo de análise, pelo contrário, enriqueceu o debate de sua geração ao contribuir com a produção de conhecimento local quando operou com categorías diferentes daquelas já utilizadas.

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Referências Bibliográficas:

ALVES FILHO, Aluízio. Acerca do ‘Modo de Produção das Idéias’ na América Latina. 2004. Disponível em http://achegas.net./numero/dezenove/aluizio_alves_19.htm.

FERNANDES, Florestan. Prefácio de Sete ensaios de interpretação da realidade peruana. 1ª Ed. São Paulo. Ed. Alfa-Omega. 1975.

MARIÁTEGUI, José Carlos. Cartas de Itália. Lima. Ed. Amauta. 1969.

_______________________ Editorial de Amauta: Aniversário e balanço. N. 17. Lima. Setembro de 1928.

________________________Historia de la crisis mundial. Lima. Ed. Amauta. 1959. ________________________La escena contemporánea. Lima. Ed. Minerva. 1925.

________________________Por um Socialismo Indo-americano. Seleção e Introdução de Michel Löwy. Rio de Janeiro. Ed. UFRJ. 2005.

________________________Sete ensaios de interpretação da realidade peruana. 1ª Ed. São

Paulo. Ed. Alfa-Omega. 1975.

Mariátegui Total. Tomo I. 1ª Edición. Conmemorativa del Centenário del Nacimiento de José Carlos Mariátegui. Lima. Biblioteca Amauta. 14 junio, 1994.

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