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Português para Tribunal Regional Eleitoral - SP (teoria e questões comentadas)

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Academic year: 2021

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Aula 01 Olá!

Bem-vindo ao nosso curso de Português para o TRE-SP. De antemão, peço a você que não deixe a matéria acumular, pois a quantidade de material vai aumentando à medida que os assuntos vão se somando.

Como disse na aula anterior, NÃO DECORE!!!! Estude focando a quantidade de questões. O tópico que possui mais questões é mais importante.

Fazendo isso, você otimiza e organiza seu estudo. Sempre atente à revisão no final da aula.

Vamos agora trabalhar o último tópico sobre o assunto VERBO, que é forte na banca Fundação Carlos Chagas. Vimos na aula passada que esta banca cobra o reconhecimento do modo e do tempo verbal, seu emprego e a correlação. Fizemos bastantes questões. Nesta aula, vamos às flexões dos verbos irregulares. Para isso é importante vermos alguns conceitos.

VERBO

(flexão de verbos irregulares, defectivos e abundantes)

Vimos na aula anterior o que é a raiz (radical) de um verbo: cantar, beber e partir. Agora veremos que, quando a vogal tônica está no radical do verbo, temos as formas rizotônicas (rizo=raiz/radical; tônica=vogal de som mais forte): estudo, compreendam, cantam.

Há também as formas arrizotônicas, isto é, a vogal tônica está fora do radical: venderão, cantarei, conseguiríamos.

Outros conceitos importantes são os seguintes:

Regulares: verbos que mantêm a mesma base (radical). Perceba que na flexão do verbo “cantar” se mantém a base “cant”:

eu canto .... talvez eu cante .... se eu cantasse...

Irregulares: verbos que não mantêm a mesma base (radical). Veja que na flexão do verbo “saber”, a base “sab” se modifica:

eu sei ... talvez eu saiba .... se eu soubesse ...

Essa variação da base (radical), quando mudamos os tempos, mostra que o verbo é irregular. Naturalmente, são justamente eles que caem na prova.

Os verbos ser e ir, por apresentarem profundas alterações nos radicais em sua conjugação, são chamados anômalos.

(ser) eu sou ... talvez eu seja ... se eu fosse (ir) eu vou ... talvez eu vá ... se eu fosse

Português para Tribunal Regional Eleitoral - SP (teoria e questões comentadas)

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Perceba que não mudamos só o radical. A palavra está totalmente modificada.

Defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou modos. (teremos exemplos adiante)

Abundantes: apresentam mais de uma forma para determinada flexão.

(teremos exemplos adiante)

Conjugação de alguns verbos irregulares

Muitas questões da Fundação Carlos Chagas têm base nos verbos pôr, ter, ver e vir (e seus derivados). Assim, atente à conjugação abaixo especificada na região sombreada, além das setas..

Tempos e modo derivados do presente do indicativo:

Primeiro, perceba que o radical da primeira pessoa do singular do presente do indicativo normalmente gera o radical do presente subjuntivo. Isso é importante porque nos livra da decoreba, basta aplicar na conjugação. Veja:

presente do indicativo: eu vejo

Esse radical “vej-“ será empregado na flexão deste verbo no presente do subjuntivo: talvez eu veja, tu vejas, ele veja, nós vejamos, vós vejais, eles vejam.

Como vimos na aula passada, a vogal temática (A) vira desinência (E) e a vogal temática (E ou I) vira desinência (A), quando temos o presente do subjuntivo. Observe este mesmo verbo: ver (vogal temática “e”). No presente do subjuntivo esta vogal vira “a”, agora com o nome de desinência modo- temporal. É lógico que esta banca não pergunta o nome, mas a troca desta vogal.

Veja outro: ele canta (infinitivo: cantar – vogal temática: “a”)

Talvez ele cante (desinência modo-temporal “e”). Confira isso pelo uso da seta nas conjugações.

Lembre-se da formação do imperativo da aula passada. O afirmativo é gerado pelo presente do indicativo nas segundas pessoas (tu/vós), retirando- se o “s”. A terceira pessoa do singular (você) e do plural (vocês) e a primeira do plural (nós) do imperativo afirmativo e todo o imperativo negativo são gerados do presente do subjuntivo. (É só copiar!!!!)

Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo:

Note que, na segunda pessoa do singular do tempo pretérito perfeito do indicativo, encontramos a terminação “-ste” (desinência número-pessoal). Ao retirarmos esta terminação, sobra uma base, chamada tema. Essa base forma o pretérito-mais-que-perfeito do indicativo, com acréscimo da desinência modo temporal (-ra) e os tempos pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo, com as desinências “-sse” e “-r”, respectivamente. Todos estão sombreados a seguir.

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I - pôr

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do pretérito

eu ponho punha pus pusera porei poria

tu pões punhas puseste puseras porás porias

ele põe punha pôs pusera porá poria

nós pomos púnhamos pusemos puséramos poremos poríamos

vós pondes púnheis pusestes puséreis poreis poríeis

eles põem punham puseram puseram porão poriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu ponha pusesse puser - não -

tu ponhas pusesses puseres põe tu não ponhas tu

ele ponha pusesse puser ponha você não ponha você

nós ponhamos puséssemos pusermos ponhamos nós não ponhamos nós

vós ponhais pusésseis puserdes ponde vós não ponhais vós

eles ponham pusessem puserem ponham vocês não ponham vocês Você verá que não é o verbo “pôr” que cai na prova, são seus derivados que caem. Então veja quais são:

antepor, apor, compor, decompor, depor, expor, impor, indispor, justapor, opor, predispor, pressupor, propor, repor, supor, transpor, etc.

