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INICIAÇÃO CIENTIFICA, DESAFIOS E FORMAÇÃO DOCENTE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO NO PROGRAMA ESCOLA INTEGRADA DA PREFEITURA DE BELO HORIZONTE

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(1)

INICIAÇÃO CIENTIFICA, DESAFIOS E FORMAÇÃO

1

DOCENTE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO NO

2

PROGRAMA ESCOLA INTEGRADA DA PREFEITURA

3

DE BELO HORIZONTE

4

5

Aíra Gabrielle Siqueira1

6

Rodrigo Itaboray Frade 2

7

Marina Neiva Alvim 3

8

9

RESUMO

10

Este Artigo procura mostrar as contribuições do ensino no Programa Escola

11

Integrada, baseando-se nas hipóteses que serão levantadas: (1) a experiência da

12

iniciação científica ajuda no Ensino de ciências nas séries iniciais do ensino

13

fundamental no Programa Escola Integrada (PEI) da Prefeitura de Belo Horizonte?

14

(2) A atuação como monitora do PEI pode contribuir para a formação docente?

15

Descreverei como as experiências podem contribuir para formação docente, bem

16

como analisar as dificuldades e desafios encontrados. Para a execução desta

17

pesquisa surgiu a partir da inserção da primeira autora, no grupo de pesquisas do

18

Projeto Mãos na Massa do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. A

19

metodologia utilizada foram os relatos vivenciados durante um ano na oficina de

20

iniciação científica.

21 22

Palavras-Chave: Programa Escola Integrada. Oficina iniciação científica.

23

Desafios. Formação docente.

24 25

INTRODUÇÃO

26

27

Em geral, percebe-se que os alunos apresentam dificuldades na

28

compreensão de conceitos científicos que lhes são passados na escola. Arruda e

29

Laburu (1998), afirmam que é preciso adaptar a teoria dos conceitos com a

30

realidade da comunidade, pois a ciência é a troca de conhecimento e teoria.

31

1

Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. E-mail: ags_aira@hotmail.com

2

Mestre em Educação Tecnológica pelo CEFETMG. Docente do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. E-mail: itaboray78@gmail.com

3

Mestre e Doutora em Biologia Vegetal. Docente do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. E-mail: marina.alvim@izabelahendrix.edu.br

(2)

Contudo, as atividades de conhecimentos experimentais, quando surgem, são

32

apenas para comprovar essas teorias estudadas, são poucas e não ajuda na

33

construção de conhecimentos pelo aluno (BUENO; KOVALICZN, 1999).

34

Nesse sentido, a atividade experimental deve ser desenvolvida através das

35

orientações de professores, através situações que podem levar a investigação, que

36

tenham uma ligação com aspectos da vida, problemas reais e desafiadores aos

37

alunos, com o objetivo de despertar a observação de evidencias expectativas dos

38

resultados esperados. Para Praia et al.(2002, pag. 257) a experiência científica deve

39

ser valorizada levando-se em conta “o enquadramento teórico do sujeito, que criam

40

questões com respostas não definidas”. Essa atividade experimental deverá oferecer

41

condições para os alunos criar hipóteses, criar ideias e testa-las de acordo com os

42

fenômenos que ocorrem na comunidade em que vive (BUENO; KOVALICZN, 2005).

43

Baseando-se nestes preceitos, duas perguntas são levantadas: (1) a

44

experiência da iniciação científica contribui na escola regular por meio do Programa

45

Escola Integrada- PEI da Prefeitura de Belo Horizonte? (2) A atuação como monitora

46

do PEI pode contribuir para a formação docente? A motivação inicial para a

47

execução desta pesquisa surgiu a partir da inserção da primeira autora, no grupo de

48

pesquisas do Projeto Mãos na Massa do Centro Universitário Metodista Izabela

49

Hendrix. O presente trabalho busca relatar a vivência mesma como monitora de uma

50

oficina de iniciação científica no PEI, no decorrer do ano de 2012 a 2013. Assim,

51

pretende-se descrever como as experimentações podem contribuir nas séries inicias

52

do ensino fundamental, bem como analisar as dificuldades e desafios encontrados e

53

compreender como o estágio contribuiu para formação docente.

54 55

CONTEXTUALIZANDO - INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA DAS

56

ATIVIDADES DO PROJETO MÃOS NA MASSA JUNTO À ESCOLA

57

INTEGRADA

58

59

O Programa Escola Integrada (PEI) de Belo Horizonte foi implantado na

60

expectativa da Escola Integral das Cidades Educadoras, inspirando-se na

61

experiência de Barcelona, Espanha e na sua aplicação por meio do Programa Bairro

62

Escola em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro (COELHO, 2009).

