• Nenhum resultado encontrado

MEDINDO O CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PELO USO E PERCEPÇÃO DAS PRÁTICAS GERENCIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESAS CERTIFICADAS PELA ISO 9001:2000

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "MEDINDO O CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PELO USO E PERCEPÇÃO DAS PRÁTICAS GERENCIAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO EM EMPRESAS CERTIFICADAS PELA ISO 9001:2000"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

www.interscienceplace.org páginas 132--148

Medindo o Conhecimento Organizacional Pelo Uso e Percepção das Práticas

Gerenciais: Uma Contribuição ao Estudo da Gestão do Conhecimento Em

Empresas Certificadas pela ISO 9001:2000

Ricardo Daher Oliveira ¹

ricardo.daher@ig.com.br

Eduardo Schiehll ²

HEC – Université de Montreal - Canadá

eduardo.schiehll#hec.ca

Jose Antonio Arantes Salles ³

Universidade Nove de Julho salles@uninove.br

Resumo: Competitividade crescente e a necessidade de manutenção dos posicionamentos estratégicos fazem com que a empresa moderna procure constantemente a aplicação de modelos, técnicas e práticas gerenciais que visam melhorar e monitorar o desempenho organizacional. Dentre estes, os programas de gestão da qualidade tornaram-se uma ferramenta importante para a melhoria de processos e transferência interna do conhecimento organizacional. Neste sentido, este estudo investigou a existência de uma associação entre o nível de gestão do conhecimento organizacional, manifestado pelas práticas gerenciais adotadas pelas empresas estudadas, e a consolidação dos programas de qualidade total. A amostra, composta de vinte e sete (27) certificadas e vinte e nove (29) não certificadas permitiu, tanto identificar quanto comparar as práticas gerenciais utilizadas em diferentes áreas organizacionais. De forma geral, os resultados sugerem que o grupo de empresas certificadas apresenta um maior índice de adoção das práticas gerenciais investigadas, bem como uma maior percepção da utilidade destas práticas. Os resultados também demonstram que a diferença em termos de adoção e utilidade das práticas gerenciais é sensível ao porte das empresas e ao setor industrial onde, a diferença é maior e mais significativa entre as empresas de pequeno e médio porte.

Abstract: This study seeks to investigate if an association exists among the level of administration of the knowledge organization, manifested by the managerial practices adopted by the studied companies, and the consolidation of the programs of total quality. Growing competitiveness and the need of maintenance of the strategic positions do that the modern company constantly seeks the application of models, techniques and managerial practices that seek to get better and to monitor the acting that companies. Among these, the programs of administration of the quality became an important tool for the improvement of processes and transfer interns of the knowledge organization. In this sense, this study identifies and it compares managerial practices used in different areas that organizations of companies certified and not certified by International Organization for Standardization (ISO). The sample is composed of fifty six (56) companies, being twenty-seven (27) certified and twenty-nine (29) not certified. In a general way, the results suggest that the group of certified companies presents a larger index of adoption of the investigated managerial practices, as well as a larger perception of the usefulness of these you practice. However, some differences are more or less accentuated when the comparison is made at the level of area that organization, suggesting that certain areas are more important than other in a context of quality control and certification. The results also demonstrate that the difference in adoption terms and usefulness of the practice managerial it is sensitive to the load of the companies and the industrial section. For instance, the difference is larger and more significant among companies certified and not certified of small and

(2)

medium load, as well as enters companies of the section of services, as in the case of companies of the engineering section and building site.

Keywords: Knowledge management, managerial practices, quality programs.

1. Introdução

O programa de controle de qualidade total é um sistema administrativo que vem sendo aperfeiçoado a partir de idéias de Demingi, introduzidas no Japão logo após a 2ª Grande Guerra Mundial, e que se tornou mundialmente conhecido como Total Quality Control – TQC ou Controle de Qualidade Total. Segundo Maranhão (2001), em um contexto organizacional a palavra qualidade passou a representar o conjunto de características e propriedades diferenciadoras do produto (ou serviço) oferecido pela empresa e que é inerente à sua missão diante do mercado. Além disso, “ter qualidade” passou a significar que a organização possui pré-requisitos básicos para responder às expectativas implícitas e obrigatórias do negócio. Em principio, estes pré-requisitos são identificados a partir de práticas gerencias que possibilitam o monitoramento dos seus processos operacionais. Vista assim, a empresa que possui um programa de gestão da qualidade deve implantar práticas gerenciais que lhe permitam identificar as necessidades dos envolvidos nos processos operacionais e nas atividades empresariais como um todo, o que pressupõe uma melhor gestão do conhecimento. (CAMPOS, 1999)

Segundo Campos (1999), a implantação bem sucedida de um programa de gestão da qualidade depende também da compreensão dos processos operacionais dentro da organização. São estes processos que definem as relações de causas e efeitos entre ações e resultados e que possibilitarão a gestão eficaz e duradoura da organização. Seguindo esta linha de pensamento, a Gestão da Qualidade defende a utilização de uma série de mecanismos de controle gerencial cujo propósito é o de monitorar os diversos processos operacionais. Este monitoramento é feito, por exemplo, a partir de um conjunto de indicadores de desempenho, financeiro e não financeiros, que visam garantir o funcionamento do sistema dentro de parâmetros de ‘excelência’.

Para Macedo-Soares e Lucas (1996, p.9), “implementar com sucesso uma nova prática de qualidade é quase impossível sem certas práticas gerenciais na área de recursos humanos”. Estes autores sugerem que a implantação, o desenvolvimento e adoção bem sucedida de certas práticas gerenciais dependem do nível de conhecimento organizacional. Esse conhecimento determinará a forma pela qual a empresa utiliza, absorve e gera o conhecimento existente na empresa. Estas considerações, além de conduzirem a um questionamento sobre o papel do conhecimento organizacional no processo de certificação de qualidade das empresas, endossam a descrição de Senge (1998, p. 167), de que as organizações só aprendem por meio de indivíduos que aprendem. Embora aprendizagem individual não seja garantia de aprendizagem organizacional, Senge (1998) sugere que não existe a possibilidade de aprendizagem organizacional sem a aprendizagem individual.

Seguindo a mesma linha de pensamento, e de acordo com os argumentos de Macedo-Soares e Lucas (1996), este estudo considera que a gestão do conhecimento nas organizações se manifesta pelo conjunto de práticas gerenciais desenvolvidas e o seu nível de adoção, que por sua vez, determinariam o nível de excelência da organização.

As normas da International Organization for Standardization (ISO), mais precisamente, as ISO 9001:2000 nasceram da necessidade de contextualizar um conjunto de regras e práticas gerenciais que visam à promoção da qualidade e eficiência das organizações, assim como a satisfação dos seus parceiros e clientes (stakeholders). O propósito principal destas normas é o de orientar a organização na implantação e manutenção de um Sistema de Gerenciamento da Qualidade (SGQ).