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006 - Técnico):

Quem não se dispor a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da competição.

Será que está correta a flexão verbal? Lógico que não, o verbo “dispor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos “Quem não pôr”. O contexto pede o tempo futuro do subjuntivo (puser), por isso a forma verbal correta é

“dispuser”:

Quem não se dispuser a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da competição.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 4ªR 2008 - Analista):

Serão bem-vindas todas as iniciativas que se proporem a melhorar a qualidade dos noticiários de TV.

O verbo “propor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos no futuro do subjuntivo “porem”, mas “puserem”, por isso a forma verbal correta é

“propuserem”:

Serão bem-vindas todas as iniciativas que se propuserem a melhorar a qualidade dos noticiários de TV.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003 - Analista):

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Eles pressuporam que elas agiriam eticamente, mas os fatos que advieram provaram o contrário.

O verbo “pressupor” é derivado de “pôr” e nós não flexionamos no pretérito perfeito do indicativo “eles poram”, mas “eles puseram”, por isso a forma verbal correta é “pressupuseram”:

Eles pressupuseram que elas agiriam eticamente, mas os fatos que advieram provaram o contrário.

II - ter e seus derivados abster, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu tenho tinha tive tivera terei teria

tu tens tinhas tiveste tiveras terás terias

ele tem tinha teve tivera terá teria

nós temos tínhamos tivemos tivéramos teremos teríamos

vós tendes tínheis tivestes tivéreis tereis teríeis

eles têm tinham tiveram tiveram terão teriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu tenha tivesse tiver - não -

tu tenhas tivesses tiveres tem tu não tenhas tu

ele tenha tivesse tiver tenha você não tenha você

nós tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos nós não tenhamos nós

vós tenhais tivésseis tiverdes tende vós não tenhais vós

eles tenham tivessem tiverem tenham vocês não tenham vocês Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 - Técnico):

Antigas práticas supersticiosas se manteram ao longo da história dos povos, em todo o planeta.

Note que o verbo “manter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “eles teram”. A construção correta no pretérito perfeito do indicativo é “eles tiveram”, por isso a forma verbal correta é “mantiveram”:

Antigas práticas supersticiosas se mantiveram ao longo da história dos povos, em todo o planeta.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 - Técnico):

Os torcedores brasileiros ainda retêem, como glória máxima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa.

O verbo “reter” é derivado de “ter” e, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, é flexionado assim: “têm”. Apenas os verbos “crer, dar, ler e ver” dobram a vogal “e” (creem, deem, leem, veem). Assim, a forma verbal correta é “retêm”:

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Os torcedores brasileiros ainda retêm, como glória máxima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 - Técnico):

É comum que os meninos menores não se detenhem diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo.

O verbo “deter” é derivado de “ter” e, na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo, é flexionado assim: “tenham”. Assim, a forma verbal correta é

“retenham”:

É comum que os meninos menores não se detenham diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006 - Técnico):

Se os policiais não detessem os torcedores mais exagerados, certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães.

O verbo “deter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “se eles tessem”. A construção correta é: “se eles tivessem”, por isso a forma verbal correta é

“detivessem”:

Se os policiais não detivessem os torcedores mais exagerados, certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2008 - Analista):

A independência que os habitantes do Timor Leste obteram foi reconhecida pela ONU; espera-se que venha a consolidar-se.

O verbo “obter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “teram”, no pretérito perfeito do indicativo, mas “tiveram”, por isso a forma verbal correta é “obtiveram”:

A independência que os habitantes do Timor Leste obtiveram foi reconhecida pela ONU; espera-se que venha a consolidar-se.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2008 - Analista):

Se um otimista não se conter, sua expectativa de êxtase cresce tanto que ele acaba por se juntar aos pessimistas.

O verbo “conter” é derivado de “ter” e nós não flexionamos “se ele ter”, no futuro do subjuntivo, mas “se ele tiver”, por isso a forma verbal correta é

“contiver”:

Se um otimista não se contiver, sua expectativa de êxtase cresce tanto que ele acaba por se juntar aos pessimistas.

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Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011 - Técnico):

Se eu me abster, haverá empate na votação.

O verbo “abster” é derivado de “ter” e, no futuro do subjuntivo, flexionamos

“se eu tiver”, por isso a forma verbal correta é “abstiver”:

Se eu me abstiver, haverá empate na votação.

III - ver e seus derivados antever, entrever, prever e rever Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito

eu vejo via vi vira verei veria

tu vês vias viste viras verás verias

ele vê via viu vira verá veria

nós vemos víamos vimos víramos veremos veríamos

vós vedes víeis vistes víreis vereis veríeis

eles veem viam viram viram verão veriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu veja visse vir - não -

tu vejas visses vires vê tu não vejas tu

ele veja visse vir veja você não veja você

nós vejamos víssemos virmos vejamos nós não vejamos nós

vós vejais vísseis virdes vede vós não vejais vós

eles vejam vissem virem vejam vocês não vejam vocês Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 - Técnico):

Os homens primitivos anteveram benefícios na prática de certos rituais supersticiosos.