(3)

O PEI é uma política municipal que ocupa o tempo e aumenta o

64

conhecimento das crianças e adolescentes através das oportunidades, atendendo

65

estudantes do ensino fundamental. Os alunos utilizam equipamentos da comunidade

66

disponíveis, ultrapassando os limites da sala de aula e ambiente escolar, dessa

67

forma, o programa promove a ampliação da jornada escolar para os alunos

68

aproveitar a diversificação de conhecimentos (PBH, 2013).

69

A Escola, onde foram realizadas as atividades aqui relatadas, é vinculada à

70

Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte na região Noroeste. Considerada uma

71

escola de porte médio, pois possui 11 salas de aula. Atende à Educação Infantil de 4

72

a 5 anos, ao Ensino Fundamental de 6 a 12anos, à Educação de Jovens e Adultos –

73

EJA, e ao Programa Escola Integrada – PEI, sendo o atendimento distribuído em

74

três turnos de funcionamento.

75

Os alunos ficam no PEI, da escola objeto deste trabalho, durante um turno e

76

no outro turno na escola regular, totalizando nove horas diárias. Emprega-se aqui a

77

nomenclatura escola regular e escola integrada, pois a mesma é constante no

78

discurso dos atores envolvidos. Quando cita-se a escola regular, faz-se referência às

79

aulas obrigatórias do ensino fundamental, regidas por professores formados e

80

concursados. Já quando refere-se à escola integrada, são as atividades do PEI da

81

prefeitura municipal de Belo Horizonte junto à escola objeto de estudo deste

82

trabalho. A escola integral tem a definição em desenvolver conhecimentos artísticos,

83

culturais, despertando talentos e transformando alunos em grandes cidadãos, a

84

educação integral reorganiza espaços e conteúdos (GONÇALVES, 2006). A

85

natureza da escola integral não está totalmente contemplada no PEI, o que fica claro

86

nesta dicotomia escola integrada/escola regular.

87

Cavalière (2009) mostrou que a escola de tempo Integral tenta fortalecer a

88

unidade escolar através de mudanças no interior do prédio, criando novas atividades

89

e adquirindo novos materiais. Com isso, o aluno tem diversificadas atividades no

90

turno alternativo ao da escola, buscando desenvolver experiências plurais e não

91

padronizadas.

92

O PEI, da escola em questão, foi projetado nos seguintes números: nos

93

turnos da manhã e tarde seriam oferecidas oficinas para um total de duzentos

94

estudantes, sendo quatro turmas de vinte e cinco alunos pela manhã e quatro

95

turmas à tarde. Na escola onde atuei no momento, cada monitor está, em média,

96

com vinte e um alunos Então, o PEI conta com quatro turmas de manhã: branca,

(4)

azul, rosa e verde, e duas turmas à tarde: vermelha e amarela, sendo prevista a

98

abertura de mais duas turmas neste turno.

99

Alguns dados da escola pesquisada estão apresentados nas tabelas a seguir.

100 101

TABELA 1 - Quantitativa de estudantes atendidos no Programa Escola Integrada, no

102 período de 2012 a 2013 103 104 Quantitativo de estudantes Ciclo Número de turmas

Faixa etária Horário

84 1º Ciclo 4 6 a 10 08h às 12h45min

42 2º Ciclo 2 11 a 14 11h30min às 16h

Total: 126 Total: 6

Fonte: Dados fornecidos pela professora comunitária da Escola Integrada. 105

106 107

TABELA 2 - Horário de funcionamento cumprido no turno da manhã no Programa

108

Escola Integrada, no período de 2012 à 2013

109 110

(continua)

Atividade Horário

Chegada à escola regular. 08h

Café da manhã. 08h05min

Oração, avisos e informações diversos, para alunos e monitores.

08h15min

Saída para casa da integrada. 08h20min

Início das oficinas. 08h40min

Troca de oficina. 10h

Retorno para escola regular. 11h20min

Almoço. 11h40min

Escovação. 11h55min

Professora comunitária comunica aos alunos e monitores em qual sala eles ficarão.