No Brasil, a Certificação ISO 9001:2000 depende de uma avaliação dos processos operacionais da empresa, que considera critérios elaborados pelo Plano Nacional da Qualidade – PNQ, da Fundação

(3)

Nacional para Qualidade (2006). No diagnóstico dos processos operacionais para certificação ISO 9001:2000 no Brasil, é utilizado o questionário “Primeiros Passos para o PNQ” que é composto de oito dimensões: Liderança, Estratégia e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Recursos humanos, Processos, Resultados de Desempenho. . Estas dimensões são pontuadas de acordo com as práticas gerenciais utilizadas para monitoramento destas oito dimensões do desempenho organizacional. Esta avaliação dá origem ao relatório de diagnóstico que irá aprovar ou não a certificação da empresa. Todavia, os critérios de excelência em cada uma das oito dimensões do plano se desdobram em outras áreas de avaliação sem que recomendem o uso de práticas ou técnicas gerenciais específicas. Isto significa que tais práticas ou controles gerenciais podem variar significativamente entre empresas com os mesmos níveis de certificação em relação a ISO 9001:2000. Seguindo esta linha de pensamento, este estudo identifica e compara as práticas gerenciais adotadas por empresas certificadas e não certificadas pela ISSO 9001 no Brasil. O objetivo é de investigar se existe uma associação entre o nível de gestão do conhecimento organizacional, manifestado pelas práticas gerenciais da empresa, e a consolidação dos Programas de Qualidade Total cuja análise permitirá a identificação de práticas gerenciais que antecedem a implantação de um programa de qualidade baseado nas Normas ISO 9001:2000.

A amostra é composta de cinqüenta e seis (56) empresas, sendo vinte e sete (27) certificadas e vinte e nove (29) não certificadas. De forma geral, os resultados sugerem que o grupo de empresas certificadas apresenta um maior índice de adoção das práticas gerenciais investigadas, bem como uma maior percepção da utilidade destas práticas. Entretanto, algumas diferenças são mais ou menos acentuadas quando a comparação se faz ao nível das áreas organizacionais, sugerindo que certas áreas são mais importantes que outras, num contexto de controle de qualidade e certificação. Os resultados também demonstram que a diferença em termos de adoção e utilidade das práticas gerenciais é sensível ao porte das empresas e o setor industrial. Por exemplo, a diferença é maior e mais significativa entre empresas certificadas e não certificadas de pequeno e médio porte, bem como entre empresas do setor de serviços, como o setor de Engenharia e construção civil.

A seqüência deste documento é organizada da seguinte forma: a seção que se segue, apresenta a revisão de literatura que motivou este estudo bem como as hipóteses formuladas; na seção 3 descrevem-se os métodos utilizados para coletar e analisar os dados, enquanto a seção 4 apresenta-se a análise e discussão dos resultados. Por fim, a seção 5 documenta as conclusões do estudo, bem como as limitações e oportunidades de pesquisa futura.

2. Revisão da Literatura

Hansen et. al. (2001), sugere que a gestão do conhecimento como prática intencional é um movimento moderno, dada a necessidade dos executivos verificarem as melhores práticas no ambiente organizacional. Segundo Muñoz-Seca & Riverola (2004, p.18) “o observável resultante da existência de um conhecimento são os resultados obtidos na resolução de problemas”. A idéia básica desse autor é a de que todo e qualquer problema requer, para sua solução, um determinado tipo de conhecimento. Visto assim, o nível da gestão do conhecimento num contexto organizacional poderá ser analisado através das práticas gerenciais adotadas pois, enquanto as práticas orientam as ações gerenciais, o conhecimento organizacional define o impacto e limitações destas mesmas ações.

Neste sentido, para justificar uma associação entre gestão do conhecimento organizacional e os programas de qualidade é necessário que se faça uma breve análise das questões relacionadas com aprendizado do homem. O objetivo é de demonstrar que as práticas gerenciais relacionadas à gestão do conhecimento organizacional habilitam ou facilitam uma organização a obter a certificação ISO 9001:2000.

(4)

2.1 A Conversão do Conhecimento Empírico em Cientifico como Processo de Formalização do Conhecimento Organizacional

Vários estudos foram feitos no sentido de obter explicações sobre a forma pela qual o homem adquire conhecimento. Entre outros, Hessen (1999) identifica que o conhecimento humano tem tanto um sentido lógico quanto psicológico cujos aspectos são identificados pelas escolas que especulam sobre as origens do conhecimento. Sendo assim, algumas dessas escolas defendem a formação do conhecimento como um processo lógico, outras pelo processo experimental e outras, pela relação entre esses dois processos.

A verificação da discussão acerca das origens do conhecimento fortalece a definição dada por Hessen (1999, p.69) para o conhecimento, segundo o qual, “conhecimento quer dizer uma relação entre sujeito e objeto”. O autor descreve que “o verdadeiro problema do conhecimento, portanto, coincide com a questão sobre a relação entre sujeito e objeto”.

É a partir da constatação de que o conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido que, Almeida (2002) e Ruiz (2002) descrevem, com base na teoria do conhecimento, os quatro (04) tipos de conhecimentos que traduzem a relação existente entre sujeito e objeto, que são: o conhecimento empírico (obtido a partir da inserção do sujeito tanto no ambiente interno quanto no externo e da interação com as pessoas que fazem parte destes ambientes),o

conhecimento científico (que procura conhecer as causas e as leis que se aplicam sobre determinado

fenômeno), o conhecimento filosófico (que busca constantemente o sentido, a justificativa possível a respeito de tudo aquilo que envolve o homem e sobre o próprio homem em sua existência concreta) e o

conhecimento teológico (identificado em função da existência de algo oculto ou de um mistério que

alguém deseja conhecer, podendo estar associado a dados da natureza, a vida futura ou mesmo a existência do absoluto). Esses tipos de conhecimentos representam quase toda a base teórica para a fundamentação do que modernamente se traduz como teoria do conhecimento e que possibilita a discussão acerca da gestão do conhecimento.

A conversão do conhecimento empírico em conhecimento científico como forma de melhorar os processos industriais ganhou força nas empresas, a partir da obra de Taylor (1990), publicada originalmente em 1911, sob o título “Principles of Scientific Management”. Taylor (1990) sugere que, dentre as causas prováveis da ineficiência do trabalhador esta a ausência dos métodos científicos na execução das tarefas. De lá para cá, é exatamente isto que as empresas vêm fazendo, ou seja, melhorando seus processos a partir do desenvolvimento do conhecimento científico do homem.

Nonaka (2000) acredita que a criação de conhecimento na organização está associada a uma interação dinâmica entre os conhecimentos tácitos e explícitosii, dando origem a: socialização, articulação, combinação e a internalizarão das relações entre os participantes da organização, cabendo à gestão do conhecimento organizar um conjunto de atividades capazes de desenvolver e controlar todo o tipo de conhecimento para utilizá-lo no alcance dos objetivos da empresa.

A partir da abordagem feita por Nonaka, outros autores buscaram maiores detalhes acerca do processo de criação e gestão do conhecimento organizacional. Entre os muitos autores, De Long et al. (1997), declaram que conhecimento pode ser definido como a combinação entre a informação e o contexto humano, que possibilita um aumento na capacidade de agir. Estes autores entendem que os gestores precisam ficar atentos a duas dimensões do conhecimento. A primeira é que enquanto meio para melhoria organizacional, o conhecimento é propriedade do indivíduo, do grupo ou da organização. A segunda dimensão diz respeito ao fato de que o conhecimento poderá apresentar-se de forma explícita ou estruturada, com a vantagem de poder ser compartilhado através de métodos formais, tais como relatórios, documentos, bancos de dados, produtos e processos.

(5)

Neste sentido, a influência dos tipos de conhecimentos existentes, além de contribuir para abordagens recentes sobre o processo de formalização do conhecimento organizacional, contribui, também, para a sustentação de temas relacionados com o empreendedorismo. Visto assim, o sucesso da implantação e manutenção de um programa de qualidade estará sujeita ao “mix” de conhecimento dos seus participantes ora manifestado pelo senso organizacional (fruto do senso comum). Esta visão é corroborada pelo próprio Modelo de Excelência do Premio Nacional da Qualidade – PNQ, que norteia as empresas brasileiras rumo à busca da excelência e competitividade.