O verbo “antever” é derivado de “ver” e nós não flexionamos “eles veram”. A construção correta é: “eles viram”, por isso a forma verbal correta é

“anteviram”:

Os homens primitivos anteviram benefícios na prática de certos rituais supersticiosos.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 4ªR 2006 - Técnico):

Se nós revêssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles.

O verbo “rever” é derivado de “ver” e não podemos flexionar “se nós vêssemos”. A construção correta, no pretérito imperfeito do subjuntivo, é: “se nós víssemos”, por isso a forma verbal correta é “revíssemos”:

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Se nós revíssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles.

IV - Vir e seus derivados advir, avir-se, contravir, convir, desavir-se, desconvir, intervir, provir, sobrevir.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito

eu venho vinha vim viera virei viria

tu vens vinhas vieste vieras virás virias

ele vem vinha veio viera virá viria

nós vimos vínhamos viemos viéramos viremos viríamos

vós vindes vínheis viestes viéreis vireis viríeis

eles vêm vinham vieram vieram virão viriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu venha viesse vier - não -

tu venhas viesses vieres vem tu não venhas tu

ele venha viesse vier venha você não venha você

nós venhamos viéssemos viermos venhamos nós não venhamos nós

vós venhais viésseis vierdes vinde vós não venhais vós

eles venham viessem vierem venham vocês não venham vocês Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 - Analista):

Uma vez que não nos conviu nos afastarmos dos subterfúgios ilusórios, também não nos convirá enfrentar nossa imagem num espelho verdadeiro.

O verbo “convir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “ele viu” (na ideia de vir de algum lugar). A construção correta é: “ele veio”, por isso a forma verbal correta é “conveio”.

Uma vez que não nos conveio nos afastarmos dos subterfúgios ilusórios, também não nos convirá enfrentar nossa imagem num espelho verdadeiro.

Note que o verbo “convirá” está corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003 - Analista):

Se convirmos em que os fins justificam quaisquer meios, justificar-se-ão até mesmo as maiores atrocidades.

O verbo “convir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “se virmos” (na ideia de vir de algum lugar). A construção correta é: “se viermos”, por isso a forma verbal correta é “conviermos”:

Se conviermos em que os fins justificam quaisquer meios, justificar-se- ão até mesmo as maiores atrocidades.

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Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003 - Analista):

Atos éticos nunca adviram de meios antiéticos, segundo o que assevera a autora do texto.

O verbo “advir” é derivado de “vir” e nós não flexionamos “viram” (na ideia de vir de alguma coisa). A construção correta é: “vieram”, por isso a forma verbal correta é “advieram”:

Atos éticos nunca advieram de meios antiéticos, segundo o que assevera a autora do texto.

V – Diferença na conjugação dos verbos prever, provir e prover:

O verbo prever é conjugado como o verbo ver. O verbo provir é conjugado como o verbo vir. Assim, basta observar as conjugações de seus verbos primitivos ver e vir, respectivamente, e acrescentar os prefixos. Mas o verbo prover é conjugado, em boa parte, como o verbo ver e, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados, ele é regular. Veja:

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu provejo provia provi provera proverei proveria

tu provês provias proveste proveras proverás proverias

ele provê provia proveu provera proverá proveria

nós provemos províamos provemos provêramos proveremos proveríamos

vós provedes províeis provestes provêreis provereis proveríeis

eles proveem proviam proveram proveram proverão proveriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu proveja provesse prover - não -

tu provejas provesses proveres provê tu não provejas tu

ele proveja provesse prover proveja você não proveja você

nós provejamos provêssemos provermos provejamos nós não provejamos nós

vós provejais provêsseis proverdes provede vós não provejais vós

eles provejam provessem proverem provejam vocês não provejam vocês Veja duas frases cobradas pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2001 - Analista):

I - O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

II - De onde proviram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

Como visto anteriormente, o verbo “prover” é derivado de “ver” no presente do indicativo. Apenas, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados, flexiona-se regularmente, como os verbos “beber”,

“vender”, “abastecer”. Assim, se o cronista “vê”, então o cronista “provê”. A frase I está correta.

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Já a frase II está errada, pois o verbo “provir” (vir de algum lugar) é derivado de “vir”. Não se diz “eles viram”, mas “eles vieram”. Então o correto é “provieram”.

II - De onde provieram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011 - Analista):

Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase:

Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria pela secretária geral, segundo a qual, porque não prouvemos o depósito de material de limpeza, tenhamos de providenciá-lo a nossas próprias expensas.

Note que o verbo “prover”, no pretérito perfeito do indicativo, é regular:

“provemos”, como indicado no esquema da conjugação desse verbo anteriormente. Perceba, também, que o verbo “tenhamos” não combina no contexto, o tempo presente do indicativo (temos) transmite a ideia correta.

Há, também erro na pontuação, mas isso será comentado em outra aula.

Assim, a frase reescrita de acordo com o padrão culto é:

Surpreende a proposta feita anteontem, na diretoria, pela secretária geral, segundo a qual, porque não provemos o depósito de material de limpeza, temos de providenciá-lo a nossas próprias expensas.

Veja como caiu nas provas da FCC!!!!

