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Dissertação e proposições sobre três pontos dados pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro: I. Das differentes forças mechanicas que concorrem na circulação do homem, tanto durante a vida intra como extra-uterina. - II. Em que casos as lesões traumati

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Texto

(1)

DISSERTA ÇÃ

3

O E PROPOSI ÇÕ

3

ES

SORRI:Tf FS POTTOS DADOS PELA FACtLDADEDF.MEDICINA DO RIODEJANEIRO: lijvdifferentesforcas mecèanicasqueconcorrem nacirculação do homem,lautoduranteavida infra

extra

-

uterina

.

II

. —

Em quecasos as lesõesIrauraaticasdocanal raeliidianodevem ser awessariameulemortarsv Lm quecasespodemsercuráveis?

Hl QBACSOSlugaresquenacidadedoRio de Janeiroe seus arrabaldes$ánmais favoráveis J saiid

-

Owesosmaisinsalubres? Iquecausas é devida essa diferença de salubridade?

T H E S E

Apresentadaámcnna Faculdade

^

cpublicainentesustentada nodia 9 dcDeiemlirode1852

ron

Cftr/o

-

i c./'c/sci/a (

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.v

DOUTOR EM MEDICINA

l U I l'RAL DE A'CR ADOS REIS(PROVÍNCIA DORIODE JANEIRO)

EIT.IIO LEGITIMOt>E

BENTOJOSÉ FERNANDES

.

On doitbeaucoupexiger de celuiquise fait auteur parun sujetdcgainet d'intérêt,mais

celuiquivaremplirundevoir dont ilne peut s'exempter,estdigne d’excusedans les faute» qu'ilpourracommettre

.

(LA BRCYèRK

.

T YPOG RAPHIA UNIVERSAL DE LAEMMERl

RuadosInválidos, 01R 185

-

2

(2)

FACULDADE DE IIED 1 CIM DO RIO DE JANEIRO

I

DIRECTOR.

O S*

.

Coasautaiao Da

.

JOS ÉMARTINSu* CRUZ JOBIM

.

LENTES PROPRIETÁRIOS

.

O» Su*

.

Dooroaa*: 1

.

»Aaso

.

Physica Mr

-

dica

.

F

.

P

.

CANDIDO

Y

.

F

.

ALLEMÀO

,

Examinador

^

Kolanica Medica ,ePrincipio»elementare»i

.

) Zoologia

.

I

2

.

®Aaso

.

\Chimiea Medica,e Prinripm* dementam<j* ) lÄineralogia

.

J

.

V

.

TORRES HOMEM

Anatomiageraledescriptiva

.

J

.

M.NUNESGARCIA

. . . .

3

.

»Asno

.

J

.

M

.

NUNESGARCIA

. . . .

L

.

!>«A

.

P. D»CUNHA

. . . . . . .

Anatomiageraledescriptiva

.

. . .

Pliysiologia

.

4

.

®Asso

.

. . .

Patliologia geraleexterna

.

. . .

Patliologia geraleinterna

.

) Pharmacia,Materia Medica, especialmen

.

vi

Brasileira,Therapeuticse Arte de forumur

.

J

.

B

.

D* ROSA

J.J.DASILVA,Examinador

. . . .

J

.

J.i»CARVALHO

' 5

.

*Asao

.

Opera ções,Anatomia topngraphicaeAppareil»»

I Parlo»,Moléstiasdcmulherespejadasepanto, i

demeninosrecem

-

nascidos

.

C

.

B

.

MONTEIRO

!

. .

D»C

.

FEIJO

.

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.

«Aaau

.

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.

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.

D

. .

* SANTOS

. .

J

.

M.D»C

.

JOBIM

. . . . .

HygieneeHistoriade Medicina

. . . .

Medicina Legal

.

2

.

®ao 4

.

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.

F

.

P

.

DKCARVALHO

.

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.

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.

®M

.

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.

PIMENTEL,Presidente

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Clinicaecternae Anat

.

Pathologiesre »pa*ti"

Clinica internaeAnat

.

Pathologicaleapecti»* LENTES SUBSTITUTOS

.

A

.

M

.

o* MIRANDA«CASTRO

F

.

G

.

ROCHA FREIRE

.

Examinador >

A

.

F

.

MARTINS,Examinador

.

M

.

M

.

nuMORAES» IALLE

.

.

F

.

FERREIRAo»ABREU

. . .

F

.

BONIFACIODKABREU

. .

t Secçãodas Scicncia»accetsoria»

.

SecçãoMedica

.

)

\)SecçãoCirúrgica

.

SECRETAMO

.

D«

.

LUIZCARLOSD A FONSECA

.

Y

.

íf

.

A Faculdade nao appro*anemreprovaa» opiniões emittidas

apresentadas

.

na »These»queH»*1

(3)

A HEU PREZAD Í SSIMO PAI

o ILL

.

"1®sn

.

EE 1 TTO JOS É rER . lTA . NDE5

J;

t MI\HA ADORADA MAI

A ILL

.

m* SR A

.

0 . MARIA LDIZA DE SOUZA FERNANDES .

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Vossohumildefilho quevosidolatra f CARLOS

,

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-

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.

(4)

A MEMORIA VENERANDA

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MINHA AVO

«

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A ILL .

"*

SRA . D. EMERENCIANA MARIA DE SOUZA

Eternasaudade !

.. .

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4 iril

E

A MINHA QUERIDA E - INNOCENTE MANA .

Tributa.ileainoi:fratmit»

^

«

(5)

* A BEEIS p &KMfTES Â E ®ESÇ @ A © @ S #

PARTICUI

.

ARMENTEfA MEU VENERAVEL PRIMO K AMIGO

Sr

. ííjroboro

3oscòaSilua(

5ama

,

Coroneldo Exercito,FidalgoCavallcirodaCasaImperial ,Cavallcirodas Ordens de S.Bentode AM/

cdeChristo,& c

.

f \c

.

