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Comportamento de Cidadania Organizacional: um Estudo Comparativo entre a Produção Científica Internacional e a Brasileira no Período de 2002 a 2012

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Comportamento de Cidadania Organizacional: um Estudo Comparativo entre a Produção Científica Internacional e a Brasileira no Período de 2002 a 2012

Autoria: Vania de Fátima Barros Estivalete, Vivian Flores Costa, Taís de Andrade

Resumo

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Introdução

O ambiente organizacional e as transformações do mercado de trabalho impõem desafios para pesquisadores e gestores, destacando-se a necessidade de ampliar a compreensão do comportamento humano e das interações sociais ocorridas no contexto laboral. Diante disso, Mackenzie, Podsakoff e Podsakoff (2011) destacam a precisão de se explorar, principalmente, aqueles comportamentos espontâneos e cooperativos dos membros das organizações, os comportamentos de cidadania organizacional (CCO), visto que esses atos podem ser essenciais para a obtenção de vantagem competitiva.

Yaghoubi, Yazdani e Khornegah (2011) corroboram ao explicar que os CCO fazem com que os indivíduos assumam uma consciência e desenvolvam um comportamento pró-ativo diante de diversas situações organizacionais e denotam, também, uma maior preocupação com os demais individuos. O que se apreende, de maneira geral, é que o estudo dos CCO se mostra relevante devido ao fato de que estes comportamentos são considerados por muitos autores como antecedentes do desempenho no trabalho e efetividade da organização (ORGAN, 1988; WANG et al., 2005; VERCHAI; LANER, 2008), ou ainda como forte determinante do capital social de uma empresa (BOLINO, TURNLEY; BLOODGOOD, 2002).

Frente à relevância que a temática tem conquistado no domínio dos estudos organizacionais, esta pesquisa bibliométrica tem como foco a análise comparativa entre os estudos internacionais e nacionais sobre o tema Comportamento de Cidadania Organizacional. Esta análise permeou os estudos publicados nos anos de 2002 a 2012, nos principais periódicos internacionais das áreas de Administração e Psicologia e nos principais eventos e periódicos nacionais da área de Administração. Para tanto, este estudo tem como objetivo apresentar uma análise comparativa entre a produção científica internacional e a brasileira, considerando a caracterização dos autores, os aspectos metodológicos de investigação, bem como as temáticas e os principais resultados associados aos estudos sobre o tema.

Deadrick e Gibson (2009) afirmam que a análise de publicações em periódicos relacionados é uma forma essencial de ponderar o desenvolvimento de um campo. No Brasil, identificou-se que Verchai e Laner (2008) foram os primeiros a considerar as publicações sobre CCO em pesquisa desse tipo, todavia focaram apenas na análise dos artigos publicados em um único periódico internacional, o Journal of Applied Psychology (JAP), durante o período de 1983 a 2008. Além disso, salienta-se que a presente pesquisa vislumbra ampliar as discussões apresentadas no estudo realizado por Estivalete et al. (2013), em que os autores apresentam um panorama das publicações internacionais sobre o tema.

2 Comportamento de cidadania organizacional

Muitas das mais importantes contribuições dos colaboradores são aquelas que vão além das chamadas atribuições ou deveres da função, uma classe de condutas conhecida como comportamentos de cidadania organizacional (ORGAN, 1988). Frente ao seu impacto nas organizações (PODSAKOFF; MACKENZIE, 1997), a maior compreensão da temática tem sido enfoque de investigações internacionais e nacionais.

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Organ (1988) introduziu o conceito original de CCO, ao associar este a um conjunto de contribuições informais que os participantes de uma organização podem manifestar ou inibir, sem ter que responder a sanções ou objetivos formais. Na visão do referido autor, esses comportamentos individuais e discricionários não podem nem ser impostos como obrigações as funções, nem induzidos pela garantia de uma recompensa formal. Elucida, ainda, que os atos de cooperação (formal ou informal) estão associados a fatores disposicionais dos sujeitos e variam de acordo com sua satisfação.

