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Tratamentos de volumosos de baixo valor nutritivo para ruminantes- Uma revisão

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Tratamentos de volumosos de baixo valor

nutritivo para ruminantes - uma revisão

Leonardo Fiusa de Morais1; Delci de Deus Nepomuceno2; João Carlos de Carvalho Almeida3;

1 Discente de mestrado do Programama de Pós-graduação e Pastagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). BR-465, Km 7 Seropédica-Rio de Janeiro, Brazil. CEP. 23.897-000. E-mail: leonardofiusa@yahoo.com.br.

2 Pos-doutoando no Programama de Pós-graduação da UFRRJ. Bolsista do Programa Nacional de Pós-doutorado da Capes (PNPD/Capes). E-mail: delci_ufrrj@yahoo.com.br.

3 Professor do Instituto de Zootecnia, UFRRJ, Seropédica, RJ. E-mail: jcarvalho@ufrrj.br.

RESUMO

A pecuária brasileira é, em sua grande, parte desenvolvida em pastagens, e um dos pro-blemas deste sistema de produção é a estacionalidade de produção das forrageiras, que por consequência também torna estacional a produtividade animal. A reutilização de resíduos de culturas agrícolas e subprodutos da agroindústria, pelos sistemas de produção de ruminantes, tem se tornado uma opção para contornar este problema, uma vez que estes resíduos, em grande parte, são alimentos volumosos que podem ser utilizados para suplementar a pastagem no período seco. Além disso, em alguns casos, quando não são reutilizados pelas indústrias, os resíduos são destinados ao ambiente, se tornando uma fonte de propagação de vetores de doenças ao ser humano. Volumosos de baixa qualidade em sua grande parte apresentam baixo teor de proteína, alto conteúdo de fibra, e baixa digestibilidade, o que limita a sua utilização para ruminantes. Existem tratamentos físicos, químicos e biológicos para melhoria do valor nutritivo de volumosos. Estes tratamentos apresentam diferenças quanto à facilidade de operação e custo para serem desenvolvidos. No entanto, possuem o mesmo principio: o de tornar o volumoso mais digestível, aumen-tando a utilização dos nutrientes pelo animal. Os tratamentos químicos e biológicos me-lhoram o valor nutritivo dos volumosos por agirem sobre a parede celular, promovendo a quebra das ligações entre os componentes da fibra (celulose, hemicelulose e lignina), tornando mais eficiente a fermentação pelos microrganismos ruminais. Tratamentos físi-cos como a moagem, promovem o aumento do consumo, devido à redução do tamanho da partícula dos volumosos, e alguns tratamentos que utilizam alta temperatura e pressão, promovem alterações dos componentes da fibra, aumentando a solubilidade desta fração, e consequentemente a sua digestibilidade.

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Low nutritive value forage treatments

for ruminants – a review

ABSTRACT

Brazilian livestock has mostly been developed on pastures, and one of the problems from this production system is the forage production seasonality, and consequently animal productivity has become seasonal, as well. The re-use of agricultural crops residues and agribusiness by-products by ruminants production systems has been an option for sol-ving this problem, since these residues are forage that might be used supplementing pas-ture in the dry season. Moreover, in some cases, when not re-used by industries, residues are addressed to environment changing into a source of disease vectors spread to human being. Low quality forages mostly present low protein content, high fiber content, low digestibility, limiting its employment on ruminants. Physical, chemical and biological treatments for improving forage nutritional value are available. These treatments present some differences in regarding to cost and operation for being developed, however, they have the same principle, be transformed into more digestible forage, increasing nutrients utilization by animals. Biological and chemical treatments improve forage nutritional value acting on cell wall promoting bonds rupture among fiber components (cellulose, hemicelluloses and lignin) become more efficient fermentation by rumen microorganis-ms. Physical treatments as milling can promote intake increase due to size reduction of the forages particles, as well as some treatments using high temperature and pression causing fiber components alterations increasing the solubility of this fraction, and conse-quently its digestibility.