12h

Fonte: Dados fornecidos pela professora comunitária da Escola Integrada 111 112 113 114 115 116 117 118 119

(5)

TABELA 2 - Horário de funcionamento cumprido no turno da manhã no Programa

120

Escola Integrada, no período de 2012 à 2013

121 122 123

(conclusão)

Os alunos vão para o pátio. 12h55min

Início das aulas regulares. 13h

Fonte: Dados fornecidos pela professora comunitária da Escola Integrada. 124

125

TABELA 3 - Horário de funcionamento cumprido no turno da tarde no Programa

126

Escola Integrada, no período de 2012 a 2013

127 128

Atividade Horário

Aguardando na quadra para almoçar. 11h30min Oração, avisos e informações diversos, para

alunos e monitores.

12h15min

Escovação. 12h25min

Saída para casa da integrada. 12h30min

Início das oficinas. 12h40min

Troca de oficina. 14h20min

Saída para a escola regular 15h30min

Lanche da tarde. 15h45min

Saída da escola. 16h

Fonte: Dados fornecidos pela professora comunitária da Escola Integrada. 129

130 131

Por falta de espaço, o PEI alugou uma casa para o desenvolvimento das

132

oficinas, pois a escola é reservada para os alunos da regular utilizarem. Não é o

133

ideal ir para outro espaço, porque é um programa da escola, da prefeitura e tinha

134

que acontecer também dentro do prédio escolar. Mas seus espaços são

135

insuficientes até mesmo para realizar todas as atividades da escola regular, e

136

teriam, então que abrigar os estudantes e toda equipe da Escola Integrada, o que

137

pode repercutir negativamente sobre o trabalho dos docentes da regular.

138

O desafio de harmonização da Escola regular com a Escola Integrada é

139

grande, pois observa-se que a Escola regular ainda não reconhece a PEI como

140

parte do processo de uma educação integral e sente-se invadida. Os monitores do

141

PEI eram vistos pelos professores da regular como mais um para cuidar de alunos,

142

como fazem os disciplinários, e não como colegas educadores. Assim, não existiu

143

real relacionamento pedagógico e de construção de intervenções e conteúdos.

(6)

A existência de uma separação espacial física entre a escola integrada e a

145

escola regular aumenta ainda mais a dicotomia já existente com a separação

146

temporal. Esta dicotomia não está presente nos pressupostos da Escola Integral.

147

Contudo, a utilização de praças, quadras e prédios públicos é funcional, afinal

148

permite a apropriação dos espaços públicos com vínculo ao ambiente urbano

149

(Santos e Vogel, 1985).

150

Subentende-se que estão contidos no art. 6º, a educação é tratada como o

151

primeiro dos dez direitos sociais e como direito capaz de conduzir ao pleno

152

desenvolvimento da pessoa, além de possibilitar a preparação para o mundo do

153

trabalho (BRASIL, 1988). A Constituição Federal de 1988 não faz referência direta à

154

Educação Integral e ao tempo integral (MEC, 2008).

155

A educação integral e a escola de tempo integral estão distantes em se tornar

156

tendência na educação pública, lamentável, pois oferecem às crianças e jovens

157

conhecerem o mundo em que vivem compreendendo as suas contradições que

158

possibilitam as suas adaptação e transformações. Entretanto, os conhecimentos e

159

aprendizagens, adquirimos quando nascemos e até por toda a vida, mas ocorrem

160

em vários contextos; na família, com os pais, na escola, com amigos, com pares,

161

nos ambientes formais ou informais. Neste caso, a educação escolar precisa ser

162

repensada considerando tudo que já foi vivido. Isso não significa que as crianças e

163

adolescentes irão aprender somente o que querem aprender, mais sim aquilo que é

164

proposto como conteúdo escolar e curricular (GONÇALVES, 2006). 165

166

O TRABALHO DOCENTE NO PEI

167

168

Especificamente, na escola onde atuei, o trabalho docente do PEI é realizado

169

por monitores que são os agentes culturais ou oficineiros da própria comunidade e

170

bolsistas universitários das parcerias estabelecidas com várias instituições de

171

Ensino Superior. Esses monitores são responsáveis por conduzir as oficinas do

172

programa. Um professor indicado pela direção da escola exerce a função de

173

professor comunitário, coordenando as ações do programa no interior da escola, e

174

torna-se responsável pela elaboração da Grade Curricular do PEI da escola em que

175

atua. O professor comunitário também é responsável por monitorar e avaliar as

176

ações. O mesmo consegue estreitar os laços entre escola e comunidade e articular

(7)

entre a escola e a família. Da parte da SMED-BH, uma coordenação geral orienta e

178

acompanha as ações do Programa nas Escolas de todo o município, no caso, quem

179

apresentava na Escola Integrada era a Vanessa Martins. Da instituição de ensino

180

superior, um docente co-orienta as ações desenvolvidas pelos estudantes

181

universitários. Nessa Escola Integrada, totalizam oito docentes distribuídos em

182

quatro estagiários universitários e três agentes culturais e um professor comunitário.