Questão 1: TRT 21ªR 2003 Analista

Estão corretas as formas dos verbos intervir, propor e obter empregadas na frase:

(A) Se obtessem tudo o que propuseram, não seria preciso que a polícia tivesse intervido.

(B) Se a polícia não interviesse, eles teriam obtido tudo o que proporam.

(C) No caso de a polícia intervir, eles não obterão tudo o que propuseram.

(D) Eles só obtiveram o que propuseram porque a polícia não interviu.

(E) O fato de a polícia ter intervindo evitou que obtessem o que antes propuseram.

Comentário: A correta é a alternativa (C), pois “intervir” é infinitivo,

“obterão” é o futuro do presente do indicativo e “propuseram” está também corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo. Lembre-se de que ele é derivado de “pôr”. Abaixo, foram corrigidas as frases:

(A) Se obtivessem tudo o que propuseram, não seria preciso que a polícia tivesse intervindo.

(B) Se a polícia não interviesse, eles teriam obtido tudo o que propuseram.

(D) Eles só obtiveram o que propuseram porque a polícia não interveio.

(E) O fato de a polícia ter intervindo evitou que obtivessem o que antes propuseram.

Gabarito: C

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Questão 2: TRT 20ªR 2006 Analista

Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

(A) Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes.

(B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que chegarem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para nós as marcas de sua língua e de sua cultura.

(C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não convisse aos falantes de um idioma, estes não haveriam de os aproveitar.

(D) Se alguém rever os textos do português arcaico, se espantará com a profusão de termos que ainda freqüentam a fala brasileira em muitas regiões do país.

(E) Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das línguas dos que para cá emigraram.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas:

Na alternativa (A), o infinitivo é “engolir” e este verbo é regular, por isso o seu pretérito imperfeito do subjuntivo é “engolissem”.

Não é verdade que os portugueses do século XV engolissem as vogais ou chiassem nas consoantes.

Na alternativa (B), o problema é o paralelismo: o verbo “chegarem” está no futuro do subjuntivo. Como o verbo trazer está unido pela conjunção “e”

ao verbo anterior, o contexto impõe que este também esteja no futuro do subjuntivo: trouxerem. A forma “trazerem” é apenas o infinitivo flexionado.

Sempre serão bem-vindos os imigrantes que chegarem ao Brasil, em qualquer época, e trouxerem para nós as marcas de sua língua e de sua cultura.

Na alternativa (C), o verbo “convir” é derivado de “vir”, então o pretérito imperfeito do subjuntivo é “viesse”, inserindo o prefixo “con": “conviesse”.

Caso a incorporação de termos estrangeiros não conviesse aos falantes de um idioma, estes não haveriam de os aproveitar.

Na alternativa (D), vimos que o futuro do subjuntivo do verbo “ver” é

“vir”, então este mesmo tempo com o verbo “rever” será “revir”.

Se alguém revir os textos do português arcaico, se espantará com a profusão de termos que ainda frequentam a fala brasileira em muitas regiões do país.

A alternativa (E) é a correta, pois a terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo “vir” é “vieram”, então o mesmo tempo e pessoa do verbo “advir” será “advieram”.

Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das línguas dos que para cá emigraram.

Alguns candidatos à época tiveram dúvidas quanto ao verbo

“emigraram”, não por sua flexão (que está correta), mas pela ortografia.

Alguns achavam que o correto seria “imigraram”.

Sabe-se que “imigrar” é entrar em um país e “emigrar” é sair de um país. Assim, entendemos que, num determinado momento de nossa história, os japoneses e italianos imigraram em nosso país. Com isso enfatizamos sua entrada em nosso país. Mas pode-se abordar essa movimentação na sua origem, entendendo-se que eles emigraram de suas terras para cá (saíram de

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lá). Por isso, o verbo “emigraram”, no contexto em que se encontra na alternativa, está correto.

Gabarito: E

Questão 3: TRE AC 2003 Analista

Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

(A) Caso não se detessem nas questões formais, os responsáveis pelo julgamento de Amina não teriam satisfazido as expectativas internacionais.

(B) Toda mulher que manter uma relação amorosa fora do casamento será submissa ao rigor da lei islâmica.

(C) As leis nigeriana provêem da tradição islâmica, e jamais se absteram de observar os rígidos postulados desta.

(D) Se a Anistia e outros órgãos internacionais não intervissem no caso de Amina, não havia o que contivesse o ânimo punitivo do tribunal nigeriano.

(E) Não se propusessem os formadores de opinião pública a intervir no caso de Amina, é quase certo que a ela se imporia a pena de morte por apedrejamento.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas:

(A) Caso não se detivessem nas questões formais, os responsáveis pelo julgamento de Amina não teriam satisfeito as expectativas internacionais.

(B) Toda mulher que mantiver uma relação amorosa fora do casamento será submissa ao rigor da lei islâmica.

(C) As leis nigerianas provêm da tradição islâmica, e jamais se abstiveram de observar os rígidos postulados desta.

(D) Se a Anistia e outros órgãos internacionais não interviessem no caso de Amina, não havia o que contivesse o ânimo punitivo do tribunal nigeriano.

A alternativa (E) é a correta. Perceba que o verbo “propusessem” é derivado de “pôr”:

Não se propusessem os formadores de opinião pública a intervir no caso de Amina, é quase certo que a ela se imporia a pena de morte por apedrejamento.

