• Nenhum resultado encontrado

Aula 09. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (Exercícios)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aula 09. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (Exercícios)"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

Turma e Ano: 2016 (Master A)

Matéria / Aula: Controle de Constitucionalidade Avançado - 09 Professor: Marcelo Leonardo Tavares

Monitor: Paula Ferreira

Aula 09

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (Exercícios)

1 – A ação direta de inconstitucionalidade de lei municipal frente à Constituição Federal:

( ) Pode ser proposta pelo Procurador-Geral de República junto ao Supremo Tribunal Federal.

( ) Pode ser proposta pelo Advogado Geral do Estado junto ao Tribunal de Justiça local.

( ) Pode ser proposta pelo Governador do Estado junto ao Supremo Tribunal Federal.

(X) Nenhuma das alternativas anteriores é correta ADI não pode ter como objeto lei municipal.

2 – Como é sabido, o Distrito Federal acumula as competências reservadas pela Constituição, aos Estados e Municípios (CF, artigo 32, § 1º). Pergunta-se: Cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, cujo objeto seja ato normativo editado pelo Distrito Federal, no exercício de competência que a Lei Fundamental reserva aos Municípios, qual seja a de disciplina e polícia do parcelamento do solo urbano? Fundamentar.

RESPOSTA: Não. A lei ou ato normativo do Distrito Federal só pode ser objeto de ADI quando tiver natureza de lei estadual.

3 – A União Nacional dos Estudantes – UNE tem legitimidade para propor ação direta de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, nos termos do artigo 103 da Constituição Federal, e na linha de orientação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal?

(2)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

RESPOSTA: Não. A UNE é uma entidade de representação de estudantes, porém, para efeito de legitimidade para propositura de ADI, não é considerada uma entidade de representação de classe, esta deve ser entendida como uma classe de trabalhadores, empregadores ou de servidores públicos.

4 - O que acontece coma ação direta, quando é revogada a lei arguida como inconstitucional?

RESPOSTA: Quando a lei que é objeto da ADI é revogada no curso desta, há o prejuízo do julgamento e o arquivamento da ADI, por perda superveniente do objeto.

5 - O que acontece quando há declaração de inconstitucionalidade de uma lei revogadora de outra?

RESPOSTA: Ocorre o efeito repristinatório (que não se confunde com a repristinação).

Se a lei é declarada inválida com efeitos ex tunc (efeito regra), é como se a lei que ela revogou jamais tivesse perdido sua vigência, pois ela não poderia ter sido revogada por uma lei nula desde o início. Porém, se o Supremo modular efeitos, dando efeitos ex nunc, a lei revogada retoma sua vigência depois de um período em que não se poderá considerar sua vigência.

6 - O Procurador-Geral da República, recebendo uma representação, está obrigado a ajuizar ação direta de inconstitucionalidade? Depois de ajuizada, pode desistir da ação?

RESPOSTA: O PGR, recebendo uma representação, não está obrigado a ajuizar ADI, pois isto é disponível dentro das atribuições do Ministério Público. Porém, depois de ajuizada, o PGR, nem nenhum outro legitimado ativo, pode desistir da ação.

7 – O que se entende por ato normativo para fim de controle de constitucionalidade?

RESPOSTA: O ato normativo é o ato administrativo que materialmente trata de matéria legal, pois é dotado de generalidade e abstração. Normalmente a lei dá um tratamento as matérias com generalidade e abstração, enquanto que o ato administrativo trata as matérias de forma concreta.

(3)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

A lei, independente de seu conteúdo, é lei para efeitos de ADI. Já o ato administrativo, se for um ato normal de concretização não se submete ao controle de constitucionalidade, pois haveria uma inconstitucionalidade indireta, que deve ser resolvida no controle de legalidade. Entretanto, se esse ato administrativo materialmente for dotado de generalidade e abstração, será considerado apto ao controle de constitucionalidade.

8 – O deferimento de medida cautelar, em ação direta, opera eficácia ex tunc ou ex nunc?