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1 INTRODUÇÃO

O Brasil é conhecido no mundo como uma potência agrícola: primeiro, devido à sua localização tropical, com presença de con-dições climáticas favoráveis à produção ve-getal; segundo, devido às extensas dimen-sões territoriais, que permitem a oferta de grandes áreas agricultáveis e possibilidade de produção agrícola com diversidade de produtos e em grande escala.

A competitividade da atividade pecuária tornou-a bastante dinâmica, o que exige dos produtores o conhecimento sobre a produção animal, assim como da produção vegetal, pois a maior parte dos componen-tes da dieta dos animais é proveniente da agricultura. Vale considerar, ainda, que a alimentação possui o maior custo em um sistema de produção animal, e que os vo-lumosos constituem a base da alimentação dos sistemas de produção de ruminantes no Brasil (Teixeira et al., 2014).

Entretanto, um dos principais problemas encontrados pelo setor pecuário brasileiro é a acentuada estacionalidade de produção forrageira, resultante da existência de duas estações climáticas bem definidas: uma com abundância de chuvas (denominada de período das chuvas ou das águas) e, ou-tra, com escassez de chuvas (denominada de período das secas). No período das secas, os fatores climáticos são adversos à produ-ção de forragens, ocasionados pela reduprodu-ção da precipitação, temperatura e luminosida-de, que são considerados os principais fa-tores limitantes da produção de forragens neste período (Paciullo et al., 2005).

Assim, o uso de alternativas para a suple-mentação das pastagens, no período de escassez de produção forrageira, reduz os efeitos negativos provocados pela estacio-nalidade de produção das pastagens sobre o desempenho dos animais, favorecendo a competitividade da produção pecuária brasileira. Essa suplementação pode ser conseguida através do uso dos resíduos ou subprodutos das agroindústrias.

O destino incorreto e/ou a falta de utiliza-ção de alguns resíduos agroindustriais pro-movem a formação de um excedente acu-mulado no pátio das indústrias, trazendo transtornos ambientais pelo fato de serem potenciais poluidores do ambiente, e isto ocorre por está relacionado à baixa taxa de decomposição (Santos et al., 2004), e de saúde pública ao serem descartados em locais impróprios por servirem de abrigos para a procriação de animais vetores de en-fermidades a humanos e a outros animais. Os subprodutos da indústria de cana-de -açúcar, resíduos de culturas agrícolas, for-ragens colhidas em estágio avançado de maturidade, palhadas resultantes da co-lheita de sementes de gramíneas e legumi-nosas são volumosos que podem ser utili-zados na alimentação animal como forma de suplementar a pastagem nos períodos de escassez de produção forrageira (Pires et al., 2004). Assim, o aproveitamento destes re-síduos, além de reduzir a poluição ambien-tal, pode agregar valor ao produto principal à medida que otimiza seu uso, pela geração de um novo produto e representar-se como uma opção de alimento para animais.

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Segundo Reis e Rodrigues (1993a), o uso de volumosos de baixa qualidade, tais como os resíduos agroindustriais, comprometem o desempenho animal, principalmente pelo baixo consumo, uma vez que na maio-ria dos casos, possuem conteúdo de parede celular acima de 60%, fibra em detergente ácido acima de 40%, proteína bruta abaixo de 6% em base da matéria seca, ficando a digestibilidade, desta última, em torno de 40 a 50%.

Desta forma, a utilização eficiente de vo-lumosos de baixa qualidade na alimenta-ção de ruminantes, requer alternativa para aumentar seu valor nutritivo e o seu apro-veitamento pelos animais (Gobbi et al., 2005), o que pode ser conseguido através de tratamentos biológicos, físicos ou quí-micos (Reis et al., 2014). Estes tratamentos apresentam diferenças quanto às formas de execução, mas, possuem os mesmos prin-cípios: o de tornar o volumoso mais diges-tível e com maior aproveitamento dos nu-trientes, pelo animal, através de alterações das características físicas, ou modificações na estrutura da parede celular do vegetal, tornando-a mais digestível aos microrga-nismos e, consequentemente, otimizando a sua fermentação ruminal.

