STEWARDSHIP
COUNCIL
INTERNATIONAL CENTER
PADRÃO FSC
PADRÃO FSC PARA AVALIAÇÃO, PELA EMPRESA,
DE MADEIRA CONTROLADA FSC
FSC-STD-40-005 (Versão 2-1)
©2006 Forest Stewardship Council A.C.
Todos direitos reservados
PADRÃO FSC PARA AVALIAÇÃO, PELA EMPRESA, DE
MADEIRA CONTROLADA FSC
FSC-STD-40-005 (Versão 2-1)
Aprovado em 4 de outubro de 2006 Pela Diretoria do FSC
Pequenas emendas aprovadas em abril de 2007 Pelo Diretor Executivo do FSC
©2006 Forest Stewardship Council, A.C. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste trabalho coberta pelos direitos autorais da organização responsável por
sua publicação pode ser reproduzida ou copiada sob qualquer forma ou por quaisquer meios (gráfico, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópia, gravação
áudio, ou serviços de recuperação de informação) sem permissão por escrito.
O Forest Stewardship Council (Conselho Mundial de Manejo Florestal – FSC) é uma organização não governamental independente e sem fins lucrativos com sede na cidade de
Bonn, Alemanha.
A missão do Forest Stewardship Council é apoiar o manejo economicamente viável, socialmente benéfico e ambientalmente adequado das florestas do planeta.
O FSC desenvolve, apoia e promove padrões regionais, nacionais e internacionais no âmbito da sua missão; avalia, credencia e monitora os organismos certificadores que fiscalizam a aplicação dos padrões FSC; disponibiliza informações e oferece programas de treinamento, e
Prefácio
Este padrão foi elaborado para permitir que as empresas possam evitar se envolver no comércio de madeira explorada ilegalmente, madeira cuja exploração implicou na violação de direitos civis e tradicionais, madeira obtida de florestas onde seu alto valor de conservação está ameaçado pelas atividades de manejo, madeira oriunda de florestas cujas terras estão sendo convertidas em plantações ou destinadas a outros usos que não o florestal, e madeira de florestas onde são plantadas árvores geneticamente modificadas.
O cumprimento deste padrão permite às empresas fornecer Madeira Controlada FSC para companhias detentoras de cadeia de custódia certificadas segundo o esquema FSC para fins de incorporá-la a material certificado FSC. Permite que as empresas demonstrem que estão desenvolvendo seus melhores esforços para evitar se envolver no comércio de madeira ilegal, apoiando dessa forma o programa
internacional de Comércio, Governança e Fiscalização das Leis Florestais. (FLEGT). Permite ainda às empresas iniciar a implementação de suas próprias políticas de compras responsáveis.
O documento FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para avaliação, pela empresa, de
Madeira Controlada FSC se destina a apenas a permitir que os fabricantes possam
evitar as categorias de madeira consideradas inaceitáveis para serem mescladas com madeira certificada FSC. Este padrão permite às empresas reduzir
significativamente o risco delas se envolverem com o comércio de madeira oriunda de fontes inaceitáveis.
As empresas de manejo florestal que desejarem fornecer Madeira Controlada FSC para empresas certificadas ou empresas em conformidade com este padrão deverão elas próprias cumprir com os requisitos do documento FSC-STD-30-010 FSC –
Padrão para Madeira Controlada FSC para empresas de manejo florestal. Notas sobre esta versão
Em setembro de 2004, a Diretoria do FSC avalizou um novo conjunto de padrões orientados a permitir que as empresas com certificação FSC pudessem comprar e fornecer, para fins de mesclar com produto certificado FSC, a madeira sem
certificação FSC mas com origem controlada (FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para
avaliação, pela empresa, de Madeira Controlada FSC e FSC-STD-30-010 FSC – Padrão para Madeira Controlada FSC para empresas de manejo florestal).
O termo ‘madeira controlada’ foi criado pelo FSC em 2004 para definir estes critérios de que permitem diferenciá-la da madeira ‘inaceitável’. Durante o ano de 2005, o escritório central do FSC (FSC International Center) foi incumbido de monitorar a aplicação e revisar os novos padrões de ‘Madeira Controlada FSC’, levando em consideração a experiência na sua implementação prática e a solução de questões pendentes.
A versão 2-0 do documento FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para avaliação, pela
empresa, de Madeira Controlada FSC foi desenvolvida após as considerar as
contribuições colhidas nas consultas públicas realizadas em julho de 2005, abril-maio de 2006, e agosto-setembro de 2006, e após a revisão pelo Grupo de Trabalho Técnico FSC em quatro reuniões realizadas em 2005 e 2006.
Esta versão 2-1 inclui emendas, aprovadas pelo Diretor Executivo em abril de 2007, para esclarecer algumas pequenas inconsistências da versão 2-0.
Nota sobre o uso deste padrão
Salvo onde informado diferentemente, todos os aspectos deste padrão são considerados como normativos, inclusive o escopo, a data efetiva do padrão, referências, termos e definições, tabelas e anexos.
Favor enviar comentários ou sugestões sobre este padrão para:
FSC International Center – Policy and Standards Program –
Sumário
A Escopo
B Data efetiva do padrão C Referências
D Termos e definições
Parte 1: Exigências do sistema de qualidade
1. Política da empresa 2. Procedimentos 3. Treinamento 4. Registros
Parte 2: Exigências para o fornecimento de Madeira Controlada FSC
5. Identificação do fornecedor
6. Insumos certificados FSC oriundos de fornecedores certificados FSC 7. Insumos de Madeira Controlada FSC oriundos de fornecedores
certificados FSC
8. Insumos de Madeira Controlada FSC oriundos de fornecedores sem certificação FSC
9. Insumos de madeira sem controle 10. Espécies listadas no CITES
Parte 3: Avaliação de risco e programa de verificação
11. Avaliação de risco
12. Programa de verificação para fornecimentos de madeira identificados como oriundos de fontes de baixo risco
13. Programa de verificação para fornecimentos de madeira oriundos de fontes sem informação de risco
14. Mecanismo de reclamação
Parte 4: Venda de Madeira Controlada FSC
15. Fornecimento de Madeira Controlada FSC
Anexos
Anexo 1 Glossário
Anexo 2 Critérios para avaliação de risco
Anexo 3 Exigências para o programa de verificação da empresa
A Escopo
Este padrão é para uso das empresas certificadas FSC que procuram evitar a compra de madeira explorada ilegalmente, madeira cuja exploração implicou na violação de direitos civis e tradicionais, madeira obtida de florestas cujo alto valor de conservação está ameaçado pelas atividades de manejo, madeira oriunda de
florestas cujas terras estão sendo convertidas em plantações ou destinadas a outros usos que não o florestal, e madeira de florestas onde são plantadas árvores
geneticamente modificadas. Este padrão deve ser aplicado à porção não certificada de um grupo de produtos (neste documento, denominada madeira) na fabricação, processamento, transformação e comercialização de produtos florestais que ostentam o selo FSC para produtos mistos. Também deverá ser aplicado às cadeias de custódia de comerciantes certificados que desejarem fornecer Madeira Controlada FSC para operações com cadeias de custódia certificadas FSC para fins de mesclá-la com materiais certificados FSC. Este padrão também pode ser
aplicado a produtos florestais não madeireiros (neste documento, denominada madeira).
Este padrão especifica exigências abrangentes para empresas que compram madeira de fornecedores sem certificação FSC por meio de um programa de verificação da própria empresa.
NOTA: O cumprimento das exigências deste padrão é obrigatório para todas as operações que possuam cadeias de custódia com certificação FSC que desejam incorporar material sem certificação em produtos ou grupo de produtos certificados pelo FSC, independentemente dessas operações serem ou não certificadas de acordo com o padrão FSC-POL-40-001 Política FSC para Declarações Baseadas
em Porcentagens ou conforme o Padrão FSC-STD-40-004 Padrão FSC para cadeia de custódia de empresas manufatureiras.