RESPOSTA: Em princípio, ex nunc, porém, desde que feito de forma expressa, o Supremo pode dar efeitos ex tunc (sem necessidade de quórum especial).

9 – A suspensão cautelar da eficácia de lei torna aplicável a legislação anterior, se existente? Impede que se edite nova lei sobre o tema, na conformidade das normas constitucionais inerentes ao processo legislativo? Por quê?

RESPOSTA: Sim, suspensa a eficácia de uma norma revogadora, ela não teria eficácia para revogar a norma anterior, não impedindo, desta forma, que se edite nova norma, devido a própria suspensão de sua eficácia.

10 – Concedida, no âmbito de ação direta de inconstitucionalidade, medida cautelar suspendendo ex tunc, os efeitos de determinada norma infraconstitucional instituidora de tributo estadual, de modo a livrar dos respectivos recolhimentos mensais seus contribuintes, sobreveio alteração do parâmetro constitucional que servira de base ao aforamento da ação, acabando por conformar o dispositivo suspenso à ordem constitucional. Quais as consequências do fato:

a) no que se refere à ação? A ação é arquivada.

b) quanto aos tributos recolhidos e não recolhidos na vigência da liminar? Os tributos recolhidos, se houver o apontamento da inconstitucionalidade no controle difuso, deverão ser repetidos. Porém, esta discussão será dada no controle difuso, uma vez que alterada a norma parâmetro, a ADI será arquivada.

(4)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

11 – Declarada, em ação direta, a inconstitucionalidade da lei revogadora, a lei revogada permanece assim ou ressurge, por força de repristinação?

RESPOSTA: Declarada inconstitucional lei revogadora, é como se a lei revogada nunca tivesse sido revogada.

12 - O que são efeitos diferidos na declaração de inconstitucionalidade?

RESPOSTA: É o efeito que ocorre no tempo pela modulação dos efeitos.

13 - Admite-se a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade, quanto este terceiro interveio no processo como amicus curiae?

RESPOSTA: Sim, o amicus curiae é a única figura de intervenção de terceiros admitida a se pronunciar num processo de controle de constitucionalidade.

14 - Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.

I. O controle de constitucionalidade não abrange normas constitucionais originárias, mas pode incidir sobre normas constitucionais derivadas.

II. A declaração de inconstitucionalidade pelo controle concentrado importa no efeito repristinador erga omnes da lei revogada pela reconhecida inconstitucional.

III. Dado o caráter objetivo do processo de controle concentrado de constitucionalidade, não há necessidade de existência de prévio litígio sobre a aplicação da norma que se pretende conforme a Constituição em ação declaratória de constitucionalidade.

IV. A causa de pedir, embora necessária na ação direta de inconstitucionalidade, é irrelevante para vincular a decisão a ser tomada pelo tribunal, que pode acolher o pedido por outro fundamento.

a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.

b) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV.

c) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.

d) Todas as assertivas estão corretas.

(5)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

JURISPRUDÊNCIA

1) Esta decisão apenas é pra demonstrar a modulação dos efeitos feita pelo Supremo.

“Servidores admitidos sem concurso: serviços essenciais e modulação de efeitos. Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, acompanhou o voto do Ministro Dias Toffoli, relator, para modular os efeitos de decisão proferida em ação direta. No julgamento da referida ação, havia sido declarada a inconstitucionalidade do art. 37 do ADCT da Constituição do Estado do Acre, acrescido pela EC 38/2005, que efetivara servidores públicos estaduais, sem concurso público, admitidos até 31.12.1994. Naquela assentada, o Tribunal reputara violado o princípio da ampla acessibilidade aos cargos públicos (CF, art. 37, II). Asseverara que a investidura em cargo ou emprego público dependeria da prévia aprovação em concurso público desde a promulgação da Constituição, e não a partir de qualquer outro marco fundado em lei estadual. Salientara, ainda, que a situação daqueles que tivessem ingressado no serviço público antes da CF/1988 deveria observar o disposto no art. 19 do ADCT, se cabível — v. Informativo 706.

