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A relevância dos marcadores moleculares para elucidação de homicídios e crimes sexuais / The relevance of molecular markers for homicide elucidation and sexual crimes

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761

A relevância dos marcadores moleculares para elucidação de homicídios e

crimes sexuais

The relevance of molecular markers for homicide elucidation and sexual

crimes

DOI:10.34117/bjdv6n3-282

Recebimento dos originais: 06/02/2020 Aceitação para publicação: 18/03/2020

Júlia Morales Rodrigues

Acadêmica de Biomedicina pela Universidade Católica Dom Bosco Instituição: Universidade Católica Dom Bosco

Endereço: Av. Tamandaré, 6000 – Jardim seminário, Campo Grande – MS, Brasil E-mail: moralesjulia531@gmail.com

Bruna Kuhn de Freitas Silva

Orientadora Prof.ª esp docente da disciplina de análise forense da Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande – MS

RESUMO

Os anos de 1970 e 1980 foram fundamentais para o desenvolvimento das técnicas moleculares, que permitiram o avanço da genética forense na investigação criminal. As evidencias biológicas encontradas na cena do crime, como sangue, cabelo/ pelo, sêmen e entre outros, podem ter o DNA extraído com técnicas moleculares possibilitando a identificação do suspeito. Logo, esse trabalho tem como objetivo expor a importância das técnicas de genética forense para desvendar homicídios e crimes sexuais. Se portando de uma revisão literária realizada com base em livros e artigos publicados na área do ano de 1994 a 2018. Entre os avanços dessa área esta à análise de polimorfismo de minissatélites, que apenas utiliza de algumas partes do DNA, sendo a região escolhida a que apresentar maior variação individual. Essas regiões são conhecidas por polimorfismos que podem variar de pessoa para pessoa, e no genoma humano possui sequências de nucleotídeos repetitivas dentro dessas regiões polimórficas chamados de marcadores moleculares ou minissatélites, que passará por técnicas de extração, amplicação e quantificação. Após o material genético do individuo que cometeu o crime passar por essas técnicas, será feito a comparação do DNA encontrado com a dos possíveis suspeitos, desta forma será comparada as sequências de repetições presente no genoma dos suspeitos, que varia de cada pessoa, com o material extraído e confeccionado pelos peritos, e o suspeito que tiver as mesmas repetições do material será acusado e ou outros inocentados para o crime. Através da pesquisa feita, é possível concluir que as técnicas de se

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 utilizar marcadores moleculares para elucidar crimes empregados pela pericia criminal é de total relevância jurídica em casos de homicídio e violência sexual em que a presença de material genético.

Palavras chave: Genética forense, Marcadores genéticos, Cena do crime.

ABSTRACT

The 1970s and 1980s were fundamental for the development of molecular techniques, which allowed the advancement of forensic genetics in criminal investigation. The biological evidence found at the crime scene, such as blood, hair / fur, semen and others, may have the DNA extracted with molecular techniques enabling the suspect to be identified. Therefore, this work aims to expose the importance of forensic genetics techniques to solve homicides and sexual crimes. Behaving in a literary review carried out based on books and articles published in the area from 1994 to 2018. Among the advances in this area is the analysis of polysorphism of mini-satellites, which only uses some parts of DNA, being the region chosen the that presents greater individual variation. These regions are known for polymorphisms that can vary from person to person, and the human genome has repetitive nucleotide sequences within these polymorphic regions called molecular markers or mini-satellites, which will undergo extraction, amplication and quantification techniques. After the genetic material of the individual who committed the crime goes through these techniques, the DNA found will be compared with that of the possible suspects, this way the sequences of repetitions present in the genome of the suspects will be compared, which varies from person to person. material extracted and made by the experts, and the suspect who has the same repetitions of the material will be accused and / or others acquitted for the crime. Through the research done, it is possible to conclude that the techniques of using molecular markers to elucidate crimes employed by the criminal expert are of total legal relevance in cases of homicide and sexual violence in which the presence of genetic material.

Keywords: Forensic genetics, Genetic markers, Crime scene.

