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COGNIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA: A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE ATENÇÃO E A VELOCIDADE PERCEPTIVA EM IDOSAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

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Edição 27, volume 1, artigo nº 7, Outubro/Dezembro 2013 D.O.I: 10.6020/1679-9844/2707

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COGNIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA: A RELAÇÃO

EXISTENTE ENTRE ATENÇÃO E A VELOCIDADE

PERCEPTIVA EM IDOSAS PRATICANTES E NÃO

PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

COGNITION AND PHYSICAL ACTIVITY: THE

RELATIONSHIP BETWEEN ATTENTION AND

PERCEPTUAL SPEED IN ELDERLY PRACTITIONERS

AND NON-PRACTICING PHYSICAL ACTIVITY

Basílio Fechine1, Alisson Costa2, Olga Vasconcelos3, Manuel Botelho4, Joana Carvalho5

1

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará/Departamento de Aprendizagem Motora/Curso de Licenciatura em Educação Física/Fortaleza, Ceará, Brasil,

rommel@ifce.edu.br

2

Universidade Federal do Amapá/ Curso de Educação Física/ Macapá,Amapá, Brasil,

acosta@uniceuma.br

3

Universidade do Porto/Departamento de Aprendizagem e Controle Motor/Faculdade de Desporto, Porto, Portugal, olgav@fade.up.pt

4

Universidade do Porto/Departamento de Aprendizagem e Controle Motor/Faculdade de Desporto, Porto, Portugal, mbotelho@fade.up.pt

5

Universidade do Porto/Departamento de Recreação e Tempos Livres/Faculdade de Desporto, Porto, Portugal, mbotelho@fade.up.pt

Resumo – O Presente estudo teve como objetivo avaliar a Atenção (AT) e

Velocidade Perceptiva (FI) numa população idosa, praticante e não praticante de atividade física. Foram sujeitos da pesquisa 54 idosos do sexo feminino residentes na Cidade do Porto e pertencentes ao Centro de Investigação em Atividade Física, Esporte e Lazer (CIAFEL) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Os instrumentos para mensuração dos dados foram: os testes de Atenção Toulouse-Piéron (1982) e Figuras Idênticas de Thurstone (1998) para aferição da velocidade perceptiva. Os testes estatísticos utilizados compreenderam o Teste “Shapiro-Wilk” e o “testes T de medidas independentes” (p>=0,05). Da análise dos resultados, destacam-se as seguintes conclusões: 1) os idosos praticantes de Atividade física apresentaram uma melhor velocidade atencional do que os não praticantes; 2) nos idosos praticantes e não praticantes foram

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Página 117 de 213 encontradas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis atencionais do teste de Toulouse Piéron. Entretanto, no teste de Thurstone não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na velocidade perceptiva.

Palavras-chave: Atenção. Velocidade perceptiva. Atividade Física. Idosos.

Abstract – The present study aimed to evaluate the Attention and

Perceptual Speed in an elderly population, practicing and not-practicing. Research subjects were 54 elderly female residents in the Port City and owned by the Research Centre for Physical Activity, Sport and Recreation School of Sport, University of Port. The instruments for measurement of data were tests of attention-Piéron Toulouse (1982) and Similar Figures Thurstone (1998) to measure perceptual speed. Statistical tests included the Test "Shapiro-Wilk" and "measures independent T test (p> = 0.05). The analysis of results highlighted the following conclusions: 1) the elderly practicing of physical activity had better speed than attentional not-practicing; 2) in the elderly practicing and not-practicing were significant differences in variables attentional test Piéron Toulouse. However, in the Thurstone test were not statistically significant differences in perceptual speed.

Keywords: Attention. Perceptual speed. Physical Activity. Elderly.

1. Introdução

Está estabelecido que do mesmo modo que a qualidade do envelhecer depende de competências comportamentais e de condições pessoais subjetivas, ou seja, do bem-estar subjetivo, o envelhecer dependerá, sobretudo, de condições objetivas promovidas pelo contexto social. Sendo assim, o envelhecimento pode ser definido como a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições mutáveis do meio ambiente.

