Físico-Química I
Físico-Química I
Introdução à Termodinâmica
Introdução à Termodinâmica
Gases Ideais e Reais & Teoria Cinética dos Gases
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• CONTEÚDO
–Gases Ideais e Reais & Teoria Cinética dos Gases: •Gases Ideais: Leis Empíricas, Equação de Estado, superfície
p-V-T para um gás ideal, mistura de gases.
•Gás Real: Equações de Estado, constantes críticas, conceitos de interação molecular.
•Teoria Cinética Molecular dos Gases: cálculo da pressão de um gás, energia cinética e temperatura, distribuição de velocidades e energias moleculares, parâmetros de colisão.
– Conservação de Energia
– Espontaneidade & Equilíbrio
– Equilíbrio Químico
Programa da Disciplina: Conteúdo
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• Conceitos Fundamentais
–Estado Físico de um Sistema (ou apenas “Estado”)Estado Físico de um Sistema (ou apenas “Estado”):
• Refere-se a uma condição específica de uma amostra de matéria.
➔É definido a partir da forma física (gás, líquido ou sólido), volume
(V), pressão (p), temperatura (T) e quantidade química (n).
➔Ex. 1: 1,0 mol de argônio gasoso, sob 1,0 atm e a 25 °C está em um estado físico particular. [com ~24,5 L]
➔
➔Ex. 2: 1,0 mol de argônio gasoso, sob 2,0 atm e a 35 °C está em
um outro estado físico. [com ~12,6 L]
➔Nota: Duas amostras distintas estarão no mesmo estado físico somente se estiverem na mesma forma física e possuírem igual massa, volume, pressão e temperatura.
Conceitos Fundamentais
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• Conceitos Fundamentais
–Estado Físico de um Sistema (ou apenas “Estado”):Estado Físico de um Sistema (ou apenas “Estado”)
• Refere-se a uma condição específica de uma amostra de matéria.
➔É definido a partir da forma física (gás, líquido ou sólido), volume
(V), pressão (p), temperatura (T) e quantidade química (n).
➔Um sistema está em um estado definido quando cada uma de suas
propriedades tem um valor definido.
➔Em outras palavras, o estado de qualquer amostra pode ser especificado pelos valores de suas propriedades físicas.
➔Nota: O estado de um sistema independe de como o mesmo foi atingido, e diz-se que o “estado termodinâmico é bem determinado pela especificação das propriedades físicas”.
Conceitos Fundamentais
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• Conceitos Fundamentais
–Volume (Volume (VV)):
• Medida da quantidade de espaço ocupada por um corpo.
➔As unidades de volume são dadas por
(unidades de comprimento)3.
➔A unidade SI de volume é o metro3.
➔Normalmente usamos: 1 mL = 1 cm3.
➔Outras unidades de volume: 1 L = 1 dm3 = 1000 cm3 = 1000 mL. Conceitos Fundamentais
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• Conceitos Fundamentais
–Pressão (Pressão (pp)):
• Pressão é a força atuando em um objeto por unidade de área.
➔A força exercida por uma coluna
de ar sobre 1 m2 é de ~105 N.
➔A pressão de uma coluna de ar sobre 1 m2 é de ~100 kPa (1 atm).
➔SI: 1 N = 1 kg m /s2. 1 Pa = 1 N/m2. Conceitos Fundamentais
p=F
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• Ex.#1: Conversão de unidades.
– Um cientista investiga o efeito da pressão atmosférica na taxa de crescimento de um vegetal e mediu a pressão de 1,115 bar. Qual o valor dessa pressão em atmosferas?
Dado: 1 atm = 1,013 bar; 1 bar = 105 Pa = 100 kPa.
– A pressão no olho de um furacão foi registrada como sendo 723 torr. Qual o valor dessa pressão em quilopascais? Dado: 1 torr = 133,32 Pa.
Resp.: 96,4 kPa.
p=1,115 bar×
(
1 atm1,013 bar
)
=1,100 atm14
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• Conceitos Fundamentais
–Pressão (Pressão (pp)):
• Pode ser medida com um “barômetro”:
➔A pressão atmosférica padrão é a pressão necessária para suportar 760 mm de Hg em uma coluna.
➔Unidades: 1 atm = 760 mmHg
= 760 torr
= 101,325 kPa.
Conceitos Fundamentais
p=F
A=ρg h
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• Ex.#2: Relação Pressão x Altura.
– (a) Determine a pressão (em pascal) na base de uma coluna de mercúrio de altura igual a 760 mm.
(b) Determine a altura (em metros) de uma coluna de água que é sustentada por esta pressão.
Dados: ρHg = 13,6 g/cm3, ρH2O ≈ 1,0 g/cm3, g = 9,81 m/s2,
Dados: 1 atm = 760 mmHg = 760 torr = 101,325 kPa.
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• Conceitos Fundamentais
–Pressão (Pressão (pp)):
• Pode ser medida com um “manômetro”:
➔Um manômetro consiste de um
bulbo de gás preso a um tubo em forma de U contendo Hg:
Se Pgás > Patm: Pgás = Patm + Ph.
Se Pgás < Patm: Pgás + Ph = Patm. Conceitos Fundamentais
p= F A =
ρ
⏟
g hph
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• Ex.#3: Determinação da pressão.
– Um manômetro contendo mercúrio é conectado a um recipi-ente de gás. Qual é a pressão do gás no recipirecipi-ente (em torr) quando o mercúrio no braço ligado ao gás está 13,6 cm mais alto que no lado aberto para a atmosfera, sabendo que a pressão atmosférica é de 1,05 atm.