2.2 Práticas gerenciais como instrumento de gestão do conhecimento organizacional

A ciência da administração oferece um conjunto de práticas, métodos e teorias que visam garantir um mínimo de controle e previsibilidade ao funcionamento da organização, enquanto sistema aberto e interativo. Segundo a teoria da firma, os propósitos da ciência da administração decorrem do fato de que os fatores de produção (terra, trabalho e capital) por si só não nos conduziriam a um processo de evolução senão por intermédio do ser humano.

O estudo de Marshall (1985), por exemplo, sugere acerca da necessidade de que um sistema possa ter um conhecimento capaz de organizar todo o esforço do homem no emprego da produção. Esta percepção leva o autor a declarar que “o capital consiste, em parte, em conhecimento e organização [...]” (MARSHALL, 1985, p. 135), sendo “o conhecimento é nossa mais potente máquina de produção: habilitando-nos a submeter à natureza e forçá-la a satisfazer nossas necessidades”.

A visão de Marshall (1985), vista num contexto sistêmico, fortalece a perspectiva de que o processo de gestão do conhecimento humano se manifesta no processo produtivo a partir de um conjunto de ações deliberadas com o propósito de se atingir os objetivos da organização. A figura a seguir tem por objetivo representar o ambiente organizacional como um sistema aberto e onde as práticas gerenciais são à base da gestão do conhecimento organizacional.

Figura 1: Contexto da Gestão do Conhecimento

Conforme ilustrado pela figura 1, e em conformidade com o estudoiii de Daher & Salles (2002), a questão central deste estudo está relacionada à discussão de como a gestão do conhecimento organizacional pode ser representada pelas práticas gerenciais. Segundo Daher e Salles (2002), as práticas gerenciais permitem a manutenção e maximização de um sistema de gestão da qualidade (SGQ), de forma a reverter o processo de entropia ou mesmo de autofagia empresarial. Seguindo esta linha de pensamento, o presente estudo se motiva nas Normas ISO 9001:2000 que preconiza o uso de práticas gerenciais para a gestão e controle de processos operacionais, os quais, segundo as normas, permitem que as empresas atinjam um estado de excelência operacional. A figura a seguir contextualiza toda a idéia do PNQ para o alcance da “excelência”.

(6)

Figura 2: Variáveis de Verificação dos Critérios de Excelência da Qualidade Fonte: Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ/2006

Como ilustra a figura 2, um total de oito (08) critérios chaves (Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados) do desempenho organizacional, estão literalmente envoltos por uma atmosfera de transferência de informação e conhecimento, sugerindo a idéia de que a qualidade, ou excelência operacional, esta relacionada à gestão do conhecimento organizacional.

A idéia de que a qualidade total está sujeita a forma pela qual a organização lida com a gestão do conhecimento organizacional, é endossada por Mukherjee; Lapre & Van Wassenhove (1998). Segundo estes autores, o conhecimento organizacional está diretamente associado as pessoas, produtos e processos da organização. Esta visão, também, converge para a abordagem proposta por Nonaka (2000) uma vez que ambos os estudos defendem que o conjunto de práticas gerenciais pode ser usado como um parâmetro de medida para a avaliação do processo de gestão do conhecimento nas organizações. Nesta mesma linha, o estudo realizado por Lin & Wu (2005) identificou que as atividades de treinamento, a organização da base de dados, a tecnologia da informação, o desenho organizacional, a cultura da organização e os recursos humanos encabeçam o ranking das principais variáveis responsáveis pelo gerenciamento do conhecimento das organizações. Diante desta constatação, Lin & Wu (2005), buscaram identificar quais as práticas relevantes de gestão do conhecimento que poderiam ser identificadas nos processos empresariais a partir do ranking das variáveis identificadas.

Outra importante abordagem acerca da identificação das práticas gerenciais nas organizações com certificação ISO 9001:2000 foi feita por Macedo-Soares & Lucas (1996). Essas autoras investigaram as práticas gerenciais das empresas líderes em qualidade no Brasil. Este estudo identificou seis áreas gerenciais considerada como chaves que foram: Liderança Gerencial no Desenvolvimento de uma Cultura de Qualidade, Gestão Participativa, Gestão do Controle e Garantia da Qualidade, Gestão por processos de negócios, Gestão de Relação com os Clientes e Gestão de Pessoas. A partir destas seis áreas, o estudo feito por Macedo-Soares & Lucas (1996) sugere um conjunto de atividades que demonstram o estado da arte das práticas gerencias das empresas consideradas “excelentes” no mercado brasileiro naquele período.

Nesta mesma linha de pesquisa, Cunha & Santos (2004), estudaram as práticas gerenciais relacionadas à inovação empresarial em empresas lideres em inovaçãoiv. A pesquisa contemplou seis (06) áreas de controle das práticas que trataram da Estratégia, Estrutura e Processos, Pessoas, Inovação e Tecnologia, Alianças Estratégicas e o Meio Ambiente, que por sua vez desdobravam-se em quarenta e nove (49) outras práticas gerenciais.

(7)

De forma geral, estes estudos buscaram associar o sucesso das organizações com o nível de utilização de certas práticas gerenciais. Assim sendo, o presente estudo adota a perspectiva de que o nível de gestão do conhecimento organizacional pode ser medido a partir do conjunto de práticas gerenciais utilizadas pelas organizações. Seguindo esta linha de pensamento, a figura 3 a seguir ilustra a dinâmica da gestão do conhecimento nas organizações proposta pelo presente estudo.

Figura 3: Ciclo da Gestão do Conhecimento

O modelo proposto na Figura 3 pressupõe que o ambiente externo a partir da competição, inovação, fatores econômicos, tecnologia, e educação disponibilizam indivíduos com os mais variados níveis de conhecimentos seja, científico, empírico, filosófico ou teológico. Esses indivíduos, uma vez agrupados, formarão um composto de conhecimento ou mix de conhecimento que determinarão o conhecimento organizacional. Esse, então, definirá as práticas gerenciais que a organização adotará em função dos seus propósitos organizacionais ou mesmo pela pressão do ambiente externo.

É justamente nessas práticas gerenciais que reside à concepção da prática da gestão do conhecimento a qual este estudo propôs investigar, buscando uma comparação entre as empresas certificadas pela ISO 9001:2000, ditas portadoras de boas práticas gerenciais, com as empresas de porte semelhante, mas não certificadas. Dentro desta perspectiva, o presente estudo se propõe a investigar se o nível de gestão de conhecimento manifestado pelo uso e percepção de utilidade das práticas gerenciais, é um fator chave na obtenção de certificação de qualidade. Desta forma, este objetivo pode ser descrito pela seguinte questão:

Existe uma relação entre o nível de gestão do conhecimento, medido através das práticas gerenciais adotadas na empresa, e a obtenção de certificados de gestão da qualidade?

A fim de operacionalizar esta investigação, a questão de pesquisa descrita acima foi transformada em duas hipóteses:

H1. Empresas certificadas apresentam um maior nível de adoção de práticas gerenciais que empresas não certificadas.

H2. Empresas certificadas apresentam uma maior percepção de utilidade das práticas

gerenciais que empresas não certificadas.

