• Nenhum resultado encontrado

D. E. R. Correia1 e Y. Yamashita2 - View/Open

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "D. E. R. Correia1 e Y. Yamashita2 - View/Open"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Metodologia para identificação da qualidade da informação para

planejamento de transportes

D. E. R. Correia1 e Y. Yamashita2

M e stra d o em T ra n sp o rtes - U n iversid a d e d e B rasília, D istrito F ed era l, B ra sil

A rtigo Recebido: 07/06/2004 - Aprovado: 25/09/2004

RESUMO: No planejam ento de transportes são exigidas do planejador ações eficientes e dinâmicas para que os recursos existentes sejam administrados da melhor forma possível. Para isso é necessário que o planejador se apóie em informações pertinentes que possam sustentar a sua decisão final. Contudo, nem sempre se tem disponível os recursos e o tempo que se precisa para a aquisição dos dados necessários. D esta forma, muitos fazem uso de dados já existentes, nem sempre adequados para o objetivo do planejador, diminuindo a qualidade da informação utilizada e das decisões tomadas. Apesar de sua importância, não existem ainda terminologia ou metodologia consagrada para investigar a qualidade da informação. O objetivo desta pesquisa é a identificação da qualidade da inform ação para planejamento de transportes a partir de indicadores apropriados para a área de estudo. O resultado desta pesquisa é um a m etodologia que possibilita a avaliação de inform ações utilizadas para planejamento de transportes.

ABSTRACT: On transport planning it is demanded from the planner efficient and dynamic actions in order to administrate existent resources. For that, the planner needs to lean on pertinent inform ation that can support his final decision. However, not always is available the time and resources one needs in order to acquire the needed data. Therefore, many make use of already existent data, not always appropriate for the planner’s goal. This may decrease the inform ation quality. In spite of its im portance, a term inology or m ethodology to investigate information quality hasnt been properly studied. The aim of this research is the identification of information quality for transport planning, using appropriate indicators for the studied subject. In order to accomplish that, it's necessary to identify and weight information quality indicators for transport planning in different approaches. This research's result is a methodology that enables the evaluation of the information used for a transport planning.

1 INTRODUÇÃO

A questão do levantam ento e processamento de dados é fundamental para o planejador de transportes. Isto pode ser verificado a partir da análise da grande q u an tid ad e de técn icas e m o d elag en s de dados existentes nesta área de estudo. Para a comunidade c ie n tífic a a im p o rtâ n c ia da in fo rm ação p a ra o planejamento de transporte é evidente, visto que esta é a base para modelos que possibilitam a tomada de decisão.

Nos últimos anos, cresceram os mecanismos que auxiliam o planejador a processar dados e informações. Ferram entas e sistem as antes utilizados apenas na informática passaram a ser usados como mecanismos de auxílio à tom ada de decisão, como os Sistemas de

Informação Geográfica, D a ta W arehouse, D a ta m a rt e

D a t a m i n i n g . E m p a ra le lo , a u m e n to u -se o questionamento com relação às informações utilizadas nos m éto d o s c lá ssic o s de p lan ejam en to . C om o

conseqüência, novos m étodos foram desenvolvidos, inserindo informações antes não utilizadas e, para isso, fazendo uso de novas técnicas de coleta de dados. Como exem plo tem -se o aum ento da utilização do sensoreamento remoto para dados geográficos.

Enquanto m uita ênfase esta sendo dada para os dados e informações, poucos estudos são realizados acerca da qualidade da informação hoje utilizada para planejamento de transportes. Alonso (1968) já alertava sobre a im p o rtân cia da q u alid ad e dos dados na aplicação de modelos para evitar o acumulo de erros. A precisão dos dados, a atualidade, representatividade e consistência dos dados nem sempre são questionadas e como conseqüência têm-se resultados inadequados. Assim, como é importante conhecer o modelo que se utiliza em uma etapa de planejamento para a análise de seus resultados, também é essencial o conhecimento da qualidade da informação utilizada nos mesmos.

No mundo com petitivo, freqüentem ente surgem discussões a respeito do uso de serviços de informação,

46

(2)

visto que a m aioria dos planejadores não procura mais sistem as que forneçam apenas inform ações e sim serviços seletivos que garantam informações avaliadas com m aior qualidade. Para m edir a qualidade da informação é necessária a análise do contexto no qual a m esm a será utilizada. A m esm a inform ação que possui boa qualidade para um determinado fim pode não apresentar qualidade para um outro propósito. A partir do conhecimento da qualidade da informação necessária para o planejam ento de transportes pode- se ainda identificar deficiências nos processos de coleta e processamento de dados.

A pesar de sua im portância, não existem ainda te rm in o lo g ia ou m e to d o lo g ia c o n sa g ra d a p ara investigar qualidade de dados e informação, sobretudo para planejam ento de transportes. A grande questão que cerca a avaliação da qualidade da informação para tra n s p o rte s e s tá n a c o n c e itu a ç ã o dos term o s envolvidos. Tanto a qualidade quanto a informação dependem do seu propósito para o usuário. É apenas a partir deste contexto que se pode identificar indicadores que possibilitem a análise da qualidade da informação.

Neste sentido, este artigo tem como objetivo uma proposta de identificação e ponderação de indicadores para a avaliação da qualidade da inform ação para planejamento de transportes. Para isto, este trabalho está d ivido em q u atros seções. A pós esta breve introdução, serão apresentados alguns aspectos sobre as informações para o planejamento de transportes. Em seguida, na seção nom eada qualidade da informação, serão a b o rd a d o s os term o s e m e to d o lo g ia s desenvolvidas relacionadas ao tem a de estudo. Na próxim a seção é apresentada a metodologia proposta nesta pesquisa, seguido do estudo de caso realizado para sua validação. A o final são apresentadas as conclusões do trabalho.

2 INFORM AÇÃO PARA PLANEJAM ENTO DE TRANSPORTES

O planejamento pode ser descrito como um processo contínuo para a resolução de problemas que afetam a sociedade. Independente de seu motivo, quer seja para transportes ou não, o planejamento, segundo Steiner

(1969, a p u d Oliveira, 1991), pode ser dividido em

cinco dim ensões, sendo norm alm ente classificado u tiliz a n d o -s e a te rc e ira d im e n sã o em p la n o s

estratégicos, táticos e operacionais. A ckoff {a p u d

M ach ado e F ilh o , 1979) e sclarece que o plano estratégico é pertinente à organização como um todo, enquanto que o tático é relacionado com diversas áreas organizacionais. Para organizar os planos táticos são preparados os planos operacionais que orientam a alocação de recursos.

P a ra a c o n c re tiz a ç ã o de su as fu n ç õ e s no planejamento é necessário que o planejador se apóie em informações específicas e pertinentes que possam

sustentar a sua decisão final (EBTU, 1988). Estas informações devem variar de acordo com o enfoque e o objetivo para os quais o planejamento de transportes se destina. E de se esperar que as necessidades de in fo rm a ç ã o p a ra p la n e ja m e n to e s tra té g ic o se diferenciem das de um operacional. No primeiro caso, por se tratar de um plano a longo prazo, são necessários um maior número de variáveis para serem analisadas. N o o u tro caso , p o r ser um p lan e ja m e n to m ais direcionado, as informações analisadas tendem a ser mais específicas e de m aior precisão. Desta forma, pode-se identificar a informação como sendo o insumo básico para a realização das atividades do planejador de transporte. A representação da cadeia produtiva da inform ação, que pode ser visualizada na Figura 1, coloca a informação como um produto e o planejador como o seu cliente ou usuário

Realidade Dados

C ontextualizar

Subsidiar Usuário de

Transporte Informação

Figura 1. Cadeia produtiva da inform ação

O levantam ento e a análise das inform ações têm um p a p e l fu n d a m e n ta l no d e s e n v o lv im e n to e aplicação de m odelos, assim com o na elaboração de cen ário s (H u tch in so n , 1979). C o ntud o , nem sem pre se têm disponíveis os recursos e o tem po q u e se p r e c is a p a ra a a q u is iç ã o d o s d a d o s n ecessário s p ara o p lan ejam en to . D esta form a, m u ito s p la n e ja d o r e s fa z e m u so de d a d o s já existentes. O grande revés da utilização destes dados pode esta r na in ad eq u ação dos m esm os p ara o objetivo do planejador, o que dim inui a qualidade da inform ação utilizada e, conseqüentem ente, das decisões tom adas. D esta form a é necessário o estudo da q u a lid a d e d o s d a d o s u tiliz a d o s p a ra o p la n e ja m e n to de tr a n s p o r te s . S ão p o u c a s as pesquisas sobre qualidade da inform ação no B rasil e no m undo sobretudo com enfoque de planejam ento de tra n sp o rte s. P ara ta n to , são n e c e ssá rio s os conceitos referentes a qualidade e seus indicadores.

