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CONTABILIDADE GERENCIAL: ANÁLISE DE FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MARIPÁ-PR

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ANA PAULA BORBA FURTADO NARDINO DHYELLEN LARISSA DA SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL: ANÁLISE DE FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MARIPÁ-PR

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ANA PAULA BORBA FURTADO NARDINO DHYELLEN LARISSA DA SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL: ANÁLISE DE FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MARIPÁ-PR

Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II.

Orientador: Profº Me. Gilmar José Camargo.

Co-orientador: Me. Leandro de Araújo Crestani.

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ANA PAULA BORBA FURTADO NARDINO DHYELLEN LARISSA DA SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL: ANÁLISE DE FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL EM MARIPÁ-PR

Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação do Professor Me. Gilmar José de Camargo, Considerado ___________ pela Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

______________________________________________________ Profº Me. Gilmar José de Camargo Orientador - FASUL

______________________________________________________ Profº Me. Leandro de Araújo Crestani - FASUL

______________________________________________________ Profº Esp. Ruben Gomes de Siqueira - FASUL

Avaliador (a)

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a Deus, qυе iluminou

nossos caminhos durante esta caminhada e a família pelo cuidado е dedicação.

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AGRADECIMENTOS

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RESUMO

Este estudo tem como perspectiva compreender a Contabilidade Gerencial, com ênfase na formação do preço de venda. A qual tem como objetivo auxiliar os gestores da organização da empresa estudada a colocar seu produto no mercado com preço competitivo, e com percentual de lucro desejado para que a mesma obtenha a maximização da riqueza. A pesquisa foi desenvolvida em uma empresa do ramo de construção civil, materiais de construção, que está situada na cidade de Maripá, Estado do Paraná. Os gestores da empresa verificaram a necessidade de estudar a formação do preço de venda dos seus produtos mais vendidos, devido os valores estarem baseados no valor dos concorrentes. A partir disso, ocorreu o seguinte questionamento: qual o valor que deve ser alocado nos produtos para que estes gerem lucratividade para a empresa, e consequentemente a organização garanta sua sobrevivência ao longo dos anos. Cientes que os empresários da empresa em estudo não possuíam conhecimento das informações concedidas pelos contadores, estes formulavam seu preço de venda baseado sobre o preço de venda de seus concorrentes. Dessa forma, foram elaborados relatórios contábeis com base nos custos diretos e indiretos, utilizando também o mark-up.

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ABSTRACT

Their study has as a perspective to understand the management accounting, with an emphasis on the formation of the selling price. Which aims to assist managers in the organization of the company studied to get their product to market with competitive price, and with the percentage of profit you want to make the same gain maximization of wealth. The research was carried out in a company in the construction industry, construction materials, which is located in the city of Independencia, Paraná State. The managers of the company found the need to study the formation of the selling price of their products Top sellers, because the values are based on the value of competitors. From there, it occurred the following question: what is the value that should be allocated to the products for which these generate profitability for the company, and consequently the organization ensures its survival over the years. Aware that the entrepreneurs of the company under study had no knowledge of the information provided by accountants, they formulated their sale price based on the selling price of your competitors. Thus, reports have been prepared statements based on direct and indirect costs, using also the mark-up.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - Despesas ... 38

QUADRO 2 - Custos Diretos ... 39

QUADRO 3 - Vendas realizadas nos meses 01 a 04 de 2016 ... 39

QUADRO 4 - Custos indiretos ... 40

QUADRO 5 - Preço de venda calculado pela empresa ... 40

QUADRO 6 - Rateio dos custos indiretos ... 41

QUADRO 7 - Custo do produto vendido ... 41

QUADRO 8 - Percentual mark-up divisor ... 42

QUADRO 9 - Mark-up divisor ... 42

QUADRO 10 - Preço de venda ideal calculado pelo mark-up divisor ... 43

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12

1.1CONTABILIDADE GERENCIAL ... 13

1.2CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 14

1.2.1 Receita ... 15

1.2.2 Despesa ... 15

1.2.3 Custos ... 16

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ... 17

1.3.1 Custos Diretos e Indiretos ... 17

1.3.2 Custos Fixos e Variáveis ... 18

1.3.3 Custo real e custo padrão ... 19

1.4 MÉTODOS DE CUSTEIO ... 19

1.4.1 Custeio por Absorção ... 20

1.4.2 Custeio Variável... 21

1.5 ANÁLISE DE CUSTO/VOLUME/LUCRO ... 22

1.5.1 Margem de Contribuição ... 23

1.5.2 Ponto de Equilíbrio ... 24

1.5.3 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional ... 25

1.6 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 26

2 METODOLOGIA ... 29

3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 35

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA ... 35

3.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 37

3.2.1 Despesas ... 38

3.2.2 Custos Diretos ... 38

3.2.3 Custos Indiretos ... 39

3.2.4 Preço de Venda Praticado ... 40

3.2.5 Rateio dos Custos Indiretos ... 41

3.2.6 Formação do Preço de Venda ... 42

3.3 RECOMENDAÇÕES ... 43

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INTRODUÇÃO

A presente pesquisa discorre na área de contabilidade gerencial com enfoque na formação de preço de venda. O estudo apresenta dados coletados em uma empresa no ramo de construção civil. Com os dados foram emitidos relatórios gerenciais que são de suma importância para a tomada de decisão do gestor. Para a coleta de dados se faz necessário as notas de entradas dos produtos estocados, além de rateio de despesas referente à folha de pagamento e despesas administrativas.

Os relatórios têm como origem a base nos custos diretos e indiretos, fixos e variáveis os quais dependem da necessidade de materiais, mão de obra, e outras despesas relacionadas ao produto, para que este seja disponível ao consumidor.

Todo gestor necessita conhecer e analisar o preço de venda dos produtos e serviços gerados pela empresa. Pois um valor inadequado ao produto pode acarretar muito prejuízo na organização.

Os produtos a serem vendidos, não devem estar somente com um valor próximo ao do concorrente, ou um valor que o empresário acredite que seja o ideal e sim, estar adequado para a empresa conforme seus custos e despesas.

Dessa forma a formação do preço de venda é de suma importância para quaisquer organizações, onde seus gestores devem analisar com eficácia o valor agregado aos seus produtos.

Contabilidade gerencial atende a necessidade dos gestores dentro da organização tendo em vista que as tomadas de decisões afetam a empresa em longo prazo se utilizadas de forma errônea (GARRISON et. al., 2013).

Sem a informação correta dos custos e despesas muitos gestores apenas colocam um percentual adicional em seus produtos, verificando se o mesmo está coerente com o valor cobrado pelo seu concorrente. Além disso, sem saber se o percentual de margem de lucro está suprindo com os gastos da organização.

A partir do problema encontrado pelos gestores da empresa, os mesmos fazem o seguinte questionamento: qual o valor ideal que deve ser alocado aos produtos, de modo que a empresa consiga cumprir com seus gastos e tendo o lucro desejado.

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se sujeitar, desde energia elétrica até matéria prima utilizada para chegar ao produto acabado. Após alocar todos os custos ao material foi incluído o valor do mark-up, onde será visto o lucro que a empresa irá obter.

O objetivo geral foi desenvolver a técnica de formação de preço de venda dentro da empresa de modo que a mesma consiga cumprir com suas obrigações, tendo como objetivo o preço ideal.