Consistente com proposição deste estudo e as hipóteses levantadas, os parágrafos seguintes descrevem os métodos utilizados no desenvolvimento desta pesquisa.

3. Métodos de Pesquisa

Esta seção descreve os métodos de pesquisa utilizados para testar empiricamente a(s) proposições apresentadas na seção anterior sobre a relação entre as práticas gerenciais, a gestão do conhecimento organizacional e a implantação de programas de qualidade total. Os parágrafos que seguem descrevem as variáveis investigadas, a seleção da amostra de empresas que fazem parte deste estudo, e por último, o processo de coleta de dados sobre as empresas da amostra.

(8)

A fim de examinar empiricamente a relação entre a gestão do conhecimento organizacional, as práticas gerenciais, e o sucesso na obtenção da certificação ISO 9000, um modelo conceitual é proposto. baseado na idéia de que quando se fala sobre gestão do conhecimento nas organizações, está se falando, sobretudo, das práticas gerenciais existentes na organização. Por outro lado, o modelo também pressupõe que as práticas gerenciais têm origem no conhecimento individual de cada empregado para posteriormente somar-se aos demais conhecimentos, dando origem ao que Pan & Scarbrough (1999) definem como sendo o conhecimento organizacional. Assim sendo, todo estudo sobre a gestão do conhecimento organizacional e qualidade estará sempre sujeito a um conjunto de variáveis endógenas e exógenas.

Neste sentido, é possível identificar as três varáveis que dão sustentação ao modelo proposto neste artigo que são: as Variáveis Independentes, definidas a partir de um conjunto de práticas gerenciais existentes na organização, visto que essas práticas, além de capturar o nível de gestão do conhecimento organizacional, determinam também o modus operandi da organização na busca dos seus objetivos; as

Variáveis Dependentes, representadas pelo nível de certificação dos programas de qualidade das

empresas uma vez que o pressuposto básico defendido pelos programas de gestão da qualidade é de que empresas portadoras de certificação ISO 9001:2000 possuem boas práticas gerenciais; e, as Variáveis

de Controle, representadas pelos agentes externos que determinam e influenciam a adoção de práticas

gerenciais pela organização tais como, o nível de competição existente entre as empresas de uma mesma indústria ou com indústrias correlatas (PORTER, 1986); inovações e tecnologias que a todo instante promovem a ruptura do pensamento estratégico (D’AVENI, 1996; STREBEL, 1993 e LAND & JARMAN, 1990), fatores econômicos como a política de juros, câmbio, investimentos; e o sistema de educação (SCHULTZ, 1987), afetam consideravelmente o contexto da gestão do conhecimento organizacional e por essa razão devem ser monitorados, conforme pressupõe o já consagrado modelo

S.W.O.T.v.

Desta forma, o presente estudo promove a comparação das práticas gerenciais entre empresas com a mesma atividade produtiva, com porte similar e, inserida num mesmo contexto competitivo pressupondo que empresas com mesma atividade produtiva, porte similar e num mesmo ambiente competitivo estão expostas aos mesmos agentes externos que determinam e influenciam a adoção de práticas gerenciais.

3.2 Amostra da Pesquisa

A amostra deste estudo é composta de cinqüenta e seis (56) empresasvi, sendo vinte e sete (27) empresas com certificação ISO 9001:2000 e, vinte e nove (29) empresas não certificadas com processos produtivos e porte similar aos das empresas certificadas. Ambos os grupos são constituídos de empresas localizadas no Estado do Espírito Santo, Brasil. O presente estudo utiliza-se da forma quantitativa e qualitativa de coleta de dados de um grupo de empresas e examina as práticas gerenciais enquanto um fenômeno da gestão do conhecimento. A tabela 1 apresenta distribuição das empresas pesquisadas quanto ao porte.

Tabela 1: Distribuição Por Porte

n 56 n 56

2 - Pequena Empresa 6 10,71% 7 12,50% 23,2%

3 - Media Empresa 15 26,79% 18 32,14% 58,9%

4 - Grande Empresa 6 10,71% 4 7,14% 17,9%

Total 27 48,21% 29 51,79% 100,0%

Porte das Empresas

Empresas

Geral

Certificadas Não Cetificadas

Como observado, na tabela 1, a amostra das empresas pesquisadas apresenta uma concentração de médias empresas.

(9)

Outro ponto avaliado na amostra, diz respeito à verificação da concentração das atividades empresariais conforme demonstradas na tabela 2.

Tabela 2: Distribuição dos Grupos Industriais

n Cetificada n Ñ Certificada n Geral

1 1,8% 2 3,6% 3 5,4% 2 3,6% 2 3,6% 4 7,1% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 2 3,6% 2 3,6% 4 7,1% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 1 1,8% 0 0,0% 1 1,8% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 1 1,8% 0 0,0% 1 1,8% 2 3,6% 2 3,6% 4 7,1% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 10 17,9% 13 23,2% 23 41,1% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 1 1,8% 1 1,8% 2 3,6% 27 48,21% 29 51,79% 56 100,0% EMPRESAS CONCESSIONARIAS DE VEÍCULOS DESENV. DE SISTEMAS E AUTOMAÇÃO

DESENV. E FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE BORRACHA EMPRESA DE AGENCIAMENTO DE VIAGENS

EMPRESA DE ASSESSORIA E CONSULTORIA

EMPRESA DE COMUNICAÇAO E TELECOMUNICAÇAO EMPRESA DE IMPORTAÇAO E EXPORTAÇAO

EMPRESA DE SANEAMENTO EMPRESA DE TRANSPORTE INDUSTRIA ALIMENTICIA INDUSTRIA DE CERAMICA INDUSTRIA DE CONFECÇÕES

INDUSTRIA DE ENGENHARIA E CONSTRUÇAO CIVIL INDUSTRIA GRÁFICA

SERVIÇOS DE EVENTOS

A concentração das empresas pesquisadas na indústria da construção civil está diretamente relacionada com o crescimento imobiliário do mercado local em função da indústria do petróleo que aumentou consideravelmente suas atividades no Espírito Santo – Brasil, onde foram coletadas as informações dessa pesquisa. Com o crescimento da indústria da construção civil, novas regulamentações surgiram no setor com o propósito de aumentar segurança e confiabilidade das empresas prestadoras de serviço, o que de certa forma, contribuiu para uma maior procura por certificações de qualidade por empresas dessa área.

3.3 Coleta dos Dados

Para Martins (1994), tanto nos estudos exploratórios quanto nos estudos descritivos, o instrumento mais comum para a coleta de dados é o questionário e a entrevista. Além do uso do questionário e da entrevista, Vergara (2000) recomenda que se faça, também, o uso de formulários ou questionários. Assim sendo, este estudo optou pela adoção do questionário como instrumento de coleta de dados. Ressaltando que o método de coleta de dados foi selecionado em função dos objetivos deste estudo e que para isto, considerou-se tanto a análise quantitativa quanto qualitativa.

Diante das considerações feitas quanto à coleta e tratamento dos dados deste estudo, o questionário utilizado apresenta perguntas abertas e fechadas que foram respondidas pelo Presidente, Diretor, Gerente, ou outra pessoa identificada como responsável pelas atividades gerenciais das empresas pesquisadas.

O questionário submetido aos entrevistados teve como principal objetivo a identificação e a percepção de utilidade das práticas gerenciais adotadas pela empresa, no âmbito de cinco (05) dimensões: estrutura organizacional, controle de produção, controle gerencial, gestão de pessoas, e utilização de sistemas de informações cujas dimensões desdobram-se em trinta e cinco (35) práticas gerenciais estão descritas na tabela 5, a seguir.