B Data efetiva do padrão
Esta versão 2-0 do documento FSC-STD-40-005 foi aprovada pela Diretoria do FSC. Foi redigida segundo considerações apresentadas pelo Grupo de Trabalho Técnico FSC em quatro reuniões em 2005 2 2006 e levando em conta os comentários das partes interessadas obtidos nas consultas públicas realizadas em julho de 2005, abril-maio de 2006 e agosto-setembro de 2006.
A data efetiva do padrão é 1o de janeiro de 2007 para empresas de processamento primário e 1o. de janeiro de 2008 para empresas de processamento secundário e também para pequenas empresas.
Data efetiva
A data ‘efetiva’ de um documento normativo especifica a partir de que data a nova (versão) norma deverá ser usada pela organização certificadora para avaliação de seu cumprimento pelos usuários-alvo especificados no ‘escopo’ do padrão. Isso significa que um processador primário, que atualmente tenha certificado de cadeia de custódia e que fabrica produtos mistos FSC, será avaliado de acordo com este padrão durante a auditoria anual de 2007.
Processadores primários
Para efeito desta norma, processadores primários são os que envolvem a
Nota: Um pátio de toras que está fornecendo madeira roliça como produto de suas operações não é considerado um processador primário.
C Referências
FSC-STD-40-004 Padrão FSC para cadeia de custódia de empresas manufatureiras. FSC-STD-30-010 FSC – Padrão para Madeira Controlada FSC para empresas de manejo florestal.
FSC-STD-01-003 Critérios de elegibilidade SLIMF.
FSC-POL-30-401 A Certificação FSC e as Convenções da OIT
D Termos e Definições
Termos e definições são objeto do documento FSC-STD-01-002 FSC glossário de
termos. Definições chave pertinentes a este padrão são apresentadas no Anexo 1.
Parte 1: Exigências do sistema de qualidade 1. Política da empresa
1.1 A empresa deve ter um compromisso por escrito, avalizado pelo mais alto nível da administração e disponível ao público, descrevendo suas políticas no sentido de implementar seus melhores esforços para evitar a compra e/ou venda de madeira ou fibra de madeira (neste documento denominada madeira) das seguintes categorias:
a) madeira oriunda de exploração ilegal;
b) madeira cuja exploração implicou na violação de direitos civis e
tradicionais;
c) madeira obtida de florestas cujo alto valor de conservação está
ameaçado pelas atividades de manejo;
d) madeira oriunda de florestas cujas terras estão sendo convertidas em
plantações ou destinadas a outros usos que não o florestal, e
e) madeira de florestas onde são plantadas árvores geneticamente
modificadas.
2. Procedimentos
2.1 A empresa deve dispor de procedimentos e/ou instruções de trabalho cobrindo todos os elementos aplicáveis especificados neste padrão.
3. Treinamento
3.1 A empresa deve especificar as exigências de treinamento para todos os funcionários envolvidos na implementação deste padrão.
3.2 O treinamento deve ser oferecido na forma apropriada e especificada a todos os funcionários.
3.3 A empresa deve manter os registros dos treinamentos oferecidos aos funcionários relacionados com a implementação deste padrão.
4. Registros
4.1 A empresa deve manter registros que demonstrem o cumprimento das exigências aplicáveis deste padrão. Esses registros devem ser mantidos por um período de no mínimo cinco anos.
Pare 2: Exigências para Madeira Controlada FSC 5. Identificação do fornecedor
5.1 A empresa deve classificar os seus fornecedores em:
a) Madeira certificada FSC (veja Seção 6);
b) Madeira Controlada FSC de empresas certificadas de acordo com o padrão FSC-STD-30-010 ou FSC-STD-40-005 (veja Seção 7);
c) Madeira incluída no programa de verificação de Madeira Controlada FSC da própria empresa (veja seções 8 e 11 a 13);
d) Madeira sem controle.
5.2 A empresa deve manter uma lista atualizada de todos os seus fornecedores de madeira ou de produtos florestais incluídos no programa de verificação de Madeira Controlada FSC da própria empresa. Para cada fornecedor a empresa deve anotar:
a) o nome e o endereço do fornecedor;
b) uma descrição da madeira fornecida;
c) a espécie e o volume da madeira fornecida e a respectiva documentação de compra.
6. Insumos Certificados FSC provenientes de fornecedores certificados FSC
6.1 Para fornecimentos de material certificado FSC a empresa deve garantir que:
b) toda madeira fornecida como certificada FSC é acompanhada de documentação que inclui referência a cada lote de produção e/ou à respectiva documentação de transporte, de forma a permitir vincular os produtos fornecidos à respectiva fatura;
c) a documentação de transporte e as faturas emitidas para o material fornecido devem conter o número do certificado FSC da empresa.
6.2. A empresa deve verificar que o fornecedor é detentor de um certificado FSC válido.
7. Insumos de Madeira Controlada FSC provenientes de fornecedores certificados para entregar Madeira Controlada FSC
7.1 Para fornecimentos de Madeira Controlada FSC a empresa deve garantir que:
a) toda madeira fornecida como Madeira Controlada FSC por
fornecedores certificados de Madeira Controlada FSC é claramente identificável como tal;
b) toda madeira fornecida como Madeira Controlada FSC é
acompanhada por documentação que claramente identifica o lote de cada produto e/ou a respectiva documentação de transporte é
suficiente para estabelecer um vínculo entre a fatura e os produtos fornecidos;
c) a documentação de transporte e as respectivas faturas relativas ao material fornecido devem trazer anotado o código de Madeira Controlada FSC da empresa fornecedora.
7.2 A empresa deve verificar que o fornecedor possui um certificado FSC de cadeia de custódia válido que inclui no seu escopo Madeira Controlada, ou um certificado de Madeira Controlada FSC válido.
NOTA: O código de Madeira Controlada do fornecedor deve ser declarado nos documentos de compra de Madeira Controlada FSC.
8. Insumos de Madeira Controlada FSC proveniente de fornecedores sem certificação FSC
8.1 Para fornecimentos de madeira incluída no programa de verificação de Madeira Controlada FSC da própria empresa, a empresa deve:
a) determinar e manter registros do país e distrito de origem da madeira fornecida;
Distrito
FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para avaliação, pela empresa, de Madeira Controlada FSC em
nível nacional ou regional, ou seja, num nível supranacional.
b) garantir que a documentação exigida para demonstrar o distrito de origem da madeira fornecida seja mantida devidamente arquivada. Isso deveria incluir os documentos exigidos por lei para o transporte e para provar a compra da madeira da unidade de manejo florestal de origem;
c) especificar e implementar um processo regular de auditoria para verificar a autenticidade da documentação especificada para confirmar o país e o distrito de origem da madeira.
Como as condições irão variar entre regiões diferentes, países diferentes e mesmo dentro de um mesmo país, podendo ainda variar de acordo com o tamanho e número de fornecedores, não seria adequado que este padrão estabelecesse um período específico para se verificar a autenticidade dos documentos considerados no item 8.1 c). A empresa deve estabelecer esse período com base nas condições nela vigentes, mas terá que apresentar ao organismo certificador as razões que levou em conta para adotar um certo período.
9. Insumos de madeira não controlada
9.1 Para os fornecedores de madeira não controlada a empresa deve
estabelecer um sistema que garanta que essa madeira não vai contaminar a madeira que é controlada de acordo com as exigências descritas neste padrão, ou madeira certificada segundo o esquema FSC.
10. Espécies incluídas no CITES
10.1 Independentemente de o fornecedor ser ou não certificado segundo o esquema FSC, todos os fornecimentos de madeira para exportação de qualquer espécie listada no Anexo 1, 2 ou 3 da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e Fauna Silvestre
(Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora - CITES) deve ser acompanhada das licenças ou permissões de
exportação aplicáveis1
Parte 3: Avaliação de risco e programa de verificação
Esta parte do documento FSC-STD-40-005 se aplica às empresas que compram madeira de fornecedores não certificados pelo FSC e que desejam desenvolver e implementar seu próprio programa de verificação de Madeira Controlada FSC
11. Avaliação de Risco
11.1 Para fornecedores incluídos no programa de verificação de Madeira
Controlada FSC da própria empresa, a empresa deve determinar se o distrito de origem é de fato uma área de baixo risco para fontes inaceitáveis,
conforme descrito na Seção 1.1, de acordo com a abordagem e os critérios especificados no Anexo 2 deste padrão.