Neste contexto, este trabalho teve como objetivo revisar os principais métodos para tratamento de volumosos de baixo valor nutritivo, e os seus efeitos sobre a qualida-de nutricional para emprego na alimenta-ção de ruminantes.

2 VOLUMOSOS DE BAIXA

QUALIDADE

Devido à diversificação da produção agrí-cola brasileira, há uma grande variação de volumosos que podem ser utilizados na alimentação animal. Os principais são os resíduos da extração de sucos; polpas e óle-os (Pereira et al., 2010); bagaço e palhas de cana-de-açúcar resultante da indústria su-croalcooleira (Murta et al., 2011); resíduos da produção de sementes de plantas forra-geiras e fenos de baixa qualidade (Rosa et al., 1998); resíduos ou palha das de culturas agrícolas (Fernandes et al., 2002).

Estes resíduos diferenciam, quanto à ori-gem, parte da planta e processamento uti-lizado pelas indústrias (García et al., 2014). Outro fator que reduzo valor nutricional destes resíduos é a fase de desenvolvimen-to da planta no momendesenvolvimen-to da colheita, que, em caso de resíduos de forragens, a qualida-de nutricional qualida-declina rapidamente, sendo mais intenso quando se aproxima da ma-turidade plena correspondente à época em que a planta apresenta sementes maduras (Nascimento Junior et al., 2014). As plantas neste estágio apresentam baixa qualidade nutricional, graças às baixas proporções de carboidratos solúveis e digestibilidade, oca-sionadas pela redução da relação folha: col-mo (Corsi, 1990).

Alguns resíduos podem ser empregados diretamente na alimentação animal, sem necessidade de tratamentos, tais como cas-cas e restos de algumas espécies de frutas amassadas descartadas da comercialização

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(Giordani Junior et al., 2014). No entan-to, os resíduos que possuem fibra de baixa qualidade, possuem o consumo limitado, principalmente devido ao enchimento ru-minal, sendo necessário um maior tempo de retenção deste alimento no rúmen para sua degradação.

A parede celular primária dos vegetais, em sua maioria, é composta por três estrutu-ras independentes, a saber: as microfibrilas de celulose (~30%); os polissacarídeos não celulósicos, que incluem hemiceluloses (~30%) e pectinas (~30%); e proteínas es-truturais (~10%) (Bragatto, 2007). Durante a etapa de transição da parede celular pri-mária para parede celular secundária, ocor-re um aumento de celulose, hemicelulose e lignina, que são carboidratos constituintes da parede celular que apresentam fermen-tação lenta (Raven, 2014); fator este que está associado ao envelhecimento das plan-tas, quando há síntese de camadas espessas sobre a parede secundária (S1, S2 e S3) (Fi-gura 1), com formação de anel esclerenqui-mático rígido ao redor dos feixes vasculares (Wilson, 1993).

Figura 1: Camadas da parede celular secundária (S1, S2 e S3). As diferentes orientações das três camadas dão resistência à parede secundária. Fonte. Adaptada de Raven (2014).

A lignina é um complexo polímero com caráter fenólico e resistente à hidrólise. Na planta, sua rigidez e hidrofobia são impor-tantes para o suporte mecânico (Bragatto, 2007). Este polímero ao depositar-se sobre a parede celular estabelece ligações cova-lentes e não covacova-lentes com a matriz de carboidratos, formando o chamado com-plexo carboidratos (Lawoko et al., 2005). Após a diferenciação e a maturação dos te-cidos, a concentração de lignina na lamela média e na parede primária é mais elevada que na parede secundária. Então, o declínio de qualidade com o avanço da maturidade tem relação, principalmente com o aumen-to da lignificação e proporção de colmo em relação à lamina foliar (Nascimento Junior et al., 2014).