(3)

3 QUALIDADE DA INFORMAÇÃO

Para se com preender m elhor o que vem a ser qualidade da informação é apresentado nesta seção o estudo dos termos qualidade e informação.

3.1 Q u a lid a d e

Ao longo do tem po, o conceito de qualidade tem evoluído bastan te em d eco rrên cia da b usca pelo controle e m anutenção desta por parte de profissionais de administração, marketing, entre outros. Entretanto, pode-se no tar que, ap esar de ex istirem diversas definições para o termo, muitos autores associam a qualidade com a utilização do produto final, o que pode ser verificado através da Tabela 1.

Tabela 1. Conceitos de qualidade

Autor Definição de Qualidade

C rosby ( 1996) C o n fo rm id a d e com as ex ig ê n c ia s

G arvin ( a p t i d A lves 1995)

A tingir ou b u scar o pnclrão mais alto em v ez d e se c o n te n ta r com o m al feito o u frau d u len to

F ein g en b au m , (1 9 9 4 )

A c o m b in a ç ã o d e c a ra c te rístic a s de p ro d u to s e se rv iç o s referen te s a m a rk e tin g , en g e n h a ria , p ro d u ç ã o e m an u ten ç ão , atrav és d a s q u ais p ro d u to s e se rv iç o s em uso c o rre sp o n d e rã o às exp eetati vas d o c lien te

Juran ( 1 9 9 5 ) A d eq u ação ao uso

Ishikawa ( 1990} A d eq u ação aos re q u e rim en to s, h o h b i e s e in te resse s d o s co n su m id o res

Atualmente, a definição mais utilizada para o termo qualidade é a de Juran (1995) que o associa com a adequação ao uso. Ou seja, a qualidade de um produto vai depender do uso ao qual o mesmo se destina. Apesar desta definição ser de fácil com preensão, é difícil analisar a qualidade de um produto a partir de sua utilização. Para facilitar esta análise, Juran (1995) sugere que a avaliação seja feita sobre dois enfoques: características do produto que atendem às necessidades dos clientes e a ausência de deficiências.

O prim eiro enfoque diz respeito à satisfação com o p ro d u to p or p arte do seu u su ário , clien te. E sta satisfação é originada das características do produto descritas através de suas qualidades e vantagens. Por o u tro lad o , o se g u n d o e n fo q u e é re fe re n te às deficiências e falhas que o produto apresenta e que promovem a insatisfação do cliente. É importante ter

em m ente que satisfação e in satisfação não são antônimos. A satisfação é a razão pela qual o cliente com pra o produto, ao passo que a insatisfação é o motivo que leva o cliente a reclamar sobre um produto. Pode-se contextualizar esta teoria para o planejamento de transportes fazendo uso da inform ação com o o produto e o planejador com o seu usuário final. A in s a tis fa ç ã o do p la n e ja d o r e stá v in c u la d a às deficiências da informação, que podem ser a ausência de dados relevantes, ou a falta de exatidão dos dados.

Em contrapartida, a satisfação do planejador está relacio n ad a com as características adicionais da informação utilizada. Um grande exemplo para este último caso é a informação georeferenciada, que cada vez mais vem sendo utilizada para o planejamento de transportes. Antes do desenvolvimento e difusão das técnicas de georeferenciamento, o planejador ficaria satisfeito com um simples banco de dados. Esta nova re a lid a d e p ro v in d a do d e s e n v o lv im e n to e aprimoramento destas novas técnicas faz com que o planejador tenha m ais satisfação por um banco de dados georeferenciado.

Estes dois enfoques para a análise da qualidade de um p ro d u to le v a m a d ife re n te s m a n e ira s de mensuração. O primeiro caminho é descobrir o que os usuários do produto avaliam por qualidade, ou seja, verificar quais as características im portantes para o atendimento das necessidades ou promover a satisfação do cliente. Uma vez descobertas, tais características devem ser mensuradas e ponderadas para se avaliar a qualidade final do produto. A segunda forma de análise é feita em termos de extensão de deficiências, ou seja, através da utilização de freqüência de erros ou fração defeituosa. A Figura 2 ilustra os dois caminhos que podem ser utilizados para a avaliação da qualidade de um produto.

C aracterísticas do A usência de

P roduto D eficiência

'11'

0

In dicadores de q u alid ad e | R xlensão da deficiência

ü

M en su rar e p o n d erar os in d icad o res de análise

Q = F req ü ên cia/O p o rtu n id ad e

Figura 2. Avaliação da qualidade

3.2 D a d o s ou in fo rm a çõ e s p a r a tra n sp o rtes

Para a busca da qualidade da inform ação para o planejamento deve-se ter claro em mente o que vem a ser informação. M uitos autores, ao escreverem sobre informação ou sobre assuntos relacionados, evitam a utilização de um a definição ou a definem de maneira equivocada como um sinônimo de dados. N a verdade a relação entre ambos os termos é bastante próxima,

(4)

razão pela qual são geradas grandes confusões em sua conceituação.

P ara o to tal en ten d im en to do sig n ificad o de informação e do processo de análise de sua qualidade é essencial a compreensão dos conceitos relacionados aos dados. N a bibliografia relacionada existem várias definições para dados. Poucas, no entanto, fornecem subsídios que possibilitam a análise de sua qualidade. Para que este fim seja alcançado é necessário que o conceito siga um critério lingüístico, que segundo Fox e t a l (1994), deve conter:

o aspecto conceituai e de representação dos d ad o s: a d e fin iç ã o d ev e r e fle tir as características conceituais e de representação dos dados, visto que ambas são importantes para a qualidade de dados;

aplicabilidade: a definição deve se aplicar a um a gama extensiva de casos, especialmente, os qu e e n v o lv e m c o n ju n to de d ad o s armazenados (bancos de dados), visto que estes são o foco da m elhoria da qualidade de dados; dim ensões de qualidade: a definição deve sugerir dimensões importantes para a qualidade d os d ad o s e qu e p o s s ib ilite o m e lh o r entendimento de sua problemática.

Em seus estudos Fox et a l (1994) identificaram uma

série de definições que serviram de base para a formação do conceito utilizado em sua metodologia. A partir das referencias bibliográficas pesquisadas pelos autores, pôde-se criar a Tabela 2.

Tabela 2. Conceituação de dados a partir dos autores pesquisados por Fox et. al. (1994)

A utores D efinição de

D ado A nálise C rítica

B lum enthal Um conjunto de

(1969); Fry & fatos S ibley (1976) :

D avis & Rush R esultado tia (1979): Y ovits ob serv ação de

(1981) iim fenôm eno

físico

D orn (1981)

*Burch e t a l. (1983); L angefors and S am uelson (1976)

M atéria prim a pela qual a inform ação é alcançada

Linsniagcm ou sím bolos que representam pessoas, objetos, eventos e conceitos

C om o o padrão para verdade, um fato não p o d e ser falso. Isto insinua que d ad o s falsos não existem , o que não é verdade.

N em todos os datlos são obtid o s por m edidas ou o b serv açõ es. A definição de dados não pode ser feita som ente a p artir d a m aneira pela qual foram obtidos.

