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Concepções sobre a formação ética profissional do pedagogo: o que “dizem” os(as) alunos(as) egressos no brasil

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XII Congresso da

Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação

Ciências da Educação:

Espaços de investigação, reflexão e

ação interdisciplinar

Resumo das Comunicações 11 de setembro de 2014

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Vila Real, 11 a 13 de setembro de 2014

(2)

Índice

1. ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL, GESTÃO E LIDERANÇAS ... 8

1.1. A procura de explicações no secundário pelos estudantes da

Universidade da Madeira ... 9 1.2. Possibilidades e limites da autonomia das escolas. Estudo de caso: o

território educativo de Gondomar... 11 1.3. Escola, género e gestão escolar em Portugal e no Brasil – apresentação e

justificação de um projeto de investigação... 12 1.4. A autonomia das escolas a partir das políticas de reforma da

administração pública. Contributos para o estudo do PRACE face à

administração do sistema educativa ... 14 1.5. Avaliações externas de aprendizagem no Rio de Janeiro: reflexos no

quotidiano escolar ... 16 1.6. Tempo de Ensino, Tempo de Empenhamento e Resultados Académicos ... 18

2. CIDADANIA, DIREITOS HUMANOS E INTERCULTURALIDADE ... 20

2.1. Formar professores na e para a interculturalidade: o caso do ciclo de

conferências do Gesto à Voz: educação de surdos e inclusão ... 21 2.2. Cidadania e poder do corpo: a erosão dos direitos ... 23 2.3. Pedagogy of the «socio» in meeting multicultural and non-formal

learning in community context «low density» ... 25 2.4. Os Imigrantes na Sala De Aula: pistas para Educação Intercultural ... 26 2.5. Educar para a cidadania num mundoplural: os direitos humanos e

comunicação intercultural ... 28 2.6. Educação, Cultura e Cidadania na Construção de Pilares do Projeto

Europeu com Jovens ... 30

3. CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, INTERFACES E DIÁLOGOS COM OUTRAS CIÊNCIAS ... 33

3.1. Projetos de educação para a saúde em meio escolar, da construção à

avaliação ... 34 3.2. A explicação de fenómenos físicos em contexto laboratorial por

(3)

3.6. A Dignidade como Valor: Acerca da Contribuição da Filosofia Kantiana para a Educação... 44

4. COMUNICAÇÃO EDUCATIVA, REDES E PARCERIAS EM

EDUCAÇÃO ... 46

4.1. O processo cognitivo/subjetivo emergente do acopelamento dos jovens com as tecnologias digitais ... 47 4.2. Mobile Learning para alunos com necessidades educativas especiais

(NEE) ... 49 4.3. O papel das TIC no contexto do ensino básico ... 51 4.4. Desenvolvimento de competências-chave em literacia digital ... 53 4.5. As TIC e as Práticas Docentes: a utilização do software educativo

“escola-virtual” na prática de ensino supervisionada ... 55 4.6. O aluno, o ensino e a tecnologia: que relação? ... 57

5. CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO E PRÁTICAS

DOCENTES ... 59

5.1. A criança e o brincar: entre o mundo pensado e o mundo vivido ... 60 5.2. De Par em Par- multidisciplinar e interinstitucional ... 62 5.3. As transições curriculares-entre as tendências do trabalho das escolas e

as dificuldades experienciadas dos alunos ... 63 5.4. A criatividade matemática na resolução de tarefas de investigação e

exploração: uma experiência de ensino no 7.º ano de escolaridade ... 65 5.5. Estímulo à autoria escolar: possível fator de permanência na educação

profissional de jovens e adultos ... 67 5.6. Ambiente de sala de aula e relação pedagógica entre professores e

estudantes no ensino superior ... 69

6. CURRÍCULO E METODOLOGIAS DE ENSINO E PRÁTICAS

DOCENTES ... 71

6.1. Pesquisas de Campo, PBL e Design Thinking: Percepção de dois professores tutores sobre o que revelam as pesquisas realizadas pelos alunos do Curso Ética, Valores e Cidadania – Pólo EACH-USP – São Paulo – Brasil ... 72 6.2. Quem ensina, não reprova? Reflexões sobre práticas docentes no

(4)

6.3. A Educação Tecnológica Brasileira: Preparando a Mão de Obra Jovem e Adulta para o Mercado de Trabalho ... 76 6.4. Uma caracterização dos jogos com maior potencial para estimular a

aprendizagem matemática ... 78 6.5. O ensino aprendizagem da Geometria nos anos iniciais da Educação

Básica: um estudo no PIBID/UNIMONTES ... 80 6.6. A horta escolar como instrumento de interdisciplinaridade na educação ... 82

7. EDUCAÇÃO, DESIGUALDADES E DIFERENÇAS ... 83

7.1. As escolas TEIP e o sucesso escolar: entre o percurso educativo do/

aluno/a e os resultados académicos ... 84 7.2. Diversas Cidadanias dentro da Diversidade: a Juventude Gay entre

Escolas e Culturas ... 86 7.3. Uma Análise Sobre a Participação Feminina Brasileira na Criação de

Produtos e Processos Industriais ... 88 7.4. Estudantes com mobilidade reduzida no Ensino Superior: testemunhos

na primeira pessoa! ... 90 7.5. Renovação do Parque escolar e a inclusão de alunos com Necessidades

Educativas Especiais ... 92

8. EDUCAÇÃO, DESIGUALDADES E DIFERENÇAS ... 94

8.1. Inclusão de alunos com NEE no Ensino Superior: Um Estudo de Caso na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) ... 95 8.2. Acesso, Interculturalidade e Inclusão no Ensino Superior ... 97 8.3. Aprendizagens Significativas: Brincadeiras Sensoriais como Agentes

Facilitadores do Processo de Ensino aprendizagem de Crianças com

transtorno do Espectro Autista ... 99 8.4. A importância da interdisciplinaridade junto das populações especiais

na escola. O caso do bócia no desporto escolar ... 108 8.5. O desenvolvimento de uma política de apoio a crianças com

necessidades educativas especiais em São Tomé e Príncipe ... 111

9. EDUCAÇÃO, OMG’S E MOVIMENTOS SOCIAIS ... 112

9.1. Projeto Ponte: Da Reflexão Coletiva à efetivação da Prática de projetos na Educação Profissional ... 113 9.2. Voluntário ou Compulsório? Do ato associativo na implementação de

políticas públicas: reflexões teórico-empíricas à luz de componentes da reforma agrária no Brasil ... 116

(5)

10. ESCOLA PÚBLICA E PERCURSOS DE ESCOLARIZAÇÃO ... 123

10.1. Quando Participar está ao alcance de ‘Se Entrar’: A Participação das

crianças no Jardim de Infância ... 124 10.2. O Desafio do Plano de Ações Articuladas (PAR) na Gestão

Educacional Brasileira ... 126 10.3. (Re)configurações da educação de adultos em contexto de

implementação de políticas sociais de combate à pobreza: contributos a partir de um estudo de caso ... 128 10.4. O estatuto do aluno em ação: dimensões normativas, indisciplina e

procedimentos organizacionais ... 130 10.5. Os sentidos de ir à escola e de estudar para jovens rurais do sertão

Sergipano ... 131 10.6. A melhoria organizacional mediante a satisfação da comunidade

educativa ... 132

11. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ÉTICA PROFISSIONAL ... 134

