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Projeto de Ecoturismo em Terra Indígena

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Nº 1 - Novembro de 2010

O projeto Protegendo a Amazônia e Defendendo os Direitos Indígenas, tem o apoio da Gordon and Betty Moore Foundation. O objetivo é fortalecer os povos indígenas e grupos locais que habitam a região dos Corredores Etnoambiental Tupi Mondé e Kwahib para que possam atuar na defesa de seus direitos, na conservação dos recursos naturais e na promoção de estudos que gerem informações e planejamento de ações para região, contribuindo para um desenvolvimento econômico que seja ambientalmente sustentável e economicamente responsável.

Primeira reunião no escritório da Kanindé sobre o projeto Protegendo a Amazônia. Da esquerda para a direita Neidinha, Edjales, Israel, Geórgia, Edimar Xis, Amauri.

Projeto do alojamento

Técnicos da Kanindé se

reúnem pela primeira vez com

representante da Fundação

Moore em Porto Velho

Reforma da

sede é um dos

componentes do

fortalecimento

institucional da

Kanindé

O projeto em parceria com a Fundação Moore prevê a construção de um novo alojamento e do escritório no centro de formação da Kanindé, localizado há 14 km de Porto Velho. O local já conta com um auditório onde são realizados os cursos de formação dos indígenas. Com o novo projeto o local vai receber uma melhor estrutura de alojamento e um laboratório de geoprocessamento além de estrutura para a instalação de um ponto de cultura.

Projeto de Ecoturismo em Terra Indígena

Os estudos de ecoturismo em terras indígenas vêm sendo desenvolvidos pela Kanindé a pedido das comunidades indígenas desde 2005, fazendo parte dos levantamentos e planejamentos que compõem seus respectivos planos de gestão territorial. Os estudos voltados para o ecoturismo iniciaram em 2005 nas Terras Indígenas Nove de Janeiro e Ipixuna, e em 2010 vem sendo executado nas TIs Diahui, Zoró e Surui.

Como desdobramentos desses estudos e oficinas posteriores a Kanindé em parceria com CSF - Conservação

Estratégica, a Organização do povo Indígena Parintintin do Amazonas – OPIPAM e Associação Metareilá do Povo Indígena Surui, estão desenvolvendo desde 2009 o Projeto de Ecoturismo Indígena, como ação de implementação dos Planos de Gestão das respectivas terras indígenas.

Os trabalhos são realizados através de oficinas participativas nas aldeias, tendo como resultado esperado a elaboração do Plano de Ecoturismo para as duas Terras Indígenas, contendo sistematizadamente Plano de Atrações,

Estudo de Mercado, Plano de Infra-estrutura e Estudo de Viabilidade Econômica.

A somatória desses esforços representa certamente uma alternativa sólida e bem estruturada para o desenvolvimento de alternativas complementares de geração de renda e valorização da cultura, contribuindo ao mesmo tempo para que essas comunidades sejam autônomas nas tomadas de decisões e estejam salvaguardadas da má fé de empresas de turismo que vêm explorando tal atividade em outras terras indígenas.

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Técnicos da Kanindé realizam a primeira etapa do

Planejamento Organizacional e Estratégico

A oficina com duração de dois dias foi no centro de formação da Kanindé e contou com a presença de vinte e três técnicos. Só não estiveram presentes os que estavam em campo. Durante o treinamento o consultor mineiro Rudolf, da Fundação Dom Cabral orientou os funcionários a identificarem forças e fraquezas da instituição em diversos pontos onde atua. As informações vão servir de base para a próxima etapa marcada para os dias 28,29,30 de novembro.

Equipe Kanindé participando do planejamento organizacional estratégico

Indígenas participam da oficina de criação de

páginas para internet e edição de fotografia

Durante a oficina de três dias, os 19 indígenas dos clãs Gamep, Gamir e Kaban aprenderam a criar blogs e postar os textos, fotos e vídeos. De acordo com instrutor, a oficina “visa desenvolver criação

de paginas para web, para servir como ferramenta de divulgação das atividades desenvolvidas pelo ponto de cultura Maloca Digital”.

No último dia da oficina os alunos tiveram a oportunidade de aprender como manusear a máquina fotográfica e as técnicas de fotografia. De acordo com o instrutor “os indígenas estão

aprendendo captura de imagens e edição no GIMP (programa de edição de fotografia em software livre)”.

