Artigo:
ATIVIDADES NÃO PESQUEIRAS NAS COLÔNIAS DE PECADORES DA REGIÃO DO ESTUÁRIO DA LAGOA DOS PATOS NO RIO GRANDE DO SUL
Autor, CPF e Endereço:
Marco Aurelio Alves de Souza CPF: 749469430-72
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Grupo de Pesquisa Sugerido:
- Grupo 7 – Agricultura Familiar Forma de Apresentação:
- Pôster
ATIVIDADES NÃO PESQUEIRAS NAS COLÔNIAS DE PECADORES DA REGIÃO DO ESTUÁRIO DA LAGOA DOS PATOS NO RIO GRANDE DO SUL
Marco Aurélio Alves de Souza
1RESUMO – Este artigo tem por objetivo verificar a importância da pluriatividade entre os pescadores artesanais que vivem no estuário da Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul. As famílias pluriativas, atualmente, são caracterizadas por combinarem atividades do setor pesqueiro com outras atividades (não pesqueiras), verificando novas formas de ocupação para a força de trabalho. Entre as conclusões desse artigo aponta-se para a necessidade de intensificar os estudos referentes a pluriatividade entre os pescadores artesanais, pois nas famílias de pescadores artesanais a pluriatividade possui grande importância na geração de renda, apesar de representarem atividades em sua maioria informais.
Palavras-Chaves: Pesca Artesanal, Pluriatividade e Rio Grande do Sul
1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO
No Rio Grande do Sul, a atividade econômica da pesca, iniciou nas últimas décadas do século XIX com imigrantes portugueses, originários de Póvoa do Varzim. A maior parte desses imigrantes que chegou ao Estado se instalou nos municípios que fazem parte do estuário da Lagoa dos Patos que compreende Rio Grande, Pelotas, São José do Norte e São Lourenço do Sul.
As condições geográficas do Estado propiciaram o crescimento dessa atividade por três motivos: pelo litoral do Rio Grande do Sul ser propício para pesca marítima; os lacustres e lagunas interiores serem ideais para pesca de água doce, e pela área sul da Lagoa dos Patos (uma das lagoas localizadas no estado do Rio Grande do Sul) ser adequada à pesca estuarina.
A pesca artesanal era o principal tipo de pesca praticada no Estado até a década de cinqüenta do século XX. Segundo Furg (1996), essa atividade continua sendo realizada intensamente no Rio Grande do Sul, sendo que a região sul da Lagoa dos Patos concentra a maior parte da pesca artesanal no Sul do país.
Todavia, desde o final do século passado, já existiam indústrias pesqueiras no Estado, as quais se caracterizavam por utilizarem mão-de-obra familiar e por atuarem no preparo do peixe salgado, que era exportado para as capitais brasileiras e para a Europa.
Na primeira metade do século XX, existiam mais de 20 indústrias do tipo familiar no estado do Rio Grande do Sul, localizadas, em sua maioria, no município de Rio Grande, as quais continuaram concentradas neste município, devido às condições geográficas do mesmo, que permite acesso ao mar e à embarcações de grande porte, e também por existir nessa cidade o maior porto da Região Sul do Brasil, com condições de receber e de enviar grande volume de pescado.
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