Neste sentido, o questionário procurou captar os aspectos relacionados à existência de práticas gerencias considerando:

• O nível de adoção da prática ou método gerencial (H1) e.

• A percepção da utilidade que a utilização da pratica gerencial (H2) traz para a organização.

(10)

As relações entre empresas certificadas e não certificadas foram analisadas considerando-se a utilização e a percepção da utilidade das práticas gerenciais, controlando-se a atividade industrial e o porte das empresas incluídas na amostra. A análise da amostra foi feita considerando-se a estatística descritiva e o Teste –T para verificação das médias, o que permitiu que se chegasse aos dados abaixo relacionados.

4.1 Análise Descritiva da Amostra

Num primeiro momento, a análise feita procurou identificar, por porte de empresa, se empresas certificadas apresentavam um maior nível de adoção das práticas gerenciais. A tabela 3 apresenta os dados obtidos da amostra.

Tabela 3: Nível de adoção das práticas gerenciais por porte

Porte da Empresa Adota Adota Parcialmente

Não

Adota Adota

Adota

Parcialmente Não Adota

Pequena Empresa 62% 10% 29% 36% 7% 57%

Média Empresa 66% 11% 23% 39% 12% 49%

Grande Empresa 74% 10% 16% 75% 14% 11%

EMPRESAS CERTIFICADAS EMPRESAS NÃO CERTIFICADAS

Conforme documentado na tabela 3 acima, as empresas certificadas de pequeno e médio porte apresentam uma maior adoção de práticas gerenciais investigadas se comparadas com as empresas não certificadas do mesmo porte. Já nas empresas de grande porte, o que se percebe é que a adoção das práticas gerenciais descritas neste estudo não é privilégio das empresas certificadas uma vez que os percentuais das empresas certificadas e não certificas quase se equiparam.

Um aspecto que a análise descritiva da amostra permitiu-nos constatar esta relacionada ao nível de percepção de utilidade das práticas gerenciais por porte de empresa. A tabela 4 apresenta os dados coletados pela pesquisa.

Tabela 4: Nível de percepção da utilidade das práticas gerenciais por porte

Porte da Empresa Percebe a

Utilidade Percebe Parcialmente a Utilidade Não Percebe a Utilidade Percebe a Utilidade Percebe Parcialmente a Utilidade Não Percebe a Utilidade Pequena Empresa 46% 18% 36% 19% 10% 71% Média Empresa 52% 15% 34% 24% 17% 59% Grande Empresa 66% 10% 24% 62% 24% 14%

EMPRESAS CERTIFICADAS EMPRESAS NÃO CERTIFICADAS

Conforme documentado na Tabela 4, tantos as empresas certificadas de pequeno e médio porte quanto às de grande porte, apresentam um maior nível de percepção de utilidade das práticas gerenciais se comparadas com as empresas não certificadas do mesmo porte. Contudo, nas empresas de grande porte, o nível de percepção de utilidade das práticas gerenciais sugeridas neste estudo, são muito próximos entre empresas certificadas e não certificadas. Um último aspecto analisado a partir da análise descritiva dos dados é o nível de adoção e percepção de utilidade das práticas gerenciais, considerando-se as áreas organizacionais sugeridas neste estudo. A tabela 5 apreconsiderando-senta os dados coletados na pesquisa

(11)

Tabela 5: Percentual de adoção e percepção de utilidade das práticas gerenciais por área organizacional n1 % n1 n1 % n1 n2 % n2 n2 % n2 Cert Não Cert Cert Não Cert Organograma 56 27 96% 27 59% 29 69% 29 31% Estudo de Layout 56 27 81% 27 74% 29 59% 29 38% Normas Ambientais 56 27 63% 27 48% 29 66% 29 41% 80% 64% 60% 37% Estudo de Tempos e Movimentos 56 27 63% 27 56% 29 59% 29 38%

PCP – Planejamento e Cont. Produção 56 27 59% 27 44% 29 45% 29 21% Avaliação de Fornecedor 56 27 93% 27 81% 29 24% 29 41% Just in Time 56 27 33% 27 33% 29 28% 29 28% Controle de Processos 56 27 89% 27 85% 29 59% 29 34% Desenvolvimento de Produtos 56 27 56% 27 44% 29 34% 29 21% Sistema de Armazenagem 56 27 63% 27 70% 29 48% 29 38%

Ponto de Equilíbrio Operacional 56 27 70% 27 48% 29 55% 29 28% 66% 44% 58% 31% Contabilidade Gerencial 56 27 81% 27 59% 29 59% 29 34%

Indicadores de Gestão 56 27 85% 27 63% 29 17% 29 10% Gestão Orçamentária 56 27 74% 27 59% 29 41% 29 24% Sistema de Custeio 56 27 59% 27 37% 29 34% 29 10% Sistemas de Metas 56 27 89% 27 70% 29 52% 29 41%

Gestão do Capital de Giro 56 27 59% 27 22% 29 66% 29 31% 75% 45% 52% 25% Plano e Cargos e Salários 56 27 37% 27 33% 29 21% 29 7%

Recrutamento e Seleção 56 27 74% 27 48% 29 38% 29 28% Programas de Treinamento 56 27 81% 27 81% 29 45% 29 55% Programas de Qualificação 56 27 70% 27 41% 29 14% 29 14%

Sistemas de Avaliação de Desempenho 56 27 67% 27 56% 29 31% 29 24% 66% 30% 52% 26% Pesquisa com Cliente 56 27 100% 27 89% 29 31% 29 28%

Definição de Área de Atuação 56 27 63% 27 59% 29 66% 29 41% Mapeamento de Representantes 56 27 26% 27 26% 29 24% 29 21% Participação Em Eventos 56 27 78% 27 74% 29 59% 29 45% Instrumentos de Mídia 56 27 59% 27 52% 29 38% 29 34% 65% 43% 60% 34% Sistema Contábil 56 27 52% 27 44% 29 38% 29 28% Sistema Financeiro 56 27 96% 27 59% 29 72% 29 38% Sistema de Marketing 56 27 41% 27 11% 29 24% 29 3% Sistema de Produção 56 27 63% 27 44% 29 45% 29 7% Sistema Integrado – ERP 56 27 52% 27 41% 29 31% 29 14% Acesso a Internet 56 27 33% 29 38%

Comunicação pela Intranet 56 27 85% 29 52%

Treinamento em Informatica 56 27 44% 29 34% 58% 42% 40% 18%

67% 54% 43% 28%

Área

Organizacional Práticas Gerenciais n

Certificadas (n1) Não Certificadas (n2) Resumo Por Àrea Organizacional Adoção Percepção de Utilidade Adoção Percepção de Utilidade Adoção das PGer Percepção de Utilidade Controle de Gerencial Gestão de Pessoas Estrutura e Organização Controle de Produção

TOTAL GERAL (médias) Controle de

Mercado

Sistemas de Informações

Conforme documentado pela Tabela 5, de forma geral o grupo das empresas certificadas apresenta tanto uma maior adoção quanto uma maior percepção da utilidade das práticas gerenciais investigadas neste estudo. Em apenas quatro itens pesquisados, as empresas não certificadas superam as certificadas no que se refere a uma maior adoção das práticas gerenciais que foram nos itens: Normas Ambientais (1030), Gestão do Capital de Giro (3170), Definição da Área de Atuação (5240) e Acesso dos Empregados a Internet (6330). Entretanto, as margens de diferença apresentadas não são significativas a ponto de afirmar-se que nestes itens as empresas não certificadas possuem um melhor desempenho. Dentro das propostas deste estudo, procurou-se então, através de testes de verificação das médias (Teste – T), a confirmação ou não das hipóteses descritas possibilitando desta forma, atingir os objetivos propostos e, consequentemente, responder ao problema central desta pesquisa.

