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Método científico. Em que consiste o método científico?

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Academic year: 2021

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Ao assistirmos documentários e lermos notícias sobre as descobertas da        ciência somos constantemente levados a acreditar na figura dos cientistas        como seres fenomenais com ideias magníficas que surgem assim que um        fenômeno ocorre. Entretanto, o desenvolvimento da ciência não é assim tão        simples. O famoso “momento Eureka” raramente é um processo rápido e        instantâneo ao se observar um fenômeno. O modo que um cientista se propõe        a resolver um novo problema ou a questionar a validade de um conhecimento        anterior é chamado ​Método científico.  

 

● Em que consiste o método científico? 

O método científico consiste em aplicar uma série de etapas para questionar o        meio em que se vive, não sendo um procedimento rígido e podendo variar        entre áreas de estudos diferentes. É importante ressaltar que o método        científico garante o rigor nas investigações mas não implica necessariamente        em uma verdade absoluta. 

 

● Quais etapas são essas? 

São dadas na figura abaixo. 

 

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A observação dos fenômenos é a etapa inicial dos estudos na ciência visto        que nessa podemos identificar os possíveis questionamentos em uma        temática. Por exemplo, ao observarmos um dia ensolarado podemos nos        questionar: 

● O que faz com o que sol nos aqueça? 

● Como os pássaros voam? 

● Por que o céu é azul? 

 

Todas essas perguntas, por mais banais, tiveram respostas complexas        que só foram respondidas atualmente em função da investigação feita        utilizando­se do método científico. É importante ressaltar que a dúvida é parte        fundamental no desenvolvimento da ciência, visto que ela leva a busca pelas        respostas do universo.  

Em nossas aulas de ciências (Biologia, Química e Física) tentaremos        desmistificar esse processo, mostrando como diversos cientistas se utilizaram        do método científico e formularam as diversas teorias que utilizamos até hoje.       

Para auxiliar na fixação desse conteúdo, realizaremos alguns experimentos        para identificarmos as etapas do método científico. 

 

EXPERIMENTO 1    

Comparar a efervescência de comprimidos de antiácido moídos e        inteiros em um copo de água fria. 

Observação: Em um dos copos o antiácido efervescerá mais rapidamente                    que em outro.  

● A pergunta inicial: Por que a efervescência foi mais rápida em um dos        copos comparado com os outros? 

○ Formule as possíveis hipóteses. 

○ Se nesses casos, a(s) hipótese(s) se confirmou(aram) ou não,                  quais as conclusões? 

 

O método científico evita que teorias sejam consideradas verdades                  absolutas? 

 

Não, o método científico feito com o rigor necessário garante que uma        teoria responde uma dúvida inicial entretanto, com o passar do tempo, essa        pode se mostrar falsa. Exemplos: 

 

1. Neutrinos mais rápido que a luz! 

Experimento realizado no CERN (        ​Organização Europeia para a        Pesquisa Nuclear  ​), chamado de Opera, e localizado na Suiça, enviou        neutrinos, um tipo de partícula subatômica, para Gran Sasso, na Itália, a 732        km de distância. Sabendo o tempo que os neutrinos saíram da Suíça e       

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chegaram na Itália, e também a distância, calcula­se a velocidade dessas        partículas, lembrando do velho e bom Δs/Δt! (Claro que a conta real é mais        complexa que isso devido à         ​relatividade*​, sendo muito mais complexas). O        que intrigou os cientistas inicialmente foi que chegaram a um resultado de        velocidade maior que o da luz no vácuo, coisa que seria revolucionário! E para        completar, o experimento foi repetido em torno de 16000 vezes, chegando a        resultados estatísticos bons o suficiente para considerarem um acerto! 

A notícia foi recebida com bastante descrença dentro do meio científico,        pois se o que foi descoberto fosse verdade, muita coisa teria que mudar nas        teorias físicas. Não que isso seja um problema em si, a ciência se renova        sempre. Porém, mudanças radicais sempre trazem um ar de desconfiança nos        resultados. Eis que 2 semanas depois, de fato, o mesmo laboratório admitiu        que houve um erro no experimento. Apesar dos cientirtas saberem calcular        muito bem, um erro na eletrônica da montagem do experimento causou uma        interferência suficiente para levar a essa distorção nos resultados, o que        explica os cientistas terem visto o mesmo problema as 16000 vezes. Isso        mostra que mesmo os       ​melhores do mundo     em certas áreas podem errar.         

