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Aplicações combinatórias à teoria dos números

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL

HORÁCIO LEONEL DOS SANTOS SOUSA

APLICAÇÕES COMBINATÓRIAS À TEORIA DOS NÚMEROS

(2)

HORÁCIO LEONEL DOS SANTOS SOUSA

APLICAÇÕES COMBINATÓRIAS À TEORIA DOS NÚMEROS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Matemática. Área de concentração: Ensino de Matemática.

Orientador: Prof. Dr. José Othon Dantas Lopes.

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

S696a Sousa, Horácio Leonel dos Santos.

Aplicações combinatórias à teoria dos números / Horácio Leonel dos Santos Sousa. – 2017. 65 f. : il. color.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Matemática, Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional, Fortaleza, 2017. Orientação: Prof. Dr. José Othon Dantas Lopes.

1. Combinatória. 2. Teoria dos Números. 3. Aplicações. I. Título.

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HORÁCIO LEONEL DOS SANTOS SOUSA

APLICAÇÕES COMBINATÓRIAS À TEORIA DOS NÚMEROS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Matemática. Área de concentração: Ensino de Matemática.

Aprovada em: 27/07/2017.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. José Othon Dantas Lopes (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Prof. Dr. José Valter Lopes Nunes

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Prof. Dr. Ângelo Papa Neto

(5)
(6)

AGRADECIMENTOS

À minha família, pelo apoio e incentivo.

Ao Prof. Dr. José Othon Dantas Lopes, pela excelente e sábia orientação.

(7)

“Deus criou os números naturais. O resto é obra dos homens.”

(8)

RESUMO

A Teoria dos Números e a Análise Combinatória são duas áreas importantes da Matemática que possuem alguns de seus conceitos abordados no ensino fundamental e médio, onde são cobrados em avaliações externas como, por exemplo, o Exame Nacional do Ensino Médio e a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. A Teoria dos Números, de modo simples, trata dos números inteiros e suas propriedades e a Combinatória, por sua vez, trata da existência de certos eventos e, se possível, determina quantos deles existem. O presente trabalho apresenta a aplicação de conceitos combinatórios na obtenção de vários resultados em teoria dos números. Apresentam-se Princípios Combinatórios, como os princípios bijetivo, aditivo, fundamental da contagem, da inclusão-exclusão e da casa dos pombos. Por fim, dar-se provas combinatórias do pequeno teorema de Fermat e do teorema de Wilson. Deste modo, pretende-se despertar o aluno para a importância desses assuntos, facilitando assim o processo de ensino-aprendizagem.

(9)

ABSTRACT

The Number theory and Combinatorics are two important branches of mathematics that have some of their basic concepts addressed in elementary and high school. In Brazil, these areas of mathematics are the subject covered in several assessment exams, such as the Brazilian Mathematical Olympiad of Public Education, and the Brazilian National High School Exam. The Number theory studies the integers and their properties, while Combinatorics studies the occurrence of certain events and determines how many of them exist, when possible. This work applies combinatorial concepts in the derivation of several results from the Number theory. In this study presented several combinatorial principles, such as the bijection principle, the addition principle, the multiplication principle, the inclusion–exclusion principle, and the pigeonhole principle. At least, they are presented proofs of the Fermat’s little theorem and the Wilson’s theorem using combinatorial principles. This work seeks to arouse students’ interest to the importance of these subjects, thus facilitating and paving the way to teaching-learning process.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 As vinte e sete correntes de três pérolas com três cores possíveis ... 60

Figura 2 A formação de uma pulseira a partir de uma corrente ... 60

Figura 3 As oito pulseiras de três pérolas com três cores possíveis ... 61

Figura 41 Os doze pentágonos estrelados ... 62

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PBO Princípio da Boa Ordenação

PFC Princípio Fundamental da Contagem

PCP Princípio da Casa dos Pombos

OBM Olimpíada Brasileira de Matemática

(12)

LISTA DE SÍMBOLOS

ℕ Conjunto dos Números Naturais

ℤ Conjunto dos Números Inteiros

∅ Conjunto Vazio

Implica

Se, e somente se Pertence

Não pertence

⊂ Está contido

União Interseção

� Alfa

� Fi

� Pi

⋃ Conjunto União

∑ Somatório

∏ Produtório

| divide

∤ não divide

, Máximo Divisor Comum de e

Função Inversa

∘ Função Composta

! Fatorial de

Número Binomial

(13)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 INDUÇÃO FINITA ... 15

2.1 Primeiro Princípio de Indução Finita ... 15

2.1.1 Forma geral do primeiro princípio de indução finita ... 17

2.2 Segundo Princípio de Indução Finita ... 19

2.2.1 Forma geral do segundo princípio de indução finita ... 21

2.3 Princípio da Boa Ordenação ... 22

3 FUNDAMENTOS DE TEORIA DOS NÚMEROS ... 24

3.1 Divisibilidade ... 24

3.2 Algoritmo da Divisão ... 26

3.3 Máximo Divisor Comum ... 27

3.4 Números Primos ... 28

4 COMBINATÓRIA APLICADA À TEORIA DOS NÚMEROS ... 32

4.1 Princípio Bijetivo ... 32

4.2 Princípio Aditivo ... 34

4.2.1 Extensão do princípio aditivo ... 35

4.3 Princípio Fundamental da Contagem ... 36

4.3.1 Extensão do princípio fundamental da contagem ... 37

4.4 Números Binomiais ... 40

4.5 Combinação Simples ... 45

4.6 Binômio de Newton ... 46

4.7 Princípio da inclusão-exclusão ... 50

4.8 Princípio da Casa dos Pombos ... 55

4.9 Os Teoremas de Fermat e Wilson ... 59

5 CONCLUSÃO ... 64

(14)

14

1 INTRODUÇÃO

O ensino de Matemática pode tornar-se difícil às vezes, pois a maioria dos alunos demonstra certo desinteresse pela disciplina. De tal modo, uma proposta interessante para atrair a atenção dos estudantes é apresentar conexões e aplicações existentes entre temas distintos da Matemática como a Análise Combinatória e a Teoria dos Números que sempre são cobrados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e também em olimpíadas de Matemática.

Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns resultados da teoria dos números justificados por conceitos, ideias e métodos combinatórios, fortalecendo os aspectos teóricos e colocando a combinatória em prática através de exemplos ligados à teoria dos números que vão desde assuntos básicos aos mais sofisticados.

Inicialmente, apresentamos os princípios de indução e o princípio da boa ordenação, que constituem ferramentas imprescindíveis na obtenção de vários resultados combinatórios e aritméticos. Em seguida, abordamos definições, propriedades e resultados sobre o conjunto dos números inteiros (divisibilidade, máximo divisor comum e números primos) com destaque para o Algoritmo da Divisão e o Teorema Fundamental da Aritmética.

