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II – Processo de Execução

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Plano de Ensino

II

Processo de Execução

8. Processo de execução para pagamento de

quantia

9. Processo de execução para entrega de coisa

10. Processo de execução para o cumprimento de

(2)

Processo de Execução

P1

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Petição inicial

Elaborada de acordo com os requisitos gerais(CPC, 319) e com os documentos

indispensáveis(CPC, 798, I), título executivo e demonstrativo de cálculos

atualizado, terá como requerimento a citação do executado para, no prazo de 3 dias (contados da citação), efetuar o pagamento da dívida.

Nota: no caso de pagamento integral no prazo, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade(CPC, 827, §1º)

O exequente poderá, na petição inicial ou a qualquer momento(CPC, 798, II):

indicar bens do devedor a serem penhorados, não ficando adstrito à ordem de preferência da lei

requerer a intimação do executado para indicação de quais são os seus bens sujeitos à execução, sob pena de ato atentatório à dignidade da

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Processo de Execução

P2

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Posturas do juiz na Execução

Diante da petição inicial, poderá o juiz:

Indeferir a petição inicial

Determinar a emenda da inicial

Determinar a citação do executado para pagar em 3 dias, por correio,

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Processo de Execução

P3

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Posturas diante da Citação

não localização do executado ou de bens

O exequente deve dar andamento, indicando novo endereço ou bens.

Não havendo bens, suspende-se a execução (CPC, 921).

não localização do executado, mas localização dos seus bens

Se o executado não foi citado, mas seus bens foram encontrados, é realizado um arresto executivo (CPC, 830).

Em prosseguimento, deverá o exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora certa (CPC, 830, § 2º) e

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Processo de Execução

P4

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Posturas do executado

Uma vez citado, o executado pode:

Manter-se inerte

com penhora, passa-se à fase de expropriação do bem

sem penhora, o oficial de justiça deve voltar ao endereço e realizar a

penhora e avaliação de bens (CPC, 829, §1º)

Oferecer embargos à execução, no prazo de 15 dias

Requerer a moratória legal, no prazo de 15 dias (CPC, 916)

Reconhecendo o crédito e comprovando o depósito de 30% do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado

poderá requerer lhe seja permitido pagar o restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de 1% ao mês

A moratória legal não se aplica ao cumprimento da sentença(CPC, 916, § 7º)

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Processo de Execução

P5

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Penhora

A penhora é o ato de apreensão e depósito de bens para empregá-los, direta ou indiretamente, na satisfação do crédito executado.

utilização direta - entregue diretamente ao credor (adjudicação)

utilização indireta - expropriado e convertido em dinheiro

Efeitos processuais da penhora

garantia do juízo

a criação de condições concretas às satisfação do credor

individualização do bem sujeito à execução

direito de preferência

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Processo de Execução

P6

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Efeitos materiais da penhora

Retirada da posse direta do bem do executado

A penhora é aperfeiçoada coma apreensão e o depósito dos bens.

O executado pode figurar como depositário do bem basicamente em três situações:

o exequente concordar expressamente

difícil a remoção do bem

bem imóvel rural, direitos aquisitivos sobre eles, máquinas, utensílios e

instrumentos agrícolas

Ineficácia dos atos de oneração e alienação (fraude à execução)

Objeto da penhora

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Processo de Execução

P7

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Ordem de preferência da penhora

Verifica-se diante da pluralidade de bens e do conhecimento do exequente dessa pluralidade, logo, a penhora observará a seguinte

ordem, preferencialmente:

dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição

financeira (CPC, 835, I)

títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal

com cotação em mercado(CPC, 835, II)

títulos e valores mobiliários com cotação em mercado (CPC, 835, III)

veículos de via terrestre (CPC, 835, IV)

bens imóveis(CPC, 835, V)

bens móveis em geral(CPC, 835, VI)

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Processo de Execução

P8

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Ordem de preferência da penhora

Verifica-se diante da pluralidade de bens e do conhecimento do exequente dessa pluralidade, logo, a penhora observará a seguinte

ordem, preferencialmente:

(...)

navios e aeronaves(CPC, 835,VIII)

ações e quotas de sociedades simples e empresárias (CPC, 835, IX)

percentual do faturamento de empresa devedora(CPC, 835, X)

pedras e metais preciosos(CPC, 835, XI)

direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia(CPC, 835, X)

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Processo de Execução

P9

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Ordem de preferência da penhora

Observações:

a faculdade de escolha do bem a ser penhorado não é do devedor mas do credor, cabendo ao devedor impugnar ou embargar a indicação

o STJ entende que o juiz pode inverter esta ordem, aplicando o princípio

da menor onerosidade e da maior efetividade da tutela executiva, pois a

ordem não é obrigatória, mas preferencial

a penhora em dinheiro pode ser substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial, com acréscimo e 30% (CPC, 835, § 2º)

a penhora em dinheiro pode ser realizada pelo sistema BacenJud (CPC, 854)

a penhora “em dinheiro” é gênero que compreende depósito em aplicação financeira, entretanto não se confunde com as cotas de fundo de investimento, que são valores mobiliários com cotação em mercado(CPC, 835, III) e nem com a penhora em faturamento (CPC, 835, § 2º), pois não é possível

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Processo de Execução

P10

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Penhora em dinheiro - BacenJud

A penhora online é a penhora de dinheiro realizada por um programa de computador (BacenJud). O sistema informa que encontrou o valor e

penhora apenas o necessário, não havendo quebra de sigilo bancário.