Tendo ainda como objetivos específicos: descrever os conceitos de contabilidade gerencial, identificar a importância do preço de venda para a empresa e analisar os elementos necessários para a formação do preço de venda.

Para alcançar ao propósito foi utilizado como metodologia o estudo de caso, pois os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo (SEVERINO, 2007). Utilizamos também a pesquisa exploratória descritiva, que segundo Gil (2010) proporciona maior familiaridade com o problema. A pesquisa descritiva que além de estudar e analisar as relações variáveis busca ver a adversidade com outros olhos.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde os tempos remotos há indícios da contabilidade na vida do homem. Esta se tornou de suma importância a partir do momento em que o indivíduo sentiu a necessidade de mensurar seu patrimônio.

Segundo Crepaldi (2006, p. 19) “a contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos registros de que as civilizações antigas já possuíam um esbouço de técnicas contábeis”. Assim, tem-se a contabilidade desde os primórdios, a qual foi criada aproximadamente no ano 1.200 d.C. com o intuito de auxiliar o homem avaliar sua riqueza.

Os registros que se tem da contabilidade que se faziam presente na Antiguidade são os pictogramas, os quais eram utilizados pelo homem para marcar sua caça e pesca. E com o passar dos anos surgiu o escambo, forma com que os comerciantes faziam trocas e vendas de suas mercadorias.

Com o passar dos anos a contabilidade foi se aprimorando através de estudos e análises realizados pelo Frei Luca Paciolli. O autor empregou um método que com o passar dos anos foi denominado como método das partidas dobradas ou método de Veneza (CREPALDI, 2006).

A partir da revolução Industrial e do surgimento das grandes companhias, e das ações do mercado acionário é que a contabilidade passou a ser considerada com uma importante ferramenta gerencial e de informações importantes para todos os seus usuários (SANTOS, 2013, p. 8-9).

Assim, a contabilidade tem extrema importância para toda a sociedade. Salientando que no seu início era mais utilizada por comerciantes e pequenos empresários para o controle do patrimônio da empresa.

1.1 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial tem como foco principal auxiliar os gestores em suas tomadas de decisões dentro de uma organização.

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perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório, (IUDÍCIBUS, 1987, apud PADOVEZE, 2010, p.33).

Segundo Cardoso et. al, (2007) A contabilidade gerencial além da função de informação para decisão, envolve procedimentos de mensuração de desempenho que influenciam nas escolhas dos gestores.

A contabilidade Gerencial auxilia o gestor em diversas situações como: análise da lucratividade de produtos, determinação de mix de produtos, determinação do preço de venda, análise e elaboração de planos orçamentários, avaliação de desempenho de subunidades (centros de responsabilidade) etc. (CARDOSO, et. al. 2007).

Assim, a contabilidade gerencial auxilia gestores através de relatórios, os quais são fornecidos pela contabilidade financeira. Esses relatórios geram informações para tomada de decisões que têm impactos tanto para curto quanto para longo prazo, sejam essas informações para usuários internos ou externos da organização.

1.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos faz parte da Contabilidade Gerencial, pois esta gera relatórios gerenciais para problemas que serão solucionados pela Contabilidade Gerencial.

Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar, e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisões. É voltada para a análise de gastos da entidade do decorrer de suas operações (CREPALDI, 2004, p.13).

A Contabilidade de custos irrompeu-se após a Revolução Industrial e consequentemente o surgimento das máquinas teve-se a necessidade de determinar o custo da mercadoria vendida (CREPALDI, 2004).

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gerencial, deixou a Contabilidade de Custos de ter uma evolução mais acentuada por um longo tempo (MARTINS, 2003, p. 21).

E assim com a Revolução Industrial a Contabilidade Gerencial deixou de ser o foco principal durante um certo tempo, pois focavam na Contabilidade de Custos a qual foi criada principalmente para auxiliar as empresas para descobrir o custo real de seus produtos e assim alocar o valor ideal aos acabados que serão vendidos.

1.2.1 Receita

As receitas são entradas no ativo que a empresa obteve em determinado período, as quais podem ser os direitos a receber, venda de produtos e serviços e principalmente os ganhos adquiridos.

Segundo Marques (2010, p. 94) “receita é o reembolso de capitais investidos

em bens e serviços, ou a remuneração de capitais investidos em bens para rendimentos”. Ou seja, as receitas são entradas de recursos na empresa que podem ser em dinheiro ou em crédito (quando o cliente não efetua o pagamento e surge um direito do recebimento para a empresa).

Para conseguir receber em dia suas receitas, muitas empresas emitem carnês, boletos, ou duplicatas para se cobrar um direito. Assim, forma-se um crédito com o cliente, para que a organização tenha sua receita.

As receitas são as entradas no ativo que advém das prestações de serviços, vendas de produtos, e juros bancários que a organização recebe em determinado período (MARQUES, 2010).

Ou seja, as receitas são todas as entradas que a empresa obteve no período e essas se tornaram em rendimentos para empresa, sejam elas os aluguéis recebidos, ganhos através de investimentos, juros bancários, venda de mercadorias ou prestações de serviços.

1.2.2 Despesa

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como exemplos os sites de publicidades, os gastos com comissões e representantes comerciais.

Conforme Crepaldi (2004, p. 17) “despesas são gastos que provocam

redução do patrimônio”. Essas reduções no patrimônio podem ser através das vendas, os impostos, energia elétrica da área administrativa. Ou seja, o que não é imputado diretamente no custo do produto.

Mais necessário que as despesas são as formas de como reduzir as despesas, sendo: evitando desperdícios, pesquisa de mercado, redução de materiais em excesso (CREPALDI, 2006).

Dessa forma, as despesas são os gastos relacionados a administração, e também aos gastos que não estão inclusos diretamente no produto em que a empresa irá vender. Exemplo: Setores administrativos como os Recursos Humanos, Gestão de pessoas, contabilidade, vendas, além do salário dos gestores e gastos com Correios, etc.

1.2.3 Custos

Segundo Padoveze (2010) custos são gastos ao investimento, sendo necessário para a elaboração, formação de um produto. Assim o custo é a soma dos gastos necessários para formação de mercadorias de uma organização.

São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Por tanto, podemos dizer que os custos são gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objetos desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa (PADOVEZE, 2010, p. 320).

Sendo assim, os custos são os valores dos materiais utilizados diretamente para a confecção do produto, ou seja, gastos relacionados diretamente com a produção como a matéria-prima, custos com mão de obra.

O que está descrito acima referente a custos e despesas ocorre apenas na teoria. Pois, conforme Martins (2003) na prática há diversos problemas os quais aparecem pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva.

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geral da administração, parte para despesa e parte para custo, rateio esse sempre arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão científica. Normalmente, a divisão é feita em função da proporcionalidade entre número de pessoas na fábrica e fora dela, ou com base nos demais gastos,

ou simplesmente em porcentagens fixadas pela diretoria” (MARTINS, 2003,

p. 39-40).

Dessa forma é separado custos de despesas através de rateios, as quais geralmente são realizadas em proporção que podem ser em quantidade de funcionários ou percentual.

Assim, para separar custos e despesas é necessário definir o momento em que o produto está pronto para venda. Pois enquanto o produto está em produção é custo e a partir deste momento são as despesas (MARTINS, 2003).

Com isso, os custos são os gastos que estão diretamente ligados a produção do material que será entregue ao consumidor. Enquanto as despesas são os gastos relacionados a administração da empresa.

