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Processo

539/05.1TBCBC-C.G1

Data do documento 31 de outubro de 2018

Relator

Elisabete Coelho De Moura Alves TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES | CÍVEL

Acórdão

DESCRITORES

Recurso de revisão > Prova documental > Correspondência entre advogados > Caducidade

SUMÁRIO

Sumário (da relatora):

1- O trânsito em julgado, por regra, torna inatacável qualquer sentença proferida pelos Tribunais. É a chamada autoridade do caso julgado só, excepcionalmente, quebrada nos casos taxativamente estabelecidos na lei - artº 696º do CPC.

2- O recurso extraordinário de revisão não serve para a parte reagir contra uma decisão que lhe é desfavorável, invocando o que poderia e deveria já ter trazido a juízo em momento anterior. Desse modo, está fora do âmbito do recurso de revisão apreciar prova documental que pudesse já ter sido apresentada e valorada pelo Tribunal cuja sentença se quer ver revista.

3- A carta junta em sede de recurso de revisão, consubstanciando a troca de correspondência entre advogados e reportando-se a uma situação de diferendo, prévia à acção judicial, na qual eram intervenientes os representados de cada um deles, em cujo teor são feitas afirmações relativas a factos atinentes aos representados e com directo reporte à situação do diferendo inseridas no escopo de proposta para a sua resolução extrajudicial, é um documento sujeito ao sigilo profissional do advogado nos termos do artigo 92º alíneas e) e f) do Estatuto da Ordem dos Advogados.

4- Embora tal documento estivesse coberto pelo segredo profissional, isso não significaria a impossibilidade de o mesmo vir a ser dispensado nos termos legalmente previstos.

5- Para o funcionamento da alínea c) do artigo 696º do CPC, impõe-se que a parte não tivesse conhecimento do documento, ou que dele não tivesse podido fazer uso no processo respectivo, e, em ambos os casos, que o documento seja, por si só, suficiente para modificar a decisão em sentido mais

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favorável à parte vencida.

6- O teor de tal documento (inserido num contexto de resolução do diferendo), ainda que ultrapassada a questão do sigilo profissional, nunca poderia, por si só, relevar para a alteração do decidido já que não é apto a provar qualquer facto inconciliável com a decisão revidenda, desde logo porque não tem força probatória para tal, necessitando sempre, na sua coadjuvação, de outros elementos probatórios globalmente produzidos em juízo.

TEXTO INTEGRAL

ACORDAM EM CONFERÊNCIA NA 1ª SECÇÃO CÍVEL DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

I. Relatório

António interpôs em 4.05.2018 o presente recurso extraordinário para revisão de sentença contra

«Construções X, Ldª» pedindo que o mesmo fosse admitido com fundamento no disposto na alínea c) do artigo 698.º do Código de Processo Civil.

Alegou para tal, em síntese, que nos autos principais foi proferida sentença em 12.10.2015 que condenou os RR. no pagamento da quantia de 51.894,43€ acrescida de IVA, o que ocorreu em obediência à resposta dada ao quesito 3º da BI que havia em recurso de sentença anteriormente proferida sido alterado pelo Tribunal da Relação de Guimarães, a qual, pese embora os sucessivos recursos interpostos não foi discutida e transitou em julgado.

Tal quesito havia merecido, na primeira decisão proferida em primeira instância, resposta de não provado, o que implicava que se considerasse que o valor acordado para a obra, de 32.500.000$00/162.109,32€ não incluía IVA, vindo tal matéria a ser alterada pelo Tribunal da Relação.

Sustenta que findo o processo, no dia 5 ou 6 de Abril de 2018, o seu mandatário entregou ao apelante o dossier completo da presente acção, pelo que só agora tomou conhecimento da existência neste dossier de uma carta de correspondência entre o primitivo advogado da aí autora e do seu advogado, cujo teor é prova insofismável que o tribunal da Relação errou a alterar o julgamento da matéria de facto no que se refere ao quesito relativo ao valor da empreitada acrescido de IVA.

Conclui que ao abrigo do disposto nos artigos 696 al. c) e 698 n.ºs 1 e 2 do C.P.C., deve o Recurso ser admitido e a final julgado provado por procedente, revogando a Sentença recorrida, e proferida nova

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decisão, reduzindo-se o valor à quantia de 3.483 contos / 17.373,13 €, acrescido do valor da factura dos trabalhos extras de 11.685,80 € e respectivos juros de mora.

Aberta conclusão nos autos foi proferida decisão que indeferiu o presente recurso de revisão, nos termos do nº 1 do art. 699º do CPC, por não se mostrar verificada a situação a que alude a al. c), do art. 696º, nem o circunstancialismo de qualquer outra das alíneas em questão.