Mais recentemente, as pesquisas passaram a indicar os benefícios potenciais de uma abordagem mais sutil quanto à conceituação do CCO (PODSAKOFF et al., 2009) considerando dois aspectos distintos. Primeiro, os colaboradores diferem na medida em que percebem o comportamento de cidadania organizacional como parte do exercício de seu papel ou extra papel nas organizações (YAGHOUBI et al., 2011). Segundo, o CCO às vezes é percebido como recompensado pelas organizações, por meio de avaliações de desempenho, promoções ou reconhecimento (PODSAKOFF et al., 2009; MARINOVA, MOON; VAN DYNE, 2010).

Por fim, sobressai-se que no Brasil destacam-se, especialmente, os estudos de Siqueira (1995, 2003). A autora retomou a definição original de CCO e sugere o uso da expressão civismo nas organizações, ao argumentar sobre a pertinência desse termo (SIQUEIRA, 1995). Entretanto, como pode ser observado, na presente investigação optou-se por manter o emprego da denominação comportamento de cidadania organizacional, visto que essa continua sendo utilizada na literatura internacional e, inclusive, na maioria das pesquisas desenvolvidas em âmbito nacional (VERCHAI; LANER, 2008; GOMES, 2011; ESTIVALETE et al., 2013; YAGHOUBI, SALARZEHI; MOLOUDI, 2013).

3 Método do estudo

No que tange à orientação metodológica adotada, este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliométrica, que se destina a quantificar, identificar, analisar e descrever uma série de padrões na produção do conhecimento científico de determinado tema (ARAÚJO, 2006), neste caso a partir do levantamento de artigos sobre Comportamentos de Cidadania Organizacional, publicados entre 2002 e 2012 nos periódicos internacionais mais expressivos das áreas de Administração e de Psicologia e nos principais eventos e periódicos nacionais da área de Administração. O presente estudo difere da pesquisa anterior desenvolvida por Estivalete et al. (2013), ao apresentar um comparativo entre a publicação internacional e a nacional sobre o tema.

Para a definição da produção internacional sobre o tema em estudo, o critério de seleção envolveu a catalogação pelo Journal Citation Report (JCR). Para cada área pesquisada, Administração (Management) e Psicologia (Psychology Applied), selecionaram-se os três periódicos com maiores fatores de impacto (FI), sendo 2012 o ano base desta pesquisa. Além disso, atendendo ao mesmo critério, elegeram-se também os três periódicos mais significativos comuns às duas áreas. Por outro lado, na seleção da produção nacional, consideraram-se os eventos da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (ANPAD) e os periódicos nacionais destaques na área de Administração, segundo a indicação de outros levantamentos semelhantes (LOIOLA; BASTOS, 2003; TONELLI et al., 2003; DEMO et al., 2011).

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Quanto aos 17 artigos nacionais localizados, constatou-se que todos tratavam de assuntos relacionados aos CCO. Assim, chegou-se à relação contemplada na Figura 1.

PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL (TOTAL: 148 ESTUDOS)

Área Periódicos FI 5Year FI Número de artigos

Management Journal of Management 3.758 6.218 24 HumanResource Management 2.796 2.796 8 HumanRelations 1.701 2.595 10 Total 42 Psychology Applied Journal of Applied Psychology 3.977 6.730 49 Applied Psychology: an International Review 2.750 2.847 6 Journal of Personnel Psychology 1.495 2.876 13 Total 68

Periódicos comuns às duas áreas

Journal of Organizational

Behavior 2.351 4.411 20

Organizational Behavior and

Human Decision Process 2.480 3.586 7 Group and Organization

Management 2.415 2.710 11

Total 38

PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL (TOTAL: 17 ESTUDOS)

Área Eventos/Periódicos Número de artigos

Administração

Encontro da ANPAD (EnANPAD) 5

Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (EnGPR)

1 Encontro de Administração Pública e Governança

(EnAPG) 1

Revista de Administração Contemporânea (RAC) 2 Revista de Administração de Empresas (RAE) 1 Estudos de Psicologia (Natal) 2 Psicologia Ciência e Profissão 1 Revista de Administração da Universidade de São

Paulo (RAUSP) 2

Revista Psicologia Organizações e Trabalho (rPOT) 2

Total 17 Figura 1 - Periódicos e eventos selecionados, Fator de Impacto (internacionais) e número de artigos

encontrados

Fonte: Elaborado pelos autores.