11.1. O Contributo do Trabalho Colaborativo na Iniciação à Prática

Profissional: O exemplo da planificação de uma tarefa ... 135 11.2. A Prática de Leitura na Formação de Professores: a produção de

experiências discursivas no Curso de Letras/PARFOR – UFPA ... 137 11.3. Formação inicial de professores: um estudo comparativo de duas

instituições de ensino superior europeias ... 139 11.4. Como Formar Hoje Professores para a Escola de Amanhã? – Reflexões

sobre a Formação Inicial e a Avaliação da Profissão Docente ... 141 11.5. O Cordel como Possibilidade investigativa na Formação Docente:

Experiências Leitoras de estudantes universitários brasileiros ... 143 11.6. O Modelo de Madeline Hunter: um contributo para a análise da

controvérsia ... 145

12. ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL, GESTÃO E LIDERANÇAS ... 147

12.1. A atividade inspetiva: controlo ou acompanhamento? ... 148 12.2. Equipas educativas: autonomia da escola e colaboração docente ... 150 12.3. As bibliotecas escolares no contexto da avaliação das escolas ... 152 12.4. Administração educacional inclusiva: uma questão de liderança nas

escolas públicas Brasil-Portugal ... 154 12.5. Liderar com a alma: histórias soltas num percurso de vida ... 156

(6)

12.6. Formação para participação no grêmio estudantil e contradições no

campo da educação escolar: revelações de um percurso ... 158

13. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ÉTICA PROFISSIONAL ... 160

13.1. Formação Contínua de Professores e Ética Profissional ... 161 13.2.Concepções sobre a formação ética Profissional do pedagogo: o que

“dizem” os (as) alunos(as) egressos no Brasil ... 163 13.3. Ética e integridade académica em Portugal e Espanha ... 165 13.4. Relatos de experiência: a dicotomia entre a teoria e a prática num curso

superior de tecnologia em Petróleo e Gás ... 167 13.5. Valores, identidade e formação docente no ensino profissionalizante no

Brasil ... 170 13.6. Formação contínua de professores em Educação Especial: conceções e

práticas sobre o Atendimento Educacional Especializado ... 171

14. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR... 173

14.1. ENADE: um exame de desempenho no centro das atenções de um

sistema de avaliação da educação superior do Brasil ... 174 14.2. Uma Discussão sobre Interesse coletivo e Social da Propriedade

Industrial na Universidade Pública ... 175 14.3. Formação profissional para a docência. Um caso em estudo ... 177 14.4. Universidades estaduais da Bahia e a Promoção da Leitura ... 179 14.5. Para uma Análise Política dos Processos de Reestruturação do Ensino

Superior Português no âmbito do “Processo de Bolonha”: referenciais, fóruns e mediadores ... 181

15. CURRÍCULO, METODOLOGIAS DE ENSINO E PRÁTICAS DOCENTES ... 183

15.1. Metodologias de ensino e práticas docentes. Formação de Educadores e Professores do 1º CEB. Uma experiência no Parque Natural da Serra de São Mamede ... 184 15.2. A Geografia no Jardim de Infância: Conhecer o Mundo a partir das

Narrativas e Paisagem... 186 15.3. Currículo e Metodologias de Ensino e Práticas Docentes ... 188 15.4. Metodologias de ensino para a educação de jovens e adultos e as

práticas interdisciplinares... 190 15.5. Currículo para a Educação Infantil à luz do pensamento de Paulo Freire... 191 15.6. Práticas de ensino partilhado – o papel do especialista e do educador no

(7)

16.2. Música: ciências da Educação em Expressão ... 198 16.3. Formação em psicologia no contexto das directrizes curriculares

nacionais: uma discussão dos cenários da prática em saúde ... 200 16.4. Implicações socioeducativas do fenómeno da medicalização-reflexões

em torno de um estudo de caso ... 201 16.5. Políticas públicas de educação ambiental: um olhar sobre as

conferências nacionais infantojuvenil pelo meio ambiente ... 203 16.6. Sofrimento e fé em doenças crónicas, contributos para a inovação na

formação dos enfermeiros ... 205

17. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR... 207

17.1. A Evolução das qualificações no Ensino Superior ... 208 17.2. A Avaliação da Extensão Universitária nas Universidades Federais da

Bahia... 209 17.3. Formação Continuada e Reflexividade Docente: O PIBID no Contexto

Educacional Brasileiro ... 211 17.4. O Abandono no ensino Superior – Um Estudo de Caso ... 213 17.5. Rupturas e Protagonismos nas Práticas Docentes na Educação Superior ... 215

(8)

1.

A

DMINISTRAÇÃO

E

DUCACIONAL

,

(9)

1.1. A procura de explicações no secundário pelos estudantes da

Universidade da Madeira

António Bento

Universidade da Madeira

Maria Ribeiro

Instituto Politécnico de Bragança

Resumo

Este estudo quantifica a procura de explicações, no secundário, pelos alunos que frequentam, atualmente, o ensino superior na RAM. Na recolha de dados que decorreu de outubro a dezembro do ano de 2013, foi utilizado como instrumento um questionário colocado online para todos os estudantes, do 1º ciclo, da Universidade da Madeira.

Este estudo é do tipo cross-section e teve como objetivos analisar a natureza, extensão e evolução da procura das explicações nos últimos 3 anos, pelos estudantes da Universidade da Madeira, durante o ensino secundário. Foram inquiridos 213 estudantes com uma média de idades de 22,2 (DP±6,1). Do total de respondentes, 67,5% eram do género feminino e 32,5% eram do género masculino. Ao longo de todo o percurso escolar, a maioria nunca reprovou (63,2%) e 38,6% reprovaram pelo menos uma vez. Do total de estudantes, 45,6% estão atualmente no 1º ano, 23,7% no 2º ano e 30,7% no 3º ano.

Durante o ensino secundário um número significativo de estudantes frequentou explicações (44,7%). A procura de explicações por estes alunos foi de 43,1%, 70,6% e 82,4%, no 10º, 11º e 12º ano, respetivamente. As disciplinas mais procuradas foram a Matemática (78,4%), Físico-química (19,6%) e Português (9,8%). A maioria dos estudantes optou por frequentar explicações num Centro (51%) funcionando em pequenos grupos de dois a seis estudantes (64,7%). Os gastos mensais pelo usufruto deste tipo de

(10)

serviços foram inferiores a 70 euros (80,4%). Dos estudantes que frequentaram explicações no secundário, 29,4% pondera a hipótese de frequentar explicações, também, durante o ensino superior, principalmente, os alunos que frequentam atualmente o 1º ano (39,1%). Por outro lado, 11,8% dos estudantes não conseguem sequer imaginar o seu percurso universitário sem recorrer a este tipo de serviços. Comparativamente ao ano de 2010 registou-se um crescimento da procura de explicações de 18,4%, 43,5% e 66,1% no 10º, 11º e 12º ano, respetivamente. Apesar do agravamento da situação económica e financeira de muitas famílias portuguesas a evolução positiva da procura de explicações foi muito expressiva, sobretudo, no último ano do secundário, facto que, talvez se deva às implicações do fenómeno quer para a aprendizagem e para a vida futura de quem as frequenta, quer para o acesso ao curso preferido.