1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

A classificação dos custos tem por objetivo determinar o lucro, o controle das operações e auxiliar gestores a realizarem a melhor decisão a ser tomada.

Resolve problemas como preço de venda, demonstra a contribuição de cada produto ou a linha de produtos, o preço mínimo determinado para o produto, nível mínimo de atividade e outros problemas específicos.

Os custos são classificados em duas formas sendo os custos diretos e indiretos que são dos produtos fabricados e os custos fixos e variáveis que se referem ao comportamento desses custos (PADOVEZE, 2010).

1.3.1 Custos Diretos e Indiretos

Segundo Padoveze (2010) os custos diretos são os custos diretamente ligados as mercadorias que pretende - se produzir e os serviços ofertados. No caso da produção de mercadorias, a matéria-prima e a mão-de-obra da produção são considerados como custos diretos. Os custos diretos podem ser fixos ou variáveis.

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alimentam toda a fábrica, no caso da indústria, e não somente um único produto. são alguns deles: energia elétrica e água. Devido os custos serem subjetivos é necessário a forma de rateio (PADOVEZE, 2010).

Sendo assim, os custos diretos são aqueles que estão diretamente ligados ao produto que será entregue ao consumidor. Exemplo: a mão de obra de determinado material, a matéria prima utilizada para a produção do produto.

1.3.2 Custos Fixos e Variáveis

Segundo Padoveze (2010) os custos fixos são constantes na divisão os custos que na atividade operacional, ou seja, os custos fixos são aqueles que sempre irão aparecer para a formação do produto. Para que a empresa possa se manter ativa é necessário que a mesma possua estes custos fixos.

Apesar de serem fixos o custo pode aumentar ou diminuir se a quantidade de mercadorias sofrer alterações significativas. Estas são medidas, de certa forma, durante determinado intervalo de tempo (PADOVEZE, 2010).

Têm as seguintes características: Variam no total em proporção direta ao volume de atividade. Permanecem em constantes do ponto de vista unitário, ainda que varie o volume de produção; Podem ser apropriados com precisão aos produtos; e O controle de seu consumo e inocorrência é de responsabilidade dos níveis inferiores da administração. (CREPALDI, 2006, p. 128).

Assim, os custos fixos têm como características a apropriação de acordo com a precisão dos produtos, proporção direta em relação ao volume do produto, sendo o mesmo valor em todos os meses.

Já os custos variáveis são os custos que variam conforme a produção é diferente para cada período.

Tem as seguintes características: O volume total é fixo dentro de certo intervalo de produção; Diminuem unitariamente, à medida que aumenta o volume de produção; e Seu controle depende de níveis superiores da administração (CREPALDI, 2006, p. 128).

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1.3.3 Custo real e custo padrão

Conforme Padovese (2010, p. 342), "o fundamento da contabilidade de custos é a apuração do custo real dos produtos, que é calculado com dados dos gastos industriais já ocorridos na produção". Ou seja, são os custos que foram utilizados para a produção dos produtos que serão entregues aos clientes. Diferente do custo padrão que será realizado através de uma estimativa, um cálculo suposto que poderá ocorrer no futuro.

Custo padrão é o cálculo emitido sobre um suposto custo futuro. Através de elevada tecnologia, são impostas metas as quais devem ser alcançadas em um respectivo tempo de exercício (CREPALDI, 2006).

Conforme Crepaldi (2006) há quatro tipos de fixação de padrões: Básicos, são constantes, formam uma comparação entre período atual e o posterior.

Eficiência máxima, podem ocorrer em ineficiência, por isto é um dos padrões considerados perfeitos. Atingível normalmente são os mais difíceis de atingir, pois são objetivos e viáveis. Esperado, são as metas esperadas para serem alcançadas, devem estar próxima dos números obtidos.

Assim o custo padrão é o custo ideal para que a administração da empresa possa verificar sua eficiência tendo em vista suas variações de custos, ou seja, o fato que deveria ser ocorrido. Enquanto o custo real é sobre os custos incorridos na empresa no determinado período, apresentando assim o valor real que a organização trabalha.

1.4 MÉTODOS DE CUSTEIO

Os métodos de custeio são utilizados nas empresas para identificar o custo unitário dos produtos. Conforme Crepaldi (2004, p. 223) “existem dois métodos

básicos de custeio: Custeio por Absorção e Custeio Variável ou Direto, e eles podem

ser usados com qualquer Sistema de Acumulação de Custos”. Esses dois métodos são a forma como as empresas agregam ao preço de venda seus custos de fabricação. E seu principal objetivo é a separação de custos variáveis e custos fixos, para assim definir o valor de custo dentro do produto fabricado.

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Custeio variável faz a separação dos custos fixos e variáveis para contabilizar somente os valores que oscilam para chegar ao valor do produto.

Conforme Crepaldi, (2004), a única diferença que se encontra nos métodos custeio por absorção e custeio variável é o tratamento dos custos fixos os quais serão descritos abaixo:

1.4.1 Custeio por Absorção

O método de custeio por absorção é utilizado para fins fiscais e societários, ou seja é principalmente para fins legais. Conforme Crepaldi (2004, p. 223) “Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação

fiscal”.

Também denominado custeio funcional ou custeio tradicional é o critério utilizado para fins de evidenciação legal do resultado, isto é, utilizado para fins societários (pagar dividendos) e fiscais (pagar imposto de renda e contribuição social). É adotado para tais fins, pois elimina grande parte da discricionariedade do gestor na composição da informação de custo, aumentando o controle dos agentes externos à firma sobre o impacto da informação de custo dos resultados contábeis. (CARDOSO et. al, 2007, p. 89).

As características do método são: atender às exigências societárias e fiscais, além de estar de acordo com os princípios e normas da contabilidade; [...] alocar aos produtos todos os custos incorridos o processo de fabricação, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis; as despesas administrativas não incorporam os custos do produto, sendo registradas diretamente no resultado do período (CARDOSO et. al, 2007).

Assim, o custeio por absorção é caracterizado pela apropriação do custo fixo e variável sendo que o produto absolve todos os custos incorridos de um período. Para realizar o cálculo será separado tudo o que é despesa, os custos e os investimentos. As despesas irão aparecer somente na demonstração de resultado e os custos serão os custos fixos e variáveis.

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Todos os custos são alocados aos produtos, sendo apropriados ao resultado no momento da venda aos respectivos produtos; para o usuário externo, sugere-se a divisão da empresa em duas partes: a fábrica e as atividades comercial, administrativa e financeira; apuração dos custos de produção deve dar-se somente após o rateio dos custos indiretos; os custos fixos totais independem de oscilações do volume fabricado – dentro do intervalo relevante; apurações distorcidas do custo unitário total por produto em cada período (CARDOSO et. al. 2007, p. 90).

Assim, o rateio é utilizado para distribuir os custos que não são identificados diretamente no produto e para realizar o rateio é feito a estimação dos custos ligados à produção. Os critérios que podem ser utilizados para processar o rateio são: mão de obra trabalhada, hora de máquina, valor de mão de obra, matéria prima, número de funcionários entre outros. E a partir disso a empresa poderá determinar qual o melhor critério para distribuir o custo no preço de venda para o resultado da empresa.