(15)

15

2 INDUÇÃO FINITA

O princípio de indução finita é um método eficiente para demonstrar fatos referentes a números naturais, sendo utilizado na obtenção de muitos resultados importantes. Seguiremos Muniz Neto [1] no desenvolvimento das seções 2.1 e 2.2.

2.1 Primeiro Princípio de Indução Finita

Seja um subconjunto dos números naturais ℕ = { , , , … }, tal que e para

todo , temos que + . Então, assegura que . Logo, implica que

e assim por diante. Logo, podemos concluir que contém todos os números naturais e, portanto, = ℕ. Essa ideia está formalizada no seguinte axioma.

Axioma 2.1.1 (Primeiro Princípio de Indução Finita) Seja um subconjunto de tal que:

;

Se , então + .

Então = ℕ.

Seja uma propriedade do natural , cuja a veracidade desejamos mostrar para todo . A aplicação do axioma 2.1.1 como ferramenta de demonstração consiste em definir o subconjunto como = { ℕ | � é verdeira} e observando que

= ℕ � é verdadeira para todo ℕ,

vemos que, para demonstrar que é verdadeira para todo ℕ, basta mostrar que = ℕ, ou seja, pelo primeiro princípio de indução, que

;

+ .

(16)

16

� é verdadeira;

� verdadeira � + verdadeira.

Essas ideias nos permitem estabelecer a seguinte proposição.

Proposição 2.1.1 Dada uma propriedade do natural , temos verdadeira para todo

ℕ se e só se as duas condições a seguir forem satisfeitas:

� é verdadeira;

� verdadeira � + verdadeira.

Exemplo 2.1.1 Prove que, para todo , temos

∑ −

=

= − .

Prova. Para provarmos, por indução, a validade da propriedade

� : ∑

=

= − ,

temos de verificar que

� é verdadeira;

� verdadeira � + verdadeira.

A verificação de é imediata, pois

∑ −

=

= ∑ =

= = = − .

(17)

17

+ + + + − =

e queremos deduzir que � + também é verdadeira, isto é, que

+ + + + − + = + − .

Mas desde que estamos supondo a validade de � , segue que

+ + + + − + = − +

= ⋅ −

= + − .

Portanto, por indução, é verdadeira para todo .

2.1.1 Forma geral do primeiro princípio de indução finita

Uma forma mais geral do primeiro princípio de indução é o seguinte axioma.

Axioma 2.1.2 Seja e um subconjunto de { , + , + , … } tal que:

.

Se , então + .

Então = { , + , + , … }.

(18)

18

= { , + , + , … } � é verdadeira para todo natural.

Assim, podemos estabelecer uma forma mais geral para a proposição 2.1.1 como a seguir.

Proposição 2.1.2 Dados e uma propriedade do natural , temos verdadeira para todo natural se e só se as duas condições a seguir forem satisfeitas:

� é verdadeira;

� verdadeira � + verdadeira.

Exemplo 2.1.2 (OBM) Para cada número inteiro > , mostre que existem naturais dois a dois distintos, tais que a soma de seus inversos é igual a .

Prova. Façamos indução sobre . Para verificar o caso inicial, basta notar que

+ + = .

Agora, suponhamos, por hipótese de indução, que para certo natural existam naturais < < < tais que

+ + + = .

Multiplicando ambos os membros da igualdade acima por ½ e somando ½ a ambos os membros da igualdade resultante, obtemos então

+ + + + = .

Agora, como < < < < , obtivemos + naturais dois a dois distintos com soma dos inversos igual a , completando assim nossa prova por indução.

(19)

19

2.2 Segundo Princípio de Indução Finita

Existe outra forma importante de indução, o segundo princípio de indução também chamado de princípio de indução forte ou princípio de indução completa.

Este método consiste em considerar um subconjunto de tal que e para

ℕ, suponhamos que se { , … , } é um subconjunto de , então + . Como, temos que { } ⊂ e, portanto . Sendo assim, { , } ⊂ e então, e assim por diante. Podemos concluir então que contém todos os números naturais e, portanto, = ℕ. Essa ideia está formalizada no seguinte axioma.

Axioma 2.2.1 (Segundo Princípio de Indução Finita). Seja um subconjunto de tal que:

.

Se { , … , } ⊂ , então + .

Então = ℕ.

Dada uma propriedade do natural , cuja veracidade desejamos provar para todo ℕ. A aplicação do axioma 2.2.1 como ferramenta de demonstração consiste em definir o conjunto como = { ℕ | � é verdeira} e observando que

= ℕ � é verdadeira para todo ℕ,

vemos que, para demonstrarmos que é verdadeira para todo ℕ, basta mostrarmos que

= ℕ, ou seja, pelo segundo princípio de indução, que

;

{ , … , } ⊂ + .

E pela definição de , mostrar os dois itens acima equivale a mostrar que

(20)

20

� , … , � verdadeiras � + verdadeira.

Podemos então estabelecer a seguinte proposição.

Proposição 2.2.1 Dada uma propriedade do natural , temos verdadeira para todo

ℕ se e só se as duas condições a seguir forem satisfeitas:

� é verdadeira;

� , … , � verdadeiras � + verdadeira.

Exemplo 2.2.1 Considere a sequência = , = e = + , para . Prove

que < , para todo .

Prova. Considere a propriedade : < . Note que e são verdadeiras, pois

= < = e = < = .

Agora, suponhamos válida para todo = , , … , . com . Desse modo, segue que

+ = + − < ( ) + ( )

= ( ) − ( + )

= ( ) − ( )

< ( ) − ( )

(21)

21

Logo, � + é verdadeira. Portanto, pela proposição 2.2.1, temos verdadeira para todo

ℕ.

2.2.1 Forma geral do segundo princípio de indução finita

Uma forma mais geral do segundo princípio de indução é o seguinte axioma.

Axioma 2.2.2. Seja e um subconjunto de { , + , + , … } tal que:

.

Se { , + , + , … , }⊂ , então + .

Então = { , + , + , … }.

Dada uma propriedade do natural , cuja veracidade desejamos provar para todo natural . Analogamente ao axioma 2.2.1, a aplicação do axioma 2.2.2 como método de demonstração consiste em definir o subconjunto como = { ℕ| � é verdeira} e observar que

= { , + , + , … } � é verdadeira para todo natural.

Assim, podemos estabelecer uma forma mais geral para a proposição 2.2.1 como a seguir.

Proposição 2.2.2 Dados e uma propriedade do natural , temos verdadeira para todo natural se e só se as duas condições a seguir forem satisfeitas:

� é verdadeira;

� , � + , … , � verdadeiras � + verdadeira.

Exemplo 2.2.2 Considere a sequência = , = e = + , para . Prove

(22)

22

Prova. Considere a propriedade : < , para todo . Observe que e

são verdadeiras, pois

= < = e = < = .

