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INTEGRAÇÃO DO SWOT E DO ELECTRE TRI AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CAPES

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INTEGRAÇÃO DO SWOT E DO ELECTRE TRI AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CAPES

Roberta Braga Neves Univ. Federal Fluminense robertaneves@producao.uff.br

Helder Costa

Universidade Federal Fluminense hgc@latec.uff.br

RESUMO

Este artigo propõe um inédita abordagem que integra conceitos do Auxílio Multicritério à Decisão (ELECTRE TRI) e de Planejamento Estratégico (SWOT) ao Sistema de Avaliação de Cursos de Pós-Graduação da CAPES.

Palavras-Chave: Multicritério. SWOT. Classificação. CAPES. MCDA. ELECTRE.

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1. INTRODUÇÃO

A busca pelo padrão de excelência na educação e o investimento na capacidade de produzir inovações são importantes para o desenvolvimento do país. Sendo necessário estabelecer sistemas de avaliação que sirvam para o monitoramento e, também, para estabelecimento de diretrizes e objetivos a serem alcançados. No Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foi criada em 1951 com o objetivo de garantir pessoal especializado para o desenvolvimento nacional. Em 1976, a CAPES implantou o Sistema de Avaliação dos cursos de pós-graduação, com o intuito de contribuir na consecução do seu fim. O sistema de Avaliação desenvolvido pela CAPES contribui para o aumento da qualidade do ensino e classifica os programas em classes ou padrões estabelecidos.

Os Programas de Pós Graduação Stricto-Sensu nacionais buscam, constantemente, seu aperfeiçoamento para atingir os padrões de qualidade estabelecidos pela CAPES. Assim, os resultados do sistema de avaliação têm sido adotados pelas coordenações de programas, na definição de estratégias de ação.

Por outro lado a CAPES não explicita a utilização de um instrumental de cunho estratégico na definição do seu sistema de avaliação. Conforme reportado em Peter (1998), a elaboração e a implementação de um Plano Estratégico podem ser divididas em quatro fases: diagnóstico estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação.

O diagnóstico estratégico identifica a posicionamento de uma organização a partir de uma perspectiva estratégica. O método SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunnities e Threats) é uma ferramenta útil nesta etapa, facilitando a análise do ambiente interno e o ambiente externo da organização. Essa técnica permite à organização conhecer sua posição estratégica e, com isso, saber que atitudes tomar para a realização de seus objetivos e metas. Vale ainda registrar as observações de Kurttila et al (2000), Kangas et al (2003), Kajanus, Kangas e Kurttila (2003) e Leskin et al (2004). Segundo estes textos, a análise SWOT não consegue considera o grau de importância de cada fator interno e externo. Akhter (2003) e Oliveira (1999) destacam a relevância do Planejamento Estratégico na orientação para a tomada de decisão.

Outro aspecto a ser considerado é que o sistema de avaliação da CAPES, assim como o maioria dos sistemas de avaliação, envolvem julgamentos subjetivos, que dificultam o estabelecimento de padrões bem-definidos de avaliação. Apesar disto, não se percebe no sistema de avaliação da CAPES, a presença de algoritmos desenvolvidos para tratar problemas com estas características - a despeito da existência de métodos de AMD (Auxílio Multicritério à Decisão) desenvolvidos para tratar problemas desta natureza.

Diante do exposto, a integração de um método de Auxílio Multicritério à Decisão, à Análise SWOT é um caminho a ser investigado na avaliação do posicionamento estratégico de Programas de Pós-Graduação.

1.1 OBJETIVO

Investigar a integração de uma técnica de diagnóstico estratégico (SWOT) e um método de Auxílio Multicritério à Decisão (ELECTRE TRI) à avaliação e classificação de desempenho de Programas de Pós-graduação, classificando-os segundo um padrão de classes. A motivação de utilizar um método de AMD integrado à ferramenta de Planejamento Estratégico surge devido à subjetividade inerente aos sistemas de avaliação desta natureza.

1.2 JUSTIFICATIVA

A importância do Sistema de Avaliação da CAPES justifica a realização da pesquisa, visto que, de acordo com a própria CAPES (2004), os seus resultados servem de base para a formulação de políticas para a área de pós-graduação, bem como para o dimensionamento das ações de fomento – bolsas de estudo, auxílios, apoios.

