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Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares PROJETO DE INTERVENÇÃO

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Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares

PROJETO DE INTERVENÇÃO

2014/2015

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I - Introdução

Nos dias de hoje, a Escola perspetiva-se numa Escola para Todos, onde a diversidade tem lugar, ou seja, onde o direito à diferença, o respeito pelo ritmo de aprendizagem individual, os valores culturais, étnicos, políticos e religiosos se salvaguardam, se respeitam e se protegem.

Inclusão numa perspetiva ecológica, pressupõe uma filosofia educacional transversal a toda a escola, filosofiamessa, que deverá ser partilhada pela comunidade próxima, pelos responsáveis políticos e por um conjunto de leis que sustente essas práticas.

A educação inclusiva acentua a necessidade de formação/capacitação de todos os professores para lidarem com a diferença na sala de aula e na escola, visando uma orientação educativa flexível, que contribua para uma melhoria das respostas de todos alunos, incluindo os que se encontram em situações de maior vulnerabilidade.

Desta forma, flexibilizando as aprendizagens, usando uma diferenciação pedagógica que responda às características e necessidades individuais, para além de beneficiar a criança individualmente, beneficia-se também os demais alunos uma vez que se está a educar para o respeito pela diferença, construindo uma sociedade mais justa, mais consciente e mais responsável. Flexibilizar o currículo, atender às características e necessidades de cada indivíduo, e criar respostas diferenciadas respondendo a cada caso particular, não é ficar preso a conteúdos predefinidos e a ritmos e estratégias de aprendizagem rígidas, mas antes adaptar as respostas, os conteúdos, ritmos e estilos de aprendizagem, às condições concretas de cada grupo, subgrupo ou indivíduo.

A Educação dos jovens com Necessidades Educativas Especiais não deve ser pensada apenas, como educação formal e levada a cabo numa Escola. Deve ocorrer num processo evolutivo, com experiências, oportunidades de erros e acertos sucessivos, o que acontece na rua, nos meios de transporte, nas atividades de compras e lazer, enfim na vida.

Desta forma, a intervenção educativa não se deverá resumir à intervenção do docente de Educação Especial, mas deverá ser um trabalho partilhado entre todos os intervenientes no processo educativo do aluno, onde, através da reflexão conjunta, da partilha de preocupações, estratégias e sucessos, se encontrarão respostas que ajudarão os alunos a melhorar o seu desempenho académico, a aumentar a sua autoconfiança, a sua autonomia e independência pessoal.

A intervenção com alunos com Necessidades Educativas Especiais de Caráter Permanente é um trabalho de todos: profissionais da educação, médicos, psicólogos, famílias e comunidade e da colaboração de todos depende o seu sucesso académico, pessoal e social.

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Neste sentido, entendemos que o projeto adiante descrito corresponde às necessidades identificadas pelo Agrupamento de Escolas, mais concretamente a EB 2,3/S Dr. Daniel de Matos, no que concerne aos alunos que beneficiam da medida e) Currículo Específico Individual (CEI), do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.

II – Projeto de Intervenção

1. População alvo:

Ano Nome Domínio das

NEE

Alíneas

Débora Marques Matos Cognitivo e)

Marcos Soares Robalo Cognitivo e)

Mariano Soares Robalo Cognitivo e)

Pedro António Carvalho Jorge Cognitivo e)

Marco Paulo Ferreira Jorge Cognitivo e)

Marco José Carvalho da Silva Cognitivo e)

Tatiana Carvalho Cognitivo e)

Tiago José Bragança Godinho Cognitivo e)

Adélia Piriquito Cognitivo e)

João Paulo Henriques Tomás Cognitivo e)

Soraia Marisa Araújo Lameiras Cognitivo e)

10º João Carlos Jesus Cognitivo e)

11º Marco André Reis Cruz Cognitivo e)

2. Áreas de intervenção

2.1–Saúde e Ambiente

Fundamentação: Os alunos que, neste momento, estão incluídos neste projeto, apresentam graves dificuldades no relacionamento interpessoal e na consecução de atividades da vida diária. Salientam-se ainda as suas fracas habilidades ao nível da autonomia, cuidados pessoais/saúde, o que compromete irremediavelmente o seu desempenho na sociedade. Surge então a necessidade de facilitar a adoção de um conjunto de competências que possam facilitar o seu pleno desenvolvimento individual e, consequentemente, a sua plena inclusão na comunidade em geral.

