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Metódos diagnósticos para a caracterização de candidíase e papilomavírus humano / Diagnostic methods for characterization of human candidiasis and papilomavirus

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761

Metódos diagnósticos para a caracterização de candidíase e papilomavírus

humano

Diagnostic methods for characterization of human candidiasis and

papilomavirus

DOI:10.34117/bjdv5n10-072

Recebimento dos originais: 12/09/2019 Aceitação para publicação: 07/10/2019

Suzane Meriely da Silva Duarte

Citologista Clínica pela PUC/GO – docente do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras de Imperatriz

Instituição: Faculdade Pitágoras de Imperatriz – Maranhão

Endereço: Rua Monte Castelo, número 161, Centro, Imperatriz-Ma, CEP 65901- 580 E-mail: suzanemeriely25@gmail.com

Felipe Venancio Faria

Discente do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras de Imperatriz Instituição: Faculdade Pitágoras de Imperatriz – Maranhão

Endereço: Rua Monte Castelo, número 161, Centro, Imperatriz-Ma, CEP 65901- 580 E-mail: felippe.venancio2@gmail.com

Miquéias de Oliveira Martins

Citologista Clínico pela PUC/GO – citopatologista do Laboratório de Análises Clínicas Citoclínica

Instituição: Citoclínica / Imperatriz – Maranhão

Endereço: Rua Marechal Castelo Branco, número 939, Centro, São Pedro da Água Branca-Ma, CEP 65920- 000

E-mail: miqueiasmartins90@hotmail.com

RESUMO

A microbiota do trato reprodutivo feminino é principalmente uma vasta gama de microrganismos dos gêneros Lactobacillus, Gardnerella, Atopobium, Prevotella, Candida, Megasphaera e muitos outros. Atualmente o estudo da microbiota fornece informações importantes em saúde e patologia de humanos, levando a questões de importância econômica e social, e testes diagnósticos podem oferecer a classe feminina esclarecimento a cerca da atividade microbiana residente e patológica a compor a microbiota vaginal. A Candida ssp. em grande parte, encontra-se assintomática como microbiota residente do trato genital feminino, podendo causar disfunções quando há desequilíbrio desse ecossistema. Em contrapartida O Papilomavírus Humano (HPV) é o agente etiológico das doenças dermatológicas e sexualmente transmissíveis comuns, pois muitas dessas tornam-se uma porta para a entrada do HPV nas células basais acarretando lesões intraepitelias e carcinomas in situ ou invasivos. Diversas pesquisas ensaiadas demostram técnicas de diagnostico para a detecção dessas patologias causadas por esses microrganismos. A avaliação da candidíase requer a visualização detalhada da secreção vaginal, da vagina como um todo e do colo do útero,

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 coletando e avaliando a amostra da secreção ao microscópio, observando se de fato se trata de uma infecção apenas por um tipo de microrganismo. O diagnóstico da instalação e manifestação do vírus HPV acorre através de um conjunto de dados da história da paciente e exames complementares como forma de corroborarem para a correlação do vírus com outras infecções na região vaginal e do útero. Concluindo por tanto que se deve caminhar para o desenvolvimento de novas técnicas diagnosticas, que sejam mais precisas e que agilizem o processo de tratamento para portadores dessas patologias afim de se melhorar a qualidade de vida da paciente.

Palavras-chaves: Candidíase. Papilomavírus humano. Diagnóstico. ABSTRACT

The female reproductive tract microbiota is mainly a wide range of microorganisms of the genera Lactobacillus, Gardnerella, Atopobium, Prevotella, Candida, Megasphaera and many others. Currently the microbiota study provides important information on human health and pathology, leading to issues of economic and social importance, and diagnostic tests can provide the female class with insight into the resident and pathological microbial activity that makes up the vaginal microbiota. Candida ssp. In large part, it is asymptomatic as a resident microbiota of the female genital tract and can cause dysfunctions when there is an imbalance of this ecosystem. In contrast Human papillomavirus (HPV) is the etiologic agent of common dermatological and sexually transmitted diseases, as many of these become a gateway for entry of HPV into basal cells leading to intraepithelial lesions and in situ or invasive carcinomas. Several tested researches demonstrate diagnostic techniques for the detection of these pathologies caused by these microorganisms. Assessment of candidiasis requires detailed visualization of the vaginal discharge, the vagina as a whole, and the cervix, collecting and evaluating the sample of the discharge under the microscope, observing whether it is indeed an infection with only one type of microorganism. The diagnosis of the HPV virus installation and manifestation occurs through a patient history data set and complementary exams as a way to corroborate the virus correlation with other infections in the vaginal region and the uterus. In conclusion, we should move towards the development of new diagnostic techniques, which are more accurate and speed up the treatment process for patients with these conditions in order to improve the patient's quality of life.