N ão satisfaz as

exigências da definição de tlados no que se refere

ao seu aspecto de

representação não

elu cid an d o dim ensões para a avaliação de sua qualidade.

A pesar de en fatizar o aspecto de representação dos dados, estes podem

ser representados de

diferentes form as que não sím bolos.

Por meio desta pesquisa, os autores chegaram a conclusão que a melhor definição de dados deve ser feita a partir dos conceitos de entidade, atributo e valor. Fornari (2002) define estes elem entos da seguinte forma:

Entidade - é um fenômeno do mundo real que não é subdividido em fenôm enos da m esm a classe. Possui um significado bem definido, direcionado para um a dada aplicação;

Atributo - é um a característica definida de uma entidade, isto é, um a determ inada propriedade descritiva que é associada a um a entidade;

Valor do atributo - é um a específica qualidade ou

quantidade atribuída a um atributo.

Através destes elementos, Fox e t a l (1994) define

dado com o sendo a rep resen tação de valores (v)

selecionados a partir de um domínio de atributos (a)

pertencentes a uma entidade (e). Pode-se perceber que

esta definição é bastante adequada, visto que nela estão

inferidos os aspectos de representação de dados. Outro ponto im p o rtan te é sua v asta ap licab ilid ad e e a possibilidade da análise dos diferentes elementos na avaliação da qualidade final dos dados.

Um a vez de posse da definição de dados pode-se pensar na conceituação da informação. A informação é definida por diversos autores como o resultado da

interpretação dos dados. Drucker (1988 a p u d Célis,

2000) é mais preciso descrevendo informação como sendo dados dotados de relev ân cia e propósito. E n tre ta n to a d e fin iç ã o m ais a d e q u a d a p a ra a informação e que a difere de form a significativa do conceito de dados é a dada por O 'B rien (2000) e Moresi (2001). Para os autores a inform ação é composta de dados colocados em um contexto que lhes confere valor para usuários finais específicos. Pode-se dizer, de forma mais simplificada, que a informação é formada por dados agregados a um propósito estipulado pelo seu usuário.

A grande diferença entre dados e inform ação, analisando por este aspecto, é a contextualização, que só passa a existir na utilização da informação. E por isso que não é aconselhável o term o dados para planejamento de transportes. A essência do conceito de dados não o co n tex tu aliza para o fim da sua utilização. O termo mais adequado é “informação para p lan ejam en to de tra n sp o rtes” , que seriam dados acrescidos de um propósito final.

3.3 A v a lia çã o d a q u a lid a d e

C om o foi ap resen tad o , o p rim eiro passo para a avaliação da qualidade de um produto, no caso a informação, é descobrir as suas características mais importantes, de acordo com a opinião de seu usuário

(Nakanishi e t a l , 2001). Este procedimento é possível

através da identificação de indicadores de qualidade da in fo rm a ç ã o . P e n sa n d o n iss o , a e q u ip e do Departamento de Defesa de Cambridge (DoD), através

(5)

da equipe de Cykana et al. (1996, a p u d Lee e t al., 2002), adaptou a teoria da adm inistração do ciclo fechado da qualidade total em uma estratégia de quatro etapas para análise da qualidade da informação:

Definir - estabelecer indicadores que possibilitem a avaliação da qualidade da informação

M edir - utilização de métodos de comparação ou de análise de intervalos para a avaliar os valores disponíveis com os valores ideais dos indicadores estabelecidos na prim eira etapa

A n a lisa r - id e n tific a ç ã o das q u a lid a d e s e d e fic iê n c ia s da in fo rm ação a n a lisa d a e das possíveis fontes de erro.

M elhorar - alteração das possíveis fontes de erro identificadas na etapa anterior para m elhorar a qualidade da informação.

Algumas metodologias para análise da qualidade de dados se utilizam de procedimentos semelhantes e q u e p o d em se r a d a p ta d o s p a ra o c o n te x to da in fo rm ação , so b retu d o p ara o p lan ejam en to de tra n sp o rte s. Os in d ic a d o re s m ais u tiliz a d o s na bibliografia referentes são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Indicadores de qualidade da inform ação

Indicadores Definição

G rau d e pro x im id ad e do v alo r v para algum v alor v' no dom ínio con sid erad o correio para a en tid ad e e o atributo a

R ecorre à m edida ou detalhe de

classificação usada ao esp ecificar o dom ínio de um atributo

li dito que um valor é consistente quando este satisfaz todas as restriçõ es im postas ao m esm o pelo co n tex to ao qual está inferido

Um conjunto d e d ad o s possui

am bigüidade quan d o existem valores d istintos para o m esm o atrib u to da m esm a entidade

Um conjunto de dados são inapropriados quando contém valores de atributos que são irrelevantes para o m odelo d e dados Integral idade c o grau p ara o qual um con ju n to d e d ad o s possui valores para to d o s os atributos d e todas as entidades para os quais é suposto que haja valores A tualidade para um d ad o po d e ser ex p ressad a com o a m ed id a d e quão distante da idade co n sid erad a aceitável os valores estào

Lee e t al. (2002) em sua m etodologia realizou um levantam ento dos indicadores m ais utilizados para análise da qualidade de dados e inform ação e os classificou em quatro grupos distintos:

Indicadores de qualidade inerente - dizem resp eito aos valores que os dados possuem e podem assum ir;

Indicadores de qualidade contextuai - dizem respeito ao que deve ser considerado dentro do contexto da utilização da informação, que deve ser pertinente, oportuna, completa, e apropriada;

Indicadores de qualidade de representação - d izem re sp e ito ao s iste m a que a rm a z e n a a informação;

Indicadores de qualidade de acessibilidade - dizem respeito ao sistem a que provêm acesso à informação.

Através deste estudo, Lee et al. (2002) selecionaram

alguns indicadores pertinentes para os usuários da informação. Sua metodologia para análise da qualidade da informação consiste na aplicação de questionários para a verificação das escalas de valores consideradas corretas pelo usuário para cada parâmetro. A grande vantagem de sua m etodologia está na divisão dos indicadores em quatro grupos distintos que podem ser analisados separadam ente, perm itindo um enfoque para se m elhorar a qualidade. Isso ocorre visto que, uma vez identificados os pontos fracos em relação à qualidade, pode-se trabalhar para a sua melhora.

4 O CAMINHO PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PARA PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES

No B rasil e no m undo não existem m etodologias consagradas voltadas para a avaliação da qualidade da inform ação para o planejam ento de transportes. Sabendo-se que tanto a qualidade como a informação dependem do contexto no qual estão inseridos, a busca d a q u a lid a d e da in fo rm a ç ã o no c o n te x to de planejam ento de transportes leva à necessidade da identificação da contextualidade envolvendo o setor. Desta forma, o prim eiro passo para o desenvolvimento de uma metodologia própria para o planejamento de tra n sp o rtes é a id e n tific a ç ã o de in d icad o res de qualidade da informação para este determinado fim.

O que a primeiro mom ento parece fácil, na verdade é um a tarefa bastante com plexa visto a diversidade de campos de atuação de planejamento de transportes e os diferentes enfoques que podem ser dados para se obter um planejam ento a longo ou a curto prazo. Esta heterogeneidade pode im plicar não só em diferentes indicadores, mas tam bém em valores distintos para o que é considerado ideal para cada indicador. Pode-se concluir que não existe um padrão de inform ação considerado ideal para transportes, visto que sua qualidade vai depender do objetivo do planejamento.

No entanto, pode-se estabelecer uma metodologia que po ssib ilite a iden tificação de indicadores de q u alid ad e da in fo rm ação p ara p lan ejam en to de transporte. A prim eira etapa desta metodologia seria a escolha da abrangência do planejamento. A partir desta limitação do tem a de estudo, pode-se selecionar um E xatidão

s

% C onsistC 'iic ia U,

0> c

D uplicidade

U tilidade

tS in lc u r a lid a d e 3

’S

Sc c

U

50

(6)

g ru p o de u su ário da in fo rm ação co m p o sto por e s p e c ia lis ta s e c o n h e c e d o re s de in fo rm a ç ã o familiarizados com sua manipulação. E aconselhável que estes estejam vinculados a órgão operadores e gestores do transportes responsáveis pelo tipo de planejamento escolhido para estudo.