Nesse caso, um problema que passou despercebido por todos os envolvidos        no experimento criou uma falha em um dos passos do método científico: a        experimentação.  

*Se quiser saber mais sobre a relatividade e seus efeitos, fale com                        o professor Tiago, de Física. 

 

2. Terra Plana! 

 

Hoje em dia já crescemos ouvindo que a Terra é redonda. Os mais        rigorosos diriam que é achatada nos polos. De qualquer forma, a dicotomia        entre a terra plana e redonda foi algo interessante no conhecimento da        humanidade em tempos antigos. 

Erastótenes, um filósofo grego que viveu entre 276 a.c. e 194 a.c.,        conseguiu naquela época desenvolver um método para calcular a        circunferência da Terra, utilizando apenas conhecimentos de geometria básica.       

Incrivelmente, ele chegou no resultado de 39700 km, muito perto do valor        conhecido atualmente com toda nossa tecnologia, de 40008 km! O mais legal        disso tudo é que a teoria usada por Erastótenes é aprendida hoje nas escolas        de ensino médio, ou seja, qualquer aluno do ensino médio está apto a entender        e repetir seu experimento! 

 

3. Lamarck e a evolução! 

 

Jean Baptiste Lamarck foi o primeiro a propor uma teoria sintética da        evolução, ou seja, os organismos se adaptavam ao meio em que vivem. Antes        da teoria evolucionista de Lamarck acreditava­se que os organismos eram        imutáveis (teoria do criacionismo). 

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Lamarck propôs duas hipóteses: uso e desuso e caracteres adquiridos. O uso e        desuso propõe que características que não eram usadas se perdiam nas        gerações; por outro lado, as características usadas, quem conferiam vantagem        adaptativas, eram transferidas para as gerações seguintes. Por exemplo: 

 

● As girafas habitam locais de solo é seco e com pouca vegetação        rasteira. Por se alimentar dos brotos e folhas das árvores maiores,        houve aumento do pescoço e das pernas anteriores. 

● As membranas entre os dedos das aves aquáticas resultaram do uso        durante a natação. 

● Aves pernaltas, teriam desenvolvido as pernas esticando­as para manter        o corpo fora d’água.  

● Plantas de regiões desérticas teriam diminuído a superfície das folhas,        para evitar a transpiração; tais folhas acabaram transformadas em        espinhos. Para conservar água os caules adquiriram a consistência        suculenta. 

 

Esta suposição está correta, o uso e desuso provocam alterações nos        organismos.  Pois,  as  características  utilizadas  conferem  vantagens  adaptativas. Porém, a outra proposta de Lamarck, a transmissão de geração        em geração dos caracteres adquiridos, foi falha. Por exemplo:  

 

● Atletas q treinam e tem sua musculatura desenvolvida não passarão tais        características aos descendentes. 

● Camundongos que tem suas caudas cortadas em sucessivas gerações        não ficaram sem cauda ou com cauda atrofiada. 

 

Com base nesses exemplos e todos os conhecimentos adquiridos nessa        aula, o método científico nos adverte do seguinte:       ​Não há verdades absolutas        e nem teorias a provas de falhas. O conhecimento estudado hoje pode ser                          superado no futuro. Portanto, como um bom estudante de ciências,                    lembre­se de manter a mente aberta e sempre questionar o meio em que                          vivemos. 

 

Para ilustrar esses conhecimentos, durante a aula, um experimento                  semelhante ao video abaixo foi realizado: 

 

https://www.youtube.com/watch?v=u382GooDVUg   

Como tarefa, avalie o que aconteceu com o galão. Quais suas possíveis                        hipóteses? Testando essas, quais as possíveis conclusões? 

 

Mande suas respostas e duvidas para os e­mails dos diferentes  professores de ciências: 

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Rafael (Biologia): ​rafaelrosolen@hotmail.com   Larissa (Química) ​: richter.larissa@gmail.com  Gabriel (Química)​: ​gabrielflorianocosta@gmail.com  Daniela (Química):​ ​danielafogaca.r@gmail.com  Tiago ( Física): ​tiago.kalile@gmail.com 

 

Referências

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