Dessa forma os custos variáveis são utilizados principalmente pela administração das organizações onde se faz necessário a obtenção de informações seguras sobre quais produtos, linhas de produtos, departamentos, territórios de vendas, clientes e outros segmentos que são lucrativos.

1.4.2 Custeio Variável

O método de custeio variável será diferente do método acima descrito. Onde o custeio por absorção utiliza os custos fixos para a apropriação dos custos. Enquanto para o custeio variável é necessário apenas os custos de variáveis incorridos no período.

Segundo Crepaldi (2004, p. 227) o método é “conhecido também como

custeio direto, é um tipo de custeamento que considera como custo de produção de um período apenas os custos variáveis incorridos, desprezando os custos fixos”.

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proporcionalmente, aos dispêndios necessários para manufaturar os produtos; o custeio variável possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada de decisões (CARDOSO et. al., 2007, p. 93-94).

Assim, o custeio variável auxilia na tomada de decisão do gestor, o qual poderá verificar com mais clareza os relatórios emitidos através do método utilizado.

Segundo Cardoso et. al, (2007) este método traz também desvantagens das quais se destacam a exclusão dos custos fixos para a valoração dos estoques, a clareza na separação dos custos fixos e variáveis, além de problemas na continuidade da empresa em relação às decisões a curto e longo prazo.

Contudo, o método de custeio é muito utilizado pelas grandes empresas pois com este é possível verificar os custos com mais clareza, e assim facilitando a gestores na tomada de decisão.

1.5 ANÁLISE DE CUSTO/VOLUME/LUCRO

O gestor deve ter noções de custos independente da que área atua. Dessa forma saberá definir se a organização em que trabalha está sendo provida de lucros ou não.

Para entender a análise de custo/volume/lucro é necessário que se tenha conhecimento inicial sobre os seguintes custos/despesas:

Custos e despesas variáveis: os que variam na mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou outra medida de atividade. Exemplo comumente apresentados como sendo os custos variáveis: matéria-prima, mão de obra direta, comissões sobre vendas etc. Algumas despesas variam proporcionalmente com a variação das vendas, mais do que a produção. É o caso típico das comissões de vendas.

Custos e despesas fixas: teoricamente definidos como os que se mantêm inalterados, dentro de certos limites, independentemente das variações da atividade ou das vendas. Exemplos muito citados de custos fixos: ordenados de mensalistas, depreciações, aluguéis etc. (IUDÍCIBUS, 2008, p.141, grifo do autor).

Contudo, não existe custo ou despesa extremamente fixos, pois os custos são fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade. Assim, os custos também aumentam o qual não é de forma exatamente proporcional.

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tenha perca de produção de forma que seu valor não ser exatamente ao mesmo de produção (MARTINS, 2003).

Assim os custos e despesas da empresa irão direcionar o gestor quais despesas utilizam-se todo mês com mesmo valor e quais despesas e custos aparecem na demonstração de resultado.

1.5.1 Margem de Contribuição

A margem de contribuição são as receitas de vendas diminuindo as despesas e custos fixos, onde as despesas variáveis não são consideradas para calcular o valor final. Assim, descobrirá a quanto deverá vender para que a organização consiga cobrir seus gastos fixos agregados ao produto.

Segundo Crepaldi (2007, p. 231) “o custeio variável, todos os custos e

despesas variáveis [...] são deduzidos da Receita de vendas, embora as despesas variáveis não façam parte do custo do produto, resultando na margem de

contribuição”.

Assim, a Margem de Contribuição representa o valor que cobrirá os custos e despesas fixos da empresa e a partir daquele ponto a empresa estará obtendo lucro.

A Margem de contribuição ajuda os gerentes das empresas de quatro diferentes formas: esta informação ajuda o gerente a decidir sobre se deve diminuir ou expandir uma linha de produção; ajuda a avaliar alternativas provenientes da produção, de propagandas especiais; ajuda a decidir sobre estratégias de preços, serviços ou produtos; ajuda a avaliar o desempenho da produção (CREPALDI, 2007, p. 232).

Segundo Martins (2003, p. 179) existe a margem de contribuição por

unidade, a qual é a “diferença entre o preço de venda e o Custo variável de cada

produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa de sobre entre sua

receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro”.

Contudo, a margem de contribuição unitária é extremamente importante para a empresa, pois ela conhecerá o valor de cada produto, pois muitas vezes é fabricado grandes quantidades sem análise que acabam por se tornar inviável.

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redução dos preços unitários de venda dos produtos (PADOVEZE, 2010, p. 388).

Ou seja, a margem de contribuição é de suma importância para gestores e para empresa principalmente para as tomadas de decisões, pois a partir desta é que se tem a diferença ente o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis.

1.5.2 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o ponto onde as receitas se igualam as despesas, e se tem lucro igual a zero.

De acordo com Padoveze (2010) o ponto de equilíbrio ou ponto de ruptura, serão o ponto em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida ou produzida se igualam as despesas e aos custos fixos. O ponto de equilíbrio define a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que ao custo de um lucro zero.

O ponto de equilíbrio tem algumas limitações sendo elas:

Os custos fixos são fixos dentro de determinado volume de produção; [...] As retas de custos e despesas totais e receitas totais nem sempre são lineares; A análise supõe a existência de um único produto ou que a composição de vendas seja mantida; O volume de produção é praticamente

igual ao volume de vendas” [...]. (CREPALDI, 2004, p. 235)

Sendo assim, os custos fixos não são totalmente fixos, ele é utilizado um valor aproximado devido diferenças no decorrer do período. Isso ocorre porque o ponto de equilíbrio varia de acordo com os custos que o compõem, que variam de acordo com o desperdício administrativo. Por exemplo, a energia elétrica, o gasto com comunicações, com combustível e outros gastos considerados fixos.

Segundo Padoveze (2010) uma das principais metas do ponto de equilíbrio é procurar evidencias em algumas situações, ou até mesmo um cálculo rápido para mostrar o mínimo de atividade que se possa atuar a empresa. Portanto, é necessária a retirada de alguns custos e despesas fixas do cálculo, e coloca-se valores de lucro para ter como objetivo uma meta.

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Conforme Padoveze (2010) o ponto de equilíbrio operacional será efetuada para cobrir todos os custos e despesas fixas sem os aspectos financeiros e não operacionais.

O ponto de equilíbrio financeiro ou econômico “ocorre quando existe lucro na

empresa e esta busca comparar e demonstrar o lucro da empresa em relação à taxa

de atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido” (CREPALDI,

2004, p. 236). Para esse cálculo deve-se incluir os custos de lucro mínimo exigido pelos acionistas, pois é considerado os investimentos que os sócios injetaram na empresa.

Segundo Crepaldi (2004, p. 235) “o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é obtido quando há volume [...] suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o ponto em que não há lucro ou prejuízo contábil”. Dessa forma o ponto de equilíbrio contábil baseia-se somente em elementos contábeis, não considera um lucro mínimo exigido pelos acionistas, ou seja, um lucro que compense os investimentos realizados.

E assim, ponto de equilíbrio é um indicador do negócio que mostra o quanto é necessário vender para que as receitas se igualem os custos. Ou seja, é o ponto da atividade operacional da empresa em que não há lucro nem prejuízo: a receita total é igual ao custo total. Se a empresa operar acima do ponto de equilíbrio terá lucro, se operar abaixo terá prejuízo.