Para Fechine e Trompieri (2011) e Fechine (2012) falar de envelhecimento, memória e atenção sem considerar alguns aspectos importantes da vida diária que estão envolvidos nesse processo como a funcionalidade, é desconsiderar o essencial, ou seja, não viver os últimos anos de vida de forma saudável. Nesse sentido, deve-se enfatizar um elemento indispensável que se faz sempre presente

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Página 118 de 213 quando se estuda o processo de envelhecimento a influência do exercício físico na memória e na capacidade atencional.

Todas as informações sensoriais do nosso organismo fluem por impulsos nervosos, desde os primeiros contatos com os órgãos sensoriais, passando pelos sistemas de tratamento, até chegar às estruturas de ação (ALVES, 1995; BEAR et al., 2002; LENT, 2004; GRIEVE, 2005). E a atividade física é um elemento mediador que pode auxiliar essas variáveis cognitivas beneficamente no processo de transferência fisiológica da informação (SANTOS et al. 1998; COTMAN E BERCHTOLD 2002, STRANAHAN et al., 2010; LISTA E SORRENTINO, 2010)

Assim, falar no idoso e esquecer as questões relacionadas com a cognição, seria negar sua importância para o estudo da memória e da atenção. Pois segundo Baddeley, (1992a); (1992b); Baddeley, (1999); Hábil, (2000); Squire; Kandel, (2003); Lent, (2004); Grieve, (2005) há uma forte ligação entre tais estruturas com o sistema sensorial; e com os respectivos processos de codificação, armazenagem e recuperação dependentes do executivo central, alça fonológica e alça visual.

Não se pode também negar a relevância dos modelos de processamento de informação (PI), ou as chamadas teorias cognitivas, para o estudo da pessoa idosa, e os primeiros estudos nessa área começaram a surgir por volta de 1960 (ALVES, 1995; BOTELHO, 1998). E dentre essas variáveis cognitivas destacam-se a memória, responsável pelo nosso passado autobiográfico, como também a atenção, responsável em assegurar que essas mesmas informações estejam fixadas em formatos de lembranças através da alça executiva central (BADDELEY, 1992a; 1992b; BADDELEY, 1999; HÁBIL, 2000; SQUIRE; KANDEL, 2003; LENT, 2004; GRIEVE, 2005; FECHINE 2007; FECHINE; TROMPIERI 2011; FECHINE; TROMPIERI 2012)

A atenção é o processo que nos leva a dirigir e manter a consciência nos estímulos percebidos (VIANA E CRUZ, 1996), vindos do meio com o qual interagimos ou do nosso organismo. Este mecanismo é igualmente crucial na determinação da informação que deve, ou não, ser retida na memória, afetando deste modo a quantidade e extensão a ser armazenada para posterior utilização (GODINHO et al, 1999; SQUIRE; KANDEL, 2003; BEAR et al., 2002; LENT, 2004; GREVE, 2005).

As perdas no domínio cognitivo com o envelhecimento, dentre eles a atenção e as disfunções físicas, contribuem para a maior redução da independência

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Página 119 de 213 do idoso, limitando suas possibilidades de viver confortável e satisfatoriamente, além de restringir sua atuação na sociedade (OKUMA, 1998; ZIMERMAN, 2000; FECHINE, 2011; FECHINE, 2012). Isto, por sua vez, fatalmente tem reflexos nos domínios sociais e psicológicos. O que se constata é que além do significativo impacto que atividade desportiva regular pode ter sobre a prevenção e o tratamento de doenças crônico-degenerativas em idosos, ela tem efeitos importantíssimos na manutenção da capacidade funcional, na manutenção de sua atenção para a realização de determinadas tarefas de modo mais autônomo. Efeitos esses, que o acometem devido ao “desuso” do corpo em virtude do sedentarismo.

Então, é nosso propósito, enveredar pelo estudo da variável cognitiva “atenção” na mulher idosa, tentando verificar até que ponto a atividade física pode ter influência ou não em indivíduos praticantes e não praticantes de exercícios. Apesar dos poucos estudos encontrados sobre esse assunto ainda serem superficiais e desconexos, os mesmos não retratam a junção de ambos, exercício e atenção. Desta maneira está pesquisa vem tentar ampliar o leque de debate, tentando contribuir e ampliar as possibilidades de entendimento sobre o tema.