Dessa forma, um total de 165 artigos constituiu o universo de análise desta pesquisa, no qual 148 artigos compõem a produção científica internacional analisada, sendo desses 30 ensaios teóricos e 118 estudos empíricos, e 17 artigos compõem a produção científica nacional analisada, sendo desses um ensaio teórico e 16 estudos empíricos. No terceiro estágio, todos os artigos foram analisados com base em um roteiro desenvolvido especialmente para este estudo. Esse roteiro de análise reuniu um conjunto de itens que avaliam cada artigo em três dimensões.

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classificam as metodologias de pesquisa em abordagem, tipo de pesquisa, natureza e instrumento de coleta de dados. Finalmente, a terceira dimensão, contempla um panorama das temáticas associadas aos estudos sobre CCO. A Figura 2 apresenta o desenho de pesquisa, que sintetiza os estágios de análise dos artigos.

Figura 2 - Desenho de pesquisa

Fonte: Elaborado pelos autores.

Os 165 artigos selecionados foram examinados e classificados de forma independente por três pesquisadores, conforme os referidos critérios. Concluída a classificação individual, os resultados foram confrontados, não havendo divergência entre os pesquisadores. Porém, em alguns artigos não foi possível identificar a especificação de alguns aspectos metodológicos utilizados, sendo necessária a interpretação e análise dos pesquisadores para realizar a classificação. Hoppen, Lapointe e Moreau (1996) afirmam que o pesquisador que já realizou o exercício de avaliar formalmente o conteúdo de um artigo científico sabe que há um número significativo de artigos publicados que não expressam claramente os métodos de pesquisa empregados, o que torna complicada a apreciação do estudo. Por fim, ressalta-se que os 31 artigos teóricos – 30 internacionais e um nacional – foram analisados somente considerando a primeira dimensão, tendo em vista a ausência das demais categorias analíticas.

4 Caracterização da produção e autoria

No período pesquisado, 2002 a 2012, identificaram-se em âmbito internacional 148 artigos que abordaram o tema CCO, sendo que 30 configuram-se como ensaios teóricos e 118 como estudos empíricos. Por outro lado, em âmbito nacional, encontraram-se 17 artigos que versavam sobre o tema, sendo um ensaio teórico e 16 estudos empíricos. Nota-se que no Brasil há um número reduzido de investigações sobre CCO, o que corrobora com a visão de Patricio (2011), que afirma que o tema tem sido extensivamente pesquisado em países como os Estados Unidos, tendo recebido pouca relevância em outros países, como o Brasil. Contudo, de uma forma geral, tanto os números referentes ao contexto internacional quanto ao nacional indicam que, mesmo sendo reconhecida a grande relevância da temática pela

“comportamentos de cidadania”, “cidadania organizacional”, “civismo nas organizações” e

“civismo organizacional”. ENCONTRADOS 17 ARTIGOS “organization citizenship behavior”,

“organizational citizenship behavior” e “citizenship behavior”. ENCONTRADOS 157 ARTIGOS

ESTÁGIO 3 - Roteiro de análise: 1ª Dimensão - Caracterização dos artigos; 2ª Dimensão - Aspectos metodológicos; e 3ª Dimensão: Temas correlatos.

ESTÁGIO 2 - Triagem a partir da leitura integral dos artigos:

SELECIONADOS 148 ARTIGOS SELECIONADOS 17 ARTIGOS

1ª DIMENSÃO: 17 ARTIGOS 2ª e 3ª DIMENSÕES: 16 ARTIGOS 1ª DIMENSÃO: 148 ARTIGOS

2ª e 3ª DIMENSÕES: 118 ARTIGOS

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literatura administrativa e organizacional, existem diversos aspectos pertinentes ao CCO ainda pouco explorados (MARINOVA, MOON; VAN DYNE, 2010).

A análise dos artigos que abordaram especificamente o tema CCO, no contexto internacional, teve como foco nove periódicos das áreas de Administração e Psicologia. Já no contexto nacional, foram cinco eventos da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (ANPAD) e treze periódicos das áreas de Administração e Psicologia. Na Tabela 1, destaca-se a relação dos periódicos internacionais e dos eventos e periódicos nacionais que publicaram o maior número de artigos sobre o tema.