Na presente sessão, a Corte deliberou no sentido de que a decisão somente tenha eficácia a partir de 12 meses contados da data da publicação da ata de julgamento. Vencidos, neste ponto, os Ministros Joaquim Barbosa, Presidente, e Marco Aurélio, que não modulavam os efeitos do julgado. Consideravam que a Constituição deveria ser respeitada e, por isso, não poderia prevalecer, por mais um ano, quadro de inconstitucionalidade declarada.

Pontuavam que a modulação deveria ser praticada em circunstâncias relevantes, sob pena de se banalizar situações inconstitucionais. ADI 3609/AC, rel. Min. Dias Toffoli, 5.2.2014.

(ADI-3609)”

2) Houve uma apresentação de petição inicial de ADI por algumas entidades representativas de oficiais militares, não tendo o Supremo reconhecido legitimidade a FEMEME por ela não ser uma classe representativa que abrange todos aqueles que a norma atacada se aplicaria.

“Entidade de classe e legitimidade ativa. O Plenário, por maioria, não conheceu de ação direta proposta pela Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares - FENEME, pelo Clube dos Oficiais da Polícia Militar do Pará - COPMPA, pelo Clube dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Pará - COCB, pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Pará - ASSUBSAR e pelo Instituto de Defesa dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Pará - INDESPCMEPA, em razão da falta de legitimidade ativa “ad causam”, reiterado o quanto decidido na ADI 4.473 AgR/PA (DJe de 1º.8.2012).

No referido precedente, a Corte decidira que a FENEME não abrangeria a totalidade dos atuantes dos corpos militares estaduais, compostos de praças e oficiais. Ademais, aquela entidade não preencheria o requisito da ampla representatividade do conjunto de todas as pessoas às quais a norma atacada se aplicaria. No presente caso, a norma impugnada

— LC 39/2002 do Estado do Pará — institui o regime de previdência dos servidores do

(6)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

Estado do Pará e dá outras providências. Vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, que reconhecia a legitimidade ativa da FENEME. Afirmava que, no caso, tratar-se-ia de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada por associação de classe de âmbito nacional, cuja legitimidade estaria prevista no art. 103 da CF. ADI 4967/PA, rel. Min. Luiz Fux, 5.2.2015. (ADI-4967)”

3) Recusado o ingresso de um amicus curiae, este recorreu, tendo o Ministro Celso de Mello reconhecido o recurso, mas manteve o indeferimento.

“Amicus Curiae” – ADIN – Poderes Processuais – Ingresso Recusado – Legitimidade Recursal. ADI 3.396-AgR/DF. RELATOR: Ministro Celso de Mello. VOTO:

Preliminarmente, conheço do presente recurso de agravo, considerando, para tanto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que admite a possibilidade de impugnação recursal, por parte de terceiro, quando recusada, como na espécie, a sua intervenção como

“amicus curiae” (ADI 3.105-ED/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – ADI 3.934-ED-segundos- AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.):

4) Decisão longa no qual o STF, de acordo com o voto do Ministro Fux, faz modulação de efeitos, até com efeitos colocados bastante a frente (a partir de 5 exercícios financeiros posteriores ao da publicação).

QUEST. ORD. EM ADI N. 4.425-DF RELATOR: MIN. LUIZ FUX EMENTA:

QUESTÃO DE ORDEM. MODULAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DE DECISÃO DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE (LEI 9.868/99, ART. 27).

POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE ACOMODAÇÃO OTIMIZADA DE VALORES CONSTITUCIONAIS CONFLITANTES. PRECEDENTES DO STF. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. EXISTÊNCIA DE RAZÕES DE SEGURANÇA JURÍDICA QUE JUSTIFICAM A MANUTENÇÃO TEMPORÁRIA DO REGIME ESPECIAL NOS TERMOS EM QUE DECIDIDO PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A modulação temporal das decisões em controle judicial de constitucionalidade decorre diretamente da Carta de 1988 ao consubstanciar instrumento voltado à acomodação otimizada entre o princípio da nulidade das leis inconstitucionais e outros valores constitucionais relevantes, notadamente a segurança jurídica e a proteção da confiança legítima, além de encontrar lastro também no plano infraconstitucional (Lei nº 9.868/99, art. 27). Precedentes do STF: ADI nº 2.240; ADI nº 2.501; ADI nº 2.904; ADI nº 2.907; ADI nº 3.022; ADI nº 3.315; ADI nº 3.316; ADI nº 3.430; ADI nº 3.458; ADI nº 3.489;

