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MANEJO DAS DOENÇAS. Prof.ªMsc. Flávia Luciane Bidóia Roim

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Academic year: 2021

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MANEJO DAS

DOENÇAS

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1. Quais as medidas baseadas na exclusão?

Quarentena. Certificação. Inspeção. Tratamento químico e/ou térmico.

Uso de matérias livres de patógenos (propagação vegetativa/ sementes). Desinfestação de máquinas, implementos, ferramentas.

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Batata: Ralstonia solanacearum (Murcha bacteriana)

Crinipellis perniciosa

(Vassoura-de-bruxa)

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2. Quais as medidas baseadas na erradicação?

Eliminação de plantas sintomáticas e hospedeiras (Roguing). Eliminação de restos culturais.

Desinfestação química e física do solo (comprometer a qualidade do solo).

Tratamento de sementes. Rotação de culturas.

“Não há eliminação completa dos patógenos, mas redução de inóculo na área, e na medida em que são acompanhadas por outros métodos, completam a sua ação”.

3. Quando é possível aplicar o método de erradicação?

Quando o patógeno tem um restrito espectro de hospedeiro, baixa capacidade de

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Prática de roguing:

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“Fizemos o corte de aproximadamente seis mil pés de mamão do tipo formosa e golden pois estavam contaminados pelo vírus do mosaico”, explicou o chefe do escritório local do Idaf em Pinheiros, João Carlos Bis.

Segundo João Carlos Bis, após a constatação da doença a lavoura é interditada e ao proprietário é solicitada a erradicação das plantas em um prazo de, no máximo, oito dias. “Caso isso não ocorra, retornamos à

propriedade e erradicamos a lavoura”, disse.

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Prática de roguing:

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ROTAÇÃO DE CULTURAS

Alternância regular e ordenada de cultivos de diferentes espécies vegetais, numa sequência temporal em determinada área agrícola.

Benefícios: balanço microbiano do solo, aumento no teor de matéria orgânica,

preservação das condições físicas e redução da erosão no solo, bem como no manejo e controle de doenças e pragas de plantas cultivadas. Uma das melhores e menos

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ROTAÇÃO DE CULTURAS X DOENÇAS

o Necessário conhecimento: biologia do patógeno (Necrotrófico, Biotrófico e Hemibiotrófico).

o Fases do ciclo vital

1. Explora a planta hospedeira

2. Na ausência da planta hospedeira: sobrevive em restos culturais.

Problemas encontrados em função da longevidade dos patógenos no solo e ampla gama de hospedeiros.

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CARACTERÍSTICA DOS PATÓGENOS:

Sensíveis a rotação de culturas:

1. Sobrevivem pela colonização saprofítica em restos culturais do hospedeiro e não

apresentam habilidade de competição saprofítica. Ex. Bipolaris sorokiniana e

Drechslera tritici-repentis.

2. Não apresentam estrutura de resistência. 3. Esporos grandes e pesados. Disseminados

pelos ventos a curtas distâncias: B. sorokiniana e D. tritici-repentis.

4. Esporos pequenos e leves. Disseminados pelos ventos e respingos de gotas de água

transportados a curtas distâncias: Septoria,

Colletotrichum e Phomopsis.

5. Apresentam poucos ou nenhum hospedeiro secundário.

Não controláveis com rotação de culturas:

1. Apresentam habilidade de competição saprofítica. Rhizoctonia solani.

2. Possuem estrutura de resistência: oósporos

(Pythium, Phytophthora), cistos (nematóides,

escleródios (Sclerotinia, Macrophomina,

Verticillium) e clamidósporos (Fusarium).

3. Apresentam muitos hospedeiros secundários.

Giberella zeae e Pyricularia oryzae.

4. Apresentam esporos pequenos que podem ser transportados a longas distâncias. Giberella

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3. Quais as medidas baseadas na terapia?

o Termoterapia (calor): do solo, das sementes e partes propagativas e de locais de armazenamento de grãos.

o Nematóides, Pythium e Phytophthora: 50°C

o Sementes de brássicas, bulbos e estacas também podem ser tratadas com calor o Cuidado para não causar destruição da microflora saprofítica.

o Quimioterapia: oídios, H. vastatrix, U. appendiculatus

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4. Quais as medidas baseadas na imunização?