Considerou-se, em súmula, que «nem na acção onde foi proferida a sentença cuja revisão se pretende, nem neste recurso de revisão poderia fazer-se qualquer tipo de apreciação acerca do documento agora apresentado pela parte. Talvez por isso, e bem, tal documento não haja sido junto aquando da pendência da acção principal.»

Inconformado com esta decisão, o Requerente interpôs o presente Recurso de Apelação, formulando as seguintes conclusões:

«I – O Estatuto da Ordem dos Advogados não contém qualquer norma donde decorre uma proibição genérica da junção de correspondência trocada entre Advogados.

II – A sua junção só será impedida se, face ao seu conteúdo, resulte a violação do dever de segredo.

III – O segredo pode ser quebrado se for necessário para defesa de interesses legítimos do cliente.

IV – Não há qualquer sigilo profissional na correspondência dum Advogado ao outro que se limita a reproduzir o valor dum contrato de empreitada, o que já foi pago e o que falta pagar e que tudo foi reproduzido em documentos existentes nas peças processuais da A. e Réu.

V – Aliás, o próprio Mandatário subscritor da referida carta, diz que os elementos que tem em poder dele também o estão na posse do cliente da parte contrária e passa a reproduzir o que existe de concreto.

VI – Não faz o seu subscritor qualquer cedência de valor com vista a obter um acordo extrajudicial na convicção que mais vale um mau acordo que uma boa demanda.

VII – Afirma é, categoricamente, e em concordância com o valor do orçamento da empreitada é que o valor deste é de 32.500 contos.

VIII – Não pode o Juiz indeferir, sem mais, o documento subscrito por Advogado e que motivou o Recurso de Revisão, sem aprofundar este pormenor, pois limitou-se a indeferir, sem mais, por entender que é prova proibida, quando pela análise do documento não se verifica qualquer acto sigilioso.

IX - Se o anterior Mandatário tinha autorização da O.A. para juntar o documento, este pode ser junta quando o R. teve conhecimento da mesma.

Termos em que, por erro de interpretação e aplicação do disposto no art.º 699 n.º 1 do C.P.C. e 92 n.º 1 e n.º 4 do E.O.A. deve a Sentença recorrida ser revogada e substituída por outra que admita o Recurso de Revisão e para ele mande notificar a parte contrária, com o que se fará a almejada JUSTIÇA.».

Ao recurso de apelação juntou o documento de fls. 16- cópia de uma decisão do Conselho Regional do

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Porto da Ordem dos Advogados- relativo a dispensa de segredo profissional ao advogado N. C., datada de 17.1.2018.

*

O recurso foi admitido como de apelação, com subida imediata, nos próprios autos e efeito devolutivo.

*

Notificada a contraparte nos termos e para os efeitos do disposto pelo artigo 641º n.7 do C.P.C., pelo recorrido foram apresentadas contra-alegações, pugnando pela total improcedência do recurso e consequente confirmação da decisão recorrida.

Sustenta, ademais, que o documento agora junto com o recurso não permite, só por si, estabelecer qualquer relação com a carta (documento) em apreço nos autos. E que se tal decisão do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados, datada de 17.1.2018, disser respeito à mesma, então forçosa é a conclusão de que o recurso é manifestamente extemporâneo, já que o recorrente necessariamente teria que ter conhecimento da carta em data anterior. Que o prazo de 60 dias legalmente previsto é um prazo de caducidade, de conhecimento oficioso, que decorreu antes da propositura do recurso.

Após determinada a subida do recurso veio o recorrente mais uma vez aos autos juntar o documento de fls.

26 vs., datado de 23.08.2018 – cópia de certidão do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados, na qual se certifica que o pedido de levantamento de sigilo profissional e autorização deferida, se reporta à carta de 02.11.21.

*

II. O objecto do recurso.

As conclusões das alegações do recurso delimitam o seu objecto, sem prejuízo das questões de conhecimento oficioso ou relativas à qualificação jurídica dos factos, conforme decorre das disposições conjugadas dos artigos 608.º, n.º 2, ex vi do art.º 663.º, n.º 2, 635.º, n.º 4, 639.º, n.os 1 a 3, 641.º, n.º 2, alínea b) e 5º, n.º 3, todos do Código de Processo Civil (C.P.C.).

*

Face às conclusões da motivação do recurso, as questões a decidir são as seguintes:

1º- Requisitos do recurso extraordinário de revisão, mormente do previsto na alínea c) do artigo 696º do C.P.C.

2º- Saber se na situação analisanda se mostram verificados os requisitos previstos na referida alínea.

3º- Saber se o recurso de revisão é extemporâneo.