Agora, suponhamos válida para todo = , … , . com . Desse Modo, segue que

+ = + − < ( ) + ( )

= ( ) − ( + )

= ( ) − ( )

< ( ) − ( )

= ( ) + .

Logo, � + é verdadeira. Portanto, pela proposição 2.2.2, temos verdadeira para todo .

2.3 Princípio da Boa Ordenação

(23)

23

Teorema 2.3.1(PBO) Todo subconjunto não vazio de possui um menor elemento.

Prova. Sejam um subconjunto de que não possui um menor elemento e o conjunto

= { ℕ | � = ∅ },

onde � = { ℕ | }, ou seja, � = { , … , }.

Note que , pois do contrário ≠ ∅, isto é, { } ≠ ∅, então e, portanto, teria um menor elemento, o que é uma contradição já que é um subconjunto de que não possui um menor elemento.

Agora, se , então = ∅, isto é, , … , . Se + , então +

seria o menor elemento de , novamente uma contradição, deste modo + . Sendo assim,

, … , , + , isto é, + = ∅, logo + e então, pelo axioma 2.1.1, temos que

= ℕ. Consequentemente = ∅. Portanto, todo subconjunto não vazio de possui um menor elemento.

Teorema 2.3.2 PBO Segundo Princípio de Indução Finita.

Prova. Seja um subconjunto de tal que:

.

Se { , … , } ⊂ , então + .

Se ≠ ℕ, então o conjunto = ℕ − é um subconjunto não vazio de . Daí, pelo PBO, possui um menor elemento, digamos . Assim, todos os números naturais menores do que pertencem a . Logo, por , tem-se , o que é uma contradição. Portanto = ℕ.

(24)

24

Prova. Seja um subconjunto de tal que:

;

Se , então + .

Suponhamos que { , … , } ⊂ , então . Logo, por , segue que + . Portanto, pelo segundo princípio de indução finita, = ℕ.

3 FUNDAMENTOS DE TEORIA DOS NÚMEROS.

Abordaremos nesse capitulo algumas definições e resultados sobre o conjunto dos números inteiros ℤ = {… , − , − , − , , , , , … }, onde o subconjunto { , , , … } é chamado conjunto dos inteiros positivos e { , , , , … } é dito conjunto dos inteiros não negativos.

3.1 Divisibilidade

A noção de divisibilidade é fundamental em teoria dos números, pois é o objeto de vários resultados importantes. Iniciamos com as definições abaixo que seguem Muniz Neto [3].

Definição 3.1.1 Dados , , , dizemos que divide , e escrevemos | , se existir

ℤ tal que = . Caso não divida , escrevemos .

Definição 3.1.2 Seja um inteiro não nulo. Se divide , dizemos que é um divisor de , que é divisível por ou ainda que é um múltiplo de . Se divide e > , então é um divisor positivo de .

Proposição 3.1.1 Sejam , e , inteiros positivos e , inteiros quaisquer.

Se | , então . Se | e | , então = .

Se | e | , então | + .

(25)

25

Prova.

Se | , então = , com . Como , > , segue que > . Logo . Então,

e como = , segue que .

Se | e | , temos, pela proposição 3.1.1 , que e . Portanto, = .

Se | e | , então existem , tais que = e = , então

+ = + = + = + ,

Como + , temos que | + .

� Se | e | , então existem , tais que = e = , logo = , então

= e, portanto | .

Proposição 3.1.2 Sejam , , … , números inteiros e positivos, tais que | , … , , então

| + + para todos , … , .

Prova. Se = , o resultado segue da proposição 3.1.1 , para = , = e = . Se

= , o resultado segue da proposição 3.1.1 , para = , = , = e = .

Agora, suponhamos o resultado válido para = . Se | , … , , + , temos que

| , … , . Assim, por hipótese de indução, | + + para todos , … , .

Como | + , temos, pela proposição 3.1.1 , que

| [ ⋅ + + + + + ] | + + + + + +

para todos , … , , + . Logo, o resultado vale para = + . Assim, pela proposição

2.1.2, temos que | + + para todos , … , .

(26)

26

Exemplo 3.1.1 Se e são inteiros positivos, tais que

+ ℤ,

prove que = = ou .

Prova. Seja tal que

+ = .

Logo,

+ = + = + = = − = − | .

Analogamente, | . Portanto, pela proposição 3.1.1 , segue que = . Assim sendo, temos

+ = = = | = ou = .

3.2 Algoritmo da Divisão

Sejam , , . Se | , então = , . Porém, se , qual a relação entre e ? A proposição a seguir, conhecida como algoritmo da divisão, responderá isso.

Proposição 3.2.1 (Algoritmo da Divisão) Dados , , com > , existem únicos ,

tais que = + , com < .

Prova. Seja o maior número inteiro tal que . Então < + , de modo que

− < , e assim, = − é tal que = + , com < .

(27)

27

assim, ′ < e como > , tem-se, ′ < , então ′− = , ou seja,

= ′. Desse modo, = = ⋅ = e, portanto =.

Definição 3.3.1 Os inteiros e , obtidos na proposição 3.2.1, são chamados, respectivamente, de quociente e de resto da divisão de por .

Proposição 3.2.2 Sejam , e inteiros, com > . Se e possuem restos iguais na divisão por , então | − .

Prova. Se e possuem restos iguais na divisão por , então, pela proposição 3.2.1, segue que

= + e = ′+ , com ,. Logo − = , ou seja, | − já que

− ′ .

3.3 Máximo Divisor Comum

Definição 3.3.2 O máximo divisor comum de dois números inteiros e positivos e , denotado por , , é o maior inteiro que divide e .

Definição 3.3.3 Dois inteiros positivos e são ditos primos entre si, ou relativamente primos,

se , = .

Proposição 3.3.1 Para todo inteiro positivo , temos que , + = .

Prova. Seja = , + , logo, pela definição 3.3.2, temos que , | e | + . Assim, pela proposição 3.1.1 , temos que | + − , ou seja, | . Daí, pela proposição 3.1.1 , segue que e, portanto = .

Teorema 3.3.1 Sejam e números inteiros e positivos, então existem inteiros e tais que

(28)

28

Prova. Seja � = { + | + > ; , ℤ }, um subconjunto não vazio de , já que

⋅ + ⋅ = �. Deste modo, pelo PBO, possui um menor elemento = + e pelo

algoritmo da divisão, existem inteiros e tais que = + , com < . Então

= − = − + = − + − .

Se > , então , pois − , − , o que é uma contradição, pois < e é o menor elemento de �. Portanto, = e assim, = , ou seja | . De maneira análoga, | .

Agora, seja = , , então | e | , daí, = ℎ e = , com ℎ, .

Logo

= + = ℎ + = ℎ + | .

Daí, pela proposição 3.1.1 , e como | , | e é o maior inteiro que divide e , só

nos resta = , isto é, , = + .