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• Conceitos Fundamentais
–Temperatura (Temperatura (TT)):
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• Conceitos Fundamentais
–Temperatura (Temperatura (TT)):
• Pode ser medida com “termômetros”.
➔Escala Celsius: Temperatura (θ) expressa em graus Celsius ( °C).
➔Escala Fahrenheit: Temperatura (F) em graus Fahrenheit (°F).
➔As escalas Celsius e Fahrenheit estão relacionadas pela equação:
➔Nota: a variação de uma unidade na escala Celsius corresponde a variação de 1,8 unidades na escala Fahrenheit.
Conceitos Fundamentais
F/°F=1,8
θ
/°C+3227
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• Conceitos Fundamentais
–Temperatura (Temperatura (TT)):
• Pode ser medida com “termômetros”.
➔Escala Celsius: Temperatura (θ) expressa em graus Celsius ( °C).
➔Escala Kelvin: Temperatura (T) expressa em Kelvin (K).
➔As escalas Celsius e Kelvin estão relacionadas pela equação:
➔Nota: todas as equações termodinâmicas fazem uso de temperaturas na escala Kelvin, e, por isso, representada por T. Conceitos Fundamentais
T/K=
θ
/°C+273,1535
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• Conceitos Fundamentais
–Quantidade de Química (Quantidade de Química (nn)):
• É útil expressar a quantidade de átomos, independente da substância, a partir da quantidade química n.
➔A quantidade química é expressa em “mol” (quantidade de átomos
de carbono-12 em uma amostra de 12 g).
➔Relações úteis: Conceitos Fundamentais
NA=6,022×10²³mol⁻¹
N =n × NA
m=n × M
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Fim da Parte 1
Fim da Parte 1
Gases: Conceitos Fundamentais
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de BoyleLei de Boyle: Relação Pressão-Volume.(*)
• “O volume de uma quantidade fixa de gás à temperatura constante
diminuiu com a elevação da pressão.”
Existe uma outra versão da lei de Boyle que afirma:
• “A pressão de uma quantidade fixa de gás à temperatura
constante diminui com a elevação do volume.”
O ponto importante é que esta lei afirma que pressão e volume são quantidades inversamente proporcionais!
Propriedades dos Gases Ideais
(*) Robert Boyle, químico e físico irlandês (1627-1691).
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Boyle: Lei de Boyle Relação Pressão-Volume.
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de BoyleLei de Boyle: Relação Pressão-Volume.
• Matematicamente:
• Graficamente: Propriedades dos Gases Ideais
V ∝ 1
p ⇒ V =const ×
1
p ou pV=const
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-Lussac: Lei de Charles e Gay-LussacRelação Volume-Temp.(*)
• “O volume de uma quantidade fixa de gás à pressão constante
aumenta com a elevação da temperatura.”
Existe uma outra versão da lei de Charles que afirma:
• “A pressão de uma quantidade fixa de gás à volume constante
aumenta com a elevação da temperatura.”
O ponto importante é que esta lei pode ser usada para estabelecer escalas de temperaturas!
Propriedades dos Gases Ideais
(*) Jacques Alexandre Cesar Charles, físico, químico e inventor francês (1746-1823). (*) Joseph Louis Gay-Lussac, físico e químico francês (1778-1850).
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-LussacLei de Charles e Gay-Lussac: Relação Volume-Temperatura.
Propriedades dos Gases Ideais
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-Lussac: Lei de Charles e Gay-LussacRelação Volume-Temperatura.
• Matematicamente:
• Graficamente: Propriedades dos Gases Ideais
V ∝1+k
θ
∴V =V0(1+k
θ
)V0
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-LussacLei de Charles e Gay-Lussac: Relação Volume-Temperatura.
• Matematicamente:
• Graficamente: Propriedades dos Gases Ideais
V ∝1+k
θ
∴V =V0(1+k
θ
)49
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-Lussac: Lei de Charles e Gay-LussacRelação Volume-Temperatura.
• Matematicamente:
• Graficamente: Propriedades dos Gases Ideais
V ∝1+k
θ
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Charles e Gay-LussacLei de Charles e Gay-Lussac: Relação Volume-Temperatura.
• Matematicamente:
• Graficamente: Propriedades dos Gases Ideais
0 K= −273,15 °C
T/K=θ/°C+273,15
V ∝T
∴V =const× T
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Avogadro: Lei de AvogadroRelação Volume-Quantidade Química.(*)
• A uma determinada temperatura e pressão, os volumes dos gases que reagem são proporções de números inteiros pequenos.
• Esquematicamente: Propriedades dos Gases Ideais
(*) Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro, físico italiano (1776-1856).
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de AvogadroLei de Avogadro: Relação Volume-Quantidade Química.(*)
• “O volume de um gás a uma dada temperatura e pressão é
diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás.”
• Matematicamente:
➔Experimentalmente: 1 mol (6,02x1023 moléculas)
de um gás ideal ocupa 22,4 L.
➔Consequência: Pode-se determinar a estequiometria da reação envolvendo gases estudando as mudanças de volumes. Propriedades dos Gases Ideais
V ∝n ⇒ V=const × n
(*) Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro, físico italiano (1776-1856).
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Avogadro: Lei de AvogadroRelação Volume-Quantidade Química.(*)
• “O volume de um gás a uma dada temperatura e pressão é
diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás.”
Existe uma outra versão da lei de Avogadro que afirma:
• “O pressão de um gás a uma dada temperatura e volume é
diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás.”