2. ESTADO DA ARTE

Foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica que considerou, dentre outras as seguintes bases de dados: Portal de periódicos da CAPES; Bando de Teses (CAPES, UFRGS, UICAMP,

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USP, UFSC); Índice de Publicações em Multicritério (disponível no Mapa Brasil de Multicritério, htttp://www.professores.uff.br/multicriterio e reportado em Costa et al (2005)), e em buscadores na Internet. Esta pesquisa buscou localizar trabalhos:

• que integrassem instrumentos de planejamento estratégico à métodos de auxílio multicritério à decisão; ou,

• que aplicassem à métodos de auxílio multicritério à decisão ao problema da classificação de desempenho em ambientes de ensino.

2.1 ESTADO DA ARTE: Integração Multicritério e Estratégia

A essa integração é bastante recente e ainda não foi muito explorada nos trabalhos científicos. Como exemplos desta abordagem podem ser citados: Como exemplos desta abordagem podem ser citados:

• Kurttila et al (op. cit.) que propõem um método híbrido, chamado A’WOT, resultante da integração do método AHP (Analytic Hierarquic Process – Saaty, 1980) com a análise SWOT. Esta abordagem é aplicada no âmbito da obtenção da certificação florestal; e, considera aspectos ecológicos, econômicos e sociais.. Neste trabalho, o método multicritério AHP atribui pesos aos pontos fortes e fracos e às oportunidades e ameaças da análise SWOT na certificação. Esses fatores são avaliados para a obtenção ou não do certificado.

• Kwak e Lee (2002) que apresentam um modelo MCMP (MultiCriteria Mathematical Programming), mais especificamente o GP (Goal Programming), o qual ajuda nas decisões para o planejamento estratégico nos processos de reengenharia. O objetivo da pesquisa é projetar e avaliar um modelo para ajudar numa alocação efetiva de recursos de um sistema de assistência à saúde. Neste trabalho, o método AHP é empregado para melhorar a formulação do modelo GP, pois estabelece a importância (pesos) dos critérios. Portanto, este modelo integrado utiliza o AHP para determinar prioridades no GP.

• Kangas et al (op. cit.) que propõem um método híbrido, chamado S-O-S, resultante da integração do método SMAA-O (Stochastic Multicriteria Acceptability Analysis with Ordinal criteria) com a análise SWOT. O método AHP, utilizado na integração original A’WOT, é trocado pelo SMAA-O para que seja possível utilizar informações ordinais. O trabalho aplica este novo método na avaliação de estratégias de gerenciamento de uma propriedade florestal de uma organização privada, que inclui a floresta e uma sede de verão.

• Kajanus, Kangas e Kurttila (op. cit.) que aplicam a metodologia proposta em Kangas et al (op. cit.) no processo de Planejamento Estratégico de turismo rural. Portanto, o trabalho utiliza o método híbrido S-O-S, resultante da integração do método SMAA-O (Stochastic Multicriteria Acceptability Analysis with Ordinal criteria) com a análise SWOT. A pesquisa, realizada nas regiões de Yla-Savo na Finlândia e Kassel na Alemanha, conclui que o fator de sucesso no turismo rural é a cultura local de cada região.

• Shrestha, Alavalapati e Kalmbacher (2003) que abordam a metodologia proposta em Kurttila et al (op. cit.). Portanto, este trabalho utiliza a integração da análise SWOT com o método AHP (método híbrido A’WOT) para a pesquisa do potencial de implantação de silvicultura no centro-sul da Flórida.

• Leskinen et al (2004) que aplicam o método híbrido proposto em Kurttila et al (op. cit.), onde é integrada a análise SWOT ao método AHP. Este trabalho utiliza o método numa estação de pesquisa florestal, estabelecendo prioridades aos fatores internos e externos em três cenários distintos.

• Azevedo e Costa (2000) propõe um modelo para classificar as organizações de uma mesma indústria quanto à sua competitividade conforme um padrão de classes, aplicando o método ELECTRE TRI de AMD à ferramenta CPMC (Metodologia de Avaliação do Grau de Competitividade por Ponderação de Múltiplos Critérios) de Planejamento Estratégico. A evolução desta proposta está reportada em Azevedo e Costa (2001, 2004) e em Azevedo (2001).