Na produção científica internacional, constatou-se que a maioria dos artigos analisados foram publicados no periódico Journal of Applied Psychology (33,1%) e no Journal of

Management (16,2%). O primeiro configura-se como um periódico da área de Psicologia,

possuindo grande representatividade acadêmica mundial (F - 6,73), principalmente no que tange a temática CCO (VERCHAI; LANER, 2008), enquanto o segundo está associado à área de Administração, possuindo um alto impacto na linha de gestão como um todo (FI - 6,21). Como afirma Podsakoff et al. (2009), os artigos publicados nas últimas décadas indicam que os estudos sobre o tema CCO estão intimamente relacionados às áreas de psicologia industrial e organizacional e comportamento organizacional.

Tabela 1: Relação dos periódicos internacionais e dos eventos e periódicos nacionais com maior número de artigos publicados

PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL (TOTAL: 148 ESTUDOS)

Periódico 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total % Journal of Applied Psychology 5 1 3 4 7 5 4 7 5 7 1 49 33,1 Journal of Management 1 1 2 4 3 2 4 6 1 24 16,2 Journal of Organizational Behavior 1 3 3 2 2 2 2 2 1 2 20 13,5

PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL (TOTAL: 17 ESTUDOS)

Evento/Periódico 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total % EnANPAD 2 1 1 1 5 29,4 RAC 1 1 2 11,8 Estudos de Psicologia (Natal) 1 1 2 11,8 RPOT 2 2 11,8 RAUSP 1 1 2 11,8

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

Na produção científica nacional, evidenciou-se que a maior publicação ocorreu no EnANPAD, apresentando 29,4% dos artigos publicados. Na sequência, destacaram-se quatro periódicos, com 11,8% dos artigos em cada: Revista de Administração Contemporânea; Estudos de Psicologia (Natal); Revista Psicologia: Organizações e Trabalho; e Revista de Administração da Universidade de São Paulo.

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9 5 9 8 14 15 13 18 25 22 10 4 2 1 2 1 3 1 0 2 1 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Internacional Nacional

Figura 3 – Panorama por período dos artigos publicados em âmbito internacional e nacional

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

Em relação à autoria dos trabalhos que compõe a produção científica internacional sobre o tema, constata-se que cinco autores destacaram-se com o maior número de publicações (cinco artigos): David M. Mayer (University of Central Florida); Dishan Kamdar (Indian School of Business); Linn Van Dyne (Michigan State University); Mark C. Bolino (University of Oklahoma); e William H. Turnley (Kansas State University). Esta análise deve ser vista com cautela, uma vez que possui as limitações de excluir pesquisadores que divulgam seus trabalhos em outros veículos não analisados neste estudo. Outro fato, é que a análise restringe-se aos últimos 11 anos e, consequentemente, desconsidera as publicações anteriores.

Verifica-se, ainda, que a maioria dos autores sobre a temática CCO pertence a universidades norte-americanas, sendo que apenas dois autores possuem vínculo com universidades de outras nacionalidades (Índia e Holanda). Tal constatação foi corroborada também por meio da análise do número de publicações totais por instituição de ensino superior, onde foram identificadas como proeminentes as instituições: University of South

Florida (nove artigos publicados), Michigan State University (oito artigos publicados), Indiana University e Kansas State University (sete artigos publicados cada uma); University of Central Florida, University of Alabama e University of Wisconsin (seis artigos publicados

cada uma), pertencentes aos Estados Unidos. Esses achados são apresentados na Figura 4.

Figura 4 - Panorama da autoria dos artigos publicados em âmbito internacional e nacional

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Assim, os resultados apontaram que o país com o maior número de publicações acerca da temática CCO é os Estados Unidos (99 artigos), tal constatação pode estar associada ao fato de a maioria dos periódicos analisados serem procedentes deste país, após há a China (16 artigos), o Canadá (12 artigos), a Holanda (8 artigos), a Inglaterra (7 artigos) e os demais países (46 artigos). Convém ressaltar, que o número total de artigos não corresponde ao total de publicações analisadas neste estudo, visto que alguns artigos foram oriundos de autores de instituições pertencentes a países distintos.