Objetivos gerais

 Adquirir competências funcionais e sociais;

 Desenvolver a autonomia nas suas diferentes vertentes;

 Aperfeiçoar habilidades (higiene e segurança) procurando realizar as ações adequadas com correção e oportunidade;

 Desenvolver competências de vida diária, significativas para a sua vida futura;

 Adquirir consciência e atitudes adequadas relativas a problemas ambientais.

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Objetivos específicos

 Conhecer e desenvolver hábitos de higiene, saúde e segurança;

 Cuidar da higiene básica diária;

 Reconhecer a importância de alguns alimentos para uma alimentação correta;

 Verificar o prazo de validade de produtos;

 Identificar os órgãos dos sentidos;

 Identificar alguns órgãos internos e respetivas funções;

 Reconhecer hábitos de higiene promotores de uma vida saudável;

 Identificar cuidados a ter com a saúde e onde recorrer em caso de doença;

 Identificar e reconhecer algumas doenças, sinais e sintomas;

 Identificar mudanças corporais e sexuais

 Identificar símbolos e sinais de perigo

 Identificar ações que poderão oferecer perigopara a saúde e integridade física

 Identificar procedimentos face a algumas situações de perigo

 Identificar serviços e pessoas a quem recorrer em situações de emergência

 Identificar problemas de carater ambiental;

 Identificar comportamentos de proteção do meio ambiente;

 Adotar atitudes corretas perante problemas ambientais;

 Conhecer atitudes promotoras da conservação da Natureza.

Funcionamento e Recursos Materiais

Esta atividade funcionará de acordo com a disponibilidade de horário dos alunos e docentes, sendo aconselhado para a realização da atividade 90 minutos semanais, repartidos em dois tempos.

Responsáveis

Esta atividade será da responsabilidade de docentes da disciplina de Ciências Naturais.

2.2 – Toca a Mexer

Fundamentação

Os alunos incluídos neste projeto, à exceção de um que está numa situação de paraplegia definitiva, todos os outros não padecem de dificuldades motoras e funcionais que os impeçam de fazer o seu dia a dia normal e a prática de atividade física. Porém, à natural necessidade de estimulação das capacidades motoras é, essencial, melhorar índices de autoestima, autoconceito, bem estar físico e psíquico, perseverança, coragem, esforço e empenho para ultrapassar obstáculos e dificuldades. É igualmente importante o desenvolvimento do espírito de grupo, das relações afetivas e interrelacionais.

No que respeita ao aluno com mobilidade reduzida, além de todos os aspetos sócio afetivos referidos anteriormente, é necessário desenvolver as capacidades motoras essenciais para a melhoria do seu dia a dia, das suas ações mais básicas, da sua mobilidade e coordenação fina. Tudo o que lhe permita uma melhoria da sua qualidade de vida.

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Objetivos gerais

 Adquirir competências funcionais, motoras e socio afetivas;

 Desenvolver a autonomia nas suas diferentes vertentes;

 Desenvolver capacidades e competências que permitam uma melhoria qualitativa na sua vida diária e que se tornem significativas para a sua vida futura;

 Desenvolver formas de expressão corporal e rítmica.

 Respeitar as individualidades.

Objetivos específicos

 Desenvolver a postura, flexibilidade e mobilidade corporal;

 Desenvolver as capacidades de atenção e concentração;

 Mimar atitudes, gestos e ações;

 Movimentar-se de forma livre e pessoal, sozinho/aos pares/em grupo;

 Explorar as diferentes formas e atitudes corporais

 Explorar as atitudes de: imobilidade/mobilidade, contração/descontração, tensão/

relaxamento;

 Realizar jogos de grupo

 Explorar as diferentes possibilidades expressivas imaginando-se com outras caraterísticas corporais;

 Explorar diferentes formas de dança (em pares, em grupo, individual);

 Desenvolver formas de expressão rítmica e corporal em grupo ou individualmente;

 Desenvolver técnicas de descontração e relaxamento.

Funcionamento e Recursos Materiais

Esta atividade funcionará de acordo com a disponibilidade de horário dos alunos e docentes, sendo aconselhado para a realização da atividade 90 minutos semanais, repartidos em dois tempos de 45 minutos.

Responsáveis

Esta atividade será da responsabilidade dos docentes de Educação Física.

2.4 – Re…criar

Fundamentação

As experiências práticas que levem ao manuseamento de diferentes materiais proporcionam o estímulo sensorial e lúdico de que estes jovens necessitam. Outro aspeto fundamental é a necessidade de experimentarem várias vertentes que possam desenvolver pré- requisitos para promover as atividades pós escolares/profissionais.

Objetivos gerais

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 Desenvolver atividades que levem a uma frequência escolar mais aliciante, com ênfase nas atividades de caráter prático.