< P 311 .

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«

A SUA DIGNA EI MIA

X

, MINHA PRIMA,

A

ILL . -

*

SRA . D . EMILIA THEODORA DA SILVA GAMA .

i MINHA PRIMA A ILL .

*

SRA . D . MARIA CLARA PASSOS

.

VMEL'PRIMO

£

AMIGO OILL

. - AHAM

SR

.

CUSTODIO JOSÉ DACOSTA RIBEIRO

.

I

Dignai

-

vosaceitar estaexíguaprovada sincera amizadequevosconsagro

.

f

-

.V..

0.L'

.

~ J,

Cirurgião Formado pela cxtincta Academia Mediro

-

Cirurgica do Rio de Janeiro, Cavalleiroda Ordem de Christo,dtcjßcc

.

*ÇDTO»f

.

(

SUA DIGNACONSORTE

E A SEU ILLUSTRE FILHO,MEU AMIGO E COMPANHEIROHEESTUDOS

.

O SR

.

DR

.

JOSÉMARIA RODRIGUES REGADAS

.

Tributode acrisoladaamizadee altaconsideração

.

\

MEU AMIGO E COLLEGA

O

ILL . “

0SR

. DR .

JOÃO

DA CRUZ SANTOS

.

1.«Cirurgiã o do Corpo de Saúde do Exercito ,condecorado com a.Medalha(1

.

«Grao)da ultima Campanha do Rio da Prata,&Cy&c

.

Pequena provade minhasinceraamizade

.

!ESE

íillra i •iaditame#;

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press

ão allnnosphericaj

PIMENTEL

, O

ILL . "

0 SR

.

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Anatomia Pilaiulra

-

liteiioasão M

^

ade de Medicina do Rio de lembro da 1comoestrangeiras:

rlrmi

-

MedicirjT

^

nonorarto

, ,

1'u JTOTde S

.

11

.

I., Medico especialt,,i"n||ii,,!ie tantodr omtuendador daOrdernde Christo,Ca

que

edaRosa,itc

^

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.

l'equena provadamais

i -

lente dc Clinica Medica c Janeiro

»aciona S

.

A

.

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i

ao c reconhecimento»

(6)

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-

KHEV

. -

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.

MARCOS CARDOSO DE PAIVA ,

l

^

alnoSeminárioEpiscopaldeS

.

José,Eianiinadur DignoVigarioda(iloria,Professor deTheologia !V

Synodal

.

Cavalleiro da Ordem de Christo,&c

.

&c

.

Homenagemássuasvirtudes.

irrm

A O S

MEUS AMIGOS E COMPANHEIROS DE ESTUDOS

0s 311 .

DR

. FRANCISCO XAVIER DA

A

4K1

GA

. DR . EUGENIO CARLOS DE

PAIVA

.

Dit

. JOSÉ FIRMINO

\

ELLE

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.

Dit

.

ANTONIO

JOS

É

DE SOUZA .

DR . DENTO MARIA DA COSTA .

Du.

FRANCISCO FERREIRA DE

SIol

LIRA

Sis

.:

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>ao equivoco>ignaldoaprm>cmque tenlio a amizade com queM>dignSohonrar-me.

%»

A

t

c

.

h

.

s.F.

(7)

I

SCIENCIAS ACCESSORIAS .

DAS DIFFERENTES FORÇ AS MECIIANICAS QUE CON -

CORREM NA CIRCULA ÇÃ O DO HOMEM , TANTO DURANTE A VIDA INTRA COMO EXTRA - UTERINA .

les plusimportanteset les plus curieusesàétudier.L'appareilquel'ctécute.

.

..

semblenètrequnemachinehydraulique

.

(BRACUETBTFOUILIIOCX

.

)

La circulationestunedesfonctions

Differentes

for

ças mechanicas liaque concorrem nacirculação do homeni durantea vida extra

-

uterina

,

ouantes

,

cujo

concurso

tempor limo

effectuar - se

entde cada uma das cavidades do coraçããoesta importante funcção; são estaso; aforcontracças:

çãoa contracçãdasartériaso e,aedilata

sua

disção

-

tensãocausada pela systoledocoracão;

^ ^

ontracçãoinsensíveldoscapillares;

a contracçãodas veias; a attracçã

o

exercida sobre o sangue nos capillares

pelasubstanciaõrgafricA;,rr*ln\1ftrlT(l

.

1fle

^

va

^

onq)w

ss

ãoAm.ulya ,

_

(pjLe. sefazemos orgãos dentro docorpo; a pressão atbmospherica; emli/n a gravidade

.

As

que

concorrem

durante avidaintra

-

uterina sã

o

quasitodasestas,emais :

a compressão que o seio^ffiaterno

-

exer

^

r*y<Tbi o producto da conceição

.

I ratarei pois em primeirolugardasqueconcorrem durante a vidaextra

-

ute

-

rina> e occupar

-

me

-

hci depois*

. -

ulamrqrtO'

- concorrem

durante a vida intra

-

uterina

.

r.MECII

.

1

(8)

2

ARTIGO

PRIMEIRO.

FORÇAS MECHANICAS QUE CONCORREM NAC1

RCULAGAO

DOIIOMEM DURANTE A VIDA

EXTRA - UTERINA .

§ t .

° Asauriculasc osventrículosdocoração dilatão

-

se ccontrahem

- sc

;

noprimeiro caso recebem

,

no segundo expellem de

seus

seios

o ^

anguequclhes

foi trazido

.

Chama

-

sesystole o estado de contracção, ediastoleode dila

-

tação; entende

-

se poremporsystole cpordiastole docoração a contracçã

o

ca dilatação dos ventrículos

,

porque os ventrículos

,

maiores

,

mais

espessos

e dotados de maior força emsuas contracções do que as auriculas

,

formão a maiorparte docoração

.