Em relação à autoria dos trabalhos que compõe a produção científica nacional considerada, um dos autores – Arménio Rego (Universidade de Aveiro) – foi responsável por três artigos, entre os anos de 2001 a 2012; e dois pesquisadores – Juliana Barreiros Porto (Universidade de Brasília) e Álvaro Tamayo (Universidade de Brasília) – por três artigos publicados em conjunto. Outras quatro autoras – Lúcia de Fátima Rocha Bezerra Maia (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Joana D’Arc de Oliveira (Universidade Federal de Ceará), Verônica Morais Ximenes (Universidade Federal de Ceará) e Mirlene Maria Matias Siqueira (Universidade Metodista de São Paulo) – elaboraram dois artigos, cada uma. Os demais autores dos trabalhos selecionados publicaram apenas um estudo.

As instituições que mais se destacaram na produção nacional sobre CCO são a Universidade de Brasília (UnB), com três artigos publicados por dois autores, e a Universidade de Aveiro (Portugal), com três artigos publicados por um autor, no período pesquisado. Na sequência estão a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal do Ceará (UFC), que publicaram dois artigos. Uma síntese destes resultados que caracterizam a autoria, na perspectiva internacional e na nacional, pode ser visualizada na Figura 4.

5 Perfil metodológico dos estudos sobre comportamento de cidadania organizacional A partir desta seção são considerados apenas os estudos empíricos publicados nos periódicos internacionais (118 estudos) e nos eventos e periódicos nacionais (16 estudos) selecionados. Pois, os artigos teóricos não possuem as categorias analíticas relacionadas aos aspectos metodológicos e aos temas correlatos, abordados na próxima seção.

Primeiramente, em relação à abordagem da pesquisa, destaca-se que nos estudos internacionais houve a predominância das pesquisas quantitativas (94,92%), considerada como metodologia que possibilita a mensuração de variáveis pré-determinadas buscando averiguar sua influência sobre outras variáveis (CHIAZZOTTI, 2003). Por outro lado, a abordagem qualitativa representou apenas 0,85% e a pesquisa empregando método misto (qualitativa e quantitativa) 4,24%. Nos estudos nacionais também se evidenciou a prevalência da abordagem quantitativa, em 81,25% dos artigos analisados. Além disso, identificaram-se pesquisas de método misto (12,5%), e, a abordagem qualitativa (6,25%).

Quanto ao tipo de pesquisa, em âmbito internacional, percebe-se uma preponderância da pesquisa survey (90,68%), que, segundo Baker (2001) permite descobrir fatos, determinar atitudes e opiniões, bem como ajudar a entender comportamentos, utilizando-se de uma avaliação, análise e descrição de uma população baseada em uma amostra. Em seguida, com índices menores, apareceram também pesquisas experimentais (5,08%) e estudos de caso único (4,24%). A pesquisa-ação não foi constatada em nenhum dos estudos analisados.

Em âmbito nacional, constatou-se igualmente o destaque das pesquisas do tipo survey (68,75%). Verificou-se, ainda, a incidência de estudos de caso único (25%) e um trabalho do tipo caso múltiplo (6,25%). Os estudos experimentais e a pesquisa-ação não estiveram presentes nos métodos adotados pelos artigos nacionais selecionados.

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condições determinadas pelo experimentador, exigindo o planejamento e um controle rigoroso das variáveis (HOPPEN; MEIRELLES, 2005).

No que tange à natureza da pesquisa, na produção científica internacional prevaleceram os estudos descritivos (93,22%). Já a pesquisa exploratória- descritiva obteve 4,24% e a pesquisa exploratória 2,54%. As pesquisas em âmbito nacional seguiram a mesma tendência, com a maioria dos artigos de natureza descritiva (62,5%). Na sequência evidenciaram-se pesquisas exploratórias-descritivas (31,25%) e, os demais, classificados como exploratórios (6,25%). Não houve a incidência de pesquisa causal em ambas as produções científicas analisadas.

Já, a respeito dos instrumentos de coleta de dados, evidenciou-se nos trabalhos internacionais a preeminência dos questionários (88,98%). Identificaram-se neste levantamento, também, a opção por dados secundários (5,08%), multimétodos (3,39%) e primários e secundários (2,54%).

Nos trabalhos nacionais analisados, também se verificou a primazia do uso de questionários (81,25%). Os estudos multimétodos estiveram presentes em 12,5 % dos artigos, enquanto que o uso de dados primários e secundários concomitantemente caracterizou um artigo (6,25%). A Tabela 2 sintetiza os resultados obtidos ao apresentar os aspectos metodológicos analisados e o número de artigos publicados.