Observações:

não é necessário o prévio esgotamentode outras medidas executivas

o sistema não evita a penhora de valores impenhoráveis, pois o juiz não

pode fazer de ofício esse controle

o prévio requerimento do exequente (CPC, 854)não é necessário segundo a

doutrina, devendo haver pedido apenas para penhora antes da citação

o sistema proporciona excesso de execução, pois a penhora recai sobre a

pluralidade de contas do devedor, havendo solução apenas aos litigantes

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Processo de Execução

P11

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Forma e Lugar da penhorada

Forma da penhora

Se o documento que forma a penhora for:

um termo de penhora, significa que a penhora foi realizada em cartório

um auto de penhora, significa que a constrição foi feita por um oficial de justiçacom observância do princípio da territorialidade

Lugar da penhora

no foro da execução, como regra

no foro da sua situação dos bens, por carta precatória, caso o devedor

não tenha bens no foro da causa (CPC, 845, § 2º)

no foro da execução, como exceção, para imóvel ou veículo, independentemente de sua localização, se houver certidão da matrícula

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Processo de Execução

P12

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Substituição do bem penhorado

A substituição da penhora é a faculdade dada ao devedor de liberar o bem penhorado, colocando outro no seu lugar, ou a ambos, de substituição:

• o executado pode, no prazo de 10 dias, após intimado da penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove cabalmente que a

substituição não trará prejuízo ao exequente e será menos onerosa (CPC, 847)

• aspartes poderão requerer a substituição da penhora se:

• ela não obedecer à ordem legal (CPC, 848, I)ou não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento(CPC, 848, II)

havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados(CPC, 848, III)ou

bens livres, ela tiver recaído sobre já penhoradosou com gravame(CPC, 848, IV)

• ela incidir sobre bens de baixa liquidez (CPC, 848, V) ou fracassar a tentativa de alienação judicial do bem(CPC, 848, VI)

• o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações

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Processo de Execução

P13

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Formas de expropriação

Expropriação é a forma de satisfazer o credor que não conseguiu realizar penhora de dinheiro.

As hipóteses são:

Adjudicação

Alienação por iniciativa particular ou em leilão judicial

Apropriação de frutos e rendimentos da empresa ou de estabelecimento e de outros bens

(que cuidam da penhora de percentual de faturamento (CPC, 866), bem

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Processo de Execução

P14

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Adjudicação

É o ato executivo expropriatório, por meio do qual o juiz, em nome do

Estado, transfere o bem penhorado para o exequente ou para outras pessoas a quem a lei confere preferência na aquisição.

Peculiaridades

a adjudicação é considerada a forma preferencial de expropriação, pois evita gastos com a alienação do bem

depende da existência de interessados- a adjudicação nunca é obrigatória

à míngua de preclusão temporal,é possível pedir adjudicação durante todo o procedimento

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Processo de Execução

P15

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Adjudicação

Requisitos

bem penhorado

execução em trâmite

valor da adjudicação

Há previsão de que o valor mínimo da adjudicação será o valor da avaliação do bem (CPC, 876), entretanto o STJ já admitiu a adjudicação por valor inferior ao da avaliação porque foram feitas 8 hastas públicas frustradas (Resp 435.120/SP)

legitimidade do adjudicante

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Processo de Execução

P16

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Adjudicação -

Legitimidade

Exequente, o legitimado padrão para a adjudicação (CPC, 876)

Cônjuge, companheiro,descendentes e ascendentesdo executado (CPC, 876, § 5º)

São legitimados para adjudicarindependentemente da espécie do bem

Credores concorrentes, quando o bem penhorado for o mesmo(CPC, 876, § 5º)

Sócio não devedor, quando o bem penhorado for quotas sociais ou ação de sociedade anônima(CPC, 876, § 7º)

Pessoas indicadas no art. 889, incisos II a VIII (credores com garantia real):

Coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração

idealCPC, 876, § 5º c/c 889, II)

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Processo de Execução

P17

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Adjudicação -

Legitimidade

Pessoas indicadas no art. 889, incisos II a VIII (credores com garantia real):

Proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície,

enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre tais direitos reais

(CPC, 876, § 5º c/c 889, IV)

Credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora

anteriormente averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames (CPC, 876, § 5º c/c 889, V)

Promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada(CPC, 876, § 5º c/c 889, VI)

Promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada (CPC, 876, § 5º c/c 889, VII)

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Processo de Execução

P18

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Adjudicação -

Concurso de legitimados

Havendo diversos legitimados, prevalece quem fizer a melhor oferta. Se as ofertas forem iguais, respeita-se a seguinte ordem:

Sócio, se a penhora recair sobre as quotas sociais (CPC, 876, § 7º)

Cônjuge/companheiro (excetuada a quota social)(CPC, 876, § 6º)

Descendentes ou Ascendentes

Na disputa entre descendentes ou entre ascendentes, leva-se em conta o grau de parentesco mais próximo, idêntico o grau de parentesco far-se-á sorteio

Credor com garantia real

Credores quirografários

Entre os credores quirografários a regra é a anterioridade da penhora.

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Processo de Execução

P19

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Alienação por iniciativa particular

Se não houver adjudicação, passa-se para a segunda forma de expropriação: a alienação por iniciativa particular (CPC, 880), que também depende de pedido

do exequente.

A ideia é permitir a atuação de intermediários entre os interessados em

adquirir o bem penhorado e o juízo: o próprio exequente, corretor ou

leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.

O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se

for o caso, a comissão de corretagem (CPC, 880, § 1º).

Essa forma de expropriação continua conformando uma alienação judicial, que já era prevista na Lei 9.099/95.

(21)

Processo de Execução

P20

8. Processo de execução para pagamento de quantia

Averbação

Ao ajuizar a ação de execução, o exequente pode requerer ao cartório distribuidor a expedição de certidão em seu favor, a fim de averbar no

cartório de registro de bens do executado.

Nota: a averbação é da execução, e não da penhora.

O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade (CPC, 828).

No prazo de 10 dias da concretização da averbação, o exequente comunicará

ao juízo as averbações efetivadas(CPC, 828, § 1º)e após formalizada a penhora sobre

bens suficientes para cobrir o valor da dívida, providenciará, no prazo de 10

dias, o cancelamento das averbações relativas aos não penhorados(CPC, 828, § 2º)

Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada

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Processo de Execução

P21

9. Execução da obrigação de entrega de coisa

Neste caso, “o devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 dias, satisfazer a

obrigação” (CPC, 906)

Havendo inércia, é possível aplicar as seguintes formas de execução:

Execução por sub-rogação (ex.: busca e apreensão; imissão na posse);

Execução indireta (astreintes).

Peculiaridades

• é possível a aplicação cumulativa dos dois meios de execução.

não há preferência entre as formas executivas, considerando-se:

• a efetividade da tutela

• a menor onerosidade

(23)

Processo de Execução

P22

10. Execução das obrigações de fazer e não fazer

Aspectos gerais

O executado será citado para cumprir sua obrigação no prazo do título executivo ou no prazo que o juiz fixar, levando em consideração a complexidade do ato a ser praticado (CPC, 815).

Obrigação de fazer

Após a citação, o executado pode:

Cumprir a obrigação no prazo fixado

Permanecer inerte, deixando passar o prazo da citação para embargar

ou cumprir

Embargar a execução em 15 dias

Nesse caso, o juiz deverá conceder ou não efeito suspensivo: concedendo, seu

(24)

Processo de Execução

P23

10. Execução das obrigações de fazer e não fazer

Atos executórios

Permanecendo inerte ou não cumprindo a obrigação depois da decisão de

improcedência dos embargos à execução ocorrerá o seguinte:

• Sendo a obrigação infungível

aplicação das astreintes e outras medidas de pressão psicológica

(execução indireta)

• Se isso não funcionar, deverá o juiz converter a execução em perdas e danos.

• Sendo a obrigação fungível

aplicação das astreintes (CPC, 814)

realização da obrigação por terceiro (CPC, 816 e 817)

realização da obrigação pelo próprio exequente ou sob sua supervisão (CPC, 816)

(25)

Processo de Execução

P24

10. Execução das obrigações de fazer e não fazer

Obrigação de não fazer

Por meio da execução nas obrigações de não fazer, busca-se uma tutela jurisdicional reparatória (o desfazimento do ato).

A execução dependerá do tipo de obrigação de não fazer:

Obrigação permanente ou contínua

Permite o retorno ao status quo ante (ex.: construção indevida de muro)

O devedor deverá responder pelo desfazimento do ato e pelas perdas e danos, por meio da conversão do processo execução em de pagar quantia certa.

Obrigação instantânea

Não permite o retorno ao status quo ante.