1
NOTA: A avaliação de risco realizada pela empresa deve ser revisada por uma organização certificadora credenciada pelo FSC quanto à sua suficiência e/ou adequação técnica.
11.2 Os resultados da avaliação de risco realizada pela empresa devem se tornar disponíveis publicamente.
NOTA: O FSC vai publicar no Registro de Riscos FSC todos os resultados das avaliações de risco das empresas certificadas de acordo com o padrão
FSC-STD-40-005.
11.3 Quando houver dúvidas se um distrito é ou não de baixo risco, esse distrito deve ser classificado como sendo de risco desconhecido.
12. Programa de verificação para fornecimentos de madeira identificados como sendo de fontes de baixo risco
12.1 Madeira proveniente de fontes que tenham sido identificadas como de baixo risco para todas as categorias listadas na Seção 1.1 acima, e que tenha sido incluída no programa de verificação da empresa, pode ser tratada pela empresa como Madeira Controlada FSC.
12.2 Todos os outros tipos de madeira incluídos no programa de verificação da empresa, que não tenham sido identificados como provenientes de fontes de baixo risco, devem ser avaliados de acordo com as exigências especificadas na Seção 13 deste padrão.
13. Programa de verificação de fornecimentos de madeira de fontes de risco desconhecido
13.1 Para toda madeira proveniente de fontes cujo risco não pode ser confirmado como sendo baixo, a empresa deve incluir a unidade de manejo florestal de origem no seu programa de verificação e confirmar que essa fonte cumpre com as exigências especificadas no Anexo 3.
NOTA: O programa de verificação da empresa deve ser auditado por uma organização certificadora credenciada pelo FSC pelo menos uma vez por ano.
13.2 Quando solicitados, os resultados das avaliações de campo do programa de verificação da empresa devem estar disponíveis aos organismos
certificadores credenciados pelo FSC. Esses resultados devem incluir a descrição de quaisquer não-conformidades e/ou ações corretivas
identificadas pelo programa de verificação da empresa.
13.3 Quando existir orientação e/ou interpretação por parte do FSC Internacional (FSC International Center), Escritórios Regionais do FSC, e/ou de Iniciativas Nacionais reconhecidas pelo FSC, esta orientação e/ou interpretação deve ser usada pela empresa nos casos de fornecimentos de madeira cujas fontes não podem ser confirmadas como sendo de baixo risco.
14. Mecanismo de reclamações
consideradas de baixo risco ou não. Este mecanismo deve incluir, no mínimo, os seguintes pontos:
a) avaliação, dentro de duas semanas de seu recebimento, das evidenciais nas quais se baseia a reclamação;
b) verificação de campo, dentro de dois meses do recebimento da reclamação, nos casos em que a evidência for considerada relevante;
c) procedimentos para excluir fornecimentos e fornecedores da categoria de Madeira Controlada FSC da empresa, nos casos em que for encontrada qualquer não-conformidade com as exigências da Madeira Controlada FSC;
d) procedimentos para garantir que o fornecedor somente estará apto a fornecer Madeira Controlada FSC após comprovar que cumpriu com as exigências da Madeira Controlada FSC;
e) registros de todas as reclamações recebidas e as respectivas medidas tomadas para seu encaminhamento.
14.2 A empresa deve informar às instâncias competentes - Iniciativa Nacional reconhecida pelo FSC, o Escritório Regional FSC, ou o Organização certificadora credenciada pelo FSC – sempre que houver uma não-conformidade em relação às exigências da Madeira Controlada FSC em áreas consideradas como de baixo risco.
14.3 A empresa deverá rever sua avaliação de risco sempre que os casos de não-conformidade em relação às exigências da Madeira Controlada FSC em áreas classificadas como de baixo risco se tornarem freqüentes.
Parte 4: Venda de Madeira Controlada FSC 15. Fornecimento de Madeira Controlada FSC
15.1 Toda e qualquer empresa fornecedora de Madeira Controlada FSC deve possuir um certificado FSC de cadeia de custódia válido, devidamente emitido por um Organização certificadora credenciada pelo FSC.
15.2 A empresa deve incluir as seguintes informações em todas as faturas emitidas na venda de Produtos Florestais Controlados FSC:
a) o nome e o endereço do comprador;
b) a data de emissão da fatura;
c) a descrição do produto;
d) a quantidade de produtos vendidos;
e) referência ao lote de produção e/ou relacionada com a documentação de transporte, que permita vincular a fatura aos produtos recebidos pelo cliente;
Anexo 1: Glossário
Área florestal de baixo risco. Áreas florestais classificadas como tendo um risco
baixo de fornecer madeira das categorias listadas na Seção 1.1. do documento
FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para avaliação, pela empresa, de Madeira Controlada FSC.
Áreas de alta biodiversidade sob ameaça (biodiversity hotspots). As 25 áreas
definidas pela organização Conservation International como sendo os repositórios mais ricos e ameaçados da flora e fauna da Terra.
Árvore geneticamente modificada (GM). OGM derivado de uma espécie arbórea2 Comunicação empresa-empresa (1?). Uma declaração feita sobre um produto
onde a informação dada sobre o produto é dirigida exclusivamente a outras
empresas que têm interesse em usar o produto para comércio ou para subseqüente processamento. Comunicações empresa-empresa excluem declarações feitas ao consumidor final e o uso da marca registrada nos impressos e formulários com papel timbrado da empresa.
Comunicação empresa-empresa (2?). Uma declaração feita sobre um produto
apenas nos documentos de venda e de transporte, onde a informação dada sobre o produto se destina exclusivamente a outras empresas que têm interesse em usar o produto para comércio ou para subseqüente processamento. A comunicação empresa-empresa não inclui portais da Internet, folhetos de amostra, catálogos de cores (swatch books), volantes de propaganda, catálogos, cartazes, propagandas, folhas de especificações técnicas, listas de preço, material para promoção em feiras e mostras e outros para fins promocionais, declarações feitas aos consumidores finais e impressos com papel timbrado da empresa.
Direitos civis. Direito ou direitos que são devidos à pessoa em razão de sua
cidadania. Os direitos que toda e qualquer pessoa tem na sociedade, como por exemplo, o de ser tratada com igualdade, poder votar, trabalhar, etc.
Direitos tradicionais. Direitos que resultam de uma longa serie de ações
costumárias ou habituais, repetidas constantemente, e que, devido a essa repetição e aceitação ao longo do tempo, adquirem força de lei no âmbito de uma unidade sociológica ou geográfica. Também conhecidos como direitos costumários ou consuetudinários (Princípios e Critérios do FSC, fevereiro de 2000).
Distrito. Definição geográfica genérica dentro de um país de uma área que tem
características similares e risco similar para as categorias de madeira controlada e de onde a madeira é comprada. Pode ser um município, localidade ou bacia hidrográfica e, normalmente, é um subconjunto de uma ecoregião.
Documentação de venda e transporte. Documentos usados nas transações
comerciais entre vendedores e compradores onde estão incluídas as especificações e descrições dos produtos. A documentação de venda e transporte pode incluir a confirmação de pedidos, faturas, notas de entrega e romaneios.
2
Clones, híbridos formados por processos naturais, ou os produtos obtidos por
Ecoregião Global 200. Uma região identificada com base na riqueza de espécies,
endemismo, elevada singularidade taxonômica, fenômenos evolucionários e ecológicos extraordinários e raridade global do principal tipo de habitat (WWF International, The Global 200 Ecoregions).
Ecoregião. Uma grande área de terra ou de água que contêm um conjunto
geograficamente distinto de comunidades naturais que:
(a) compartilham a grande maioria das espécies e a dinâmica de sua ecologia; (b) apresentam condições ambientais semelhantes, e
(c) as espécies interagem ecologicamente de várias formas que são críticas para a sua persistência em longo prazo.