O ponto importante é que esta lei pode ser usada para calcular quantidades químicas a partir de medidas de pressão ou volume! Propriedades dos Gases Ideais
(*) Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro, físico italiano (1776-1856).
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de AvogadroLei de Avogadro: Relação Volume-Quantidade Química.
Propriedades dos Gases Ideais
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• Gás Ideal: Observações Experimentais
–Lei de Avogadro: Lei de AvogadroRelação Volume-Quantidade Química.
Propriedades dos Gases Ideais
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• Gás Ideal: Equação de Estado
–Lei Empíricas CombinadasLei Empíricas Combinadas: Lei dos Gases Ideais.
•Fato experimental importante : os valores das propriedades físicas Fato experimental importante que caracterizam um estado não são independentes entre si.
➔Isto ocorre em todos os estados de matéria para todas as
substâncias da natureza.
➔Isto pode ser resumido dizendo-se que uma substância obedece a
uma Equação de Estado do tipo: V = f(p,n,T).
➔No entanto, as equações de estado da maioria das substâncias não são conhecidas.
➔Entretanto, a equação de estado dos gases sob baixas pressões é conhecida, simples e extremamente útil.
Propriedades dos Gases Ideais
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• Gás Ideal: Equação de Estado
–Lei Empíricas CombinadasLei Empíricas Combinadas: Lei dos Gases Ideais.
• Lei de Boyle:
• Lei de Charles:
• Lei de Avogadro:
➔Lei dos Gases: Propriedades dos Gases Ideais
V =const1×
1
p
V =const2×T
V =const3×n
V =const4× nT
p ⇒ pV =nRT
R Constante (Universal) dos Gases Ideais Equação de Estado
dos Gases Ideais
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• Gás Ideal: Equação de Estado Propriedades dos Gases Ideais
Valores numéricos das constantes dos gases
Pa m3 K-1 mol-1 8,314
J K-1 mol-1 8,314
atm L K-1 mol-1 0,082
torr L K-1 mol-1 62,36
cal K-1 mol-1 1,987
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• Gás Ideal: Equação de Estado
–Utilização da Lei dos Gases Ideais:
• Para um gás sob dois conjuntos de condições:
• Densidades e Massas Molares de Gases: Propriedades dos Gases Ideais
ρ
=mV, m=nM , V = nRT
p ⇒
ρ
=pM RT ⇔M=
ρ
RT p pV =nRT ⇒R= pVnT ⇒
p1V1 n1T1
= p2V2 n2T2
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• Ex.#1: Determinação da pressão de uma amostra.
– (a) Calcule a pressão do gás (em kPa) exercida por 1,25 g de nitrogênio gasoso em um frasco de volume igual a 250 mL, a 20 °C.
(b) Calcule a pressão exercida por 1,22 g de dióxido de carbono (CO2) contido em um frasco de 500 mL, a 37 °C.
Dado: MN2 = 28,02 g·mol-1,
Dado: MCO2 = 44,01 g·mol-1,
Dado: R = 8,314 Pa·m3K-1mol-1.
Resp.: (a) 435 kPa; (b) 143 kPa.
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• Ex.#2: Determinação do volume de uma amostra.
– Qual o volume final atingido por uma amostra de gás que foi aquecida de 25 °C até 1000 °C e cuja pressão aumentou de 10,0 kPa até 150,0 kPa? Admita que o volume inicial da amostra era de 15 mL.
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• Ex.#3: Determinação da densidade de uma amostra.
– Qual a densidade do vapor de tetracloro metano (CCl4) a
714 torr e 125 °C (398 K)?
Dados: MCCl4 = 154,0 g/mol, R = 62,36 torrL/Kmol.
Resp.: 4,43 g/L.
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• Misturas de Gases: Pressões Parciais
– Como as moléculas do gás estão muito separadas, pode-se supor que elas se comportam de forma independente.
➔ Lei de DaltonLei de Dalton: em uma mistura gasosa, a pressão total é
dada pela soma das pressões parciais de cada componente:
cada componente obedecendo a lei dos gases ideais:
Propriedades dos Gases Ideais
ptotal =p1+ p2 + p3 +...
pi=ni
(
RTV
)
⇒ ptotal= (n1+n2+n3)(
RTV
)
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• Misturas de Gases: Pressões Parciais
– Como as moléculas do gás estão muito separadas, pode-se supor que elas se comportam de forma independente.
➔ Lei de DaltonLei de Dalton: Propriedades dos Gases Ideais
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• Misturas de Gases: Pressões Parciais
– Como as moléculas do gás estão muito separadas, pode-se supor que elas se comportam de forma independente.
➔ Lei de DaltonLei de Dalton: Propriedades dos Gases Ideais
pi ptotal
= ni(RT/V) ntotal(RT/V)
= ni ntotal
=xi ≡Fração Molar
∴pi =xiptotal
Nota: esta expressão é utilizada como definição para o conceito de pressão parcialpressão parcial mesmo para gases não-ideais (reais).
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• Ex.#4: Determinação de frações molares.
– Calcule as frações molares do N2, do O2 e do Ar no ar seco ao
nível do mar, sabendo que 100,0 g de ar consiste em 75,5 g de N2, 23,2 g de O2 e 1,30 g de Ar.
Dados: MN2 ≈ 28,0gmol-1, MO2 ≈ 32,0gmol-1, MAr ≈ 39,9gmol-1.
Resp.: xN2 ≈ 0,780, xO2 ≈ 0,210, xAr ≈ 0,009.