Palavras-chave:

Explicações; Ensino Secundário; Região Autónoma da Madeira

(11)

caso: o território educativo de Gondomar

Filomena Correia

ULHT, Porto

Resumo

O nosso objeto de estudo, suportado no título da nossa tese: “Possibilidades e limites da autonomia das escolas. Um estudo de caso: o Território Educativo de Gondomar” insere-se no domínio dos estudos em educação, nomeadamente da compreensão das políticas educativas, pelo que se impõe o conhecimento do contexto social, político e teórico em que os fenómenos ocorrem e os paradigmas que os enformam, presentes na nossa construção teórica. Uma opção pelo objeto de estudo fundada na necessidade de entender a escola, para lá de uma mera dimensão institucional. Considerando o nosso problema, ou seja, sabendo que as escolas integram a administração educativa e se relacionam com o território educativo do Concelho pretendemos, no quadro da presente investigação, determinar como se relacionam entre si. Na atualidade a relação Estado - Administração Local – Município - Escola são investidos de novos significados. De igual modo, o apelo à realização do nosso estudo empírico a partir de um Estudo de Caso – O Território Educativo do Concelho de Gondomar parte do argumento de que os microfenómenos, embora micro numa perspetiva territorial, não o são numa perspetiva analítica. Por conseguinte, definimos uma perspetiva de análise que parte do contexto local, enquanto princípio nuclear de investigação e uma opção fundada na convicção de que a territorialização das políticas educativas constitui um princípio fundante de uma autonomia construída.

(12)

Palavras-chave:

Estado; Democracia; Autonomia; Território Educativo; Comunidade Educativa.

1.3. Escola, género e gestão escolar em Portugal e no Brasil –

apresentação e justificação de um projeto de investigação

Maria Custódia Rocha

Universidade do Minho

Tânia Suely Antonelli M. Brabo

Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP / Campus de Marília, São Paulo

Resumo

Eixo Temático: Administração Educacional, Gestão e Lideranças

Os estudos de carácter académico que se inscrevem no âmbito da problemática das relações sociais de género, quando analisadas em contextos de gestão escolar de topo, têm proliferado no mundo ocidental. Também nós nos temos dedicado à investigação desta problemática ao longo do nosso percurso académico, quer em Portugal, quer no Brasil. No âmbito do projeto Género e Gestão Escolar no Brasil e em Portugal: Políticas, Discursos e Práticas (2013 – Programa Pós-Doc do Exterior – PDEXT da Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP – São Paulo – Brasil), temos dado continuidade e consistência a uma investigação de teor qualitativo, com base no método dos estudos de caso múltiplos (Portugal – Escolas Secundárias Públicas do Distrito de Braga e Brasil – Escolas Públicas de Ensino Médio do Município de Marília – São Paulo).

As principais conclusões que ressaem de um estudo de caso de tipo exploratório – 2001-2005 (Rocha, 2007a), por nós efetuado em Portugal,

(13)

encontram em fase de tratamento e análise, neste texto cabe a apresentação de um leque alargado de pressupostos teóricos e as orientações teóricas e metodológicas que enformam o trabalho que estamos a desenvolver. O intuito é poder discutir, aquando da apresentação do texto, sob forma de comunicação, a congruência ou não congruência entre os referenciais académicos existentes (incluindo os nossos) e as orientações teóricas e metodológicas que elegemos para o desenvolvimento e concretização do projeto: Género e Gestão Escolar no Brasil e em Portugal: Políticas, Discursos e Práticas.

Palavras-chave:

(14)

1.4. A autonomia das escolas a partir das políticas de reforma da

administração pública. Contributos para o estudo do PRACE face

à administração do sistema educativa

José Hipólito Lopes

Escola Superior de Educação de Lisbo

Resumo

As mudanças na administração do sistema educativo e do governo das escolas tendem a ser apresentadas e equacionadas predominantemente ao nível setorial relativo à administração educativa, dificultando deste modo a construção de uma perspetiva transversal e integrada destes processos de mudança, no conjunto da administração pública. Nesta artigo, desenvolvido no âmbito da sociologia política da ação pública, pretendeu-se enquadrar as iniciativas de mudança da administração do sistema educativo e do governo das escolas, conhecidas como «políticas de reforço da autonomia das escolas” (Barroso, 2006, 2011; Lima, 2011), no contexto de uma mudança mais alargada, ou seja, da reforma da administração central do estado. Esta abertura analítica permite, pois, abordar as questões relativas ao espaço que é dado à dimensão pública nas novas configurações, de estrutura e funcionamento, das administrações do Estado, bem como inquirir se a orientação destas mudanças se situa num referencial pós-burocrático, tendo como exemplo o new public management, ou num referencial neo-weberiano (Pollit e Bouckaert,2004) ou mesmo hiperburocrático (Lima, 2012). Este artigo trata, assim, do programa de reforma da administração central do Estado (PRACE), iniciado em 2005, no mandato do XVII governo constitucional, em articulação com o referencial do reforço da autonomia das escolas presente nas iniciativas de mudança da administração do sistema educativo e do governo das escolas. Apresenta-se o contexto da reforma da administração central do Estado, enquanto política constitutiva, marcado pela exigência dos compromissos ao nível da

(15)

funcionários do ministério, é caracterizado pela diferenciação interna, que é apresentada como orientada para «a criação de uma Administração Central do Estado ao serviço das Escolas». Contudo a concretização destas propostas do PRACE para o Ministério da Educação em relação à sua configuração organizacional encontrou resistências, que revelaram uma dinâmica de path dependency.

Palavras-chave:

(16)

1.5. Avaliações externas de aprendizagem no Rio de Janeiro: reflexos

no quotidiano escolar

Rodrigo Rosistolato

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ana Pires do Prado

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O objetivo desse trabalho é apresentar os resultados de uma pesquisa sobre os reflexos das avaliações externas de aprendizagem no cotidiano das escolas municipais da cidade do Rio de Janeiro/Brasil. A investigação faz parte do Observatório Educação e Cidade. Trata-se de um projeto desenvolvido através de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

A avaliação da educação básica no Brasil é feita pelo Governo Federal e há também estados e municípios que criaram sistemas próprios de avaliação. O município do Rio de Janeiro está entre os que desenvolveram sistemas próprios e, simultaneamente, participa das avaliações nacionais. Há, portanto, um conjunto de dados que permitem que gestores e professores tracem panoramas das escolas em que trabalham e as comparem com as outras escolas. Ao mesmo tempo, não houve um programa nacional de formação para o uso de indicadores educacionais, além de ser possível dizer, como já indicamos em outros trabalhos, que há muito desconhecimento sobre os aspectos técnicos das avaliações e sobre as potencialidades dos índices produzidos. Sendo assim, cabe indagar sobre as percepções e os usos efetivos dos indicadores educacionais no cotidiano escolar.

(17)

educacionais e dos professores. Também permitem apontar releituras e reinterpretações das políticas públicas relacionadas à avaliação do desempenho das escolas. Esse processo faz com que os índices produzidos pelas avaliações nacionais sejam, simultaneamente, valorizados e renegados. Não encontramos nos grupos focais negações ou aprovações radicais. Ao contrário, percebemos um conjunto de percepções e estratégias diversas que são produzidas nas escolas para dar conta das demandas trazidas pelas avaliações nacionais. Nesse sentido, é possível dizer que as avaliações externas de aprendizagem têm sido progressivamente incorporadas nas escolas, mas ainda como eventos absolutamente extraordinários ao cotidiano escolar.

Palavras-chave:

Avaliações externas de aprendizagem; Uso de dados educacionais; Política educacional

(18)

1.6. Tempo de Ensino, Tempo de Empenhamento e Resultados

Académicos

Susana Cunha Cerqueira

Agrupamento de Escolas de Sta. Maria Maior

Resumo

O tempo em sala de aula constitui um constructo multidimensional e de difícil operacionalização, podendo ter impacto sobre as dinâmicas na sala de aula, com reflexo sobre as aprendizagens e sucesso académico dos alunos.

