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2 Representação Gráfica na Aquitetura

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Academic year: 2021

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 24

2 – Representação Gráfica na Aquitetura

2.1 Traços

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir constraste umas com as outras.

Linha auxiliar Pena 0,1mm

Linha fina Pena 0,2mm

Linha média Pena 0,4mm

Linha grossa Pena 0,6mm

Linha de eixo Traço-ponto

Linha de corte Traço-ponto

Linha de projeção Tracejado

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de pena:

• Linhas complementares - Pena 0,1mm. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.

• Linha fina - Pena 0,2mm (ou 0,3mm). Usada para representar os elementos em vista. • Linha média - Pena 0,4mm (ou 0,5mm). Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.

• Linha grossa - Pena 0,6mm (ou 0,7mm). Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em: • Traço contínuo: são as linhas comuns.

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 25

• Traço-ponto: usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.

2.2 Escalas

A NBR 6492 (1994) apresenta uma série de escalas padronizadas para desenho arquitetônico cujos valores mais usuais são descritos abaixo:

• Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;

• Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos; • Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;

• Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra.

• Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes;

• Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;

• Escala 1:200 e 1:250 - Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 26

Cada folha de desenho ou prancha deve ter indicada em seu título as escalas utilizadas nos desenhos ficando em destaque a escala principal. Cada desenho terá sua respectiva escala indicada junto dele.

2.3 Cotagem

Cotas são os números que correspondem às medidas reais no desenho e, portanto, independem da escala usada no projeto.

É a forma pela qual passam-se nos desenhos, as informações referentes as dimensões de projeto.

Assim, para quem executa a obra, a visualização e aplicação das dimensões se torna mais clara e direta. Isso não impede que seja utilizada outra unidade. Normalmente, para desenhos de alguns detalhes, quando a execução requer rigorosa precisão, as dimensões podem ser dadas em milímetros. Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de não apresentar num mesmo desenho, duas unidades diferentes, centímetros e metros por exemplo.

As áreas podem e devem ser dadas em metros. Assim, procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas, como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em metros". As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito de um pavimento, etc. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação, medindo com o metro, a distância desejada.

Portanto, não são indicadas, para os desenhos de projetos executivos, as escalas de 1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização da trena de obra.

Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas indicadas corretamente.

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 27

A Figura 2.1 ilustra as principais propriedades das cotas.

Figura 2.1 – Utilização de cotas em desenho arquitetônico

MONTENEGRO (2001) aponta alguns erros comuns em cotas ilustrados na Figura 2.2.

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 28

As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do limite das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não impede que algumas cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações.

Assim os princípios gerais podem ser assim resumidos:

• As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de medida;

• As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm); • As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota;

• Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões;

• As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados ACIMA da linha de cota;

• Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de cota: • Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;

• Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura;

• Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se indicam em porcentagem.

2.4 Caligrafia Técnica

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 29 Figura 2.3 – Prescrições normativas para caligrafia técnica

2.5 Representação de Materiais

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 30 Concreto em vista Concreto em corte Mármore/granito em vista Madeira em vista Madeira em corte Aço em corte Isolamento térmico Argamassa Enchimento de piso

Borracha, neoprene ou mastique

Mármore/granito em corte

Figura 2.4 – Representação de materiais em desenho arquitetônico (NBR 6492:1994)

2.6 Elementos Construtivos: Vedações

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 31

b) vedações em concreto:

Figura 2.5 – Particularidades das vedações internas

2.7 Elementos Construtivos: Esquadrias - Portas

São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se necessário, procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado conforme a Figura 2.6.

de abrir/pivotante pivotante de correr eixo lateral eixo central externa/interna

pantográfica/ camarão sanfonada

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 32

Todas as portas e portões devem ser cotados, identificando-se sua largura e altura, de acordo com o seguinte:

a) Sempre na ordem “l x h” (largura por altura); b) Algarismos padronizados;

c) Posicionamento ao longo das folhas;

A Figura 2.7 ilustra a composição das dimensões.