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• Ex.#5: Determinação da pressão parcial.
– A pressão parcial do oxigênio no ar exerce um importante papel na aeração da água, permitindo o desenvolvimento da vida aquática, e na absorção do oxigênio pelo sangue nos nossos pulmões. Calcule as pressões parciais de uma amostra de gás consistindo de 2,50 g de oxigênio e 6,43 g de dióxido de carbono, e tendo uma pressão total de 88 kPa. Dados: MO2 ≈ 32,0 g·mol-1, MCO2 ≈ 44,0 g·mol-1.
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• Ex.#6: Determinação da pressão parcial.
– A partir dos dados da Voyager 1 os cientistas têm estimado a composição da atmosfera de Titã, a maior lua de Saturno. A pressão total na superfície desta lua é de 1.220 torr e sua atmosfera é constituída de 82% de N2, 12% de Ar e 6% de CH4
(em quantidades molares). Calcule as pressões parciais destes gases na atmosfera de Titã.
Resp.: pN2 ≈ 1000 torr, pAr ≈ 146 torr, pCH4 ≈ 73 torr. Nota
Nota: O resultado é válido mesmo admitindo que, nestas condições, os gases individuais e a mistura gasosa não se comportem idealmente.
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• Ex.#7: Determinação da pressão parcial.
– Uma amostra gasosa é constituída de 82% de N2, 12% de Ar e
6% de CH4 (em quantidades ponderais). Calcule as pressões
parciais de cada componente da mistura gasosa sabendo que a pressão total é de 1.220 torr.
Dados: MN2 ≈ 28,0gmol-1, MAr ≈ 39,9gmol-1, MCH4 ≈ 16,0gmol-1.
Resp.: pN2 ≈ 990 torr, pAr ≈ 100 torr, pCH4 ≈ 130 torr. Nota
Nota: O resultado é válido mesmo admitindo que, nestas condições, os gases individuais e a mistura gasosa não se comportem idealmente.
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Fim da Parte 2
Fim da Parte 2
Gases: Propriedades dos Gases Ideais
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• Gases Reais
–Para um gás ideal:
➔ Para um gás real pVm/RT pode ser diferente de 1.
–Para um gás real: Fator de Compressibilidade (Z)
➔ Os desvios são mais significativos com o aumento da pressão. Propriedades dos Gases Reais
pV =nRT ⇔ pVm=RT ⇒ pVm
RT =1
Z= Vm (Real)
Vm
(Ideal) ⇔ Z= pVm
(Real)
RT ⇒ Z
(Ideal)=
1, Z(Real)≠
1
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• Gases Reais
– Os desvios da idealidade ocorrem devido às forças intermoleculares: atração e repulsão.
– Como é possível saber que há atração e repulsão entre as moléculas?
1. Os gases se condensam a líquidos quando resfriados ou comprimidos, de modo que deve haver atraçãoatração.
2. Líquidos são mais difíceis de comprimir, de modo que deve haver intensas forças de repulsãorepulsão se opondo à compressão.
Propriedades dos Gases Reais
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• Gases Reais
– Os desvios da idealidade ocorrem devido às forças intermoleculares: atração e repulsão.
➔ Forças Repulsivas: de curto alcance, Forças Repulsivas
predominantes quando as moléculas estão quase em “contato”.
➔ Forças Atrativas: são de médio alcance,Forças Atrativas
predominantes em baixas temperaturas (o movimento lento pode permitir que uma molécula “capture” outra) e desprezíveis a longas distâncias (baixas pressões e grandes volumes).
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• Gases Reais
– Os desvios da idealidade ocorrem devido às forças intermoleculares: atração e repulsão.
➔ Resultados experimentais para o fator
de compressibilidade em função da pressão, para vários gases a 0 °C.
➔ Em todas as isotermas (T = const.): Z 1 quando → p 0. →
Gás Ideal: limite de baixas pressões.
➔ Em todos os casos (veremos...): Z 1 quando → T →∞ (aumenta com p). Gás Ideal: limite de altas temperaturas.
Propriedades dos Gases Reais
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• Gases Reais Propriedades dos Gases Reais
Temperatura fixa
Z > 1 →VReal > Videal
Forças repulsivas são dominantes: tendem afastar as moléculas.
Z < 1 →VReal < Videal
Forças atrativas são dominantes: tendem aproximar as moléculas.
95
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• Gases Reais Propriedades dos Gases Reais
Temperatura fixa Dependência c/ Temperatura
96
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• Gases Reais
–Gás Real Gás RealGás Ideal sob Gás Ideal sob pp baixa e/ou baixa e/ou TT alta alta
➔ O modelo do gás ideal falha por dois motivos: • As moléculas de um gás possuem volume. • As moléculas de um gás se atraem. Propriedades dos Gases Reais
97
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• Gases Reais
–Gás RealGás Real: Condensação (do Vapor)
➔ Devido à ocorrência de forças atrativas,
uma amostra gasosa pode ser liquefeita pelo efeito do aumento de pressão:
➔ Ex.: Isotermas do CO 2.
Temperatura: ≥ 50,00 °C: Gás Ideal Temp.: ~ 40,00 °C: Gás Real Temp .: < 31,04 °C: Vapor
Inflexão (*): Pressão Crítica (pc)
Volume Crítico (Vc) Temperatura Crítica (Tc)
Propriedades dos Gases Reais
98
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• Gases Reais
–Gás Real: Condensação (do Vapor)Gás Real
Propriedades dos Gases Reais
Coordenadas Críticas
Coordenadas Críticas
Gás pc
(atm)
Vc
(mL/mol)
Tc
(K)
He 2,26 57,8 5,2
Ar 48,0 75,3 150,7
O2 50,14 78,0 154,8
CO2 72,9 94,0 304,2
102
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• Gases Reais
–Equação (de Estado) do VirialEquação (de Estado) do Virial:
➔ Sob baixas pressões (grandes volumes) e altas temperaturas
as isotermas reais pouco diferem das isotermas do gás ideal.