1.5.3 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional

A margem de segurança é o ponto em que a empresa pode reduzir suas vendas e esta não obterá prejuízo.

A margem de segurança, como o próprio nome sugere, corresponde a redução das vendas que determinada entidade pode sofrer, sem apurar prejuízo. Em outras palavras, pode se dizer que a margem de segurança é a diferença entre o nível efetivo de atividade e o nível de atividade do ponto de equilíbrio (CARDOSO, et. al. 2007, p. 132, grifo do autor).

Assim, a empresa conhece o menor valor e a menor quantidade ela deve vender para que a entidade não tenha prejuízos.

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esperado de forma que os custos utilizados pela empresa estejam na proporção correta. Dessa forma “o grau de alavancagem operacional é uma medida que diz

como, a um dado nível de vendas, uma mudança percentual no volume de vendas

afetará os lucros” (PADOVEZE, 2010, p. 381).

Contudo, a margem de segurança nada mais é que a folga no nível de vendas da empresa. Enquanto a alavancagem operacional leva a empresa a possibilidade de levantar lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado.

1.6 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A formação do preço de venda é feita para que a empresa agregue um preço aos seus produtos e serviços compatível com o mercado, que possa cobrir todos os custos e despesas envolvidos com a mercadoria e ainda dê um lucro considerável para a organização.

Segundo Padoveze (2010) normalmente as empresas calculam seus preços de vendas somente sobre os custos reais ou orçados da mercadoria, porém nem sempre isto deve acontecer, assim fica invalido este método. Mesmo assim devem-se tomar os custos como a badevem-se deste processo.

Além disso, diversas outras situações podem exigir a utilização dos procedimentos de formação de preços de venda a partir do custo, como: estudos de engenharia e mercadologia para a introdução de novos produtos; Acompanhamento dos preços e custos de produtos atuais; Novas oportunidades de negócios; Negócios ou pedidos especiais; Faturamento de produtos por encomenda; Análise de preços de produtos de concorrentes etc. (PADOVEZE, 2010 p. 427).

Conforme Padoveze (2010) a partir disto existem diversas variantes de formação de preço de venda, dentre elas as principais são:

Formação do preço de venda a partir do custeio por absorção é o método mais manuseado por possuir mais facilidade no cálculo, basicamente utiliza-se os custos industriais por produto e agrega os valores das despesas gerais, tais como administrativas e financeiras (PADOVEZE, 2010).

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deverá cobrir os custos e despesas fixos que não foram alocados aos produtos; (PADOVEZE, 2010).

Formação de preços de venda a partir dos custos de transformação esta técnica é empregada em casos especiais por isso tende a ser eventual. Leva-se em conta apenas o que foi gasto para a transformação do produto (PADOVEZE, 2010).

Formação do preço de venda a partir do mercado neste processo não se usa os custos e despesas obtidos para a produção da mercadoria ou serviço, e sim o valor do produto no mercado, considera os preços de vendas dos concorrentes, a oferta e demanda, localizações da fabrica, publicidade entre outros (PADOVEZE, 2010).

Custo meta este método utiliza apenas o valor do mercado, o que o mercado paga pelo seu produto ou serviço.

O preço de mercado, outrossim, possibilita na realidade a situação inversa da formação de preço de venda. Assumindo a condição de que o preço que o mercado está pagando é o máximo que a empresa pode atribuir ao seu produto, o preço de mercado passa a ser o elemento fundamental para formação dos custos e despesas (PADOVEZE, 2010, p. 429).

Valor percebido pelo consumidor este processo tem como conceito o preço em que os consumidores podem pagar pelo produto ou serviço, ou seja, a empresa deve alocar o maior preço possível sobre a mercadoria ofertada, seguindo de quanto esta população atingida necessita da mesma e de qual o numero da demanda. (PADOVEZE, 2010).

Padoveze (2010) expõe que existem alguns elementos básicos para a formação do preço de venda a partir do custo, e o mais utilizado é o multiplicador sobre custos, mais conhecido como mark-up.

Conforme Padoveze (2010) o mark-up é abrangentemente manuseado pelas empresas tanto de grande porte como microempresas, pois é um calculo feito de forma rápida sobre os custos por absorção.

Segundo Padoveze (2010) o custo por absorção é considerado pela cultura contábil-financeira como o mais correto para adquirir o custo do produto. Nele se aciona um multiplicador o qual os demais custos são adicionados.

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de mark-up são determinados através de relações percentuais médias sobre preços de vendas e, a seguir, aplicados sobre o custo dos produtos. (PADOVEZE, 2010, p. 430).

De acordo com Padoveze (2010) o mark-up elabora o preço de venda através dos custos-padrão ou custos estimados, visando conseguir preço sobre as condições operacionais da empresa. Com isto o mark-up possui ferramentas de fundamental importância para sua construção o faturamento padronizado e a margem de lucro desejada. Este faturamento padronizado/normativo deve ser revisto anualmente.

Como o processo de formação de preços de venda busca um preço de venda calculado baseado em situações de normalidade, a base para o calculo dos percentuais de margem, despesas operacionais, custo financeiro etc. deve ser um volume de vendas que represente uma condição normal de produção e de vendas da empresa. (PADOVEZE, 2010, p. 437 - 438).

Em concordância com Padoveze (2010) a formação do preço de venda quando calculado sob este método, deve ser feita uma projeção orçamentária a qual estipulará um valor para ser fixado aos produtos ou serviços, e para que não se exceda as produções em períodos de baixa demanda ou vice e versa.

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2 METODOLOGIA

O trabalho presente tem como objetivo desenvolver uma pesquisa exploratório-descritiva. A pesquisa deve ser feita para encontrar as respostas e soluções de um problema, seja ele qual for, quando as informações já dispostas são precárias e insuficientes não podendo ser relacionada ao problema adequadamente. (GIL, 2010).

Segundo Gil (2010) é necessário que se utilize cuidadosamente alguns métodos e técnicas para desenvolver uma pesquisa cientifica. As razões pelo qual é efetuada uma pesquisa estão separadas em dois grandes grupos, razões de ordem intelectual (qualidades pessoais do pesquisador) e razão de ordem prática (recursos humanos, materiais e financeiros).

Gil (2010) expõe que a pesquisa exploratória tem como objetivo tornar o problema explícito ou construir a hipótese, geralmente é bastante flexível, por isso é

difícil “rotular” a pesquisa exploratória, pode-se considerar vários aspectos referentes ao fato ou caso estudado.

As pesquisas exploratórias tem como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo mais explicito ou a construir hipóteses. Seu planejamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerados mais variados aspectos relativos ao fato ou fenômeno estudado. A coleta de dados pode ocorrer de diversas maneiras, mas geralmente envolve: 1. Levantamento bibliográfico; 2. Entrevistas com pessoas que tiveram experiência pratica com o assunto; e 3. Análise de exemplos que estimulem a compreensão (SELLTIZ et al., 1967, p. 63 apud GIL, 2010, p. 27, grifo do autor).

Dessa forma foi utilizada a pesquisa exploratória devido a intimidade com o assunto a ser explanado e maior conhecimento para o ao levantamento de problemas e hipóteses, fazendo, com isso, uma pesquisa completa.

Segundo Gil (2010) as pesquisas descritivas normalmente são elaboradas para fins profissionais. Esta pode descrever características de uma população ou possíveis relações variáveis.

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indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas (CERVO et. al. 2007, p. 61).