A decisão foi tomada em assembléia geral na sede da Kanindé em Porto Velho. Por maioria dos votos Israel Vale foi eleito o novo coordenador geral da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé pelos próximos dois anos. Israel já atua em projetos na Kanindé e substitui Ivaneide Bandeira que ficou a frente da Kanindé também por dois anos. A troca faz parte do estatuto da organização criada em 1992. Entre as principais atividades desenvolvidas, desde a sua criação, destacam-se as ações de vigilância e fiscalização da Terra Indígena Uru-eu-wau-wau e do Parque Nacional Pacaás Novos, a assessoria às organizações indígenas, laudos de impacto ambiental, Diagnóstico Etnoambiental Participativo em Terras Indígenas, avaliações ecológicas rápidas, educação ambiental, elaboração

de projetos e acompanhamento de políticas públicas. Ivanete Bandeira foi eleita, em assembléia, coordenadora administrativo-financeira. No conselho deliberativo estão: Ivaneide Bandeira, Mônica Nascimento, Samuel Cruz e Urariwe Suruí. E no conselho fiscal Maiquel de Lima Siqueira, Irlan das Chagas Silva e Wladir da Cruz Vasques. Hoje vários projetos estão em andamento. O Amigos da Terra que tem parceria com a Suécia, dois com a USAID - organização americana que detém trabalhos com indígenas no sul do Amazonas e nos corredores Tupi -Mondé e Kawahib, que vai de Cacoal ao sul do Amazonas. Com a WWF são realizadas a gestão integrada do Parque da Terra indígena Uru-eu-wau-wau e do Parque Nacional Pacaás Novos. Além de um projeto de saúde independente dentro

da TI Uru-eu-wau-wau, a Kanindé também coordena o ponto de cultura direcionado aos índios, recém implantado na cidade de Guajará-Mirim. As ações ultrapassam as divisas de Rondônia e sul do Amazonas. A associação atua também em parceria com o governo do Pará, no diagnóstico da terra indígena Nhamundá Mapuera e Trombeta Mapuera além da FLOTA Mapuera. O novo coordenador Israel Vale, destaca novas ações como o projeto de fortalecimento institucional financiado pela Fundação MOORE. “O desafio agora é

dar mais visibilidade as ações da Kanindé nos cenários local e internacional, além de continuar o trabalho realizado pelas diretorias anteriores”. Também estão

entre os projetos a ampliação do Centro de Formação na área recém adquirida pela associação.

Associação Kanindé tem nova coordenação

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Projeto ‘Protegendo a Amazônia e

Defendendo os Direitos dos Povos

Indígenas’ atua no fortalecimento das

organizações indígenas

A Kanindé realiza a capacitação e a formação de indígenas em gestão e administração de projetos, informática, noções básicas de cartografia e GPS, legislação ambiental e indígena, elaboração de projetos e captação de recursos, levantamentos bióticos e abióticos, valorização cultural, multimídia, valores culturais, agentes ambientais indígenas, saúde, educação ambiental, entre outros.

São apoiadas diretamente as seguintes organizações indígenas: • Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí;

• Conselho do Povo Indígena Cinta Larga;

• Associação do Povo Indígena Parintintin do Amazonas – OPIPAM; • Associação do Povo Indígena Jiahui – JUI;

• Associação de Mulheres Indígenas do Médio Purus – AMIMP;

• Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi de Boca do Acre/AM • Organização dos Povos Indígenas Torá, Tenharim, Apurinã, Mura, Parintintin e Pirahã – OPPITTAMP;

• Associação Indígena do Rio Guaporé;

• Associação do Povo Indígena Uru-eu-wau-wau/ Jupaú • Associação do Povo Indígena Amondawa.

Acordo de Cooperação Técnico Científico selou a União do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), através do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), com a Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí no dia 25 de março de 2010.

Na sua visita em Belém, Pará, de 29 de agosto à 3 de setembro de 2010, o Diretor de Comunicação, Ciência e Tecnologia da Associação Metareilá apresentou o plano de trabalho do convênio ao Museu Paraense Emílio Goeldi.