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III – Fundamentação fáctica.

A factualidade a ter em conta para a apreciação e decisão do recurso é a que foi alegada pelo apelante, e que, constando em súmula de I supra, aqui se tem por reproduzida, para os legais efeitos.

Acresce, nos termos dos art.º 607.º/4, ex vi art.º 663.º/2 do C. P. Civil e conforme resulta da consulta electrónica dos autos principais, que:

- o processo principal- acção com o n. 539/05.1TBCBC- foi intentada em 28.07.2005 por «Construções X, Lda» contra António e mulher, Maria, pedindo a condenação dos Réus no pagamento da quantia de € 90.823,00 (correspondente a capital e juros vencidos), acrescida de juros vincendos até integral e efectivo pagamento e à taxa legal.

- Por sentença de 12.10.2015, foi julgada parcialmente procedente por provada a presente acção e os RR condenados a pagar à Autora a quantia de 51.894,43 (40.208.63+11.685,80) e de 702,60 euros, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor absolvendo-se do mais contra si peticionado;

- Interposto recurso de apelação veio a ser proferido acórdão pelo Tribunal da Relação de Guimarães com data de 14.04.2016 que julgou improcedente a apelação e confirmou a sentença recorrida.

- Interposto recurso de revista foi proferido acórdão pelo Supremo Tribunal de Justiça em 6.10.2016, que negou revista salvo no que respeita ao pedido de condenação dos RR no pagamento da quantia de 702,60€

do qual foram absolvidos.

- O documento junto a fls. 7 vs. a 9 dos presentes autos de recurso de revisão, constituem cópia de uma carta enviada por Dr. Manuel, advogado, a Dr. N. C., advogado, datada de 02/11/21, cujo teor se dá por integralmente reproduzido, na qual consta para além do mais:

“Exmº Colega:

Tenho presente a V/ carta enviada a Construções X, Ldª, relacionada com o litigio que opõe aquela sociedade ao V/ cliente em referência por causa da construção de uma casa.

Pelos elementos que tenho em meu poder e certamente também estarão na posse do V/cliente, o caso é o seguinte…..

Conforme se alcança do referido orçamento, o preço ajustado foi de 32.500 contos, tendo o António entregue por conta do preço a quantia de 3.000 contos…

… À medida que foi avançando a obra, o António foi entregando ao Anselmo várias quantias que, em 10 de Maio de 2002, incluindo os 3.000 contos recebidos pelo falecido Manuel A. totalizou o montante de 23.617.217$51….

…Segundo informa o Anselmo, o custo da obra já feita em relação ao preço ajustado é de 27.100 contos, sendo certo que tal valor seria muito maior se fosse considerado o preço actual.

Verifica-se, assim, que o António, tomando em consideração o preço ajustado, deve ao Anselmo a quantia de 3.483 contos …

… Face ao acima exposto, sugiro ao Excelentíssimo Colega o seguinte:

a) Avaliam-se os trabalhos a mais.

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b) O António paga o valor dos trabalhos a mais e o valor em falta da obra já realizada.

c) Elabora-se um documento do qual constará o prazo da conclusão da obra e o modo de pagamento da mesma.

Caso o Exmº colega e o seu cliente concordem com a referida sugestão, o Anselmo também a aceita.

De outro modo, não vejo solução para o problema a não ser com recurso às vias judiciais….»

IV - Fundamentação de Direito

O apelante, António, funda o recurso de revisão da sentença proferida em primeira instância que o condenou a pagar ao aí autor «Construções X, Ldª» a quantia de 51,894,43€ acrescida de IVA, cuja revogação pretende, no facto de, segundo alega, ter tido conhecimento em 5/6 de Abril de 2018, aquando da entrega, pelo seu advogado constituído na acção e finda esta, do dossier completo da mesma, da correspondência trocada entre os mandatários das partes (advogado que originariamente representava a parte contrária e o advogado que o representou a si na dita acção) datada de 21.11.2002 e que se encontrava naquele dossier; correspondência esta que, nas suas palavras, é a prova insofismável de que o valor do IVA já estava incluído na quantia de 32.500.000$00 que refere ser o valor global da empreitada, facto que não foi dado como provado, resultando o montante da condenação da resposta dada ao quesito respectivo.

Na decisão impugnada, muito em súmula, entendeu-se indeferir o recurso de revisão liminarmente pelo facto de, conforme se salienta na decisão cujo excerto passamos a transcrever: «… o recorrente pretende nada menos do que rever a sentença transitada em julgado com base na troca de correspondência entre o advogado que originariamente representava a parte contrária e o advogado que o representou a si na dita acção.

Subsume essa hipótese de revisão à alínea c), acima citada.