A relação dos diversos aspetos do tempo em sala de aula com os resultados académicos dos alunos não é completamente clara, havendo autores que a consideram relevante e outros uma variável com menor influência. O mesmo já não se poderá dizer seguramente dos aspetos relativos à qualidade do tempo aquando da sua adequada utilização na sala de aula. Neste estudo, pretendeu-se compreender a relação entre tempo de ensino, tempo de empenhamento e os resultados académicos dos alunos (decorrentes da avaliação interna (3º período) e da avaliação externa (Prova de Aferição)) nas disciplinas de Português e de Matemática, em alunos do 6º ano de escolaridade.

Os resultados encontrados, com recurso ao SPSS 14.0 para tratamento estatístico dos dados, permitem constatar: (1) a existência de uma associação significativa entre o tempo de empenhamento observado à disciplina de Matemática e os resultados da avaliação externa e interna; (2) a Português, o tempo de empenhamento observado não apresenta uma relação significativa com os resultados académicos; (3) o tempo de empenhamento estimado a Matemática não prediz os resultados

(19)

constitui um melhor preditor dos resultados académicos dos alunos do que o tempo de ensino e que os tempos estimados parecem apresentar uma relação mais evidente com os resultados académicos do que os tempos observados.

As diversas facetas do tempo poderão pois ter impactos significativamente diferentes nos resultados académicos, o que não poderá deixar de ter implicações em termos teóricos e em termos práticos.

Palavras-chave:

(20)

2.

C

IDADANIA

,

D

IREITOS

H

UMANOS E

(21)

2.1. Formar professores na e para a interculturalidade: o caso do ciclo

de conferências do Gesto à Voz: educação de surdos e inclusão

Joaquim Melro

Universidade de Lisboa & Centro de Formação de Escolas António Sérgio

Resumo

O desenvolvimento de processos interculturais de formação de professores assume actualmente relevância educativa e social. Deve propiciar-se formação adequada para trabalharem de forma inclusiva, mobilizando e desenvolvendo competências enquanto mediadores interculturais, respondendo à diversidade de características, interesses e necessidades de estudantes de um sistema de ensino que subscreve a escolaridade obrigatória até aos 18 anos. Os princípios da educação inclusiva e intercultural são essenciais na formação de professores de estudantes surdos, significando valorizar a diversidade linguístico-cultural destes estudantes. Mas passar dos ideais às práticas é complexo. Muitos professores não tiveram acesso a uma formação que possibilite reconhecerem os estudantes surdos como participantes legítimos. Urge garantir uma formação adequada, possibilitando-lhes desenvolver um currículo intercultural e inclusivo, adequado às características dos estudantes surdos. Assumindo uma abordagem interpretativa e um design de estudo de caso, discutimos um caso: o ciclo de conferências Do Gesto à Voz: Educação de Surdos e Inclusão, cujo objetivo principal foi promover a formação de professores e de outros agentes educativos no domínio da educação intercultural e inclusiva de surdos. Participaram agentes educativos surdos e ouvintes, partilhando conhecimentos, crenças e dúvidas durante três meses, em seis conferências. Os participantes eram investigadores, professores, estudantes, seus familiares e intérpretes de LGP, entre outros. Usaram-se como instrumentos de recolha de dados questionários, tarefas de inspiração projetiva, observação participante, recolha documental e conversas informais. Recorremos a uma análise de

(22)

conteúdo narrativa, fazendo emergir categorias indutivas. Os resultados iluminam a importância de uma formação de professores intercultural e inclusiva, que valorize, de forma sustentada, a diversidade linguístico-cultural dos surdos, adequando as práticas pedagógicas às suas características. Evidencia-se a necessidade de derrubar barreiras à afirmação de uma educação inclusiva e intercultural, facilitando as transições entre culturas.

Palavras-chave:

Formação de professores; Educação intercultural; Diversidade; Currículo; Surdos.

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2.2. Cidadania e poder do corpo: a erosão dos direitos

Maria Neves Gonçalves

Universidade Lusófonsa

José Brás

Universidade Lusófonsa

Resumo

Nesta comunicação, exploramos a necessidade que se verificou em Portugal, desde finais do Antigo Regime até finais do seculo XIX, de disciplinar o corpo na sociedade e de fazer desta problemática matéria de ensino/aprendizagem. Este trabalho teve como propósito interpretar o significado social do discurso disciplinar e estabelecer a sua relação com a cidadania e poder do corpo. Seguimos, como método de pesquisa, a perspectiva arqueológica de Foucault. Com esta abordagem procurámos definir o discurso disciplinar, um novo tipo de saber. Neste sentido, pesquisámos e analisámos uma pluralidade de fontes de registos de escrita diversos: ensaios doutrinários, tratados de educação, imprensa e teses apresentadas em Congressos Pedagógicos do séc XIX.

Como conclusão, verificámos que a disciplina é um saber-poder que emergiu com a modernidade em construção, já que o liberalismo abandonou a fantasia megalomaníaca e obsessiva e totalmente administrada (Rose, 1997, p.26). As transformações sociais em causa implicaram uma nova maneira de governar. A liberdade emergente trouxe, como responsabilidade social, a cidadania e os direitos (ou ilusão dos direitos). Para além de nascer uma sociedade disciplinar, como nos refere Foucault, verificou-se a necessidade de escolarizar este saber. Este processo verificou-se em Portugal com a introdução da Educação Cívica no ensino primário (lei de 22 de Dezembro de 1901) e da Educação Física na reforma do ensino secundário 8 lei de 29 de Agosto de 1905). Neste sentido,

(24)

poderemos dizer que a disciplina é uma escola na medida em que visa levar cada um a saber auto-governar-se. Por outro lado, é um saber-poder que, dada a sua relevância social, precisa de ser ministrado no currículo escolar.

Palavras-chave:

(25)

2.3. Pedagogy of the «socio» in meeting multicultural and non-formal

learning in community context «low density»

Ernesto Martins

Instituto Politécnico de Castelo Branco

Resumo

The objectives of our argumentation hermeneutic based on ' social ', ' education ' and ' training ' cultural citizenship (city educator, learning society, society for all ages) in non-formal learning. This education, acquired in diversified contexts, community generates ‘pedagogy’ and ' to ' date (knowledge, relationships, coexistence, dialogue, etc.) integrated within the framework of educational sciences (with special attention to the social/social education pedagogy), due to the triple ' education – culture-community ' which are its foundations. We will discuss three strengths: the relationship social pedagogy-pedagogy of encounter, in the social/educational perspective; pedagogy of encounter integrated into ' low density pedagogies ' (territorial community and/or system); the challenges of this pedagogy of encounter in community development and intergenerational and multicultural dialogue.

Palavras-chave:

Social pedagogy; pedagogy of encounter; community interaction; non-formal learning; multiculturalism

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2.4. Os Imigrantes na Sala De Aula: pistas para Educação Intercultural

Cybele Soares

CINAIC

Resumo

A emergência de novos sujeitos nas escolas provoca a necessidade de rever o significado da nossa prática pedagógica. Quando os novos sujeitos são imigrantes é importante rever o significado da imigração e compreendê-la dentro do contexto da escola, crendo-a como a instituição que apresenta a cultura do país receptor.

Este novo personagem nas salas de aula põe em questionamento a prática docente e sugere a importância de mirar o fenômeno sob um viés intercultural. Assim, analisar a literatura produzida sobre o tema e/imigrantes é o primeiro caminho para repensar a prática docente com esses novos sujeitos no propósito de melhor entendê-los como também de contribuir para sua melhor inclusão.