(WWF - http://www.worldwildlife.org/science/ecoregions.cfm)
Empresa. A entidade que cumpre com este padrão. Empresa fornecedora. Veja “fornecedor”.
FAVC – Florestas de Alto Valor de Conservação. Florestas de Alto Valor de
Conservação são aquelas que têm um ou mais dos seguintes atributos:
a) áreas florestais que, do ponto de vista global, regional ou nacional, contêm concentrações significativas de valores da biodiversidade (por exemplo, endemismo, espécies ameaçadas, refúgios de flora e fauna); e/ou florestas importantes do ponto de visa da paisagem, incorporando a unidade de manejo florestal ou situada dentro dela, onde as populações viáveis da maior parte - senão de todas as espécies que aí ocorrem naturalmente – existem em abundância e em padrões naturais de distribuição;áreas florestais; b) que são ou contêm ecossistemas raros; ameaçados ou em perigo de
extinção
c) áreas florestais que fornecem serviços ambientais básicos em situações críticas (como por exemplo, proteção de mananciais, controle de erosão); d) áreas florestais fundamentais para atender as necessidades básicas de
comunidades locais (como por exemplo, subsistência, saúde) e/ou que são críticas para a identidade cultural tradicional das comunidades locais (áreas de significância cultural, ecológica, econômica ou religiosa identificadas em cooperação com essas comunidades locais).
Fonte. Veja “Origem”.
Fornecedor. A empresa ou indivíduo que oferece um bem ou presta um serviço. Madeira Controlada FSC. Madeira que é identificada por uma empresa para
diferenciá-la das categorias de madeira listadas na Seção 1.1. do documento
FSC-STD-40-005 FSC – Padrão para avaliação, pela empresa, de Madeira Controlada FSC.
Madeira explorada ilegalmente. Madeira que foi explorada em violação às leis
aplicáveis à exploração florestal da área ou jurisdição, inclusive a obtenção de direitos de exploração junto ao legítimo dono, os métodos de exploração empregados, e o pagamento de todas as taxas e direitos devidos.
Marcas de identificação e separação. Marcas ou etiquetas usadas para a
venda (local físico onde o produto é oferecido para venda) ou para fins promocionais perante clientes e o público em geral.
Material de ponto de venda. Material de promoção e propaganda exibido em lojas,
vitrines, show rooms etc. nos locais específicos onde os produtos são oferecidos para venda aos consumidores finais
No produto (on-product).Termo aplicado a qualquer rótulo, embalagem ou
marcação aplicada ao produto. Exemplos de rótulos ou marcações no produto
(on-product) Incluem etiquetas de produtos, marcação silk screen, marcação a fogo,
embalagens de varejo para artigos miúdos (como por exemplo, lápis), embalagens de proteção e filmes plásticos.
Organismo geneticamente modificado (OGM). Organismo biológico que foi
levado por diferentes meios a sofrer alterações genéticas estruturais (Princípios e Critérios do FSC, Fev. de 2000).
Origem. Área florestal onde as árvores para a produção de madeira ou fibra foram
colhidas.
Paisagem Florestal Intacta. A Uma paisagem florestal intacta é uma área dentro
da zona florestal, de no mínimo 500 km2 de superfície e com uma largura mínima de 10 km (diâmetro do círculo inscrito) que contem ecossistemas florestais e não florestais minimamente afetados por atividade antrópica.
Pequenas empresas. Empresas que:
i. têm até 15 empregados (computados funcionários tempo integral, tempo parcial e sazonais), ou
ii. têm até 25 empregados e um faturamento anual inferior a US$1,000,000.
Porção muito limitada. A área afetada não deve exceder a 0,5% da área da UMF
(unidade de manejo florestal) quando considerado qualquer período de um ano, e nem afetar mais que 5% da área da UMF.
Povos indígenas. "Os atuais descendentes dos povos que habitavam o território de
um país, total ou parcialmente, quando pessoas de uma cultura ou origem étnica distinta lá chegaram vindas de outras partes do mundo, os suplantaram e, por conquistas, colonização ou outros meios, os reduziram a uma situação não dominante ou de subordinação colonial; que hoje vivem mais de acordo com suas tradições e costumes sociais, econômicos e culturais particulares do que conforme as instituições do país do qual fazem parte, permanecendo sob uma estrutura oficial que incorpora sobretudo as características nacionais, sociais e culturais de outros segmentos da população que são dominantes.” (definição de trabalho adotada pelo Grupo de Trabalho sobre Povos Indígenas da ONU)(Princípios e Critérios do FSC, fevereiro de 2000). A Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz respeito aos povos Indígenas e Tribais e se aplica às definições e provisões deste padrão.
Procedimento. Uma maneira especificada de se executar uma atividade ou
processo. Os procedimentos podem ser documentados ou não.
SLIMF (operação florestal de pequena escala ou de baixa intensidade de manejo). Uma unidade de manejo florestal que cumpre com os requisitos
de procedimentos mais expeditos. Os requisitos aplicáveis do FSC para esse tipo de operação estão definidos no documento FSC-STD-01-003 Critérios de
elegibilidade SLIMF.
Uso promocional. Termo aplicado a todas as afirmações, declarações, marcas
registradas e outras formas afins usadas para promover produtos, empresas ou organizações, envolvendo propaganda, publicidade, vendas ou atividades de relações públicas, mas excluindo os elementos englobados na categoria definida como no produto (on-product).
Violação de direitos tradicionais. Desrespeito aos direitos costumários locais. Violação dos Direitos Civis. Desrespeito ao direito ou direitos que uma pessoa
Anexo 2: Abordagem e critérios para avaliação de risco
Para os fins a que se destina este deste padrão, a Avaliação de Risco exige que se adote uma abordagem cautelosa. Dessa forma, uma determinada área localizada em qualquer parte do mundo é considerada como sendo de alto risco, até que se possa provar, por meio de uma avaliação de risco adequada de acordo com as exigências da Seção 1.1 deste padrão, que essa área é de baixo risco.
A Avaliação de Risco deve se iniciar na escala adequada de maior amplitude. Se as condições de uma determinada escala não forem suficientemente homogêneas para que se possa estabelecer, de acordo com todas as exigências da Seção 1.1, que o risco é baixo, deve-se passar para uma escala menor. A Avaliação de Risco deve prosseguir em escalas cada vez menores até que as condições sejam
suficientemente homogêneas. Pode ser que, sob certas condições homogêneas , a designação de risco seja feita em nível nacional, enquanto que, sob condições mais heterogêneas, a designação do risco seja possível apenas em nível de distrito ou nível local e/ou em nível de subconjuntos de ecoregiões.
Os seguintes critérios e indicadores devem ser usados pelas empresas para determinar se o distrito de origem pode ser considerado de baixo risco, de acordo com as exigências da Seção 1.1 deste padrão. Ao empregar os critérios aqui apresentados, as empresas devem também considerar as informações disponíveis no Registro de Riscos do FSC como orientação. As empresas podem também buscar ajuda das Iniciativas Nacionais credenciadas pelo FSC em seus respectivos países, ou dos Escritórios Regionais do FSC para determinar se um distrito de origem é de baixo risco.
O Registro de Riscos do FSC vai se constituir num ponto central de informação para avaliação de risco para Madeira Controlada FSC. Vai contribuir para a transparência e credibilidade dos certificados de Madeira Controlada FSC, na medida em que esse Registro vai tornar público todos os resultados das avaliações de risco das
empresas certificadas de acordo com o documento FSC-STD-40-005 FSC – Padrão
para avaliação, pela empresa, de Madeira Controlada Forest Stewardship Council .
Além disso, o Registro de Riscos do FSC será uma fonte de informações relevantes para a realização de avaliações de risco, inclusive ferramentas para implementá-las.