4.2 Testes de Diferenças

O teste T de diferença é um teste paramétrico que compara as observações de uma mesma variável entre dois grupos da amostra. O objetivo deste teste é identificar se a media é significativamente diferente entre dois grupos de indivíduos de uma mesma amostra. Este teste permite de testar se existe uma diferença estatisticamente significativa entre dois grupos de uma mesma amostra. Assim sendo, as duas hipóteses deste estudo foram investigadas comparando-se o nível de adoção (H1) e percepção de

(12)

utilidade (H2) das práticas gerenciais investigadas entre o grupo de empresas certificadas (n = 29) e não certificadas (n = 27). Os resultados dos testes de diferença de media são apresentadas nos parágrafos que seguem.

4.2.1 Nível de Adoção das Práticas Gerenciais nas Empresas Pesquisadas

No primeiro teste, procurou verificar se as empresas certificadas apresentam um maior índice de ocorrência de adoção das práticas gerenciais que as empresas não certificadas. Os resultados dos testes encontram-se resumidos na tabela a seguir.

Tabela 6: Verificação do Nível de Adoção das Práticas Gerenciais na Amostra toda

1 - 0,542857 0,770370 (0,227513) (4,4378) 0,0000 2 -0,655172 0,802469 (0,147297) (1,9832) 0,0262 0,573276 0,722222 (0,148946) (2,2398) 0,0146 0,522989 0,820988 (0,297999) (3,8926) 0,0001 0,475862 0,800000 (0,324138) (4,5257) 0,0000 0,531035 0,785185 (0,254151) (4,1036) 0,0001 0,534483 0,740741 (0,206258) (3,6111) 0,0003

2.4 - Gestão de Recursos Humanos 2.5 - Controle de Mercado 2.6 - Sistemas de Informação Por area organizacional 2.1 - Estrutura e Organização 2.2 - Controle de Produção 2.3 - Controle Gerencial

Resultados

Mean Mean Diff. T - test Signif

Hipotese 1: Empresas certificadas apresentam

uma maior intensidade (nível) de adoçao de

práticas gerenciais que empresas não certificadas.

Empresas Não Certificadas

Empresas Certificadas

Todas as areas organizacionais - Geral

A análise dos resultados apresentados na Tabela 6 permite concluir que tanto em termos gerais quanto na análise por área organizacional, as empresas certificadas desta amostra apresentam um maior índice de adoção das práticas gerenciais investigadas. Todos os resultados do teste-t de diferença são significativos o que suporta a hipótese levantada neste estudo de que as empresas certificadas apresentam um maior nível de adoção das práticas gerenciais.

4.2.2 Nível de Intensidade da Percepção de Utilidade das Práticas Gerenciais nas Empresas Pesquisadas

Verificados os níveis de adoção das práticas gerenciais pelas empresas da amostra, a segunda etapa dos testes buscou a verificação da hipótese de que as empresas certificadas apresentam uma maior intensidade de percepção de utilidade das práticas gerenciais investigadas neste estudo conforme descrito na segunda hipótese desta pesquisa (H2). Esta confirmação se faz pertinente no sentido que a adoção não se traduz necessariamente na percepção de utilidade da ferramenta gerencial. Os resultados do Teste-T para a hipótese levantada são apresentados na tabela a seguir.

Tabela 7: Índice de Intensidade da Percepção de Utilidade das Práticas Gerenciais

1 - 0,280172 0,535880 (0,255707) (4,9825) 0,0000 2 -0,367816 0,604938 (0,237122) (2,6414) 0,0054 0,310345 0,578704 (0,268359) (4,3309) 0,0000 0,252874 0,518519 (0,265645) (4,2161) 0,0000 0,255172 0,518519 (0,263346) (3,3548) 0,0007 0,337931 0,600000 (0,262069) (3,4298) 0,0006 0,179310 0,400000 (0,220690) (3,5563) 0,0004 2.3 - Controle Gerencial

2.4 - Gestão de Recursos Humanos 2.5 - Controle de Mercado 2.6 - Sistemas de Informação

Todas as areas organizacionais - Geral Por area organizacional

2.1 - Estrutura e Organização 2.2 - Controle de Produção

Hipotese 2: Empresas certificadas apresentam uma maior intensidade (nível) de percepção da utilidade das práticas gerenciais que empresas não certificadas.

Empresas Não Certificadas

Empresas

Certificadas Resultados

Mean Mean Diff. T - test Signif

Considerando-se os resultados do teste-t de diferença apresentados na Tabela 7, constata-se que tanto em termos gerais quanto por área organizacional, as empresas certificadas apresentaram um maior índice de intensidade de percepção de utilidade das práticas gerenciais se comparadas com o grupo de empresas não certificadas. O fato dos níveis de significância (Signif) dos testes t de diferença terem

(13)

ficado abaixo de 10%, significa que os dados da amostra oferece suporte para confirmação da segunda hipótese (H2) deste estudo.

4.2.3 Testes de Sensibilidade dos Dados da Amostra

A curiosidade científica que motivou este estudo buscou em primeiro momento a verificação e comparação dos níveis de adoção e de percepção de utilidade das práticas gerenciais investigadas entre empresas certificadas e não certificadas. O pressuposto deste estudo é que a adoção de práticas gerenciais resulta em uma melhor gestão do conhecimento organizacional e, consequentemente, deve ser significativamente superior em empresas certificadas pela ISO 9001:2000. Neste sentido, questões como a atividade empresarial e o porte das empresas da amostra não foram diretamente considerados nos testes precedentes. Entretanto, conforme documentado pelas Tabelas 1 e 2, a amostra deste estudo apresenta uma maior incidência de empresas de médio porte e do setor da construção civil, respectivamente. Diante desta constatação, as análises que seguem procuram verificar se os dados apresentados nos testes anteriores são sensíveis á atividade empresarial e ao porte das organizações. As análises de sensibilidade da amostra são apresentadas nos itens a seguir.

4.2.3.1 Sensibilidade Quanto a Atividade Empresarial

Para a verificação da sensibilidade da amostra quanto à atividade empresarial, foram excluídas todas as empresas da Indústria de Engenharia e Construção Civil (cód. 9120), os resultados do Teste-T são apresentados na tabela abaixo.

Tabela 8: Sensibilidade da Amostra à Atividade Empresarial

1 - 0,628571 0,761345 (0,132773) (1,9054) 0,0330 2 -0,666667 0,764706 (0,098039) (0,9305) 0,1797 0,617188 0,691177 (0,073989) (0,8525) 0,2020 0,625000 0,803922 (0,178922) (1,7749) 0,0429 0,512500 0,776471 (0,263971) (2,8790) 0,0036 0,637500 0,800000 (0,162500) (2,0949) 0,0222 0,609375 0,764706 (0,155331) (2,0325) 0,0254 2.3 - Controle Gerencial

2.4 - Gestão de Recursos Humanos 2.5 - Controle de Mercado 2.6 - Sistemas de Informação

Todas as areas organizacionais - Geral Por area organizacional

2.1 - Estrutura e Organização 2.2 - Controle de Produção

Hipotese 1: Empresas certificadas de Pequeno e Grande porte apresentam uma maior intensidade (nivel) de adoção das práticas gerenciais que empresas não certificadas de porte similar.