Através de técnicas já consagradas de pesquisa, com o a entrevista, o questionário ou o form ulário, pode-se coletar destes usuários informações essências a cerca dos indicadores de qualidade da informação e a pertinência de cada um para o usuário. E necessário que o investigador tenha a habilidade de interpretar e id en tificar os indicadores a p artir de entrevistas individuais com os usuários. Uma vez identificados os indicadores, seu grau de pertinência e seus valores ideais, a avaliação da qualidade da informação para o planejam ento de transportes pode ser feita com a u tiliz a ç ã o de p ro c e d im e n to s sim ila re s aos das m etodologias previam ente aqui apresentadas. Um a análise mais detalhada dos erros encontrados pode levar a identificação das possíveis fontes de erro, a

exemplo da metodologia proposta por Cykana e t al.

(1996, a p u d Lee e t a l , 2002), possibilitando a melhoria nas coletas de dados e da qualidade da informação para transportes. Assim esta pesquisa apresenta uma prosta m etodológica com posta de quatro etapas, com o é a p re se n ta d o n a T a b ela 4, n a q u al in d ic a d o re s a p ro p ria d o s são id e n tific a d o s e p o n d e ra d o s propiciando um a avaliação adequada da qualidade da informação para um determinado fim.

T ab ela 4. M e to d o lo g ia p ara a av a lia ção da q u alid ad e da inform ação

M etodologia \ D escrição

E tapa I D efinição da área de conhecim ento

Etapa 2 C lassificação quanto ao enfoque

E tapa 3 - Identificação de indicadores de qu alid ad e da inform ação Etapa 4 P onderação de indicadores de qualidade da inform ação Elapa 5 D efinição da pontuação da q u alid ad e da inform ação

; U m a vez que este m etodologia é aplicável a j q u alq u er área de conhecim ento, sua prim eira etapa envolve a esco lh a d e seu o bjetivo, tendo em m ente o uso final que se deseja d ar a inform ação.

Podem ser utilizadas as dim ensões de S lciner (apud O liveira. 1991) p ara a I classificação do planejam ento, pro p o n d o -se

i o uso das dim ensões com plexidade,

I estratég ica e operacional, e tem poral, curto e longo prazo.

A identificação de indicadores de qu alid ad e não pode ser tratada com um único ponto de vista sendo necessária a p articipação de esp ecialistas d a área em estudo para m elhor representação da realidade

A obtenção de um resultado consolidado sobre a im portância de cad a indicador deve

ser feita com base nas categorias

selecionadas na etapa 2 utilizando m étodos co n sagrados de ponderação.

O detalham ento da análise da qualidade da inform ação para um a d eterm inada área de estu d o d ev e ser feito utilizando os in dicadores selecionados, respeitando as características d a inform ação_______________

4.1 A p lic a ç ã o da m eto d o lo g ia

A metodologia proposta foi aplicada para planejamento de tra n s p o rte s co m os e n fo q u e s e s tra té g ic o e operacional, utilizando a entrevista estruturada e fo rm u lá rio s de p o n d e ra ç ã o . Os fo rm u lá rio s e entrevistas passaram por uma etapa de pré-teste na qual técnicas de ponderação foram testadas. Ao final desta etapa, optou-se por em pregar a técnica de ponderação por ordenação, que é mais detalhada em M alczewsky (1 9 9 9 ), v isto qu e a p re se n to u re su lta d o s m ais satisfatórios. Durante a etapa de pré-teste, constatou- se a grande im portância do georreferenciamento para p lan ejam en to de tra n sp o rte s, e d esta fo rm a foi acrescentado o indicador no grupo de representação.

Os indicadores ponderados na etapa da entrevista

envolveram os quatro grupos apontados por Lee et al.

(2002). Durante a entrevista foram apresentados os conceitos relacionados à qualidade da informação e seus indicadores, para garantir o conhecimento por parte do entrevistado envolvendo os termos referentes. E ra q u estio n ad o se hav eriam outros fatores que pudessem in terferir na qu alid ad e da inform ação u tiliz a d a p e lo e n tre v is ta d o . Os re su lta d o s da ponderação obtida pela entrevista são apresentado na Figura 3.

# # # #

* * - f J J ú # f / / ^ * $ V9 ^ 0 c f '

o®°

- » tra tíg i^ v -'pcfacional

i& ri>

A* <$* -# v$ " ## <^ #

^ / Oo#

Pode-se constatar a importância significativa dada aos grupos de indicadores de qualidade inerente e contextuai. Para esta pesquisa optou-se por trabalhar apenas com estes grupos. Uma vez que o indicador utilidade se destacou entre os demais e possuindo características de análise diferentes dos demais, este indicador foi separado na equação, sendo analisado por diferentes aspectos, como é mais detalhado nas seções seguintes. Desta forma os pesos dos demais indicadores foram normalizados de forma que sua soma fosse igual a 1, podendo-se chegar a dois vetores para planejamento estratégico e operacional respectivamente, apresentados nas Equações 1 e 2.

R Q E C i — «.[ 0,20 x (e x a tid ã o )4 - 0,18 x (p r e c is ã o ) +

0 ,2 1 X (c o n s is tê n c ia ) + 0,07 x (u n ic id a d e )

+ 0,17 X (int e g r a ilid a d e ) + 0,18 x (te m p o r a lid a d e)]

(D

(7)

R Q O C . - u \0,24 x ( e x a tid ã o ) + 0,21 x ( p r e c is ã o ) +

0,17 x (c o n s is tê n c ia ) + 0.09 x (u n ic id a d e ) ( 2 ) + 0,16 x (int e g r a ilid a d e ) + 0,13 x ( te m p o r a lid a d e )]

onde:

RQ ECi - é o resultado da análise da qualidade da inform ação para o planejam ento estratégico do cam po 1

RQOCi - é o resultado da análise da qualidade da info rm ação p ara o plan ejam en to o p eracio n al do cam po 1

u - é o grau de utilidade que pode variar de 0 a 1.

A m bos os vetores devem ser utilizados para a análise de um campo, ou seja, para os valores de um tipo específico de dado. O coeficiente u avalia a dificuldade de se extrair de um atributo a informação que ele deveria fornecer, podendo variar de 0 a 1. A avaliação de cada indicador deve ser dada em um escala d eO a 10. A soma dos pesos para cada indicador é igual a 1. Desta form a a nota de RQ ECI e RQ O CI varia de 0 a 10.

Para a obtenção da nota global das inform ações presentes em um banco de dados foi desenvolvida equações globais. P ara estas, assum iu-se que os campos dentro de um banco de dados podem assumir valores de importância diferenciados de acordo com a sua utilização para o usuário final. Assim os campos foram classificados quanto à sua necessidade de

in fo rm a ç ã o , co m o sen d o fu n d a m e n ta is,

complementares e de controle, assumindo assim graus

de im portância diferenciados, como é apresentado na

Tabela 5.

Tabela 5. Classificação dos dados por im portância

C lassificação C aracteriza çã o C o eficien te de

im p o rtân cia D ados que su b sid iaram

D ados o u su ário final com

0,5

F undam entais in lb rm açõ es de seu

inleressse

D ados D ados que auxiliam o

0 1 C o m p lem en tares usuário em sua análise

Fiados que servem de base p ara o co n tro le de

D ados de um sistem a ou tia

0.2

C ontrole co leta d e d ados,

tam b ém au x ilian d o na análise

previstas. Mede-se desta forma a adequação do sistema para determinado uso. Utilizando-se das classificações e co eficien tes d esen v o lv id o s p o d e-se ch egar às Equações 3 e 4.