O objetivo geral deste estudo consistiu em analisar a atenção (velocidade atencional, Exatidão atencional, Resistência à fadiga atencional) e velocidade perceptiva de mulheres idosas sujeitas a influência da pratica e não praticantes de atividade física.

2. Metodologia

2.1. Caracterização da amostra

A amostra foi constituída por 54 voluntários, todos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 60 e os 88 anos. Esta foi colhida num universo de idosos de instituições da cidade do Grande Porto, Conselho de Gondomar e Maia – Portugal. A Tabela 1 apresenta o resumo das características dos idosos segundo a prática e não prática de atividade física. (Número e percentagem de sujeitos).

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Tabela 1 - Características dos praticantes e não praticantes de Atividade desportiva.

2.2. Instrumento

O método utilizado para avaliar a atenção das idosas praticantes e não praticantes de atividade física foi o teste de Atenção de Toulouse-Piéron (BOTELHO, 1998) que destina-se a avaliar a atenção concentrada em duas componentes: a Velocidade (capacidade de realização de trabalho) e a Exatidão (capacidade de concentração). Permite ainda verificar a regularidade de realização e a resistência à fadiga. Figura1.

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Página 121 de 213 O método utilizado para avaliar a velocidade perceptiva nas idosas praticantes e não praticantes de atividade física foi o teste das figuras idênticas de Thurstone (BOTELHO, 1998). Figura 2.

Figura 2 – Teste de Figuras Idênticas de Thurstone (BOTELHO, 1998).

2.3. Procedimentos estatísticos

Na análise estatística descreve-se e caracteriza-se a amostra comparando-se dois grupos: um praticante de atividade desportiva e outro não praticante de atividade desportiva.

No tratamento dos dados recolhidos, o procedimento estatístico inicial utilizado foi à análise exploratória, no intuito de verificarmos a distribuição dos resultados em torno da média (curva de normalidade), através do Teste Shapiro-Wilk (n=50) verificando a normalidade da distribuição dos dados em cada grupo, além de se verificar a possibilidade da presença de outliers. Verificamos nos resultados que as variáveis Velocidade Atencional, Exatidão Atencional, Resistência à Fadiga Atencional e Velocidade perceptiva apresentavam uma distribuição normal. A partir daí passamos a utilizar os testes t de medidas independentes, para analisar os dois grupos em questão. Na descrição e caracterização da amostra utilizaram-se medidas de tendência central e de dispersão. Os valores de “p” reportados referem-se referem-sempre a testes bilaterais, tendo sido considerado como evidência de efeito estatisticamente significativo o valor de p <0,05.

O programa estatístico utilizado foi o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0 para Windows.

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2.4. Comitê de Ética

Declara-se que os sujeitos envolvidos na pesquisa foram informados sobre o sigilo dos dados individuais e assinaram um termo de consentimento informando a importância do trabalho. O referido estudo também passou pelo rigoroso processo de aprovação do comitê de ética da Universidade do Porto – Portugal. Ressalta-se, ainda, que a área temática de investigação e sua modalidade de pesquisa no campo do Envelhecimento e da Educação Física, além de respeitar os princípios emanados pela Declaração de Helsinque, cumpriu com as exigências setoriais e regulamentações específicas da Faculdade de Desporto e da legislação mundial.

3. Apresentação dos resultados

As variáveis psicológicas em estudo, como já foi referido, são: a exatidão atencional (Atexat); velocidade atencional (Atvel); a resistência à fadiga atencional (RF); e velocidade perceptiva. As médias apresentadas dizem respeito à capacidade de concentração, ou seja, o índice de exatidão nas respostas; a velocidade de realização do trabalho, que corresponde ao total de sinais corretamente marcados e a resistência ao cansaço mental, que corresponde ao nível de capacidade que o indivíduo tem em responder ao teste de maneira correta após os 10 minutos. Os valores e o nível de significância obtidos no Teste Toulose Piéron e Thustone pelos idosos são apresentados nas tabelas a seguir.

Tabela 2 – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo do grupo praticante em relação à idade.

Tabela 3 – Não praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo do grupo não praticante em relação à idade.

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Tabela 4 – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo da velocidade atencional; exactidão atencional; resistência à fadiga e velocidade perceptiva, em relação à idade.