Empresas Não Certificadas

Empresas

Certificadas Resultados

Mean Mean Diff. T - test Signif

Conforme documenta a Tabela 8, em geral as empresas certificadas, independentemente do setor, apresentam uma maior adoção das práticas gerenciais do que as empresas não certificadas. Contudo, quando a análise é feita por área organizacional, é possível verificar que o teste-T de diferença não é significativo (grau de significância superior a 10%) para os quesitos: Estrutura e Organização e Controle de Produção, no diz respeito ao nível de adoção das práticas gerenciais. Isto significa que nestes quesitos, a hipótese de que as empresas certificadas possuem uma maior intensidade de adoção das práticas gerenciais do que em empresas não certificadas, pode não ser verdadeira. Assim sendo, os resultados dos testes vistos nas Tabelas 6 e 7, no que se refere aos quesitos indicados acima, são sensíveis a forte concentração de empresas que pertencem à atividade empresarial Engenharia e Construção Civil. Quanto aos demais quesitos, ou áreas organizacionais, os resultados não são sensíveis a atividade industrial e suportam os resultados discutidos anteriormente, cuja conclusão é que o grupo de empresas certificadas adotam um maior numero de práticas gerencias, bem como parecem ter uma maior percepção da utilidade das práticas gerencias investigadas.

(14)

A fim de verificar se os resultados apresentados de forma geral, discutidos anteriormente, também apresentavam sensibilidade quanto ao porte das empresas, o teste-T apresentado na tabela 9, excluiu da amostra, todas as empresas de porte médio (Porte 3) visto que conforme documentado na Tabela 1, as empresas de médio porte representam 59% das empresas da amostra. Desta forma, os resultados dos Testes-T apresentados abaixo considera apenas os grupos das pequenas e grandes empresas, grupos porte 2 e 4, respectivamente.

Tabela 9: Sensibilidade da Amostra ao Porte da Empresa

1 - 0,605 0,783 (0,178) (2,052) 0,026 2 -0,667 0,778 (0,111) (0,805) 0,215 0,614 0,698 (0,084) (0,748) 0,231 0,561 0,819 (0,259) (2,140) 0,022 0,545 0,867 (0,321) (2,905) 0,004 0,636 0,783 (0,147) (1,455) 0,080 0,591 0,760 (0,170) (1,905) 0,035 2.5 - Controle de Mercado 2.6 - Sistemas de Informação Empresas Certificadas Resultados

Mean Mean Diff. T - test Signif

2.1 - Estrutura e Organização

Empresas Não Certificadas

2.2 - Controle de Produção 2.3 - Controle Gerencial

2.4 - Gestão de Recursos Humanos

Hipotese 1: Empresas certificadas de Pequeno e Grande porte apresentam uma maior intensidade (nível) de adoção das práticas gerenciais que empresas não certificadas de porte similar.

Todas as areas organizacionais - Geral Por area organizacional

Observando-se a Tabela 9, é possível verificar que o teste-t de diferença não é significativo (grau de significância superior a 10%) para os quesitos: Estrutura e Organização e Controle de Produção no que se refere ao nível de adoção da práticas gerenciais. Isto significa que nestes quesitos, a hipótese de que empresas certificadas possuem uma maior intensidade de adoção das práticas gerenciais que empresas não certificadas, não deve ser considerada como verdadeira. Quanto aos demais quesitos, ou áreas organizacionais, os resultados não são sensíveis ao porte das empresas e suportam os resultados discutidos anteriormente acerca de que as empresas certificadas não somente adotam como percebem uma maior utilidade no uso das práticas gerencias,

Finalizando os testes, verifica-se a seguir, se o resultado geral exposto pelas tabelas 6 e 7 apresentam influencia das empresas de porte 3 em função de uma maior incidência das mesmas na amostra pesquisada.

Tabela 10: Sensibilidade da Amostra às Empresas de Porte Médio (porte 3)

0,505 0,760 (0,255) (4,057) 0,000 0,648 0,822 (0,174) (2,037) 0,025 0,549 0,742 (0,193) (2,312) 0,014 0,500 0,822 (0,322) (3,160) 0,002 0,433 0,747 (0,313) (3,351) 0,001 0,467 0,787 (0,320) (4,193) 0,000 0,500 0,725 (0,225) (2,982) 0,003 Empresas Não Certificadas 2.2 - Controle de Produção 2.3 - Controle Gerencial

2.4 - Gestão de Recursos Humanos

Hipotese 1: Empresas certificadas de Porte 3, apresentam uma maior intensidade (nível) de adoção das práticas gerenciais que empresas não certificadas.

1 - Todas as areas organizacionais - Geral 2 - Por area organizacional

2.5 - Controle de Mercado 2.6 - Sistemas de Informação

Empresas

Certificadas Resultados

Mean Mean Diff. T - test Signif

2.1 - Estrutura e Organização

Conforme documentado na Tabela 10, nas empresas certificadas, de porte 3, verifica-se uma maior intensidade de adoção das práticas gerenciais em empresas certificadas que em empresas não certificadas. O que endossa a idéia de que a análise geral feita nas tabelas 6 e 7 sofrem influência das empresas do porte 3 pelo fato das mesmas serem maioria no conjunto da amostra. Entretanto, de forma geral os resultados apresentados suportam as hipóteses do estudo e abrem questionamentos para análises futuras mais específicas.

(15)

5. CONCLUSÕES

O presente estudo buscou identificar e comparar as práticas gerenciais adotadas por empresas certificadas pela ISO. Através desta comparação foi possível investigar a associação entre o nível de gestão do conhecimento organizacional, manifestado pelas práticas gerenciais da empresa, e a consolidação dos Programas de Qualidade Total.

A análise comparativa entre as práticas gerenciais das empresas pesquisadas sugere que as práticas gerenciais antecedem o esforço da organização em implantar um programa de gerenciamento da qualidade baseado nas Normas ISO 9001:2000. A relação entre as práticas gerenciais com o nível de certificação ISO 9001:2000 das empresas pode permitir que as organizações identifiquem ou selecionem o conjunto de práticas gerenciais a serem implantadas para atender as exigências de um programa de gerenciamento da qualidade. Além disso, a identificação de uma associação entre as práticas gerenciais, gestão do conhecimento organizacional e a certificação de qualidade, possibilitará a reavaliação das práticas gerenciais existentes, de forma a gerar e fomentar uma gestão do conhecimento capaz de promover um melhor desenvolvimento das organizações.

Diante das evidências documentadas por este estudo, onde se investigou a relação entre as práticas gerenciais, a gestão do conhecimento organizacional e a implantação de programas de qualidade total, chega-se a conclusão de que as empresas certificadas, em geral, apresentam uma melhor gestão do conhecimento. As empresas certificadas, além de apresentarem um maior conjunto de práticas gerenciais, também possuem uma maior percepção acerca da utilidade das práticas gerenciais existentes. Tais evidências induzem-nos a assumir a possibilidade de medir a gestão do conhecimento organizacional pelo conjunto de práticas gerenciais desenvolvidas. Neste sentido, o presente estudo sugere uma análise geral das práticas gerenciais existentes antes da implantação de programas de melhorias.