A Requisitos gerais
1. Para cada categoria de Madeira Controlada FSC, conforme detalhado na Parte 1, Seção 1.1, deste padrão, uma avaliação de risco deveria se iniciar pela escala relevante mais ampla, que normalmente seria a escala nacional ou estadual. Se uma determinação de baixo risco confiável pode ser feita em nível nacional ou estadual, não há necessidade de se realizar outra avaliação num nível mais baixo (por exemplo, no nível de distrito). Uma avaliação de risco num nível mais baixo, como o de um distrito, somente é necessária quando não se pode obter uma avaliação confiável de baixo de risco numa escala maior (por exemplo, nacional ou estadual).
2. Sempre quando houver uma interpretação ou orientação referente ao Anexo 2 fornecida por uma Iniciativa Nacional credenciada pelo FSC, essa
interpretação deve prevalecer. Para obter uma lista das Iniciativas Nacionais, por favor, acesse o site do FSC (www.fsc.org)
necessidade de se implementar os procedimentos descritos no Anexo 3 (em nível da UMF), a menos que haja evidências suficientes que uma fonte específica não atende as exigências de Madeira Controlada FSC, conforme detalhado na Parte 1, Seção 1.1, deste padrão.
Os títulos (category headings) apresentados para cada uma das categorias de Madeira Controlada FSC não são normativos no âmbito deste padrão. Os critérios dentro de cada categoria é que são as declarações normativas que definem as exigências para Madeira Controlada FSC dentro dos limites dessas classes amplas de categorias (por exemplo, ‘Madeira explorada em violação de direitos civis e tradicionais) é a classe de categoria, enquanto os critérios cobrem subconjuntos de tais direitos que são específicos da exploração florestal e dentro do escopo de influência de uma UMF, como direitos dos trabalhadores e direitos das populações indígenas.
B. Exigências Específicas para cada categoria de Madeira Controlada FSC 1. Madeira Explorada Ilegalmente
Exploração ilegal de madeira é um termo potencialmente abrangente que é difícil de ser definido. Para fins de se avaliar risco em um dado distrito, o termo necessita ser interpretado de tal forma que seja mensurável e que tenha um significado definido. Uma área deve ser considerada como de risco desconhecido quando a exploração ilegal se constitui numa ameaça à floresta, às pessoas e às comunidades.
Pequenas infrações e algumas questões de pouca relevância, como por exemplo, pequenos desvios na localização geográfica da área a ser explorada, atraso na preparação da documentação, ou pequenas infrações relacionadas com transporte não deveriam caracterizar uma operação ou um distrito como sendo de risco desconhecido.
É pouco provável que a exploração ilegal de madeira ocorra de forma sistemática em áreas onde exista boa governança no que diz respeito às questões relacionadas com a floresta. Por essa razão, alguns critérios relacionados com governança são usados para avaliar o risco de exploração ilegal de madeira para um determinado distrito. Inicialmente esses critérios irão incluir:
- Nível percebido da corrupção relacionada com as atividades florestais; - Grau de transparência das informações que, se tornadas públicas, poderiam
revelar ou reduzir a exploração ilegal de madeira;
- Grau em que dados essenciais e documentos relevantes sobre exploração ilegal de madeira existem e são de qualidade satisfatória;
- Relatórios independentes sobre exploração ilegal de madeira.
Exigências relacionadas com madeira explorada ilegalmente
Exemplos de fontes de informação3
1. O distrito de origem pode ser considerado de baixo risco em relação à exploração ilegal quando todos os indicadores relativos à governança florestal listados abaixo estão presentes:
1.1 Evidências de fiscalização no distrito do Iniciativas Nacionais FSC (contato com
3
Exigências relacionadas com madeira explorada ilegalmente
Exemplos de fontes de informação3
cumprimento das leis relacionadas à exploração florestal.
1.2 Existem evidências no distrito que demonstram a legalidade do corte das árvores e das compras de madeira que incluem sistemas robustos e eficazes de concessão de licenças e autorizações de corte.
1.3 Existe pouca ou nenhuma evidência ou relatos de exploração ilegal de madeira no distrito de origem.
1.4 Existe um baixo grau de percepção de corrupção relacionada com a emissão ou concessão de autorizações de corte e com outras áreas da fiscalização da exploração florestal e do comércio de madeira.
www.fsc.org);
The Royal Institute of International Affairs (www.illegal-logging.org);
Environmental Investigation Agency (www.eia-international.org);
Global Witness: (www.globalwitness.org); Telapak (for Indonesia - www.telapak.org); UK Government’s Department for
International Development (DFID) EU FLEGT process:
http://ec.europa.eu/comm/development/bod y/theme/forest/initiative/index_en.htm
Transparency international index (www.transparency.org) Percepção de corrupção
WWF (www.panda.org);
Perfis regionais e de países da ELDIS (www.eldis.org)
www.cites.org
NGOs e partes interessadas envolvidas
2. Madeira cuja exploração implicou na violação de direitos civis e tradicionais
Direitos civis são os direitos que toda pessoa tem numa sociedade, como por exemplo, o de ser tratada com igualdade, poder votar e trabalhar. Esses direitos usualmente constam da constituição do país.
Direitos tradicionais são direitos que resultam de uma longa serie de ações
costumarias ou habituais, repetidas constantemente, e que, devido a essa repetição e aceitação ao longo do tempo, adquirem força de lei no âmbito de uma unidade sociológica ou geográfica. Um exemplo de direito tradicional relacionado com florestas é o acesso de comunidades locais a áreas florestais para visitar locais sagrados ou de ritos religiosos.
Exigências relacionadas com madeira explorada em violação de direitos tradicionais ou direitos civis
Exemplos of de fontes de informação4
2. O distrito de origem pode ser considerado de baixo risco em relação à violação de direitos tradicionais, civis, ou coletivos quando todos os indicadores listados abaixo estão presentes:
2.1 Não existe nenhuma proibição do Por exemplo, isso foi aplicado à Libéria a
4
Exigências relacionadas com madeira explorada em violação de direitos tradicionais ou direitos civis
Exemplos of de fontes de informação4
Conselho de Segurança da ONU quanto às exportações de madeira do país em questão;
partir de julho de 2003
(www.un.org/esa/africa/UNNews_Africa/timb er.htm)
Global Witness www.globalwitness.org
2.2 O país ou distrito não foi designado como uma fonte de madeira de conflito (como por exemplo, a classificação USAID madeira de conflito tipo 1);
Relatório final do painel de especialistas sobre a exploração ilegal de recursos naturais e outras formas de riqueza na República Democrática do Congo, 2002, Anexos I e III (S/2002/1146)
www.naturalresources.org/minerals/CD/docs/ other/N0262179.pdf
Madeira de Conflito: Dimensões do Problema na Ásia e África. Volume I.
Relatório Síntese. Junho de 2003, disponível no site:
www.usaid.gov/hum_response/oti/pubs/vol1s ynth.pdf
2.3 Não há evidência de ocorrências de trabalho infantil ou violação dos Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho da OIT nas áreas florestais do distrito em questão.
Iniciativas Nacionais e Escritórios Regionais do FSC (contato com www.fsc.org)
Escritórios da OIT nos países
2.4 Existem processos5 eqüitativos e reconhecidos para resolver conflitos de grande magnitude relativos aos direitos tradicionais, inclusive direitos de uso,
interesses culturais ou de identidade cultural tradicional no distrito em questão6;
Iniciativas Nacionais e Escritórios Regionais do FSC (contato com www.fsc.org)
Organizações de Populações Indígenas Associações de comunidades locais Registro de riscos
Fontes Nacionais (por exemplo, registros de disputas de terras encerradas ou em
andamento, resumo de decisões judiciais) 2.5 Não há evidência de ocorrências de
violação da Convenção 169 da OIT sobre Populações indígenas e Povos Tribais nas áreas florestais do distrito em questão
Iniciativas Nacionais e Escritórios Regionais do FSC (contato com www.fsc.org)
Escritórios da OIT nos países
3. Madeira obtida de floresta cujos altos valores de conservação são ameaçados pelas atividades de manejo
5 Um processo dotado de meios efetivos de recurso e/ou que não contenha injustiças inerentes ou que
não apresente desequilíbrio estrutural intransponível. Exemplos desse tipo de processo incluem: negociações sobre disputa de terras, procedimentos judiciais e negociações de tratados.