 Melhorar a destreza manual, seguindo as diferentes técnicas abordadas.

 Desenvolver a criatividade e sentido estético;

 Promover o espírito colaborativo e de parceria.

Objetivos específicos

 Explorar diversas técnicas de pintura;

 Realizar actividades gráficas diversificadas;

 Identificar, manipular e organizar diferentes materiais e objectos;

 Identificar, manipular e organizar diferentes ferramentas;

 Reutilizar materiais recicláveis para a realização de trabalhos manuais

 Manter e reparar pequenos equipamentos e espaços

Funcionamento e Recursos Materiais

Esta atividade funcionará de acordo com a disponibilidade de horário dos alunos e docentes, sendo aconselhado para a realização da atividade 90 minutos semanais, repartidos em dois tempos. Para o desenvolvimento das atividades do projeto será necessário durante as suas horas de funcionamento o acesso a materiais como lixas, tintas, pincéis, lápis, cola, martelos, pregos, etc.

Responsáveis

Esta atividade será da responsabilidade dos docentes de Educação Visual e Educação Tecnológica.

2.4 – Musicarte

Fundamentação

A necessidade de exploração de técnicas recreativas e de composição musical em grupo (recriação e composição de canções e temas musicais), de técnicas de improvisação vocal e instrumental aos pares ou em pequeno grupo, de técnicas de expressão emocional e evocação de sentimentos (escuta musical e expressão pictórica, escrita livre), o uso de metáforas e ampliação do imaginário simbólico (expressão corporal e dramática, coreografia e dramatização de histórias e atmosferas sonoras, etc) são essenciais ao desenvolvimento harmonioso destes jovens.

Objetivos gerais

 Utilizar a linguagem corporal e vocal para expressar sentimentos e ideias;

 Aumentar a autoestima e a consciência das suas capacidades;

 Aumentar a consciência de si, do outro e potenciar a interacção social;

 Adquirir competências interpessoais, de reciprocidade e empatia;

 Melhorar a capacidade e adequação na expressão dos sentimentos;

 Promover o desenvolvimento rítmico e auditivo.

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Objetivos específicos

 Ouvir e reproduzir sons;

 Reproduzir estruturas rítmicas;

 Sincronizar o movimento do corpo com o batimento regular;

 Realizar ostinatos rítmicos simples para acompanhar a turma nas canções;

 Identificar sons longos e curtos;

 Utilizar a linguagem corporal e vocal;

 Construir instrumentos musicais;

 Saber utilizar os instrumentos construídos;

 Fazer pequenas coreografias musicais e dramatização de histórias.

Funcionamento e Recursos Materiais

Esta atividade funcionará de acordo com a disponibilidade de horário dos alunos e docentes, sendo aconselhado para a realização da atividade 135 minutos semanais, repartidos em 1 bloco de 90 minutos e um tempo de 45 minutos.

Realizar-se-á na sala de música com o material disponível e/ou a adquirir ou a produzir.

Responsáveis

Esta atividade será da responsabilidade do docente de Educação Musical.

2.4 – Comunicar em diferentes línguas

Fundamentação

A aprendizagem de línguas estrangeiras (Inglês/Francês/Espanhol) ajuda os alunos com necessidades educativas especiais a atingirem níveis de comunicação mais avançados, favorecendo ainda o seu desenvolvimento pessoal e escolar.

O acesso às oportunidades educacionais em línguas estrangeiras é uma forma de o indivíduo beneficiar de oportunidades pessoais e que poderão melhorar o seu desempenho ao nível da atividade e participação e a sua integração futura na sociedade.

Objetivos gerais

 Desenvolver a competência comunicativa

 Desenvolver a capacidade de comunicação e expressão

 Contactar com diferentes línguas e culturas numa vertente lúdica e criativa.

Objetivos específicos

 Aprender vocabulário básico (saudações, alimentação, atividades, vestuário, etc.);

 Conhecer hábitos/costumes de outros países;

 Adquirir hábitos de pesquisa e trabalho cooperativo.

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Funcionamento e Recursos Materiais

Esta atividade funcionará de acordo com a disponibilidade de horário dos alunos e docentes, sendo aconselhado para a realização da atividade 90 minutos semanais, repartidos em 2 blocos de 45 minutos.

Responsáveis

Esta atividade será da responsabilidade de um docente de Línguas estrangeiras.

Nota: A definição dos grupos de alunos, horários e os docentes que irão lecionar as áreas, apenas será possível após a elaboração de horários de docentes e alunos.

Os alunos serão distribuídos por grupos que irão frequentar áreas diferentes de acordo com as possibilidades do seu horário curricular.

Referências

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