Tabela 5 – Não praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo da velocidade atencional; exactidão atencional; resistência à fadiga e velocidade perceptiva, em relação à idade do

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Tabela 6 – Toulouse Piéron – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo em relação à velocidade atencional; exactidão atencional e resistência à fadiga.

Tabela 7– Toulouse Piéron – Não praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo em relação à velocidade atencional; exactidão atencional e resistência à fadiga.

Tabela 8 – Thurstone – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo em relação à velocidade perceptiva.

Tabela 9 – Thurstone – Não Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo em relação à velocidade perceptiva.

Significância estatística*

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Página 125 de 213 Desta forma, verificando a primeira variável em análise, a Atvel, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta os melhores valores em relação à média e o desvio padrão de 101.89±33.74, em relação a 79.50±25.00 do grupo não praticante.

Como o valor da Atvel (0,008) é menor do que o nível de significância estabelecido anteriormente p> 0,05, podemos dizer que existe relação entre as variáveis. Na análise da segunda variável, a Atexact, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos: o grupo praticante de atividade desportiva apresenta nessa variável valores menos significativos que o grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão 39.73±23.93 sendo menores, em relação a 65.98±52.64 do grupo não praticante. Isto indica que, quanto menor forem os valores encontrados nessa variável, melhor os níveis de atenção do grupo. Assim, mais uma vez o grupo praticante de atividade desportiva, obteve o melhor desempenho na prova, ainda que com valores menores. Como o valor de p 0,021 é menor do que o nível de significância estabelecido anteriormente p> 0,05, podemos dizer que existe relação entre as variáveis.

Em relação à variável RFA, constatamos, mais uma vez, diferenças estatisticamente significativa nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta nessa variável melhores resultados nos três momentos da prova em relação ao grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão para os primeiros cinco minutos do teste (RF1) de 31.64±20.42, em relação a 13.69±28.35 do grupo não praticante e valor de p 0,010.

4. Discussão

A discussão dos resultados alcançados a partir da aplicação dos testes psicológicos de Toulouse-Piéron e das figuras idênticas de Thurstone será realizada em tópicos, de acordo com as variáveis analisadas, para possibilitar a melhor compreensão da mesma.

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Página 126 de 213 Este estudo se propõe analisar os efeitos do envelhecimento na atenção e velocidade perceptiva na mulher idosa praticante e não praticante de atividade desportiva.

A discussão dos resultados alcançados a partir da aplicação dos testes psicológicos de Toulouse-Piéron e das figuras idênticas de Thurstone será realizada em tópicos, de acordo com as variáveis analisadas, para possibilitar a melhor compreensão da mesma.

A organização da discussão será feita em dois momentos; o primeiro, abordará as variáveis velocidade atencional, exatidão atencional e resistência à fadiga nos cinco primeiros minutos, nos cinco minutos seguintes e no tempo total, bem como a velocidade perceptiva do segundo teste em relação ao grupo praticante e não praticante de atividade desportiva.

O segundo momento abordará a distribuição conjunta das variáveis dependentes: grupo de prática e idade dos grupos praticantes e não praticantes de atividade desportiva.

Um elemento importante a ser considerado nesta discussão, diz respeito à pouca informação decorrente de pesquisas sistemáticas sobre a temática da atenção, nas variáveis aqui analisadas, e seu efeito no envelhecimento. Os estudos tanto experimentais, quanto de revisão, apontam sempre para a atenção de forma generalizada. Mesmo assim, tentaremos discutir os resultados com base nos estudos encontrados.

4.1. Velocidade atencional (Atvel)

Desta forma, verificando a primeira variável em análise, qual seja, a velocidade atencional, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta os melhores valores em relação ao grupo não praticante, com uma forte relação significativa entre as variáveis.

Num estudo realizado por Helene e Xavier (2003), em que verificaram a relação da atenção a partir da memória, constataram que a atenção corresponde a um conjunto de processos que leva à seleção ou priorização no processamento de

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Página 127 de 213 certas categorias de informação, isto é, “atenção” é o termo que se refere aos mecanismos pelos quais se dá tal seleção.