Fique portantojá entendido que osmovimentos das cavidades homogéneassão syuclironos

,

eque as heterogéneasaliernão em seus movimentos;entretanto a alternaçãonãoéperfeita quantoádiastole

,

porque todas ascavidadesdo coração achão

-

se nesseestado duranteum momento

,

o o qual éimmediatoá contracçãodos ventrículos

,

edepois do qual as auri

-

culas entrãoem contracção

.

sendo esta immediatamentc seguida da dosventrí

-

culos

.

Esteintervallo

,

duranteo qual todas ascavidadesseachãoem diastole

,

é precisamente»quelle emque temlugar a contracção do bolbo daaorta nos auimaes quedcllesão dotados

,

enosprimeiros tempos da vida intra

-

uterina

dohomem

.

Adiastole e a systolese succédera com muitafrequência: uma cavidade qualquer do coração

,

em um indivíduo adulto e de mediana idade

,

entra emcada um destes estados70a7õ vezespor minuto

,

segundoMuller;porém a maior oumenor frequência í*relativa

,

no estadophysiologico

,

á calma on

i

,

se

,

»oçõcsdo espirito ,áidade

,

.icuiANUïtiuciito

,

ao estado de vigilia oude som no

.

ao tempo anterior ou posterior á refeiçã

o,

ámaior ou menor ele

-

vação do indivíduosobre oniveldt>

inarT

segundoParrot

.

&c

.

;c

linalmente.

segundoobservaçõesdeGuy c deGraves

,

á postura do corpo,o queainda différé segundo a bora do dia cm que se observa

.

As auriculas em systole(

í iinihuem

suas cavidades oufazem

- as

desapparecer, eosangue que ncllas se contém épor issoexpellido

.

Para sahir das auri

-

culas, seguiria osangueo caminho db

?‘

ventrículos

,

da tornaria ás veias; porém sendo então os ventrículos

mesma

maneiraque em diastole

, estando

(9)

>Z

< -

franqaeavetsos orifíciosauriculo

-

vcntriculares,cm virtude da conservarão de calibres c do abaixamento desuas valvdasnas cavidades ventriculares

, seus

cporoutro ladooppondo

-

se de alguma sort?á retrogradaçãoo sangue das reias impedido </ (ergo

,

e bem assim os orifícios venosos das auriculas estreitados pela propria contracçãoauricular,outrocaminho não restasenão odosventrículos

,

cujasentradaso proprio sangue

concorre

parafecharapós si

.

Masdaqui nãoseinfiraqueeu julgue quelodo o sangue vápara os ven

-

trículos

.

Apósa systole das auriculasveina diastolecom extrema rapidez

,

eosangue coutido nostroncosvenosos é lançadocmsuascavidades dilatadas;pie tudo começa aomesmo tempoque os

ventr

ículosenlrão cm systole

.

Ora

,

sendo a systoleum movAientomuito mais rápidoqueadiastole

,

segue

-

sequea diastole ventricular ainda iráencontrarasauriculasdilatadas,céprccisamenlcoque acontece : os ventrículos pois, ein virtude de sua acçáoaspirante

,

aspirarão parte do sanguedasauriculas,oqual serálogo substituídoporsangueque corre dostroncosvenosos;eassim , sem completaremsua repleção

,

cutrarião em systole,seas

aur

ículas nãosecootrahisscm antes ,cnã

o

lhes completassem a repleção

.

Tudo istose passa no intervallodetunasystoleventriculará outra

.

Quandoporém temlugara systole

,

ascavidades ventriculares diminuem ou dcsapparcccm,e osangue nellas contido tendea escapar

-

se; mas como as valvulas triglochina e mitraltapão os oriiicios que guarnecem,

,

segundo a opiniãode Kurdach (é), pela acção das columnas carnudasque nellas se vão inserirportinos tendões

,

e(pieaspuxão de cima para baixoe para oseixos dosorifícios

,

já pelo proprio sangue que iinpellido contra cilas completa a occlusãocomeçada,ellesóopoderáfazer forçandoclançandoassygmoidespara ointeriordos troncosarteríaes,d’ondeéforcado aseguirocaminho dosramos

.

porque, uma vez chegado aos donstroncos,o refluxo não é permiltido

.

visto

acharem

-

seassygmoides abaixadas pelo propriosangueque as distende

.

Eis

-

aqui agora algumas questõesdignas de interesse:

!*kjulerefln:oodepartedosangue eonlidoemrada eaeidade,nomomento da systole ?

C

.

omquanlodurante a contracção auricularosorifícios venosos

sejãoestreitados

,

priucipalmentcosda auricula esquerda , em torno dos quacs, assim no da veia cava superior,segundoGcrdy

,

aslibras musculares

forinao

, por assim dizer, umasespeciesde sphinctcrcs, todavia

,

á vista da destituiçãode valvulasdosorifícios venosos

.

comexcepçàododas cardíacase do dacavainferior,que éguarnecido deuma valvula insníTicientc entretanto para o tapar ceniplctamente,á vista também dafulminanterapidez dasconlracçòcsdas libras

como

' 1Htirdach,TraitédePhysiologie

,

trad,par Jourdan,t

.

(> p

.

2V>

.

(10)

-

*>It

< -

muscularesdocorarão

,

liãopossodeixar decrercom a maior partedosphy

-

existc refluxodeparte dosanguedasauriculasdurante asys

-

siologistas que

loi

, .

dElias; porquecmfiin a corrente sanguíneadas veiasparaasauriculas

,

refluxo

,

serálevadadevencida

.

Algunsphysiologistaslimitão a queseoppõcao

existênciadeste refluxo aotempoda expiração;acertada porém não me parece esta opinião: l

.

