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Produção de rabanete sob condições diferentes de reposição hídrica e doses de nitrogênio / Rabanet production under different conditions of water replacement and nitrogen doses

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Academic year: 2020

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Produção de rabanete sob condições diferentes de reposição hídrica e doses de

nitrogênio

Rabanet production under different conditions of water replacement and

nitrogen doses

DOI:10.34117/bjdv6n1-278

Recebimento dos originais: 30/11/2019 Aceitação para publicação: 26/01/2020

Denise Almeida Fonseca Fiuza

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: denisefiuza@hotmail.com

Aldo Max Custódio

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: aldo.custodio@ifro.edu.br

Fernando Rodrigues Cabral Filho Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: fernandorcfilho@hotmail.com

Tatiana Carvalho Faria

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: tcfaria@hotmail.com

Vitor Martins Veneziano

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: vv_martins@hotmail.com

Wilker Alves Moraes

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: wilker.alves.moraes@gmail.com

Marconi Batista Teixeira

Instituição: Instituto Federal Goiano – IF Goiano

Endereço: Rodovia Sul Goiana, Km 01, Zona Rural, Rio Verde – GO. CEP: 75.901-970 - Brasil E-mail: marconi.teixeira@ifgoiano.edu.br

RESUMO

Com o objetivo de avaliar a influência dos intervalos de reposição de água no solo e da adubação nitrogenada na produção do rabanete foi conduzido um experimento em casa de vegetação. Os rabanetes foram cultivados em vasos utilizando solo como substrato. Foram avaliados 8 tratamentos no total, constituídos a partir da combinação de dois fatores – manejo da irrigação e adubação nitrogenada, em um esquema fatorial 2x4. No manejo da irrigação a reposição da água nos vasos

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foram realizadas a cada 24h e a cada 48h. Quanto à adubação nitrogenada, foram utilizadas doses de: 0,85; 1,70; 2,55 e; 3,40 g/vaso. Foram avaliadas a produção de matéria fresca e seca da raiz e da parte aérea, bem como o tamanho das raízes. Com relação as variáveis de produção e tamanho das raízes não houve diferença entre os tratamentos. Conclui-se que a cultura do rabanete é pouca responsiva à adubação nitrogenada em termos de produção. Turnos de rega de até 48h não afeta o desempenho produtivo da cultura.

Palavras-chave: Raphanus sativus L., irrigação, adubação. ABCTRACT

In order to evaluate the influence of intervals of water replacement in the soil and nitrogen fertilization in the production of radish, an experiment was conducted in a greenhouse. Radishes were grown in pots using soil as a substrate. A total of 8 treatments were evaluated, constituted by the combination of two factors - irrigation management and nitrogen fertilization, in a 2x4 factorial scheme. In the management of irrigation, the replacement of water in the pots was carried out every 24h and every 48h. As for nitrogen fertilization, doses of: 0.85 were used; 1.70; 2.55 e; 3.40 g / pot. The production of fresh and dry matter of the root and shoot was evaluated, as well as the size of the roots. Regarding the variables of production and root size, there was no difference between treatments. It is concluded that the radish culture is not very responsive to nitrogen fertilization in terms of production. Irrigation shifts of up to 48 hours do not affect the productive performance of the crop.

Key words: Raphanus sativus L., irrigation, fertilization.

1 INTRODUÇÃO

O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma espécie hortícola com valor alimentício (FILGUEIRA, 2008), sendo que seu consumo ocorre principalmente na forma de saladas e conservas (SILVA et al. 2015). Possui pequeno porte, ciclo anual e pertence à família botânica Brassicaceae (FILGUEIRA, 2008).

Atualmente, é cultivado em várias regiões do mundo, principalmente na região do Mediterrâneo, provável centro de origem (CRISP, 1995), e na Ásia (YAMANEK E OHNISHI, 2009). O rabanete é cultivado em grande número em pequenas propriedades dos cinturões verdes de regiões metropolitanas, apesar de ser uma cultura de pequena importância em termos de área plantada (CARDOSO E HIRAKI, 2001).

O nitrogênio (N) é o segundo nutriente mais exigido pelas hortaliças (FILGUEIRA, 2008) e desempenha papel fundamental no crescimento e no rendimento dos produtos colhidos (OLIVEIRA et al. 2006). Quadros et al. (2010), testaram doses 0, 30, 60, 120 e 240 kg ha-1 de N e concluíram que não houve interferência na produção do rabanete. Ao contrário de Pedó et al., (2014) que ao trabalharem com doses 0, 15 e 30 kg ha-1 de N e concluíram que 15 kg ha-1 incrementaram o crescimento das plantas de rabanete.

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rabanete é extremamente sensível às variações do conteúdo de água no solo, apresentando distúrbios fisiológicos no déficit ou excesso de umidade proporcionando diferentes efeitos na quantidade e qualidade da raiz do rabanete produzido. O estudo da adoção de turno de rega fixo para as diversas hortaliças auxilia no adequado manejo de irrigação e auxilia na melhor tomada de decisão no momento de efetuar as irrigações (SALOMÃO et al. 2014).