ADI nº 3.660; ADI nº 3.682; ADI nº 3.689; ADI nº 3.819; ADI nº 4.001; ADI nº 4.009; ADI nº 4.029. 2. In casu, modulam-se os efeitos das decisões declaratórias de inconstitucionalidade proferidas nas ADIs nº 4.357 e 4.425 para manter a vigência do regime especial de pagamento de precatórios instituído pela Emenda Constitucional nº 62/2009 por 5 (cinco) exercícios financeiros a contar de primeiro de janeiro de 2016. 3. Confere-se eficácia prospectiva à declaração de inconstitucionalidade dos seguintes aspectos da ADI, fixando

(7)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

como marco inicial a data de conclusão do julgamento da presente questão de ordem (25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos ou pagos até esta data, a saber: (i) fica mantida a aplicação do índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), nos termos da Emenda Constitucional nº 62/2009, até 25.03.2015, data após a qual (a) os créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) e (b) os precatórios tributários deverão observar os mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública corrige seus créditos tributários; e (ii) ficam resguardados os precatórios expedidos, no âmbito da administração pública federal, com base nos arts. 27 das Leis nº 12.919/13 e nº 13.080/15, que fixam o IPCA-E como índice de correção monetária. 4. Quanto às formas alternativas de pagamento previstas no regime especial: (i) consideram-se válidas as compensações, os leilões e os pagamentos à vista por ordem crescente de crédito previstos na Emenda Constitucional nº 62/2009, desde que realizados até 25.03.2015, data a partir da qual não será possível a quitação de precatórios por tais modalidades; (ii) fica mantida a possibilidade de realização de acordos diretos, observada a ordem de preferência dos credores e de acordo com lei própria da entidade devedora, com redução máxima de 40% do valor do crédito atualizado. 5.

Durante o período fixado no item 2 acima, ficam mantidas (i) a vinculação de percentuais mínimos da receita corrente líquida ao pagamento dos precatórios (art. 97, § 10, do ADCT) e (ii) as sanções para o caso de não liberação tempestiva dos recursos destinados ao pagamento de precatórios (art. 97, §10, do ADCT). 6. Delega-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que considere a apresentação de proposta normativa que discipline (i) a utilização compulsória de 50% dos recursos da conta de depósitos judiciais tributários para o pagamento de precatórios e (ii) a possibilidade de compensação de precatórios vencidos, próprios ou de terceiros, com o estoque de créditos inscritos em dívida ativa até 25.03.2015, por opção do credor do precatório. 7. Atribui-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que monitore e supervisione o pagamento dos precatórios pelos entes públicos na forma da presente decisão.

5) Nesta decisão, o Ministro Barroso não admitiu agravo regimental contra decisão que admite o amicus curiae

SEGUNDO AG. REG. NO RE N. 590.415-SC RELATOR: MIN. ROBERTO BARROSO DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DESCABIMENTO CONTRA DECISÃO QUE ADMITE “AMICUS CURIAE”. 1. Há dois entendimentos possíveis sobre o cabimento de recurso contra decisão que aprecia pedido de ingresso como amicus curiae: i) o primeiro, no sentido da irrecorribilidade de tal decisão, em razão do teor literal do art. 7º,

§2º, da Lei 9.868/1999 e do art. 21, XVIII, do RI/STF; ii) o segundo, na linha capitaneada pelo Ministro Celso de Mello, admitindo a interposição de recurso contra a decisão que indefere o ingresso como o amicus curiae, pelo próprio requerente que teve o pedido rejeitado (cf. RE 597.165 AgR, rel. Min. Celso de Mello). 2. O caso em exame não se enquadra em qualquer de tais hipóteses. 3. Agravo a que se nega seguimento.