°porque,achando

-

secomprimidos durante a expiraçãoosgrossos ascolumnasdesanguenellescontidas devemoppôr

-

se mais

troncos venosos

,

fortemente ao refluxo; *2

.

° porque

,

se por um lado os ventrículosresistem

mais á entrada dosanguequeasauriculas nelles lanção

,

eque os vaifazer chegaraomaximumdediastole

,

por outro ladoasauriculas

,

não podendo chegaraomesmograo de diastoleaque chegãodurantea inspiração, menos sangue tem para enviaraosventrículos

,

econseguintemente(Efta fazer refluir.

Todaviaorefluxo deve ser maior durante a expiração,porqueémuito provável que então os ventrículos contenhão mais sangue (piando começa a systole auricular;indubitavelmente o é duranteos esforços, maspor parte da auricula esquerdaé

-

osómenteno começo,etalvezmesmopor hinseja elle nullo

,

por

-

quanto,comodizAdelon:«Bientôtiln'arrive(nie peu de sangauxcavités gauches ducœ ur

,

parce qu'il n’en est pasenvoyéau poumonpar lescavités droites

.

»Esterefluxo

,

quetantosobservadorestemnotadopor parte da auricula direita

,

principalmente Poiseuille

,

oqualpôde observa

-

lo perfeitamente cm uma experienciaemqueabrioo thoraxdeum animal e praticoua respiração arti

-

ficial

,

c que tão notávelse torna quando qualquerobstáculo se oppõcásahida natural dosangue do ventrículoou da auricula,este refluxo

,

digo,6mais considerável porparte da mesmaauricula;econvencidolicar

-

sc

-

ha disto,sc

attender

-

se á notaquefazBurdacli (*)

,

de que a formaçãodo tuhereulum de Lowerentre o orif ício auriculo

-

ventricular eo da veia cava superior, embaraçando apassagemdosangueda partesuperior da auricula para o ori

-

íiciodo ventrículo correspondente, favoreceorefluxo dosanguedestaauricula

.

Quantoao refluxo dos ventrículos para as auriculas

,

eis o que dizAde*

« Il n'ya tout au plus de rapporté dansces cavités (as auriculas)

.

(pic la petite quantité de sang que soulèvent les valvules tricuspidcsr/ mitrales

,

quand elles reprennent laposition horizontale

.

» Eutretail tocreio Ion:

que se póde dizer com quasi certeza que maior quantidade do que esst reflue do ventrículo direito para a auricula correspondente , senão todas as

Mv

.

esqueelle se contrahe

,

ao menos quasi sempre: o ventrículo direito é superior em capacidade ao esquerdo

,

se póde dar como certo

,

c nein elle lança

esvasiamento incompleto não nas artérias

,

em um certo seu

(*)Obr

.

eit

.

,I

.

cit

.

,|>

. m

»

(11)

- >

5«5

-

quantidndedesanguedoque o esquerdo;depois

,

ascolumnas tempo,maior

carnudasqueseinserem navalvula triglochina,mais longas,menosrobustas seinserem na mitral , nãooflereccin tanta resistência aorefluxo quoasque

corooestas,eo

,,

áo é

.

segundo Legallois,tãobemtapado pela respectiva valvula;c demais

, necessitando

o sanguevenoso dercvolvimento

.

a utilidade do refluxo óma

-

nifesta

.

Mas

.

assim como durante asexpiraçõesexageradas e muito exage

-

radas

.

comonosesforços

,

maioré este refluxo , assim também durante as grandesinspirações que se lhesseguem deveelle limitar

-

se quasiá pequena quantidade de sangue quea valvula tricuspida leva adiante de si antesde obliterar o respectivo orifício;6quedurante essasinspirações os pulmões

tornâo

-

semuiiq

^

iccessiveisaosangue,co ventrículo direito lhes envia todo oquedentro delleseencerra

.

Provavelmenteo refluxo do ventrículo esquerdo ifiraa auricula correspondente não se limita

,

no começo dosesforços

,

á proprio orifícioauriculo

-

venlricular,maiorque o esquerdo

.

pequena quantidade desangue que a valvulamitral leva adiante de siantes de tomar a posição horizontal

.

Escusadoé dizerque na primeira infanda ena velhice sãoprovavelmente maisfáceis todosestesrefluxos

.

2.4 As cavidades docoração csvasião

-

scinlciramcnte durante a systole?

Muller diz. que as cavidades do coração chegão quasi a esvasiar

-

se completamente,e Haller julga doutriíialmcnte que esvasião

-

se inteiramente

.

Segundo Sœ mmerring , sempre se encontra o coraçãovasio nos cadáveres

de homens mortos de repente, quando gozavão saude

,

ao passoque nos cadaveresde homens dobeis

,

&c

. .

elle diz

.

achar

-

se ocontrario

.

Segundo Spallanzani

.

oesvasiamento perfeito do coraçãodassalamandras nãotem lugar senãoem alguns indivíduos

.

Hurdach diz

.

queo ventrículo direito do coração dohomem, que quasi sempre 6 achado com sangue cm seu interior depois da morte (facto que elle julga poderser attribuidoá detenção da circulação artérias pulmonaresantes de cessar nas veiasgeraes ),temsido encon

-

radoalgumasvezesvasio

.

Eportantoprovávelqueoesvasiamentoincompleto tenha lugaremindivíduosdebeis,&c

.

, cujoscorações não tem uma força lecontraeção assazenergicapara nãodeixarficar cm cada um deseus seios

'

»a quantidadedesangueconsiderável

.

Comoquerque seja, oque parece certovema ser

nas

que, quando a respiração nãosc fizercom calma,

‘ " '

lentocompleto só poderá ter lugardurantea inspiração; masoesvasia

-

nento

oesva

-

incomplctodas cavidades esquerdas durante os esforçossópoderá ter

,

u"lr «o

come

ço

,

c a razão ó já sabida

.