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2.2 ESTADO DA ARTE: Integração Multicritério e Avaliação de Sistemas de Ensino

Esta integração também é bastante recente. Como exemplos de abordagens desenvolvida neste contexto, citam-se aqui:

• Politis e Siskos (2004) utilizam-se do método MUSA (MUlticriteria Satisfaction Analysis - Grigoroudis e Siskos, 2001) para avaliação do desempenho Departamento de Engenharia de Produção e Gestão da Universidade Técnica de Creta (Department of Production Engineering and Management of the Technical University of Crete). Os critérios considerados nesta modelagem tratam aspectos ligados a três diretrizes: operação e processos internos; satisfação dos estudantes; e, aceitação pelo mercado de trabalho. Ainda segundo estes autores, as universidades, como instituições de ensino e pesquisa, precisam ser avaliadas para se prepararem e a sociedade para as mudanças geradas pela globalização e pela reestruturação do mercado de trabalho.

Miranda e Teixeira (2001) investigam aplicação dos métodos multicritério à avaliação de Programas de Pós-graduação. Este trabalho é aprofundado e expandido em Miranda (2002) e Miranda e Teixeira (2003, 2004).

• Costa e Freitas (2000) propõem a aplicação do ELECTRE TRI (YU (1992), MOUSSEAU (1999,2000) e VINCKE (!992)) investigam a aplicação do Método ELECTRE TRI à avaliação do desempenho de docentes em sistemas de ensino. A proposta de Costa e Freitas (2000) foi também explorada e estendida nos trabalhos de Barroso (2002) e Ribeiro (2003) Ribeiro e Costa (2005) e Costa (2005).

3. CASO DE MODELAGEM

Esta seção apresenta a modelagem proposta neste trabalho e a aplicação da mesma a uma situação real. A modelagem aqui proposta baseia-se no trabalho de Azevedo (2001), que propõe a integração do método ELECTRE TRI à ferramenta SWOT, para o posicionamento estratégico de negócios. Mais especificamente, se propõe integrar estes instrumentos na avaliação do posicionamento estratégico de Programas de Pós-Graduação, desenvolvendo as seguintes etapas:

1. Caracterizar o Programa sob avaliação. O Programa analisado será aqui denotado por LAB.

2. Especificar os critérios que serão considerados. A escolha dos critérios baseou-se no Sitema de Avaliação da CAPES para os Programas de pós-graduação. Conforme CAPES (2004), este sistema analisa 7 dimensões. O presente estudo não aprecia a dimensão Proposta do Programa, pois esta é meramente qualitativa e não tem peso. A seguir são listadas as dimensões e os seus respectivos critérios consideradas na modelagem:

• A dimensão Corpo Docente abrange 5 critérios que são descritos a seguir:

o C1: Composição e atuação do corpo docente; vínculo institucional e dedicação.

o C2: Dimensão do NRD6 relativamente ao corpo docente. Atuação do NRD6 no Programa.

o C3: Abrangência, especialização do NRD6 relativamente às Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa.

o C4: Intercâmbio ou renovação do corpo docente. Participação de outros docentes.

o C5: Qualificação do NRD6.

• A dimensão Atividades de Pesquisa é avaliada através de 4 critérios, são eles:

o C6: Adequação e abrangência dos Projetos e Linhas de Pesquisa em relação às Áreas de Concentração.

o C7: Vínculo entre Linhas e Projetos de Pesquisa.

o C8: Adequação da quantidade de Linhas e Projetos de Pesquisa em andamento em relação à dimensão e à qualificação do NRD6.

o C9: Participação do corpo discente nos Projetos de Pesquisa.

• A dimensão Atividades de Formação comporta 5 critérios:

o C10: Adequação e abrangência da Estrutura Curricular relativamente à Proposta do Programa e às suas Áreas de Concentração. Adequação e abrangência das disciplinas ministradas em relação às Linhas e Projetos de Pesquisa.

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o C11: Distribuição da carga letiva e carga horária média. Participação de outros docentes.

o C12: Quantidade de orientadores do NRD6 relativamente à dimensão do NRD6.

o C13: Atividades letivas de graduação.

o C14: Orientação nos cursos de graduação.

