por uma presença fenomenológico-hermenêutica
(Versão Corrigida. O original encontra-se disponível no departamento.)Tese apresentada ao Instituto de
Psicologia da Universidade de São Paulo
para obtenção do título de Doutora em
Psicologia
Área de concentração: Psicologia Social
Orientador: Prof. Dr. Arley Andriolo
Nome: CLINI, Maíra Mendes
Título: Contemplações entre arte e clínica: por uma presença fenomenológico-hermenêutica.
Dissertação apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutora em Psicologia.
Aprovado em: ____/____/_____
Banca Examinadora
Prof(a).Dr(a).:______________________________Instituição:___________________
Julgamento: ______________Assinatura: ____________________________
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À minha avó Mercedes,
AGRADECIMENTOS
Ao amor da minha vida, Rafael, por ter sido meu porto seguro, minha direção, meu confidente, meu amparo, meu companheiro e meu alívio. Sem palavras para agradecer a sua enorme paciência e colaboração.
À minha mãe, Maria do Prazeres, pelo apoio, inspiração e exemplo.
Ao meu pai, Wagner, pela tenacidade e entusiasmo, e por vibrar sempre por mim.
À Rita Balduíno, pela escuta e amparo, e por trazer leveza ao cotidiano.
À Karen Fernandez, pela amizade de todas as horas, pela cumplicidade e por sempre apostar em mim.
Aos queridos amigos da fenomenologia, pela troca constante e incentivo. Tem um pouquinho de cada um de vocês aqui (lembrados em ordem alfabética): André Senra, André Toso, Alexandre Valverde, Daniela Achette, Débora Lázaro, Liliam Ferrarezi, Luís Jardim, Natália Timerman, Paulo Evangelista, Roberto Machado e Vítor Sampaio.
Aos meus sogros Rosângela e José Carlos, e a toda família do meu marido pela compreensão, cooperação e paciência durante esse intenso processo.
À Martha Gambini, pelo espaço privilegiado, pelo abraço e pelo olhar.
Às agulhas mágicas da Dra. Isabel, por me manterem saudável.
Aos tantos professores e professoras de yoga que me ajudaram a manter o equilíbrio. Especialmente Dani e Cláudia.
Aos meus alunos e supervisionandos, pela compreensão durante o processo de doutorado, e pelo aprendizado, sempre.
Aos entrevistados e entrevistadas, por construírem comigo o corpo deste trabalho.
Aos professores da graduação, eternos mestres, por terem sido a semente tenaz (lembrados aqui em ordem alfabética): Ari Rehfeld, Carlos Eduardo Freire, Hélio Deliberador, Ida Cardinalli, Marcos Colpo e Nichan Dichtchekenian.
Ao meu supervisor, David Cytrynowicz, pela experiência e pelo ensinamento.
À Irene Borges-Duarte, pelas sábias palavras e valiosas conversas, e por contribuir docemente para o sentido deste trabalho.
Ao Roberto Novaes de Sá, por ser um exemplo profissional, e pela enorme contribuição do seu pensamento.
Ao Marco Antonio Casanova, por ajudar a construir a base e a direção, incessantemente.
Ao meu orientador Arley Andriolo, pelo enorme aprendizado, pelo bom humor, pela paciência e atenção sempre proferidas, pelo tempo dedicado e por ser tão íntegro e competente. Por confiar em meu trabalho e construir comigo essa oportunidade.
Ao LAPA (Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte), por dar suporte, conhecimento, troca e aprendizado.
À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) por fomentar este trabalho, tornando possível sua execução.
À FMU por propiciar experiência docente, e por disponibilizar recursos para o estágio em Évora.
A verdade é a maior de todas as desprezadoras de
tudo o ue é ve dadei o , pois todo ve dadei o
se esquece imediatamente da verdade, do atiçar
seguro da simplicidade do único como a cada vez
essencial.
RESUMO
CLINI, M.M. Contemplações entre arte e clínica: por uma presença
fenomenológico-hermenêutica. 2016. 190f. Tese (Doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2016.