3 IMPORTÂNCIA DA

QUALIDADE DO

VOLUMOSO PARA

RUMINANTES

Forragens de baixa qualidade são definidas como aquelas que possuem digestibilidade inferior a 55%, teor de proteína bruta menor 8% e baixo teor de açúcares solúveis (Leng, 1990). Entretanto, uma definição mais ade-quada de qualidade de forragem é a que relaciona o desempenho do animal com o consumo de energia digestível (ED) e, neste contexto, tem-se o valor nutritivo, que se refere ao conjunto formado pela compo-sição química da forragem, sua digestibili-dade e a natureza dos produtos de digestão (Reis et al., 1993e Rodrigues, 1993b).

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A digestão pode ser definida como um pro-cesso de conversão de macromoléculas dos nutrientes em compostos mais simples, que podem ser absorvidos pelo trato gas-trintestinal (Murta et al., 2011). As princi-pais características químicas relacionadas à digestibilidade da fibra são a composição química e relação entre carboidratos estru-turais e a composição de lignina (Rabelo, 2002), de modo que a determinação da digestibilidade serve para qualificar os ali-mentos quanto ao seu valor nutritivo, ex-presso pelo coeficiente de digestibilidade, que indica o percentual de cada nutriente do alimento que o animal potencialmente pode aproveitar (Van Soest, 1994).

A fração indigestível da FDN (FDNi) é em-pregada como base para estimação da di-gestão efetiva dos volumosos fibrosos (Mu-niz et al., 2012), de modo que os conteúdos de FDN dos volumosos podem predizer os valores de sua digestibilidade (Daniel et al., 2013). Portanto, a forma e distribuição das microfibrilas resultam em diferentes taxas de digestão e disponibilidade de energia com o tempo de fermentação (Van Soest, 1994). Existem efeitos negativos que a lig-nificação da parede celular provoca sobre a sua digestibilidade, devido à limitação de enzimas hidrofílicas causadas pela hidrofo-bicidade criada pelos polímeros de lignina; o efeito tóxico de componentes da lignina aos microrganismos do rúmen e o impedi-mento físico causado pela ligação lignina -polissacarídeo, que limita o acesso das en-zimas fibrolíticas ao centro de reação de um carboidrato específico (Jung e Deetz 1993).

4 TRATAMENTOS QUÍMICOS

Os produtos químicos mais utilizados em tratamento de volumosos de baixa quali-dade são as bases alcalinas, principalmen-te o hidróxido de cálcio ou cal hidratada (Ca(OH)2), o hidróxido de sódio (NaOH) e a amonização com uréia (Rabelo et al., 2010). O NaOH é uma substância eficiente para tratamento de volumosos (Pires et al., 2010). No entanto, os fatores limitantes a sua utilização são os seus efeitos cáusticos e corrosivos, que ocasionam queimaduras na pele e intoxicações respiratórias, requeren-do, desta forma, cuidados na sua manipula-ção (Garcez et al., 2014).

O Ca(OH)2 tem sido utilizado no trata-mento hidrolítico de volumosos em subs-tituição ao NaOH, devido ao menor efeito corrosivo (Moraes et al., 2008). O efeito be-néfico do uso de produtos alcalinos sobre volumosos de baixa qualidade ocorre pela solubilização parcial da hemicelulose e pela expansão da celulose. Isto facilita o ataque dos microrganismos do rúmen à parede ce-lular e, consequentemente, a fermentação ruminal da fibra (Van Soest, 1994).