• A dimensão Corpo Discente é avaliada através de 4 critérios:

o C15: Dimensão do corpo discente em relação à dimensão do NRD6.

o C16: Número de desligamentos e abandonos em relação à dimensão do corpo discente.

o C17: Número de titulados em relação à dimensão do corpo discente.

o C18: Número de discentes-autores da pós-graduação em relação à dimensão do corpo discente.

• Teses e Dissertações é uma outra dimensão do Sistema de Avaliação da CAPES. Ela possui 5 critérios.

o C19: Vínculo das teses e dissertações com Áreas de Concentração e com Linhas e Projetos de Pesquisa; adequação ao nível dos cursos.

o C20: Tempo médio de titulação de bolsistas; tempo médio de bolsa. Relação entre os tempos médios de titulação de bolsistas e de não bolsistas.

o C21: Número de titulados em relação à dimensão do NRD6. Participação de outros docentes.

o C22: Número médio de orientandos em relação à dimensão do NRD6.

o C23: Adequação das dissertações e teses à proposta do programa.

• A última dimensão é Produção Intelectual, a qual comporta 5 critérios.

o C24: Adequação dos tipos de produção à Proposta do Programa e vínculo com as Áreas de Concentração, Linhas e Projetos de Pesquisa ou Teses e Dissertações.

o C25: Qualidade dos veículos ou meios de divulgação.

o C26: Quantidade e regularidade em relação à dimensão do NRD6; distribuição da autoria entre os docentes.

o C27: Autoria ou co-autoria de outros participantes (não pertencentes ao núcleo básico).

o C28: Produção técnica.

3. Classificar os critérios. Os critérios foram classificados em dois grupos:

• Fatores Internos: critérios relativos ao ambiente interno do Programa, podendo, portanto, serem controláveis. São divididos em:

a. Pontos Fortes (ou forças): são as variáveis controláveis pelo Programa que propiciam uma condição favorável, em relação ao seu ambiente externo.

b. Pontos Fracos (ou fraquezas): são as variáveis controláveis pelo Programa que provocam uma situação desfavorável, em relação ao seu ambiente externo.

c. Pontos Neutros: são as variáveis identificadas pelo Programa, mas que no momento não existem critérios de avaliação para a sua classificação como ponto forte ou ponto fraco.

• Fatores Externos: critérios referentes ao ambiente externo do Programa, não sendo, portanto, controláveis. Os critérios qualificados como externos decompõem-se em:

a. Oportunidades: são as variáveis incontroláveis pelo Programa que podem criar condições favoráveis, desde que o Programa tenha condições e/ou interesse de usufruí-las.

b. Ameaças: são as variáveis incontroláveis pelo Programa que podem criar condições desfavoráveis para o mesmo.

c. Situação neutra: são as variáveis, do ambiente externo, identificadas pelo Programa, mas que no momento não existem critérios para a sua avaliação como oportunidade ou ameaça.

Os seguintes critérios foram classificados como Fatores Internos.

o C1; C2; C3; C4; C5; C6; C7; C8; C9; C10; C11; C12; C15; C16; C18; C19; C22; C23; C24; C25; C26; C27; C28.

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Os seguintes critérios foram classificados como Fatores Internos.

o C13; C14; C16; C17; C18; C20; C21.

4. Definir o peso de cada critério. Adotaram-se os mesmos pesos adotados pela CAPES, que estão reportados na Tabela 1.

Dimensão Critério Peso

C1 30

C2 20

C3 30

C4 10

Corpo Docente (Peso: 10%)

C5 10

C6 30

C7 30

C8 20

C9 20

I. Atividades de Pesquisa (Peso: 10%)

C10 40

C11 20

C12 20

C13 10

II. Atividades de Formação (Peso: 10%)

C14 10

C15 25

C16 15

C17 40

C18 20

III. Corpo Discente (Peso: 20%)

C19 10

C20 30

C21 30

C22 20

IV. Teses e Dissertações (Peso: 20%)

C23 10

C24 10

C25 30

C26 30

C27 10

V. Produção Intelectual (Peso: 30%)

C28 20

Tabela 1: Peso dos critérios da dimensão Produção Intelectual

5. Especificar a escala para o julgamento de desempenho do programa em cada critério. Foram adotadas, para cada critério, as escalas de avaliação utilizadas pela CAPES.