(

'( 11 quantidadedesangue que u Systole do coração faz passar

}K

" "

a* o?terias?

Do que expendi acerca do esvasiamento e do refluxo

r.MEC II

.

(12)

(iei

-

do sangue dos ventrículos, segue

-

se que a quantidade de sangueque as artérias recebem em cada systole docoraçao devevariara cada passo , eque portanto não 6possível ser avaliada, tanto maisque a capacidadedos ven

-

trículos nãoéumaemtodososindivíduos,nem em todas as épocasda vida, c nem aquantidadedesangue cmcirculação ésempre a mesma

.

/

, .

» .1diastole sera

como

a systole dependentede actiridade das fibras musculares docoração?

Adiastole nada maisédo que umestadopassivo

.

momentode repousodas fibras musculares do coração

.

Para provara verdade desta proposição

,

eu poderia apresentar aqui as sabias demonstra

-

ções doimmortal Haller

,

masé bastante lembraras observações de Oetcr

-

reichercde Vaust, queacon íirmão deuma maneira peremptória

.

K paraque dadiastole na actividade das fibras musculares do coração, um

procurara causa

quando temostantas outrascausas a queattribui

la? Não temosa distensão

inactiva dessasmesmas libras

,

cmconsequência da cessaçãoda contracção, o afluxo sobretudo dosangue aoscapillares card íacos, em virtude dacessa

-

ção dacompressãodos mesmosvasos; oa111uxodosangue ás cavidades

,

em virtude da impulsão á tergo; finalmente ovacuo guc se tenta estabelecer nacavidadepericardiaua , consequência da subita diminuição de volumedo coração , reunidoá tendcnciadospulmões

,

segundo P

.

II

.

Bera rd,para pro

-

duzir o afastamento dasduas laminasdo mediastino ? Sim, temos, e taes são as causas de uma perfeita diastole

.

É provávelque as duas ultimas das causas dediastole quedeixoapontadas sejão nullas durante a compressão do thorax na expiração, ao menos na expiração exagerada , nos esforços, assimcomo deve a ultima lambem si

' -

!o paraa diastole ventriculardurantea inspiração; mas aindaque assimacon

-

teça,aindaquecilas possã o faltarsem quepor isso as cavidades docoração deixem de dilatar

-

se

,

como se collige do interessante caso do filho de Mylord Montgomery

,

que sósentia tocar

-

se

-

lheno coração quandoparaelle olhava, da autopsiacadavérica do general Cony

,

emquem nãoexistia abso

-

Iutarnente cavidade pericardiaua (*),&c

.

, nãodeixãocomtudo desercausas

dediastole,e ninguém que bem meditara respeito poderá nega

-

lo

.

5

.

'Qualé a força dasystole ventricular?

Muitosobservadores tem

-

sc

occupado em avaliar esta força,e resultados extremamentedifferentes tem

( * ) OSr

.

Dr

.

De

-

Simoni,tornando areferirestaautopsiaem umaMemorialidaáAca

-

demia Imperial de Medicinana sessãode!ide Junhode 18á7(n

.

°*1, 2c3do3.11anno dos Annaes deMedicina Brasiliense)#accrescentaqueogeneral nunca em suaenfermidade

apresentárasignaesde embaraçona circulação venosa, taescomoincitamento «las jugu

-

lares,&c

.

(13)

7

«-

corôailo seuscálculos:assim uns aelevarãoa quasi duas centenas de milha

-

res de libras, outrosa algumas libras

,

c outros emfim a algumas insigni

-

ficantesonças;cainda assimestas avaliaçõessó temversado sobre a systole doventrículo esquerdo, que é muito superior cm força á cio ventrículo direito

.

Entretantoestesresultados,por maisdifferentesque sejão,nãodevem espantar,comodizP

.

11

.

Berard

.

queaccrescenta como razão: « Poiseuille demonstrou perfeitamente que entreosautoresquese temoccupado daforça docoração,umquiz avaliar as forças gastas pela potência motora cm cada contracção do coração; outrooesforçodynamico deste orgão; um terceiro, seu esforço hydrostatico

.

» O mesmo Poiseuille parece ter chegado a um resultado o mais satisfactoriopossível,uma vez que se tratadeavaliar uma força que nãC"%póde ser a mesma em todos os indiv í duos, assim como não o(' em todas as ('•pochas da vida; c não é de admirar tal resul

-

tado, pois que seus cálculos repousão sobre bases razoaveis: calcu

-

lando a área do circulo da base da aorta de um adulto em 902

.

*2857

millimetros,e multiplicando

-

os por 100 milliinetros, altura da columna de mercúrio capazdefazer equilíbrioápressão a que o sangue estásubmettido nasartérias (termo medio das alturas obtidasem diversos animaes)

.

conclue ellequea força da systole do ventrículo esquerdo é igual a h libras, 3 onçaseA3grãos;de maneira que,se pudesse conhecera altura da columna demercúriocapazde fazer equilíbrio á pressão a que o sangue estásub

-

meltidonaartériapulmonar ou em qualquer deseus ramos,conheceria elle também approxiinadamente aforça da systole do ventrículo direito

.

6

.

* Att aquepartedoapparel/iocirculatorio chegaainfluencia da systole ventricular?

A pressãoa queosangueestásubmettido nasartérias6 sufli

-

ciente para fazê

-

lo atravessar os capillares;oqueseprovapelas experiencias deHalles,o qual observou o liquido atravessar oscapillaresepassar paraas veias, quando subinettia a carotida de um cão morto á pressão de columnadagnadequatropêse meioque elle mantinha durante algum tempo

,

ou a aguacorrerpelos capillaresdointestino cortado defronte do mesenterio

,

«piandosubmetiiaámesma pressãoaartéria mesentcrica de um animal morto

.