Não cuidarei sequer do desenvolvimento da ideia de que o documento em questão não faz prova de facto inconciliável com a decisão a rever, pois o que, de imediato, se evidencia, é que o documento em questão não pode ser junto ao processo.» E conclui : «Nessa medida, nem na acção onde foi proferida a sentença cuja revisão se pretende, nem neste recurso de revisão poderia fazer-se qualquer tipo de apreciação acerca do documento agora apresentado pela parte.

Talvez por isso, e bem, tal documento não haja sido junto aquando da pendência da acção principal»

O apelante insurge-se contra tal afirmação, alegando que para além de a carta não conter qualquer matéria sigilosa ou secreta, pois não foi transmitido qualquer facto desconhecido ou novo; o sigilo/segredo pode ser quebrado se for necessário para a defesa de interesses legítimos do cliente.

Que dizer:

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A apelante funda o seu pedido de revisão no disposto no art. 696° al. c) do actual Código de Processo Civil.

Atentando na alínea em apreciação: "a decisão transitada em julgado só pode ser objecto de revisão nos seguintes casos:

…c) Se apresente documento de que a parte não tivesse conhecimento, ou de que não tivesse podido fazer uso, no processo em que foi proferida a decisão a rever e que, por si só, seja suficiente para modificar a decisão em sentido mais favorável à parte vencida….»

No que se refere ao prazo para a interposição, diz-nos o artigo 697º, que:

«1 - O recurso é interposto no tribunal que proferiu a decisão a rever.

2 - O recurso não pode ser interposto se tiverem decorrido mais de cinco anos sobre o trânsito em julgado da decisão, salvo se respeitar a direitos de personalidade, e o prazo para a interposição é de 60 dias, contados: …c) Nos outros casos, desde que o recorrente obteve o documento ou teve conhecimento do facto que serve de base à revisão….» (negrito nosso).

Vejamos, então:

Numa breve abordagem impõe-se referir que o trânsito em julgado, por regra, torna inatacável qualquer sentença proferida pelos Tribunais. É a chamada autoridade do caso julgado só, excepcionalmente, quebrada nos casos taxativamente estabelecidos na lei - artº 696º do CPC.

Segundo Alberto dos Reis, “estamos perante uma das revelações do conflito entre as exigências da justiça e a necessidade da segurança ou da certeza; (…) pode a sentença ter sido obtida em condições tão estranhas e anómalas, que seja de aconselhar fazer prevalecer o princípio da justiça sobre o princípio da segurança” - in, CPC anotado, Volume VI, pags.336 e ss.. São assim imperativos de justiça que permitem o sacrifício da intangibilidade do caso julgado nos casos expressamente previstos na lei.

Contudo, o recurso extraordinário de revisão não serve para a parte reagir contra uma decisão que lhe é desfavorável, invocando o que poderia e deveria já ter trazido a juízo em momento anterior.

Desse modo, está fora do âmbito do recurso de revisão apreciar prova documental que pudesse já ter sido apresentada e valorada pelo Tribunal cuja sentença se quer ver revista, porquanto não pode o recurso de revisão ser utilizado como meio de suprir as omissões cometidas pela parte quando litigou no anterior processo. Significa isso, que é requisito essencial que não seja imputável à parte vencida a não produção do documento no processo anterior.

Nessa medida duas questões ressaltam desde logo à nossa apreciação. Por um lado, a de saber, face à

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decisão impugnada, se o documento ora junto e no qual o apelante arvora o fundamento do recurso podia ou não ter sido junto ao processo ao longo da sua pendência em 1ª instância, ou pode sê-lo neste momento, e, por outro lado, saber se tal documento se pode considerar um documento novo, o que em si nos transporta também para a questão de saber se tal recurso de revisão era admissível por já ter caducado o respectivo direito.

Vejamos, então a primeira questão:

Resulta indubitável que o documento em apreciação consubstancia correspondência trocada entre dois advogados numa fase preliminar/ anterior ao processo judicial que decorreu entre o ora apelante como réu e a aí autora «Construções X, Ldª».

Analisado o respectivo teor resulta indubitável que o mesmo consubstancia a apresentação de uma proposta para resolução do diferendo que existia entre as partes, prévia à interposição da acção judicial e como forma de a evitar (veja-se o seu teor e segmento final). A acção veio a ser posteriormente intentada (a acção principal teve início no ano de 2005), o que significa que as negociações resultaram frustradas e nesta acção o ora apelante veio a ser condenado por decisão proferida em 12.10.2015, já transitada em julgado.

Aqui chegados vejamos então se o indicado documento não podia, como se sufraga na decisão recorrida, ter sido apresentado/apreciado no referido processo ou, posteriormente, em sede de recurso de revisão.