➔ Este resultado sugere que a equação dos gases ideais deve ser
o primeiro termo de uma expressão da forma:
onde os coeficientes {Bi} e {Ci}, que dependem da temperatura, são os chamados coeficientes do virial.
➔ O primeiro coeficiente do virial é B0 = 1 e C0 = 1. Propriedades dos Gases Reais
pVm=RT
(
1+ B1p+B2p 2 +...
)
=RT(
1+ C1 Vm+ C2 Vm
2 +...
)
103
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• Gases Reais
–Equação (de Estado) do Virial:Equação (de Estado) do Virial
➔ Sob baixas pressões (grandes volumes) e altas temperaturas
as isotermas reais pouco diferem das isotermas do gás ideal.
➔ Este resultado sugere que a equação dos gases ideais deve ser
o primeiro termo de uma expressão da forma:
➔ Os coeficientes de ordens superiores são sempre menores que
os de ordem mais baixa (o que garante a convergência):
Propriedades dos Gases Reais
B1p ≫B2p
2≫
... C1 Vm
≫ C2 Vm
2 ≫...
e
pVm=RT
(
1+ B1p+B2p 2+...
)
=RT(
1+ C1 Vm+ C2 Vm
2 +...
)
104
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• Gases Reais
–Equação (de Estado) do VirialEquação (de Estado) do Virial:
➔ Sob baixas pressões (grandes volumes) e altas temperaturas
as isotermas reais pouco diferem das isotermas do gás ideal.
➔ A equação do virial pode ser utilizada para obter uma
expressão para o fator de compressibilidade:
➔ Este resultado pode ser utilizado para mostrar um importante
aspecto dos gases reais:
➢Mesmo quando um gás real segue a equação dos gases ideais, nem todas as propriedades serão as do gás ideal no limite p →0. Propriedades dos Gases Reais
Z=pVm
RT =1+B1p+B2p
2 +...=1+ C1 Vm
+ C2 Vm
2 +...
105
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• Gases Reais
–Equação (de Estado) do Virial:Equação (de Estado) do Virial
➔ Para um gás ideal (Z = 1):
➔ Para um gás real:
No limite p 0:→
Propriedades dos Gases Reais
∂Z ∂p =0
∂Z
∂p =B1+2B2p +...
lim p→0
∂Z ∂p =B1
Como B1 não é necessariamente zero, a inclinação
de Z em função de p não é necessariamente nula, o esperado para um gás que se comporta idealmente.
106
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• Gases Reais
–Equação (de Estado) do VirialEquação (de Estado) do Virial:
➔ Temperatura de Boyle (TB):
Temperatura na qual Z 1 → quando p 0 (ou → Vm →∞) com coeficiente angular nulo.
Nesta temperatura, o coef. do virial B1 (ou C1) é nulo e
pVm ≈ RTB em uma faixa mais ampla de pressões.
Propriedades dos Gases Reais
109
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals:Equação de Van de Waals(*)
➔ Termos de interações (atração e repulsão) devem ser
adicionados à equação do gás ideal para descrever gases reais.
➔ Forças de Atração: Diminuem a pressão do gás em relação ao Forças de Atração
comportamento ideal.
➔ Forças de Repulsão: Podem ser incluídas corrigindo-se o Forças de Repulsão
volume das moléculas do gás.
Propriedades dos Gases Reais
Vm (Real)
=Vm (Ideal)
−b p(Real)=p(Ideal)− a Vm
2
110
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals:(*) Propriedades dos Gases Reais
p=RT Vm
⇒ p(Real)= RT Vm
(Real)
Correção para o volume molecular
Correção para a atração molecular
p= RT
(Vm−b)− a
Vm2 ⇔
(
p+ aV2m
)
(
Vm−b)
=RT(*) Johannes Diderik van der Waals, físico holandês (1837-1923).
111
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals:Equação de Van de Waals
➔ Os parâmetros a e b são
independentes da temperatura.
Propriedades dos Gases Reais
(
p + a Vm2
)
(
Vm−b)
=RTConstantes de van der Waals
Constantes de van der Waals
Gás (atmLa2/mol2)
b
(L/mol)
He 0,0341 0,0237
Ne 0,2110 0,0171
Ar 1,3400 0,0322
Kr 2,3200 0,0398
Xe 4,1900 0,0510
H2 0,2440 0,0266
N2 1,3900 0,0391
O2 1,3600 0,0318
H2O 5,4600 0,0305
112
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Fidedignidade
Propriedades dos Gases Reais
Isotermas Ideais Isotermas de van der Waals
113
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: FidedignidadeEquação de Van de Waals
➔ Oscilações de
van de Waals (irreais)
➔ Construção de
Maxwell (T < Tc):
Propriedades dos Gases Reais
114
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Fidedignidade
➔ Oscilações de
van de Waals (irreais)
➔ Na Temperatura
Crítica (T = Tc):
Propriedades dos Gases Reais
115
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: CaracterísticasEquação de Van de Waals
➔ As principais características da equação de van der Waals
podem ser resumidas da seguinte forma:
1. As isotermas de van der Waals coincidem com as isotermas ideais no limite: p 0 e → T →∞. [Condição.]
2. Vapor e líquido coexistem na região das ondulações de van der Waals: previsão do fenômeno de condensação. [Maxwell…]
3. As coordenadas críticas estão relacionadas com os parâmetros de van der Waals: previsão do ponto crítico. [Veremos…]
116
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Coordenadas Críticas
➔ Os parâmetros críticos podem ser estimados a partir do ponto
de inflexão das isotermas de van der Waals:
Propriedades dos Gases Reais
p= RT
(Vm−b)
− a Vm 2 ∂2 p ∂Vm
2 = +
2RT (Vm−b)
3 − 6a Vm 4 ∂p ∂Vm
= − RT
(Vm−b) 2 + 2a Vm 3 ⇒ 117 Otávio Santana Otávio Santana
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: Coordenadas CríticasEquação de Van de Waals
➔ Os parâmetros críticos podem ser estimados a partir do ponto
de inflexão das isotermas de van der Waals:
Propriedades dos Gases Reais
p= RT
(Vm−b)
− a
Vm 2
∴pc= a
27b² , Vc=3b , Tc=
8a
27Rb ⇒ Zc= pcVc RTc = 3 8 ⇒ ∂p ∂Vm
= − RTc (Vc−b)
2 +
2a Vc
3 =0
∂2 p ∂Vm
2 = +
2RTc (Vc−b)
3 −
6a Vc
4 =0
118
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Coordenadas Críticas
➔ Alternativamente, as constantes de van der Waals podem ser
determinadas a partir dos parâmetros críticos experimentais:
Propriedades dos Gases Reais
p= RT
(Vm−b)
− a
Vm 2
∴a=3pcVc2=9
8RVcTc , b=
1 3Vc ⇒
∂p ∂Vm
= − RTc (Vc−b)
2 +
2a Vc
3 =0
∂2 p ∂Vm
2 = +
2RTc (Vc−b)
3 −
6a Vc
4 =0
121
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: Volume MolecularEquação de Van de Waals
➔ O parâmetro b de van der Waals (covolume) é
aproximada-mente o volume real ocupado por 1 mol de moléculas.
➔ No entanto, o volume real é maior que o molecular porque,
quando em contato, as partículas deixam espaços vazios.
➔ O volume real é estimado pelo volume excluído por molécula,
assumindo que estas sejam esferas de raio r que se tocam.
➔ O volume excluído corresponde à esfera que envolve a
molécula e que é inacessível para o centro das demais.
Propriedades dos Gases Reais
122
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Volume Molecular
➔ Como a esfera excluída possui raio 2r, o volume real por
molécula é aproximadamente 8 vezes o volume molecular:
Propriedades dos Gases Reais
r 2r
Vmolécula=
4 3πr
3
Vexcluído≃ 4 3π(2r)
3 ≃ 8V molécula
b ≃NAVexcluído ≃
32 3NAπr
3
∴r ≃
(
3b 32πNA)1/3 Raio molecular estimado, assumindo forma esférica (aprox.)
123
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: Estados CorrespondentesEquação de Van de Waals
➔ As variáveis críticas podem ser usadas para definir uma nova
escala de medidas, denominada “variáveis reduzidas”:
➔ O Princípio dos Estados Correspondentes, uma hipótese
proposta por van der Waals, estabelece que:
“Gases reais diferentes em estados de mesmo volume e “temperatura reduzidos possuem a mesma pressão reduzida.”
➔ Este princípio se verificou, especialmente para gases apolares. Propriedades dos Gases Reais
pr = p pc
, Vr= Vm Vc
124
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• Gases Reais
–Equação de Van de WaalsEquação de Van de Waals: Estados Correspondentes
➔ A equação de van der Waals é compatível com o princípio, o
que pode ser verificado a partir de:
que na equação de van der Waals, após simplificação de fatores, fornece:
que tem a mesma forma da equação original, mas é independente de parâmetros característicos do gás
Propriedades dos Gases Reais
p= prpc , Vm=VrVc , T =TrTc
prpc= R(TrTc) (VrVc−b)
− a
(VrVc) 2 ⇒ pr=
8Tr
3Vr−1
− 3
Vr 2 a = 3 pcVc
2
b = 1/ 3Vc
125
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• Gases Reais
–Equação de Van de Waals: Estados CorrespondentesEquação de Van de Waals
Propriedades dos Gases Reais
137
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Gases Ideais e Reais & Teoria Cinética dos Gases Gases Ideais e Reais & Teoria Cinética dos Gases Propriedades dos Gases Reais
Fim da Parte 3
Fim da Parte 3
Gases: Propriedades dos Gases Reais
138
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• Teoria Cinética dos Gases: Introdução(*)
– O movimento molecular mais simples de descrever é o deslocamento caótico de partículas no gás ideal.
– A Teoria Cinética dos Gases explica a pressão dos gases, bem
como a relação entre a temperatura e a energia total do gás.
– No Modelo Cinético admite-se que a única contribuição para a energia total provém da energia cinética das moléculas.
– O modelo é baseado em hipóteses simples e gerais, a partir das quais é possível tirar conclusões quantitativas importantes.
– A teoria também possibilita descrever o fenômeno de difusão,
uma propriedade de transporte.
Teoria Cinética dos Gases
(*) Tópico do capítulo “Moléculas em Movimento” do último volume do livro “Físico-Química” de P. Atkins.