6. Definir as classes de equivalência (ou padrões de referência). A escalas definidas pela CAPES, geram uma classificação do desempenho do Programa (em cada critério) em uma dentre cinco categorias: Muito Bom, Bom, Regular, Fraco e Deficiente. Em analogia com este sistema e baseado em Likert (1932), Miller (1954) e Parducci (1965), adotaram-se dois grupos de classes (Tabelas 2 e 3).

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o Classes para as variáveis internas:

PONTO FORTE PONTO

NEUTRO PONTO FRACO Avaliação do

Fator Interno

Muito Forte

Pouco

Forte Neutro Pouco

Fraco

Muito Fraco Padrão da Classe de

desempenho

Muito

Bom Bom Regular Fraco Deficiente

Codificação da Classe AI BI CI DI EI

Tabela 2: Escala para o julgamento do desempenho do Programa à luz dos critérios internos o Classes para as variáveis externas:

OPORTUNIDADE SITUAÇÃO

NEUTRA AMEAÇA Avaliação do

Fator Externo Oportunidade Alta

Oportunidade

Baixa Neutra Oportunidade Alta

Oportunidade Baixa Padrão da Classe

de desempenho Muito Bom Bom Regular Fraco Deficiente Codificação da

Classe

AE BE CE DE EE

Tabela 3: Escala para o julgamento do desempenho do Programa à luz dos critérios externos.

7. Desempenho do Programa em cada um dos critérios considerados. As tabelas 4 e 5 relaciona o desempenho do Programa à luz dos critérios classificados como fator internos e externos, respectivamente. Estas avaliações foram coletados dos documentos disponibilizados no site da CAPES (CAPES, 2004).

Critérios Nota

C1 Composição e atuação do corpo docente; vínculo institucional e dedicação. MB C2

Dimensão do NRD6 relativamente ao corpo docente. Atuação do NRD6 no

Programa. MB

C3

Abrangência, especialização do NRD6 relativamente às Áreas de Concentração e

Linhas de Pesquisa. MB

C4 Intercâmbio ou renovação do corpo docente. Participação de outros docentes. MB

C5 Qualificação do NRD6. MB

C6

Adequação e abrangência dos Projetos e Linhas de Pesquisa em relação às Áreas

de Concentração. MB

C7 Vínculo entre Linhas e Projetos de Pesquisa. MB

C8

Adequação da quantidade de Linhas e Projetos de Pesquisa em andamento em

relação à dimensão e à qualificação do NRD6. F

C9 Participação do corpo discente nos Projetos de Pesquisa. B

C10

Adequação e abrangência da Estrutura Curricular relativamente à Proposta do Programa e às suas Áreas de Concentração. Adequação e abrangência das disciplinas ministradas em relação às Linhas e Projetos de Pesquisa.

MB

C11 Distribuição da carga letiva e carga horária média. Participação de outros docentes. MB C12 Quantidade de orientadores do NRD6 relativamente à dimensão do NRD6. MB C15 Dimensão do corpo discente em relação à dimensão do NRD6. B C16 Número de desligamentos e abandonos em relação à dimensão do corpo discente. MB C17

Número de discentes-autores da pós-graduação em relação à dimensão do corpo

discente. R

C19

Vínculo das teses e dissertações com Áreas de Concentração e com Linhas e Projetos de Pesquisa; adequação ao nível dos cursos. B

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C22 Número médio de orientandos em relação à dimensão do NRD6. B C23 Adequação das dissertações e teses à proposta do programa. MB C24

Adequação dos tipos de produção à Proposta do Programa e vínculo com as Áreas de Concentração, Linhas e Projetos de Pesquisa ou Teses e Dissertações. MB

C25 Qualidade dos veículos ou meios de divulgação. R

C26

Quantidade e regularidade em relação à dimensão do NRD6; distribuição da

autoria entre os docentes. R

C27 Autoria ou co-autoria de outros participantes (não pertencentes ao núcleo básico). B

C28 Produção técnica. B

Tabela 4: Desempenho do Programa à luz dos critérios internos

Critérios Nota

C13 Atividades letivas de graduação. MB

C14 Orientação nos cursos de graduação. B

C16

Número de desligamentos e abandonos em relação à dimensão do corpo

discente. MB

C17 Número de titulados em relação à dimensão do corpo discente. B C18

Número de discentes-autores da pós-graduação em relação à dimensão do corpo

discente. R

C20

Tempo médio de titulação de bolsistas; tempo médio de bolsa. Relação entre os tempos médios de titulação de bolsistas e de não bolsistas. R C21