183

O programa determina que para cada jornada de vinte horas, o bolsista tenha

184

quatorze horas de oficina, duas de orientação no PEI que servia para o

185

planejamento e organização de materiais e quatro horas de planejamento na

186

faculdade. Durante as orientações na faculdade, tirei duvidas, entreguei o

187

planejamento e os relatórios e, compartilhei experiências que foram concluídos com

188

sucesso. O pagamento do estagiário é realizado por meio de recibo padrão, não

189

incidindo nenhum desconto sobre o valor a ser pago, de acordo com os dias

190

trabalhados no mês. O mês corrido para fins de pagamento inclui sábados,

191

domingos, recessos e feriados. Os estagiários não têm direito a férias, seguem o

192

calendário escolar de segunda à sexta-feira, mas têm direito a vale-transporte.

193

Os agentes culturais comunitários ou oficineiros são contratados pelas Caixas

194

Escolares das instituições de Ensino para uma carga horária de 20 horas semanais,

195

sendo 16 horas para ação direta com os estudantes e 4 horas destinadas a ações

196

de planejamento, avaliação e apoio ao professor comunitário. Eles são admitidos

197

pela Associação Municipal de Assistência Social-AMAS.

198 199

DESAFIOS ENFRENTADOS

200

201

As dificuldades enfrentadas foram que alguma das experiências não forma

202

realizadas por falta de materiais para a execução das atividades.

203

Outra dificuldade era o espaço físico da sala para comportar vinte e cinco

204

crianças. Apesar, o calculo do PEI são vinte e cinco alunos por monitor, ou seja, o

205

número de estudantes está diretamente relacionado ao número de monitores. Então,

206

quanto menos alunos menos monitores para a equipe. Como existiam quatro turmas

207

na parte da manha, a turma rosa e a verde tinham em média 23 alunos para uma

208

sala que comportaria 20 alunos, com isso, havia experiências que precisavam de

209

espaço, como a reação química.

(8)

Outra dificuldade era alguns ricos como atravessar as ruas e lugares que não

211

tem calçada, além de deparar na rua com os pais pedindo satisfação dos filhos em

212

relação ao bilhete ou advertência recebidos, pois, muitas das vezes não aceitam

213

certas atitudes dos filhos. Então ficava complicado o relacionamento com eles. Já o

214

relacionamento com os alunos era de simpatia e respeito que, proporcionou um

215

trabalho construtivo e eles conseguiam ser receptivos aos conhecimentos e praticas.

216 217

OFICINA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

218

219

A iniciação científica é uma oficina de oportunidades que os alunos

220

expressam interesse pela pesquisa ele também consegue fixar o aprendizado do

221

assunto, as aulas ficam mais dinâmicas e o professor tem mais uma ferramenta

222

dentro da sala de aula para realização dos conteúdos. Observar, registrar e

223

comprovar hipóteses sem simplificar a linguagem nem infantilizar. Esse é o caminho

224

para a iniciação científica (ABRIL, 2012).

225

Jolibert (1994) e colaboradores defendem que se aprende participando,

226

vivenciando e tomando atitudes diante dos fatos, agindo para conquistar certos

227

objetivos. Por tanto, ao participar de um projeto, o alunos estão rodeados de

228

experiências educativas, construindo conhecimentos que estão ligados às práticas

229

vividas.

230

O estágio com a oficina de Iniciação Científica na Escola Integrada teve

231

duração de 19 de abril 2012 a 19 de abril de 2013, na parte da manhã no horário de

232

8h à 12h. Interessei por esse estágio porque é na área da minha formação e

233

permaneci porque gostei da escola. Foram realizadas atividades práticas

234

relacionadas com os diversos campos do conhecimento cientifico. Muitas das vezes,

235

foram trabalhadas algumas experiências que ajudavam na escola regular como as

236

exemplificadas na tabela 4.

(9)

TABELA 4 - Atividades realizadas no Programa Escola Integrada, no período de 2012 à 2013

Título da Oficina Objetivo Material Procedimento

Esqueleto humano

Montar as partes do esqueleto e identificar os principais ossos.

Xerox do esqueleto, tesoura e barbante.

Recortar os ossos da folha de Xerox e montar ligando cada osso com barbante.