139
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
– A teoria cinética dos gases é baseada em três hipóteses simples, que constituem o Modelo Cinético dos Gases:
1. Um gás corresponde a um grande número de partículas (átomos ou moléculas) em movimento aleatório e incessante;
2. O tamanho das partículas é desprezível quando comparado à distância média entre as colisões;
3. As partículas se movem em linha reta e só interagem quando colidem elasticamente (momento linear e energia cinética).
➔ As propriedades macroscópicas devem ser consequência do
movimento das partículas, tratadas como massas pontuais.
Teoria Cinética dos Gases
141
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ A partir das hipóteses do modelo cinético, é possível prever a
pressão e a velocidade média (quadrática) das moléculas.
➔ Segundo o modelo, a pressão exercida por um gás se deve às
colisões das partículas com as paredes do recipiente.
➔ Devido ao grande número de colisões em um curto espaço de
tempo, a força/pressão sobre as paredes é uniforme.
➔ Como veremos, a teoria, construída a partir deste modelo,
pode explicar a lei empírica de Boyle...
142
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das MoléculasPressão e Velocidade das Moléculas:
➔ Considere uma partícula de massa m
que se desloca na direção x e que colide com uma parede.
➔ A componente x do momento linear
muda de mvx para -mvx, de modo
que, em cada colisão:
➔ Esta quantidade corresponde ao momento transferido para a parede devido a colisão ao longo da direção x. Teoria Cinética dos Gases
Δpx=2mvx Variação de momento por partícula (em módulo)
143
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ O número de colisões em Δt é igual
ao número de partículas capazes de atingir a parede neste intervalo.
➔ As partículas com velocidade +v
x que
se encontrarem até a distância vxΔt
atingirão a parede neste intervalo.
➔ Todas as partículas no volume AvxΔt
alcançarão a parede se estiverem se movendo em sua direção, portanto: Teoria Cinética dos Gases
N=ρ(AvxΔt) Nº de moléculas
no volume
ρ = nNA V
Densidade de Partículas
144
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das MoléculasPressão e Velocidade das Moléculas:
➔ Assumindo que, em média, metade das partículas de
velocidade vx se movem na direção da parede, e que:
tem-se que a variação total do momento linear ΔPx no intervalo de tempo Δt será:
onde se fez a substituição: M = mNA.
Teoria Cinética dos Gases
ΔPx= 1 2NΔpx=
1 2
[
(
nNA
V
)
(AvxΔt)]
(2mvx) = n M Avx2ΔtV =
N° de colisões por intervalo de
tempo Δt
N° de partículas capazes de alcançar
a parede em Δt
145
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ Assumindo que, em média, metade das partículas de
velocidade vx se movem na direção da parede, e que:
tem-se que a taxa variação total do momento linear, ou força, na direção x, Fx, é dada por:
onde se fez a substituição: M = mNA.
Teoria Cinética dos Gases
ΔPx= 1 2NΔpx=
1 2
[
(
nNA
V
)
(AvxΔt)]
(2mvx) ⇒Fx= n M Avx2V =
N° de colisões por intervalo de
tempo Δt
N° de partículas capazes de alcançar
a parede em Δt
146
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das MoléculasPressão e Velocidade das Moléculas:
➔ Assumindo que, em média, metade das partículas de
velocidade vx se movem na direção da parede, e que:
tem-se, portanto, que a força por unidade de área, ou pressão
p, uma propriedade intensiva, característica do sistema, é:
onde se fez a substituição: M = mNA.
Teoria Cinética dos Gases
ΔPx= 1 2NΔpx=
1 2
[
(
nN A
V
)
(AvxΔt)]
(2mvx) ⇒ p= n M vx
2
V =
N° de colisões por intervalo de
tempo Δt
N° de partículas capazes de alcançar
a parede em Δt
147
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ A pressão medida macroscopicamente corresponde a um valor
médio, de modo que vx deve ser substituída por uma média:
➔ Esta importante equação é consistente com a equação dos
gases ideais, segundo a qual:
Teoria Cinética dos Gases
p= nM⟨vx
2⟩
V
Nem todas as moléculas possuem a mesma velocidade vx.
Nota: é importante perceber que ⟨vx 2⟩≠ ⟨v
x⟩ 2.
p= n RT V
A pressão aumenta quando n aumenta e diminui quando V aumenta sob T constante. Nota: é importante perceber que ⟨vx
148
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das MoléculasPressão e Velocidade das Moléculas:
➔ Velocidade Média Quadrática (Velocidade Média Quadrática (cc)): é obtida da raiz quadrada da
média dos quadrados das velocidades, que para N partículas é:
Como não deve haver fluxo em uma direção preferencial, as médias em todas as direções devem ser iguais, de modo que:
Teoria Cinética dos Gases
c=
(
⟨vx2⟩ + ⟨v
y
2⟩ + ⟨v
z
2⟩
)
1/2 ,⟨vx2⟩ =
∑
i Nvxi
2
N ,⟨vy
2⟩ =
...
⟨vx
2⟩ = ⟨v
y
2⟩ = ⟨v
z
2⟩ ⇒ c=
(
3⟨vx
2⟩
)
1/2 ⇒ ⟨vx2⟩ = 1
3c
2
149
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ Velocidade Média Quadrática (Velocidade Média Quadrática (cc)): é obtida da raiz quadrada da
média dos quadrados das velocidades, que para N partículas é:
Com este resultado para a velocidade média quadrática, pode-se escrever para a pressão do gás:
Teoria Cinética dos Gases
c=
(
⟨vx2⟩ + ⟨v
y
2⟩ + ⟨v
z
2⟩
)
1/2 ,⟨vx2⟩ =
∑
i Nvxi
2
N ⇒ ⟨vx
2⟩ = 1
3c
2
Consistente com a Lei de Boyle.