Keywords: Candidiasis. Human papillomavirus. Diagnosis. 1. INTROUÇÃO

Atualmente o estudo das microbiotas que compõe o ecossistema humano forneceu informações importantes em saúde e patologia, levando a questões de importância econômica e social de que testes diagnósticos podem oferecer resultados significativos a classe feminina. Ao longo dos anos, a maioria das pesquisas se concentrou na prevenção da microbiota, hoje, devido ao interesse biotecnológico, procura-se a fim de entender e reduzir os problemas presentes associados as disfunções da microbiota natural da vagina, entender primeiro as causas do sobrecrescimento microbiano, bem como as origens desse descontrole, assegurando assim, qualidade de vida as mulheres (PRAMANICK et al., 2019).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 A microbiota do trato reprodutivo feminino é principalmente uma vasta gama de microrganismos dos gêneros Lactobacillus, Gardnerella, Atopobium, Prevotella, Candida, Megasphaera e muitos outros. Entre estes, Lactobacillus spp. é o membro chave dessa comunidade microbiana, já que é responsável por manter um nicho saudável e pH estável ao meio (HOYER & COTA, 2016).

Nesse sentido, as infecções do trato reprodutivo (ITRs) e as infecções sexualmente transmissíveis (ITSs) são uma das principais razões para as visitas ginecológicas de mulheres. Essas infecções incluem Vaginose bacteriana (BV), candidíase vulvovaginal (CVV), vaginite aeróbica (AV), infecção por clamídia, gonorréia e outras ISTs, incluindo o Papilomavírus Humano que causa diversos transtornos e carcinomas invasivos em mulheres acima de 25 anos (XIAO et al., 2018).

A candidíase vulvovaginal (CVV), especificamente sua forma recorrente, é um desafio terapêutico clínico altamente problemático e comum, pois está associado estritamente com a desregulação da microbiota residente, e como não há um equilíbrio permanente na vagina, sempre haverá outros microrganismos oportunistas causadores de infecções. Na prática clínica, o diagnóstico de CVV baseia-se principalmente em sinais e sintomas clínicos, características da secreção vaginal, análise microscópica da secreção e cultura para confirmação da espécie do microrganismo (GULATI & NOBILE, 2016).

Desse modo, o presente artigo procura traçar métodos diagnósticos para a Candida

albicans e o Papilomavírus Humano, a fim de viabilizar e identificar melhores resultados no

tratamento de pacientes que possuem recidivas recorrentes dessas patologias.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CANDIDA ALBICANS

As células epiteliais vaginais são continuamente expostas a diferentes microrganismos representativos da microbiota vaginal bacteriana e fúngica. Durante o crescimento e invasão de Candida albicans, essas células são estritamente envolvidas no desenvolvimento da resposta inflamatória. Durante o processo inflamatório o estabelecimento e persistência da candidíase vaginal poderá ocorrer, no entanto, se as células epiteliais vaginais diferenciam a espécie entre cepas comensais e patogênicas, tolerando C. albicans poderá ocorrer o sobrecrescimento deste microrganismo deliberadamente provocando infecção vaginal, e quebrando essa tolerância promoverá um processo de inflamação vaginal, e tanto a tolerância

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 quanto a aceitação da C. albicans em quantidades superiores a microbiota residente, desencadeam desequilíbrios não favoráveis a mulher (HOYER & COTA, 2016).