Durante o encontro, Chicoepab visitou e conheceu o funcionamento de cada Coordenação de Pesquisa e Pós-Graduação do Museu Goeldi (CZO - Coordenação de Zoologia, CBO - Coordenação de Botânica, CCTE - Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia e CCH - Coordenação de Ciências Humanas). Na oportunidade relatou o interesse e possibilidade do ingresso dos indígenas Paiter Suruí no programa de Pós-Graduação do MPEG.

A cooperação entre as partes visa desenvolvimento tecnológico e técnico-científico a partir de projetos a serem desenvolvidos e ajustados pelas instituições em área de mútuo interesse.

“Esse convênio firmado entre a

Metareilá e MPEG abre as portas para oportunidades em ambas as partes”,

comenta Chicoepab Suruí.

Associação

Metareilá firma

convênio com

Museu paraense

Emílio Goeldi

Inaugurado ponto de

cultura Hurukunê-wao

em Guajará Mirim

O Ponto de Cultura Hurukunê-wao irá funcionar em uma sala cedida pela secretaria municipal de educação na Escola Municipal Irmã Hilda em Guajará-Mirim. Participa-ram da inauguração o coorde-nador geral da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé Israel Vale, o gerente da FUNAI em Guajará-Mirim Joel Oro Nao, a gerente de cultura da Secretaria de cul-tura do Estado Bebel Silva, o coordenador do projeto Ponto de Cultura José Monteiro, o prefeito de Guajará-Mirim Atalíbio Pegorini, a secretária de educação do município de Guajará-Mirim Aldeniza Souza Martins, entre outras autoridades.

O Ponto de Cultura é um projeto do Ministério da Cultura em parceria com o Governo de Rondônia, através da SECEL. O projeto tem a duração de três anos. Começou no ano passado com a compra dos equipamentos que serão utilizados nas oficinas de capacitação de jovens indígenas na área de cultura digital. As oficinas começam imediatamente após a inauguração e vão atender 15 jovens indígenas indicados pela FUNAI e cinco jovens da comunidade. “A decisão foi tomada pelo conselho

gestor do projeto para abrir mais oportunidades para a comunidade”, ressaltou o

coordenador geral da Kanindé Israel Vale.

Além de ter acesso à cultura digital, os jovens indígenas vão aprender a manusear equipamentos de áudio, foto e vídeo para a produção de um CD com cânticos indigenas e um DVD sobre a produção de artesanato indígena feito com Tucumã. A gerente de cultura da SECEL Bebel Silva, elogiou o projeto dizendo que

“a Kanindé conseguiu reunir em um único projeto as áreas ambiental, cultural, social, educacional e econômica a partir do momento em que dá sustentabilidade ao projeto do Ponto de Cultura”. Depois do primeiro módulo sobre cultura digital,

aprendendo a usar softwares livres, os alunos partem para o aprendizado sobre o manuseio de equipamentos multimídia.

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Relembrar o contato com a dita civilização sempre foi uma condição traumática para o povo Jiahuí, que até hoje vive isolado no meio da Floresta Amazônica, na bacia do rio Purus, distante 150 quilômetros de Humaitá (AM), numa reserva cortada pela BR-317, a famosa rodovia Transamazônica. O contato foi estabelecido em meados de 1967, quando o Brasil era governado pelo regime militar e a rodovia Transamazônica representava um dos grandes projetos de integração nacional, até hoje sem conclusão.

São poucos os índios Jiahuí que presenciaram as máquinas chegando, rasgando a floresta e ocupando suas terras. Os que ainda lembram dessa epopéia militar, delírio de engenharia, ou invasão de território, criaram força e coragem para reviver o contato e encenar as primeiras disputas com os brancos, num ritual nostálgico é cheio de significados.

Noite de sábado, 21 de agosto. O silêncio da mata foi rompido por gritos e barulhos assustadores de uma típica abordagem indígenas a pessoas estranhas a tribo. No semi-breu da noite era possível apenas observar os vultos de pessoas com

Índios da etnia Jiahui relembram

o contato na Transamazônica

adereços, arco e flexa rodeando o carro, ecoando gritos, assovios e batendo com os pés no chão, na estrada erma que dá acesso à reserva.