Tabela 2: Aspectos metodológicos e número de artigos publicados na produção científica internacional e na nacional

ASPECTOS PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL

Abordagem Nº de artigos % Nº de artigos %

Quantitativa 112 94,92 13 81,25

Qualitativa 1 0,85 2 12,5

Qualitativa – quantitativa 5 4,24 1 6,25

Tipo de pesquisa Nº de artigos % Nº de artigos %

Survey 107 90,68 11 68,75

Experimental 6 5,08 0 0

Estudo de caso único 5 4,24 4 25

Estudo de casos múltiplos 0 0 1 6,25

Natureza da pesquisa Nº de artigos % Nº de artigos %

Exploratória 3 2,54 1 6,25

Descritiva 110 93,22 10 62,5

Exploratória-descritiva 5 4,24 5 31,25

Coleta de dados Nº de artigos % Nº de artigos %

Questionário 105 88,98 13 81,25

Secundários 6 5,08 0 0

Primários e secundários 3 2,54 1 6,25

Multimétodos

(questionário e entrevista) 4 3,39 2 12,5

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

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Tabela 3: Autores dos instrumentos de coleta e número de artigos que o utilizaram, na produção científica internacional e na nacional

PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL

Autor do instrumento de coleta de dados utilizado (modelo) Número de artigos

Williams e Anderson (1991) 22

Podsakoff et al. (1990) 17

Lee e Allen (2002) 9

Moorman e Blakely (1995) 7

Podsakoff et al. (1997) 6

Smith, Organ e Near (1983) 6

Van Dyne e Lépine (1998) 6

PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL

Autor do instrumento de coleta de dados utilizado (modelo) Número de artigos

Porto e Tamayo (2003) 4

Siqueira (1995) 2

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

De maneira geral, a análise da Tabela 3 permite identificar que o modelo de Williams e Anderson (1991) e o de Podsakoff et al. (1990) são os que possuem maior destaque na produção científica internacional no período analisado, aparecendo em 22 e 17 dos trabalhos, respectivamente. Esses resultados corroboram com os achados Hoffman et al. (2007), os quais

afirmam que a escala de CCO desenvolvida por Podsakoff et al. (1990) está entre as mais utilizadas na literatura CCO, principalmente por ser baseada na taxonomia de cinco dimensões do pioneiro Organ (1988) e possuir adequados índices de confiabilidade. No entanto, segundo os autores, Williams e Anderson (1991) forneceram novas alternativas para o estudo de CCO, a partir de uma adequação do modelo de Podsakoff et al. (1990), o que perpetrou de forma significativa o seu modelo no campo de estudo internacional sobre CCO.

Na produção científica nacional, os modelos de maior evidência foram o de Porto e Tamayo (2003) e de Siqueira (1995). Segundo Gomes (2011), Siqueira (1995) é considerada a percursora do tema no Brasil, visto que validou a primeira escala brasileira voltada a medir comportamentos de cidadania organizacional. Logo, o modelo de Porto e Tamayo (2003) foi consolidado a partir da retomada dos estudos de Siqueira (1995) e baseado no instrumento elaborado pela autora. Porto e Tamayo (2003) explicam que foi necessário um aprimoramento no instrumento desenvolvido por Siqueira (1995), pois, mesmo com uma adequada fundamentação teórica e utilização em pesquisas, seus índices de confiabilidade dos fatores são baixos.

6 Panorama sobre os temas e contribuições dos estudos

No cenário internacional, verifica-se, por meio do levantamento realizado nos principais periódicos internacionais das áreas de Administração e Psicologia, um conjunto de cerca de 60 temas correlatos ao CCO. Dentre esses temas relacionados ao CCO figuram a Cultura Organizacional, os Valores Pessoais, a Teoria da Troca Social, as Redes Sociais Intraorganizacionais, a Motivação no Trabalho, o Suporte Organizacional, a Aprendizagem Organizacional e a Mudança Organizacional. No entanto, a maior parte dos 118 estudos empíricos analisados tratou do tema relacionado à Justiça Organizacional (18,64%), a Liderança Organizacional (14,41%), ao Desempenho no Trabalho e nas Tarefas (10,17%), a Satisfação no Trabalho (10,17%) e ao Comprometimento Organizacional (8,47%), como demonstra a Tabela 4.