6
Para a avaliação de risco desta categoria, a empresa deve primeiramente avaliar se existem altos valores de conservação ameaçados em nível da ecoregião. Se existirem altos valores de conservação ameaçados em nível de ecoregião, a empresa deverá avaliar como as atividades de manejo florestal afetam esses AVCs em nível de distrito.
NOTA: O termo “ameaça” no contexto deste padrão significa uma probabilidade incerta de sobrevivência continuada ou presença de Altos Valores de Conservação (AVCs) em nível de ecoregião.
O risco das atividades de manejo florestal ameaçar os Altos Valores de
Conservação (AVCs) numa floresta será maior se a) houver uma abundância de altos valores de conservação (tais como diversidade genética, diversidade de
espécies, ausência de ação antrópica, endemismo, e diversidade de ecossistemas e habitats) na ecoregião, e/ou b) os Altos Valores de Conservação (AVCs) já estão sob ameaça na ecoregião. Várias organizações têm despendido esforços
consideráveis na identificação dessas áreas do planeta (ecoregiões ou complexos de ecoregiões) que são uma prioridade para conservação devido à abundância dos Altos Valores de Conservação (AVCs) já mencionados e as ameaças a que estão sujeitos.
Dois indicadores são apresentados nesta seção para se determinar o risco
relacionado a Altos Valores de Conservação (AVCs). Para o primeiro, ecoregiões que estão ameaçadas podem ser identificadas por meio de informações já
existentes que fazem referência, mas não se limitam a eles, aos trabalhos do WWF, Conservation International, IUCN, WRI e Greenpeace. O segundo indicador (a presença de um forte sistema de proteção) é incluído para identificar as áreas que podem ser consideradas de baixo risco devido a esquemas de proteção, como áreas protegidas, sistemas legais e fiscalização que garantem a presença continuada de Altos Valores de Conservação (AVCs) na ecoregião.
Os Altos Valores de Conservação (AVCs) que proporcionam serviços ambientais básicos em situações críticas e aqueles que são fundamentais para atender as necessidades básicas de comunidades locais podem ser considerados de baixo risco, se os indicadores 3.1 e/ou 3.2 forem satisfeitos e se o indicador 2.4 deste anexo for também atendido. Em outras palavras, existem processos reconhecidos e eqüitativos para resolver conflitos de grande magnitude relativos aos direitos
Exigências relacionadas com madeira proveniente de florestas nas quais os altos valores de conservação estão ameaçados pelas atividades de manejo florestal
Exemplos of de fontes de informação 7
3. O distrito de origem pode ser considerado de baixo risco em relação à ameaça aos altos valores de conservação se:
a) o indicador 3.1 é atendido; ou
b) o indicador 3.2 elimina (ou remedia bastante) a ameaça que paira sobre o distrito de origem pelo não atendimento do indicador 3.1.
3.1 As atividades de manejo florestal no nível considerado (ecoregião, subecoregião, ou local) não ameaçam os altos valores de conservação significativos da ecoregião.
Documentação do FSC sobre AVCs: www.fsc.org
Definição e informações sobre ecoregião:
http://www.worldwildlife.org/science/ecoregion s.cfm
As regiões identificadas pela Conservation International como Áreas de Alta
Biodiversidade sob Ameaça (Biodiversity
Hotspot) (ou) Os ecossistemas e
comunidades que estão explicitamente identificados pela Conservation International como uma componente chave de uma
Biodiversity Hotspot.
As regiões de florestas, cerrados, ou mangues identificadas pelo WWF como uma das Global
200 Ecoregions e avaliadas como tendo um
status, do ponto de vista de conservação, de ameaçadas ou críticas. Se a Ecoregião Global 200 compreender mais do que uma única região terrestre, uma ecoregião no âmbito da Ecoregião Global 200 pode ser considerada de baixo risco quando a subecoregião é avaliada como tendo um Status de Conservação diferente de ”ameaçada/crítica.”
As regiões identificadas pela IUCN como um
Centro de Diversidade de Flora.
As regiões identificadas pela Conservation International como uma Área Silvestre de Alta
Biodiversidade que são florestas e contêm
ecossistemas florestais contíguos com superfície superior a 500 km2.
As regiões identificadas pelo WRI como
Floresta de Fronteira;
Paisagens Florestais Intactas, como identificadas pelo Greenpeace (www.intactforests.org)
7
Exigências relacionadas com madeira proveniente de florestas nas quais os altos valores de conservação estão ameaçados pelas atividades de manejo florestal
Exemplos of de fontes de informação 7
3.2 Existe um forte sistema de proteção (áreas protegidas efetivamente e legislação) que garante a sobrevivência dos AVCs na ecoregião.
SXIniciativas Nacionais FSC Signatários da Convenção sobre Biodiversidade
https://www.biodiv.org/world/parties.asp e progresso demonstrável no estabelecimento de uma rede de áreas protegidas, como uma análise global positiva no relatório temático mais recente do país sobre Ecossistemas Florestais.
https://www.biodiv.org/reports/list.aspx?type=f or
4. Madeira proveniente de áreas sendo convertidas de florestas, ou de outros ecossistemas com vegetação arbórea, em plantações ou usos não florestais.
Exigências relacionadas com madeira proveniente de áreas sendo convertidas de florestas, ou de outros ecossistemas com vegetação arbórea, em plantações ou usos não florestais
Exemplos de fontes de informação
4. O distrito de origem pode ser considerado de baixo risco com relação à conversão de florestas em plantações ou em outros usos não florestais quando o seguinte indicador está presente:
[NOTA: a mudança de plantações para outros usos não é considerada conversão].
4.1 Não existem perda líquida E NEM taxa significativa de perda (>0,5% por ano) de florestas naturais ou de outros ecossistemas com vegetação arbórea, como cerrados, na ecoregião considerada.
FAO GOFC-GOLD Global Observation of Forest and Land Cover Dynamics8
FAO Global Forest Resources Assessment9 Programa de Análise Regional da Conservation International
Departamento de Geografia da U. de Maryland
8
Nota: As estatísticas e os dados da FAO sobre cobertura florestal podem não considerar a conversão de florestas em plantações como perda de cobertura florestal. Por essa razão, os dados de uma área com extensa conversão de florestas naturais em plantações podem não indicar uma taxa significativa de perda de floresta e, portanto, podem estar fora da realidade do contexto deste padrão.
Exigências relacionadas com madeira proveniente de áreas sendo convertidas de florestas, ou de outros ecossistemas com vegetação arbórea, em plantações ou usos não florestais
Exemplos de fontes de informação
UNEP/GRID – Division of Early Warning and Assessment
SERVIR – Regional Monitoring and Visualization System for Mesoamerica
Congo Basin Forest Partnership and CARPE CEC Joint Research Centre
INPE-PRODES – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Hansen, M., DeFries, R., Townshend, J.R., Carroll, M., Dimiceli,C., Sohlberg, R. 2003. 500 m MODIS Vegetation Continuous Fields. College Park, Maryland: The Global Land Cover Facility. National data sources
Iniciativas Nacionais e Escritórios Regionais do FSC (contato com www.fsc.org)
5. Madeira proveniente de florestas onde são plantadas árvores modificadas geneticamente
Exigências relacionadas à madeira
proveniente de florestas onde são plantadas árvores modificadas geneticamente
Exemplos de fontes de informação 9
5. O distrito de origem pode ser considerado como de baixo risco em relação à madeira de árvores modificadas geneticamente quando um dos seguintes indicadores for atendido:
a) Não existe uso comercial, no pais ou no distrito, de árvores geneticamente modificadas da espécie em questão. OU
b) São exigidas licenças para o uso comercial de árvores modificadas geneticamente e não
existem licenças para esse uso comercial. OU
c) O uso comercial de árvores modificadas geneticamente é proibido no país em questão.