Conforme Cervo et. al. (2007) a pesquisa descritiva pode assumir diversas formas como estudo descritivo, como pesquisas de motivação, estudo de caso, pesquisa de opinião, estudo de um determinado grupo ou indivíduo verificando as modificações ocasionadas nos comportamentos.

A pesquisa descritiva além de analisar e estudar as relações variáveis procura ver o problema com outros olhos, a mesma determina a natureza dessa relação, e isto faz com que ela se torne uma pesquisa exploratória-descritiva (GIL, 2010).

Assim, a pesquisa exploratória foi utilizada como ferramenta de auxílio no levantamento das informações, as quais são relevantes para a análise da formação do preço de venda, onde foi possível a comparação ente o preço praticado e o ideal.

O tema abordado para a realização do estudo é a análise da formação do preço de venda. Esse tema se tornou pertinente devido à empresa escolhida não ter um estudo de contabilidade de custos e não formular seu preço através dos métodos de custeio. Assim não é utilizado um gerenciamento para a elaboração do seu preço de venda.

Como a empresa elabora seu preço através de um método informal, apenas incluindo o percentual desejado de lucro, obteve-se a necessidade de verificar se o valor que a organização está repassando ao seu cliente está solvendo com seus custos e despesas e se este está lhe trazendo lucros ou prejuízos.

Assim será utilizada a Contabilidade de Custos, pois Segundo Crepaldi (2004) é a técnica que é utilizada para identificar, mensurar, e informar os custos dos produtos e/ou serviços. E com isso serão geradas informações precisas e rápidas para a tomada de decisão dos gestores, pois se um cliente informa que o produto está com um valor mais alto que o concorrente, o mesmo deve saber se o valor do concorrente solve as necessidades da empresa ou é um valor que lhe deixará no prejuízo.

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Para realização da pesquisa foram realizadas visitas à empresa, para a coleta de informações da cadeia de valor, considerando desde os fornecedores (englobam todos os custos e despesas da mercadoria) até o consumidor final.

Para a pesquisa exploratório-descritiva deve ser realizado um estudo de caso, o qual Segundo Gil (2010) a algum tempo atrás era considerado apenas uma ferramenta para se conhecer melhor sobre um determinado assunto, porém com um estudo mais detalhados de certos fenômenos passou a ser um trabalho exaustivo e de maior conceito. Com isto está sendo utilizado com frequência em diversas ciências como:

a) explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos; b) preservar o caráter unitário do objeto estudado; c) descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação; d) formular hipóteses ou desenvolver teorias; e) explicar as variáveis causas de determinado fenômeno em situações muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos (GIL, 2010 p. 38).

Conforme Gil (2010) o estudo de caso é uma pesquisa que exige muito de seu pesquisador, requer atenção e conhecimento sobre o assunto escolhido pelo mesmo. Deve-se analisar profundamente o objeto optado pelo analítico. Não podendo ele chegar a conclusões e sim apenas em hipóteses.

O caso escolhido para a pesquisa deve ser significativo e bem representativo, de modo a ser apto a fundamentar uma generalização para situações análogas, autorizando inferências. Os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados, mediante análise rigorosa, e apresentados em relatórios qualificados (SEVERINO, 2007, p. 121).

Dessa forma o estudo de caso irá contribuir para a compreensão dos dados que serão coletados das empresas que queiram alterar seus preços de venda, onde serão determinadas as melhores hipóteses. Com isso, sócios e gestores poderão ter melhores evidências para as decisões a serem tomadas.

Será utilizada a pesquisa documental que refere-se a elaboração de documentos e suas finalidades. Geralmente essas pesquisas são internas à organização, principalmente para base de dados (GIL, 2010).

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qual está situada na cidade de Maripá oeste do Paraná. A mesma é do ramo da construção civil e desde 2012 possui em seu quadro de funcionários cinco colaboradores de diversas áreas.

A empresa foi constituída em 2009 na cidade de Nova Santa Rosa – PR por dois sócios. Após as vendas terem um aumento significativo, resolveram abrir uma filial em Maripá-PR, e foi decidido vender parte das ações onde dois irmãos que apresentaram interesse adquiriram essas quotas.

Devido os problemas com a formação do preço encontrados na empresa pelos gestores, foi decidido que seria um auxílio para a empresa fazer o estudo nesta área. E com isso foi utilizado como referência nos meses de janeiro a abril do ano de 2016 para a análise e formação do preço dos quatro produtos mais vendidos na organização.

Como se trata de formação de preço de venda, os empresários não ficaram receosos para a disponibilização dos documentos necessários, visto que não necessitamos de dados bancários ou mesmo de fluxo de caixa da empresa.

As coletas de dados foram realizadas através de duas visitas, uma realizada para a coleta da contextualização da empresa e outra para a coleta de Notas fiscais, recibos, folhas de pagamento, tributos, despesas e outros dados que possam influenciar para a formação do preço de venda.

Para se chegar a formação do preço de venda da empresa utilizamos o histórico da empresa e através método do mark-up calculamos ao preço de venda ideal para os produtos selecionados. Para isso foi utilizado a seguinte fórmula:

FIGURA 1 - Fórmula do Mark-up

Gastos Comissões de venda

Tributo

Margem de lucro desejada Descontos concedidos

Total = CTV (Custo total de venda)

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E através do método mark-up, os empresários sentem maior segurança nas negociações, e também estabelecem limites para os descontos. Assim, todas as empresas conhecem o valor mínimo de venda do produto para que o mesmo não lhe acarrete em prejuízos.

O método poderá ser aplicado em outras empresas que também possuem o mesmo problema com a formação de preço de venda, pois este serve como base para quaisquer modelos de empresa.

A pesquisa tem abordagem quantitativa, a qual foca uma pequena quantidade de conceitos, e tem início com as ideias preconcebidas de modo pelo qual os conceitos estão relacionados (GERHARDT, SILVEIRA, 2009).

Segundo Gerhardt e Silveira, (2009) o método quantitativo utiliza procedimentos estruturados e instrumentos formais para coleta de dados, as quais são mediante condições de controle e objetiva na coleta e análise de dados.

A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre á linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. (FONSCECA, 2002, p.20 apud GERHARDT, SILVEIRA, 2009, p. 33).

Conforme Gerhardt e Silveira, (2009) a pesquisa qualitativa tem aprofundamento na compreensão de um grupo social, de uma organização. Ou seja, preocupa-se, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados.

As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências (GERHARDT, SILVEIRA, 2009, p. 32).

A pesquisa busca analisar quantitativamente e qualitativamente os dados que serão coletados na empresa. Para assim realizar as demonstrações quantitativas e logo após apresentar a empresa sua forma qualitativa.

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3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

O estudo voltado para formação do preço de venda visou demonstrar para os gestores da empresa que é necessário ter o conhecimento de todas as variáveis envolvidas ligados ao valor de venda dos materiais, ressaltando que os mesmos não praticavam esses métodos.

Assim para realização do estudo foram necessários dados da empresa bem como os custos diretos e indiretos, que englobam toda cadeia de valor, sendo: valores com aluguel, energia elétrica, telefone e salários..

Dessa forma, a formação do preço de venda realizado pela empresa sediada em Maripá, de janeiro a abril de 2016 e o método apresentado como o melhor através dos dados cedidos pelos gestores.