Na Atvel, o nosso estudo encontrou pouca informação decorrente da pesquisa sistemática sobre este assunto. Entretanto, acreditamos que dados desta natureza possam contribuir para a compreensão das relações entre esta variável cognitiva na saúde física em mulheres idosas.

Mesmo assim, em estudo realizado por Amorim (2006), com grupos de indivíduos com deficiência visual, verificou que indivíduos com Deficiência Visual Congênita obtiveram resultados superiores na médias dos rank em relação aos indivíduos com deficiência visual adquirida na variável velocidade atencional.

Com isto, é importante frisar que os indivíduos praticantes de atividade desportiva do nosso estudo, nesta variável, conseguiram obter as melhores médias nos resultados dos testes.

De acordo com Spirduso (2005) e Botelho (1998) a razão principal da redução da velocidade de reação e de resposta parece ser a considerável diminuição da capacidade de processar informação, de codificar, reconhecer, comparar e selecionar a resposta de acordo com o objetivo e não à degradação das diferentes estruturas cognitivas envolvidas.

Além disso, as observações dos efeitos benéficos do exercício físico sobre o desempenho cognitivo, particularmente em idosos, foram realizadas experimentalmente por Van Boxtel et al. (1997), que segundo os resultados encontrados em seus estudos, acreditam que tarefas cognitivas poderiam ser sensíveis à capacidade aeróbia. Assim, em seu estudo com 132 indivíduos, com idade entre 24 e 76 anos, que foram submetidos a uma sessão aguda de exercício sub-máximo em ciclo ergômetro, seguida por uma extensa bateria neuropsicológica, incluindo testes de inteligência, memória verbal e velocidade no processamento de informações, evidenciaram a existência de uma interação entre os testes de velocidade de processamento cognitivo, idade e capacidade aeróbia.

4.2. Exatidão atencional (Atexact)

Quando verificamos a segunda variável, a Atexact, constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os

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Página 128 de 213 grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta nesta variável valores mais significativos que o grupo não praticante, com os valores da média e desvio padrão menores, em relação ao grupo não praticante. Mesmo assim, isso indica que, quanto menor os valores encontrados nessa variável, melhor os níveis de atenção do grupo. Assim, mais uma vez verifica-se que o grupo praticante de atividade desportiva obteve o melhor desempenho na prova, mesmo apresentando valores menores.

Na exatidão atencional (capacidade de concentração), os valores mais baixos correspondem a uma maior exatidão, com melhor capacidade de concentração.

Veiga (1995), em estudo de atenção com ginastas, na variável exatidão atencional, encontrou valores significativos nos atletas mais experientes, em relação aos de categorias de base.

Assim, os resultados encontrados até ao momento sugerem que o exercício físico melhora a operação de estágios específicos do processamento de informação, processos esses que estão envolvidos na solução de problemas complexos e processos de atenção e parecem ser mais influenciados pelo exercício sub-máximo, ao contrário dos mecanismos iniciais do processamento de informações.

4.3. Resistência à fadiga atencional (RF)

Em relação à RF não conseguimos verificar em nenhum dos estudos encontrados, qualquer referência a tal variável em indivíduos idosos, sejam praticantes de atividade desportiva ou não. Nesta variável percebemos que em todos os momentos do teste o grupo praticante de atividade desportiva obteve os melhores valores

Entretanto, Hedel e Dietz (2004) num estudo que utilizou a aprendizagem de uma tarefa locomotora em adultos e idosos, demonstraram que os idosos dependem mais das informações visuais do que os adultos.

Alguns trabalhos têm demonstrado que a prática de exercício pode levar à melhoria de funções cognitivas como memória, atenção, raciocínio e praxia, existindo forte correlação entre o aumento da capacidade aeróbia e a melhoria daquelas funções (Van Boxtel et al., 1997; Antunes et al. 2006; Rossini e Galera, 2006).

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Página 129 de 213 Ainda na variável RF constatamos, mais uma vez, diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta nessa variável melhores resultados nos três momentos da prova em relação ao grupo não praticante.

Para sustentar tal afirmação, recorremos a Antunes et al. (2006), que relatam em seu estudo que, nos testes de atenção exige-se habilidade de vigilância (atenção e concentração), acuidade perceptiva, processamento da informação, memória de curta duração na sua realização, habilidades essas que podem ser melhoradas pelos indivíduos que praticam atividade desportiva.