Esta pressão é vencida e auginentada pela força da contraceão ventri

-

cular;porquanto observadores attestât) seu augmentodurante a systole do coraçãoe sua diminuição na diastole,á vista da ascensãoou abaixamento da columnado sangue quese elevaem um tuboadaptado a uma artéria de um animalvivo

.

Ora , seocoraçãoaugmentaconstantemente a pressão dosangue nas artérias , augmcnlando

-

llie amassa, seesta pressão tende constantemente adiminuir

-

se em consequência da quantidade de sangue que atravessa os capillares, logo é cila a causa da manutenção da pressão do sangue

uma

uas

(14)

- > s ^

arterias: logoprovada está agrande influencia (la systole ventricular sobre a circulação nas artérias c noscapillares

.

Demais,o curso do sangue é mais accelerado nos capillares mais proximos do coração,e asobservações de Muller e de outros attestão que

,

cm animaes enfraquecidos ou muito o curso do sangue nos capHlares perde sua continuidade, torna

-

se

novos,

pulsativo,ou que,se inui grande é adebilidade,osglobulos sanguíneosavançâo no momento dasystole ventricular,retrógradão um pouco na diastole, para depois avançarem de novo

.

Do queliendito

.

collige

-

seque asystole ventriculardeve levarsua influencia atésobrea circulação nasveias

,

conclusãoestaque tem em apoioexperiências eobservações numerosas

,

algumasdas quaes passoa mencionar

.

Deixarei de parteasexperiencesdeMagendie,Spallanzani, Hallerejjutros

,

emque ellesaíDrmão terobservadocessara circulação em urna veia todasas vezes que comprimiãoa artériacorrespondente

,

ainda que aquclla estivesse cheia desangue

,

para ira experiências e observaçõesmaisconcluentcs

.

Tomando

um tubo de vidro,que

,

dirigido liorizoutalmcute na extensãode 150 millime

-

tres

.

curva

-

se para baixoaté 250,e depois,descrevendoum meiocirculo, eleva

-

se verticalmentc na extensãodo650, Poiseuille observouque,quando introduziaem umaveia de um animal a extremidade horizontal dirigidapara os capillares

.

eduranteo tempoquegastavaosai

.

guepara chegar noramo maioraumaalturaéquilibrante da pressão a que osangueestásujeito nas veias, a qual, segundo seus cálculos

,

é proporcional ã pressão do sangue nasartérias

,

ecom cila baixa ou sobe , Poiscuille

.

digo

.

observou que a

ascensão do sanguenãoera contínua, massim rémittente

.

Husch refere1er observado

,

durante muitos dias, pulsações isoebronas com as das artérias

iasveias dorsaes da mãode um menino enfraquecido por uniafebre biliosa, iurdacli cita em sen excellente Tratado de Physiologia (*) numerosos

;respeitáveis observadores que virãoo sangue marchar pulsalivamcntc nas veias de homens c de outros animaes, ainda que ellasestivesemassaz dis

-

tantes docoração,eporissofóra da influencia dos movimentos respiratórios au da diastoledas cavidades desseorgão, tantomaisqueaspulsaçõeserào nais fortes nas divisões dos ramosdoque nos propriosramos; Davis,entre 'lies , observou que as pulsações desapparecião alem doponto cm que eile comprimiaa veia,entretantoque contiuuavãoentre opontocomprimidocos capillares

,

ereapparecião alem do ponto comprimido logo que elle cessava a compressão

.

Hmfim

,

Coudret

,

sangrando a indivíduosmusculosos epletó

-

ricos

.

observou que o sangue

,

o qual de ordináriocorre de uma mineira

(*) T

.

ciU

,

p

.

311

324

.

(15)

- >

0

* -

continua pela aberinrn da vein,apresentava algumas vezos sacudidelas que succcdiáo

-

seaos batimentos das artérias

,

e que , segundo elle

,

devem ser

attribuidas

ásystole d’estas (*)

.

7

.

«Qual uinfluencia dudiastole das caridades docorarãosobre acireu

-

\scavidadesdo coração,dilatando

-

se

.

aspirãosangue nos troneos (os ventrículos indirectnirtente , aspirando o das auriculas)

,

como venosos

se concluedoque observou Reichel na circulação da ran

.

quando pela exci

-

tarãoreanimavaosbatimentosjá extinctos docoração,efoi

.

queosglobulos dosangue inovião

-

sc logo nos capillares, mas que nas veias o movimento

começava nos troncos, para mais tardeapparecernosramos (**)

.

Vbstracção feita dos movimentosrespiratórios,que modilicão

-

llic a influencia sobre a circulação, asuspirarão não poderia leva

-

la alem do principio dos troncos

venosos; eis as razoes: 1

.

' porque o sangue caminba nas veias de uma

«maneira continua, sem remittencia (aomenos apparenteinente)

.

sem neces

-

sidadedcforraàfronte,esó movidopelas forras àtergo

,

comooprovao facto docorrimentoconstante do sanguepela aberturade um troncovenoso privado desua cotnmunicação (directa ou indirecta) com o coração; 2

.

®

porque,allluindo assim para as auriculas,soffre o sangue duranteasystole destascavidadesumaretenção nosgrossos troncosvenosos,quetuinefazendo

-

se por issoepelosangue queentão reflue dasauriculas,como observouWe

-

demeyer em animaes «le sangue quente e adultos, reagemsobre o sangue,

(piandocessa a systole auricular

.