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa a em estudo situa-se na cidade de Maripá – PR, no ramo comercial, e atua na área de materiais de construção. Atualmente conta mais de 7000 mercadorias, tendo como produtos com maior número de vendas os materiais brutos como areia, pedra, cimento e cal hidratada. É uma micro empresa, com regime tributário no simples nacional. Possui quatro sócios sendo que dois são sócios administrativos, um responsável pela matriz, outro pela filial.

A entidade tem como objetivo atender com eficácia seus clientes para que sintam-se satisfeitos e voltem a comprar na mesma, e possuir todos os materiais necessários para construção de casa, edifícios e até mesmo uma simples reforma.

Teve início nas suas atividades em de abril de 2009 na cidade de Nova Santa Rosa – PR, onde Contavam com dois sócios. Porém apenas um acompanhava a empresa diariamente e tinha função de administrador. Após dois anos, com o crescimento da empresa, decidiram abrir uma filial em Maripá – PR.

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FIGURA 2 - Organograma filial

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Hoje a filial conta com um sócio administrador, que gerencia toda a empresa, um vendedor, que fica responsável por atender os clientes, uma operadora de caixa com a função de atender telefonemas, auxiliar nas vendas, fazer depósitos e atuar no caixa, e um entregador responsável pelas entregas e organização do depósito. (Figura 2)

FIGURA 3 - Organograma matriz

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Já a matriz conta com treze colaboradores, um sócio administrativo que gerencia a empresa como um todo, o gerente de depósito responsável pela organização do mesmo, uma operadora de caixa, dois vendedores internos atendendo os clientes e um externo com a função de buscar novos clientes, um eletricista responsável pelas instalações dos equipamentos adquiridos pelos clientes da organização que conta com a ajuda de um auxiliar, e três entregadores (Figura 3).

A empresa participa de licitações nos municípios vizinhos além de possuir uma carteira de aproximadamente dois mil clientes, dentre outros consumidores.

Possui muitos fornecedores, alguns entregam direto na matriz seus produtos, outros a própria organização busca, pelo fato de ser mais viável.

Com o fato de que existe muita concorrência no ramo de comercio de materiais de construção a organização passa a calcular seu preço de venda equiparando com seus concorrentes, sendo que este método não é muito eficaz. Pois cada empresa possui diferentes custos e despesas.

A empresa conta com uma estrutura física em sua matriz de 800m² sendo que a loja tem 600m² e 200m² o estoque, e em Maripá 450m², 300m² na loja e 150m² em estoque.

3.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Para a formação do preço de venda a empresa utiliza um método informal, o qual aplica 40% a mais sobre o custo final do produto. Assim, demonstra-se que a empresa não considera os custos e despesas para a formação do valor de seus produtos.

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3.2.1 Despesas

Na empresa em estudo foram coletadas as despesas realizadas nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril. As despesas que mais representam nesses meses foram às despesas administrativas (Quadro 1).

QUADRO 1 - Despesas

Despesas Janeiro Fevereiro Março Abril Total

Despesas

Administrativas R$ 3.945,82 R$ 3.789,40 R$ 3.998,98 R$ 3.867,50 R$ 15.601,70 Publicidade e

Propaganda R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 400,00 Total R$ 4.045,82 R$ 3.889,40 R$ 4.098,98 R$ 3.967,50 R$ 16.001,70 Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Durante o período estudado verificou-se que o total das despesas apresentado durante os quatro meses foi de R$ 16.001,70 (dezesseis mil e um reais e setenta centavos). Obtendo como média mensal o total de R$ 4.000,43 (quatro mil reais e quarenta e três centavos).

Através da média dos faturamentos dos quatro meses apresentados foi possível encontrar o percentual médio das despesas durante o período para alocar as despesas no custo do produto vendido com o método Mark-up. Sendo a média do faturamento R$ 192.600,25 (cento e noventa e dois mil e seiscentos reais e vinte e cinco centavos) e o percentual 2,07%.

3.2.2 Custos Diretos

Custos diretos são aqueles ligados diretamente a um produto, mercadoria ou serviço, classificados em fixos, que independente do quanto à empresa produz ou vende tem sempre o mesmo valor ou variáveis. Podendo eles ser compra de matérias-primas e mão-de-obra direta. Os custos diretos da organização são calculados pela media de custo que a empresa possui, custo médio ponderado (Quadro 2).

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QUADRO 2 - Custos Diretos

Produto Custo final

Cimento R$ 21,30

Cal hidratada R$ 6,00

Areia média R$ 40,00

Pedra nº 1 R$ 35,00

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Como esta apenas revende seus produtos, e seus fornecedores entregam os produtos diretamente na empresa, o custo direto é formado pelo valor de aquisição da mercadoria, mais o ICMS. Que por não poder ser aproveitado é somado ao custo.

3.2.3 Custos Indiretos

Segundo Padoveze (2010), os custos indiretos são os gastos que a empresa faz sem que estejam ligados diretamente ao produto que será vendido. Estes precisam ser rateados para saber o quanto cada mercadoria ou serviço gasta para ser fabricado ou comercializado.

Por meio de relatórios cedidos pela empresa, foi possível calcular o percentual de produtos vendidos no período. Dessa forma, para alocação e rateio dos custos indiretos, utilizamos o total de produtos vendidos nos meses de referência, onde a quantidade vendida de cada produto por mês equivale a um percentual em relação ao total de produtos vendidos no período.

QUADRO 3 - Vendas realizadas nos meses 01 a 04 de 2016

Produto Quantidade (unidades/metros) % de venda

Cimento 1.567 3,08%

Cal hidratada 647 1,27%

Areia média 108 0,21%

Pedra nº 1 73,5 0,14%

Outros 48.441,5 95,29%

Total 50.837 100%

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A empresa possui um grande numero de mercadorias vendidas mensalmente. Os produtos com maior volume de venda, foram separados para servir como base de rateio para os custos indiretos (QUADRO 3).

QUADRO 4 - Custos indiretos Custos

indiretos Janeiro Fevereiro Março Abril Total

Aluguel R$ 3.550,00 R$ 3.550,00 R$ 3.550,00 R$ 3.550,00 R$ 14.200,00 Funcionários R$ 14.400,00 R$ 14.400,00 R$ 14.400,00 R$ 14.400,00 R$ 57.600,00 Comissões R$ 250,00 R$ 305,00 R$ 255,00 R$ 285,00 R$ 1.095,00 FGTS R$ 1.152,00 R$ 1.152,00 R$ 1.152,00 R$ 1.152,00 R$ 4.608,00 Férias e 1/3 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 2.400,00 Salário 13º R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 R$ 4.800,00 Telefone R$ 300,00 R$ 312,58 R$ 289,87 R$ 305,45 R$ 1.207,90 Água R$ 145,50 R$ 150,20 R$ 147,48 R$ 135,40 R$ 578,58 Energia elétrica R$ 704,12 R$ 678,52 R$ 599,50 R$ 657,45 R$ 2.639,59 Total R$ 22.301,62 R$ 22.348,30 R$ 22.193,85 R$ 22.285,30 R$ 89.129,07 Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Foram considerados os gastos de aluguel, FGTS e salários de funcionários como custos indiretos fixos. Já comissões, férias, telefone e energia elétrica como custos variáveis que modificam de acordo com as necessidades da empresa, ou com o faturamento que a mesma possui. O valor total dos custos indiretos foi de R$89.129,07 no período de quatro meses, com média mensal de R$ 22.282,27.

