12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 7 de setembro de 2012, Guimarães, Portugal
ISSN 2183-489X
DOI http://dx.doi.org/10.18803/capsi.v12.111-122
111 Paulo Meneses, Faculdade de Engenharia Universidade do Porto, Portugal,
meneses.pedro@fep.up.pt
Américo Azevedo, Faculdade de Engenharia Universidade do Porto, Portugal. João Bastos, Faculdade de Engenharia Universidade do Porto, Portugal, joao.bastos@fe.up.pt
Resumo
O desenvolvimento de um produto específico com características distintas e muito orientado a cada tipo de cliente representa em muitos casos uma estratégia de negócio para o universo de empresas europeias. Neste sentido, as necessidades e expectativas de um grupo específico de pacientes com necessidades especiais, como os diabéticos por exemplo, representam uma oportunidade desafiadora. Na realidade, a produção de calçado para pacientes com pé diabético é bastante diferente da produção de calçado tradicional, o que levanta questões críticas ao nível dos Sistemas de Informação para as empresas que competem neste mercado. Este trabalho aborda especificamente esta necessidade, propondo uma solução para a infraestrutura de informação necessária para o processo de prescrição de calçado para pé diabético, apresentando uma abordagem global com base em ferramentas web e integração de soluções tecnológicas inovadoras.
Palavras-chave: Especificação de Sistemas de Informação; Pé Diabético; Produção orientada ao cliente.
1. I
NTRODUÇÃOCom a evolução da competição ao nível industrial que se tem verificado nos últimos anos, as empresas têm tido a necessidade de se adaptarem aos novos paradigmas do mercado global para poderem resistir a uma economia de escala em crescente evolução.
A competitividade entre as empresas ultrapassa as fronteiras e torna-se evidente a necessidade da inovação e de se acrescentar valor aos produtos que se desenvolvem em vez da habitual produção em escala.
A produção de pequenas séries de produtos complexos e muito personalizados para cada cliente torna-se uma área de negócio cada vez mais importante, principalmente para as pequenas e médias empresas (PMEs) que não têm capacidade de produção em massa (Azevedo et al. 2011).
Este tipo de estratégia é particularmente relevante na produção de bens para a área da saúde, onde se procuram satisfazer as necessidades de um grupo alvo de consumidores, como por exemplo, os obesos, idosos, deficientes ou diabéticos.
O trabalho apresentado neste artigo enquadra-se no âmbito de algumas das atividades de desenvolvimento do projeto europeu denominado CoReNet – “Customer-oriented and eco- friendly
12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 112 networks for heathy fashionable goods”. O projeto CoReNet procura desenvolver uma infra-estrutura integrada, envolvendo um conjunto de métodos, ferramentas e tecnologias para o desenvolvimento sustentável da produção de pequenas séries de bens de saúde, que satisfaçam simultaneamente requisitos estéticos e de conforto. Especificamente considera-se como alvo, produtos funcionais de vestuário, calçado e acessórios orientados a grupos específicos de clientes com problemas de saúde. A ideia chave é sincronizar os diferentes processos de negócio, nomeadamente: o design do produto, a produção e a distribuição/entrega ao cliente. Em particular, uma das áreas do projeto é orientada para o processo de prescrição de calçado para o pé-diabético. A pesquisa de campo efetuada permitiu evidenciar que a produção de sapatos para pacientes com pé diabético é bastante diferente da produção de calçado tradicional. Isto ocorre porque cada sapato tem de ser completamente adaptado ao paciente e em conformidade com um conjunto de requisitos prescritos pelo podologista. Esta circunstância levanta um conjunto de constrangimentos na forma como o fabricante de calçado tem que lidar com a procura do cliente. Enquadrado com este objetivo, este trabalho aborda a definição de uma infraestrutura de informação capaz de apoiar o processo de prescrição de calçado para este grupo de pacientes.
Este documento está estruturado em sete capítulos e pretende detalhar a abordagem que foi feita ao problema. Procurou-se organizar essa abordagem de acordo com os referenciais normativos que definem boas práticas para a resolução de problemas de sistemas de engenharia. Nas duas primeiras secções é feita uma introdução e descrição do problema que se pretende resolver. A terceira secção introduz uma breve referência ao projeto CoReNet. As seguintes secções descrevem o levantamento dos requisitos, a implementação da plataforma de acordo com as especificações e finalmente as conclusões.