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Éticos e a Aprendizagem Organizacional. Todavia, a maior parte dos 16 estudos empíricos ponderados tratou dos CCO relacionados à Cultura Organizacional (37,5%), aos Valores Pessoais e Organizacionais (37,5%), a Satisfação no Trabalho (25%), ao Desempenho Organizacional ou no Trabalho (25%) e ao Comprometimento Organizacional (18,75%), como pode ser visualizado na Tabela 4.

Tabela 4: Principais temas relacionados à CCO e número de artigos publicados PRODUÇÃO CIENTÍFICA INTERNACIONAL

Temas Número de artigos %

Justiça Organizacional 22 18,64

Liderança Organizacional 17 14,41

Desempenho no Trabalho/nas Tarefas 12 10,17

Satisfação no Trabalho 12 10,17

Comprometimento Organizacional 10 8,47

PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL

Temas Número de artigos %

Cultura Organizacional 6 37,5

Valores Pessoais e Organizacionais 6 37,5

Satisfação no Trabalho 4 25

Desempenho Organizacional ou no Trabalho 4 25

Comprometimento Organizacional 3 18,75

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

Os estudos acerca da temática CCO associada à Justiça Organizacional e a Liderança Organizacional foram os mais expressivos nos estudos internacionais, enquanto no Brasil, destacaram-se a Cultura Organizacional e os Valores Pessoais e Organizacionais. De maneira geral, a maioria dos trabalhos que abordam os principais temas citados na Tabela 4, sugerem os mesmos como importantes antecedentes dos Comportamentos de Cidadania Organizacional (LAVELLE et al., 2009; HU; LIDEN, 2011; WALUMBWA, CROPANZANO; GOLDMAN, 2011; BOWLING, WANG; LI, 2012; KEHOE; WRIGHT, 2013). No entanto, podem-se visualizar também alguns estudos que destacam construtos consequentes do CCO, com o Desempenho no Trabalho/nas Tarefas/Organizacional (REGO, 2002a, 2002b; WHITING, PODSAKOFF; PIERCE, 2008; MACKENZIE, PODSAKOFF; PODSAKOFF, 2011).

A respeito do estudo em conjunto de CCO e de Justiça Organizacional, destaque na produção científica internacional, pode-se citar, por exemplo, uma pesquisa realizada com 466 colaboradores de uma empresa chinesa, sendo 213 trabalhadores estrangeiros e 253 trabalhadores locais, com o objetivo de prever as diferenças nas percepções de trabalho, atitudes e comportamentos dos colaboradores estrangeiros versus locais (ANG, VAN DYNE; BEGLEY, 2003). Os autores demonstraram que há julgamentos menores de justiça distributiva e de CCO para colaboradores estrangeiros quando comparados com os locais, além de demonstrarem a relação de antecedência da justiça distributiva frente aos CCO. Outro estudo acerca da temática foi desenvolvido por Kamdar, McAllister e Turban (2006) com 22 díades de colaboradores e supervisores de uma refinaria. Esses autores comprovaram os efeitos interativos das percepções de justiça processual e das diferenças individuais sobre os CCO.

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Nesta mesma linha, Hu e Liden (2011), ao concretizar uma pesquisa com 304 funcionários de 71 equipes de bancárias, encontraram que fatores como a clareza das metas de equipe e a clareza dos processos organizacionais, bem como a liderança servidora, constituem antecessores dos Comportamentos de Cidadania Organizacional.

Por sua vez, Walumbwa, Cropanzano e Goldman (2011), com a finalidade de identificar como a troca de líderes influencia o comportamento dos subordinados no trabalho, realizaram uma pesquisa com enfermeiras de uma grande unidade médica do Sudeste dos Estados Unidos. Os autores elucidaram que a mudança constante de líderes incentivam obrigações recíprocas. Estas obrigações são manifestadas como compromisso do subordinado aos seus supervisores, o qual solicita maior CCO e mais elevado desempenho no trabalho.

No contexto brasileiro destacaram-se os temas Cultura Organizacional e Valores Pessoais e Organizacionais. Diante disso, cita-se, por exemplo, a pesquisa de Maia, Oliveira e Ximenes (2007), realizada com o intuito de verificar o impacto dos valores pessoais sobre o comportamento de cidadania organizacional dos funcionários de uma farmácia hospitalar. Os resultados evidenciaram que os valores pessoais influenciaram os comportamentos de proteção ao sistema, criação de clima favorável à organização em ambiente externo e cooperação. Em síntese, as autoras concluíram que os valores pessoais possuem relação significativa com o comportamento de cidadania no contexto organizacional e norteiam as atitudes e as escolhas dos indivíduos.