Os crescentes e ensurdecedores gritos começam a se aproximar cada vez mais e agora já era possível visualizar nitidamente as feições indígenas que cercam o carro, espalhando um misto de odores não identificados junto a poeira e o mato. As flechas e lanças empunhadas eram sacudidas no alto das cabeças, e o som das bordunas de madeira ecoavam na floresta e assustavam os ‘intrusos’. Era assim que o grupo se sentia naquele momento. Invadiram um espaço proibido e o que iria acontecer mantinha a todos em cruel suspense, mesmo sabendo que se tratava de uma encenação.

O suspense é elevado às alturas quando cada integrante do grupo de ‘intrusos’ é levado pela mão dos indígenas mata adentro, até chegarem ao interior de uma oca com alguns representantes da tribo sentados, à espera do grupo, que é convidado para a celebração.

A partir daí, seguros das intenções amistosas, a curiosidade passa a ditar

as batidas do coração e o ritmo do dedo indicador no obturador da máquina fotográfica dos integrantes das equipes de reportagem do jornal e de uma TV local, e pesquisadores da Universidade de Brasília. A única pessoa que tinha conhecimento prévio de tal ‘recepção’ era indigenista rondoniense Ivaneide Bandeira, da ONG Kanindé. Os índios Jiahuí pretendiam nesta encenação remeter ao primeiro encontro contato com os brancos, ocorrido há 43 anos. Quem lembra bem deste contato é a anciã Ariaí Jiahuí, que tem quase 80 anos, nas suas contas. Ela não fala português e precisa que seus descendentes tradu-zam suas palavras para o idioma dos colonizadores desta imensidão chamada Brasil. É a integrante mais antiga da tribo. Todos a têm como uma referência histórica e muitas vezes a consultam pedindo orientações através de seus ensinamentos. É a memória viva do povo Jiahuí e do ainda recente contato com a civilização na região amazônica.

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encontro com o homem branco. Essa não era uma data que fazia parte de seu calendário de rituais e celebrações e resolveram fazer depois que alguns integrantes da tribo passaram a conviver com a sociedade branca, em Porto Velho e Manaus, e sentiram a necessidade de maior integração.

Os Jiahui são um povo de filiação lingüística tupi-guarani, do subgrupo Kagwahiva, que vive na região do médio Purus, do Estado do Amazonas. Circunstâncias originadas deste contato da tribo quase acarretaram a dissolução e quase extinção do grupo. Suas terras tradicionais foram ocupadas por trabalhadores na construção da transamazônica ou por fazendeiros. Em meio a conflitos de resistência, o processo de retomada do território indígena por parte da tribo foi iniciado em 1998, e hoje os Jiahui vêm buscando reorganizar-se de maneira a garantir sua sobrevivência física e cultural. E mesmo econômica.

De uma população quase extinta, come-çaram então a reorganizar-se, reocuparam o seu território tradicional e reagruparam seus fragmentos buscando moradores descendentes dos seus em outras aldeias e em centros urbanos próximos.

O importante é que, embora tenha havido uma dispersão, os indivíduos nunca perderam totalmente o contato. Muitos deles sabem mesmo nos dias de hoje localizar seus parentes, traçando inclusive suas relações genealógicas.

E essa trajetória de nascer, vivenciar e confrontar-se ao contato do homem branco que a anciã Ariaí guarda na sua memória, e relata aos da sua tribo até hoje.

A presença dos Jiahuí no vale do rio Purus é relatada pelo Serviço de Proteção ao Índio na década de 40 do século passado. Nos idos de 1940, intensifica-se a atuação do extinto SPI – Serviço de Proteção ao Índio, na tentativa de atrair os Jiahuí para o contato, mas não obtiveram nenhum sucesso. Já na década de 70, com a abertura da Transamazônica, que cortou as terras próximas ao da tribo, já não era mais possível manter o isolamento do povo com o homem branco.

A abertura da rodovia causou comoção na população indígena, que ouvia o barulho das máquinas e tentava entender o que estava acontecendo. Acossados pela Empresa Paranapanema e seus funcionários, o grupo indígena

acompanhava de longe o movimento de homens e máquinas que adentravam cada vez mais a mata. Acuados, se colocavam em pé de guerra.

Após várias aparições rápidas, os Jiahui surpreenderam-se ao ver que entre os trabalhadores da Paranapanema encon-travam-se muitos índios Tenharim, vizi-nhos étnicos com quem os Jiahui não se davam. E a anciã Ariaí, remanescente deste episódio, presenciara tudo.