Proposição 3.3.2 Sejam , e inteiros positivos. Se | e , = , então | .

Prova. Como , = , pelo teorema 3.3.1, existem inteiros e tais que + = ,

logo + = . Como | e | , temos, pela proposição 3.1.1 , que | + ,

ou seja, | .

3.4 Números Primos

Definição 3.4.1 Um inteiro > é chamado de número primo, ou simplesmente primo, se seus únicos divisores positivos são e , um inteiro > que não é primo é denominado composto.

Proposição 3.4.1 Sejam e primos e e inteiros positivos quaisquer.

(29)

29

Se , então , = .

Se | , então | ou | .

Prova.

Se | , então = ou = , pois é primo. Sendo primo, temos > . Logo, = .

Sendo primo, seus únicos divisores positivos são e . De tal modo, , = ou

, = . Como , não podemos ter , = , portanto , = .

Por hipótese, é primo. Se , pela proposição 3.4.1 , temos que , = e como | , pela proposição 3.3.2, segue que | .

Proposição 3.4.2 Sejam , , … , números primos e , … , inteiros positivos quaisquer, para todo inteiro .

Se | , então | para algum = , , , .

Se | , então = para algum = , , , .

Prova.

Façamos indução sobre , sendo o caso = verdadeiro pela proposição 3.4.1 .

Agora, suponhamos o resultado válido para = . Se | + , segue que

| + . Como é primo, pela proposição 3.4.1 , temos que | ou | + .

Pela hipótese de indução, se | , então | para algum = , , , . Caso contrário

| + . Daí, temos que | para algum = , , , , + . Portanto, pela proposição 2.1.2,

segue o resultado.

Se é primo e | , então, pela proposição 3.4.2 , | para algum = , , , . Como é primo, pela proposição 3.4.1 , temos que = para algum = , , , .

(30)

30

Proposição 3.4.3 Se um inteiro > é composto, então existem , tais que = , com

< , < .

Prova. Se é composto, então existe um inteiro positivo , diferente de e , tal que | . Pela proposição 3.1.1 , temos que < < . Mas, se | , então existe um inteiro positivo tal que = . Se = ou = , então = ou = , que contradiz < < . Assim, segue que < < .

Teorema 3.4.1 (Teorema Fundamental da Aritmética) Todo número inteiro > se escreve de modo único como um produto

=

onde é um inteiro e são primos.

Prova. Façamos indução completa sobre , sendo o caso = válido, pois para = e

= temos uma e única escrita.

Agora, suponhamos o resultado válido para todo inteiro menor do que e provemos que vale para . Se é primo, então = e = garantem a escrita e de modo único. Se é composto, pela proposição 3.4.3, temos = , com , e < , < . Pela hipótese de indução, podemos escrever

= e = ,

onde , , e são primos. Portanto, = e

ordenando esses = + primos em ordem crescente, obtemos a escrita.

Suponhamos agora, que = = , com < , , e

primos. Logo, | e pela proposição 3.4.2 , tem-se = para algum

= , , , . Como , temos . Analogamente temos , de modo que

= . Então, = . Como < , por hipótese de indução, temos =

e = para todo = , , .

(31)

31

Agrupando em potências os números primos repetidos que figuram na escrita única, apresentada no teorema fundamental da aritmética, temos

= � �

onde , � , … , � são inteiros e < < são primos. Essa representação de um inteiro

> como um produto de potências de primos distintos é dita sua fatoração ou decomposição canônica em fatores primos.

Proposição 3.4.4 Sejam e primos distintos e � , � inteiros quaisquer. Então

( � , � ) = .

Prova. Seja = (,). Se > , pelo teorema fundamental da aritmética, existe um

primo tal que | . Como | � e | � temos, pela proposição 3.1.1 , que | � e | � e então, pela proposição 3.4.2 , temos = e = , de modo que = , o que é uma

contradição, pois por hipótese, temos . Logo, = e, portanto (,) = .

Proposição 3.4.5 Seja = a decomposição canônica do inteiro > e um inteiro positivo. Então

| = , com , para todo = , , .

Prova. Seja um inteiro positivo que divide . Se = , então = , com = para todo = , , .

Se > , então, pelo teorema fundamental da aritmética, existe um número primo

tal que | . Como | , pela proposição 3.1.1 , temos que | , ou seja, | . Daí,

(32)

32

podendo ocorrer que para um ou mais valores de = , , . Portanto, = ,

com para todo = , , .

Agora, seja � para algum = , , . Se = , temos que , pois

para todo = , , . Portanto, temos = , com , para todo = , ,

tal que = .

Agora, suponhamos > . Como �| e | , pela proposição 3.1.1 , decorre

que �| . Mas, pela proposição 3.4.5, (, ) = para todo . Logo, pela

proposição 3.3.2, segue que �|. Daí, pela proposição 3.1.1 , temos que � � e assim

. Portanto, = , com , para todo = , , .

Reciprocamente, seja = , com = − para todo = , , .

Como , temos que = − para todo = , , . Dessa forma, temos que

ℤ e = , ou seja, | .

4 COMBINATÓRIA APLICADA À TEORIA DO NÚMEROS

Neste capitulo abordaremos alguns conceitos, métodos e princípios combinatórios que permitem a contagem de determinados subconjuntos de um conjunto finito, sem a explícita necessidade de listá-los, ou que assegurem a existência de determinados subconjuntos, também, sem a explícita necessidade de exibi-los, exemplificando suas aplicações na teoria dos números.

4.1 Princípio Bijetivo

(33)

33

Em linguagem matemática moderna, a correspondência feita pelo pastor de ovelhas ao separar uma pedrinha para cada ovelha é dita uma bijeção entre conjuntos, que é um tipo de função. Conforme Muniz Neto [4], dados dois conjuntos não vazios e , informalmente, uma função de em é uma regra que associa a cada um único . Escrevemos : ⟶

para denotar que é uma função de em . Nesse caso, o elemento associado a por é denotado por = .

As seguintes definições e resultados são fundamentais para o desenvolvimento dos princípios de enumeração combinatória.

Definição 4.1.1 [4] Uma função : ⟶ é dita:

(a) Injetora, ou injetiva ou, ainda, uma injeção, se, para todo , existir no máximo um

tal que = .

(b) Sobrejetora, ou sobrejetiva ou, ainda, uma sobrejeção, se, para todo , existir pelo

menos um , tal que = .

(c) Bijetora, ou bijetiva ou, ainda, uma bijeção, se for ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Definição 4.1.2 [4] Dadas as funções : ⟶ e : ⟶ , a função composta de e

(nessa ordem) é a função ∘ : ⟶ definida, para cada , por = .

Proposição 4.1.1 [4] Sejam : ⟶ e : ⟶ funções dadas. Se e são bijetoras, então

∘ é bijetora.

Definição 4.1.3 [4] Seja : ⟶ uma bijeção. A função inversa de é a função − : ⟶

tal que, para , , temos − = = .