Assim, o objetivo do presente estudo, foi avaliar o efeito de diferentes intervalos de reposição de água no solo e níveis de adubação nitrogenada na produção do rabanete.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Setor de Agricultura Irrigada, no campus do Instituto Federal Goiano de Rio Verde, Goiás. Os rabanetes foram cultivados em vasos (0,142 m² x 0,25 m de altura), contendo solo (Latossolo vermelho amarelo), textura argilosa, com os seguintes atributos químicos: pH (CaCl2)=6,2, M.O=2,48 dag kg-1, P (Melich)=4,5 mg dm-3, K=15

mg dm-3, Ca2+=1,0 cmolc dm-3, Mg2+=0,8 cmolc dm-3, H+Al=1,9 cmolc dm-3. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC) com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 2 x 4, com três repetições. Sendo o primeiro fator turno de rega: a cada 24h e 48h e o segundo fator doses de adubação nitrogenada: 0,85; 1,70; 2,55 e; 3,40 g/vaso (equivalentes a 60; 120; 180 e; 240 kg ha-1) totalizando 8 tratamentos.

Adubação com P (1,62 g/vaso de P2O5) foi efetuada na semeadura e as adubações com N

(sulfato de amônio) de acordo com os tratamentos e K (2,1 g/vaso) aos 8, 15 e 22 DAS e adicionados ao solo na forma de solução, simulando a fertirrigação. O volume de água para os turnos de rega foi calculado a partir da estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc), utilizando-se o método do evaporímetro de Piche (BURIOL et al. 2001) aos 15 DAS.

Aos 35 DAS as plantas foram colhidas e separadas em parte aérea e raiz. Após lavagem e pesagem foi calculado a média da massa fresca de raízes (MFR) e de parte aérea (MFPA). Também foram obtidos o diâmetro equatorial (Φ Eq) e longitudinal (Φ Long) das raízes. Em seguida, amostras de raízes foram levadas para secarem em estufa (65º C) para determinar a massa seca de raiz (MSR)e da parte aérea (MSPA), a partir a massa seca relativa da raiz (MSrR) e da massa seca relativa da parte aérea (MSrPA) das amostras. A MSrR e a MSrPA foram obtidas pela razão entre MS e MF das amostras de raiz e da parte aérea.

Os dados obtidos foram submetidos a Análise de Variância e de regressão com auxílio do software SISVAR (FERREIRA, 2011) e SIGMAPLOT.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para as variáveis analisadas, não houve diferença significativa para MFPA, MSR, MSPA, MSR, Φ Eq e Φ Long. (Tabela 1). Na tabela é possível observar que os dados apresentaram um CV alto, sobretudo, referente a MFR e MSR (32% e 41%, respectivamente), tal fato pode estar associado ao número pequeno de repetições. Como dados de crescimento e produção tendem apresentar uma maior dispersão, variabilidade, em relação à média, um número maior de repetições pode mitigar esse efeito (SOUZA et al. 2002).

No que se refere a produção em relação a adubação nitrogenada, a ausência de resposta da cultura a doses de N também é reportada por outros autores. Santos et al. (2017) avaliaram o crescimento de rabanete submetido a doses crescentes de nitrogênio (0; 30; 60; 90; 120;150 kg ha-1) via fertirrigação e não verificaram diferença na produção de raiz de rabanete. Pedó et al. (2014) ao testarem diferentes doses de nitrogênio (0; 15 e ;30 kg ha-1) observaram que a dose de 15 kg ha-1 proporcionou melhores características de crescimento às plantas de rabanete. Os dados obtidos neste trabalho e outros reportados na literatura corroboram com Filgueira (2008) que reporta a cultura do rabanete como pouco exigente em nutrientes, podendo produzir satisfatoriamente sem adubação em solos de boa fertilidade. É possível que o nitrogênio disponível no solo, cuja dinâmica está diretamente relacionada a matéria orgânica, tenha sido suficiente para suprir as exigências das plantas.

Os resultados obtidos por Rodrigues et al. (2013), permitem inferir que a reposição de água no solo em intervalos de tempo suficientes para promover o declínio na disponibilidade de água (AD) na ordem de 20% é suficiente para reduzir o crescimento e produção do rabanete. Como em nosso trabalho não verificamos diferenças entre os intervalos de tempo (24h e 48h) de reposição hídrica, é possível que a variação no teor de AD tenha sido inferior a 20% no período, entre uma reposição (24h) e outra (48h).

4 CONCLUSÃO

As doses de N e os turnos de rega não influenciaram a produção de massa fresca e seca das plantas de rabanete. O intervalo de tempo entre reposição hídrica de 48h se destacou por manter as características produtivas do rabanete com intervalo menor (24h) entre irrigações.

A cultura do rabanete não respondeu ao aumento na dose de N. A menor dose empregada, equivalente a 60 kg ha-1 de N, foi suficiente para a produção e manutenção da qualidade do rabanete.