Corpo Humano

Comparar o que sabem do corpo humano com o modelo impresso.

Papel A3, massinha de modelar. Fazer a anatomia interna do corpo humano (coração, pulmão, intestino..) e depois comparar com o modelo impresso.

Disco de Newton

O objetivo desta experiência era provar que a cor branca é a junção de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de cor.

Tampa grande de lata de chocolate em pó, tesoura, um lápis de

escrever, caixa lápis de cor, um cd velho e uma bolinha de gude.

Fazer um circulo com a tampa de lata de chocolate em pó, recortar, dobrar ate formar 8 triângulos. Colorir triângulo de uma cor. Colar no cd e colocar a bolinha de gude no orifício do cd e giar/rodar.

Morfologia externa e interna da flor

Conhecer as partes constituintes da flor, reprodução e polinização.

Tesoura sem ponta, durex, papel de ofício, lápis de escrever e flor.

Desenhar uma flor para mostrar as partes constituintes. Depois dessecar uma flor para mostrar a parte que leva a reprodução e como acontece a polinização.

Expansão do balão brincalhão

Observar reações químicas do vinagre com o bicarbonato de sódio.

30 g de bicarbonato de sódio ( NaHCO3 ), 200 mL de vinagre, 1 garrafa de plástico ou de vidro, 1 balão, 1 colher pequena, Funil e 1 pedaço de barbante.

O vinagre é composto, também, por ácido acético. Quando o bicarbonato de sódio entra em contato com o vinagre, o ácido acético reage com o bicarbonato de sódio. Um dos produtos da reação é um gás muito conhecido, chamado dióxido de carbono, o CO2. É por isso que se observou efervescência. O gás ficou retido no balão, e por isso o balão enche.

Impressão Digital

O objetivo da atividade é conceituar impressão digital, conhecer a ação do amido e do iodo, mostrar aos alunos que somos únicos através da digital e localizar impressões digitais.

Água, copo de vidro transparente, iodo, prato fundo e amido de milho em pó.

Colocar o amido de milho em pó no prato fundo e pede que os alunos pressionassem os dedos no amido que está no prato. Instrui que segurem o copo com a mão suja de amido, para que as digitais fiquem impressas sobre a superfície. Pinga algumas gotas de solução de iodo no recipiente e reserve o copo.

(10)

A experiência que os alunos demonstraram interesse foi a Impressão Digital.

1

No final, com base na atividade, elaborei brincadeira com os temas investigativos.

2

Solicitei que os alunos fechassem os olhos e escolhi um deles para deixar a digital

3

no copo, como fizemos na atividade. Depois pedi para abrir os olhos e dizerem

4

quem passou por ali sem que eles percebessem. Para isso, pinguei a solução de

5

iodo no local marcado pelo aluno escolhido. Após a aparição da digital, eles tinham

6

um dever de comparar com os “arquivos” das digitais dos colegas, produzidos

7

anteriormente, para descobrir o autor da cena. Pode se observar que os alunos

8

desenvolveram a criatividade e a capacidade de observação de uma forma divertida.

9

Fazer trabalhos de pesquisa em ensino mostra que os alunos aprendem mais sobre

10

a ciência e desenvolvem seus conhecimentos conceituais quando participam de

11

investigações científicas (HODSON, 1992).

12

Hacking (1992) diz que a experiência tem o objetivo de testar hipóteses

13

desenvolvidas com os alunos. A experiência não é uma atividade monolítica,

14

diversas atividades, mas apenas uma atividade desenvolve muitos tipos de

15

compreensão e capacidades.

16 17

CONTRIBUIÇÃO PARA MINHA FORMAÇÃO

18

19

Alguns futuros professores analisam criticamente a sua formação,

20

contribuindo a necessidade de tomar posse dos saberes adquiridos, precisando de

21

participação ativa na formação.

22

Tardif (2002) afirma que para uma formação específica precisa

23

conhecimentos específicos. Nessa condição, os professores requerem

24

ensinamentos sobre várias teorias como sociológicas, psicológicas, didáticas,

25

filosóficas, históricas e pedagógicas, dentre outros que foram ofertadas, em muitos

26

casos, sem nenhum fundamento com as realidades do trabalho de professor. A

27

intenção do autor era encontrar evidências da necessidade de aprender e não

28

somente de teorias distantes da realidade averiguada em seu campo de atuação.