Proposição 4.1.2 Conforme Lima [5], uma função : ⟶ possui inversa se, e somente se, é uma bijeção.

(34)

34

mais precisamente, dado , temos � = { ℕ | }.

Definição 4.1.2 [5] Um conjunto é finito quando é vazio ou quando existe, para algum

ℕ, uma bijeção

: � ⟶ .

No primeiro caso, diremos que possui zero elementos. No segundo caso, diremos que é o número de elementos de , ou seja, que possui elementos.

Denotaremos por | | o número de elementos de um conjunto finito. Agora, temos bagagem suficiente para enunciar e provar o princípio bijetivo, seguindo Muniz Neto [6].

Proposição 4.1.3 (Princípio Bijetivo) Se e são conjuntos finitos e não vazios, então

| | = | | se e só se existe uma bijeção : ⟶ .

Prova. Suponhamos que | | = | | = , então, pela definição 4.1.2, existem bijeções

: � ⟶ e ℎ: � ⟶ .

Logo, pelas proposições 4.1.2 e 4.1.1, a função = ℎ ∘: ⟶ é uma bijeção de em .

Reciprocamente, suponhamos que exista uma bijeção : ⟶ . Se | | = , existe uma bijeção : � ⟶ . Daí, ∘ : � ⟶ também é bijeção, de modo que | | = e, portanto

| | = | |.

4.2 Princípio Aditivo

(35)

35

Proposição 4.2.1 (Princípio Aditivo) Se e são conjuntos finitos, disjuntos e não vazios, Então

| | = | | + | |.

Prova. Sejam e conjuntos finitos e não vazios com | | = , | | = e bijeções

: � ⟶ e ℎ: � ⟶ .

Consideremos a função : � + , dada por = , se e

+ = ℎ , se . Como = ∅, é uma bijeção e, pelo princípio bijetivo,

segue que

| | = |� + | = + = | | + | |.

4.2.1 Extensão do princípio aditivo

Podemos generalizar o princípio aditivo da contagem para conjuntos finitos e dois a dois disjuntos, como na proposição a seguir.

Proposição 4.2.2 Sejam , … , conjuntos finitos tais que = ∅, para todo , então

|⋃ =

| = ∑| | =

.

Prova. Façamos indução sobre , sendo o caso = válido pela proposição 4.2.1. Agora, suponhamos, por hipótese de indução, que

|⋃ =

| = ∑| | =

,

(36)

36 ⋃ = = (⋃ − = ) ,

que é uma união disjunta, pois = ∅ para todo , segue, pela proposição 4.2.1, que

|⋃ = | = |⋃ − = | + | |,

e por hipótese de indução, temos que

|⋃ = | = (∑| | − = ) + | |, e portanto |⋃ = | = ∑| | = . ∎

4.3 Princípio Fundamental da Contagem

Uma consequência do princípio aditivo é o princípio multiplicativo ou fundamental da contagem (PFC), que nos diz como contar o número de elementos do produto cartesiano de dois conjuntos finitos e não vazios.

Definição 4.3.1 Dados e conjuntos finitos e não vazios, seu produto cartesiano é o conjunto

× , formado por todos os pares ordenados , tais que e , isto é,

× = { , | , }.

Proposição 4.3.1 (PFC) Se e são conjuntos finitos e não vazios, então

(37)

37

Prova. Seja = { , … , }, para algum , ou seja,

= ⋃ { } = . Logo × = × (⋃ { } = ) = ⋃ × { } = ,

que é uma união disjunta, e assim, pela proposição 4.2.2, temos

| × | = |⋃ × { } =

| = ∑| × { }| =

.

No entanto | × { }| = | | para todo = , , , . Portanto,

| × | = ∑| × { }| = = ∑| | = = | | ⋅ = | | ⋅ | |. ∎

4.3.1 Extensão do princípio fundamental da contagem

Definição 4.3.2 Dados , , … , conjuntos finitos e não vazios, seu produto cartesiano é o

conjunto × × × , formado por todas as n-uplas , , … , , tais que ,

, … , . Isto é,

× × × = { , , … , | , , … , }.

Proposição 4.3.2 (Extensão do PFC) Se , … , são conjuntos finitos e não vazios, então

| × × | = ∏| | =

(38)

38

Prova. Façamos indução sobre , sendo o caso = válido pela proposição 4.3.1. Agora, suponhamos, por hipótese de indução, que

| × × | = ∏| | =

,

para todo tal que e seja = { , … , }, . Segue que

= ⋃ { } = . Logo × × − × = × × − × (⋃ { } = ) = ⋃ × × − × { } =

que é uma união disjunta, e assim, pela proposição 4.2.2, temos

| × × − × | = |⋃ × × − × { }

=

| = ∑| × × − × { }|

=

.

No entanto | × × × { }| = | × × | para todo = , , , . Portanto,

| × × − × | = ∑| × … × − |

=

,

e, por hipótese de indução, podemos concluir que

(39)

39

Proposição 4.3.1 Se = é a decomposição canônica de um inteiro > e é o seu número de divisores positivos, então

= ∏ +

=

.

Prova. Pela proposição 3.4.5, os divisores positivos de = são da forma , com para todo = , … , . Então, para cada temos + possibilidades e pelo PFC, temos que

= + + = ∏ +

=

.

Exemplo 4.3.1 Pela proposição 4.3.1, o número de divisores positivos de = , é

= + + + = ⋅ ⋅ = .

Exemplo 4.3.2 (ENEM 2014 - Adaptada) Durante a Segunda Guerra Mundial, para decifrarem as mensagens secretas, foi utilizada a técnica de decomposição em fatores primos. Um número

� é dado pela expressão , na qual , e são números inteiros não negativos. Sabe-se que é múltiplo de e não é múltiplo de .

O número de divisores positivos de �, diferentes de �, é

A) ⋅ ⋅

B) + +

C) ⋅ ⋅ −

D) + +

E) + + +

Solução. Como não é múltiplo de , temos que = . Desse modo, pela proposição 4.3.1, o número de divisores positivos de , diferentes de , é + + . Entretanto, como

(40)

40

+ ⋅ + ⋅ + − = + ⋅ + − .

Portanto, a alternativa correta é o item E.

Proposição 4.3.2 Seja um conjunto finito e não vazio com elementos. Então, há exatamente

− − + escolhas ordenadas de elementos distintos de .

Prova. Temos modos de escolher qual elemento de será o º. Tendo escolhido o º, temos

− modos de escolher qual elemento de será o º e sucessivamente, − + modos de escolher qual elemento de será o º. Portanto, pelo princípio fundamental da contagem, temos

− − + escolhas ordenadas de elementos distintos de .

4.4 Números Binomiais

Os números binomiais têm um papel importante na combinatória, e também, como veremos, na teoria dos números. Eles utilizam a noção de fatorial, que apresentamos a seguir.