ABSTRACT

In this article, we intend to map the public policy evaluation methodologies towards the state of the art on the subject. As a methodological approach, articles were selected in Google Scholar, containing the terms "methodology", "evaluation", "public policies". The data collected allows to reinforce the importance of gauging the results of these policies, in order to ensure the effectiveness of public actions, especially those aimed at populations, but weakened. The analysis also contributes to an ongoing research, developed by the authors, at the Federal Institute of Santa Catarina, with the objective of evaluating the performance of the Women Yes Program, aimed at women in social vulnerability. The research is funded by CNPq, through the Public Call CNPq / MCTIC 36/2018.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761

1 INTRODUÇÃO

1.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR

O organismo humano é formado por milhares de células, que constitui a porção base de qualquer fluido corporal, tecido e órgão do corpo humano. Dentro de cada célula existe o núcleo, onde é encontrado o material genético ou DNA que vai variar de pessoa pra pessoa. Este DNA esta contido dentro do núcleo enrolado em proteínas chamadas histonas, que juntos formam os nucleossomos e depois os cromossomos (ZAHA et al, 2014, pag 14).

Cada célula humana possui 46 cromossomos (44 autossomos e 2 sexuais), sendo 23 cromossomos vindos da mãe e 23 do pai, formando o conjunto de cromossomos completo de um organismo. Sendo assim, é nos cromossomos que esta guardada toda informação genética de um individuo (genótipo) que ira expressar desde cor dos olhos, formato dos cabelos, tipo sanguíneo (fenótipo) e entre outros. Essa informação é chamada de gene que será passado de geração em geração (AMABIS; MARTHO, 2006, pag 183).

Para que esses genes se expressem e por consequência o fenótipo seja manifestado, é necessário fazer a transcrição e tradução do DNA, que tem como composição os nucleotídeos, divididos em uma base nitrogenada, uma pentose ou açúcar (desoxirribose) e um fosfato (Figura 1) (BRESCH, 1994, pag 187).

Figura 1: estrutura do nucleotídeo

Fonte: Carlos Dionata, 2015

Na tradução do DNA,o que vai determinar a produção de uma proteína que futuramente irá expressar uma característica é a base nitrogenada que é dividida em cinco tipos, adenina,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 timina citosina, guanina e uracila (Figura 2), sendo adenina e guanina classificadas como purinas, e citosina, timina e uracila (presente apenas em RNA) como pirimidinas (LEHNINGER, 2014, pag 282).

Figura 2: Estrutura das bases nitrogenadas

Fonte: Revista Educação Publica, 2017

Para que as bases nitrogenadas do DNA expressem uma proteína é necessária sua transcrição em RNA. Que após esse processo, ocorrera à tradução da molécula por meio da chamada trinca de bases ou códons (três bases nitrogenadas juntas), onde a cada três bases traduzidas um aminoácido especifico daquela trinca será sintetizado. A enzima responsável por fazer essa leitura se chama RNA ribossômico responsável por identificar o códon e o aminoácido especifico para o mesmo (AMABIS; MARTHO, 2006, pag 642-645).

Após o termino da tradução, uma proteína será sintetizada com a capacidade de determinar e expressar uma certa característica do individuo, e para que seja possível todo esse processo é essencial que o DNA realize a sua replicação, assim podendo gerar novas células filhas iguais a ela e por consequência mantendo as atividades celulares constantemente ativas. Esse processo ao todo é conhecido como dogma central da biologia molecular (Figura 3) (AMABIS; MARTHO, 2006, pag 644-645).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 Figura 3: Dogma central da biologia molecular

Fonte: Simone Cristina Méo Niciura, 2017

1.2 INÍCIO DA UTILIZAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO PARA FINS PERICIAIS O código genético sempre esteve presente em todas as cenas de crimes ocorridas há anos atrás, porem, com a falta de tecnologia e conhecimentos da época o estudo do DNA nestes locais de crime ficava prejudicada. Entretanto as décadas de 1970 e 1980 foram um período de total avanço para a área de genética forense, devido às descobertas de procedimentos como analise de polimorfismo de minissatélites por Alec Jeffreys, a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) por Kary Mullis e o seqüenciamento de moléculas de DNA por Frederick Sanger (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 262 - 263).