R A Q E

0,3 n

0.5 « , - - - i _x

/

£

i m c

£ R Q E C (3)

0 . 2 «, „

-H -- ---- - x ] T R Q E C

RAQO

' 0,3/7,,

P

0,5 n

X 2] RQOC f

i):2n

c L x ^ R Q O C c

(4)

onde:

RA Q E - é o resultado agregado da análise da q u a lid a d e da in fo rm a ç ã o p a ra o p la n e ja m e n to estratégico

RA Q E - é o resultado agregado da análise da

q u a lid a d e da in fo rm a ç ã o p a ra o p la n e ja m e n to operacional

f - é o número de campos no sistema classificados

como fundamentais

p - é o número de campos no sistema classificados

como complementares

c - é o número de campos no sistema classificados como de controle

n - é o coeficiente de necessidades de informação

4.2 D efin içã o d o leva n ta m en to de in fo rm a çõ es Um a vez de posse da fórm ula resta ainda saber como se obter os dados necessários para a sua aplicação. Para isso foi desenvolvido um método composto de três etapas. A prim eira consiste no Detalhamento dos cam­ pos e apresentada na Figura 4.

D e ta lh a m e n to d o s ca m p o s

Identificação dos campos

Identificação dos domínios

Classificação dos campos

Levantamento de novas

Ft*ipa 1 necessidades de informação

Figura 4. Etapa 1 - D etalham ento dos campos

Procurou-se também avaliar a existência de todos os dados necessários. Para isso foi criado o coeficiente de necessidades de informação, calculado dividindo- se o número de agrupamentos fornecidos pelo sistema pelos necessários para a realização das atividades

Este levantamento permite a análise dos diferentes indicadores de qualidade da informação. Juntamente com o lev an tam en to , devem ser p esquisados os domínios permitidos para cada tipo de dado, assim como a precisão indicada para seu uso. Uma maneira

(8)

eficaz de realizar este levantamento é a utilização da modelagem do sistema e do dicionário de dados do mesmo, quando existentes. Deve-se tam bém analisar a im p o rtân cia in d iv id u al de cad a cam po p ara a utilização final da inform ação. Assim, os atributos p o d em ser c la s s ific a d o s em fu n d a m e n ta is, complementares e de controle, como é apresentado na Tabela 5.

D eve-se ressaltar que m esm os os atributos não presentes no banco de análise, mas que para a utilização fin a l são co n sid e ra d o s im p o rta n te s, d ev em ser classificados. Desta forma, deve-se levantar com os usuários da informação a necessidade de informações não p erten cen tes ao sistem a. E ssas inform ações tam bém devem ser classificadas utilizando o mesmo procedim ento. A necessidade da inform ação deve prever ainda o enfoque desejado. Um mesmo sistema pode p o ssu ir enfoques distin to s em um a m esm a empresa ou constituição, servindo para o planejamento e s tra té g ic o e o o p e ra c io n a l. D e sta fo rm a, as necessidades de informação ausentes ao sistema devem ser levantadas para ambos os enfoques.

A segunda etapa de levantamento de informações para a aplicação da fórm ula consiste na análise campo a campo. Nesta etapa são realizadas as análises inerente e c o n te x tu a i, a p re se n ta d a s nas F ig u ra s 5 e 6 re s p e c tiv a m e n te , re fe re n te s aos in d ic a d o re s identificados e ponderados.

Análise Inerente

C o n s is tê n c ia

P o rc e n ta g em tle não conlbrinidades -Valores fora cio tlom ínío

E x a tid ã o

P o rc e n ta g em de mio eonform idades -Comparação tom outras fontes; -Valores fo ra de uma tendência -V a lo re s fora do domínio

P re c isã o

Porcentagem de não eonfortnidades -identificação da precisão adequada para o campo

U n ic id a d e

Porcentagem de não roníorin idades -Valores ou atributos duplicados

Figura 5. Proposta de m etodologia de análise inerente

A análise inerente, apresentada na Figura 5, visa a avaliação dos valores que os dados possuem e podem assumir, utilizando para isso quatro indicadores. A verificação dos padrões encontrados no banco de dados ou no sistema de informação deve ser comparada com as necessidades do usuário no seu campo de atuação. Para cada indicador existem procedimentos de análise distintos, apresentados na referente figura, que devem

ser u tilizad o s de aco rdo com as c aracterísticas específicas dos dados e do sistema.

A análise contextuai, apresentada na Figura 6, visa a avaliação dos valores de acordo com o contexto no qual eles serão utilizados de form a a verificar sua pertinência como sendo subsídio para a informação oportuna, com pleta e apropriada. N esta análise são usados três indicadores de qualidade da informação.

A nálise C o ntex tu al U tilid a d e

Atribuição de pesos para campo classificados

Verificação de conformidade com utiBdade do campo

T e m p o ra lid a d e

Verificação da unidade de tempo para o contexto

Atribuição de pesos para a unidade adotada

integral idade

Classificação d<ss valores nulos encontrados

P o rcen tag em d os \alores nulos encontrados

Figura 6. Proposta de m etodologia de análise contextuai

A terceira etapa envolve a aplicação da fórmula, como é apresentado na Figura 7. Cada campo deve ser avaliado utilizando as técnicas já apresentadas para que cada indicador possua uma nota. A nota total do campo será dada pelas equações 1 e 2, sendo a primeira p ara p lan ejam en to estratég ico e a segunda para operacional.

C á lc u lo dos Re s ult a do s

Resultado agregado dos

indicadores por RQOCi Operacional

campo RQFC, Estratégico

Re s u lt a d o

agregado dos

indicadores para KAQC Operacional

o sistema

R \ yi: E s t r a t é g ic o

Etapa 3

Figura 7. Etapa3 - Cálculo dos Resultados

Nem sempre os campos apresentam a necessidade de serem avaliados para todos os indicadores aqui apresentados. Nestes casos, o indicador não necessário

Revi sta i vol. XII, pçjs. 46 -58, j unho 2004

(9)

deve ser d esco n sid erad o e os peso s dos outros indicadores devem ser normalizados para que sua soma seja igual a 1. Nas equações 3 e 4os resultados obtidos para cada cam po são somados de acordo com sua classificação e multiplicados pelo valor do peso de sua classificação. Como os resultados obtidos podem variar de 0 a 10, a soma dos seus valores é dividida pelo n ú m ero de cam p o s de m esm a c la s s ific a ç ã o m ultiplicados por 10. D esta form a, os resultados obtidos na classificação ponderada também variam de 0 a 10. Por meio desta nota o planejador de transportes pode verificar o quão distante seu sistem a está do considerado correto em term os de qualidade. Para maiores inform ações podem ser emitidos relatórios contendo os resultados obtidos por cam po e por indicador. Assim o planejador terá conhecimento não só da qualidade do seu sistema de informação, mas também de quais são as deficiências do mesmo.

5 ESTUDO DE CASO

Os p rocedim entos desenvolvidos foram testados u tiliz a n d o um b a n c o de d ad o s d e s tin a d o ao m o n ito ra m e n to dos se rv iç o s de tra n sp o rte s in te rn a c io n a l e in te re sta d u a l de p assag eiro s. O “P ro g ra m a de M o n ito ram en to dos S erv iç o s de T ra n s p o rte s In te rn a c io n a l e In te re s ta d u a l de Passageiros” fruto de um convênio com o Centro de Form ação de Recursos H um anos em Transporte - C E F T R U e a A g ên cia N acio n al de T ran sp o rtes T errestres - A N T T tem com o ob jetiv o p rincipal m onitorar a qualidade e a regularidade da prestação dos se rv iç o s das e m p re sa s p e rm is s io n á ria s e c o n c e s s io n á ria s do tra n s p o rte de p a s sa g e iro s internacional e interestadual.

Para as coletas de dados são utilizados formulários e sp e c ífic o s p ara p re e n c h im e n to , nos q u ais são registradas informações quanto ao fluxo de veículos e passageiro e a qualidade da prestação dos serviços de transporte de passageiros realizado pelas empresas permissionárias e concessionárias.

