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DESCOBRINDO A QUÍMICA DAS COISAS

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Academic year: 2021

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DESCOBRINDO A QUÍMICA DAS COISAS Ana Luiza Pereira Gomes1 Bárbara Suellen Ferreira Rodrigues2 1

Bolsista PIBIC Jr, IFCE campus Canindé, analuizag59@gmail.com

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Orientadora, IFCE campus Canindé, barbarasuellen@ifce.edu.br

1. RESUMO

O saber se torna mais atrativo e interessante na medida em que o educando consegue associá-lo a elementos presentes em sua realidade cotidiana. Transportar os conceitos científicos dos livros e noticiários para a realidade da vida do aluno, desmitificando a idéia da ciência como algo surreal e restrito ao mundo dos cientistas estereotipados com seus jalecos brancos em laboratórios de última geração, é fundamental para aproximar os alunos das ciências naturais, gerando a possibilidade de um despertar da vocação científica nos mesmos. Nessa perspectiva, trazendo essa premissa para o ensino de química, propomos este projeto intitulado “A química das coisas”, cujo propósito é levar os alunos a investigar a constituição química dos materiais presentes em seu dia-dia. Dentro deste objetivo geral, propõe-se a realização de testes químicos, idealizados pelos alunos bolsistas, para a identificação de compostos presentes em alimentos, remédios, cosméticos, dentre outros materiais. Desta forma, pretendemos criar um mecanismo que leve à aproximação dos alunos da ciência química.

Palavras-chave: Química; investigação química; materiais.

2. INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios atuais do ensino das ciências naturais ministrado no ensino médio é construir uma ponte entre o conhecimento ensinado e a realidade cotidiana dos alunos. Como consequência, a ausência deste vínculo gera apatia e distanciamento entre os alunos e atinge também os próprios professores. Ao se restringirem a uma abordagem estritamente formal, eles acabam não contemplando as várias possibilidades que existem para tornar a ciência mais “palpável” e associá-la com os avanços científicos e tecnológicos atuais que afetam diretamente a nossa sociedade (SILVA, 2009).

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1 Dentro desta perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs orientam que o ensino de Química e das demais ciências naturais deve ser contextualizado de modo a favorecer uma correta compreensão da realidade. Estabelece ainda que os conteúdos ministrados devem propiciar ao aluno a utilização dos conhecimentos técnicos e científicos na tomada de decisões. Todavia, não se pode negligenciar nenhum aspecto adicional que seja necessário à correta compreensão dos modelos científicos elaborados para representar a natureza. Dentro desta perspectiva, faz-se necessária a adoção de práticas pedagógicas construtivistas, onde se valoriza os conhecimentos prévios dos alunos e faz-se a construção dos modelos sobre estes conhecimentos prévios, ressaltando sempre o aluno como figura central do processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 2006).

Embora a química e as ciências naturais compreendam um vasto conteúdo, com modelos representativos da natureza facilmente percebidos no cotidiano dos alunos, são notáveis os relatos de desinteresse pela disciplina e dificuldades no aprendizado desta. Tal fato pode ser atribuído a uma série de fatores endógenos e exógenos como: Falta de estrutura para a realização de aulas práticas; inaplicabilidade dos conceitos aprendidos na resolução de problemas cotidianos; apatia pelos conteúdos; cultura não científica e falta de espírito investigativo. Dentro deste contexto, a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento da mentalidade científica e do espírito crítico e investigativo é de suma importância para formar “disseminadores” da ciência que ajudem a desmistificar os seus conceitos (GALIAZZI, 2006).

A associação dos conhecimentos científicos a assuntos relevantes do cotidiano é premissa fundamental para um aprendizado eficiente (QUEIROZ, 2004). Dentro desta perspectiva, a identificação dos constituintes químicos de materiais de uso cotidiano constitui-se num método que permite ao aluno um contato direito e palpável com os conceitos científicos relacionados às transformações químicas. Desta forma, a identificação dos compostos químicos dos materiais pode vir a auxiliar e o entendimento da química como um todo, além de ampliar o rol de conhecimentos dos alunos.

Além da aquisição de conhecimentos científicos, o aluno deverá ser capaz de elaborar e propor testes e experimentos, corroborando com a idéia de contextualização, e reforçando os conceitos científicos aprendidos em sala de aula. Ainda mais, a proposição e realização de experimentos inserem os alunos ao mundo da ciência, tornando-os sujeitos ativos de seus aprendizados, e levando-os a uma imersão no mundo da ciência.