A migração é um processo de rompimento que caracteriza o migrante porque ele está marcado pelo local de origem. Não somente sua recepção no país escolhido parece depender dessa marca como também a forma que encontra para manter alguma unidade identitária é estando em contato com as relações deixadas noutro espaço. Uma forma de dar sentido à migração é lembrar-se do que o fez migrar, que em geral encontra-se no país emissor. Sayad diz que “inmigración aqui y emigración allá son las dos caras indisociables de una misma realidad” (2010). Daí que é necessária sensibilidade e acuidade no tratamento da imigração.

(27)

grupos imigrantes são recepcionados e tratados na prática escolar? As diferentes nacionalidades têm tratamentos diferentes? Quer dizer, existe um imigrante desejável ao passo que existe também um imigrante indesejável, um bom e um mau imigrante? Há entendimento do que seja ser imigrante? Isso estimula a questionar se há uma cultura superior, se há hierarquia de culturas.

Não podemos desconsiderar a diversidade cultural se acreditamos que a escola é um espaço que deve ser, por excelência, democrático. E a educação intercultural que além de estimular respeito às diversas culturas, pretende trazê-las à tona e promover o diálogo, modifica todas as partes envolvidas nesse processo múltiplo e rico.

Palavras-chave:

(28)

2.5. Educar para a cidadania num mundoplural: os direitos humanos e

comunicação intercultural

Ana Nascimento

Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Resumo

Este estudo enquadra-se na área da Economia da Educação, Políticas de Ensino superior e pretende identificar os modelos de financiamento das instituições públicas de ensino superior (IES) português e analisar a estrutura das respectivas fontes de financiamento, baseando-se na teoria da partilha de custos desenvolvida por Johnstone (2004). Pretende também analisar a dicotomia educação bem público – bem privado e a tendência mundial crescente de mercantilização do ensino superior. Acompanhando uma tendência mundial, descrita por autores como Johnstone, Easterman e Pruvot(2011) e no EURYDICE (2011), as questões do financiamento do ensino superior começaram a ser cruciais em Portugal a partir de 1980, tendo o debate emergido a partir dos estudos de Cabrito (2002) e Cerdeira (2009). As políticas de acesso ao ensino superior assumidas, conduziram ao aumento do número de estudantes, provocando uma pressão orçamental sobre o Estado. Perante este aumento, sucessivos governos procuraram introduzir novas formas de financiamento e, simultaneamente, solicitaram, em crescendo, a participação dos estudantes nesse financiamento desde 1992, com a introdução de propinas no ensino superior público (Lei n.º 20 de 92, de 14/8, com alterações e nova legislação posteriores) e que fundamenta a actual a participação directa dos estudantes no financiamento das instituições públicas de ensino superior, ao pagarem uma propina que ascende a cerca de 1000 euros/ano. Até meados da década de 1990, as IES eram financiadas pelo Estado em cerca de 97%, numa situação de quase

(29)

investigação a pedido empresarial, venda de produtos e aluguer de espaços. Tendo estes factores em conta, a investigação que agora se apresenta partiu da seguinte questão de partida: Qual o papel que a diversificação das fontes de financiamento poderá desempenhar no futuro do ensino superior português? A partir desta pergunta, traçaram-se os seguintes objectivos: a) identificar as políticas de financiamento do ensino superior público português nas últimas décadas; b) Analisar o contributo de cada fonte de financiamento no orçamento total das instituições; c) analisar a distribuição do financiamento pelas actividades de formação e de ensino; d) identificar as condições propostas pelos patrocinadores às instituições e e) analisar como gerem as instituições a sua autonomia num quadro de “abertura” ao financiamento externo.

A metodologia utilizada é o estudo de caso múltiplo (Yin, 1994), onde cada IES é um caso. Na pesquisa são utilizadas diversas fontes nomeadamente documentos das IES e entrevistas sendo que estão a ser realizadas entrevistas semi-directivas (Bogdan e Biklen, 1994) a todos os directores, reitores e presidentes das IES da área de Lisboa, num total de 53 entrevistados e ainda a alguns patrocinadores das IES públicas portuguesas (seis). Após análise de conteúdo das entrevistas e análise documental a informação recolhida será objecto de triangulação. Serão apresentados alguns resultados preliminares das entrevistas realizadas.

Palavras-chave:

(30)

2.6. Educação, Cultura e Cidadania na Construção de Pilares do

Projeto Europeu com Jovens

Sara Pinheiro FPCEUP Andreia Caetano FPCEUP Resumo Propósito do estudo:

De acordo com o que foi explorado nas últimas décadas, a emergência da UE tem afetado a formulação da cidadania [2], trazendo preocupações com a cidadania, internacionalização e delegação de poderes para os estados-membros da UE [4]. Como tal, a educação e a formação têm tido um papel significativo na promoção da cidadania ativa, através da atualização de competências [3].

Este estudo, decorrente do sucesso do Projeto “Construção e Cidadania Europeia na Escola” (2013), é intitulado “Construindo Pilares do Projeto Europeu com Educação, Cultura e Cidadania”. Reconhecendo os jovens como stakeholders na educação, e a sua experiência e localização dentro dos relacionamentos estruturais particulares de poder, procura incorporar as suas vozes e culturas na análise dos contextos que informam as suas vidas [5], a UE e a Cidadania Europeia (CE). Como tal, pretende-se explorar os conhecimentos que os jovens portugueses detêm relativamente à mesma, remetendo um foco específico nas Eleições para o Parlamento Europeu: Quais os significados da CE e quais os seus conhecimentos acerca dos direitos e deveres, enquanto cidadãos europeus? Como é que se posicionam face à CE?

(31)

participação de cerca de 800 jovens, dos 11º e 12º anos, da via profissional ou científico-humanística. Alguns destes jovens já participaram no projeto do ano anterior, o que irá permitir fazer um follow-up dos resultados obtidos pelo projeto em 2013. O estudo utiliza uma metodologia mista que combina quer inquéritos por questionário (aplicados pré e pós formação), quer a avaliação da ação educativa “Educação, Cultura e Cidadania: Pilares do Projeto Europeu”, através do preenchimento de uma ficha com questões abertas e fechadas). Os conteúdos e as atividades desta ação educativa emergem do Guião de Atividades publicado pela equipa de investigação, sendo um produto do projeto implementado no ano de 2013 [1].

Conclusões/ Resultados esperados:

Concebendo os jovens como construtores e apresentadores de um produto criativo da sua reflexão e pesquisa, espera-se que os mesmos desenvolvam conhecimentos sobre a União Europeia e a Cidadania Europeia, centrando-se nas Eleições ao Parlamento Europeu, em 2014. Colocando “mãos na aprendizagem” espera-se que desenvolvam i) a consciência do seu direito de voz e participação ativa na comunidade de pertença; ii) o seu potencial enquanto intervenientes com o direito de fazer a diferença nas suas vidas e na dos outros; iii) a valorização da diversidade como enriquecedora da sociedade atual e da União Europeia.

Referências:

[1] Araújo, H. C., Macedo, E., Ferreira, P. D., Neves, T., Doroftei, A. O., Caetano, A., Sousa, R. R. (2013). Construção e Cidadania Europeia na Escola: Guião de Atividades. Porto: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Centro de Investigação em Ciências da Educação;

[2] Braidotti, R.(1998). Gender and the contested notion of European citizenship. In Ferreira; Tavares; Portugal (Eds.), Shifting bonds shifting bounds: Women mobility and citizenship in Europe (pp. 59-66). Oeiras: Celta.