Diante da impossibilidade desfazimento do ato, a obrigação deve ser

(26)

Defesas do Executado

P25

11. Embargos à execução

Conceito

Os embargos são a via para opor-se à execução forçada.

São uma ação de conhecimento, autônoma e incidente no processo de execução, que tem por fim destruir o título executivo, ou cortar os seus excessos.

Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução,

poderá opor-se à execução por meio de embargos.

Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo

(27)

Defesas do Executado

P26

11. Embargos à execução

Requisitos

Tendo natureza jurídica de ação autônoma deve:

preencher as condições da ação (interesse de agir e legitimidade da parte);

atender aos pressupostos processuais da ação: a competência do juízo, a capacidade das partes e procedimento adequado;

atender à tempestividade dos embargos.

Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias,

contado, conforme o caso, na forma do art. 231.

§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles

embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação,

salvo no caso de cônjuges ou de companheiros, quando será contado a partir

(28)

Defesas do Executado

P27

11. Embargos à execução

Matérias de Discussão

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

II - penhora incorreta ou avaliação errônea;

III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;

IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;

V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

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Defesas do Executado

P28

11. Embargos à execução

Procedimento dos Embargos

• inicial distribuída por dependência, com cópias necessárias dos processo de execução; (sem necessidade de garantia do juízo)

• em regra, não há a suspensão da execução (CPC, art. 919); excepcionalmente, pode ser concedido o efeito suspensivo (juízo garantido, relevância dos argumentos e grave dano);

• réu (embargado) poderá se manifestar em 15 dias;

(30)

Defesas do Executado

P29

11. Demais mecanismos de defesa do executado

Ações autônomas (defesa heterotópica)

O devedor/executado pode ainda defender-se com a propositura de ações autônomas, em que se discute o título executivo ou a dívida.

• ação rescisória da sentença

• ação de anulação

• ação de revisão

• ação de consignação em pagamento

• ação declaratória de inexistência de relação jurídica

Essas ações costumam ser propostas antes da execução, já que, após a execução, a defesa far-se-á por embargos.

(31)

Defesas do Executado

P30

11. Demais mecanismos de defesa do executado

Exceção de pré-executividade

Aspectos gerais

A doutrina e jurisprudência admitiam a possibilidade de o executado apresentar na execução simples petição, com questionamentos à execução, desde que comprovados documentalmente.

A exceção permite que o executado apresente sua defesa, independentemente de prévia penhora, que ainda é pressuposto para a oposição de embargos na execução fiscal.

Consolidação

Súmula 393 do STJ: “A exceção de pré-executividade é admissível na

execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória”.

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Defesas do Executado

P31

11. Demais mecanismos de defesa do executado

Exceção de pré-executividade

Exemplos de discussão

A exceção de pré-executividade pode veicular tanto as questões que o órgão jurisdicional deveria conhecer ex officio, como qualquer outra

defesa desde que possa ser comprovada com prova pré-constituída:

• falta de pressupostos processuais • falta de condições da ação

• prescrição • pagamento • compensação

• impenhorabilidade • novação

(33)

Defesas do Executado

P32

11. Demais mecanismos de defesa do executado

Exceção de pré-executividade

Questionamento

Uma vez que a impugnação e os embargos à execução não exigem mais a

garantia do juízo, qual é a utilidade da exceção de pré-executividade?

• na execução fiscal, ela permanece útil, pois nessa execução permanece necessário garantir o juízo para embargar.

• o parágrafo único do art. 803 do CPC estabeleceu a possibilidade de

atacar nulidades da execução (como a ausência de título executivo, falta de regular citação, falta de verificação do termo ou condição) por meio de simples petição, independentemente de embargos à execução

• não sendo ação, não se sujeita ao pagamento de custas

(34)

Defesas do Executado

P33

Exercício Prático

Em 2003, João ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Como já trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da sociedade. Em janeiro de 2012, o Município X, ao verificar que a D Ltda. deixou de pagar o IPTU lançado no ano de 2004, referente ao imóvel próprio em que tem sede, inscreveu a sociedade em dívida ativa e ajuizou execução fiscal em face desta, visando à cobrança do IPTU e dos acréscimos legais cabíveis.

Após a citação da pessoa jurídica, que não apresentou defesa e não garantiu a execução, a Fazenda Municipal solicitou a inclusão de João no polo passivo da execução fiscal, em razão de sua participação societária na executada, o que foi deferido pelo Juiz.

João, citado em fevereiro de 2012, procura um advogado e explica que passa por grave situação financeira e que não poderá garantir a execução, além de não possuir qualquer bem passível de penhora. Ao analisar a documentação trazida por João, o advogado verifica que há prova documental inequívoca de seu direito.

Assim, como advogado de João, elabore a peça adequada à defesa de seu cliente nos próprios autos da execução fiscal. (Valor: 5.00)

(35)

FIM DA

Referências

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