Mota et al. (2010) hidrolisaram cana-de-açú-car com 0,5% de cal virgem (CaO) e 0,5% Ca (OH)2, e obtiveram reduções dos teores de fi-bra em detergente neutro (FDN) de 45,25% (cana in natura), para 41,10 e 40,07% para os tratamentos com 0,5% de CaO e 0,5% de Ca(OH)2 respectivamente. Um dos efeitos da ação da amônia sobre a forragem é a de-sestruturação do complexo formado pelos componentes da fibra (celulose, hemicelu-lose e lignina), oferecendo aos

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mos maior área de exposição e, consequen-temente, aumentando a digestibilidade das frações da fibra (Pires et al., 2004).

Carvalho et al. (2006) trataram bagaço de cana-de-açúcar com 2,5; 5,0 e 7,5% de ureia com base na matéria seca, e obtiveram au-mento linear crescente do teor de proteí-na bruta, com médias; 6,85; 9,91 e 12,98% para os respectivos tratamentos, em com-paração com o tratamento-controle que apresentou 3,78 de PB. A amonização de forragens, subprodutos da agroindústria e restos de cultura em geral, provocam al-terações físico-químicas nos constituintes da parede celular, elevação do teor de PB e alteração dos microrganismos presente no material, devido à propriedade antifúngica, propiciando, assim, seu emprego no trata-mento de forragens com alta umidade (Pi-res et al., 1999).

Gobbi et al. (2005) recomendaram a adi-ção de 7% de ureia, com base na matéria seca do feno de Brachiaria decumbens Stapf., devido este tratamento ter proporcionado maior valor digestibilidade in vitro da ma-téria seca. Este fator está relacionado com o aumento do conteúdo de nitrogênio dis-ponível, favorecendo a ação dos microrga-nismos ruminais. O aumento da disponibi-lidade do nitrogênio aos microrganismos ruminais, associado à desestruturação dos componentes da fibra provocada pela amô-nia, também promove o aumento da diges-tibilidade do volumoso.

Em função da melhoria da qualidade do volumoso, ocorre melhor resposta de de-sempenho animal, conforme os

resulta-dos de pesquisa desenvolvida por Roth et al. (2009), onde o tratamento do feno de

Brachiaria brizantha cv. Marandu, colhido

após produção de sementes com amônia, proporcionou ganhos de peso de 1.336 kg/ dia, com ureia 1.014 kg/dia e o feno sem tratar 0.871 kg/dia.

5 TRATAMENTOS

BIOLÓGICOS

Os tratamentos biológicos têm, por base, a inoculação de microrganismos sobre os volumosos e, estes, atuam degradando a lignina, sem provocar perdas consideráveis de celulose e hemicelulose (Schmidt et al., 2003). Os fungos decompõem enzimatica-mente compostos orgânicos, solubilizando carboidratos (celulose, hemicelulose) e lig-nina do substrato, para utilizá-los em seu metabolismo. Com isto, ocorre a degrada-ção de parte dos componentes da parede celular e, consequentemente, o aumento da solubilidade desta fração.

Castro et al. (2004) obtiveram reduções dos teores de FDN e FDA nos tratamentos que consistiam dois substratos diferentes (C1 e C2) compostos basicamente de resíduo de lixadeira de algodão inoculados com cogu-melo Pleurotus sajor-caju, apresentando re-duções de 95,24% (resíduo in natura) para 81,11% e 71,21%, para fibra em detergente neutro, e de 91,16% para 76,85% e 71,14%, para fibra em detergente ácido, respectiva-mente, para os tratamentos C1 e C2. Moysone Verachtert (1991) inocularam

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lhadas de restos de cultura de trigo, com as espécies de fungos Pleurotus pulmonarius,

Pleurotus sajor caju e Lentinus edodes, e observaram que a digestibilidade do volumoso está

correlacionada com o conteúdo de lignina, conforme os gráficos da figura 2.

Figura 2: Alterações das concentrações de lignina total (a) e digestibilidade em diferentes períodos (b) com

Pleurotuspulmonarius (), Pleurotussajor-caju ( ) and Lentinusedodes ( ) da palhada de trigo. Fonte: adaptada

de Moyson e Verachtert (1991).