A candidíase vaginal ou vulvovagial (CVV) continua sendo extremamente comum e recorrente. Quase três quartos das mulheres em idade fértil apresentarão pelo menos um episódio de CVV no decorrer da vida. Nesse contexto, a grande maioria das cepas isoladas de Cândida na vagina corresponde a espécies da Candida albicans, estimando-se que a proporção de infecções por cepas que não são albicans venha aumentando progressivamente nos últimos anos, podendo está correlacionado com diversos fatores ambientais e hormonais. A Cândida por cultura ou reação em cadeia da polimerase valida os achados clínicos, mas não é rotineiramente obtida ou justificada. Aproximadamente 10 a 20% das mulheres saudáveis assintomáticas abrigam Cândida sp. e outras leveduras na vagina (PRAMANICK et al., 2019). Os fatores que influenciam a patogênese da Candida aguda, refletem um desequilíbrio de microbiota ou disbiose na vagina, bem como uma resposta imune da mucosa do hospedeiro anormal ao organismo Cândida que pode então provocar candidíase vulvovaginal. As razões e os fatores envolvidos no desenvolvimento da disbiose são pouco conhecidos, uma das explicações advém de que leveduras normalmente colonizam a região vaginal oferecem respostas assintomáticas, porém em desequilibro pode causar sintomas e inflamação (GULATI & NOBILE, 2016).

Muitas mulheres utilizam o autodiagnostico com taxas de precisão abaixo do esperado para a infecção por C. albicans tornando esses agentes antifúngicos frequentemente ineficazes ocasionando em uma resistência do microrganismo a terapia utilizada. Outras possíveis causas de recaída incluem fatores como o estado imunológico do hospedeiro e a sensibilidade ao antígeno fúngico, além de erros no autodiagnostico e automedicação (XIAO et al., 2018).

2.2 PAPILOMAVÍRUS HUMANO

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) geralmente se dá devido ao contato sexual, e tem recebido atenção especial da mídia, por tratar-se de uma doença que se não diagnosticada a tempo poderá ser oncogênica. O HPV é um agente etiológico causador de doenças dermatológicas e sexualmente transmissíveis comumente encontradas na espécie humana, tendo como porta de entrada as células basais, principalmente do epitélio vaginal. A infecção pelo HPV se inicia através do contato sexual, embora geralmente seja detectada e combatida pelo próprio sistema imunológico. Em todo o mundo, o risco de ser infectado pelo menos uma vez na vida entre homens e mulheres chega a ser média 50% (GRAHAM, 2017).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 Existem os tipos de baixo risco, denominados de HPV não oncogênico, que estão associados a verrugas anogenitais, algum tipo de verruga cutânea e papilomatose respiratória recorrente, enquanto tipos oncogênicos de alto risco estão associados a lesões cervicais, penianas, anal, câncer vaginal, vulvar e orofaríngeo (MARRA; LIN; CLIFFORD, 2018).

Os tipos mais comuns em todo o mundo são HPV 16 e 18, que são os principais tipos ligada à carcinogênese. Atualmente tanto o HPV 16 quanto o HPV 18 são evitáveis por vacinações disponíveis tanto em postos particulares quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (OLESEN, 2019).

Quase todos os estudos no HPV são derivados da análise do gênero Alpha-papillomavirus e, consequentemente, a maioria das informações relatadas só pode ser atribuída a HPVs da mucosa pertencentes ao gênero alpha. HPV é um vírus com DNA circular de fita dupla da família dos papilomavírus. Todos os HPVs têm capsídeos icosaédricos. Eles incluem genes que expressam proteínas não estruturais necessárias para replicação de DNA, transcrição ou montagem viral e liberação (BRUSSELAERS et al., 2018).

As expressões de proteínas E6 e E7 estão associadas à integração do DNA do vírus no genoma do hospedeiro, a transformação maligna e finalmente, progressão para o câncer. As três oncoproteínas virais principais (E5, E6 e E7) contribuem para iniciação e progressão do câncer, alterando a regulação do ciclo celular e a manutenção dos telômeros, induzindo danos ao DNA instabilidade genômica e bloqueio do supressor de tumor vias e apoptose. O HPV mostra tropismo em direção a camada basal epitelial, que abriga o tronco epitelial de células adultas que são responsáveis pela reposição do epitélio com filhas, logo essas células-filhas infectadas vão para superfície gerando futuramente um carcinoma in situ (MARRA; LIN; CLIFFORD, 2018).

