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Azores MTB Marathon - de 1000 km por ano a 1000 km por mês

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Academic year: 2021

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Azores MTB Marathon - de 1000 km por ano a 1000 km por mês

Junho

A minha iniciativa em participar nesta prova quase que surge por instinto no dia em que foi divulgado o evento no site do clube com 3 meses de antecedência.

Apesar de ter uma noção do que estava em jogo, somente depois de ter recebido a confirmação da aceitação da inscrição, comecei a tomar consciência de onde me havia metido. Em breve, cheguei à conclusão de que só havia um caminho e que curiosamente não era no sentido de todos os santos ajudarem.

Ao contrário do que é habitual, nesta prova a informação sobre o trajeto e altimetria do percurso não se encontrava disponível, tendo sido disponibilizada apenas nas semanas anteriores à data do evento. Face a esta situação, considerei nos treinos a informação do percurso realizado no ano anterior (56km / 1400m D+). Assim, nos primeiros 25 km

atingiram a cota dos 800m com aproximadamente 1000m de desnível acumulado, enquanto que mais tarde constatava que o percurso deste ano tinha sido alterado, em que nos primeiros 25 km se atingia a cota dos 550m com um desnível acumulado na ordem dos 800m.

Treino mensal de 480km/5700m D+

Julho

Treino mensal de 1000km/13000m D+

Agosto

Treino mensal de 530Km/7700m D+

A prova é em Outubro e entretanto surgiam outras prioridades como ir de férias :)

Altimetria da prova realizada em 2017 Altimetria da prova realizada em 2018 Em ambas as edições a distancia total foi de 56km e 1400m D+

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Setembro

Treino de 900km/15000m D+ (44 horas)

Com a devida comparação já me parecia ter concluído a Absa Cape Epic!

Desculpem os mais atentos por não ter relevado o facto desta prova não ser realizada num mês, mas somente em 8 dias ;) contudo o número de horas é semelhante ok!

Nos treinos os 1000m D+/26 km demoravam 2h40m, enquanto que os 1500m D+/46 km demoravam 4h em ritmo algo descontraído. Estimava assim que os 1400m D+/56 km fossem possíveis de atingir em 4h30m, sobretudo assumindo que nos últimos 10 km todos os santos iam ajudar.

Por esta altura os sites de meteorologia previam a ocorrência de aguaceiros nos 3 dias anteriores a data do evento, enquanto que em Portugal continental os treinos continuavam entre os 20º e os 30º com o piso seco. Nas fotos das edições anteriores a lama era uma constante, o que tornava a aquisição de borrachas especificas para este tipo de piso quase uma necessidade. Apesar de os Açores serem aqui ao lado, ainda estamos a uns largos quilómetros de casa e portanto não nos vamos querer esquecer de nada: Luvas, gel, barras, capacete, óculos para sol, óculos para chuva, jersey, calções, corta vento, sapatos, magnésio, creme, meias, bomba de ar, chave dinamométrica, chave de pedais, câmara de ar, proteções para lama, óleo para seco, óleo para húmido, fita cola, braçadeiras, tesoura, pneus para lama, Gopro e GPS era a lista de itens a adicionar ao que habitualmente qualquer viajante leva para passar um fim de semana fora de casa.

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Outubro

Aterrei em Ponta Delgada eram cerca das 23h45m horas locais, de dia 4 depois de um dia de trabalho, o vento fazia-se sentir e as estradas encontravam-se molhadas.

No dia seguinte, um passeio pelas sete cidades e furnas com almoço no restaurante da sociedade agrícola permitiam descontrair num dia em que o pôr do sol se punha por detrás do ilhéu de Vila Franca do Campo.

No dia 6 os participantes do Clube Millenniumbcp tinham combinado de manhã ir dar uma volta de reconhecimento pelos caminhos da prova nos locais mais planos de forma a poupar as pernas para a prova que seria no dia seguinte. Acordei às 5h da manhã com o barulho da chuva a bater nas janelas e o vento a soprar entre as árvores. Por volta das 8h a chuva tinha dado tréguas e aproveitei para ir tomar o pequeno almoço até que, à hora marcada para a saída, São Pedro decide marcar presença. Abortei a saída para evitar molhar o capacete, as luvas e os sapatos, dado que não teria tempo para os secar até ao próximo dia. No entanto, fui até a uma bomba de gasolina verificar a pressão dos pneus e aproveitei para dar um volta rápida pela marginal de Ponta Delgada para verificar o estado da bicicleta. Nesta excursão de cerca de 30 minutos tive ainda de me abrigar da chuva por duas vezes.

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Outubro (cont.)

No dia da prova o sol brilhava e o vento era moderado. Os cerca de 150 atletas inscritos reuniam-se a partir das 8h30m nas portas do mar junto à marginal de Ponta Delgada. A partida tinha o inicio marcado para as 8h50m no caso das classes elite e das 9h15 para as classes open.

Nos primeiros 15 km o terreno não apresentava muito desnível, mas a opção por um prato dianteiro de 32T a pensar nas belas subidas comprometeu a velocidade. Fora de Ponta Delgada o terreno estava pesado com a lama e a água que tinha caído na véspera.

Em certos percursos aparentemente planos tive por vezes de recorrer à relação 32x46 (também conhecida por avozinha) e mesmo com uma progressão era lenta, a frequência cardíaca não baixava das 160 bpm. E as subidas ainda não tinham aparecido, pensava em agonia!

E lá fomos, eu e a namorada, pela encosta acima de mão dada devagar, bem devagar e algumas vezes até mesmo a pé. O percurso não era fácil e estava dificultado com o tempo do dia anterior. Mas uma vez lá em cima a esperança de ver uma descida aumentava  contudo não gostei do que vi! A primeira descida apesar de não ser muito inclinada apresentava o chão forrado de pedras soltas e molhadas. Ao tentar desviar me de outros participantes não consegui evitar um mergulho. Com o impacto, o quadril ficou vermelho e dilacerado e a namorada ganhou umas escoriações no triangulo traseiro  a lição ficava presente na memória e no corpo para o resto do caminho.

Na descida da encosta norte do vulcão da Lagoa do Fogo as paisagens eram tão fascinantes que em alguns locais parecia estar a visitar a Heidi nos alpes suíços.

O regresso a Ponta Delgada era depois feito por Santa Barbara, onde havia uma subida com cerca de 170m de desnível e onde o Tiago Ferreira (#1) tirou partido para me ultrapassar.  A 10 km da meta ainda ponderei aumentar o ritmo para concluir a prova dentro do tempo que tinha estabelecido como objetivo, mas as pernas optaram por entrar em colapso

obrigando-me a realizar estes últimos quilómetros em gestão do esforço.

No final, conclui a prova em 4h55m, mais 25min do que tinha inicialmente previsto, mas só o facto de a ter concluído é por si só uma vitória pessoal.

Lingação para o vídeo Oficial ÚLTIMA CHAMADA / LAST CALL

https://pt-pt.facebook.com/AZORESMTBMarathon/videos/2258745784197738/

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ÚLTIMA CHAMADA / LAST CALL

https://pt-pt.facebook.com/AZORESMTBMarathon/videos/2258745784197738/ My Video

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