Definição 4.4.1 Dado um inteiro não negativo , o fatorial de , é o número

! = {

, = .

∏ − , .

=

Assim,

! = ;

! = ∏ − =

= − = ;

! = ∏ − =

= − − = ⋅ = ;

! = ∏ − =

(41)

41

Mais geralmente, temos que

+ ! = + ⋅ !, para todo inteiro .

Proposição 4.4.1 Seja um conjunto finito e não vazio com elementos. Então, há exatamente

! modos distintos de ordenar os elementos de .

Prova. Temos modos de escolher qual elemento de será o º. Tendo escolhido o º, temos

− modos de escolher qual elemento de será o º e sucessivamente, modo de escolher qual elemento de será o último. Portanto, pelo princípio fundamental da contagem, temos

− ⋅ = !

modos distintos de ordenar os elementos de .

Proposição 4.4.2 Para todo inteiro , existem inteiros consecutivos e compostos. Isto é, existem lacunas arbitrariamente grandes na sequência dos números primos, chamadas desertos de números primos.

Prova. Dado um inteiro > , a sequência

+ ! + , + ! + , … , + ! + + .

De números inteiros positivos é formada por números consecutivos, todos compostos, pois

divide + ! + , para todo tal que + .

Exemplo 4.4.1 Pela proposição 4.4.2, a sequência de inteiros positivos

+ ! + , + ! + , … , + ! + + ,

(42)

42

Definição 4.4.2 Dados inteiros e , com , definimos o número binomial por

= ! − ! ⋅!

Proposição 4.4.3 (Relação de Stifel) Se e são naturais tais que < , então

= ( − ) + ( −− ).

Prova. Pela definição de número binomial, segue que

( − ) + ( −− ) = ! − − ! +− ! − !− !− !

= ! − �− � − − ! +− ! � − !� − !− !

= −! − ! +− ! ! − !− !

=[ − ! + ] − !− !

= ! − !− ! = ! − ! =! .

Proposição 4.4.4 Para todos os inteiros e tais que , temos que ℕ.

Prova. Se = , segue que

(43)

43

Se = < , segue que

= = ! − ! =! ! ! =! !! = ℕ.

Se < < , façamos indução completa sobre , sendo o caso = válido,

pois o único número binomial nessas condições é ( ) = ℕ.

Agora, suponhamos, por hipótese de indução, que − ℕ, para todo inteiro

tal que . Logo, − e −

− são naturais e pela relação de Stifel, segue que

= ( − ) + ( −− ) ℕ.

Exemplo 4.4.2 Prove que, para todo , o número + é um múltiplo de .

Prova. Se = , então + = + ⋅ = + = , que é um múltiplo de .

Se = , então + = + ⋅ = + = , que é outro múltiplo de .

Se , pela proposição 4.4.4, temos que , , , isto é,

= ! − ! =! − ! =− ! ℕ;

= ! − ! =! − − !− ! = − ℕ;

= ! − ! =! − −− ! − != − − ℕ.

(44)

44

[ + + ] = [ + − + − − ]

é um múltiplo de . Daí,

+ − + − − =

[ + − + − − ] =

[ + − + − ] =

[ + − + ] =

[ + − ] = [ + ] = + é um múltiplo de .

Exemplo 4.4.3 Prove que o produto de naturais consecutivos é sempre divisível por !.

Prova. Seja � = + + + o produto de números naturais consecutivos, para todo inteiro não negativo . Então

� = �! ! [ + �! !+ + ]

� = ! ! !+ !

� = ! ( + ) ! |�,

pois, pela proposição 4.4.4, temos que + .

(45)

45

Prova. Decorre, da definição de número binomial, que

= ! − !! ! = ! − ! .

Daí, divide ! − ! , pois divide !. Logo, pela proposição 3.4.2 , temos que | !

ou | − ! ou | .

Suponhamos que | !, então, pela proposição 3.4.2 , temos que | para algum inteiro tal que , um absurdo pela proposição 3.1.1 . Portanto, ∤ !.

Analogamente, − !, já que . Portanto, | .

4.5 Combinação Simples

Definição 4.5.1 Seja um conjunto finito com elementos. Uma combinação simples dos elementos de , tomados a , com , é um subconjunto de com elementos.

Definição 4.5.2 Denotamos o número de combinações simples de elementos tomados a ,

com , por .

Proposição 4.5.1 Para quaisquer inteiros e , tais que , temos que = .

Prova. Seja um conjunto finito com elementos. Se = , então = , pois é o único

subconjunto de com 0 elementos. Por outro lado, = e, portanto = nesse caso.

Agora, suponhamos que < . Pela proposição 4.3.2, o número de escolhas ordenadas de elementos distintos de é

(46)

46

Por outro lado, ! é também o número de escolhas ordenadas de elementos distintos de , pois dado um subconjunto de com elementos, pela proposição 4.4.1, podemos ordená-lo de

! modos e como existem subconjuntos de com elementos, o total é ! . Portanto,

! = − − +

= − ! − +

= − ! − +− � ! − � !

= ! − ! =! .

Observamos que, em outras palavras, a proposição 4.5.1 calcula o número de modos de se escolher objetos distintos entre objetos distintos dados.

4.6 Binômio de Newton

Nessa seção, apresentaremos uma expressão para o desenvolvimento de + , para todo , conhecida como fórmula do binômio de Newton, que possui várias aplicações importantes em teoria dos números.

Teorema 4.6.1 (Binômio de Newton) Para todo , temos que

+ = ∑ −

=

.

Prova. Façamos indução sobre , sendo o caso = válido, pois

∑ ( ) −

=

(47)

47

Agora, supondo o resultado válido para e observando que

+ + = + + = + + + ,

temos, por hipótese de indução, que

+ = ∑ −

=

= ∑ − + =

= + + ∑ + − =

= + + ∑ + − =

E

+ = ∑ ( ) −

=

= ∑ ( ) − + =

= ∑ ( ) − + −

=

+ +

= ∑ + − =

+ +

onde = − . Desse modo, temos que

+ + = + + ∑ + −

=

+ ∑ + −

=

(48)

48

= + + ∑ [ +

− ] + −

=

+ + .

Assim, pela relação de Stifel, segue que

+ + = + + ∑ ( + ) + − = + + = ∑ ( + ) + − + = .

Ou seja, o resultado vale também para + e, portanto, vale para todo .

Exemplo 4.6.1 [3] Prove que, para todo , o número é um múltiplo de 9.

Prova. Pelo teorema 4.6.1, temos que

− = + − = ∑ ( ) − = − = ∑ ( ) − − = = ∑ ( ) − − − = .

Novamente um múltiplo de 9, pois

∑ ( ) − −

=

visto que e desse modo ( ) ℕ.

Proposição 4.6.1 Para todo , temos que

(49)

49

− + + − = .