Resistência vertical Resistência horizontal Plantas transgênicas

A resistência pode ser classificada de acordo com sua efetividade contra raças do patógeno.

Segundo Vanderplank (1963), existem resistências que são efetivas contra algumas raças do patógeno e resistências que são efetivas contra todas as raças. No primeiro caso, temos as resistências verticais, ao passo que no segundo caso temos as resistências horizontais.

Durabilidade: de forma geral a resistência vertical é de curta duração, pois os patógenos têm capacidade de quebrá-la, quando aparecem ou são introduzidas novas raças para as quais as cultivares não tem resistência.

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5. Quais as medidas baseadas na

proteção?

o Tratamento químico de sementes, mudas e sementeiras

o Pulverizações com fungicidas o Controle de insetos vetores

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6. Quais as medidas baseadas na evasão?

Escolha de área e/ou local de plantio Escolha da época de plantio

o Cultura do Feijão /Patógenos transmitidos pelas sementes: o Antracnose do feijoeiro/

Colletotrichum lindemuthianum o Queima bacteriana/ Xanthomonas

campestres pv. phaseoli e Pseudomonas phaseolicola o Condições desfavoráveis aos

patógenos: clima seco (Bahia)

o Cultura da Batata/ Produção em regiões frias, altitude elevada

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7. Quais as medidas baseadas na escape?

Modificação do ambiente por prática culturais

Armazenamento de sementes, hortaliças e frutos em ambientes modificados Plantio em locais de altitude maior que 1.000 m para fugir de insetos vetores Sementes de alto vigor

Profundidade de plantio

Emprego de cultivares precoces Arquitetura ereta de plantas

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CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE PLANTAS NO BRASIL

1. Quais os problemas encontrados pelo uso intensivo de agrotóxicos? o Ordem ambiental: contaminação de alimentos/solo/água/animais o Intoxicação do homem

o Resistência de patógenos/pragas e plantas invasoras

o Desequilíbrio biológico: alterando ciclagem de nutrientes e matéria orgânica o Eliminação de organismos benéficos

o Redução da biodiversidade

2. Quais as vantagens da utilização dos agrotóxicos? o Simplicidade

o Previsibilidade

o Necessidade de pouco conhecimento dos processo básicos do agrossistema: ecologia/fisiologia das espécies

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CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS DE PLANTAS NO BRASIL

3. Quem interferiu neste sistema?

o Sociedade/ preocupada com o impacto da agricultura no meio ambiente. o Selo de qualidade: sem uso de agrotóxicos e/ou utilização adequada

Neste contexto surge: CONTROLE BIOLÓGICO

NÃO É SITUAÇÃO ADEQUADA A SUBSTITUIÇÃO DO CONTROLE QUÍMICO PELO BIOLÓGICO

“Manejo sustentável”

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Marcos históricos do Controle Biológico no Brasil

1950 – Foster, R. / IAC Campinas, SP.

Inativação do vírus do mosaico comum do fumo pelo filtrado de Trichoderma sp. 1986/87 – 1ª/ 2ª Reunião Brasileira de Controle Biológico de Doenças de Plantas Piracicaba, SP.

1987 – 1ª produto comercial: Trichoderma viride Controle de Pthytophthota cactorum em macieiras Embrapa de Clima Temperado

Rosa Maria Valdebenito-Sanheiza.

1990 – Acromonium para controle da lixa do coqueiro Manguari AS/ Shinobu Sudo.

1991 – 1ª livro: “Controle Biológico de Doenças em Plantas” Wagner Bettiol/ Embrapa Meio Ambiente.

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Marcos históricos do Controle Biológico no Brasil

1992 – 1ª disciplina “Controle Biológico de Doenças de Plantas” Curso de pós-graduação - Unesp, Botucatu, SP.

1992 – 1ª empresa: BIOAGRO ALAM LTDA

UFRS: produção e comercialização de Trichoderma.

1997 – publicação no IBAMA: Portaria n° 131 03/11/1997

Critérios e procedimentos para efeito de registro e avaliação ambiental de agentes microbianos.

2000 – Produção de Tricovab – Trichoderma stromaticum Controle de vassoura de bruxa

CEPEC/CEPLAC – Ilhéus, BA.