[3] COM (2012). Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das

(32)

Regiões. Repensar a educação - Investir nas competências para melhores resultados socioeconómicos.

http://ec.europa.eu/education/news/rethinking/com669_pt.pdf

[4] Lister, R.(1997). Citizenship: Feminist perspectives. New York: New York University Press.

[5] Macedo, E.(2009). Cidadania em confronto: Educação de elites em tempo de globalização. Porto: Livpsic.

Palavras-chave:

Cidadania Europeia; Participação cívica e política de jovens; União Europeia.

(33)

3.

C

IÊNCIAS DA

E

DUCAÇÃO

,

I

NTERFACES E

D

IÁLOGOS COM OUTRAS

C

IÊNCIAS

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3.1. Projetos de educação para a saúde em meio escolar, da

construção à avaliação

Cláudia Moreira Universidade do Minho Marta Pinto Universidade do Minho Resumo

O Projeto de Educação para a Saúde, em meio escolar, emerge como um dispositivo educativo que tem vindo a ganhar destaque nas políticas educativas nacionais, com maior incidência a partir de 2005 (Alves, 2013). A Promoção da Saúde é, a partir da Carta de Otawa, em 1986, o primeiro acordo internacional que convocou a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os demais organismos internacionais a advogar em favor da saúde em todos os contextos, uma vez que a promoção da saúde não é da responsabilidade exclusiva dos serviços de saúde; todos os setores, especialmente o da educação, são responsáveis pela construção de um bem-estar global.

A partir daí, o Gabinete Regional para a Europa da Organização Mundial de Saúde formou a Rede Europeia de Escolas Promotoras de Saúde, com o objetivo de promover a saúde e reforçar o impacto da promoção da saúde em meio escolar.

Portugal aderiu a este movimento em 1995, que foi determinante para a obrigatoriedade da implementação da Educação para a Saúde em todos os níveis de ensino como parte integrante do Currículo.

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“participar na sua construção é navegar no rio da mudança, rumo à margem da experiência, da inovação, da autonomia conquistada e da responsabilidade partilhada” (Pacheco, Morgado,2013).

A sua elaboração está articulada com a medida de avaliação do projeto, sendo que o referente de avaliação é o próprio projeto e o juízo de valor resultante da avaliação que irá incidir, obrigatoriamente, na elaboração de novos projetos.

Partindo do Currículo como projeto (Barbier,1996) e tendo como principal referente o modelo Context, Input, Process e Product (CIPP), proposto em 1960 por Stufflebeam, apresenta-se um Projeto de Educação para a Saúde, no contexto de um Agrupamento de Escolas do Porto.

Palavras-chave:

Currículo; projeto de educação para a saúde; contextualização; referencial; implementação; avaliação.

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3.2. A explicação de fenómenos físicos em contexto laboratorial por

professores e alunos do ensino básico

Alcina Figueiroa

Instituto Piaget

Resumo

Uma das formas de ajudar a desenvolver competências relevantes no dia-a-dia de cada cidadão, independentemente da profissão que desempenha, é promover a (re)construção de explicações de fenómenos físicos e naturais, em contexto laboratorial. Propiciando a interação entre os alunos, incentivando-os a aprender e desafiando-os a repensar os seus conhecimentos prévios, o trabalho laboratorial facilita a concretização de uma completa educação em ciências, podendo contribuir não só para que os alunos desenvolvam a capacidade de explicar e lidar com dados e evidências, visando a construção de argumentos empiricamente fundamentados, mas também para que compreendam a natureza do conhecimento científico e o modo como se desenvolve. A investigação centrada nestas problemáticas sugere alunos e professores usam e relacionam de diferentes formas os dados, as teorias e as evidências, nomeadamente, na construção de explicações de fenómenos físicos e naturais.

Nesta investigação analisaram-se: i) explicações que 165 docentes do Ensino Básico admitem que os alunos formulariam para alguns fenómenos físicos relativos às “características e comportamento do ar” e as explicações que eles próprios consideram como sendo explicações completas; ii) explicações que 75 alunos do Ensino Básico formulam para esses mesmos fenómenos.

(37)

explicam com base em modelos teóricos cientificamente aceites.

As conclusões desta investigação reforçam a necessidade de se prestar mais atenção ao ensino e à aprendizagem da explicação científica, componente fundamental da formação de cidadãos considerados cientificamente cultos, para que se consiga, nas atividades que se facultam aos alunos, promover o desenvolvimento de capacidades explicativas.

Palavras-chave:

(38)

3.3. Para uma leitura do texto-mundo: educação literária, expressão e

educação dramática- teatro o conto é teu, o conto é nosso

Carla Pires Antunes

Instituto de Educação da Universidade do Minho

Maria Flor Dias

Instituto de Educação da Universidade do Minho

Sara Reis da Silva

Instituto de Educação da Universidade do Minho

Resumo

Nos últimos anos, a nossa experiência docente/investigativa em contexto académico tem-nos levado a concluir/intuir que a formação literária e artística, em geral, dos nossos alunos da Licenciatura em Educação Básica, futuros profissionais de educação/mediadores de leitura, é, mesmo numa fase que se pode considerar já avançada dos estudos, manifestamente débil, evidenciando níveis de competência literária muito distintos/diferenciados, em alguns casos, até, constrangedores quanto, por exemplo, ao “intertexto leitor”.

O projeto em implementação e do qual pretendemos dar conta nesta comunicação reveste-se de uma dimensão interdisciplinar, procurando não apenas acentuar a transversalidade da língua portuguesa, materializada em textos literários (do acervo tradicional à literatura canónica), mas também da própria cultura artística.

Trata-se de um projeto desenhado com alunos dos 1º e 2º anos da Licenciatura em Educação Básica, do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Neste âmbito e numa perspetiva interdisciplinar,

(39)

entre outras, alargar o contacto com modos literários cuja receção é aparentemente menos generalizada (poético e dramático/teatral); desenvolver dimensões fonológicas e de interpretação inerentes a contextos de dizer e de oralidade (narração, formas poético-líricas e texto dramático); perceber como a leitura poderá contribuir para a melhoria da capacidade de desconstrução de textos e, consequentemente, para a formação de futuros cidadãos ativos na leitura do texto-mundo.

Palavras-chave:

Educação Literária; Educação e Expressão Dramática; Mediação Literária e Artística; Formação inicial de professores.

(40)

3.4. Ciências naturais: uma proposta de formação discente sob a

noção de escrita solidária e de letramento científico

Maria Eugénia Totti

Universidade Estadual do Norte Fluminense - CCH - LEEL

Jerson do Carmo

Universidade Estadual do Norte Fluminense - CCH - LEEL

Resumo

Esse artigo é parte do projeto PIBID/2013 (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/ Ministério da Educação) do curso de pedagogia da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense – Rio de Janeiro) que está sendo implantado em 2014 e, resulta de experiências envolvendo as áreas do ensino de ciências naturais e da escrita solidária. Tem como objetivo construir um lócus de discussão em torno da naturalização do medo de escrever e da visão reducionista e mecanicista relativa ao ensino de ciências. O projeto é desenvolvido com a participação de 24 alunos do curso de pedagogia e está sendo implantado em quatro escolas públicas de Campos dos Goytacazes.