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REFERÊNCIAS

BURIOL, G. A.; LUZZA, J.; HELDWEIN, A. B.; STRECK, N. A. Evaporação d’água em estufas plásticas e sua relação com o ambiente externo: 1 – avaliação com o uso do tanque classe A e do evaporímetro de Piche. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v. 9, n. 1, p. 35-41, 2001.

CARDOSO, A. I. I.; HIRAKI, H. Avaliação de doses e épocas de aplicação de nitrato de cálcio em cobertura na cultura do rabanete. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 19, n. 3, p. 196-199, 2001. CRISP, P. Radish, Raphanus sativus (Cruciferae). In: SMARTT, J., SIMMONDS, N.W. editors. Evolution of crop plants. 2 ed. Reino Unido: Longman Scientific & Technical, p. 86-89. 1995.

CUNHA, F. F., DE CASTRO, M. A., GODOY, A. R., MAGALHÃES, F. F., LEAL, A. J. F. Irrigação de cultivares de rabanete em diferentes épocas de cultivo no nordeste sul-mato-grossense. Irriga, v. 22, n. 3, p. 530-546, 2017.

FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, 2011.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e

comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2008. 421p.

OLIVEIRA A. P., DE MOURA, M. F., NOGUEIRA, D. H., CHAGAS, N. G., BRAZ, M. D. S. S., de OLIVEIRA, M. R. T., BARBOSA, J. A. Produção de raízes de batata-doce em função do uso de doses de N aplicadas no solo e via foliar. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, p.279-282, 2006.

PEDÓ, T. AUMONDE, T. Z., MARTINAZZO, E. G., VILLELA, F. A., LOPES, N. F., MAUCH, C. R. Análise de crescimento de plantas de rabanete submetidas a doses de adubação nitrogenada.

Bioscience Journal, v. 30, n. 1, 2014.

QUADROS, B. R. DE, DA SILVA, E. D. S., DA SILVA BORGES, L., DE ARAÚJO MOREIRA, C., LIMA MORO, A., BÔAS, R. L. V. Doses de nitrogênio na produção de rabanete fertirrigado e determinação de clorofila por medidor portátil nas folhas. Irriga, v. 15, n. 4, p. 353, 2018.

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RODRIGUES, R. R., PIZETTA, S. C., TEIXEIRA, A. DAS G., REIS, E. F. DOS., HOTTET, M. O. Produção de rabanete em diferentes disponibilidades de água no solo. Enciclopédia Biosfera, v.9, n.17; p. 2121-2130, 2013.

SALOMÃO, L. C., CANTUÁRIO, F. S, DE., PEREIRA, A. I. DE A., SCHWERZ, T., DOURADO, W. S. Influência do turno de rega na eficiência do uso da água de irrigação e na produtividade de plantas de alface cultivadas em ambiente protegido. Enciclopédia Biosfera, v.10, n.18, p.2029, 2014.

SANTOS, C. F. B., PAIER, C. D., GOMES, M. D. S., BISCARO, G. A. Efeito da adubação nitrogenada na produção e qualidade de rabanetes via fertirrigação por gotejamento. Acta Iguazu, v.6, n.2, p. 50-58, 2017.

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YAMANE K, Lü N.; OHNISHI, O. Multiple origins and high genetic diversity of cultivated radish inferred from polymorphism in chloroplast simple sequence repeats. Breeding Science, v. 59, pp. 55- 65, 2009.

TABELA 1 - Produção¹ de massa fresca de raiz (MFR), da parte aérea (MFPA) e massa seca da raiz (MSR) e da parte aérea (MSPA). Diâmetro equatorial (Φ Eq) e Diâmetro longitudinal (Φ Long) do rabanete sob condições diferentes de reposição hídrica e doses de nitrogênio.

Trat MFR MFPA MSR MSPA MFR MFPA MSR MSPA Φ Eq Φ Long

--- g/vaso --- --- ton/ha --- ---- mm ---- T1 133,9 303,9 6,89 17,81 9,43 21,40 0,49 1,25 59,37 66,09 T2 101,4 261,9 5,52 16,27 7,14 18,44 0,39 1,15 50,13 55,03 T3 106,1 283,8 5,68 16,08 7,47 19,99 0,40 1,13 63,67 58,74 T4 111,8 257,4 6,82 15,66 7,88 18,13 0,48 1,10 55,24 57,63 T5 152,1 283,8 8,02 15,91 10,71 19,98 0,56 1,12 63,31 59,61 T6 107,8 289,6 5,56 17,63 7,59 20,39 0,39 1,24 54,64 60,74 T7 104,6 348,9 5,77 18,59 7,37 24,57 0,41 1,31 56,06 60,94 T8 158,1 341,8 6,37 19,15 11,14 24,07 0,45 1,35 61,13 61,61 Média 122,0 296,4 6,33 17,14 8,59 20,87 0,45 1,21 57,94 60,05 CV 32% 19% 41% 19% 32% 19% 41% 19% 16% 11%

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TABELA 1 - Produção¹ de massa fresca de raiz (MFR), da parte aérea (MFPA) e massa seca da raiz (MSR) e da  parte aérea (MSPA)

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