2007 – Reunião Brasileira sobre Controle Biológico de Doenças de Plantas Campinas, SP.

Criação: Associação Brasileira de Empresas de Controle Biológico (ABCBio).

2008 – 1ª fungicida biológico comercial contendo um antagonista para controle de doença de plantas. Trichodermil – Trichoderma harzianum

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Marcos históricos do Controle Biológico no Brasil

2009 – mais de 20 marcas comerciais de produtos contendo agentes biológicos de controle de doenças em plantas.

Cursos de pós-graduação específicos

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Agentes Biológicos disponíveis

Estirpes fracas de CTV contra Tristeza dos Citros

Estirpes fracas de PRSV-W contra Mosaico da Abobrinha Hansfordia pulvinata – controle do mal-da-seringueira Acremonium sp. Contra a lixa do coqueiro

Bacillus subtilis Trichoderma spp.

Trichoderma sp.

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Inibição do crescimento de F. oxysporum f.sp. cubense em amostra de solo. A) com adição de matéria orgânica (esterco de ave+engaço de banana); B) sem matéria orgânica; C) com

matéria orgânica + Trichoderma spp.

Estão sendo desenvolvidos, no CNPSD, estudos com o fungo Hansfordia pulvinata, promissor parasita de Microcyclus ulei, tanto na fase conidial como na fase estromática. A eficiência do controle pode ser verificada uma ou duas semanas após as pulverizações do inóculo, pela percentagem de lesões em forma conidial ou estromas parasitadas pelo H. pulvinata.

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Trichoderma: controle de patógenos de solo e

substrato e da parte aérea

Primeira publicação: Foster, R.

Trabalhou com a inativação do vírus do Mosaico do Fumo

1987: Trichoderma viride – controle da P. cactorum em macieirias. Agente biológico: colonizar o solo e proteger as mudas após o plantio.

Foi multiplicado em grãos de sorgo, acondicionado em sacos plásticos e usado nas covas de plantio.

1989/90: 50.000 unidades do produto/ Embrapa 1992: Surgio a BIOAGRO ALAM LTDA/ UFRS

2008: Bettiol e Morandi: caracterizaram a situação comercial do Trichoderma. o 13 empresas comercializando o produto

o Localizadas: Centro Sul do País

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Trichoderma: controle de patógenos de solo e

substrato e da parte aérea

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Trichoderma: controle de patógenos de solo e

substrato e da parte aérea

Principais espécies:

Trichoderma asperellum Trichoderma harzianum Trichoderma stromaticum Trichoderma viride

Trichoderma stromatum, fungo agente de controle da

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Trichoderma: controle de patógenos de solo e

substrato e da parte aérea

Patógenos alvos:

Fusarium, Pythium, Rhizoctonia, Macrophomina, Sclerotium, Sclerotinia, Botrytis, Crinipellis.

Culturas:

Feijão, soja, algodão, fumo, morango, tomate, cebola, alho, plantas ornamentais e cacau. Tratamentos:

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Trichoderma: controle de

patógenos de solo e substrato e da

parte aérea

Avaliação da qualidade dos produtos: Contagem de esporos Germinação Viabilidade Vida de prateleira: 30 a 180 dias: 25°C 180 a 360 dias: 4° - 6°C

Custo médio de aplicação a base de Trichoderma: R$90,00/ha (R$ 20,00 a 300, 00/ha). Registro: base de Trichoderma na cultura do feijão para controle de:

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Considerações Finais

1. Limitada disponibilidade de produtos comerciais e princípios ativos contendo agentes biológicos de controle de doenças em plantas.

2. Resultados inconsistentes ao nível de campo, ocasionado pela perda de credibilidade. Provavelmente pela desconfiança dos produtores, pois os microrganismos apresentam uma lenta ação.

3. A utilização dos organismos exige cuidados especiais.

4. Qualidade dos produtos disponíveis nem sempre é adequada, colaborando com as dificuldades em sua adoção em grande escala.

5. Especificidade é um fator que dificulta o investimento: eleva custo do produto.

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Considerações Finais

Apesar da dificuldades o mercado brasileiro de agentes de controle biológico tem crescido e se diversificado significativamente.

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