Acredita-se que o HPV infecte queratinócitos e permaneça inativa, suprimida pelo sistema imunológico, sua transmissão em qualquer direção é tipicamente assintomático e possui um período de incubação de aproximadamente de dez anos. Depois que o sistema imunológico resolve a infecção, o vírus pode permanecer inativo dentro da célula escamosa que não será displásica. Os exames de Papanicolau podem mostrar resultados dentro da faixa de normalidade ou apresentarem lesão intraepitelial de baixo ou alto grau oncogênico. O vírus em sua fase inativa não apresentará atividade intra-núcleo celular, até que um paciente seja imunossuprimido, nesse momento, poderá causar diferenciação as células epiteliais basais do hospedeiro infectado (OLESEN, 2019).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 A infecção pelo HPV tem um papel crítico nas doenças dermatológicas comuns e doenças sexualmente transmissíveis, bem como em alguns cânceres mais frequentes em todo o mundo. O papel das vacinas na prevenção das consequências da esta infecção comum é fundamental, por isso há estratégias de vacinação, difundindo assim entre profissionais e pessoas comuns a importância de vacinar crianças e adolescentes (BRUSSELAERS et al., 2018).

2.3 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE CANDIDÍASE

Uma das principais queixas que acarretam a procura de postos de saúdes são os corrimentos vaginais recorrentes, por sua grande maioria sendo causadas por vaginites, porém o primeiro diagnóstico da candidíase vulvovaginal se dá por um exame pélvico, entre os sintomas clínicos para o diagnostico estão incluídos os pruridos na região da vulva, secreções brancas e espessas, acarretando edemas e eritemas nos tecidos da área vulvar e vaginal, tornando o diagnóstico mais preciso. Portanto, além do olhar clínico, deve-se realizar exames laboratoriais com especificidade na sintomatologia, pois pode-se detectar o gênero das espécimes de cândida e se está correlacionado com outros microrganismos presentes (OLESEN, 2019).

A avaliação da candidíase requer a visualização detalhada da secreção vaginal, da vagina como um todo e do colo do útero, coletando e avaliando a amostra da secreção ao microscópio e observar se de fato se trata de uma infecção apenas por um tipo de microrganismo. A visualização do colo do útero através do Papanicolau é importante para retirar conclusões de outras doenças como o carcinoma devido ao corrimento vaginal anormal. As características da secreção vaginal são observadas durante o exame, avaliando critérios como, cor, viscosidade da secreção, adesão das paredes vaginais e presença de odor ou não (PRAMANICK et al., 2019).

Nesse sentindo, além de exames clínicos, que seja elaborado um reconhecimento histórico da vida da paciente, para determinar meios de prevenir e combater as infecções vulvovaginais. O profissional de saúde precisa ter conhecimento sobre o ciclo menstrual da paciente, seu histórico de relações sexuais, os cuidados com a higiene pessoal, condições sócio econômicas, hereditariedade e fatores correspondentes ao estado patológico da paciente, assim terá uma boa avaliação do estado clínico e melhoria da qualidade de vida dessa mulher (HOYER & COTA, 2016).

A identificação também pode ser demostrada através de análises físico-químicas em relação ao corrimento vaginal, tratando-se de um método de baixo custo na utilização de um

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 papel de pH Whatman, se a vagina produz um pH menor que quatro e meio pode diferenciar a candidíase de outras doenças como a Vaginose Bacteriana ou tricomoníase que elevam o pH (PRAMANICK et al., 2019).

2.4 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA IDENTIFICAÇÃO DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO

O diagnóstico da instalação e manifestação do vírus HPV acorre através de um conjunto de dados da história do paciente, exames complementares como forma de apoio para a correlação do vírus com outras infecções na região vaginal e do útero, e atualmente abrangendo a biologia molecular, que em muito contribui para identificação mais precisa da tipagem viral do HPV (OLESEN, 2019).