Gabarito: E

Questão 4: Assembleia Legislativa 2010 - Agente

Os verbos grifados estão corretamente flexionados na frase:

(A) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

(B) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas:

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A alternativa (A) é a correta. Perceba que “propuseram” é derivado de “pôr”.

(B) Em vários países, autoridades se dispuseram a elaborar projetos que previssem a exploração sustentável do meio ambiente.

(C) Os consumidores se abstiveram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta.

(D) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteve a exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

(E) Com a alteração climática sobreveio o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

Gabarito: A

Questão 5: TRE SE - 2007 - Técnico

O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

(A) Proporam-se medidas de caráter emergencial para controle das emissões de gases poluentes na atmosfera.

(B) Medidas de controle da poluição atmosférica foram tomadas pelos especialistas, para satisfazerem exigências legais.

(C) Diante do rompimento da tubulação de esgotos, as autoridades preveram um surto de moléstias infecciosas na região.

(D) A chuva excessiva fez transbordar o córrego, de onde adviram inundações e mortes com o alagamento da área urbana.

(E) Especialistas ateram-se à observação de certos fenômenos climáticos para chegar à iminência de catástrofes em algumas regiões do planeta.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas:

(A) Propuseram-se medidas de caráter emergencial para controle das emissões de gases poluentes na atmosfera. (derivado do verbo “pôr”)

A alternativa (B) está correta. Note que o verbo “satisfazer” está no infinitivo flexionado.

Medidas de controle da poluição atmosférica foram tomadas pelos especialistas, para satisfazerem exigências legais.

(C) Diante do rompimento da tubulação de esgotos, as autoridades previram um surto de moléstias infecciosas na região. (derivado do verbo “ver”)

(D) A chuva excessiva fez transbordar o córrego, de onde advieram inundações e mortes com o alagamento da área urbana. (derivado do verbo

“vir”)

(E) Especialistas ativeram-se à observação de certos fenômenos climáticos para chegar à iminência de catástrofes em algumas regiões do planeta.

(derivado do verbo “ter”) Gabarito: B

Verbos que despertam dúvidas de pronúncia e flexão

Adaptar, designar, impugnar, obstar, ritmar, dignar-se, impregnar, indignar-se, optar, persignar-se, pugnar, raptar, resignar-se. Esses verbos não formam sílaba nova na conjugação. Atente principalmente ao presente do indicativo de alguns deles:

Deve-se dizer: Impugnam a lei, e não: *impuguinam; A injustiça nos indigna, e não: *nos indiguina; Opto por ficar, e não: *opito.

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Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu impugno impugnava impugnei impugnara impugnarei impugnaria

tu impugnas impugnavas impugnaste impugnaras impugnarás impugnarias

ele impugna impugnava impugnou impugnara impugnará impugnaria

nós impugnamos impugnávamos impugnamos impugnáramos impugnaremos impugnaríamos

vós impugnais impugnáveis impugnastes impugnáreis impugnareis impugnaríeis

eles impugnam impugnavam impugnaram impugnaram impugnarão impugnariam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu impugne impugnasse impugnar - não -

tu impugnes impugnasses impugnares impugna tu não impugnes tu ele impugne impugnasse impugnar impugne você não impugne você nós impugnemos impugnássemos impugnarmos impugnemos nós não impugnemos nós

vós impugneis impugnásseis impugnardes impugnai vós não impugneis vós eles impugnem impugnassem impugnarem impugnem vocês não impugnem vocês

Aderir, advertir, competir, deferir, repelir...

...compelir, conferir, convergir, despir, desservir, discernir, dissentir, divergir, ferir, impelir, interferir, investir, mentir, preferir, preterir, proferir, referir, repetir, servir, sugerir, transferir, etc. A irregularidade desses verbos está em a vogal e, última do radical, passar a i na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo, e a e aberto na 2ª e 3ª pessoas do singular e 3ª do plural do presente do indicativo e 2ª pessoa do singular do imperativo.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu adiro aderia aderi aderira aderirei aderiria

tu aderes aderias aderiste aderiras aderirás aderirias

ele adere aderia aderiu aderira aderirá aderiria

nós aderimos aderíamos aderimos aderíramos aderiremos aderiríamos

vós aderis aderíeis aderistes aderíreis aderireis aderiríeis

eles aderem aderiam aderiram aderiram aderirão adeririam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu adira aderisse aderir - não -

tu adiras aderisses aderires adere tu não adiras tu

ele adira aderisse aderir adira você não adira você

nós adiramos aderíssemos aderirmos adiramos nós não adiramos nós

vós adirais aderísseis aderirdes aderi vós não adirais vós

eles adiram aderissem aderirem adiram vocês não adiram vocês Aguar e enxaguar

Com a reforma ortográfica, o u passou a ser tanto átono quanto tônico. Assim, esses são verbos com duas possibilidades de conjugação.

Pres. ind.: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam.

(14)

aguo, aguas, agua, aguamos, aguais, aguam.

Pret. perf. ind.: aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram.

Pres. subj.: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem.

ague, agues, ague, aguemos, agueis, aguem.

Imper. afirm.: água, águe, aguemos, aguai, águem.

agua, ague, aguemos, aguai, aguem.