3.2.4 Preço de Venda Praticado

O fato de a entidade calcular o preço sem utilizar seus gastos, calculando 40% no custo final do produto (QUADRO 5), pode fazer com que ela não obtenha o lucro desejado, ou até mesmo obtenha prejuízo, sem tomar noção disto.

QUADRO 5 - Preço de venda calculado pela empresa

Produtos Preço de Compra + ICMS Preço Empresa

Cimento R$ 21,30 R$ 29,82

Cal hidratada R$ 6,00 R$ 8,40

Areia média R$ 40,00 R$ 56,00

Pedra nº 1 R$ 35,00 R$ 49,00

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3.2.5 Rateio dos Custos Indiretos

O critério de rateio utilizado para a distribuição dos custos foi definido em função do volume de venda de cada produto.

A partir disto foi realizado o cálculo da divisão do valor de custos indiretos de cada produto pela quantidade de unidades vendidas, através do qual se obtém o valor unitário dos custos indiretos (QUADRO 6).

QUADRO 6 - Rateio dos custos indiretos

Produto % venda Custos indiretos (unidade/metros) Quantidade unitário Custo

Cimento 3,08% R$ 2.745,18 1.567 R$ 1,75

Cal hidratada 1,27% R$ 1.131,94 647 R$ 1,75

Areia média 0,21% R$ 187,17 108 R$ 1,75

Pedra nº 1 0,14% R$ 124,78 73,5 R$ 1,75

Outros 95,29% R$ 84.931,09 48.441,5 R$ 1,75 Total 100,00% R$ 89.129,07 50.837 R$ 1,75 Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Após realizar o rateio dos custos indiretos e verificar os custos diretos de cada produto, os mesmos serão somados para assim obter o custo de cada produto que será vendido.

QUADRO 7 - Custo do produto vendido

Produto Custo direto Custo indireto Custo total

Cimento R$ 21,30 R$ 1,75 R$ 23,05

Cal hidratada R$ 6,00 R$ 1,75 R$ 7,75

Areia média R$ 40,00 R$ 1,75 R$ 41,75

Pedra nº 1 R$ 35,00 R$ 1,75 R$ 36,75

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

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3.2.6 Formação do Preço de Venda

A formação do preço de venda dos produtos levou em consideração o

mark-up (Quadro 8) que é utilizado como ferramenta importante para construção do faturamento padronizado.

Para construção do mark-up foram identificados os valores gastos com comissões de vendas, que é calculado de acordo com o percentual pago para o vendedor sobre o total de vendas realizadas. Além dos percentuais de impostos pagos, da margem de lucro desejada e do percentual de desconto concedidos.

QUADRO 8 - Percentual mark-up divisor

Gastos %

Comissões de venda 0,50%

Tributo 11,10%

Margem de lucro desejada 15%

Descontos concedidos 5%

Despesas 2,07%

Total 33,67%

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Assim, verificou-se que o valor que tem o maior impacto nos gastos da empresa são os tributos. Devido à empresa estar enquadrada no regime de Tributação Simples Nacional, com um percentual de 11,10%. Já as comissões de vendas são os valores atribuídos aos vendedores à venda de cada produto, sendo 0,5% a cada venda. A margem de lucro foi direcionada em 15% de acordo com a perspectiva de lucratividade do proprietário. Também é utilizada na estruturação do mark-up o percentual de despesas (QUADRO 1).

QUADRO 9 - Mark-up divisor MKD = 100 / (100 – 33,67) MKD = 100 / 66,33

MKD = 1,51

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Com o valor do Mark-up é calculado o preço de venda do produto, já incluso a margem de lucro, e cobrindo todos os gastos desde a aquisição do produto ate a venda do mesmo.

QUADRO 10 - Preço de venda ideal calculado pelo mark-up divisor

Produto Custo total Mark-up Preço de venda ideal

Cimento R$ 23,05 R$ 1,51 R$ 34,81

Cal hidratada R$ 7,75 R$ 1,51 R$ 11,70

Areia média R$ 41,75 R$ 1,51 R$ 63,04

Pedra nº 1 R$ 36,75 R$ 1,51 R$ 55,49

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

Conforme o cálculo do preço de venda utilizando o mark-up, o preço ideal para as mercadorias analisadas no projeto, apresentou uma variação percentual significativa em relação aos preços praticados.

QUADRO 11 - Variação do preço ideal para o preço de venda utilizado

Produto Preço de venda ideal Preço de venda utilizado Variação %

Cimento R$ 34,81 R$ 29,82 16,73%

Cal hidratada R$ 11,70 R$ 8,40 39,28%

Areia média R$ 63,04 R$ 56,00 12,57%

Pedra nº 1 R$ 55,49 R$ 49,00 13,24%

Fonte: Elaborado pelosAutores da Pesquisa (2016).

O cimento teve uma variação de 16,73%, a cal hidratada 39,28%, a areia média e a pedra variam 12,57% e 13,24% consecutivamente. Assim, percebe-se uma diferença significativa entre o preço de venda utilizado pela empresa e o preço de venda considerado ideal para que a organização aloque aos produtos.

3.3 RECOMENDAÇÕES

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utilizado. No qual é alocado o valor encontrado para o calculo do mark-up, através deste chega-se no preço de venda ideal do produto.

Percebe-se que a empresa além de não estar obtendo a margem de lucro desejada pelos administradores/sócios, esta comprometendo o resultado.

A empresa pode buscar reduzir seus gastos, para que o valor de suas mercadorias não seja desigual ao dos concorrentes, com valores altíssimos.

Inicialmente devem-se separar os custos e despesas fixos e variáveis e calcular a porcentagem que estes custos e despesas incidem em cada produto. Logo após calcular o mark-up divisor, e incluir o custo final da mercadoria, chega-se no preço de venda ideal.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como finalidade desenvolver a técnica de formação de preço de venda dentro da empresa de modo que a mesma consiga cumprir com suas obrigações, tendo como objetivo o preço ideal. A partir disso, foram descritos os termos de contabilidade gerencial, que tem grande importância para a empresa devido a tomada de decisão que foi analisada pelos gestores.

No contexto também é importante ressaltar a contabilidade de custos, a qual foi utilizada para mensuração do controle de custos, despesa e comercialização dos produtos. De modo que esses foram classificados como diretos e indiretos, de acordo com a alocação dos custos.

Por fim, foi utilizado o custeio por absorção onde separou as despesas dos custos, e os custos diretos dos indiretos, para chegarmos ao método do mark-up onde verificamos que para alcançar a margem desejada pelo empresário se faz necessário averiguar todos os custos e despesas que englobam a cadeia de valor.

Para apuração de custo foi utilizado o método de custeio por absorção, onde foi possível distinguir as despesas e os custos que a empresa possuía, para assim efetuarmos o rateio dos produtos através do faturamento e alocarmos todos os custos de forma adequada aos produtos.

Com base na análise das informações coletadas na empresa foi possível verificar que a organização não possuía a margem desejada, que, entretanto cobre todos os custos e ainda gera uma margem de rentabilidade. Com a implantação de um sistema de custos a empresa poderá analisar seus gastos para formar o preço de venda com maior precisão.

Imagem

FIGURA 1 - Fórmula do Mark-up Gastos  Comissões de venda
FIGURA 2 - Organograma filial

Referências

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