Diz-nos o artigo 92º do Estatuto da Ordem dos Advogados- Lei n.º 145/2015, de 09 de Setembro-, no que ora releva: «1 - O advogado é obrigado a guardar segredo profissional no que respeita a todos os factos cujo conhecimento lhe advenha do exercício das suas funções ou da prestação dos seus serviços, designadamente:… e) A factos de que a parte contrária do cliente ou respetivos representantes lhe tenham dado conhecimento durante negociações para acordo que vise pôr termo ao diferendo ou litígio;

f) A factos de que tenha tido conhecimento no âmbito de quaisquer negociações malogradas, orais ou escritas, em que tenha intervindo.

2 - A obrigação do segredo profissional existe quer o serviço solicitado ou cometido ao advogado envolva ou não representação judicial ou extrajudicial, quer deva ou não ser remunerado, quer o advogado haja ou não chegado a aceitar e a desempenhar a representação ou serviço, o mesmo acontecendo para todos os advogados que, direta ou indiretamente, tenham qualquer intervenção no serviço.

3 - O segredo profissional abrange ainda documentos ou outras coisas que se relacionem, direta ou indiretamente, com os factos sujeitos a sigilo.

4 - O advogado pode revelar factos abrangidos pelo segredo profissional, desde que tal seja absolutamente necessário para a defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos do próprio advogado ou do cliente ou seus representantes, mediante prévia autorização do presidente do conselho regional respetivo, com recurso para o bastonário, nos termos previstos no respetivo regulamento.

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5 - Os atos praticados pelo advogado com violação de segredo profissional não podem fazer prova em juízo.»

O segredo profissional está disciplinado no art. 92.º do EOA, permitindo a cláusula geral do seu n.º 1, que se incluam no referido segredo, para além das elencadas nas suas diversas alíneas, outras situações que conflituem com os interesses que ela visa proteger.

Por seu turno, resulta do n. 2 a extensão da vinculação ao segredo a todos os profissionais forenses que no exercício das suas funções tenham tido alguma relação com o litígio.

E como refere o normativo citado, a par dos factos, o sigilo profissional abrange quaisquer documentos ou outras coisas que se relacionem, directa ou indirectamente, com os factos sujeitos a sigilo – cfr. n.º 3 do artigo 92º.

Por último, decorre do n.4 que a revelação de factos sujeitos a sigilo profissional apenas é permitida quando verificados os seguintes requisitos cumulativos:

a) Que a mesma seja indispensável para a defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos do próprio advogado ou do cliente ou seus representantes;

b) Que haja prévia autorização do presidente do conselho distrital respectivo.

Sendo que os actos praticados pelo advogado com violação do segredo profissional não podem fazer prova em juízo (n.5).

“O segredo profissional é correlativo indispensável de todas as profissões que assentam numa relação de confiança.”[Parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República P000561994, votado em 09.03.1995. disponível em www.dsi.pt ].

Como se salienta no Ac. do S.T.J. de 15-02-2018 in www.dgsi.pt : «entende-se por segredo profissional a reserva que todo o indivíduo deve guardar dos factos conhecidos no desempenho das suas funções ou como consequência do seu exercício, factos que lhe incumbe ocultar, quer porque o segredo lhe é exigido, quer porque ele é inerente à própria natureza do serviço ou à sua profissão.»

A par dos interesses individuais da preservação do segredo sobre determinados factos, consideram-se abrangidas pelo segredo profissional todas as situações que sejam susceptíveis de significar a violação da relação de confiança entre o advogado e o seu patrocinado e também todas as situações que possam representar quebra da dignidade da função social que a advocacia prossegue, sendo que as normas que tutelam o segredo profissional do advogado transcendendo a mera relação de advogado/cliente são unanimemente reconhecidas como de interesse e ordem pública.

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A sua quebra em favor do interesse da descoberta da verdade dos factos e da administração da justiça tem, conforme se evidencia de tudo o que vem de se expor, carácter verdadeiramente excepcional e só deve ser determinada por razões imperiosas, doutro modo inultrapassáveis.

Acresce que no âmbito do processo respectivo e ainda que autorizada quebra do sigilo pelo presidente do conselho distrital da ordem dos advogados – pressuposto para apresentação do documento-, cabe sempre ao juiz avaliar a validade e a relevância de tal meio de prova (artigos 5º n.3, 417º n.4 e 607º do CPC).