Número de titulados em relação à dimensão do NRD6. Participação de outros

docentes. B

Tabela 5: Desempenho do Programa à luz dos critérios externos

8. Executar o algoritmo de classificação do ELECTRE TRI. A tabela 6 apresenta o resumo das classificações obtidas.

Classificação Mais exigente Classificação Mais “Relaxada”

Fator Interno Fator Externo Fator Interno Fator Externo

λ = 0,50 BI BE BI BE

λ = 0,65 CI CE BI BE

λ = 0,76 CI CE AI BE

Tabela 6: Classificações do Programa

A Figura 1 apresenta o posicionamento estratégico do Programa, considerando o perfil mais exigente, para os três planos de corte utilizados. De acordo com esta figura, o posicionamento estratégico do Programa; para o plano de corte de 0,50; é de desenvolvimento (BI/BE). Para os planos de corte de 0,65 e 0,76; o posicionamento do Programa é neutro (/CI/CE).

Já a Figura 2 ilustra o posicionamento estratégico do Programa, de acordo com o perfil menos exigente, para os três planos de corte. De acordo com os três planos de corte, o posicionamento estratégico do Programa é de desenvolvimento (AI/BE e BI/BE).

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4 CONCLUSÕES

Os critérios externos que obtiveram a melhor avaliação foram o C13, referente às atividades letivas de graduação, e o C16, relacionado ao número de desligamentos e abandonos em relação à dimensão do corpo discente. O critério C13 foi considerado muito bom, pois a carga horária na graduação por docente do NRD6 é maior do que 70%. Já o critério C16 também foi considerado muito bom, pois o número de desligamentos e abandonos é menor do que 10% do total dos discentes.

Apesar de considerar ambos no nível regular, os critérios externos C18, relacionado ao número de discentes-autores da pós-graduação em relação à dimensão do corpo discente, e C20, relativo ao tempo médio de titulação de bolsistas; tempo médio de bolsa (relação entre os tempos médios de titulação de bolsistas e de não bolsistas) receberam os piores julgamentos. Isto porque o número de discentes-autores em relação ao corpo discente varia entre 20 e 35% e a relação entre os tempos médios de titulação de bolsistas e de não bolsistas varia entre 1,2 e 1,3.

Figura 2: Posicionamento estratégico no Procedimento Otimista Figura 1: Posicionamento estratégico no Procedimento Pessimista

A

I

E

I

D

I

C

I

B

I

E

E

D

E

C

E

B

E

A

E

Sobrevivência Crescimento Desenvolvimento Manutenção

λ = 0,50 λ = 0,65 λ = 0,76

A

I

E

I

D

I

C

I

B

I

E

E

D

E

C

E

B

E

A

E

Sobrevivência Crescimento Desenvolvimento Manutenção

λ= 0,50 λ= 0,65 λ= 0,76

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O resumo das classificações obtidas para o plano de corte igual a 0,76 pode ser visto no Quadro 1.

Classificação Pessimista Classificação Otimista Fator Interno Fator Externo Fator Interno Fator Externo CAPES

CI CE AI BE

Quadro 1: Resumo das classificações

Percebe-se que a classificação do Programa, considerando o perfil mais exigente para os critérios internos, é a CLASSE CI, isto implica em dizer que a Coordenação classifica o curso como Regular. Logo, não há predominância de pontos fortes ou pontos fracos. Sob o ponto de vista menos exigente, classifica-se o Programa na CLASSE AI. Isto significa que o Programa é Muito Bom, tendo, portanto, uma predominância de pontos fortes.

Observa-se que, para os critérios externos, segundo a classificação mais exigente, o Programa é considerado Regular (CLASSE CE). Logo, não há predominância de oportunidades ou ameaças. Conforme o procedimento de classificação menos exigente, o Programa é classificado como CLASSE BE sendo, portanto, Bom (predominância de oportunidades).

Após a análise das classificações, faz-se a combinação destas para o diagnóstico estratégico do Programa. Conforme o procedimento de classificação mais exigente, o Programa apresenta um posicionamento estratégico neutro (CI/CE). Segundo o procedimento de classificação menos exigente, o posicionamento estratégico do Programa é de desenvolvimento (AI/BE).

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Referências

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