Considerando-se que este estudo tenha se concentrado apenas em uma amostra de empresas certificadas e não certificadas, e que a análise da amostra tenha apresentado sensibilidade tanto à atividade empresarial quanto ao porte, a principal limitação deste estudo reside na generalização dos resultados. Conforme ficou demonstrado, em empresas de grande porte ou de processos produtivos mais complexos, a certificação não parece ser um diferencial em relação ao nível das práticas gerenciais. Como proposição para trabalhos futuros sugere-se a verificação de uma correlação entre as práticas gerenciais das organizações e seus resultados financeiros a fim de verificar se as empresas com melhores conjuntos das práticas gerenciais possuem melhores retornos sobre seus ativos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA (2002), Marco Antonio Chaves de. Projeto de Pesquisa: Guia Prático para monografia. Rio de Janeiro: WAK. ANSOFF (1990), H. I. A Nova Estratégia Empresarial. 1. ed. São Paulo: Atlas.

CAMPOS (1999), Vicente Falconi. TQC – controle da qualidade total (no estilo japonês). 8ª ed. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial.

CUNHA, Neila Conceição Viana, SANTOS, Silvio Aparecido.(2004) As práticas Gerenciais e a Inovação Empresarial:

Estudo das Empresas Líderes em Inovação. In.: ENANPAD.

D’AVENI, R. A.(1995). Hipercompetição: Estratégias para dominar a dinâmica do mercado. Rio de Janeiro: Campus. DAHER, R. O; SALLES, J.A A.(2002). Inteligência Competitiva em micro, pequena e média empresa: Um Estudo de

Caso. In.: Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP - 2002 – Curitiba. Anais... Paraná.

DE LONG, David; DAVENPORT, Thomas H.; BEERS, Mike (1997). Building the knowledge – based organization: How culture drives Knowledge Behaviors. Centers for Business Innovation – Working Paper. Ernest & Young, LLP. FUNDAÇÃO PARA O PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE (2006). Critérios de excelência. 2ª ed. São Paulo: FPNQ.

(16)

HANSEN, Morten T.; NOHRIA, Nitin; TIERNEY, Thomas.(2001) Qual é a sua Estratégia para a Gestão do

Conhecimento?. In: Harvard Business Review. Editora Campus, Rio de Janeiro.

HESSEN, Johannes.(1999). Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes.

LAND, George; JARMAN, Beth (1990). Ponto de Ruptura e Transformação: Como entender e moldar as forças da

mutação. São Paulo: Cultrix.

LIN, Chinho; WU, Chuni.(2005) Managing Knowledge Contributed By ISO 900:2000. In The International Journal of Quality & Reliability Management. Vol. 22. p.968.

MACEDO-SOARES, T. Diana L. v. A., LUCAS, Débora C. (1996). Práticas gerenciais de qualidade das empresas

líderes no Brasil. Rio de Janeiro: Qualitymark.

MARANHÃO, Mauriti (2001). ISO série 9000 – manual de implementação versão 2000. 6ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark.

MARSHALL, Alfred (1985) Princípios de Economia: tratado introdutório. 2.ed. v.I e II, São Paulo: Nova Cultural,(Os Economistas).

MARTINS, Gilberto de A. (1994). Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações. 2.ed. São Paulo: Atlas. MUKHERJEE, Amit Shankar; LAPRE, Michael A.; VAN WASSENHOVE, Luk N. (1998). Knowledge Driven Quality

Improvement. In: Management Science, Vol. 44, No. 11, Part 2 of 2. (Nov.p. 535-549.

MUÑOZ-SECA, Beatriz; RIVEROLA, Josep (2004). Transformando Conhecimentos em Resultados: a gestão do conhecimento como diferencial na busca por mais produtividade e competitividade. São Paulo: Clio Editora.

NONAKA, Ikujiro (2000). A Empresa Criadora de Conhecimento. In: Gestão do Conhecimento – On knowledge management – Harvard Business Review. Tradução Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Campus, p. 27-49. PAN, Shan L.; SCARBROUGH, Harry (1999). Knowledge Management in Practice: An Exploratory Case Study. In: Technology Analysis & Strategic Management. Vol. 11. No 3, p.359-374.

PORTER, Michael E. (1986). Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus.

RUIZ, João Álvaro (2002). Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 5.ed. São Paulo: Atlas. SCHULTZ, Theodore W. (1987). Investindo no povo. Rio de Janeiro: Florense Universitária.

SENGE, Peter (1998). A Quinta Disciplina – 3ª ed.. Editora. Best Seller. São Paulo.

STREBEL, Paul (1993). Breakpoints: Como as Empresas Exploram Mudanças Radicais nos Negócios. 1.ed. São Paulo: Atlas.

TAYLOR, Frederick Winslow (1990). Princípios de Administração Científica. 8a ed. São Paulo: Atlas.

VERGARA, Sylvia Constant (2000). Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3.ed. São Paulo: Atlas.

SITES DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Classificação do Porte da Empresas: http://www.ms.sebrae.com.br/OrientacaoEmpresarial/estudos/ e;

http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/19361.html

i

Informações sobre as idéias e obras de William Edwards Deming, acesse http://www.deming.org/theman/biography.html

ii Para maiores detalhes sobre conhecimento tácito e explicito, consultar Nonaka (2000). iii

Neste estudo, os autores ressaltam a necessidade da gestão para reverter o processo de entropia nas organizações, além de considerarem que a autofagia empresarial, diferentemente da entropia, dá-se por erros de gestão.

iv.O trabalho desses autores focou empresas como Microsoft Corporation, International Business Machines – IBM, Minnesota Mining and Manufacturing

Company – 3M, Empresa Brasileira de Aeronáutica - EMBRAER, Dell Corporation, Hewlet Packard – HP, Grupo Pão de Açúcar, Sadia, BRADESCO, MacDonald’s, Ford Motor Company, América On Line - AOL, American Telephone and Telegraph Company – AT&T e, a análise de conteúdo

restringiu-se as informações contidas nas homepages das empresas.

Imagem

Figura 1: Contexto da Gestão do Conhecimento
Figura 2: Variáveis de Verificação dos Critérios de Excelência da Qualidade  Fonte: Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ/2006
Figura 3: Ciclo da Gestão do Conhecimento
Tabela 1: Distribuição Por Porte
+7

Referências

Documentos relacionados

Para chegar à esta conclusão, foram analisadas três tipos de abordagens 3 : (i) a análise do consumo intermediário do transporte terrestre de carga como insumo

1 (uma) cópia Histórico escolar do pai OU quando não for possível a emissão do Históri- co escolar, com a devida justificativa, ,declaração de escolaridade emitido pela instituição

Essa conclusão tem várias implicações para efeitos de transporte da prova entre processos de natureza diversa civil e penal, tais como: a a da inadmissibilidade do empréstimo de

A segunda contribuição é explicitar que a aplicação desse método, mesmo que tratando de um recorte específico no processo histórico de formação para o trabalho simples e

resident male in presence of another male; IF) aggressive calls emitted in response to.. playback of

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA - UNESP - DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE, ENGENHARIA RURAL E SOLOS ÁREA DE ENGENHARIA RURAL - HIDRÁULICA e IRRIGAÇÃO FONE: 0xx18 3743 -1180

O foco fundamental desse trabalho é a utilização de técnicas de processamento e análise digital de imagens para a estimativa da fração volumétrica de estruturas

MAXIMIANO (1998) lembra que logo após a Revolução Industrial, a organização, que antes era enxergada apenas ao nível de Estados, países, igreja e exércitos, passou ser