Aqui chegados e reportando as considerações acabadas de enunciar ao caso dos autos, resulta para nós inultrapassável a afirmação de que o documento em referência, carta junta pelo apelante em sede de recurso de revisão, consubstanciando a troca de correspondência entre advogados e reportando-se a uma situação de diferendo, prévia à acção judicial, na qual eram intervenientes os representados de cada um deles, em cujo teor são feitas afirmações relativas a factos atinentes aos representados e com directo reporte à situação do diferendo inseridas no escopo de proposta para a sua resolução extrajudicial, necessariamente teremos de concluir que tal documento está sujeito ao sigilo profissional do advogado nos termos do artigo 92º alíneas e) e f) do Estatuto da Ordem dos Advogados.

Na verdade, e como elucidativamente se refere no Acórdão da Relação de Lisboa de 9.3.1995, CJ, ano XX, tomo II, págs. 67 e segs., o sigilo profissional numa situação como a dos autos, acrescentamos nós, é uma:

«Solução que se compreende, uma vez que nestas negociações, tendentes a evitar o recurso aos tribunais, se espera um comportamento de boa fé e se age com uma certa dose de confiança. Aliás, o esforço de fazer sentir à parte contrária as razões próprias obriga a que se abra o jogo e se digam factos que não se devem converter em trunfos para o adversário. Em suma, sendo provável a existência, nestas negociações, do objectivo de conseguir uma transacção, é natural que se façam cedências ou concessões cuja revelação se não quer.».

Aqui chegados e considerada a natureza sigilosa do documento em apreço, avancemos mais um pouco:

Resulta da alegação do apelante que tal documento – datado de 21.11.2002-, estava na posse do seu mandatário que o representou na acção judicial que contra si foi instaurada e no dossier do processo que lhe foi entregue por aquele quando a acção terminou.

Que dizer:

Desde logo, não poderemos deixar de destacar que estando tal documento na posse do mandatário do ora apelante no decurso do processo cuja decisão pretende revista, e que dele tinha necessariamente conhecimento porque a si dirigido, e cabendo a este advogado a representação como mandatário do réu, aqui recorrente, na acção respectiva [1], poderia, se tal tivesse sido julgado pertinente e absolutamente necessário, ter desencadeado os mecanismos necessários à autorização para apresentação do documento

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e quebra/levantamento do sigilo profissional nessa sede, nos termos legalmente previstos.

Na verdade, resulta da alegação do recorrente que o advogado a quem tal carta foi dirigida – Dr. N. C.- foi o seu advogado constituído na acção judicial, pelo que através da procuração aí conferida, foram-lhe outorgados os poderes de representação do ora recorrente nessa acção. Nessa medida, os actos praticados pelo procurador no exercício desses poderes produzem efeitos jurídicos directamente na esfera do representado/ora recorrente- artigos 262º e segs. do C.C.-.

Tal constatação conduz-nos também à afirmação de que embora tal documento estivesse coberto pelo segredo profissional, isso não significaria a impossibilidade de o mesmo vir a ser dispensado. O que a parte não podia era juntar o documento aos autos sem a prévia autorização do presidente do conselho regional respectivo, cumprindo o disposto no n.4 do artigo 92º da Lei n. 145/2015, de 09 de Setembro, sob pena de eventual responsabilidade disciplinar e ou civil, não esquecendo, ademais, que a aferição da sua validade enquanto elemento probatório teria sempre de ser efectuada no âmbito do processo respectivo dado tratar-se de uma tarefa jurisdicional, cabendo sempre ao juiz, em última instância, face à ponderação dos concretos interesses em presença, aferir se se justifica ou não, a dispensa de sigilo profissional.

Deste modo, embora com os pressupostos enunciados, não concordamos com a afirmação liminar da impossibilidade absoluta de que tal documento não pudesse ter sido junto aos autos principais, ou nestes apreciado, desde que, reiteramos, reunidos os requisitos legais para tal.

Já subscrevemos na íntegra a decisão proferida pela Ex.mª Sr.ª Juiz quando nesta se afirma a inviabilidade da sua junção nestes autos de recurso de revisão.

Concretizemos:

Conforme já acima referido, a decisão transitada em julgado só pode ser objecto de revisão nos casos previstos no artigo 696.º, do C.P.C., nomeadamente, quando, e para o que ora releva, se apresente documento de que a parte não tivesse conhecimento, ou de que não tivesse podido fazer uso, no processo em que foi proferida a decisão a rever e que, por si só, seja suficiente para modificar a decisão em sentido mais favorável à parte vencida.