2. R
ELEVÂNCIA DOP
ÉD
IABÉTICOO pé diabético é uma doença causada pelos níveis elevados de glicose no sangue (diabetes). Esses níveis elevados de glicose dificultam a circulação sanguínea resultando num menor fornecimento de sangue aos pés. Como consequência deste défice de sangue nos pés, os tecidos nervosos sofrem danos reduzindo a capacidade de sentir dor e a cicatrização de feridas. Os pacientes de pé diabético não sentem qualquer tipo de dor ou qualquer tipo de úlcera que se possa estar a formar no pé. Nos casos mais graves, estas lesões podem levar a amputações (IDF 2005).
Infelizmente, estes casos não são tão raros como inicialmente se pode pensar e trata-se de um problema grave de saúde pública. De acordo com a Federação internacional de Diabetes (IDF 2005): • Em todo o mundo, cerca de 70% das amputações de pernas acontecem a pessoas com
diabetes.
12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 113 • Estima-se que cerca de 85% das amputações que acontecem devido a diabetes podiam ser
evitadas.
• Cerca de 85% das amputações de membros inferiores relacionadas com diabetes são precedidas de úlceras.
• A maior parte das úlceras nos pés podem ser prevenidas apenas com cuidados de saúde adequados.
• Nos países desenvolvidos, uma em cada seis pessoas com diabetes terá uma úlcera durante a sua vida.
• Nos países desenvolvidos, estima-se que cerca 15% dos recursos de saúde sejam necessários para tratar os problemas de pé diabético. Este valor ascende aos 40% quando se trata dos países em desenvolvimento.
Se a estes factos se acrescentar dados relativos a incidências e custos para problemas relacionados com diabetes nos USA, rapidamente se conclui que afinal o problema de pé diabético se trata de um problema de saúde pública e que pode e deve ser combatido precocemente, o que permitiria reduzir o seu tributo em termos de custos e perda de vidas humanas.
Incidência e Custo
Número de pacientes diabéticos 12 milhões (5%) Número de pacientes diabéticos com
problemas nos pés relacionados com a doença
3 milhões
Número de novos casos de diabetes 600 mil/ano
Custo hospitalar do diabético para infeções do pé
diabético $200 milhões/ano
Tempo médio de permanência no hospital 22 semanas
Custo por hospitalização $6.600
Custo por amputação $800-$12.000
Admissão devido a problemas nos pés 20% de todas as admissões de diabéticos
Úlceras e Amputações
Pacientes com média de 3 anos de vida após amputação
de membros inferiores 50%
Redução de amputações devido a cuidados médicos e
educação do paciente 50%
Redução de amputações devido à melhoria do cuidado
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Amputações de pacientes internados com úlceras
infetadas 80%
Tabela 1 - Incidência e custo, úlceras e amputações para problemas relacionados com diabetes nos USA (Saleh 2005)
A medicina mostra que este problema só pode ser combatido através de uma regular inspeção do pé do paciente, de um célere tratamento das úlceras e da utilização de calçado apropriado. Isto obriga a uma interação entre a indústria do calçado e a indústria médica, ao nível da gestão da informação de modo que sejam criadas pontes que atualmente não existem recorrendo principalmente às tecnologias da informação. Uma melhor interação e comunicação entre estes dois universos (indústria do calçado e médicos) resultaria nas seguintes vantagens para todos os intervenientes no problema do pé-diabético:
• Do ponto de vista da indústria do calçado: haveria um maior número de vendas. Abordando uma estratégia diferente, algumas empresas podem apostar na criação de valor no produto que vendem e apostar no aspeto estético do sapato. Atualmente pouco ou nada é investido nesta área. Ao proporcionar produtos medicamente funcionais com características apelativas, vão proporcionar maior conforto e bem-estar aos seus clientes.
• Do ponto de vista do paciente: veria o seu problema resolvido mais rapidamente, sem ter que recorrer à amputação e teria um maior leque de opções na altura de escolher o aspeto exterior do seu sapato (atualmente os catálogos oferecem um reduzido número de opções) permitindo usar o que gosta mesmo tendo problemas nos pés.
• Do ponto de vista do podologista: aumentaria a sua eficiência reduzindo o tempo de consulta com os pacientes e obteria um menor número de amputações nos seus pacientes.
3. O
PROJETOC
OR
EN
ETO projeto CoReNet (Customer-Oriented and Eco-friendly Networks for Health Fashionable Goods) (Fornasiero et al. 2010) tem como objetivo conceber e desenvolver uma plataforma e modelo de referência que permita apoiar as empresas têxteis de vestuário e de calçado na implementação de novos modelos de produção. Procura-se igualmente que a implementação destes novos modelos de produção estejam de acordo com os paradigmas de fabrico competitivo e sustentável (FoF-PPP 2009) e as iniciativas atuais das plataformas Tecnológicas Europeias, tais como o Manufuture Platform (Manufuture 2006) e Calçado. O projeto cobre toda a cadeia de valor, nomeadamente desde o cliente (necessidades de consumo e requisitos específicos), ao desenvolvimento colaborativo do produto (envolvendo o cliente) passando pela gestão colaborativa com os fornecedores. O projeto promove igualmente a implementação de tecnologias inovadoras no fabrico de produtos
12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 115 customizados assim como mecanismos que assegurem a entrega do produto ao cliente em tempo útil e permitam monitorar a sua qualidade e sustentabilidade.