Apaziguar, averiguar, obliquar

No presente do indicativo, o “u” é tônico, exceto na primeira e segunda pessoas do plural. Compare com os dois verbos anteriores.

Presente do indicativo:

apaziguo, apaziguas, apazigua, apaziguamos, apaziguais, apaziguam.

Pretérito perfeito do indicativo:

apaziguei, apaziguaste, apaziguou, apaziguamos, apaziguastes, apaziguaram.

Presente do subjuntivo:

apazigue, apazigues, apazigue, apaziguemos, apazigueis, apaziguem.

Aprazer, comprazer, desprazer, descomprazer

Embora sejam derivados de prazer, que quase não é usado na 1ª e 2ª pessoa, estes verbos possuem conjugação completa.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do pretérito eu aprazo aprazia aprouve aprouvera aprazerei aprazeria

tu aprazes aprazias aprouveste aprouveras aprazerás aprazerias

ele apraz aprazia aprouve aprouvera aprazerá aprazeria

nós aprazemos aprazíamos aprouvemos aprouvéramos aprazeremos aprazeríamos

vós aprazeis aprazíeis aprouvestes aprouvéreis aprazereis aprazeríeis

eles aprazem apraziam aprouveram aprouveram aprazerão aprazeriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu apraza aprouvesse aprouver - não -

tu aprazas aprouvesses aprouveres apraze tu não aprazas tu

ele apraza aprouvesse aprouver apraza você não apraza você

nós aprazamosaprouvéssemos aprouvermos aprazamos nós não aprazamos nós

vós aprazais aprouvésseis aprouverdes aprazei vós não aprazais vós

eles aprazam aprouvessem aprouverem aprazam vocês não aprazam vocês Veja como caiu na FCC!!!

Questão 6: Assembleia Legislativa 2010 - Agente

Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:

(A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice.

(C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou,

(15)

caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Comentário: Abaixo, observe as frases já corretamente redigidas:

(A) Ainda que retivéssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência. (derivado de “ter”)

(B) Se a adolescência nos provesse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (“provesse” vem do verbo

“prover”)

A alternativa (C) é a correta. Note que o verbo “aprouver” é o futuro do subjuntivo do verbo “aprazer”.

Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber- lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervier na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida. (derivado do verbo “vir”)

(E) Sempre conveio ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

(derivado do verbo “vir”) Gabarito: C

Questão 7: TRT 13ªR - 2005 Analista

Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

(A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detera o monopólio do coração.

(B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho.

(C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias.

(D) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação.

(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados.

(A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detivera o monopólio do coração.

(B) A mãe interveio na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pelos de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho.

(C) O autor afirma que sempre se comprouve em participar de reuniões em que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. (“comprouve”

é o pretérito perfeito do indicativo do verbo “comprazer”)

A alternativa correta é a (D). Note que o verbo “condissessem” deriva do verbo “dizer”:

(16)

Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação.

(E) Caso Mitterrand contivesse o ímpeto de sua fala, não haveria de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.

Gabarito: D

Questão 8: TRT 11ªR - 2005 Analista

Estão corretos o emprego e a forma dos verbos na frase:

(A) Ainda que retêssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

(B) Se a adolescência nos provisse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice.

(C)) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro?

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervir na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conviu ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Comentário: Abaixo será destacada a flexão verbal já com correção. Você notará que o verbo negritado e sublinhado foi corrigido e os outros serão apenas sublinhados.

(A) Ainda que retivéssemos apenas lembranças felizes, as más lembranças não tardariam a incorrer em nossa consciência.

(B) Se a adolescência nos provesse apenas de momentos felizes, a ninguém conviria esperar pelos bons momentos da velhice. (“provesse” é derivado do verbo “prover”)

(C) Se a um velho só lhe aprouver o lamento pelo tempo que já passou, caber-lhe-á algo melhor que o temor do futuro? (“aprouver” é o pretérito perfeito do indicativo do verbo “aprazer”)

(D) Costuma ser repelido o adulto experiente que intervém na conduta de um jovem desorientado para tentar ratificar o rumo de sua vida.

(E) Sempre conveio ao homem primitivo orientar-se pela sabedoria dos anciãos, ao passo que hoje poucos idosos conseguem fazer-se ouvido.

Gabarito: C

Arguir, redarguir (o “u” é semivogal no infinitivo)

O u é tônico em quatro formas do presente do indicativo e subjuntivo. No restante da conjugação, é átono quando seguido de i.

Pres. ind.: arguo , arguis, argui, arguímos, arguís, arguem.

Pret. Imp. Ind.: arguía, arguías, arguía, arguíamos, arguíeis, arguíam.

Pret. perf. ind.: arguí, arguíste, arguiu, arguímos, arguístes, arguíram.

Pres. subj.: argua , arguas, argua, arguamos, arguais, arguam.

Verbos terminados em “guir”

Distinguir, extinguir

Esses verbos possuem o dígrafo “gu” (duas letras com apenas um som).