(8)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

6) Trata-se de julgamento que defende o papel da AGU como protetor da norma impugnada em sede de ADI. Atenção nas duas exceções acerca da obrigatoriedade do AGU em defender a norma impugnada estudadas na parte teórica.

ADI N. 2.433-RN RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO – CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE – ARTIGO 103, § 3º, DA CARTA DA REPÚBLICA. Ante a imperatividade do preceito constitucional, o papel da Advocacia-Geral da União é o de proteção à norma impugnada.

7) Mais um julgamento em que o Supremo modula os efeitos de sua decisão.

ADI N. 3.848-RJ RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO CARTA ESTADUAL – MATÉRIA RESERVADA À INICIATIVA DO GOVERNADOR INCONSTITUCIONALIDADE. Surge inconstitucional disciplina, na Carta do Estado, de matéria cuja iniciativa de projeto é reservada ao Governador, como ocorre se, mediante preceito, dispõe-se sobre a revisão concomitante e automática de valores incorporados à remuneração de servidores públicos em razão do exercício de função ou mandato quando reajustada a remuneração atinente à função ou ao cargo paradigma – artigo 89, § 6º, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – PRONUNCIAMENTO POSITIVO – MODULAÇÃO. A modulação de pronunciamento do Supremo, considerada a passagem do tempo, implica, a um só tempo, desconhecer írrito o ato contrário à Constituição Federal e estimular atuação normativa à margem desta última, apostando-se na morosidade da Justiça e em ter-se o dito pelo não dito, como se, até então, a Lei Fundamental não houvesse vigorado.

8) Por maioria, o STF entendeu ser a CNTE uma entidade legitima para a propositura da ADI.

Professores de rede estadual e regime de subsídio. O Plenário conheceu em parte de ação direta ajuizada em face dos artigos 1º a 7º da LC 428/2007 do Estado do Espírito Santo e, na parte conhecida, julgou o pedido improcedente. Os dispositivos impugnados tratam da instituição do regime de subsídio para o pagamento dos professores da rede estadual de ensino. Além disso, estabelecem que os profissionais já integrantes do quadro possam optar pelo novo regime ou pelo anterior, de vencimentos e vantagens pessoais.

Preliminarmente, o Colegiado, por maioria, reconheceu a legitimidade ativa da requerente, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. No ponto, ressaltou haver precedente do STF a admitir a mesma entidade como legitimada em ação de controle concentrado, tendo em vista se tratar de confederação sindical, de âmbito nacional, conforme atestado pelo Ministério do Trabalho (ADI 1.969/DF, DJe de 31.8.2007). A CNTE contaria com expressiva representatividade e, além disso, haveria tendência histórica da Corte no sentido de flexibilizar os requisitos quanto à admissão de legitimados ativos. Outrossim, a entidade cumpriria o que exigido pelo art. 103, IX, da CF.

Vencido, quanto à preliminar, o Ministro Teori Zavascki, que não reconhecia a

(9)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

legitimidade ativa da requerente. Entendia não bastar que a entidade sindical fosse denominada “Confederação”, mas que seria necessário que atendesse aos requisitos do art. 535 da CLT [“As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República”]. Na espécie, a CNTE contaria com apenas uma federação... ADI 4079/ES, rel. Min. Roberto Barroso, 25 e 26.2.2015. (ADI-4079)

9) Esta decisão foi muito importante, passando por um tema estudado na parte teórica.

Para que o Supremo julgue a ADI, deve estar presente 8 ministros e o julgamento deve ser feito por 6 votos; se não forem obtidos os 6 votos (apesar de 8 ministros presentes), deve ser suspenso o julgamento e reiniciado novamente até que se obtenha o sexto voto. Mas, presentes os 8 ministros e obtidos os 6 votos, são se suspende o julgamento até que alcance o quórum especial para modulação de efeitos. Nesta questão não houve formalmente um pedido de modulação de efeitos. O Supremo pode modular efeitos de ofício, porém, neste caso, o Supremo não modulou. Posteriormente foi apresentado embargos de declaração dizendo que o Supremo foi omisso, pois não apreciou a modulação de efeitos. STF entendeu que não há omissão, uma vez que o Supremo não fez de ofício e não houve requerimento.