A partir da intersecção entre a psicologia e a fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger, pretendeu-se discutir a postura do profissional clínico que trabalha sob essa perspectiva, com fundamento no pensamento do autor, incluindo, principalmente, suas obras tardias e suas considerações sobre arte e linguagem. Construímos uma pesquisa qualitativa, interdisciplinar, que tangencia as áreas da psicologia, filosofia e arte. Por meio das considerações críticas fenomenológicas de Martin Heidegger, discutimos sobre a concepção de verdade que rege a psicologia enquanto ciência moderna e tange as práticas psicológicas na atualidade. Recorremos à fenomenologia hermenêutica como uma potência de superação de dicotomias. Para ilustrarmos o campo da práxis da psicologia
fenomenológico-hermenêutica, entrevistamos profissionais que trabalham sob essa perspectiva. Por meio deste estudo, pretendemos levantar as problemáticas envolvendo a fenomenologia enquanto abordagem psicológica e apontar possíveis caminhos de superação dessas problemáticas, desvendando possibilidades de uma psicologia diferente a partir, como se afirmou, das contribuições da fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger e das suas considerações sobre a arte e a linguagem.
ABSTRACT
CLINI, M.M. Contemplations between art and clinical practice: for a phenomenological-
hermeneutic approach. 2016. 190f. Tese (Doutorado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
From the intersection of psychology and the hermeneutic phenomenology of Martin Heidegger, the intention of this work was to discuss the attitude of the clinic professional that works under this perspective, based on the author's thought, including, particularly, his later works and his considerations on art and language. We have built a qualitative, interdisciplinary research, which touches the areas of psychology, philosophy and art. Through the critical phenomenological considerations of Martin Heidegger, we discussed the conception of truth that rules psychology as a modern science and that relates to present psychological practices.
We resort to hermeneutic phenomenology as a power of overcoming dichotomies. To illust ate the field of p áxis of phe o e ological he eneutic psychology, we interviewed
professionals working from that perspective. Through this study, we intend to raise issues involving phenomenology as psychological approach and point out possible ways of overcoming these problems, revealing possibilities of a different psychology from, as stated, the contributions of Martin Heidegger's hermeneutic phenomenology and his considerations on art and language.
Sumário
ABERTURA ... Erro! Indicador não definido. 1.Trança e círculo... Erro! Indicador não definido. 2. Clínica: porque e para que? ... Erro! Indicador não definido. 3. Postura ou Atitude? Presença. ... Erro! Indicador não definido. 4. Por uma psicologia (fenomenológica) social ... Erro! Indicador não definido. 5. Toda psicologia deveria ser fenomenológica ... Erro! Indicador não definido. 6. Fenomenologias ... Erro! Indicador não definido. 7. Algumas diferenças relevantes entre Husserl e Heidegger... Erro! Indicador não definido. Consciência? ... Erro! Indicador não definido. Redução fenomenológica ... Erro! Indicador não definido.
Epoché para a psicologia ... Erro! Indicador não definido.
Perspectivas possíveis a partir de Martin HeideggerErro! Indicador não definido. 8. Nosso caminho ... Erro! Indicador não definido. 9. Desafio e linguagem: palavra ... Erro! Indicador não definido. 10. Desafio e não-cisão: circularidade ... Erro! Indicador não definido. I – BASE, REMINISCÊNCIA E HORIZONTE ... Erro! Indicador não definido. I.1 -Fenomenologia hermenêutica ... Erro! Indicador não definido. I.2 - Breve incursão pela analítica do Dasein ... Erro! Indicador não definido.
Compreensão, disposição e discurso ... Erro! Indicador não definido. Sob a branda ditadura do impessoal ... Erro! Indicador não definido.
O vulcão discreto da indeterminação: vulnerabilidade e finitudeErro! Indicador não definido. O desvelar espantoso da angústia ... Erro! Indicador não definido.
Cuidado, articulador ... Erro! Indicador não definido. O clamor circunspecto da voz da consciência ... Erro! Indicador não definido. Culpa como estado de base ... Erro! Indicador não definido.
Um querer que não é vontade: idiossincrasias do querer-ter-consciênciaErro! Indicador não d
A (anti) decisão antecipadora ... Erro! Indicador não definido. I.3 - Fusão de horizontes ... Erro! Indicador não definido.