Um destes Tenharim foi quem esteve à frente para estabelecer o contato com os Jiahui. Segundo relato da anciã, chamou-os, acompanhado de um funcionário não índio, oferecendo comida e roupas. Um córrego separava os bravios Jiahuí dos funcionários da empresa.

A aproximação foi gradativa, mas bastante tensa. O cacique na época não permitia que seus filhos pusessem qualquer alimento na boca, pois não depositava a menor confiança, tanto nos trabalhadores da empresa quanto nos Tenharim.

A relação conflituosa se estende até o início da década de 80, quando então sem alternativa, os indígenas estabelecem contato diário com os brancos. Para Ariaí, deste ponto em diante tudo mudou. Dispersão do seu povo, sequestros de mulheres índias e crianças.

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Pela primeira vez a Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí participa do desfile no dia Sete de Setembro em Cacoal, comemorando 41 anos de contato do Povo Paíter Suruí com os “não índios”. O fato inédito aconteceu no dia 7 de setembro na cidade de Cacoal. Em discurso, o primeiro vereador índio de Rondônia, Itabira Suruí destacou a felicidade de participar desse momento histórico. “Eu tinha 18 anos quando

presenciei o primeiro contato com o homem branco na região”, disse.

O desfile contou com a participação da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Semast, Escoteiros, alunos das escolas públicas e particulares, Pastoral da Juventude – com o grito dos excluídos – e também Povo Paiter Suruí.

A Associação Metareilá organizou o desfile do Povo Paiter Suruí. Para o Coordenador Geral, Almir Narayamoga Suruí, o desfile “é o momento da

demonstração da participação do Povo Paiter Suruí no desenvolvimento

Povo Paiter Suruí participa

do desfile de Sete de Setembro

Encontro de povos indígenas

sobre Mudanças Climáticas e REDD

Realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) com apoio da Conservação Internacional (CI), The Nature Conservancy (TNC), WWF-Brasil, Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e da embaixada dos Países Baixos, o evento tem como objetivo central promover a troca de experiências entre povos indígenas e representantes de

organizações ambientais e do governo sobre o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e da Degradação florestal, conservação, manejo sustentável das florestas e aumento dos estoques florestais (REDD+). De acordo com Sônia Guajajara, vice coordenadora da COIAB, a discussão sobre REDD está presente em todas esferas; local, nacional e internacional e,

cada vez mais, os povos indígenas estão interessados em se informar sobre o tema.

Para ela, “as terras indígenas estão

sendo visadas para implantação de projetos de REDD, por isso a COIAB, como organização política e articuladora da Amazônia Brasileira, se sente no papel de munir as lideranças indígenas de subsídios para evitar que estes sejam enganados pelas promessas de dinheiro fácil”.

No primeiro dia o foco foi o tema “Visão Indígena sobre as mudanças climáticas, o papel das florestas e das Terras Indígenas”.

O encontro abordou ainda os riscos e as oportunidades de iniciativas de mudanças climáticas e REDD, os princípios e critérios socioambientais de REDD e a legislação sobre povos indígenas e políticas públicas de âmbito nacional e internacional relacionadas às mudanças climáticas e povos indígenas. Estavam presentes 20 lideranças indígenas dos povos Apurinã, Suruí Paiter, Guajajara, Kayapó, Macuxi, Cinta Larga, Xerente, Xavante, Krikati e Rikbaktsa.

da cidade de Cacoal”, comentou. No

desfile da Associação Metareilá houve a participação dos parceiros como: Associação Kanindé, ACT-Brasil e IEB,

represetando papel dos sertanistas na época do contato. A festa encerrou com o show musical da escola Daniel Berg, ao som de violinos e saxofones.

Povo Paiter no desfile da independência pelas ruas de Cacoal

Expediente:

Coordenador Geral da Kanindé: Israel do Vale Junior • Coordenadora do Projeto ‘Protegendo a Amazônia e Defendendo os Direitos dos Povos Indígenas’: Ivaneide Bandeira • Coordenadora Administrativa Financeira: Ivanete Bandeira • Coordenador de Comunicação do Projeto ‘Protegendo a Amazônia e Defendendo os Direitos dos Povos Indígenas’: Edimar Freire Ferreira • Jornalista Responsável:

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