Prova.

Pelo teorema 4.6.1, temos que

= + = ∑ −

=

= ∑ =

= + + + .

Pelo teorema 4.6.1, temos que

= ( + − ) = ∑ −

=

= ∑ −

=

= − + + − .

Exemplo 4.6.2 Prove que, se = � � é a decomposição canônica de um inteiro > ,

então pode ser escrito como produto de dois números relativamente primos de − modos.

Prova. Seja = , com , = e tal que . Se exatamente primos de

{ , , … , } figuram na decomposição canônica de , então todos os outros figuram na

decomposição canônica de , pois , = . Assim, é suficiente contar de quantos modos podemos escolher primos distintos entre primos distintos, para formarem o número , o que

pode ser feito, pela proposição 4.5.1, de modos. Portanto, para todo tal que , esse total de modos, pela proposição 4.6.1 , é

∑ ( ) =

= ( ) + ( ) + + ( ) = .

Porém, nessa contagem, para cada produto = também contamos = . Portanto, pode ser escrito como produto de dois números relativamente primos de ⁄ = − modos.

(50)

50

Exemplo 4.6.3 (Pequeno Teorema de Fermat) Se é um primo e um inteiro positivo, então

| �− .

Prova. Façamos indução sobre , sendo o caso = válido, pois �− = e | .

Agora, supondo o resultado válido para , iremos prová-lo para + . Pela fórmula do Binômio de Newton, temos

+ � + =− + �− + +

− .

Como, por hipótese de indução, | e, pela proposição 4.4.5, divide , ,

− ,

temos, pela proposição 3.1.2, que divide �− + �− + +

− . Portanto,

divide + + , o que conclui nossa prova por indução finita.

4.7 Princípio da inclusão-exclusão

O princípio da inclusão-exclusão é uma extensão do princípio aditivo da contagem, pois determina o número de elementos da união finita de conjuntos finitos, não necessariamente disjuntos dois a dois.

A proposição a seguir diz como calcular o número de elementos da diferença de um conjunto finito e um subconjunto.

Proposição 4.7.1 [6] Se é um conjunto finito e , então | \ | = | | − | |.

Prova. Como = \ é uma união disjunta, temos pelo princípio aditivo que

| | = | \ | = | | + | \ |

| \ | = | | − | |.

(51)

51

A forma mais simples do princípio da inclusão-exclusão, que calcula o número de elementos da união de dois conjuntos finitos, consta na seguinte proposição.

Proposição 4.7.2 [6] Se e são conjuntos finitos, então | | = | | + | | − | |.

Prova. Como e \ são conjuntos disjuntos e tais que = \ , temos

| | = | | + | \ |.

Por outro lado, temos também a união disjunta = \ , donde segue que

| | = | | + | \ |.

Substituindo essa relação na expressão para | |, obtemos

| | = | | + | | − | |.

Para a união de três conjuntos finitos , e , temos, pela proposição 4.7.2, que

| | = | | = | | + | | − | |.

Como = , pela proposição 4.7.2, temos que

| | = | | + | | − | |

= | | + | | − | | + | | − | | .

Como = , pela proposição 4.7.2, segue que

| | = | | + | | − | | + | | − | | + | | − | |

(52)

52

Então, motivados pela proposição 4.7.2 e pela relação obtida acima, o Princípio da inclusão-exclusão para a união de conjuntos finitos é o resultado do próximo teorema.

Teorema 4.7.1 (Princípio da inclusão-exclusão) Se , , ..., são conjuntos finitos, então

| | = ∑ | |

≤ ≤

− ∑ | |

≤ < ≤

+ ∑ | |

≤ < < ≤

− + − − | |. .

Prova. Seja tal que pertença a exatamente dos conjuntos , ,

… , . Mostremos que é contado exatamente uma vez pelo segundo membro de . . Pela Proposição 4.5.1, é contado exatamente:

vezes em ∑ | | ≤ ≤

;

vezes em ∑ | |

≤ < ≤

;

vezes em ∑ | |

≤ < < ≤

;

( ) vezes em ∑ | |

≤ < < <�≤

;

E claramente, nenhuma vez em

∑ | |

≤ < < ≤

,

(53)

53

Logo, o número de vezes que é contado pelo segundo membro de . é igual a

− + + + − �− .

Mas, pela proposição 4.6.1 ,

− + − + + − � =

− [ − + + + − �− ] =

− + + + − �− =

− + + + − �− = .

Definição 4.7.1 Dado um inteiro positivo , denotamos por o número de inteiros positivos menores ou iguais a que são relativamente primos com .

Teorema 4.7.2 Se = � � é a decomposição canônica de um inteiro > , então

� = ∏ ( − )

=

.

Prova. Seja o conjunto dos inteiros positivos menores ou iguais a e o conjunto dos elementos de que são múltiplos de , para todo inteiro tal que . Como

� \ = { | , = }

e = |{ | , = }|, temos, que

(54)

54

Logo, pela proposição 4.7.1, segue que

� = |� | − | |

� = − | |. .

Agora, observando que

= { , , … , } | | = ;

= { , , … , } | | = ≠ ;

| | = ⋅

Temos, pelo teorema 4.7.1, que . equivale a

� = − ( + + + ) + ( + +

− ) −

+ −

= ( − ) ( − ) ( − )

= ∏ ( − ) =

.

(55)

55

� = ( − ) ( − ) ( − )

= ( ) ( ) ( ) = .

Ou seja, existem inteiros , tais que e , = .

4.8 Princípio da Casa dos Pombos

O Princípio da Casa dos Pombos (PCP) tem um enunciado simples e bem intuitivo, mas permite resolver vários problemas, especialmente os que tratam de provar a existência de certos elementos ou subconjuntos.

Teorema 4.8.1 (Princípio da Casa dos Pombos) Se + pombos são colocados em gaiolas, então pelo menos uma gaiola conterá mais de um pombo.

Prova. Se cada uma das gaiolas contiver, no máximo, 1 pombo, o número total de pombos nelas colocados será, no máximo , o que é uma contradição, pois foram colocados + pombos.

Exemplo 4.8.1 Mostre que todo inteiro positivo tem um múltiplo que se escreve apenas com os algarismos e .

Solução. Considere a sequência , , , , . . . , . . . , formada por + números, onde o último número tem + algarismos . Dividindo-os por , pela proposição 3.2.1, os restos dessas divisões só podem ser iguais a , , , … , − .

Agora, pensando nos números como pombos e nos restos como gaiolas, temos, pelo PCP, que pelo menos dois números dessa sequência têm restos iguais na divisão por , digamos

(56)

56

Exemplo 4.8.2 Mostre que todo inteiro positivo , primo com , possui um múltiplo que se escreve apenas com algarismos .