29

Ao chegar a uma sala de aula para lecionar pela primeira vez, nem sempre o

30

educador está preparado. Na realidade, nunca estamos e cada dia é como se fosse

31

o primeiro. Mizukami (2002) diz que a sala de aula não é incógnita, é o resultado de

32

conjuntos de vários fatores. Sua complexidade desafia o professor, especialmente

(11)

os docentes novatos, que precisam de tempo e de oportunidades para aprender.

34

Com isso, existem disciplinas na faculdade chamadas estágios curriculares

35

obrigatórios, que o Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2008) definiu pela

36

Lei nº 11.788/2008 como aquele, a carga horária do estágio é obrigatório para

37

aprovação na disciplina e obtenção de diploma, art. 2º, §1º, dentre as

38

obrigatoriedades para o estágio consta o compromisso entre o professor, o órgão

39

concedente do estágio e a instituição de ensino. Para fazer o plano de atividades,

40

tem que constar no projeto de atividades, que o estagiário deverá desenvolver

41

aplicar e acompanhar juntamente com a proposta do orientador. Mas, a experiência

42

dentro de sala, as atividades e projeto a ser seguido é diferente, pois tem um

43

profissional/professor dentro da sala com o estagiário. Nesse sentido, o estágio no

44

PEI apareceu como um momento não só de colocar em prática, mas principalmente

45

como uma articulação e mobilização de diversos saberes teóricos construídos ao

46

longo do curso.

47

As primeiras semanas foram uma fase de adaptação tanto para a turma como

48

para nós estagiários. Nesse período, estágio no PEI, foi um nível alto de tensão pelo

49

fato de nunca ter vivenciado uma experiência real de docência, pois no PEI é o

50

bolsista que segue seu planejamento, colocando autoridade, respeito e lidando com

51

situações inusitadas como brigas e discussões de alunos. Foi um momento de

52

crescimento pessoal, profissional e que realizei com um trabalho produtivo e

53

harmonioso através do Projeto Mãos na Massa orientada pelo professor Rodrigo

54 Itaboray Frade. 55 56

CONSIDERAÇÕES FINAIS

57 58

O PEI é uma política municipal que ocupa o tempo e aumenta o

59

conhecimento das crianças e adolescentes através das oportunidades, atendendo

60

estudantes do ensino fundamental. Os alunos utilizam equipamentos da comunidade

61

disponíveis, ultrapassando os limites da sala de aula e ambiente escolar (PBH,

62

2013).

63

Observamos que o desafio de harmonização da Escola regular com a Escola

64

Integrada é grande, pois a Escola regular ainda não reconhece a PEI como parte do

65

processo de uma educação integral e a mesma com a escola de tempo integral

(12)

estão distantes em se tornar tendência na educação pública, pois oferecem às

67

crianças e jovens conhecerem o mundo em que vivem compreendendo as suas

68

contradições que possibilitam as suas adaptação e transformações.

69

As principais dificuldades foram a falta de materiais para a execução das

70

atividades, o deslocamento da escola regular para a casa do PEI, pois andávamos

71

no canteiro da rua porque não tinha calçada. Outra dificuldade era depararmos na

72

rua com os pais pedindo satisfação dos filhos em relação ao bilhete ou advertência

73

recebidos e outra dificuldade era o espaço físico da sala não comportava as turmas

74

para as oficinas.

75

Já a oficina de iniciação científica contribuiu no ensino de ciências nas séries

76

iniciais do ensino fundamental no Programa Escola Integrada (PEI), pois os alunos

77

desenvolveram interesse pela ciência através da oficina iniciação científica. Observei

78

que os mesmos desenvolveram criatividade e capacidade de observação de uma

79

forma divertida.

80

A minha atuação como monitora do PEI contribuiu para a formação docente

81

que foram sendo reveladas as realidades do dia a dia da profissão do professor.

82

Necessitei de tempo e de oportunidades para ensinar e aprender com os alunos.

83

Adquiri experiências que nem em outro estágio conseguiria, como lidar com

84

situações inusitadas. Vivenciar experiências como essas é algo muito importante

85

para a formação de um professor.

86

Enfim, é necessário compreender melhor e conhecer até que ponto este

87

programa resgata uma concepção humanista de educação integral ou se trata de

88

uma estratégia para afastar crianças e adolescentes da rua e da criminalidade?

89

Para aumentar a discussão neste ínterim, sugerimos que sejam feitos novos

90

trabalhos que o abordem.

91 92 93 94 95 96 97 98 99

(13)

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TABELA 2 - Horário de funcionamento cumprido no turno da manhã no Programa  120

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