As dificuldades de escrita dos professores e alunos são concebidas como um obstáculo estrutural para desempenhos pedagógicos e acadêmicos, pois se entende que tais dificuldades são históricas e socialmente construídas, podendo interferir assim no autoconceito, autorrespeito e autoestima que têm em relação à escrita. O projeto está organizado, considerando três ambientes: a Licenciatura de Pedagogia, as quatro escolas vinculadas ao PIBID e o ambiente interdisciplinar, envolvendo as áreas da Linguagem e das Ciências Naturais, de forma estruturante e organizada com foco nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

(41)

emancipatória da formação científica e da escrita na Licenciatura de Pedagogia e nas escolas participantes do projeto PIBID/CCH.

Palavras-chave:

(42)

3.5. Evolução das ilustrações do castanheiro do séc. XVI- um

contributo da história da botânica

Isilda Rodrigues

Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro

Andreia Carvalho

Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro

Resumo

O presente estudo foi desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular de História da Ciência, pertencente ao curso de Doutoramento em Ciências da Terra e da Vida, e tem como principais objetivos: a) fazer um levantamento das ilustrações do castanheiro do século XVI, encontradas nas obras de alguns autores da época, analisando as suas principais diferenças e b) refletir sobre a importância das ilustrações do castanheiro para o aumento conhecimento da história da botânica.

O castanheiro existe há milhares de anos acompanhando o Homem desde o Paleolítico, cuja cultura iniciou-se no Oriente, em seguida, foi transmitida aos gregos, e, posteriormente, foram os romanos que difundiram o seu cultivo generalizado. O castanheiro era denominado Árvore do pão, porque durante a Idade Média, era cultivado em diversas áreas do Mundo e constituía um recurso precioso para a sustentabilidade das populações e devido à importância primária das castanhas.

O estudo das ilustrações é importante, dado que as técnicas utilizadas para a representação da imagem passaram por processos variados. As ilustrações poderão servir como documentos e fontes para os estudos da História da Ciência. Na ilustração botânica, o desenho esclarece, tira dúvidas,

(43)

fontes secundárias. Utilizámos para recolha de dados as seguintes obras: De historia stirpium commentarii insignes (1551) de Leonhart Fuchs; Naturalis historiae opvs novvm in qvo tracta (1551) de Adam Lonicer; Index Dioscoridis (1558) de Amato Lusitano; New Kreüterbuch: Mit den allerschönsten vnd artlichsten figuren aller gewechß, dergleichen vormals in keiner sprach nie an tag kommen (1563) de Pietro Mattioli; Phytognomonica Io. Baptistae Portae (1589) de Giovanni Battista della Porta.

A escolha destas obras deve-se ao facto dos seus autores terem sido considerados como referências na sua época.

Constatámos que, já no século XVI, se possuíam alguns conhecimentos sobre as caraterísticas morfológicas dos diversos órgãos vegetativos da espécie Castanea sativa, permitindo a visualização e diferenciação da raíz, caule, folhas e fruto. Esta investigação contribui para a compreensão da evolução do conhecimento científico sobre o castanheiro, durante o século XVI.

Palavras-chave:

(44)

3.6. A Dignidade como Valor: Acerca da Contribuição da Filosofia

Kantiana para a Educação

Edmilson Menezes

Universidade Federal de Sergipe

Resumo

Uma das perspectivas mais importantes da filosofia prática kantiana é a seguinte: somente os seres racionais são passíveis de dignidade, e o homem, por sua capacidade de auto-referência e aos pares, torna-se o grande marco deste valor intrínseco. A razão relaciona cada máxima da vontade, concebida como legisladora universal, com todas as outras vontades e todas as ações para conosco próprios. Isto não se dá em virtude de qualquer outro motivo prático ou vantagem futura, mas por causa da própria idéia de dignidade de um ser que não obedece a outra lei senão a que ele mesmo se dá. Nada equivale a um homem, salvo outro homem. Por isso, no convívio das liberdades, os homens devem, uns aos outros, o respeito merecido em toda individualidade, por ser digna, por ser fim em si mesma: a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador do reino dos fins. Portanto a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade, lembra-nos Kant. A pesquisa que originou o trabalho teve como pressuposto o seguinte: a filosofia é explicitação e discurso. Ela se explicita em movimentos sucessivos, no curso dos quais ela produz, abandona e ultrapassa teses ligadas umas às outras numa ordem das razões. Com efeito, a investigação procurou fazer uma leitura da obra de Kant, em especial da Crítica da Razão Prática e do opúsculo Sobre a Pedagogia, ressaltando sua estrutura interna e dela retirando o percurso filosófico do autor até o desvendamento

(45)

dignidade ao estatuto de pessoa e seu nexo com a educação.

Palavras-chave:

(46)

4.

C

OMUNICAÇÃO

E

DUCATIVA

,

R

EDES E

P

ARCERIAS EM

E

DUCAÇÃO

(47)

4.1. O processo cognitivo/subjetivo emergente do acopelamento dos

jovens com as tecnologias digitais

Maria Cristina Rigão Iop

UNISC

Nize Maria Pellanda

UNISC

Resumo

Tendo em vista minha prática educativa, desenvolvida ao longo dos anos em uma escola no sul do Brasil, envolvendo o uso das tecnologias digitais, e considerando o paradigma emergente da complexidade, que pautam meus estudos teóricos, surgiu a necessidade da investigação de como acontece o processo de cognição/subjetivação dos jovens estudantes, no mundo digital que nos envolve, utilizando um híbrido de blog e rede social, chamado tumblr. Nesta experiência vou observar entre outras coisas, o processo de construção da autonomia dos envolvidos, a cooperação e o acoplamento com a máquina. Quero perceber o devir, como a aprendizagem emerge no processo de várias linguagens, pois acredito que os jovens construam conhecimento/subjetividade de forma inseparável no ambiente digital. Os sujeitos da pesquisa são estudantes de uma turma de 6º ano, que tem 20 alunos, com idade entre 10 e 11 anos, que se reúnem em encontros de uma hora semanal. Para gerar as experiências da pesquisa propus a utilização do tumblr, onde os estudantes podem postar textos, imagens, vídeos, links, citações, áudios, suas autonarrativas, suas emergências e perturbações como exercício de devir e também de autoria, originárias de trocas entre o grupo. Proporei ao final da experiência uma roda de conversa, para que eles percebam quais foram as transformações ocorridas desde nosso primeiro encontro, todas as perturbações e suas conclusões. Esta experiência está relacionada com a aplicação do pressuposto cibernético da metacognição, ou seja, da retroalimentação, pois o sujeito reflete sobre seu próprio

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caminho numa atitude na qual ele constrói autonomia. Manterei um diário de bordo e este permitirá a reflexão sobre os processos mais significativos da dinâmica que estamos inseridos e a conscientização de suas evoluções. Estas escritas poderão me mostrar a circularidade entre eu, pesquisadora, e os sujeitos pesquisados, indicando o processo ruído-organização-ruído e a sua complexificação. Em consonância com os pressupostos da complexidade constituídos pela Biologia da Cognição, de Humberto Maturana e Francisco Varela e a teoria da Complexificação pelo Ruído de Henri Atlan, as experiências serão tratadas a partir dos marcadores teóricos da autopoiese, da metacognição, da complexificação pelo ruído e do acoplamento tecnológico, tendo em vista o observador incluído e com os cuidados de uma escuta sensível, a partir das autonarrativas que emergirão das perturbações dos jovens quando do uso do tumblr, do espaço de relações, de convivência onde fluirá a linguagem.