80 x 210

Figura 2.7 – Representação das dimensões físicas das portas

2.8 Elementos Construtivos: Esquadrias - Janelas

São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas.

São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.

a) para escalas inferiores a 1:50:

b) para escala 1:50 (mais adotada):

c) convenção alternativa:

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 33

Todas as janelas devem ser cotadas em Planta Baixa, identificando-se sua largura, altura e peitoril (Figura 2.8), de acordo com o seguinte:

a) Sempre na ordem “l x h / p” (largura por altura sobre peitoril); b) Algarismos padronizados;

c) Posicionamento interno ou externo à construção (apenas uma opção em um projeto).

130 x 100

110

Figura 2.8 – Representação das dimensões físicas das janelas

Devem ser usadas no projeto dimensões encontradas em mercado caso as esquadrias sejam formadas por materiais metálicos (aço, alumínio, cobre) ou PVC.

Procura-se calcular as áreas de janelas com valor mínimo igual a 1/8 da área do cômodo para cozinhas, banheiros e lavabos; para salas e dormitórios pode-se usar o valor mínimo de 1/6 da área do cômodo para efeito de iluminação. Em relação à ventilação deve-se usar um mínimo de 50% da área de iluminação.

2.9 Níveis e Áreas das Dependências

Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis deve atender ao seguinte (Figura 2.9):

a) Colocados dos dois lados de uma diferença de nível; b) Evitar repetição de níveis próximos em planta;

c) Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); d) Algarismos padronizados pela NBR;

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 34

f) Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível; g) Indicação sempre em metros;

h) simbologia convencional:

+ 0,30

00 - 2,10

Figura 2.9 – Representação dos níveis

As áreas das dependências (dormitórios, garagens, cozinhas, etc.) devem ser indicadas abaixo do respectivo nome do cômodo em metros quadrados (m2):

SALA DE ESTAR GARAGEM

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 35

Projeto 03:

Considerando o projeto abaixo, já contruído, de uma casa de campo, pede-se propor uma solução de sua ampliação da seguinte forma:

 Inserir 2 dormitórios;

 Inserir 1 cozinha e 1 área de serviço;

 Informar no projeto a área regularizada (vedações existentes) e a regularizar (novas vedações) usando-se uma legenda;

 Desenhar as seguintes projeções: planta, frontal (fachada) e as laterais direita e esquerda do projeto alterado cotando-se todas as dimensões;

 Indicar as dimensões das esquadrias (usar catálogo de fabricante) considerando os valores mínimos de área para iluminação e ventilação (1/6 da área projetada para salas e dormitórios; 1/8 da área projetada para as demais dependências).

 Desenhar a planta de locação considerando o terreno com dimensões 12m x 25m levando-se em consideração os recuos mínimos frontal e lateral respectivamente de 4,0m e 1,5m;

 Considerar a construção existente alocada com o recuo mínimo frontal e centralizada no terreno em relação à dimensão lateral;

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Desenho Arquitetônico data:ago/2013 fl. 36

Planta arquitetônica sem escala da construção existente (dimensões em “cm”)

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Projeto 04:

Considerando um terreno com dimensões de 10m x 20m, projete um sobrado utilizando-se dos recuos estabelecidos abaixo considerando a necessidade dos utilizando-seguintes cômodos:

 Dois dormitórios;  Uma cozinha;  Uma sala;

 Uma área de serviço;  Um banheiro;

 Uma caixa de escadas;  Recuo Frontal: 4,0m;

 Recuos Laterais: Com janelas voltadas para os vizinhos: 2,5m. Sem janelas voltadas para os vizinhos: 2,0m.

Dimensione a cobertura em duas ou quatro águas usando-se telhas francesas com declividade mínima de 36%. Fornecer a planta da cobertura, da edificação, bem como as elevações frontais e laterais. Indicar as esquadrias usadas usando-se as medidas comerciais. Forneça todos os níveis e as dimensões de todas as paredes. Faça a representação da área de cada cômodo em metros quadrados (m2).

Referências

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