O exame físico Papanicolau é um dos métodos mais difundidos no mundo, por se tratar de uma técnica de baixo custo e fácil de se realizar em diversos locais. Também uma de suas vantagens é que esse método não é invasivo e agressivo não ocorrendo agressões ao tecido vaginal. De fato, o teste do Papanicolau não caracteriza e identifica o HPV, mas através da técnica é possível observar através de microscópio as alterações celulares acometidas pelo vírus denominando essa feito de “screening” podendo obter informações sobre as possíveis complicações que acarretam as lesões intraepitelias ou até mesmo um câncer invasor (MARRA; LIN; CLIFFORD, 2018).

Outro modelo de diagnóstico é a inspeção com ácido acético a 5%, se tornando muito eficaz em lesões agravantes para certeza de câncer cervical, a técnica consiste em utilizar o ácido acético a 5% na região do colo uterino, passando alguns minutos se a área apresentar pontos esbranquiçados, pode conter lesões intraepitelias causadas por HPV, de fato auxilia na triagem de processos que poderiam passar para a colposcopia ou biópsia, por se tratar de um procedimento também de baixo custo (BRUSSELAERS et al., 2018).

A colposcopia e peniscopia são exames realizados no aparelho colposcópio, que aumenta o campo de visão do médico, afim de se identificar as lesões na vulva, vagina, colo do útero e pênis. Na colposcopia feminina, a indicação para a realização do exame está ligada à suspeita de lesão cervical no momento em que houve um diagnóstico no exame citopatológico contendo alteração citológica positiva para o caso de neoplasia intraepitelial (HARDER et al., 2018).

A Biópsia é apenas utilizada quando o exame Papanicolau apresentou estado de Lesão intraepitelial grave e que necessita de uma comprovação mais especifica, por isso é retirada de um pequeno pedaço do local onde apresentou a lesão, sendo o mesmo encaminhado para

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 análise. Logo após esse procedimento, a amostra é levada para processos que determinam o quão estão avançandas as alterações, resultando o diagnóstico final (MARRA; LIN; CLIFFORD, 2018).

Atualmente novos métodos estão sendo utilizados afim de reconhecer o genoma viral do HPV como o teste de hibridização molecular que estuda de forma detalhada o genoma viral do HPV. O mesmo tem o propósito de caracterizar o tipo de HPV e sua amostragem, tornando-se um diagnóstico altamente tornando-sensível e específico, em que normalmente o teste é realizado in

situ através da retirada de um tecido, como na biopsia, porém passando por estudos genéticos

específicos para HPV (BRUSSELAERS et al., 2018).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O assunto deste trabalho chama atenção para a necessidade de reconhecimento e aprimoramento das técnicas diagnósticas para detecção de cândida e HPV, pois a primeira trata-se de uma infecção vaginal encontrada em ampla escala entre as mulheres, ao passo que a segunda é precursora do câncer de colo do útero, e comumente nos achados citológicos tais microrganismos são encontrados juntos.

De fato, as disfunções e desequilíbrios na microbiota natural da região vaginal influenciam na associação de várias patologias, que é o caso da candidíase vulvovaginal e lesões no colo uterino provocadas por HPV, logo essa disbiose faz com que haja a entrada, aquisição e progressão do papilomavírus humano, causando lesões severas, e associado a candidíase recorrente pode se tornar um percursor de cânceres mais invasivos e mais agressivos prejudicando a homeostasia corporal.

Por tanto fatores internos e externos devem ser discutidos para solucionar tais problemas como, higiene pessoal, utilização de preservativos, educação sexual, parcerias com governos promovendo campanhas e vacinação, realização de exames laboratoriais, e correlatos fazem com que tenha um decréscimo dessas patologias levando uma melhoria de vida, qualidade e bem-estar a vida da mulher.

REFERÊNCIAS

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vulvovaginal candidiasis: Are they different from normal microbiota? Microbial

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18083-18091, sep. 2019 ISSN 2525-8761 HOYER, Lois L.; COTA, Ernesto. Candida albicans agglutinin-like sequence (Als) family

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