4.4. Velocidade Perceptiva (FI)

Na variável velocidade perceptiva, não constatamos diferenças estatisticamente significativas nas médias dos valores estabelecidos entre os grupos, em que o grupo praticante de atividade desportiva apresenta nessa variável, valores um pouco maiores do que o grupo não praticante.

No entanto, o que podemos perceber nos estudos realizados e neste nosso trabalho, é que o aprendizado jamais é concluído e cada sessão abre para um novo aprendizado. Consoante com tal afirmação Kastrup (2004) afirma que o aprendizado é contínuo e permanente, não se fechando numa solução e não se totalizando em sua atualização, precisando por isso de ser sempre reativado. O exame cuidadoso e atualizado do funcionamento da atenção revela que esta não é um processo único e homogêneo. O “prestar atenção” é apenas um dos atos de um processo complexo, que inclui modulações da cognição e da própria intencionalidade da consciência.

Neste sentido, indivíduos treinados são capazes de desempenhar concomitantemente tarefas complexas que supostamente se utilizam dos mesmos recursos de processamento, com pouca ou nenhuma interferência no desempenho. Este tipo de resultado sugere que o treinamento repetitivo alivia a carga atencional, supostamente em decorrência da automatização (Helene e Xavier, 2003).

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4.5. Praticantes e não praticantes

Em relação ao grupo de praticante e não praticante de atividade desportiva, o que enfatizamos é o fato de que indivíduos que realizam atividade desportiva possuem sempre os melhores resultados, quando comparados aos que não realizam nenhum tipo de atividade.

Heyn (2004) num estudo envolvendo um programa de exercícios aeróbios, de flexibilidade e com pesos simultaneamente e estimulação cognitiva (atenção) e sensorial (tato, audição e visão) para idosos com diagnóstico clínico de DA, constatou após oito semanas de exercício com freqüência de três vezes semanais, constatou-se manutenção das funções cognitivas avaliadas.

Tanne et al. (2005) demonstraram em em seus estudo que Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave submetidos a um programa de treinamento físico melhorararam suas funções cognitivas em específico a atenção geral e velocidade psicomotora e a velocidade perceptiva.

Arkin (2007) relata nos seus estudos encontrar uma relação positiva entre atividade física sistematizada na cognição de idosos com DA. Funções executivas, atenção e linguagem constituíram os domínios cognitivos nos quais se observou melhora ou atenuação do declínio.

Segundo Coelho et al. (2009) a prática regular de atividade física sistematizada, preferencialmente associada à estimulação cognitiva, contribui para a preservação ou mesmo melhora temporária de várias funções cognitivas, particularmente de atenção, funções executivas e linguagem, em pacientes com DA.

Estudos de Machado et a. (2009) relatam existir uma relação significativa entre a influencia da idade no nivel da atencão, e ainda a existencia de relacão entre os déficits atencional e motor. Segundo os autores quanto mais baixo o nivel de atencão, pior é a aptidao motora.

Vreugdenhil et al. (2012) em um estudo adaptado envolvendo um programa de exercícios desenvolvidos pelo Canadian Centre for Activity and Aging tendo como matriz metodológica exercícios de força e exercícios aeróbicos obtiveram resultados havendo melhoras significativas nas relações entre domínios funcionais para funções cognitiva e física, bem como atividades de vida diária. Reafirmando o poder dos exercícios sistematizados para as valencias cognitivas associadas a funcionalidade.

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Página 131 de 213 Segundo os dados dos estudos de Soares el al. (2013) a uma forte probabilidade que o nível de atividade física, aptidão física e desempenho cognitivo de idosos possam estar seletivamente relacionados a varíaveis como: atenção e função executiva/planejamento.

Estudos como os de Tanne et al. (2005); Machado (2009); Vreugdenhil et al. (2012); Soares et al.(2013) separando as devidas proporções de contexto e instrumentos, corroboraram com o nosso estudo que apresentou as idosas praticantes de atividade física com os melhores resultados nos testes cognitivos. Mostrando assim a influencia benéfica da vida ativa tendo a ativade física como elemento mediador para a funcionalidade e para cognição.