O objeto de estudo da avaliação da qualidade da informação para o sistema de monitoramento envolveu as informações extraídas dos formulários operacionais para o serviço de transporte rodoviário interestadual e semi-urbano de passageiros. Neste estudo foi realizada um a avaliação da qualidade dos dados digitados inseridos no m ês de abril, início do program a de monitoramento, em planilhas de Exceli. A avaliação foi dividida em três partes distintas: detalhamento dos cam p o s, an álise cam po a cam po e cálcu lo dos resultados. Cada um a das etapas analisadas é descrita detalhadamente.

5.1 D e ta lh a m e n to d o s C am po s

Para o detalham ento dos cam pos foi realizad a a identificação dos campos e o levantam ento de novas

n e c e s sid a d e s de in fo rm a ç ã o . P ara isso fo ram identificados os cam pos e seus dom ínios, para os form ulários para transporte interestadual e sem i- urbano. Em seguida foi feita a classificação de cada campo nas categorias fundamental, complementar e de controle. A classificação foi realizada utilizando pessoas envolvidas no desenvolvimento e usuários do sistema.

A segunda ativ idad e p rev ista nesta etap a é o levantamento de necessidades da informação com o o b je tiv o de v e rific a r se e x iste m in fo rm a ç õ e s necessárias não previstas no sistema. Para isto foi utilizado o trabalho realizado pelo CEFTRU (2003) que desenvolveu o planejamento estratégico do sistema de informação - PESI da Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros - SUPAS, responsável pelo monitoramento na ANTT. Para este estudo foi necessário identificar dentre os resultados do PESI, os o b je tiv o s re la c io n a d o s ao p ro g ra m a de m onitoram ento e as inform ações necessárias para atingir o mesmos. Tais objetivos são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6. Objetivos e necessidades de inform ação relacionados ao program a de m onitoram ento

G e rên c ia O b je tiv o s re la c io n a d o s In fo rm açõ es n ecessárias

ao p ro g ram a de

m o n ito ra m e n to ______ _

G E R P A A v aliar o d e se m p e n h o In fo rm açõ es d a av aliaç ão pelo das p e rm issio n á rias usu ário so b re a p re staç ão de

serv iço s

In fo rm açõ es sobre os

e q u ip a m en to s u tiliza d o s na p restação de serviços

info rm açõ es o p e rac io n a is de ; p re staç ão de serv iço re g u la r

Ind icad o res de d esem p en h o

i p ad ro n iz ad o s p ara a a v aliação

______ ; _____ ______ ! d as perm issio n árias

G E C O P F iscalizar, d iretam e n te e In fo rm açõ es o p e rac io n a is p o r c o n v ên io , a e x e c u ç ã o e stip u la d o s para a p re staç ão de d o s se rv iço s d e s serv iço re g u la r

tran sp o rte de p a ssa g eiro s In fo rm açõ es o p e rac io n a is em term in ais te n d o em e n co n trad o s p ara a p re staç ão de v ista as e x ig ê n cia s serv iço reg u lar

c o n tra tu a is

Pode-se verificar por meio da Tabela 6 que o produto do program a de m onitoram ento deve atender a duas gerências distintas da ANTT. A primeira apresenta em seu objetivo um enfoque mais estratégico envolvendo um maior número de informações para efetivo sucesso de suas ações. É de se esperar que a informação gerada pelo program a de m onitoram ento seja agregada a outras informações para que a gerência possa realizar a ativ id ad e de av aliação dos d esem p en h o s das permissionárias.

Por outro lado, a GECOP apresenta um objetivo mais específico sendo seu enfoque operacional. Para a fiscalização de transporte de passageiros em terminais existe a necessidade de um a informação específica e

(10)

com boa qualidade inerente, como foi constatado no planejamento estratégico realizado com a equipe das gerências (CEFTRU, 2003).

5.2 A n á lise C a m p o a C a m po

Uma vez detalhados os campos do sistema, pode-se iniciar as análises inerente e contextuai. A análise inerente deve ser realizada por meio de quatro tipo de indicadores conforme fluxogram a de procedimentos de análise apresentado na Figura 4.

5.2 .1 A n á lis e de c o n sistên cia

F o ram a n a lisa d o s os d ad o s dos fo rm u lá rio s quantitativos interestadual e semi-urbano do mês de abril. Para isso os dados foram filtrados utilizando as restrições de formato e se extraindo a porcentagem de valores inconsistentes. Nos resultados encontrados para o transporte semi-urbano, o prefixo de sublinha se d e sta c o u com um g ran d e n ú m ero de dad o s inconsistentes. A porcentagem valores com erros encontrados neste campo variou de 77,54%, para o terminal da Rodoviária do Plano Piloto, a 94,78%, para o terminal de Santo Antônio do Descoberto.

A grande porcentagem de erros encontrados para o prefixo da sub-linha para o transporte semi-urbana foi constatada com parando-se a linha e sua sub-linha com os valores encontrados em campo. Cada linha possui um n úm ero de p o ssív eis su b -lin h as. O que foi encontrado no banco de dados foi um grande número que não pertenciam exatamente a linha em questão. As possíveis fontes deste erro podem ocorrer no momento da coleta ou ainda no momento da digitação. Um a digitação errada pode acarretar na inserção de um dado existente no domínio mas que fere as regras de dependência deste campo com o prefixo da linha.

5.2.2 A n á lis e d e E x a tid ã o

Para esta análise foram utilizadas tabelas de domínio criadas ao longo do desenvolvimento do sistema de m onitoram ento. N elas foram inseridas em presas, linhas, placas de ônibus que foram obtidas nas coletas de dados. É im portante ressaltar que os dom ínios criados nesta tabela não são os de valores estipulados pela ANTT e sim valores encontrados em campo com grande incidência. Para os campos que não possuíam re striç ã o de do m ín io foram rastread o s erro s de digitação. As notas para este indicador foram dadas para cada campo de acordo com a proporção de erros encontrados.

5 .2 .3 A n á lis e d e P recisã o

A análise de precisão foi realizada para todo o sistema ao invés de para cada campo isolado, utilizando-se uma escala de adequabilidade vinculando a precisão ao uso da informação. Assim a análise de precisão foi distinta para o planejam ento estratégico e o operacional. O sistema foi classificado como de nível detalhado, de acordo com os níveis de agregação propostos por

Takashini (2003). Para o prim eiro caso o sistem a receb eu um a n o ta 5, ten d o em v ista o nível de detalhamento e a possibilidade de gerar informações m ais ag reg ad as e assim ad equadas para o nível estratégico. Já para o segundo recebeu uma nota 10, sendo adequado para o planejamento operacional.

5 .2 .4 A n á lis e de u n icid a d e

A verificação da existência de duplicidade de dados não é necessária para todos os campos. No caso do sistema criado, os campos placa de ônibus e número de form ulário são os que devem ser objeto desta análise. No prim eiro caso o número de um formulário é único e deve ser checada esta unicidade. No segundo, pode ocorrer no sistema a presença de um ônibus no mesmo horário em locais distintos. Em ambos os casos não foi constatada a existência de duplicidade de dados, acarretando em um a nota 10 no quesito unicidade

5 .2 .5 A n á lis e de In te g ra lid a d e

P a ra a a n á lise da in te g ra lid a d e foi fe ito um levantamento dos valores nulos presentes nos campos de m aneira sim ilar às análises de consistência e exatidão. Todos os casos encontrados são classificados com o valores nulos de cam pos obrigatórios, com exceção do cam po crianças referente ao transporte in terestad u al. Sua classificação é de um cam po opcional, ou seja, um núm ero zero é aceitável não significando um dado incompleto. As notas para este indicador foram dadas de forma similar ao de exatidão, respeitando-se a proporcionalidade de erros por campo.

5 .2 .6 A n á lis e d e T em p o ra lid a d e

A análise de temporalidade foi realizada para o sistema como um todo, e não campo a campo. O primeiro passo da avaliação é a busca de um a unidade de tem po adequada para a utilização da informação, ou seja a diferença aceitável entre a coleta e a utilização dos dados.