Após “g” e “q” e antes de “e” e “i” (que, qui, gue, gui”), o “U” aparece para soar /KÊ/ e /GÊ/. A falta do “u” no infinitivo “distinguir”, por exemplo, faria

(17)

com que o som fosse /JI/. Perceba, na conjugação deste verbo, que, quando recebe as vogais “a” e “o”, deve perder o “u” (distingo, distinga). Quando recebe as vogais “e” ou “i”, automaticamente se insere o “u” (sem som):

distinguir, distinguisse, distingue. Veja a conjugação.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu distingo distinguia distingui distinguira distinguirei distinguiria

tu distingues distinguias distinguiste distinguiras distinguirás distinguirias

ele distingue distinguia distinguiu distinguira distinguirá distinguiria

nós distinguimos distinguíamos distinguimos distinguíramos distinguiremos distinguiríamos

vós distinguis distinguíeis distinguistes distinguíreis distinguireis distinguiríeis

eles distinguem distinguiam distinguiram distinguiram distinguirão distinguiriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu distinga distinguisse distinguir - não -

tu distingas distinguisses distinguires distingue tu não distingas tu

ele distinga distinguisse distinguir distinga você não distinga você

nós distingamos distinguíssemos distinguirmos distingamos nós não distingamos nós vós distingais distinguísseis distinguirdes distingui vós não distingais vós

eles distingam distinguissem distinguirem distingam vocês não distingam vocês Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 5ªR 2003 - Analista):

A menos que distinguamos entre o bem e o mal, não haverá como aferir a qualidade ética dos nossos atos.

Ao observarmos a conjugação deste verbo no presente do subjuntivo, percebemos que a forma correta é “distingamos”:

A menos que distingamos entre o bem e o mal, não haverá como aferir a qualidade ética dos nossos atos.

Crer, descrer

Estes verbos conjugam-se como ler.

O particípio é esquisito, mas é isso mesmo: crido.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito

eu creio cria cri crera crerei creria

tu crês crias creste creras crerás crerias

ele crê cria creu crera crerá creria

nós cremos críamos cremos crêramos creremos creríamos

vós credes críeis crestes crêreis crereis creríeis

eles creem criam creram creram crerão creriam

(18)

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu creia cresse crer - não -

tu creias cresses creres crê tu não creias tu

ele creia cresse crer creia você não creia você

nós creiamos crêssemos crermos creiamos nós não creiamos nós

vós creiais crêsseis crerdes crede vós não creiais vós

eles creiam cressem crerem creiam vocês não creiam vocês Veja a frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 6ªR 2006 Analista):

Todos aqueles que crêm na força dos talismãs sentem-se em segurança ao usá-los.

O verbo “crer”, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, dobra a vogal e não possui acento. Assim, a frase corretamente reescrita seria:

Todos aqueles que creem na força dos talismãs sentem-se em segurança ao usá-los.

Questão 9: TJ PI 2010 Analista

Todos os verbos estão corretamente flexionados na frase:

(A) Aqueles que preveram dificuldades trazidas pela globalização devem reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios.

(B) Alguns especialistas crêm na redução dos bolsões de pobreza no país, pois boa parte da população brasileira obteu mais renda.

(C) Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam ter havido redução das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração.

(D) O governo de muitos países interviu na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comércio pela crise mundial.

(E) Para que se mantessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente às famílias de classe média.

Comentário: Abaixo, as frases já estão corrigidas e os verbos alterados estão sublinhados e em negrito. Veja como foram explorados os verbos derivados de

“ver”, “ter” e “vir”. A FCC adora isso!!!!

(A) Aqueles que previram dificuldades trazidas pela globalização devem reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios.

(B) Alguns especialistas creem na redução dos bolsões de pobreza no país, pois boa parte da população brasileira obteve mais renda.

A alternativa (C) é a correta. Note que “constitui” deve terminar em “i”.

Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam ter havido redução das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração.

(D) O governo de muitos países interveio na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comércio pela crise mundial.

(E) Para que se mantivessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente às famílias de classe média.

Gabarito: C

(19)

Haver

Note a irregularidade no presente do subjuntivo “haja”, forma que não originada do presente do indicativo.

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito

eu hei havia houve houvera haverei haveria

tu hás havias houveste houveras haverás haverias

ele há havia houve houvera haverá haveria

nós havemos havíamos houvemos houvéramos haveremos haveríamos

vós haveis havíeis houvestes houvéreis havereis haveríeis

eles hão haviam houveram houveram haverão haveriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu haja houvesse houver - não -

tu hajas houvesses houveres há tu não hajas tu

ele haja houvesse houver haja você não haja você

nós hajamos houvéssemos houvermos hajamos nós não hajamos nós

vós hajais houvésseis houverdes havei vós não hajais vós

eles hajam houvessem houverem hajam vocês não hajam vocês Pesar

No sentido de “causar mágoa, desgosto”, pesar é defectivo e só se conjuga nas terceiras pessoas. Quando possui sujeito oracional, permanece na 3ª pessoa do singular. Quando o sujeito é substantivo ou palavra equivalente, concorda com ele no singular ou plural:

Pesa-me saber essas notícias. (sujeito oracional = saber essas notícias) Pesam-me notícias de morte. (sujeito = notícias de morte)

Querer (Compare com a conjugação do verbo “requerer”, adiante, no pretérito perfeito do indicativo e seus tempos derivados)

Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do pretérito eu quero queria quis quisera quererei quereria

tu queres querias quiseste quiseras quererás quererias

ele quer queria quis quisera quererá quereria

nós queremos queríamos quisemos quiséramos quereremos quereríamos

vós quereis queríeis quisestes quiséreis querereis quereríeis

eles querem queriam quiseram quiseram quererão quereriam

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu queira quisesse quiser - não -

tu queiras quisesses quiseres quere tu não queiras tu

ele queira quisesse quiser queira você não queira você

nós queiramos quiséssemos quisermos queiramos nós não queiramos nós

vós queirais quisésseis quiserdes querei vós não queirais vós

eles queiram quisessem quiserem queiram vocês não queiram vocês

(20)

Neste verbo há uma quebra da derivação do tempo presente do subjuntivo em relação à primeira pessoa do presente do indicativo. Perceba que “queira”, no presente do subjuntivo, não foi gerado de “quero”, presente do indicativo; pois este verbo não possui o “i”.