Vsmodificaçõesporõm que osmovimentos respiratórios trazem á suainfluencia,pequenas nos movimentos respiratórios ordinários,tornão

-

semuito consideráveisnosmovimentosrespiratórios exage

-

rados: a expiração cercêa

-

Ihe a influencia,c talvez mesmo, quando muito exagerada, como nos esforços, torne

-

a nulla; a inspirarão pelocontrario torna

-

a maior

.

Nosprimeiros tempos da vida extra

-

uterina

,

antesdacompleta obliteraçã

o

dofuro de Botai

,

é muitodecrèr quea aspiração produzida pelas cavidades esquerdasdetermine apassagem deuma

cuia direita para a esquerda

,

pela dita abertura, ao menos durante os vagidos

.

S

2

.

°Asystoleventricular

,

fazendo passar para as artérias,comojá fica pequena porção de sangueda auri

-

( )Burdach ,que refere estaobservaçãode Coudrct (obr

.

cit

.

, i

.

dt

.

,p

.

315), quer queas sarutlidoiassejaodevidasáforçaaspirante das

aur

ículas,porqueellas,por isso quese succc

-

diPào áspulsações dasartérias,coinckliãocoina diastole auricular ; nãosei pori'm

"

*a tertal pretenção,quandoparapraticar

-

sea plilebotomia6necessáriointcrceptar

.

pelo

ui" v

comose acotnmunicaçãoda veiaabertacomo coração

.

HBurdach,obr

.

dt,t

.

cit,pag

.

31á

.

r

.

Mtcu

.

J

(16)

10

ex-

cluo

,

uma certa quantidade dc sangue que augmenta a massa sanguí

nea

uellas existente

,

tende

,

em virtude daigualdade dcpressão e mui pouca elasticidade dosangue

,

afazersahir iminediatainente destesvasosuma quan

-

tidadede sangue igual á que para elles fez passar; porém

,

comoa isso se oppõem os eapillares, não dando saliida tãorapidamente

,

em consequência das resistências, aessa quautidade de sangue,cila forçará as artérias a dis

-

tenderem

-

se

,

afim deaugmentarern decapacidade

,

por quanto

suas

paredes prestã

o -

se á distensão

,

tanto no sentido longitudinal como no transversal

.

Para selicarconvencido deque ellas alongão

-

se nomomento da systoledo

cora

ção

,

ébastante observar atravésda pelle as pulsaçõesda artéria tem

-

poral de alguns indivíduosmagros;só porém as experiências dePoiseuille

,

de Spallanzani c Flourens

,

pudérão destruir as duvidas que

gavi

ão sobre a existência do alargamento, o qual entretanto

, como

diz Burdacb ,póde ser nuiloemindivíduosdebilitados, lista distensãodas artérias cm ambos ossentidos, dependente,comose vô

,

da elasticidade das paredesdestes vasos

,

esó causada pelasystoledocoração

,

produzindo oafastamento violento dos tecidos deem tornod’elles,deve destartofavorecer a circulaçãouaquellas veias que lhes passão juntas; ea esterespeito accordãoquasi todos os physiologistas

.

Dis

-

tendidas pois que sejão as artérias

,

ei

-

las tendendo a voltar a seu estado anterior

,

em consequência de sua elasticidade: por consequência ei

-

las

apertando o sangue

,

c apertando tanto maisfortemente

,

quanto maior foisua distensão

.

Masnãoésóeui virtude da elasticidade que as artérias reagem sobreo sanguedurante os intcrvallos das systoles ventriculares;a contractilidadepro

-

pria deque ellassãodotadas tem lambem nisso grandeparte

.

cé somente

a ellaqueédevida a vacuidade deilas depois da morte

.

Aexistênciadesta contractilidade propria é posta em evidencia por grande

numero

de expe

-

riências , das quues referirei algumas, burdacb observou artérias destacadas decavallos contrahircui

-

sesobre cylindroscorrespondentes a seus diâmetros e nellas introduzidos

,

eem sua já cilada obra (*) aponta

numerosos

obser

-

vadores quevirão artérias distinclamenle contrabircm

-

sc

,

quando irritadas:

assim Vorschub

- ,

que

,

raspando com um escalpello a artéria crural de ura cão

,

vio

-

a conlrabir

-

scemcinco pontos

,

cujos inlervallos ficarãocheios de sangue

,

eque lambem vio artériascontrahircm

-

se pelo contacto de alguns agentes chimicos

,

como o ammoniaco

,

o acidosulphurièo,cVc

.

; Hastings

,

que vioaartéria crural de umgatoconirahir

-

se

quinze

,

raspando

-

as com um escalpello ;Reinarz

,

que vioa aorta cortadadc em setecasosca aorta em

(*)T

.

cit

. ,

p

.

252c seguintes

.

(17)

11

boiapertar odedonella introduzido

,

evoltar aseu diâmetroanterior depois da

retirada

do dedo; emlim

,

Moscati

,

Hunter

,

Parry

,

&c

. ,

osquaes virão artériascontrahirem

-

scpela simplesimpressã

o

doar

.

Magendie(*)

,

descobrindo ocomprimindo entreosdedosa artéria crural de um cão

,

vio-a retrahir

-

se

abaixodoponto comprimido

,

e fazer sabir de seu interior todo osangue que ahihavia

.