Analisando os enfoques de planejamento para o qual o sistema se destina a atender, pode-se verificar duas n ecessid ad es d istin tas de tem p o ralid ad e. P ara o planejamento operacional, os dados devem ser os mais atuais possíveis, um a vez que o objetivo do planejador é a fiscalização operacional. Já na visão estratégica, os dados devem ser agrupados e analisados acarretando em um a necessidade de dados históricos ou anuais, visto que o objetivo é a avaliação do desempenho das permissionárias.

Assim, duas unidades de tempo foram utilizadas, u m a p a ra c a d a e n fo q u e c la s s ific a d o . P ara o planejam ento operacional, os dados devem assumir uma unidade mensal enquanto que para o estratégico anual. Em seguida, foram estipulados pesos de 1 ponto p a ra o a tra so de u m a u n id a d e de tem p o na disponibilização da informação ao cliente. Ou seja, um atraso de um m ês no p lan ejam en to o p eracio n al equivale a uma nota 9.

Os dados quantitativos coletados em abril foram

(11)

inseridos em planilhas E xcel. Entretanto, não foram disponibilizados paraaA N T T para avaliação. O acesso a estes dados por parte do usuário ocorreu a partir do mês de dezembro, havendo um atraso de 8 meses entre a coleta e a disponibilização. Enquanto que para o p lan ejam en to estratég ico isso não im plica num a redução da qualidade da inform ação em termos de temporalidade, o mesmo não ocorre para o operacional. Para o último, este atraso deve ser julgado de forma negativa utilizando o peso estipulado para a unidade referente. Assim para o planejamento operacional para a temporalidade deve se dar uma nota 2.

5 .2 .7 A n á lis e d e U tilida de

Para a análise da utilidade, utiliza-se a classificação dos campos e a identificação de novas necessidades da informação, atividades desenvolvidas na etapa de id e n tific a ç ã o dos cam p o s. F o i fe ito e n tão um cruzamento entre as necessidades de informação por parte dos usuários e as informações fornecidas pelo sistema. Pode-se verificar, a partir da comparação dos agrupamentos apresentados na Tabela 6 e Tabela 7, que o sistem a não fornece todas as inform ações n e c e s s á ria s p a ra se c u m p rir os o b je tiv o s dos p la n e ja m e n to s e s tra té g ic o e o p e ra c io n a l. Isso possibilita o cálculo do coeficiente de necessidades de informação também apresentado na Tabela 7.

Tabela 7. Cálculo do coeficiente de necessidade de inform ação

E n fo q u e A g ru p am en to de fo rn ecid as

in fo rm açõ es

a

Ks tra té g ie o In fo rm açõ es o p era cio n a is

en c o n trad o s dc serv iço reg u lar

p resta çã o de 0.25

O p e ia c in n a l In fo rm açõ es o p era cio n a is

en c o n tra d o s p ara i serv iço reg u la r

i prestação dc 0.5

O cálculo do grau de utilidade, u, cada campo foi

analisado para se id en tificar dificuldades na sua utilização. O único campo que apresentou problemas

foi o ca tra c a para transporte semi-urbano. Èste campo

tem por finalidade a extração do número de passageiros que em barcam ou desem barcam em um term inal. Entretanto de form a isolada o valor obtido neste campo não fornecesse está informação. Por meio da utilização de consultas nas planilhas de dados também não se consegue o número de passageiros, uma vez que nem todos os terminais que realizam transporte interestadual e semi-urbano são monitorados. Desta forma, apesar de ser um campo fundamental, sua utilidade é falha, sendo lhe dado um valor 0 para o coeficiente utilidade

5.3 C á lcu lo d o s resu lta d o s

Os resultados obtidos das análises foram colocados nas fórm ulas propostas obtendo-se os resultados apresentados na Tabela 8.

Tabela 8 - Resultados agregados de qualidade da inform ação

C lassificação de im p o rtân cia

F u d a m e n ta is C o m p le m e n ta re s de C o n tro le

N °de cam pos 23 5 15

Oper.

n 0.5 1 1

jbsti.

2 > Q ° C

£ r q e c

1 89.40

195.03

f 1

43,58 130.97

j 44,85 134.45

RAQO 6,42

R A Q E 5,52

Os resultados encontrados mostram a importância da análise da utilidade. Para o planejamento estratégico fica clara a necessidade de outras informações para se atingir os objetivos desejados. Isto também ocorre de maneira mais amena no enfoque operacional.

Por meio dos resultados percebe-se que existem dois cam in h o s a seg u ir p ara g aran tir a q u alid ade da inform ação do sistem a para am bos os enfoques. Primeiramente deve se planejar a coleta de dados de form a a sanar os problemas apresentados nas análises realizadas, sobretudo no que se refere a integralidade dos dados. A busca da fonte deste tipo de erro pode lev ar a um ap rim o ram en to da co leta dos dados. Paralelamente à este esforço, deve se também buscar a in se rç ã o de n o v o s g ru p o s de in fo rm a ç ã o , id e n tific a d o s na e ta p a de le v a n ta m e n to das necessidades de informação.

Esforços distintos devem ser realizados ainda para a adequação da inform ação para os enfoques aqui tra ta d o s. N o que d iz re sp e ito ao p lan ejam en to operacional, a disponibilização dos dados para o usuário com maior rapidez contribui para que estes possam ser utilizados de form a correta. Para isso, deverá a etapa da digitalização dos dados coletados ser otimizada. Já para visão estratégica, a precisão dos

dados precisa ser readequada, um a vez que não é

interessante neste enfoque a disponibilização de dados detalhados. Um trabalho deve ser desenvolvido de form a a gerar in form açõ es agrupadas e de fácil utilização neste enfoque.

6 CONCLUSÕES

Na tomada de decisão, o planejador se baseia em uma grande quantidade de dados de forma a inferir suas avaliações e diagnósticos e planejar medidas e ações. N este sentido, a inform ação passa a ter um papel essencial para que o mesmo possa realizar suas funções de maneira rápida e eficaz. Na era da informação e da in fo rm á tic a , v á rio s m e c a n ism o s de c o le ta e m anipulação de dados vêm sendo desenvolvidos e

(12)

aprimorados. No entanto, poucos têm em mente o fato de que todo o processo de tomada de decisão carrega um grau de incerteza oriundo do desconhecimento do comportamento dos dados e informações nos quais foi baseado. Neste aspecto, a metodologia desenvolvida nesta pesquisa pode ser vista com um dos primeiros p assos p ara a co n scien tização do p lan ejad o r de transportes acerca da im portância da qualidade da informação.

Além do aspecto decisório que envolve a qualidade da informação, pode-se analisar o uso deste tipo de avaliação sobre o aspecto econômico. Toda informação gerada, coletada ou comprada gera custos, quer seja para um a em presa ou instituição de transporte. Ao se analisar que os dados coletados ou o processo de m an ip u lação dos m esm os acab a p o r g erar um a informação incerta ou inútil, verifica-se o desperdício financeiro que pode acarretar a não preocupação com a qualidade da informação. O prejuízo pode ser ainda m aior, caso decisões in ad eq u ad as venham a ser to m ad as b a sean d o -se em in fo rm açõ es in certas, prejudicando o planejamento estipulado. A redução de custos relativa à inform ação pode apresentar um a grande o p o rtu n id ad e de aum ento no reto rn o do investim ento de várias em presas, com o vislum bra Ablrecht (2003).

