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FITOTERAPIA. BABOSA - Aloe barbadensis Miller, (A. vulgaris Lamark), A. vera Tourn.ex Linn.

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Academic year: 2021

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FITOTERAPIA

COMO JÁ FOI ESCRITO OUTRAS VEZES, “A DIFERENÇA ENTRE O REMÉDIO E O VENENO É A DOSE” (PARACELSO- MÉDICO QUE VIVEU

ENTRE OS SÉCULOS XV E XVI).

ABORDAREMOS, À PARTIR DESTA SEMANA, AS PLANTAS DESACONSELHADAS (CONTRA-INDICADAS) PARA USO ORAL.

PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS PODEM SIM, FAZER MAL A SAÚDE. ISSO NÃO QUER DIZER QUE DETERMINADA PLANTA SEJA INÚTIL, APENAS QUE SEU USO INTERNO PODE SER TÓXICO E ATÉ FATAL

EM ALGUNS CASOS, EMBORA SEU USO EXTERNO (TÓPICO), POSSA SER UMA EXCELENTE OPÇÃO TERAPÊUTICA, COMO É O CASO DA BABOSA

(PLANTA DA SEMANA), DO CONFREI, DA ARRUDA, ENTRE OUTRAS.

BOA LEITURA RUI

BABOSA - Aloe barbadensis Miller, (A. vulgaris Lamark), A. vera Tourn .ex Linn.

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Aspectos botânicos: Planta da família Liliaceae, nativa do mediterrâneo, norte e noroeste da África, e cultivada em zonas tropicais (aprox. 360 espécies); Arbusto perene,

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que pode atingir 60 cm a 1,5 m de altura, não tolera geadas ou elevada umidade relativa do ar; Prefere solos bem drenados e com fertilidade mediana, com adubação orgânica

preferencial e baixa exigência quanto a irrigação (xerófita);

Cultivada principalmente nos Estados Unidos, México, Caribe, sul da Europa e norte da África, além de alguns países da América do Sul,

Propagação vegetativa por divisão de touceiras ou pela retirada de rebentos da base do caule; O espaçamento deve ser de 50 cm entre plantas e 01 m. entre linhas, sob sol pleno; Colheita de 01 a 02 anos após o plantio no campo;

Seu rendimento fica em torno de 10 a 20 ton de folhas/ha/ano, com teor médio de aloína de 20 a 30%;

Nomes populares: Babosa, sábila, zabira (Arábia), aloe do mediterrâneo, aloe de barbados, erva babosa (Port), aloe de curaçao, sempreviva (oeste da Índia), laloi (Índia), bamboo (Bermudas), etc;

Histórico: Seu nome deriva do grego aloe, do árabe alloh ou ainda do hebreu halal, que significa em todos os casos: substância amarga e brilhante; Usada desde o antigo Egito, para a fabricação de elixires, segundo o papiro de Ebers (século XVI a.C.). Foi utilizada por séculos no antigo Egito, desde a rainha de Sabá (século X a.C.) até Cleópatra (século I a.C.) para tratamento de pele e cabelos. Era usada pelos soldados de Alexandre para tratamento de feridas de guerra, sendo um dos principais motivos da invasão da ilha de Socotra (principal fonte de aloe na época). Aparecem ainda em citações de Dioscórides, Marco Polo, etc. Foi declarada como espécie protegida pelos Estados Unidos em 1.973;

Usos terapêuticos: Umectante, emoliente, antiinflamatório, refrescante, anticaspa, antiqueda de cabelos, cicatrizante. Tratamento de queimaduras superficiais, inclusive por sol excessivo;

Princípios ativos:. Derivados antracênicos (aloína, barbaloína, aloe-emodina, aloinosídeos A e B), resinas, ácido crisofânico, mucilagens, enzimas, óleos essenciais, aminoácidos, vitaminas e sais minerais, e outras;

Partes utilizadas: Folhas frescas ou desidratadas, da qual se extraem o látex das folhas ou o gel em estado natural;

Formas de uso e dosagem: Uso tópico: Diretamente sobre a área lesada, sob a forma de cataplasma (in natura ou como produtos industrializados);

Fitocosmética: Usada em concentrações que variam de 1 a 10% em xampus, cremes, géis, sabonetes, loções, talcos, máscaras faciais, infusões puras ou associadas a outras plantas, argila, etc. Deve ser associada a produtos hidratantes, principalmente em usos prolongados, devido a sua capacidade adstringente;

Uso interno: Muito se tem falado sobre a babosa, com diversas finalidades, em diversos países por todo o mundo e há muito tempo. Preferimos, entretanto, orientar que se evite o uso interno, exceto sob orientação médica, tendo em

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vista a possibilidade de hepatopatias, hemorragias, alterações cardíacas, renais, digestivas e outros efeitos colaterais, relatados na literatura, até que maiores estudos sejam realizados.

Preparações farmacêuticas livres de antraquinonas são liberadas para o uso interno pelo FDA nos Estados Unidos (preparações “impossíveis” de se conseguir no uso doméstico).

Seu uso interno como laxante, por curtos períodos de tempo, também é permitido pela farmacopéia européia;

Tempo de uso: Uso tópico: Pelo tempo que se fizer necessário;

Efeitos colaterais: Dor abdominal, diarréia, doenças hepáticas, câncer de intestino,

hipocalemia (câimbras, arritmias cardíacas), hemorróidas, hemorragias, desmaios, nefrites, hipotensão, hipotermia;

Interações medicamentosas: Anticoagulantes, digoxina, diuréticos, ferro, iodo, cafeína, cocaína, etanol, mentol, taninos, paracetamol, etc;

Contra-indicações: Contraindicado o uso interno em qualquer situação.

Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade

informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fontes principais de consulta:

“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 – Buenos Aires – Argentina.

“Plantas aromáticas e medicinais – cultivo e utilização” – Paulo Guilherme Ferreira Ribeiro e Rui Cépil Diniz . Londrina: IAPAR, 2008.

“ESCOP Monographs”. The European Scientific Cooperative on Phytotherapy – editora Thieme. Second edition – Suplement 2009 – Inglaterra.

Imagens:

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“Fitoterapia – conceitos clínicos” 2008 (livro com cd-rom) – Degmar ferro – Editora Atheneu, São Paulo.

Referências

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