Para o American College of Sports Medicine (ACSM) (1998), a memória, juntamente com a atenção, tempo de reação e a inteligência fluida, são alguns pontos da esfera cognitiva, influenciada beneficamente pela prática da atividade desportiva. O ACSM faz ressalva, no entanto, ao afirmar sobre as inconsistências dos dados acerca da melhoria das funções cognitivas provocadas pelo exercício físico.

Posto isto, podemos dizer que a atenção é a capacidade mental de selecionar apenas uma pequena parcela da informação contida no ambiente em detrimento da grande quantidade de estímulos disponíveis ao nosso redor (Rossini e Galera, 2006; Garcia et al. 2007).

Assim, os efeitos biológicos mais a transferência das habilidades ganhas para novas tarefas mediadas pela memória e pela constante utilização da atenção na prática diária de exercícios físicos e também, seu constante processamento de informações sobre o treino a ser seguido, poderão ser indicativos para se diminuir de forma gradual os efeitos do envelhecimento físico, bem como as dificuldades na atenção e concentração do idoso, como foi observado nos resultados encontrados neste estudo.

5. Conclusões

Com base nos resultados aqui apresentados, bem como nas interpretações desenvolvidas, concluímos segundo os resultados que:

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Página 132 de 213 1. A atividade desportiva realizada com regularidade proporciona melhorias significativas na atenção e velocidade perceptiva do idoso. Foi encontrada diferença significativa na atenção dos idosos praticantes e não praticantes de atividade desportiva. Entretanto, na velocidade perceptiva não houve diferenças significativas.

2. A prática da atividade desportiva regular pode ajudar a amenizar a perda progressiva da atenção e velocidade perceptiva em idosos. Foi encontrada diferença significativa na atenção dos idosos praticantes de atividade desportiva, quando comparados com os não praticantes, mas não foi encontrada diferença significativa na velocidade perceptiva.

3. Os níveis de atenção e velocidade perceptiva diferem entre os idosos praticantes e não praticantes de atividade desportiva, sendo superiores para aqueles que possuem uma vida fisicamente ativa. Foi encontrada diferença significativa na atenção, segundo a prática de atividade desportiva, tendo os idosos praticantes de atividades desportivas resultados superiores aos não-praticantes, mas em relação à velocidade perceptiva não foi encontrada diferença significativa.

4. A relação prática e não prática de atividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD apresentaram melhores resultados no tempo de execução do Teste de Atenção Toulouse-Piéron, seguido pelos idosos com 71 anos ou mais praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-praticantes de AD.

5. A relação prática e não-prática de atividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD apresentaram melhores resultados no número de erros no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone, seguido pelos idosos com 71 anos ou mais praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-não-praticantes de AD.

6. A relação prática e não-prática de atividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 71 ou mais anos, praticantes de AD apresentaram melhores resultados no tempo de execução do Teste de Atenção Toulouse-Piéron, seguido pelos idosos com 60 a 70 anos praticantes de AD, 60 a 70 anos não-praticantes de AD e 71 anos ou mais não-não-praticantes de AD.

7. A relação prática e não-prática de atividade desportiva, segundo a idade, indicou que os idosos com 60 a 70 anos não-praticantes de AD apresentaram resultados piores em relação ao número de erros no Teste das Figuras Idênticas de

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Página 133 de 213 Thurstone, seguido pelos idosos com 71 ou mais anos não-praticantes de AD, com 60 a 70 anos praticantes de AD e 71 ou mais anos praticantes de AD.

8. A relação prática e não prática de atividade desportiva, segundo os grupos praticante e não praticante de atividade desportiva, indicou que os idosos com níveis maiores de atividade desportiva e mais tempo de prática apresentaram melhores resultados no tempo de execução no Teste de Atenção de Toulouse-Piéron, seguidos pelos idosos com nível menor de atividade desportiva.

9. A relação prática e não prática de atividade desportiva, segundo os grupos praticante e não praticante de atividade desportiva, indicou que os idosos com níveis maiores de atividade desportiva e mais tempo de pratica apresentaram melhores resultados no número de erros e acertos no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone, seguidos pelos idosos com nível inferior de atividade desportiva.