Com esta abordagem, os consumidores e o sistema de distribuição serão capazes de verificar a qualidade dos produtos antes da sua compra e durante a sua utilização (Azevedo et al. 2011). Como foi mencionado anteriormente, a produção de pequenas séries de produtos com grande valor acrescentado e altamente especializados representam uma oportunidade essencial para as pequenas e médias empresas (PME) europeias. Em particular, o projeto CoReNet aborda alguns dos grandes desafios no setor da saúde, especificamente, produtos para pessoas diabéticas.
4. R
EQUISITOS DOP
ROCESSO DEP
RESCRIÇÃOO processo de prescrição de calçado para pé diabético é centralizado na interação entre o paciente e o podologista (ou outra entidade de saúde semelhante), com apenas algumas variações entre países e os respetivos sistemas de saúde. De uma forma sumarizada, o processo pode ser descrito pelas seguintes fases:
1. O podologista observa o paciente e decide se o paciente precisa de sapatos especiais. 2. Normalmente, o podogista prescreve uma palmilha personalizada para ser inserida no sapato
do paciente. Geralmente esta palmilha é fabricada pelo próprio podologista ou então por um técnico especializado.
3. O podologista indica um conjunto de fabricantes deste tipo de calçado ao paciente e ele próprio desloca-se ao fabricante.
4. No fabricante, um técnico especializado realiza um conjunto de medições e apresenta um catálogo em papel com sapatos adequados ao seu estado de saúde, deixando o paciente apenas preocupar-se com aspetos estéticos.
5. É emitida a ordem de produção dos respetivos sapatos.
6. O sapato e a palmilha são enviados para o podologista que testa no seu paciente e vê se são necessários alguns ajustes. Caso sejam necessárias algumas alterações é enviado novamente o pedido ao respetivo fabricante.
7. Após a colocação do sapato e da palmilha no pé do paciente são realizadas algumas consultas periódicas para avaliar a evolução do estado clinico do paciente e fazer pequenos ajustes se forem necessários.
A figura 1 representa o processo de prescrição de calçado para pé diabético.
Existem três questões críticas que devem ser exploradas no desenvolvimento do sistema de informação (Santos 2012):
12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 116 1. A maioria dos médicos queixam-se que as plataformas para preencher dados não são fáceis
de usar.
2. O tempo que o paciente espera desde a prescrição do calçado até o receber com as características desejadas é crítico, uma vez que os pacientes de alto risco desenvolvem úlceras frequentemente.
3. O aspeto estético dos sapatos é muito importante para se obter adesão do paciente.
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5. E
SPECIFICAÇÃO DAI
NFRAESTRUTURA DEI
NFORMAÇÃOA especificação de um sistema de informação deve apoiar-se numa análise cuidada dos requisitos e do respetivo mapeamento em funcionalidades que a plataforma deve suportar. Esta análise funcional caracteriza-se por uma descrição detalhada do sistema e do que deve ser capaz de fazer para estar de acordo com as especificações dos vários atores envolvidos. Através da arquitetura funcional é possível descrever a forma como um sistema complexo se divide em pequenos subsistemas e a forma como se interligam. Na figura 2 pode observar-se a arquitetura funcional para a plataforma de suporte à prescrição de calçado para pé diabético.
Figura 2 - Arquitetura funcional da plataforma de apoio à prescrição de calçado para pé diabético.
De um modo geral pode dizer-se que o sistema interliga três grandes atores: O técnico especializado ligado à indústria do calçado ortopédico, o podologista e mais indiretamente o paciente. De uma forma resumida pode considerar-se que a plataforma recolhe vários tipos de informação de cada tipo de utilizador (ator), processa essa informação, armazena-a numa base de dados e mostra-a de forma estruturada aos respetivos utilizadores. Por exemplo, as figuras 3 e 4 descrevem um conjunto de funcionalidades sequenciais a que o podologista e o técnico terão acesso ao interagirem com a plataforma.
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Figura 3 - Interface Podologista – Sistema
Figura 4 - Interface Técnico - Sistema.