Estes autores observaram após 12 semanas de incubação com Pleurotus pulmonarius, uma diminuição do conteúdo de lignina de 11,7% a 5,7%; um aumento dadigestibilidade de 29,7% a 58,1%; Pleurotus sajor caju, a diminuição do conteúdo de lignina de 12,6% para 5,6%, e de aumento da digestibilidade de 29,8% para 59,2%, enquanto a adição de

Lenti-nus edodes somente promoveu redução de lignina e aumento de digestibilidade a partir da

quarta semana. O retardo do efeito foi atribuído ao crescimento mais lento deste micror-ganismo comparado aos outros. Bisaria et al. (1997) inocularam Pleurotus sajor-caju em pa-lhadas de arroz e trigo, e observaram aumento na proteína bruta e da DIVMS, inferindo-se que o fungo foi eficiente em aumentar o valor nutritivo e a digestibilidade dos volumosos. Os tratamentos biológicos apresentam vantagens sobre os tratamentos físicos e químicos, devido ao fato de não serem poluentes ao ambiente (Castro et al., 2004) e, também, por não utilizar substâncias químicas durante o processo, surgindo como alternativa para emprego em tratamentos de volumosos utilizados em sistema orgânico de produção (Sch-midt et al., 2003). Como desvantagens, citam-se os longos períodos requeridos para o de-senvolvimento do fungo e a possibilidade de perdas de substrato, devido à contaminação e ao próprio crescimento do fungo inoculado (Castro et al., 2004).

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6 TRATAMENTOS FÍSICOS

O tratamento físico, como a moagem, não melhora a digestibilidade, mas aumenta o consumo do volumoso (Marques Neto e Ferreira, 1984). A diminuição do tamanho da partícula provoca um aumento da taxa de passagem do alimento e, consequente-mente, aumento do consumo de matéria seca e de nutrientes pelo ruminante. Além disso, aumenta a superfície de exposição do volumoso ao ataque microbiano, o que in-crementa a taxa de digestão das células ve-getais potencialmente digestíveis (Gomes et al., 2012).

As características físicas dos volumosos apresentam relevância sobre a atividade de mastigação e natureza bifásica do conteú-do ruminal, o que caracteriza o conceito de FDN fisicamente efetiva (Mertens et al., 1997). Atenção especial deve ser dada a este conceito, pois, o consumo de volumosos pulverizados demasiadamente, reduzem a produção de saliva, resultando em menor pH ruminal o que compromete a digestibi-lidade da fibra (Grante Mertens, 1992). Os tratamentos, que utilizam pressão e vapor sobre volumosos de baixo valor nu-tritivo, possuem o princípio de submeter o volumoso a elevadas pressões e tempe-raturas, durante determinado período de tempo, seguidas de rápida descompressão (MelloJunior, 1987). Através da pressão, a hemicelulose em sua maior parte é solubi-lizada devido ao rompimento das ligações

com a lignina, enquanto que durante a des-compressão rápida, ocorre a vaporização da água presente no hidrolisador, e o afrouxa-mento da estrutura da fibra (Rabelo, 2002). A fração hemicelulose do bagaço de ca-na-de-açúcar é quase totalmente transfor-mada em açúcares, durante o tratamento, sob pressão e vapor. Portanto, tanto a FDN quanto a FDA são encontradas em teores semelhantes (Rabelo et al., 2008).

A tabela 1 lista alguns trabalhos da litera-tura, que avaliaram tratamentos de vo-lumosos de baixa qualidade, e os efeitos, havendo aumento ou redução de cada com-ponente do alimento, quando comparado ao volumoso sem tratamento. Através desta listagem, foi possível classificar uma ordem de importância quanto à utilização de mé-todos para tratamentos de volumosos no Brasil, onde a hidrólise alcalina com uso de NaOH apresentou maior importância, se-guida pela amonização com ureia. De uma forma geral, a hidrólise com NaOH promove redução do FDN e FDA, e a amonização com ureia a redução do FDN e FDA e aumento do conteúdo de proteína bruta do volumo-so, uma vez que foi incorporado nitrogênio não proteico via ureia. Em todos os trata-mentos houve aumento dos coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca.