FAO, 2004. Preliminary review of
biotechnology in forestry, including genetic modification. Forest Genetic Resources Working Paper FGR/59E. Forest Resources Development Service, Forest Resources Division, Rome, Italy. Disponível online:
http://www.fao.org/docrep/008/ae574e/AE57 4E00.HTM
Fontes de informação nacionais e regionais.
9
Anexo 3: Exigências para o programa de verificação da empresa
As empresas que adotaram um programa de verificação de Madeira Controlada FSC e que adquirem madeira de áreas que não podem ser consideradas de baixo risco devem garantir que esse programa cumpre com as exigência especificadas abaixo.
NOTA: A empresa pode escolher entre desenvolver seu próprio programa de verificação ou autorizar outra organização para desenvolvê-lo.
A Exigências gerais
1. Programa de verificação da empresa
1.1. A verificação da empresa deve fornecer evidências que comprovem que a madeira ou fibra proveniente de um determinado fornecedor foi controlada na categoria ou categorias de madeira conforme detalhado na Parte 1, Seção 1.1, deste padrão
1.2. A verificação deve ser realizada por funcionários que possuem experiência e conhecimento suficientes para executar a inspeção conforme descrito abaixo.
1.3. Para cada uma das cinco categorias que não podem ser consideradas de baixo risco, a empresa deve identificar e justificar os documentos e outras evidências necessárias para demonstrar que a madeira cumpre com as exigências da Madeira Controlada FSC para aquela categoria específica.
1.4. A empresa deve garantir que os documentos exigidos e outras evidências, de acordo com o que determina a Seção B (abaixo), estão disponíveis para verificação pela organização certificadora credenciada pelo FSC.
1.5. A empresa deve especificar e implementar um processo regular (pelo menos uma vez por ano) de auditoria do programa de verificação para confirmar a autenticidade da documentação e das demais evidências. O processo de auditoria deve incluir consultas com as partes interessadas envolvidas, entrevistas com funcionários e visitas de campo aos locais de exploração.
1.6. O número de auditorias a serem realizadas no programa de verificação deve ser determinado por amostragem, conforme indicado no item 1.8 abaixo.
1.7. A empresa deve classificar as UMFs como conjuntos de unidades “semelhantes” para fins de amostragem. Esses conjuntos devem ser selecionados de forma a minimizar a variabilidade dentro de cada conjunto. No contexto deste padrão, “Similaridade” é entendida em termos de:
a) tipo de floresta(como por exemplo: floresta natural, plantação);
b) localização geográfica (distrito), e
c) tamanho da operação (por exemplo, SLIMF)
1.8. Para cada conjunto de UMFs similares, a empresa deve selecionar pelo menos 0,8 vezes a raiz quadrada do número de unidades para avaliação por ano. Para os conjuntos constituídos unicamente por UMFs que se
mínimo, 0,6 vezes a raiz quadrada do número de unidades (y) dentro daquele grupo (i.e., x=0,6√y), arredondado para o primeiro número inteiro maior. A tabela abaixo apresenta alguns exemplos de intensidades de amostragem.
y (número total de UMFs do conjunto para amostragem)
X (amostra)=0.8√√√√y X (amostra para conjuntos de SLIMFS)=0.6√√√√y 1 1 1 2-7 2 1 8-11 3 2 12-24 3 3 25-39 4 3 40-44 5 4 45-56 5 5 n 0.8√√√√n 0.6√√√√n
1.9. As amostras para verificação de campo devem ser definidas ao acaso.
1.10. As auditorias no programa de verificação deveriam ser conduzidas dentro de um tempo razoável após o recebimento da madeira.
1.11. Qualquer consulta aos funcionários e trabalhadores deve ser realizada sem a presença de representantes da administração da empresa.
1.12. Todos os relatórios e registros das auditorias de verificação devem ser mantidos por pelo menos cinco anos e devem incluir as constatações da verificação, em que grau foi possível executar as verificações na forma descrita acima, e a experiência e qualificações da equipe técnica que executou a verificação.
1.13. Quando solicitados, os relatórios ou registros das auditorias de verificação devem estar disponíveis aos representantes da organização certificadora credenciada pelo FSC.
NOTA: Deverá ser exigida a verificação de desempenho no campo por parte da organização certificadora credenciada pelo FSC
B Exigências específicas
Esta parte estabelece as exigências específicas que o programa de verificação de uma empresa deve avaliar para enquadramento nas categorias não consideradas de baixo risco na sua respectiva avaliação de risco.
1. Madeira explorada ilegalmente
1.1. A empresa deve demonstrar que a madeira adquirida por ela foi obtida em cumprimento de todas as leis aplicáveis ao corte de árvores na respectiva jurisdição, de acordo com as exigências descritas na Tabela 1 apresentada abaixo.
NOTEA: Ao buscar a documentação listada na Tabela 1, a empresa deve confirmar que seus fornecedores cumpriram com todos os procedimentos legais para obter licenças e permissões de corte.
Tabela 1
Exigências Possíveis meios de verificação
NOTA: Os meios de verificação aqui listados servem como orientação. A empresa pode usar outras evidências para documentar o cumprimento das exigências.
a) Evidências de autorização legal para o corte de madeira
Licença de concessão e/ou permissão de corte (aprovadas pela autoridade competente) b) Evidências do cumprimento dos
requisitos de planejamento do manejo
Plano de manejo aprovado ou documentação equivalente, como exigido pelas autoridades locais
c) Especificação das restrições de corte vigentes
Documentação especificando as restrições legais de corte (como por exemplo, diâmetro mínimo, espécies não permitidas, restrições de volume) d) Evidências que a madeira é
proveniente das áreas designadas para corte (como por exemplo, não de áreas protegidas, onde o corte é proibido)
Mapas e/ou registros mostrando a área onde se fez o corte da madeira
e) Evidências que os volumes de corte por hectare por ano estão dentro dos limites permitidos
Registros mostrando os rendimentos, volumes e espécies cortadas
g) Evidências das compras de madeira
Contratos de compra, faturas
h) Evidências do pagamento de royalties e de outras taxas (como por exemplo, taxas de direito de corte)
Registros oficiais confirmando os pagamentos
i) Evidências do cumprimento dos requisitos do CITES vigentes
Uma lista atualizada de espécies cortadas e vendidas na UMF. Uma lista atualizada das espécies listadas nos Apêndices I a III do CITES (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora)
Exigências Possíveis meios de verificação
NOTA: Os meios de verificação aqui listados servem como orientação. A empresa pode usar outras evidências para documentar o cumprimento das exigências.
comercialização de qualquer espécie incluída no CITES, quando necessário
j) Evidências de cumprimento com os documentos de transporte de madeira
Cópias das autorizações de transporte ou venda de madeira, com especificação das espécies e volumes envolvidos
1.2 A empresa deve demonstrar que as espécies e qualidades cortadas estão classificadas corretamente.
2. Madeira cuja exploração implicou na violação de direitos civis e tradicionais
2.1. A empresa deve demonstrar que não há conflitos significativos, que envolvem muitos interesses e para cuja solução ainda não existe um processo aceito pelas partes em disputa (veja Seção 2.3 abaixo), relacionados com a posse de terra ou com direitos de uso de povos tradicionais ou indígenas na UMF de onde está comprando a madeira.
2.2. A empresa deve demonstrar que não existem na UMF evidências da violação dos Princípios Fundamentais e Direitos no Trabalho da Declaração da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), e nem da Convenção 169 dessa mesma organização que diz respeito a Povos Indígenas e Tribais.
A Declaração da OIT sobre os Princípios Fundamentais e Direitos no Trabalho é uma expressão de compromisso por parte dos governos, organizações de empregadores e de trabalhadores de respeitar valores humanos básicos – valores esses que são vitais para nossa vida social e econômica.
Essa Declaração trata de quatro áreas:
Liberdade de associação e direito de negociação coletiva; Eliminação do trabalho forçado e compulsório;
Abolição do trabalho infantil, e
Eliminação da discriminação no local de trabalho.