Veja uma frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRF 1ªR 2011 - Analista):

Está redigida de modo claro e em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase:

Quem quizesse afagar o ego do velho casmurro, lhe bastava oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência para ouvir-lhe em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra.

Esta frase não é a correta, pois o verbo “querer”, no pretérito imperfeito do subjuntivo, é “quisesse”. Esse verbo não recebe a letra “z” no radical, mas

“s”. Há outros vícios de linguagem na frase, mas cabe aqui comentar apenas o verbo. Os outros problemas gramaticais serão comentados ao longo do nosso curso. A frase reescrita de acordo com o padrão culto será:

A quem quisesse afagar o ego do velho casmurro, bastava-lhe oferecer dois dedos de prosa e toda a paciência para ouvi-lo em suas detalhadas lembranças do tempo da guerra.

Veja outra frase cobrada pela Fundação Carlos Chagas (TRT 4ªR 2011 - Técnico):

O período redigido de forma clara e correta é:

“Quizeram mediar as pessoas da comunidade atingida junto aos órgãos públicos que lhe pudessem conceder ajuda imediata para o quê foram incapazes.”

Veja como é explorado o verbo “querer” com “z” no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus derivados. De acordo com o que vimos na conjugação, deve ser grafado com “s” (Quiseram). Além desse erro, há outros, apontados na reescrita da frase, mas esses erros são tema de outras aulas. Veja a reescrita:

“Quiseram mediar as pessoas da comunidade atingida junto aos órgãos públicos que lhes pudessem conceder ajuda imediata para aquilo de que foram incapazes.”

Requerer (compare com o verbo “querer”, já conjugado) Indicativo

presente pretérito

imperfeito pretérito

perfeito pretérito mais-

que-perfeito futuro futuro do

pretérito eu requeiro requeria requeri requerera requererei requereria

tu requeres requerias requereste requereras requererás requererias

ele requer requeria requereu requerera requererá requereria

nós requeremos requeríamos requeremos requerêramos requereremos requereríamos

vós requereis requeríeis requerestes requerêreis requerereis requereríeis

eles requerem requeriam requereram requereram requererão requereriam

(21)

Subjuntivo Imperativo

presente pretérito

imperfeito futuro afirmativo negativo

eu requeira requeresse requerer - não -

tu requeiras requeresses requereres requere tu não requeiras tu

ele requeira requeresse requerer requeira você não requeira você

nós requeiramos requerêssemos requerermos requeiramos nós não requeiramos nós

vós requeirais requerêsseis requererdes requerei vós não requeirais vós

eles requeiram requeressem requererem requeiram vocês não requeiram vocês Note que o verbo “requerer” tem conjugação parecida com o verbo

“querer”; porém, no tempo pretérito perfeito do indicativo e seus derivados (sombreados na conjugação), ele é conjugado regularmente. Isso é muito importante.

Veja como caiu na prova da FCC!!!!

Questão 10: TRT 24ªR 2006 Técnico

O verbo flexionado corretamente está grifado na frase:

(A) Empresários requiseram licença ambiental para desenvolver seus projetos.

(B) Muitos turistas vinherão ao Brasil central, atraídos pelos esportes náuticos.

(C) Os investidores disporam-se a desenvolver um turismo ecológico na região.

(D) Sobrevieram alguns contratempos, logo resolvidos, no alojamento dos visitantes.

(E) Poucos turistas obteram a licença para permanecer mais tempo na região.

Comentário: Na alternativa (A), o verbo “requerer” corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “requereram”.

Na alternativa (B), o verbo “vir” corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo é “virão”.

Na alternativa (C), o verbo “dispor” (derivado de “pôr”) corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “dispuseram”.

A alternativa (D) é a correta, pois “sobrevieram” é derivado do verbo

“vir” (vieram).

Na alternativa (E), o verbo “obter” (derivado do verbo “ter”) corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “obtiveram”

Gabarito: D

Questão 11: TRT 23ªR - 2007 Superior

Quanto à forma dos verbos e à correlação entre os tempos e os modos empregados, está inteiramente correta a frase:

(A) Se não transpor o limite da queixa, a indignação será impotente e se reduziria a conversas privadas.

(B) A inação dos justos será tudo o que os contraventores e criminosos sempre requiseram para ter seu caminho bem aplainado.

(C) Caso não transpusesse o limite da queixa, a indignação seria impotente, reduzindo-se a conversas privadas.

(D) Quem doravante ver a barbárie como uma fatalidade, saiba que, ainda que não o quisesse, estaria sendo seu cúmplice silencioso.

Referências

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