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2 Diante do exposto, este projeto mostra-se bastante viável e oportuno para aquilo a que se propõe: inserir os alunos nas práticas científicas, incrementar o processo de ensino-aprendizagem em química, e aproximar os conceitos científicos da realidade dos alunos.

Em face das dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de química, propomos este projeto de pesquisa com os alunos dos cursos Técnicos Integrados do IFCE

2 RESULTADOS

O trabalho encontra-se em fase de levantamento de dados bibliográficos e na elaboração dos experimentos.

O primeiro experimento já elaborado trata-se da detecção de chumbo em batons, segundo o protocolo de detecção de chumbo, usando a rota estabelecida por Arthur Voguel, 1981:

Figura 1. Protocolo de detecção de chumbo.

Inicialmente, faremos a maceração de amostras de batons, em almofariz e pistilo, o qual será misturado com álcool etílico PA. Em seguida, a fração alcoólica será separada, por filtração à vácuo, sendo submetida ao protocolo estabelecido na figura 1.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Material

Os experimentos serão realizados no laboratório de química, utilizando seus equipamentos, reagentes, vidrarias e outros insumos.

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3.2 Metodologia

A metodologia será posta em prática em três etapas:

Etapa 1: Estabelecimento de uma situação problema. Ex.: quanto paracetamol contém um comprimido?

Etapa 2: Estabelecimento de hipóteses. Seria o que tem indicado na embalagem? Etapa 3: Estudo e referencial teórico para propor um experimento que identifique, isole e quantifique a substancia em questão.

Etapa 4: Réplica do experimento.

Etapa 5: Detalhar essa sequência experimental, em um documento.

Etapa 6: Ao final do projeto, juntar todas as proposições e descobertas em uma cartilha (ou livro) didático.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos serão utilizados para contextualização de conceitos químicos em sala de aula. Pretendemos construir uma cartilha didática, de linguagem fácil e acessível, que promova a curiosidade e torne as teorias científicas mais próximas da realidade das pessoas.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação-MEC. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília – 2006.

CARVALHO, H. W. P.; BATISTA, A. P. L.; RIBEIRO, C. M.; Ensino e aprendizagem de Química na perspectiva dinâmico-interativa. Experiências em Ensino de Ciências – v. (3), p. 34-47, 2007.

CRELLIN, J. Plantas medicinales. [A. do livro] Roy assessor editorial Porter. Medicina, La historia de la curación. Lisboa : Lisma ediciones, 2002.

DAVID, J. P. L., NASCIMENTO, A. J. P., DAVID, J. M. Produtos fitoterápicos: Uma perspectiva de negócio para a indústria, um campo pouco explorado por farmacêuticos. Infarma, v. 16, p. 71-76, 2004.

DUARTE, D. F. Uma breve história do ópio e dos opiáceos. Revista Brasileira de Anestesiologia. 55, v. 1, p. 135 – 146, 2005.

GALIAZZI, M.C. Química Nova na Escola, 2005 KNÜPPE, L. Motivação e desmotivação: desafio para as professoras do ensino fundamental. Educar em revista, n.27, 277-290 (2006).

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4 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica São Paulo: Atlas, 1985. NARDI, R.; Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998. MARGOTTA, R. História Ilustrada da Medicina. [trad.] Marcos Leal. São Paulo : Editora Manole Ltda, 1998.

MARTINS, E. M. A química das plantas medicinais. Disponível em

<http://quimicadasplantas.blogspot.com.br/ > Acesso em 11/02/2016.

SANTOS, A. D dos. Aulas Práticas e a Motivação dos Estudantes de Ensino Médio. XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física – Curitiba – 2008.

SANTOS, A. C. et al. Recolha de dados sobre consumo de medicamentos e/ou suplementos à base de plantas medicinais numa amostra da população de Lisboa e Vale do Tejo. Revista Lusófona de Ciências e Tecnologia da Saude, v. 2 (5), p. 128-141, 2008.

SILVA, D. M.; A contextualização no ensino de Química: Apenas um conceito? Monografia de Conclusão de Curso, UEPB, Campina Grande, PB, 2009.

SILVA, J. B.; BORGES, C. P. F. Clubes de Ciências como um ambiente de formação profissional de professores. XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF, Vitória, 2009.

QUEIROZ, S. L.; Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.

Referências

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