Tabela 1: Efeito de diferentes tratamentos

sobre o teor proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em deter-gente ácido (FDA) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) de volumosos.

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76 TRATAMENTO/ AUTOR VOLUMOSO VARIÁVEIS FDN PB FDA DIVMS Amonização (ureia)/Santos (2004) Lixadeira do algodão Redução *** Aumento

*** Não avaliou Não avaliou Hidrólise (NaOH)/ Pires (2006) Bagaço de cana-de-açúcar Redução *** Sem alteração *** Redução *** Aumento *** Amonização (ureia)/Carvalho (2006) Bagaço de cana-de-açúcar Redução * Aumento * Redução * Aumento * Amonização (ureia) Schmidt (2003) Feno de Braquiária Sem alteração *** Aumento *** Aumento *** Aumento *** Biológico (P. ostreatus)/Schmidt (2003) Feno de Braquiária Redução *** Aumento *** Aumento *** Sem alteração *** Amonização (ureia)/Pires (1999) Quirera de Milho Redução *** Aumento *** Sem alteração *** Não avaliou Hidrólise (NaOH)/ Pereira Filho (2003) Feno de Jurema-Preta Redução *** Sem alteração *** Redução *** Aumento *** Hidrólise (CaO)/ Carvalho (2009) Feno de cana-de-açúcar Redução *** Sem alteração * Sem alteração *** Aumentou * Pressão e vapor/ Santos (2004) Lixadeira do algodão Redução *** Aumento *** Redução *** Não avaliou Hidrólise (CaO)/ Lopes (2009) Feno de Capim-elefante Redução *** Sem alteração *** Redução *** Aumento *** Hidrólise (NaOH)/ Santos (2008) Feno de Capim-tanzânia Redução *** Sem alteração *** Redução *** Aumento *** Amonização (ureia)/Zanine (2007) Feno de capim-tanzânia Redução *** Aumento *** Redução *** Aumento *** Nível de significância = *P<0,01; ** P<0,15; *** P<0,05.

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O bagaço de cana-de-açúcar corresponde ao volumoso com maior frequência de estudos, conforme descrito na tabela 1. Isto mostra a importância deste resíduo para utilização na alimentação animal pela pecuária brasileira, devido ao grande volume produzido. Os fenos de capins tropicais como a braquiária, capim-elefante e o capim-tanzânia, tratados com compostos alcalinos ou amonização, possuem relevância graças à produção dos re-síduos gerados da indústria de sementes, bem como se torna uma alternativa para trata-mento de capineiras ou áreas de pastagens mal manejadas.7

7 CONCLUSÕES

Os tratamentos biológicos, químicos e físicos melhoram o valor nutricional de volumosos de baixa qualidade e resíduos e/ou subprodutos da agroindústria, o que proporciona me-lhor aproveitamento destes quando ofertados na alimentação animal.

A possibilidade de se reutilizar resíduos e subprodutos nos sistemas de produção de rumi-nantes trazem diversos benefícios, causando efeitos positivos sobre os custos de produção, quando utilizados como suplemento da pastagem em época de escassez de produção for-rageira. Com isto, a adoção de tecnologias que busquem otimizar os recursos disponíveis em pecuária é de suma importância, pois pode causar impacto direto sobre a sustentabili-dade e eficiência do sistema de produção.

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Figura 1: Camadas da parede celular secundária (S1,  S2 e S3). As diferentes orientações das três camadas  dão resistência à parede secundária
Figura 2: Alterações das concentrações de lignina total (a) e digestibilidade em diferentes períodos (b) com  Pleurotuspulmonarius (), Pleurotussajor-caju ( ) and Lentinusedodes ( ) da palhada de trigo

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