Em 2002, Porto e Tamayo consolidaram um estudo cujo objetivo trata de investigar o poder preditivo das propriedades axiológicas e das regiões brasileiras sobre os comportamentos de cidadania organizacional, numa amostra composta por 867 colaboradores de uma empresa pública. Os resultados demonstraram que os valores individuais influenciam os CCO e que, apesar dos CCO beneficiarem o sistema, suas motivações podem ser tanto sociocêntricas quanto individualistas.

Por fim, mas sem a intenção de reduzir o escopo, ao investigar novas relações, Porto e Tamayo (2005) indicam a cultura organizacional como outra variável importante para os estudos dos CCO. Nesse estudo, o objetivo dos autores era de investigar os tipos motivacionais de valores organizacionais que se relacionam com os comportamentos de cidadania organizacional, contando com a participação de 458 funcionários de quatro organizações, sendo duas empresas públicas, uma privada e uma cooperativa. Os resultados indicam que valores organizacionais predizem os CCO. Os valores Autonomia, Harmonia, Domínio e Hierarquia foram considerados preditores de fatores do Comportamento de Cidadania Organizacional.

7 Considerações finais

Os comportamentos de cidadania organizacional configuram-se, cada vez mais, como atos eficazes e essenciais para a obtenção de vantagem competitiva pelas organizações (MACKENZIE, PODSAKOFF; PODSAKOFF, 2011). Diante da relevância desse tema no contexto organizacional alguns estudos realizados em âmbito internacional e nacional foram desenvolvidos, visando sua melhor compreensão. O levantamento da produção científica internacional e nacional, do período de 2002 a 2012, permitiu apresentar uma análise comparativa a respeito da autoria, das estratégias metodológicas e do conteúdo temático das pesquisas ponderadas.

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dos principais resultados obtidos neste levantamento, organizou-se uma síntese demonstrada na Figura 5.

Figura 5 - Síntese dos principais resultados da pesquisa

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da pesquisa.

Os achados deste estudo contribuem com a visão de Podsakoff et al. (2000), o qual afirma que o número de pesquisas a respeito do CCO tem crescido, demonstrando que esse é um dos comportamentos extra papéis mais notório. No entanto, essa constatação parece mais adequada quando se trata da produção internacional, visto que pesquisas sobre a temática no Brasil foram encontradas em menor escala e, inclusive, em dois anos do período analisado não foram identificadas estudos com esse foco.

Averiguou-se, também, que a maioria dos artigos, tanto internacionais quanto nacionais, por utilizarem pesquisas descritivas e quantitativas, não aprofundaram análises que vislumbrassem a maior compreensão acerca do CCO, sugerindo a necessidade de ampliação dos estudos sobre a temática. Essa percepção colabora com as evidências de Kumar, Bakhshi e Rani (2009), os quais afirmam que, embora nos últimos anos tenha aumentado a pesquisa no campo de CCO, em sua grande maioria estes estudos exploram a sua relação com outras variáveis apenas mensurando e descrevendo resultados de forma generalizada.

As análises apresentadas nesse trabalho ampliaram as considerações sobre o Comportamento de Cidadania Organizacional, sinalizando aspectos importantes para a compreensão do tema em suas múltiplas dimensões. Todavia, como toda pesquisa, devem ser considerados os limites do estudo, principalmente quanto a sua abrangência, neste caso limitando- se aos últimos 11 anos e aos principais periódicos internacionais das áreas de Administração e Psicologia e periódicos e eventos nacionais da área de Administração.

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dos fundamentos e dimensões presentes nas diferentes abordagens teóricas sobre o CCO. Da mesma forma, considerando a carência de modelos sobre o tema, podem ser desenvolvidos novos estudos que ampliem as perspectivas sobre CCO, incluindo os antecedentes identificados nas pesquisas internacionais. Ainda, podem emergir análises que vislumbrem aprofundar os seus consequentes, os quais tanto nas pesquisas internacionais quanto brasileiras foram pouco investigados.

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