Comentando esta disposição, diz o Cons. António Abrantes Geraldes in ‘Recursos no Novo Código de Processo Civil, 2016, pg. 452 e segs.: «A al. c) integra um outro fundamento de revisão agora traduzido no relevo de documento que a parte desconhecia ou de que não pôde fazer uso e que se revele crucial para modificar a decisão em sentido mais favorável ao recorrente. Também aqui importa notar que o acesso ao recurso de revisão apenas pode ser permitido nos casos em que não tenha sido objectiva ou subjectivamente possível à parte apresentar o documento a tempo de interferir no resultado declarado na decisão revidenda, o que convoca, além do mais, a possibilidade conferida pelo artº 662º, nº 1, de junção de documentos supervenientes em sede de recurso de apelação».

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Para o funcionamento de tal alínea, impõe-se assim que:

a) A parte não tivesse conhecimento do documento, ou;

b) Que dele não tivesse podido fazer uso no processo respectivo, e,

em ambos os casos, que o documento seja por si só, suficiente para modificar a decisão em sentido mais favorável à parte vencida.

Diz-nos ainda o Prof. Alberto dos Reis in ‘Código de Processo Civil anotado, volume VI (Reimpressão), pgs.

353 e seg.s, embora a propósito do normativo equivalente no anterior C.P.C.:

«O 2º requisito (do nº 3 do artº 771º) – de que a parte não dispusesse nem tivesse conhecimento – deve entender-se neste sentido: de que a parte não dispusesse nem tivesse conhecimento ao tempo em que esteve em curso o processo anterior. Quer dizer, é necessário que à parte vencida tivesse sido impossível fazer uso do documento no processo em que decaiu. Se a parte tinha conhecimento da existência do documento e podia servir-se dele, não tem direito à revisão; se o não apresentou foi porque não quis; sofre, portanto, a consequência da sua determinação ou da sua negligência. Desde que podia utilizar o documento, devia utilizá-lo…

... Podem figurar-se três hipóteses: 1ª – O documento já existia, mas a parte não tinha conhecimento dele;

2ª – O documento já existia, a parte sabia da existência dele, mas não teve possibilidade de o obter; 3ª – O documento ainda não existia: formou-se posteriormente ao tempo do processo anterior.

Na 1ª hipótese é evidente que a revisão tem fundamento. Desde que a parte ignorava a existência do documento, é claro que não podia tê-lo produzido. O documento reveste a feição de documento superveniente.

Mas surge uma dúvida. Suponhamos que a parte não teve notícia da existência do documento por incúria sua, porque não procedeu às diligências naturalmente indicadas para descobrir o documento. Quando isso suceda, deve concluir-se que a parte não tem direito à revisão; se não teve conhecimento do documento foi porque não quis tê-lo; é-lhe imputável, portanto, o não uso do documento. Ora, na base do nº 3 está este pensamento: a revisão só é admissível quando não possa imputar-se à parte vencida a falta de produção do documento no processo em que sucumbiu.».

Voltando de novo à situação dos autos, claramente se mostra evidenciado que nenhum dos requisitos previstos no artigo 696º al. c), a que acima fizemos referência, se mostra aqui verificado.

Atentando em todo o já exposto, e considerando que o autor se encontrava patrocinado na acção principal pelo advogado que recepcionou a dita carta (carta esta de que aquele necessariamente tinha conhecimento desde momento anterior ao da propositura da acção e que se encontrava, como aliás é por si referido, no dossier do processo) face ao patrocínio exercido, necessariamente terá de se concluir que a

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parte (ora recorrente/aí réu) não desconhecia o documento em questão. Este documento existia e era do conhecimento da parte (ainda que através do mandatário que o patrocinou na dita acção).

Mas mais, na sequência do que vem de se expor, não logrou o autor demonstrar que não pudesse ter feito uso do documento no processo em que foi proferida a decisão a «rever». Aliás, veja-se o documento junto – diga-se de forma extemporânea, já que só em requerimento posterior ao recurso de revisão - a autorização concedida em Janeiro de 2018, pelo conselho regional respectivo da Ordem dos Advogados- sendo a alegação de que apenas teve conhecimento do documento quando o dossier do processo lhe foi entregue pelo advogado insuficiente para se concluir que não foi imputável à parte vencida e ora recorrente a omissão da oportuna junção do documento, mormente na ocasião da instrução do processo em que foi proferida a decisão que ora pretende revista.

Note-se que a não se entender deste modo, estaria aberto o caminho para a todo o tempo se reabrir a discussão sobre os factos objecto de julgamento em quaisquer processos findos.

Em conclusão, a falta in casu de qualquer um dos pressupostos quanto à apresentação do documento, faria desde logo soçobrar o recurso de revisão interposto.

Mas mais, como se salienta no despacho recorrido, este documento – troca de correspondência entre advogados-, por si só, nunca poderia fundar o recurso de revisão.