2.3. Nos casos em que um processo de resolução de conflitos já foi implantado (veja Seção 2.1 acima), a empresa deve fornecer evidências documentadas do processo que está sendo usado para resolver as disputas, e evidências de que esse processo conta com o amplo apoio das partes em disputa, descrevendo um processo interino aceito pelas partes para tratar da disputa e para o manejo da área florestal em questão.
3. Madeira obtida de floresta cujos altos valores de conservação estão ameaçados pelas atividades de manejo
3.1. A empresa deve demonstrar que, ao cumprir com os requisitos especificados na Seção 3.2 abaixo, as atividades do manejo florestal na UMF não
Se as condições locais ou a relação com os fornecedores não permitirem a realização da avaliação em nível da UMF, a empresa deverá demonstrar que as atividades de manejo nas áreas de exploração não ameaçam os altos valores de conservação dessas áreas. A decisão de se examinar AVCs apenas nas áreas que estão sendo exploradas deve ser adequadamente justificada. Se houver evidências de ameaças aos AVCs em outras áreas da UMF, a empresa deve avaliar os AVCs no nível da UMF.
3.2. A empresa deve manter registros das evidências que demonstrem o
cumprimento das exigências da Seção 3.1 acima por um período mínimo de cinco anos. Essas evidências devem incluir, mas não se restringir apenas a eles, os seguintes pontos:
a) registros de uma avaliação (como por exemplo, avaliação ecológica expedita, avaliação de impactos sócio-ambientais, ou levantamentos da vida silvestre) adequada ao tamanho da UMF e à intensidade do manejo para identificar a presença de altos valores de conservação;
b) evidências10 de consultas com partes interessadas, incluindo ONGs e outras que estão envolvidas ou que têm interesse na área florestal no que tange à identificação de AVCs e das ameaças que pairam sobre eles, com respeito aos aspectos sociais ou ambientais. Quando relevantes, a avaliação deve incluir consultas com representantes e membros das comunidades e povos indígenas que vivem dentro ou nos arredores da UMF;
c) uma lista dos altos valores de conservação que foram identificados nas UMFs, junto com evidências indicando que esses altos valores de conservação não estão ameaçados na UMFs.
4. Madeira oriunda de florestas cujas terras estão sendo convertidas em plantações ou destinadas a outros usos que não o florestal
4.1. A empresa deve demonstrar que todos os tipos de florestas naturais e seminaturais e outros ecossistemas presentes na UMF onde ocorre
vegetação arbórea, como cerrados e savanas não estão sendo convertidos em plantações ou em usos não florestais, de acordo com os requisitos descritos na Seção 4.2 abaixo, salvo se permitido pela Seção 4.3 abaixo.
4.2. A empresa deve manter registros das evidências que demonstram o
cumprimento das exigências da Seção 4.1 acima por um período mínimo de cinco anos.
4.3. A conversão de florestas em plantações ou em usos não florestais não deve ocorrer, salvo em circunstâncias em que a conversão:
a. envolve uma porção muito limitada da unidade de manejo florestal; b. não ocorre em áreas florestais de alto valor de conservação, e c. vai possibilitar, em toda a UMF, novos, importantes e claros
benefícios sociais e ambientais com vigência garantida de longo prazo.
Observação importante: Esta categoria é apenas para madeira de florestas naturais e
seminaturais que estão sendo convertidas em plantações ou em usos não florestais.
10
5. Madeira proveniente de unidades de manejo florestal onde são plantadas árvores geneticamente modificadas
5.1. A empresa deve garantir que não existe nenhuma árvore geneticamente modificada nas UMFs de onde compra Madeira Controlada FSC
5.2. A empresa deve manter registro das evidências que demonstram o
Anexo 4: Provisões para declarações relacionadas com Madeira Controlada FSC
1.1 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC não devem usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ ou as marcas registradas do FSC associadas com madeira controlada para rotulagem no produto (on-product) ou fora do produto (off-product), campanhas publicitárias ou em seus
relatórios.
1.2 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC podem usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ em marcas de separação durante o processo de fabricação e transporte ou armazenamento, mas sem fazer referencia às marcas registradas FSC. As marcas de separação devem ser sempre acompanhadas do código de Madeira Controlada FSC emitido pela organização certificadora credenciada pelo FSC. As marcas de separação contendo a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ devem ser
removidas/apagadas nos casos em que os produtos chegam aos pontos finais de venda e/ou quando essas marcas de separação podem ser interpretadas como rótulos comerciais.
1.3 O selo FSC não deve ser usado em produtos vendidos ou comprados exclusivamente como ‘Madeira Controlada FSC’.
1.4 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC devem fazer
declarações relacionadas com Madeira Controlada FSC, ou usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’, apenas na documentação de venda e transporte (como por exemplo, faturas, notas fiscais e documentação de despacho de mercadorias) trocada entre as operações com certificação de cadeia de custódia FSC que comercializam a Madeira Controlada FSC, para fins de mesclá-la com material certificado FSC em produtos certificados conforme a política FSC para declarações baseadas em porcentagens ou conforme o documento FSC-STD-40-006 padrão FSC para cadeia de custódia para
certificação de projetos.
NOTA: Madeira Controlada FSC pode ser vendida a comerciantes que possuam um certificado FSC de Cadeia de Custódia válido, sem a necessidade de cumprir com o requisito referente à mescla com material certificado FSC, como descrito na Seção 1.4 acima.
Anexo 4: Provisões para declarações relacionadas com Madeira Controlada FSC
1.1 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC não devem usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ ou as marcas registradas do FSC associadas com madeira controlada para rotulagem no produto (on-product) ou fora do produto (off-product), campanhas publicitárias ou em seus
relatórios.
1.2 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC podem usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ em marcas de separação durante o processo de fabricação e transporte ou armazenamento, mas sem fazer referencia às marcas registradas FSC. As marcas de separação devem ser sempre acompanhadas do código de Madeira Controlada FSC emitido pela organização certificadora credenciada pelo FSC. As marcas de separação contendo a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ devem ser
removidas/apagadas nos casos em que os produtos chegam aos pontos finais de venda e/ou quando essas marcas de separação podem ser interpretadas como rótulos comerciais.
1.3 O selo FSC não deve ser usado em produtos vendidos ou comprados exclusivamente como ‘Madeira Controlada FSC’.
1.5 As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC devem fazer
declarações relacionadas com Madeira Controlada FSC, ou usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’, apenas na documentação de venda e transporte (como por exemplo, faturas, notas fiscais e documentação de despacho de mercadorias) relacionada com operações com certificação de cadeia de custódia FSC que comercializam a Madeira Controlada FSC, para fins de mesclá-la com material certificado FSC em produtos certificados conforme a política FSC para declarações baseadas em porcentagem ou conforme o documento FSC-STD-40-006 padrão FSC para cadeia de custódia para
certificação de projetos.
NOTA: Madeira Controlada FSC pode ser vendida a comerciantes que possuam um certificado FSC de Cadeia de Custódia válido, sem a necessidade de cumprir com o requisito referente à mescla com material certificado FSC, como descrito na Seção 1.4 acima.
1.5. A declaração ‘Madeira Controlada FSC’ deve ser escrita em inglês na documentação de venda e transporte. A tradução dessa expressão para outras línguas pode ser incluída na respectiva documentação.
1.6. As empresas que fornecem Madeira Controlada FSC não devem fazer campanhas promocionais corporativas ou de produtos sobre Madeira Controlada FSC ou usar a expressão ‘Madeira Controlada FSC’ ou as marcas registradas FSC relacionadas com Madeira Controlada em seus materiais de promoção ou propaganda.
1.8. A expressão ‘Madeira Controlada FSC’ na documentação de venda e
transporte deve sempre ter como referência o código de Madeira Controlada FSC emitido pela organização certificadora credenciada pelo FSC.
1.9. O selo FSC não deve ser usado para fins promocionais associados com declarações sobre produtos vendidos ou comprados exclusivamente como ‘Madeira Controlada FSC’ ou em referência a certificados de Madeira Controlada.