No setor de transportes, assim como em demais áreas, nem sempre se dispõe de verba suficiente para a aquisição de dados apropriados. D esta form a, o planejador se vê obrigado a utilizar informações de terceiros, onde a form a de coleta ou processamento pode vir a prejudicar o planejam ento em si. Assim fica ev id en te a im p o rtâ n c ia do d e sen v o lv im en to de metodologias adequadas para a avaliação da adequação da inform ação, sobretudo para o planejam ento de transportes.A disponibilidade de um a metodologia de avaliação da qualidade da inform ação por meio de indicadores pode reduzir as incertezas aliadas às tomadas de decisão, devido ao fato do indicador ser um a form a de re p re se n ta r q u an titativ am en te as necessidades do usuário. M uitos pesquisadores vêm desenvolvendo metodologias baseadas em indicadores para a avaliação da qualidade da inform ação. Tais metodologias apresentam uma lacuna na abordagem da escolha dos indicadores. Conseqüentem ente, os resu ltad os das análises acabam não refletin d o o comportamento esperado das necessidades do usuário.

Nesta pesquisa foi trabalhado o planejamento de transportes de form a mais genérica, identificando se sim ilaridades nas necessidades de inform ações no enfoqtie estratégico e operacional. A grande vantagem desta abordagem é a possibilidade da utilização da mesma para qualquer área dentro do planejamento de transporte, apresentando um a contribuição para um setor como um todo.

E n tre ta n to , re s u lta d o s m e lh o re s p o d em ser v erificados na aplicação da m esm a m etodo lo g ia identificando e ponderando indicadores para um uso

específico. Foi verificada na pesquisa a diferença entre as necessidades do enfoque operacional e estratégico. A maior especificação das necessidades de um usuário específico pode gerar um a ponderação dos indicadores diferente do que a aqui apresentadas.

O u tra su g e stã o p a ra fu tu ra s p e s q u is a é o desenvolvimento ou aprimoramento da metodologia aqui proposta de forma a abranger os limites aceitáveis de erros. As análises realizad as v islum braram a qualidade da informação a partir da identificação de erros detectados por indicador. Entretanto, como foi apresentado na revisão bibliográfica, erros podem ser diferentes um do outro gerando um nível de aceitação diferente por parte do usuário. A credita-se que a qualidade da informação para um determinado tipo de erro não pode ser m edida somente pela quantidade, mas também pelo tipo de erro encontrado, sugerindo- se um estudo mais aprofundado na questão de níveis de aceitação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alonso, W. (1968), P re d ic tin g b e s t w ith im p e rfe c t data, Journal o f the A m erican institute o f planners, vol 34, Estados U nidos da América.

Alves, G. B. (1995) Q u a lid a d e n o T ra n sp o rte C o letiv o U rba no ~ Ô n ib us, D issertação de M estrado, Publicação TU-DM - 00 3 A /9 5 , D e p a rta m e n to d e E n g e n h a ria C iv il, U niversidade de Brasília, DF.

CEFTRU (2003), P la n e ja m e n to e stra té g ic o d o siste m a d e g estã o d e in fo r m a ç õ e s - S U P A S , C en tro de F o rm açã o de R ecursos H um anos em T ransportes, U niversidade de Brasília, Brasília, DF.

Célis, F. C. (2000) Id e n tific a ç ã o d a s n e c e ssid a d e s d e In fo rm a ç ã o d a s em p re sa s d e tra n sp o rte u rb a n o d e p a s sa g e ir o s p a r a a m o n ta g e m d e um sis te m a d e in te lig ê n c ia estra tég ica . Dissertação (m estrado) de Transportes, Universidade de Brasília, Brasília.

Crosby, P. B. (1996) Q u a lity is s till fr e e : m a k in g q u a lity c e rta in in u n c e rta in tim es, M cG raw n-H ill Inc. Estados Unidos da América.

EBTU (1988) - Em presa B rasileira dos Transportes Urbanos, G e rê n cia d o S iste m a d e T ran spo rte P ú b lico de P a ssa g eiro - S T P P , B rasilia DF.

Feingenbaum , A. V. (1994) C o n tro le d a q u a lid a d e total, v. 1, Editora M arkon Books, São Paulo, SP.

Fornari, M. R. (2002) G eography M arkup Language - G M L - 2.0, U niversidade Federal do Rio G rande do Sul Instituto de In fo rm á tic a , P ro g ra m a d e P ó s-G ra d u a ç ã o em Com putação.

Fox, C., Levitin, A., Redm an, T. (1994) T he N o tio n O f D a ta A n d Its Q u a lity D im e n sio n s, Inform ation Processing & M anagem ent Vol. 30, No. I, G reat Britain.

H utchinson, B. G. (1 9 1 9 ) P r in c íp io s d e P la n e ja m e n to d o s S iste m a s d e T ra n sp o rte U rb a n o . Editora Guanabara Dois S. A. Rio de Janeiro, RJ.

Ishikaw a, K. (1990) In tro d u c tio n to Q u a lity C o n tro l, JU SE Press Ltd. Tokyo, Japan.

Juran, J. M .(1995) Ju ra n n a L id e ra n ç a p e la Q u alid ad e, Tradução João M ário Csillag. - 3a edição, São Paulo, SP.

Lee, Y. W., Strong, D. M „ Kahn, B. K „ Wang, R. Y. (2002) A I M Q : A M e t h o d o l o g y f o r I n f o r m a t i o n Q u a l i t y A s s e s s m e n t , In fo rm a tio n & M a n a g e m e n t - T h e international journal of Inform ation Systems Application 40.

(13)

M achado A. M. V., Filho, P. V. (1979) P la n e ja m e n to estra tég ico : fo r m u la ç ã o , im p le m e n ta ç ã o e c o n tro le, Livros Técnicos

e Científicos Editora S. A. Rio de Janeiro, RJ.

M o re si, E. A. D. (2 0 0 1 ) G e s t ã o d a I n f o r m a ç ã o e d o C o n h e c im e n to . Editora UnB. Brasília, DF.

N akanishi, K., H ashiba, I., K uw ata, Y., Inque, U. (2001), A

m e th o d to s p e c ify q u a lity req u ire m e n ts o f s p a tia l d a ta p ro d u c ts, in proc. o f A sia GIS2001, Tokyo, Japão. O 'b rien A. J., (2002), S istem a de inform ação e as decisões

gerenciais na era da internet. Tradução da 9a edição am ericana, Editora Saraiva.

Oliveira, D. R R. (1991), Planejam ento estratégico: conceitos, m etodologia e pratica, E ditora Atlas, São Paulo, SP.

CONTATOS

‘Nome: D iógenes E. R. C orreia E-m ail: diogenesrez@ yahoo.com .br

2N om e: Yaeko Yamashita E-m ail: yaeko@ unb.br

Imagem

Figura  1.  Cadeia produtiva da inform ação
Tabela  1.  Conceitos  de qualidade
Tabela 2. Conceituação de dados a partir dos autores pesquisados  por Fox  et.  al.   (1994)
Tabela 3.  Indicadores  de qualidade da inform ação
+5

Referências

Documentos relacionados

Modos de vida, territórios e uma cidade em questão: resistências políticas de comunidades rurais no município de São Luís – Maranhão, Brasil Ways of Life, Territories, and

Pode partir-se do princípio de que as alterações que se verificam no peso durante um curto espaço de tempo representam quase exclusivamente alterações dos líquidos corporais,

A razão subjacente ao postulado do concurso público traduz-se na necessidade especial de o Estado conferir efetividade ao princípio de que todos são iguais perante a Lei, sem

As calorias queimadas são calculadas com base nos passos registrados e nos dados individuais, como idade, sexo, altura e peso.. Quando o uma atividade de fitness é monitorada com

O objetivo dessa dissertação foi investigar as alterações temporomandibulares, craniofaciais e posturais associadas à respiração bucal, além de avaliar a

Considerando o Convênio nº 739233/2010 – MDA/SRA, firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA Por intermédio da Secretaria de Reordenamento Agrário e

O Credenciamento de profissionais pessoas físicas não estabelece obrigação da Universidade Estadual de Ciências da Saúde do Estado de Alagoas - UNCISAL em

Ato Autorizativo - Criação Último Ato Autorizativo (Reconhecimento ou Renovação de Reconhecimento) Conceito de Curso (CC) ENADE Conceito Preliminar de Curso (CPC)