O primeiro de todas as técnicas a surgir foi o sequenciamento do material genético, que para o ano de 1975, foi um marco incrível para a área da biologia molecular por permitir “mapear” o DNA humano. Cinco anos após a descoberta de Frederick,em 1980 o método de Alec foi o primeiro que pela a análise do material genético tornou possível a identificação humana, fazendo dessa técnica algo de total importância dentro da investigação criminal. Ainda nos anos 80, Kary permitiu a expansão da análise do código genético, em que era possível amplificar uma área do DNA em milhões de vezes, sendo de relevância para cenas do crime em que o fragmento do material genético estava degradado ou em pouca quantidade no local (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 262 - 263).

Sendo assim, essas três técnicas foram fundamentais tanto na época de suas descobertas como nos dias de hoje, em que ainda são reproduzidas essas técnicas para elucidação de homicídios, crimes sexuais e entre outros que são de total importância a identificação do sujeito.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 1.3 IMPORTÂNCIA DO DNA NA CENA DO CRIME

Em qualquer cena de crime que existe presença de material biológico, haverá a presença de DNA da vitima ou do suspeito que por técnicas utilizadas pelos peritos, podem levar a identificação dos mesmos. Logo, a presença deste material gera provas inquestionáveis, podendo incriminar ou inocentar uma pessoa, sendo de total importância a coleta, armazenamento e transporte correto destas provas pelos peritos criminais, para que a extração e analise ocorra com total êxito, e por fim, a identificação correta do suspeito (ARAUJO, 2018).

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Informar quais são as técnicas cientificas utilizadas pela pericia criminal na área de genética forense, para elucidar crimes.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Analisar a eficácia das técnicas de biologia molecular utilizada dentro dos laboratórios de genética forense e sua eficácia;

- Expor a importância dos mecanismos aplicados na identificação de suspeitos em cenas de crime que há presença de material genético.

3 METODOLOGIA

A pesquisa se trata de uma revisão de literatura com base em artigos dos anos de 2007 a 2018, referente à área de genética forense, disponível em bancos de dados de característica online e gratuito. E livros publicados entre os anos de 1994 a 2018, abordando temas a cerca da biologia molecular na pericia e as técnicas utilizadas para elucidação dos crimes.

Os artigos escolhidos foram procurados utilizando as palavras chaves: genética forense; DNA forense; DNA na cena do crime; marcadores moleculares; banco de dados de DNA; e identificação humana.

Os livros empregados vão desde caráter forense a livros de fundamentação teórica acerca de definições científicas sobre temas que englobam a área da pesquisa. Os livros escolhidos foram: Introdução a Biologia Forense (2ª ed) organizado pelo Claudemir Rodrigues Dias Filho (Perito Criminal da Superintendência da Polícia Técnico-Científica – SP) e Pablo Abdon da Costa Francez (Perito Criminal da Superintendência da Polícia

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 Científica – AP),2018; A Avaliação do DNA como Prova Forense publicado em 2001;

Biologia Molecular Básica (5a ed) de autoria de Arnaldo Zaha, Henrique Bunselmeyer

Ferreira e Luciane M. P. Passaglia, 2014; Fundamentos da Biologia Moderna (4a ed) de autoria de José Mariano Amabis (Doutor em biologia/genética pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo) e Gilberto Rodrigues Martho (Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo), 2006; e Genética Clássica e

Molecular (4a ed) de autoria de Carsten Bresch, 1994.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 POLIMORFISMOS E MARCADORES GENÉTICOS

A população mundial apesar de fenotipicamente nenhum individuo se parecer, a maior parte do genoma humano é idêntico (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 265). É estimado que 99,6% do DNA humano seja igual em toda a população, sendo apenas 0,4% que pode variar de pessoa para pessoa, permitindo então a identificada individual (ARAUJO, 2018). Essa pequena porcentagem variante intitulado de regiões polimórficas é de alta relevância para a pericia criminal quando ocorre a necessidade de identificação de suspeitos em uma cena do crime (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 265).