I.4 - O predomínio das ciências naturais e suas consequências para a psicologiaErro! Indicador não definid I.5 - A cátedra da subjetividade ... Erro! Indicador não definido.
I.6 - Verdade como adequação, veracidade e representação ... Erro! Indicador não definido. I.7 - Sobre o alijamento do mistério ... Erro! Indicador não definido. I.8 - Uma alternativa: verdade como aletheia ... Erro! Indicador não definido.
Insuperável? ... Erro! Indicador não definido. Há liberdade possível no seio da metafísica? ... Erro! Indicador não definido. I.10 - Considerações sobre métodos ... Erro! Indicador não definido. Método pela impregnação corrente ... Erro! Indicador não definido. Outro método, caminho como projeto ... Erro! Indicador não definido. Engajamento, implicação e estima ... Erro! Indicador não definido. I.11 - A fenomenologia vai à psicologia ... Erro! Indicador não definido.
Psicologia como ciência? Riscos da disputa pela objetividadeErro! Indicador não definido.
Psicologia como ciência? Os ônus e bônus de sua multiplicidadeErro! Indicador não definido. Psicologia e Técnica ... Erro! Indicador não definido.
I.12 - Rigor versus romantismo, por uma necessidade de diferenciaçãoErro! Indicador não definido. O humanismo não é nosso ... Erro! Indicador não definido. I.13 - Clínica na sociedade ... Erro! Indicador não definido. I.14 - Um passo atrás ... Erro! Indicador não definido. I.15 -Dos entes ao ser ... Erro! Indicador não definido.
Deixar-ser como um primeiro aceno à liberdade ... Erro! Indicador não definido. Petrificação e errância: esse é o ponto de partida . Erro! Indicador não definido. II - HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE DO CLINICAR ... Erro! Indicador não definido. II. 1 - Sob a marca de uma escolha: inquietação e compromisso Erro! Indicador não definido. II. 2 - Por uma psicologia diferente – entre a prática e a filosofia Erro! Indicador não definido. II.3 - O poder de uma falta – a antiteoria da fenomenologia... Erro! Indicador não definido. O mais ... Erro! Indicador não definido. II.4 - Lutar pela manutenção de um espaço que não serve para nada – pela rememoração do fundamento e da direção ... Erro! Indicador não definido. II.5 - O vigor de andar na corda-bamba ... Erro! Indicador não definido. II.6 - A vulnerabilidade de um é a vulnerabilidade de todos – por uma ética da proximidade ... Erro! Indicador não definido.
II.7 - Espanto e encantamento como cultivo do estar-junto-a: pelo respeito ao mistérioErro! Indicador não
II.8 - Rigor e implicação como única possibilidade de engajamentoErro! Indicador não definido. III- ARTE E CLÍNICA: UM ENSAIO ... Erro! Indicador não definido. III.1 –Viragem e o desvio do óbvio ... Erro! Indicador não definido.
III.7 – A desaparição do Sagrado ... Erro! Indicador não definido. III.8 – Outra possibilidade de desvelamento na arte e na clínica. Erro! Indicador não definido. III.9 - A origem da obra de arte ... Erro! Indicador não definido. Erigir um mundo ... Erro! Indicador não definido. Terra ... Erro! Indicador não definido. Embate ... Erro! Indicador não definido. Intimidade frêmita ... Erro! Indicador não definido. Clareira e encobrimento... Erro! Indicador não definido. Verdade combativa ... Erro! Indicador não definido. Fenda e intimidade ... Erro! Indicador não definido. Entre: diferença e dor ... Erro! Indicador não definido. Resguardar... Erro! Indicador não definido. Traço-fenda e Encontro-fenda ... Erro! Indicador não definido. Quadrindade ... Erro! Indicador não definido. III.10 - Morando na quadrindade: vizinhança e alteridade ... Erro! Indicador não definido. III. 11 – O ninho da Região de Encontro ... Erro! Indicador não definido. III.12 - Deixar-ser e Liberdade... Erro! Indicador não definido. III.13 - Pensamento do sentido: meditação ... Erro! Indicador não definido.
III.14 - Clínica como engajamento através do deixar-ser ... Erro! Indicador não definido.