Art. 27 da Lei 9.868/99 e suspensão de julgamento [...] A Corte destacou que a análise da ação direta de inconstitucionalidade seria realizada de maneira bifásica: a) primeiro se discutiria a questão da constitucionalidade da norma, do ponto de vista material; e, b) declarada a inconstitucionalidade, seria discutida a aplicabilidade da modulação dos efeitos temporários, nos termos do art. 27 da Lei 9.868/1999. Assim, se a proposta de modulação tivesse ocorrido na data do julgamento de mérito, seria possível admiti-la. Ressalvou que não teria havido erro material e, uma vez que a apreciação do feito fora concluída e proclamado o resultado, não se poderia reabrir o que decidido. Por conseguinte, estaria preclusa, à luz do postulado do devido processo legal, a possibilidade de nova deliberação. Vencidos os Ministros Gilmar Mendes, Menezes Direito e Teori Zavascki, que admitiam a retomada do julgamento quanto à modulação dos efeitos. Para o Ministro Teori Zavascki, teria havido “error in procedendo”. Apontava que, em caso de modulação, se não fosse alcançado o quórum e houvesse magistrado para votar, o julgamento deveria ser adiado. ADI 2949 QO/MG, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/

o acórdão Min. Marco Aurélio, 8.4.2015. (ADI-2949)

10) Questão de legitimidade ativa em sede de ADI.

AG. REG. NA ADI N. 4.600-DF RELATOR: MIN. LUIZ FUX EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO PROPOSTA PELA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS ESTADUAIS – ANAMAGES. ENTIDADE QUE REPRESENTA APENAS PARTE OU FRAÇÃO DA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS MAGISTRADOS. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. AÇÃO QUE NÃO MERECE SER CONHECIDA. PRECEDENTES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As associações que congregam mera fração ou

(10)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

parcela de categoria profissional por conta de cujo interesse vem a juízo não possuem legitimidade ativa para provocar a fiscalização abstrata de constitucionalidade.

Precedentes: ADI 4.372, redator para o acórdão Min. Luis Fux, Pleno, DJe de 26/09/2014;

ADPF 154-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe de 28/11/2014; ADI 3.6717-AgR, rel.

Min. Cezar Peluso, Pleno, DJe de 1/7/2011. 2. In casu, à luz do estatuto social da agravante, resta claro que a entidade tem por finalidade representar os magistrados estaduais, defendendo seus interesses e prerrogativas. Nota-se, assim, que a entidade congrega apenas fração da categoria profissional dos magistrados, uma vez que não compreende, dentro de seu quadro, os Juízes Federais, por exemplo. 3. É firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da ilegitimidade ativa da ANAMAGES para a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade, ou qualquer outra ação do controle concentrado de constitucionalidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento

QUESTÕES DE PROVOCAÇÃO

1ª QUESTÃO:

Ministro do Supremo levanta uma questão de ordem no sentido de que, ainda que postulada unicamente a inconstitucionalidade formal de determinado texto de lei, deve ser julgado procedente o pedido no caso de, ainda que não haja a inconstitucionalidade formal postulada, haver inconstitucionalidade material do texto. Responda fundamentadamente como o Supremo Tribunal Federal responde a este tipo de questão.

RESPOSTA: Mesmo que se considere a causa de pedir aberta, há um limite para a causa de pedir. Não se pode alargar uma causa de pedir de um vício formal para um vício material. Isto é importante, pois, uma vez impugnada uma norma por vício formal, todos no processo se manifestaram sobre a inconstitucionalidade formal, e, caso o Supremo declare a inconstitucionalidade material, haveria uma surpresa muito grande.

ADI 2182 / DF - DISTRITO FEDERAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO.

Relator(a) p/ Acórdão: Min. CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 12/05/2010.

Órgão Julgador: Tribunal Pleno. Publicação: DJe-168 DIVULG 09- 09-2010 EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 1.