A interface do sistema de informação é destinada a um utilizador registado no mesmo e terá diferentes permissões conforme o tipo de utilizador. Nas figuras anteriores podem observar-se, de uma forma esquematizada, as duas principais interfaces do sistema. A interface com a fábrica não é
12.ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação (CAPSI’2012) 119 aqui representada porque baseia-se apenas em comunicações através de REST Protocol, que de uma forma simplificada, se trata de chamadas ao sistema através de variáveis passadas no URL.
6. D
ESENVOLVIMENTO EI
MPLEMENTAÇÃOA infraestrutura de informação que suporta a prescrição de calçado para pé diabético é baseada num dispositivo de diagnóstico médico denominado WalkinSense produzido pela empresa Portuguesa de base tecnológica Tomorrow Options SA(Tomorow 2012) e integrado com os restantes módulos e serviços do CoReNet.
O WalkinSense é o primeiro sistema concebido para monitorizar a atividade física, combinada com a avaliação da pressão plantar e análise dos parâmetros da marcha. WalkinSense destina-se a ser utilizado por podologistas ou técnicos de saúde para adquirir dados quantitativos e qualitativos que permitam a avaliação de parâmetros relacionados com a atividade dos membros inferiores. Através de protocolos de comunicação Bluetooth (sem fio) ou USB (cabo), todas as informações podem ser transferidas para um computador possibilitando a análise dos dados através da aplicação do WalkinSense (Santos 2012).
Na plataforma desenvolvida é permitido realizar-se o carregamento de ficheiros do WalkinSense, possibilitando que os técnicos tenham acesso a visualização gráfica da evolução da pressão plantar do paciente (ver Figura 5).
A escolha das tecnologias a utilizar na implementação do sistema de informação representa uma escolha crítica e que pode influenciar diretamente o desempenho da plataforma. Neste caso, dado tratar-se de uma plataforma que se pretende interligar com outros sistemas, como o dos fabricantes de calçado e palmilhas, por exemplo, utilizaram-se as seguintes linguagens de programação: PHP – processamento de dados; SQL – troca de informação com a base de dados; CSS – apresentação gráfica da página; JAVA – gráfico dos dados do WalkinSense; HTML e XML – construção da página;
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Figura 5 - Interface que permite analisar a evolução da pressão plantar do pé do paciente.
Nas figuras 6 e 7 é apresentada a interface do podologista para a infraestrutura de informação que suporta as seguintes funcionalidades:
• Permite visualizar informação gráfica da pressão plantar do paciente; • Permite trocar mensagens entre podologistas e técnicos;
• Permite consultar catálogos dos fabricantes e escolher o produto que o paciente desejar; • Permite inserir características essenciais à produção do calçado totalmente adaptado ao
paciente;
• Permite anexar documentos ao processo, sejam eles imagens ou documentos de texto;
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Figura 7 - Interface que permite ver todas as fases e respetiva informação do processo selecionado.
Em toda a plataforma foi desenvolvido um sistema de controlo de erros e controlo de acessos. Quando o utilizador introduz valores errados ou se esquece de algum campo, a plataforma avisa automaticamente o utilizador do erro que está a cometer. Também não é possível submeter todo o tipo de ficheiros. As extensões permitidas estão corretamente determinadas e são apresentadas ao utilizador caso tente submeter um ficheiro não autorizado.
Através de tratamento de erros, com o recurso à visualização de informação preferencialmente gráfica e com uma navegação entre páginas simplificada, obteve-se uma plataforma funcional que permite mostrar ao seu utilizador aquilo que ele quer ver e o que necessita realmente de visualizar. Toda a informação que precisa para avaliar um processo estará ao seu dispor numa única página e devidamente organizada. Na realidade, desde o início do desenvolvimento da plataforma, procurou-se que fosprocurou-se de fácil utilização e não necessitasprocurou-se de grande estudo ou formação para a sua utilização. Atualmente, o serviço de prescrição do pé diabético é suportado pela plataforma num protótipo e está em fase de avaliação e testes. A integração com os restantes módulos do CoReNet também já se encontra em fase de testes e avaliação por parte dos parceiros do projeto.
7. C
ONCLUSÃOAté esta fase desenvolveu-se uma plataforma com capacidade de interligar os diferentes intervenientes no processo de prescrição de calçado para pé diabético. Os principais objetivos de simplificação do processo e de organização do fluxo de informação inerente a cada processo estão a ser otimizados em conjunto com os podologistas e técnicos ligados à indústria do calçado para pé diabético. Os próximos desenvolvimentos incluem essencialmente a interligação da plataforma com os fabricantes de calçado de forma a permitir o acesso dinâmico aos catálogos dos fabricantes de calçado e palmilhas e integrar a plataforma com os sistemas de vendas das empresas de forma a gerar a ordem de produção.
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R
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