E não o podia, também por duas razões essenciais:

Por um lado, porque face ao disposto pelo artigo 698º do CPC, o documento em que o recorrente funda o pedido de revisão tem necessariamente que instruir o recurso. Ora, considerando que o recorrente no recurso de revisão interposto apenas juntou cópia da carta (sem dar cumprimento ao disposto no n.4 do artigo 92º da Lei 145/2015, de 09 de Setembro, já que apenas juntou a autorização em requerimentos posteriores à decisão de indeferimento proferida- embora tal autorização tivesse data anterior ao recurso-), nunca tal documento poderia ser considerado no âmbito do recurso de revisão, por violação do dever de sigilo profissional nos termos do art. 92º nº 1 e) e f) do E.O.A.

Mas mais, ainda que não fossem as demais razões apontadas, considerando que o documento a que alude a al. c) do artigo 696.º do Código de Processo Civil, só pode servir de fundamento ao recurso de revisão se cumulativamente com o requisito já indicado fizer prova, sem o auxílio de outros meios de prova, de um facto que seja incompatível, no todo ou em parte, com a base factual que serviu de fundamento à sentença, de forma que tal facto, só por si, conduzirá a uma decisão, no mínimo, mais favorável ao recorrente, claramente se evidencia que o documento que o apelante pretende erigir em prova insofismável, não reveste minimamente tal qualidade.

Com efeito, não estamos perante um documento autêntico ou autenticado, mas perante um documento

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particular, que consubstancia apenas uma troca de correspondência entre advogados de partes de um diferendo, em data muito anterior à instauração da acção, no qual são feitas referências a factos relativos à situação em litígio, mormente quanto a valores, tendo em vista um acordo para a não interposição da acção.

O teor de tal documento (inserido num contexto de resolução do diferendo), ainda que ultrapassada a questão do sigilo profissional, nunca poderia, por si só, relevar para a alteração do decidido já que não é apto a provar qualquer facto inconciliável com a decisão revidenda, desde logo porque não tem força probatória para tal, necessitando sempre, na sua coadjuvação, de outros elementos probatórios globalmente produzidos em juízo.

Neste particular, o documento apresentado é manifestamente inidóneo para produzir o efeito previsto no segmento final da alínea c) do artigo 696º do CPC, pelo que afastada sempre estaria a relevância do documento junto – troca de correspondência entre advogados- para sustentar o recurso de revisão interposto.

Por último, resulta de tudo o que vem de se expor, que não se estando perante um documento «novo» a que a parte do processo no qual foi proferida a decisão a rever não tinha acesso no decurso da acção onde foi proferida a decisão a rever, claramente se evidencia que sendo a caducidade de conhecimento oficioso [3], há muito decorreu o prazo de 60 dias a que alude o disposto pelo artigo 697º n.2 al. c) do CPC para interposição do recurso, sendo desse modo irrelevante a data em que foi entregue pelo advogado ao ora apelante o dossier relativo ao processo findo.

Pelo exposto, mantém-se intocada a decisão recorrida.

*****

IV – Decisão

Face ao exposto, acorda-se em julgar improcedente o recurso interposto pelo Recorrente, confirmando-se a decisão recorrida.

Custas pelo Recorrente.

*

Guimarães, 31 de Outubro de 2018

Elisabete Coelho de Moura Alves Fernanda Proença Fernandes Heitor Gonçalves

[1]- O mandato é um contrato de prestação de serviços em que o prestador (o mandatário) se obriga a

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praticar um ou mais actos jurídicos por conta de outro (o mandante). Se o mandato estiver associado à representação, o negócio jurídico celebrado pelo mandatário produz (imediata e automaticamente) os seus efeitos na esfera jurídica do representado, na medida em que o mandatário, munido de poderes de representação, age ao mesmo tempo por conta e em nome do mandante (mandato com representação - art. 1178º, nºs 1 e 2, CC).

[2] Relativamente aos fundamentos do sigilo nestas situações não poderemos deixar de referir o Acórdão da Relação de Lisboa de 9.3.1995, CJ, ano XX, tomo II, págs. 67 e segs, onde se consignou: «Solução que se compreende, uma vez que nestas negociações, tendentes a evitar o recurso aos tribunais, se espera um comportamento de boa fé e se age com uma certa dose de confiança. Aliás, o esforço de fazer sentir à parte contrária as razões próprias obriga a que se abra o jogo e se digam factos que não se devem converter em trunfos para o adversário. Em suma, sendo provável a existência, nestas negociações, do objectivo de conseguir uma transacção, é natural que se façam cedências ou concessões cuja revelação se não quer.

[3] cfr. Abrantes Geraldes in Recursos no Novo Código de Processo civil, págs. 456.

Fonte: http://www.dgsi.pt

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