Essas regiões polimórficas podem ser de dois tipos: polimorfismo de sequencias, onde pode ocorrer uma adição ou deleção de nucleotídeos no lócus gênico ou pode ser polimorfismo de comprimento que são sequencias repetidas de nucleotídeos (MATTANA et al, 2012). A mais utilizada pela pericia criminal para elucidar homicídios é o segundo tipo de polimorfismo, em que as repetições são especificas de cada pessoa, chegando mais próximo ao suposto suspeito. Essas repetições podem estar presentes em diversos tamanhos (DNA satélite), desde muito curtos a muito longos (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 265).

Uma classe de repetição é identificada como VNTR que envolve as unidades contendo de 10 a 100 nucleotídeos, e STRs de 2 a 6 nucleotídeos. Os mais comuns em cenas de crimes são os STRs, devido à exposição do DNA ao ambiente do crime varias partes do mesmo acaba se perdendo. Porem, com as técnicas de PCR é possível amplificar essas sequencias curtas e degradadas, possibilitando que as técnicas funcionem com qualidade (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 266).

Logo, mesmo com pouca quantidade de material genético encontrado em uma cena do crime, como DNA presente em um cigarro ou um copo utilizado pelo suspeito na hora do

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 crime, a técnica de PCR possibilita fazer a tipagem do material mesmo com pouca quantidade de amostra (DOLINSKY et al, 2007). Em contrapartida, outra classe de polimorfismo são os SNPs, uma classe utilizada para auxiliar e complementar os resultados dos STRs, pois possui uma menor quantidade de DNA produzindo produtos de PCR menores e de boa qualidade (AMORIM, 2015).

Porem, apesar de fornecer um bom resultado, um problema encontrado na pericia a cerca dos SNPs é sobre a quantidade do mesmo em amostras tiradas de cenas de crimes. Logo, é necessária uma quantidade suficiente para no final poder ser feito um painel com o intuito de comparação com todos os pequenos fragmentos de SNPs (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 271).

4.2 MARCADORES DE LINHAGENS

A utilização destes marcadores é importante em casos de violência sexuais e cenas de crime com presença de corpos degradados, desconfigurados ou queimados, sendo de total importância, a utilização desses marcadores de linhagens uniparentais, como marcadores do cromossomo Y e estudo dos genes mitocondriais. Quando a ocorrência de violência sexual com presença de sêmen coletado da vitima, sendo ela do sexo feminino, ocorre a mistura do DNA do suspeito com as secreções vaginais da vitima, sendo de total importância a separação desta mistura, feito então com os marcadores do cromossomo Y (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 272).

Em outros casos é utilizado o DNA mitocondrial, presente nas mitocôndrias de todas as células do corpo humano, para identificação humana. Isso é possível devido ao DNAmt ser herdado uniparentalmente das mitocôndrias dos gametas da mãe, logo, quando encontrado corpos sem identificação porem com suspeita de reconhecimento é possível fazer a comparação do DNAmt do corpo encontrado com o DNAmt da mãe ou dos irmão. Isto é possível por conta do DNA mitocondrial ser mais resistente a deterioração do que o DNA nuclear, por exemplo, em casos de corpos carbonizados (HOFSTATTER, 2013).

4.3 EXTRAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO DO DNA CRIMINAL

Em casos de homicídios, o material coletado da cena como fios de cabelo, bituca de cigarro, saliva, pingos de sangue, células epiteliais escamosas e entre outros que possuem material genético, após serem coletados e armazenados é feita a extração do DNA. Este

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 processo consiste da lise da membrana celular e nuclear deixando solto o DNA nuclear que irá precipitar com o auxilio do álcool e reagentes específicos para logo em seguida ser isolado em uma membrana concentradora a base de sílica (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 276).