Solução. Pelo exemplo 4.8.1, possui um múltiplo da forma . . . , com algarismos e algarismos , ou seja, divide . . . × �. Como é relativamente primo com , temos que ,= , o que implica, pela proposição 3.3.2, que divide . . . , ou seja,

. . . , com − algarismos , é um múltiplo de .

Exemplo 4.8.3 Mostre que todo subconjunto de { , , … , }, com + elementos, possui um par de elementos consecutivos e consequentemente primos entre si.

Solução. Como { , , … , } = { , } { , } { − , }, que é uma união disjunta de subconjuntos (gaiolas), temos, pelo PCP, que ao tomarmos + elementos (pombos) de

{ , , … , }, acabamos por escolher os dois elementos de pelo menos um desses subconjuntos, os quais são consecutivos e, pela proposição 3.3.1, primos entre si.

Exemplo 4.8.4 Mostre que todo subconjunto de { , , … , }, com + elementos, possui um par de elementos tais que um deles divide o outro.

Solução. Primeiro, observamos que todo inteiro pode ser escrito na forma = , sendo um número ímpar e um inteiro não negativo, com > , caso seja um número par e = , caso seja um número ímpar. Desse modo, se { , , … , }, então = onde só pode um dos inteiros ímpares , , , … , . Daí, ao tomar-se + elementos de { , , … , }, temos, pelo PCP, que pelo menos dois deles terão o mesmo . Sejam = e = tais números, onde < . Segue então, que = − , ou seja, | .

Exemplo 4.8.5 Prove que em qualquer conjunto de inteiros existe um par de inteiros cuja soma ou cuja diferença é divisível por .

Solução. Dividindo os inteiros por , temos, pela proposição 3.2.1, que os possíveis restos

são , , , … , , , , … , , . Organizando esses restos em gaiolas como abaixo

(57)

57

Temos, pelo PCP, que há dois inteiros dentre os , que têm restos numa mesma gaiola. Se essa gaiola for { } ou { }, então a soma e a diferença desses números será divisível por . Se a gaiola for qualquer uma das outras, então a diferença será divisível por , se os restos forem iguais e a soma será divisível por , se os restos forem diferentes.

Exemplo 4.8.6 Mostre que qualquer conjunto com inteiros possui subconjunto cuja soma dos elementos é divisível por .

Solução. Seja = { , , … , } um conjunto de inteiros e considere as somas abaixo

� =

� = +

� = + +

� = + + + +

Se alguma dessas somas for divisível por , não há mais o que mostrar. Suponhamos agora, que nenhuma dessas somas seja divisível por . Segue então, que nenhuma pode ter resto nulo na divisão por , ou seja, os únicos restos possíveis são, , , , . Como existem somas e apenas restos possíveis, pelo PCP, pelo menos duas delas, digamos e , com

< , possuem restos iguais na divisão por . Logo, pela proposição 3.2.2, temos que

� − � = + + + + +

é divisível por e, portanto, { + , + , … , } é o subconjunto procurado.

Exemplo 4.8.7 Seja um inteiro positivo ímpar, mostre que existe um inteiro positivo tal que

∑ =

é divisível por .

(58)

58

3.2.1, que os possíveis restos são , , , … , − . Como temos + potências (pombos) e restos (gaiolas), temos, pelo PCP, que pelo menos duas potências, digamos e , com < , possuem restos iguais na divisão por . Logo, pela proposição 3.2.2, segue que | ,

ou seja, | . Mas, como é ímpar, temos que , = , de modo que, pela

proposição 3.3.2, | . Por fim, observando que, para > , temos ≠ + , pois

do contrário, | = + − = − = , o que é uma contradição; e também,

pelo exemplo 2.1.1, tem-se

− = ∑

− −

= .

Portanto, = − − é o inteiro positivo procurado.

Teorema 4.8.2 (Generalização do PCP) Se + pombos são colocados em gaiolas, então pelo menos uma gaiola deverá conter pelo menos + pombos.

Prova. Se cada gaiola contiver no máximo pombos, como são gaiolas, no máximo terão sido distribuídos, o que é uma contradição.

Exemplo 4.8.8 Selecionam-se oito números distintos no conjunto { , , … , }. Mostre que há pelo menos três pares de números selecionados com a mesma diferença entre o maior e o menor número do par.

Solução. Como os números são escolhidos no conjunto { , , … , }, os valores possíveis para a diferença de dois números são , , … , (ou seja, há valores possíveis). Por outro lado, os oito números formam = pares. Destes, no máximo resulta em uma diferença igual a (quando formado por e ). Em consequência, há pelo menos pares cujas diferenças pertencem ao conjunto { , , … , }. Como = ⋅ + , pelo teorema 4.8.2, há pelo menos uma gaiola (diferença) contendo pelo menos + = pombos (pares). Assim, há pelo menos três pares de números em que a diferença entre o maior e o menor número do par é a mesma.

(59)

59

Solução. Consideremos as gaiolas numeradas , , , … , , onde o número é colocado na gaiola se, e só se, o resto da divisão de por é . Desse modo, temos as gaiolas:

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , };

Gaiola = { , , , , , , , , , , }.

Como = ⋅ + , pelo teorema 4.8.2, há pelo menos uma gaiola contendo pelo menos +

= dos números escolhidos. Mas em cada gaiola há no máximo números. Então, pelo exemplo 4.8.3, há dois números sucessivos em tal gaiola, isto é, dois números cuja diferença é

.

4.9 Os Teoremas de Fermat e Wilson

A Teoria dos Números possui vários resultados importantes sobre números primos, dentre eles, o Pequeno Teorema de Fermat e o Teorema de Wilson. Nesse capítulo, provaremos esses dois teoremas empregando técnicas combinatórias.

(60)

60

Teorema 4.9.1 Se é um primo e é um inteiro positivo, então |− .

Prova. Suponhamos que desejamos formar correntes com pérolas coloridas cada uma e que possuímos, em mãos, pérolas suficientes que nos permitem o uso ilimitado de cada uma das cores. Desse modo, pelo PFC, o número de correntes que podemos formar é �, pois cada pérola pode ser escolhida de maneiras e são escolhas para cada corrente. A Figura 1 ilustra o caso

em que = e = .

Figura 1 – As vinte e sete correntes de três pérolas com três cores possíveis.

Fonte: Andrews.

Das � possibilidades, exatamente correntes possuem pérolas de apenas uma cor.

Colocando estas à parte e, de maneira ilustrada na Figura 2, juntamos as duas extremidades de cada uma das � correntes formando � pulseiras.

Figura 2 –A formação de uma pulseira a partir de uma corrente

Imagem

Figura 1 – As vinte e sete correntes de três pérolas com três cores possíveis.
Figura 3  –  As oito pulseiras de três pérolas com três cores possíveis (pulseiras de uma cor excluídas)
Figura 4 – os doze pentágonos estrelados.
Figura 5 – Os seis 13-ágonos estrelados regulares

Referências

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