Palavras-chave:

(49)

4.2. Mobile Learning para alunos com necessidades educativas

especiais (NEE)

Jorge Brandão

Universidade Católica Portuguesa

Sílvia Cardoso

Universidade Católica Portuguesa

Adriana Mendonça

Universidade do Minho

Joana Figueiredo

Universidade Portucalense Infante D. Henrique

Resumo

Na última década, a utilização dos telemóveis, smartphones e tablets sofreu um crescimento exponencial, decorrente do seu aperfeiçoamento, com velocidades de processamento cada vez mais céleres, maior capacidade de armazenamento e maior disponibilidade de ligações à Internet em banda larga. Todos estes tornaram tais dispositivos capazes de processar aplicações com alto nível de recursos gráficos. Neste contexto, as tecnologias e aplicações móveis direcionadas para o ensino - Mobile learning ou m-learning - são consideradas tecnologias emergentes (Horizon Report , (NMC, 2013).

Em Abril último, as aplicações de conteúdo educativo ocuparam o 2º lugar em downloads, muito acima das aplicações comerciais. Acredita-se que as aplicações educativas para dispositivos móveis podem aumentar a motivação, a concentração e o empenho das crianças, melhorando as suas capacidades cognitivas (Skiada, 2013). Mas, apesar da facilidade de manuseio (touchscreen), do design atrativo e de todas as suas capacidades, o potencial de utilização destas tecnologias no ensino ainda é algo recente e carece de investigação.

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Apelidados de nativos digitais, os alunos de hoje revelam fascínio, facilidades e destrezas para lidar com tecnologia (Prensky, 2001). Isso pode ser incentivado para facilitar a apropriação do conhecimento escolar, especialmente admitindo o seu potencial benefício no ensino e na aprendizagem de alunos com NEE, pois acredita-se que estas tecnologias emergentes e de tão fácil utilização, podem proporcionar experiências educativas motivantes e extremamente estimulantes, permitindo a alunos e professores desenvolverem novas competências e superar limitações nos processos de ensinar e aprender, particularmente quando se lida com condições excecionais.

Nesta comunicação, partilhamos uma interpretação sobre a utilização do m-learning, com recurso a apontamentos bibliográficos, visando as vantagens e casos de sucesso com alunos com NEE, bem como o conhecimento aos professores sobre as potencialidades metodológicas destes recursos no ensino/aprendizagem com vista à (re)novação das práticas docentes. Assim, evidenciamos a nossa visão de como, em educação, as aplicações móveis podem ser exploradas com alunos com NEE, aumentando a concentração, motivação, interesse e inclusão educativaem ambientes escolares regulares.

Palavras-chave:

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4.3. O papel das TIC no contexto do ensino básico

Carla Ravasco

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Carlos Brigas

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Carlos Reis

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Cecília Fonseca

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Joaquim Mateus

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Urbana Cordeiro

UDI Instituto Politécnico da Guarda

Resumo

As TIC modificaram as mais diversas áreas onde nos movimentamos, alteraram a forma como interagimos com a sociedade, como adquirimos informação e como trabalhamos. As TIC utilizadas como ferramentas educativas possuem um enorme potencial e é incontornável a sua utilização no dia-a-dia da escola, independentemente da faixa etária ou do nível de ensino dos alunos.

Desde os anos oitenta do século XX, o governo Português promoveu um conjunto diversificado de projetos com a finalidade de promover a integração das TIC nos diferentes níveis de ensino. Todos os projetos partilhavam o objetivo de estimular a utilização das TIC em ambientes educativos, através da formação de professores e alunos, do apoio à aquisição de equipamentos TIC e no desenvolvimento e na disseminação de conteúdos.

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No contexto da sociedade da informação atual e perante o papel que esta pode assumir na melhoria das práticas educativas, torna-se necessário proceder a uma avaliação correta da importância que as TIC podem assumir na mudança de processos e de práticas educativas.

O projeto Abordagens Interativas na Educação que está a ser levado a cabo por investigadores da Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior, do Instituto Politécnico da Guarda, tem como objetivo avaliar a influência real da utilização das TIC na educação, nomeadamente no que diz respeito ao uso do computador, em geral, e ao Magalhães, em particular, no 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho da Guarda.

Nesse sentido, vamos apresentar um estudo que teve como objetivo avaliar as perceções dos professores e dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho da Guarda, quais os seus hábitos na utilização dos computadores, nomeadamente no que diz respeito ao uso do computador, em geral, e ao computador Magalhães, em particular.

O presente estudo ocorreu no período compreendido entre abril de 2012 a junho de 2012. Numa fase preliminar incidiu sobre o desenvolvimento do questionário e a sua validação de conteúdo. A metodologia utilizada nesta investigação é do tipo empírico descritivo como refere Silva e Menezes esta metodologia permite descrever as características de uma população. O inquérito por questionário foi o instrumento de recolha de dados utilizado na realização deste estudo.

Dos resultados recolhidos podemos concluir que praticamente todos os alunos têm contacto permanente com as tecnologias, podemos também observar que essa utilização é feita nos mais diversos contextos e com as mais variadas finalidades.

Palavras-chave:

Tecnologias de Informação e comunicação; Computador; Escola; Aluno; Professor.

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4.4. Desenvolvimento de competências-chave em literacia digital

Lurdes Lima

Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Angélica Monteiro

Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Carlinda Leite

Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Resumo

A literacia digital constitui uma das competências-chave para a aprendizagem ao longo da vida e corresponde a um dos eixos de ação da Estratégia Europa 2020, pelo que tem vindo a ser alvo de preocupação e reflexão nos últimos anos.

Dado a relevância deste domínio, a UNESCO (2011) concebeu o documento “Alfabetização Mediática e Informacional: currículo para professores” que constitui um complemento do marco das competências TIC para professores (2008).

A nível nacional, o Conselho Nacional de Educação (CNE) participa de um grupo informal constituído por representantes da UNESCO, Entidade Reguladora para Comunicação Social (ERC), Gabinete de Meios de Comunicação Social, Ministério da Educação e Agência para a Sociedade do Conhecimento e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho (UMIC).

Neste momento, encontra-se em discussão pública o documento “Referencial de Educação para os Media para a Educação Pré-escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário”, que pretende constituir-se como

(54)

referência para a implementação da Educação para os Media em meio escolar.

Dado a importância destes documentos e as recentes alterações ao currículo dos ensinos básico e secundário (Decreto-Lei n.º 139/2012 e respetivas alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 91/2013), estamos a desenvolver um estudo que tem como objetivo conhecer de que forma os professores utilizam os media digitais a nível pessoal e pedagógico-didático e como promovem a sua utilização nos contextos escolares.

A presente comunicação pretende dar a conhecer alguns resultados parciais do estudo exploratório, e de um estudo de caso centrado num agrupamento de escolas de Vila Nova de Gaia.

Para a recolha dos dados recorremos a pesquisa bibliográfica, análise documental e um inquérito por questionário (70 respostas).

Estes resultados preliminares apontam para uma utilização generalizada dos media digitais por parte destes professores na sua atividade docente, nomeadamente ao nível da motivação para a aprendizagem e da comunicação com os estudantes. A nível da utilização pessoal, salienta-se o recurso a fontes de informação digital e de programas do Office (Word, PowerPoint e Excel).

No final do estudo pretende-se produzir recomendações de atuação educacional e pedagógica necessária à promoção da literacia digital junto das escolas do ensino básico e secundário. Neste sentido, seria necessário efetuar um estudo futuro no sentido de se perceber o impacto das recomendações produzidas.

Palavras-chave:

Referências

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