Após o termino da extração é feito a quantificação do DNA, por conta da degradação muitas vezes sofrida no ambiente do crime. Feito então, a amplificação e quantificação do DNA pela técnica de PCR em tempo real (Figura 4) que consiste na amplificação do material genético em milhares de vezes com o auxilio de sondas fluorescentes que no final do processo indicará a quantidade de DNA humano presente na amostra coleta em um só processo (FILHO; FRANCEZ, 2018, pag 263 e 279).

Figura 4: Reação em cadeia pela polimerase: amplificação do DNA

Ciclo: 1 2 3 Fonte: Khan Academy

Posteriormente, é realizado o processo de determinação do perfil de DNA feito após o DNA ser fragmentado em pequenos pedaços por enzimas especificas. Após esta quebra, os fragmentos de DNA são colocados em poços de um gel semi-sólido que em seguida é colocado em um campo elétrico onde os fragmentos começaram a correr pelo gel (quanto menor o fragmento mais rápido e mais distante se locomove). Depois de desligar a corrente elétrica o DNA é desnaturado (dupla fita separada em fita única), que por um processo simples de capilaridade os fragmentos são transferidos para uma fita de náilon (DUARTE et al, 2001, pag 19).

Uma sonda radioativa (pequeno pedaço de DNA que complementa um fragmento especifico) é adicionada a fita de náilon, logo, a sonda complementa as bases presentes nos fragmentos, por exemplo, onde o fragmento tem uma citosina a sonda adiciona uma Guanina, e assim por diante. Quando a membrana é colocada em um filme fotográfico as sondas tiram

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 “fotografias” que resultam em bandas escuras nas posições onde se encontra uma citosina, guanina, adenina e uracila, com isso, é possível quantificar as bases presentes naquela amostra de DNA (VNTR ou STR). E com essa informação comparar a quantidade de bases presentes no material genético da cena do crime com o do suspeito do caso (DUARTE et al, 2001, pag 19).

Em casos de violência sexual o material coletado são secreções vaginais ou anais, tanto presente nas vitimas como nas suas roupas intimas como calcinha e cueca (evidencias mais frequentes) e também coletar as roupas da vitima no dia do crime, e em alguns casos lençóis (AMORIM, 2015). Porem as técnicas empregadas são as mesmas das citadas no texto a cima.

5 CONCLUSÃO

Conclui-se que, os marcadores moleculares em comunhão com as técnicas de genética forense empregado pelos peritos criminais são de total relevância para elucidação de homicídios e crimes sexuais em que há presença de matrizes biológicas. Apresentando métodos de total confiança no âmbito criminal e judicial para solucionar casos, constatando a importância da ação pericial na área.

REFERÊNCIAS

AMORIM, A. Genetica forense. Lisboa, 2015. Academia de ciências de Lisboa.

ARAUJO, M. C. O DNA como ferramenta de identificação humana e a sua importância no trabalho da pericia criminal. Maceió/AL, 2018.

DOLINSKY, L. C.; PEREIRA, L. M. C. V. DNA forense. Universidade do Grande Rio, 2007.

HOFSTATTER, P. P. Identificação humana mitocondrial. Brasília/DF,2013.

MATTANA, C. et al. Importancia pericial do DNA e a participação do odontologista. Brazilian Journal of Forensic Sciences, 2012.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n 3,p 13574-13584 mar . 2020. ISSN 2525-8761 AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia Moderna. 5a edição. Editora

Moderna, 2006.

FILHO, C. R. D.; FRANCEZ, P. A. C. Introdução a Biologia Forense. 2a edição. Editora Millennium, 2018.

BRESCH, C. Genética Clássica e Molecular. 4a edição. Editora Fundação Calouste Hausmann, 1994

ZAHA, A.; FERREIRA, H. B.; PASSAGLIA, L. M. P. Biologia Molecular Básica. 4a edição. Editora Artmed, 2014.

Imagem

Figura 1: estrutura do nucleotídeo
Figura 2: Estrutura das bases nitrogenadas
Figura 3: Dogma central da biologia molecular
Figura 4: Reação em cadeia pela polimerase: amplificação do DNA

Referências

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