10. Existem diferenças significativas entre as variáveis atencionais no teste de Atenção Toulouse-Piéron e as variáveis de velocidade perceptiva no teste de figuras idênticas de Thurstone. Foram encontradas diferenças significativas nas variáveis do Teste de Atenção de Toulouse-Piéron e não foram encontradas diferenças no Teste das Figuras Idênticas de Thurstone.

Desta maneira, concluímos que nas relações entre a atenção e atividade desportiva, os idosos praticantes de atividade desportiva apresentaram os melhores resultados, confirmando os estudos da revisão de literatura, que indicam melhor atenção para aqueles idosos que possuem vida fisicamente ativa. Desta forma, é relevante enfatizar que uma população de idosos deve está incluída em programas de atividade desportiva, preferencialmente numa proposta de programação de exercícios que abranjam desde exercícios aeróbios como anaeróbicos, para que possa sempre promover, de forma variada, um melhor bem-estar físico e psíquico do indivíduos em processo de envelhecimento. Alguns dados obtidos neste estudo poderão ser futuramente explorados, como os dados relacionados com a prática de atividade desportiva, que, de acordo com a literatura estudada, podem influenciar na melhoria da conservação da atenção.

Estudos adicionais relacionados com a intensidade, volume e modalidade de atividade desportiva poderiam fornecer evidências mais consistentes e hipóteses mais claras para os mecanismos envolvidos na relação exercício físico e atenção, bem como o tipo de modalidade praticada pelos idosos. Assim, urge a necessidade

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Página 134 de 213 de mais pesquisas nesta linha de investigação, as quais devem ser realizadas com amostras maiores, a nível longitudinal, esclarecendo melhor as relações entre intensidade, volume e tipo de exercício necessário. Não podemos esquecer que existem vários aspectos a serem observados ainda neste campo científico, tendo assim a necessidade de novas investigações, de modo que se possa estudar as pessoas que se encontram no decurso de envelhecimento de maneira mais detalhada.

Desta maneira, considerar conhecimentos sistemáticos futuros produzidos neste campo de associação entre cognição e desporto possibilitarão o desenvolvimento de explicações empíricas e teóricas mais satisfatórias, bem como o desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias para a promoção da saúde nos vários domínios considerados tanto na esfera do exercício como na da cognição do idoso.

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Sobre os autores

Basílio Rommel Almeida Fechine - Professor do Curso de Licenciatura de

Educação Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, Brasil. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Mestre em Ciências do Desporto e Especialista em Atividade Física para Terceira Idade pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal. Coordenador

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Página 138 de 213 do Laboratório de Aprendizagem Motora do IFCE e do Projeto “Em Canindé a Vida é Longa” do Ministério da Educação.

Alisson Costa - Professor Assistente do curso de Educação Física da Universidade

Federal do Amapá – UNIFAP, Brasil. Mestre em Ciência do Desporto e Especialista em Atividade Física para Terceira Idade - FADE-UP-Portugal. Coordenador do Curso de Educação Física-UNIFAP.

Olga Vasconcelos - Professora associada da Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutora em Ciências do Desporto – FADE-UP. Coordenadora do Gabinete de Aprendizagem Motora e do Laboratório de Aprendizagem e Controle Motor. Membro do Corpo Editorial e Revisora da Revista Portuguesa de Ciências do Desporto e de outras revistas internacionais.

Manoel Botelho - Professora associado da Faculdade de Desporto da Universidade

do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutor em Ciências do Desporto FADE-UP. Professor visitante da Universidade Metodista de Angola. Coordenador de implantação do Curso de Educação Física Educação Física e Desportos, no Instituto Normal de Educação Física (INEF) da Universidade Metodista de Angola.

Joana Carvalho - Professora associada da Faculdade de Desporto da Universidade

do Porto – FADE-UP-Portugal. Doutora em Ciências do Desporto – FADE-UP. Presidente do Conselho Científico. Coordenadora do Mestrado em Atividade Física para Terceira Idade.

Imagem

Tabela 1 - Características dos praticantes e não praticantes de Atividade desportiva.
Figura 2 – Teste de Figuras Idênticas de Thurstone (BOTELHO, 1998).
Tabela 4 – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo da velocidade atencional;
Tabela 8 – Thurstone – Praticantes - média, desvio padrão, mínimo e máximo em relação à  velocidade perceptiva

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