QUESTÃO DE ORDEM: PEDIDO ÚNICO DE DECLARAÇÃO DE

(11)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DE LEI. IMPOSSIBILIDADE DE EXAMINAR A CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL. 2. MÉRITO: ART. 65 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI 8.429/1992 (LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA):

INEXISTÊNCIA. 1. Questão de ordem resolvida no sentido da impossibilidade de se examinar a constitucionalidade material dos dispositivos da Lei 8.429/1992 dada a circunstância de o pedido da ação direta de inconstitucionalidade se limitar única e exclusivamente à declaração de inconstitucionalidade formal da lei, sem qualquer argumentação relativa a eventuais vícios materiais de constitucionalidade da norma. 2. Iniciado o projeto de lei na Câmara de Deputados, cabia a esta o encaminhamento à sanção do Presidente da República depois de examinada a emenda apresentada pelo Senado da República. O substitutivo aprovado no Senado da República, atuando como Casa revisora, não caracterizou novo projeto de lei a exigir uma segunda revisão. 3. Ação direta de inconstitucionalidade improcedente.

2ª. QUESTÃO

Em que situação o Advogado-Geral da União pode deixar de defender a constitucionalidade de norma atacada como inconstitucional em Ação Direta de Inconstitucionalidade?

RESPOSTA: O AGU pode deixar de defender a norma quando já houver pronunciamento anterior do Supremo pela inconstitucionalidade ou quanto contrariar os interesses da União.

ADI 2681 MC / RJ - RIO DE JANEIRO MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. CELSO DE MELLO Julgamento: 11/09/2002 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE –(...) ATUAÇÃO PROCESSUAL ORDINÁRIA DO ADVOGADO-GERAL DA

UNIÃO COMO “CURADOR DA PRESUNÇÃO DE

CONSTITUCIONALIDADE” DAS LEIS E ATOS NORMATIVOS ESTATAIS - DESNECESSIDADE, PORÉM, DESSA DEFESA QUANDO O ATO

(12)

Resumo elaborado pela equipe de monitores. Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento.

IMPUGNADO VEICULAR MATÉRIA CUJA INCONSTITUCIONALIDADE JÁ TENHA SIDO PRONUNCIADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO EXERCÍCIO DE SUA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. PROCESSO LEGISLATIVO E ESTADO-MEMBRO.

(...) O Advogado-Geral da União - que, em princípio, atua como curador da presunção de constitucionalidade do ato impugnado (RTJ 131/470 - RTJ 131/958 - RTJ 170/801-802, v.g.) - não está obrigado a defender o diploma estatal, se este veicular conteúdo normativo já declarado incompatível com a Constituição da República pelo Supremo Tribunal Federal em julgamentos proferidos no exercício de sua jurisdição constitucional. Precedentes.

Referências

Documentos relacionados

Regarding the design of the study, we included randomized clinical trials, clinical trials, community studies with comparison of an intervention group with a control group,

Objective: To evaluate costs and length of hospital stay between groups of patients treated for ACS undergoing angioplasty with or without stent implantation (stent+ /

Nos demais tempos, para a formulação 1, valores maiores e diferentes de SS foram en- contrados para os doces acondicionados na embalagem de polipropileno opaca, quando comparado

Por isso, este trabalho prop˜oe uma abordagem para teste de robustez no Archmeds e para isso, contou com o desenvolvimento de uma ferramenta de inje¸c˜ao de falhas chamada WSInject,

Objective: Report our institutional experience with the palliative Senning procedure in children diagnosed with TGA and double outlet right ventricle with severe pulmonary

meio fi'sico Placa Controladora de Rede Placa da INTERTACE DE COMUNICACAO INTEGRADA Ploca da CPU da Eslacdo Hospedeira..

Em seguida, foram fabricados os produtos tipo paçoca com o aproveitamento do resíduo do extrato de soja em substituições crescentes de RES ao fubá (0%, 25%, 50%, 75% e 100%)

Unidos, México, Argentina e no Brasil, no Estado do Espírito Santo. Micobactérias potencialmente patogênicas e algumas ambientais já foram isoladas destes animais. A identificação