Finalmente

,

Giulo eRossideterminarãocontracçõesnasarté

-

rias pelo galvanisino

,

assim como Bikkerc Van

-

der

-

Borcb pela acção da

faisca electrica (**), eBurdach dizque o galvanismo determinaas artérias a

contrabirem -

se

,

em animaes vivos

,

atéquasi metade deseus diâmetros, oqueé acompanhado de crescimento na]circulação (***); Muller porém, quedescreve e confirma emseu grande Manual de Physiologia (****) as experiênciasde

inclinam

feitassobreo mesenterio daran edo Bufo

-

igneu#,

asquaesdemonstrão oqueéjásabidocconslanteinente observado

.

istoé,

pieasartériasse conlrahcmsob aacção daagua fria, Muller

,

digo, con

-

firma com experiencias proprias, feitas com o galvanismo

.

os resultados negativos de analogasexperienciasde Nvsten, de Wedemeycr e Bichat;mas estes resultados

,

quandoésabidoque a irritabilidade dasartérias desappa

-

recc pelo simples facto da repetição da excitação

,

como altestão alguns observadores

,

quando 6sabidoquea maiorpartedas contracções observadas temsido determinadas por excitantes mecbanieos, que podem muitas vezes destruir a irritabilidade dasartérias antesque ascontracções se possão ma

-

nisfestar

,

nada provã

o

contra a boa fé d’aquelles que virãocontracçõesnas artérias determinadas pelo lluidoelectrico

.

De todas

\

as contracções porém

que temsidoobservadasnenhumajamaisse manifestoucomrbytmo ; segundo Hastingse outros

,

algumas até tem durado muitas horas

.

Creioportantoterdemonstradoqueasartériassãoviolentamente distendidas durante assystolesventriculares

,

quenosintcrvallos destas ellas se contrahcm

.

c que aeontraeçãonãosóédevidaá elasticidade , como também a umacon

-

tractilidadepropria; tantoporémaelasticidade

,

comoacontractilidado propria . diasasvãoperdendona velhice

,

ámedida quesuasparedesvão marchando para aossificação:d’ahia disposição quetemosvelhosparaaapoplexia,grangrena

,

&c

.

§

:

S

.

° Oscapillaressão

vasos

tenuíssimos queparecemnão termais por íim do que pôrosangueem contacto mediato

com

asubstancia dos tecidose, na

pequena

circulação ,c o m oa ratmospherico;suasparedes,formadas por uma

um

OPrMsde Physiol

.

,!

.

2,p

.

392

.

(**)(v O b rRicherand,

.

cit

.

,tElem

.

cit

. .

, pdc Physiol

.

35h

. .

,i

.

1,p

.

512

013

.

(*

**)T

.

1,p

.

1G3

,

irad

.

de Jourdan

.

(18)

12dr

-

membrann propria,quetalvez nada mais seja doqueacontinuaçã

o

da

membrana

interna das artérias,sãotão delicadas,que

,

comodizMuller

,

só privando

- se

estes

vasosda substancia organicaqueos

cerca

,por meioda

macera

çao

.

e isso

mesmo

em certas partes

,

póde

-

seentãoalgumas

vezes

enxerga

-

lascomomicroscopic» ;e ppunliãoestesvasossimples sulcoscrivadospelo tantoquehouve autoresque

substanciadostecidos! Naoépois muito possitol que estes

vasos

su sangue na

não favorecãoo cursodosanguecm sisenãoem virtude de uma contracção insensível ,puramentedevida áelasticidadedequenecessariamente devemgozar

paredes

,

contracçãoquedemaisé bemprovável?

g

h .° Queasveiascm geralsãodotadas deelasticidade, mas nãotãocininen

-

arterias

,

é factoincontroverso; c poisdevem cilas,uma vez suas

tementecomoas

distendidas pelo sanguequenellascorre

,

tender avoltarase

instado

primitivo,

ed'esta sorte

concorrer

para

,

queosanguesiga o caminhodo coração: assim acontecenaquellcstroncosvenosos em queo sanguesoffrcumaretenção rliytinioa duranteasystole auricular

,

enas veiassupcrlieiacs

,

quando cilassãobemdis

-

tendidas pelo sangue

,

o que6de facilexperiencia

.

Alem daelasticidade

,

possuem as veias,ãsemelhança dasartérias, masem grao mais somenos

,

uma contractilidade organica propria,de cuja existência parece

-

mequenão éhoje maispermiltidoduvidar

.

\contractilidade propria das artériaséattribuidaporMuller aumacamada delibrasparticularesdescoberta porIlenle entre a membrana mediaca interna destes vasos;eporcertoninguein poderáconscienciosamentedeixar de dar

-

lhe muita razãode assimpensar,á\ista dos caracteresporelle

^

apresentados d'estacamada (*)

.

Ora, sendo assim,e asseverandoomesmosabio professordeBerlim (**) a existênciadeumacamada de libras da mesma natureza d’aquellassobre amembrana internadas veias

,

porquenão haveriãode possuir também estas

uma

contractilidadeorganicapropria? 0)Dizeito da camada dc Heule:«Leslibres élastiques s'ymontrentencore,maisseulement commeaccessoires,sousla forme d'unréseauquientouredesfaisceaux fibreuxd'uneespèce particu

-

lière

.

La concilese compose destratesnombreusesde ligamentstransversauxpales,quitranchent fortement surles fibres élastiques obscures

.

Enajoutantdel'acideacétique

différence devient encoreplussensible

.

L'acidedissout les faisceaux pâles,etlesfilm'sélastiques restentsansavoirsubiaucunchangement

.

»

.

E maisabaixo , depoisdedizer queI lecompara

^

aos feixes musculares orgânicos dosintestinos:

lemicroscope,h sous

« Retziusaremarqué«pieladissolution acétique delàtunique artérielleestprécipitéeparlecyanure ferroso

-

polassique

.

Cetteréaction dépendpro

-

bablementdutissuenquestion,puisqu'il est certainaumoinsqueletissu cellulaireetletissu élastique nese comportent pas ainsi

.

»»Accrescenta depois queestacamada parece serdamesmanaturezaqu* osfeixes de umvermelho pallido existentes entre as veias doscorpos cavernososdopenis,osquaes são(contractais scptndo**) Obr

.

cit

. ,

lug

.

citStanlo

. ,

clltttttcr,q

c ottjttlgava musculosos

.

(01

,

r

.

cit

.

,t

.

cit

. .

p

.

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