Nota: percebe-se que c2 ∝ T. p= 1
3
n M c2
V ⇔ pV =
1 3nM c
2
150
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das MoléculasPressão e Velocidade das Moléculas:
➔ Energia Cinética Média (Energia Cinética Média (EE = = NNεε)): é obtida da média das
energias cinéticas de moléculas individuais:
Com este resultado para a velocidade média quadrática, pode-se escrever para a energia cinética do gás (energia total):
Teoria Cinética dos Gases
Consistente com a Equação dos Gases Ideais. Nota: interpretação para E. p= 1
3
n M c2
V ⇔ pV=
2 3¯E
¯ E= 1
2N mc
2=1
2nM c
2 ¯
E=N¯
ε
,¯ε
=½m⟨v2⟩c2 = ⟨v2
⟩ = ⟨vx
2 ⟩ + ⟨vy
2 ⟩ + ⟨vz
2 ⟩
151
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Pressão e Velocidade das Moléculas:Pressão e Velocidade das Moléculas
➔ Energia Cinética Média (Energia Cinética Média (EE = = NNεε)): é obtida da média das
energias cinéticas de moléculas individuais:
Com este resultado para a velocidade média quadrática, pode-se escrever para a energia cinética do gás (energia total):
Teoria Cinética dos Gases
Consistente com a Equação dos Gases Ideais. Nota: interpretação para ε. p= 1
3
n M c2
V ⇔ ¯
ε
=3 2kBT
¯ E= 1
2N mc
2=1
2nM c
2 ¯
E=N¯
ε
,¯ε
=½m⟨v2⟩c2 = ⟨v2
⟩ = ⟨vx
2 ⟩ + ⟨vy
2 ⟩ + ⟨vz
2 ⟩
152
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das MoléculasTemperatura e Velocidade das Moléculas:
➔ A relação pressão-volume é consistente com a lei de Boyle,
pois c é uma constante dos sistema sob temperatura fixa.
➔ Para que a relação seja equivalente à equação dos gases ideais
(fundamentada em leis empíricas), o lado direito deve ser nRT.
➔ Portanto, este resultado sugere que a equivalência existe
somente se:
Teoria Cinética dos Gases
c=
(
3RT M)
1/2 nRT =1
3nM c
2⇒ Consistente com a Equação dos Gases Ideais.
Nota: interpretação para T. Valor representativo : 500 m·s-1.
157
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das Moléculas:Temperatura e Velocidade das Moléculas
➔ Em um gás as moléculas não se movem com uma única
velocidade, correspondente à velocidade média.
➔ As velocidades devem cobrir uma ampla faixa de valores e as
colisões redistribuem continuamente estas velocidades:
➢ Em certo instante uma determinada molécula pode se mover
lentamente e ser acelerada devido à uma colisão.
➢ Quando isto ocorre, a molécula que possuía maior velocidade é
desacelerada, devido à conservação de momento e energia.
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das MoléculasTemperatura e Velocidade das Moléculas:
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): ➔ A fração de moléculas com
velocidades entre v e v+dv
tem a forma:
➢ A área sob as três curvas é
a mesma e corresponde à soma de todas as frações entre v = 0 e v →∞.
[Quanto vale esta soma?]
Teoria Cinética dos Gases
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das Moléculas:Temperatura e Velocidade das Moléculas
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): a distribuição de Boltzmann
estabelece que a fração de moléculas com energia E = NAε é:
onde a energia cinética (molar) E depende das componentes de velocidade vx, vy e vz (moleculares) na forma:
Teoria Cinética dos Gases
f(
ε
) =K e−ε/kBT ⇔f(E) =K e−E/RTE= 1
2Mv
2= 1
2Mvx
2+ 1
2Mvy
2+ 1
2Mvz
2
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das MoléculasTemperatura e Velocidade das Moléculas:
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): ➔ A probabilidade é calculada
em uma casca esférica de raio v e espessura dv.
➢ Integrando o elemento de volume dvxdvydvz nas coordenadas angulares obtém-se:
Teoria Cinética dos Gases
d
τ
=4π
v2 dv161
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das Moléculas:Temperatura e Velocidade das Moléculas
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): a distribuição de Maxwell
estabelece que a fração de moléculas com velocidade v é:
que, assim como a velocidade média quadrática c, depende da massa M e da temperatura T.
➢ A função de distribuição se alarga com a diminuição de M e
com o aumento de T.
Teoria Cinética dos Gases
f(v) =4
π
(
M 2π
RT)
3/2 v2e−Mv2
/2RT
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das MoléculasTemperatura e Velocidade das Moléculas:
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): ➔ A fração de moléculas com
velocidades entre v e v+dv
tem a forma:
➢ A expressão corresponde ao
produto de duas funções: crescente × decrescente.
Teoria Cinética dos Gases
f(v) ∝ C1(T)v 2
e−C2(T)v 2
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• Teoria Cinética dos Gases: Modelo Cinético
–Temperatura e Velocidade das Moléculas:Temperatura e Velocidade das Moléculas
➔ Distribuição de Velocidades (Distribuição de Velocidades (ff)): ➔ A fração de moléculas com
velocidades entre v e v+dv
tem a forma:
➢ Para calcular a probabilidade de
uma molécula ter velocidade entre v1 e v2, integra-se:
Teoria Cinética dos Gases
f(v1...v2) =
∫
v1
v2