Universidade Federal de Viçosa Departamento de Matemática
Exercícios de Análise I - MAT 341 Turma 1
1. Mostre que:
(a) Se α>0, então
+P∞ n=0
1
(α+n) (α+n+ 1) = 1 α. (b)
+P∞ n=1
1
n(n+ 1) (n+ 2) = 1 4. (c)
+P∞ n=3
4n−3
(n−2)n(n+ 3) = 23 15. (d)
+P∞ n=2
2n+ 3
(n−1)n(n+ 2) = 65 36.
2. Demonstre que a série dada é convergente e encontre sua soma.
(a) 1
a(a+b)+ 1
(a+b) (a+ 2b)+...+ 1
(a+ (n−1)b) (a+nb) +..., onde a, b >0.
(b) a+ (a+d)q+ (a+ 2d)q2+...+ (a+nd)qn+..., onde |q|<1.
3. Sejam α e β números reais tais que0<α<β <1. Prove que a série 1
1α + 1 2β + 1
3α + 1 4β +...
diverge elim u2n
u2n+1
= 0.
4. Sejampeqnúmeros reais tais que0< p < q < 1. Mostre que a sériep+q2+p3+q4+...
converge elim u2n
u2n−1
= +∞. 5. (Critério de Kummer) Seja
+P∞ n=1
xn uma série de termos não-nulos. Demonstre que se existem uma sucessão (kn) de termos positivos, um número real h > 0 e um número naturalN tais que
kn−kn+1|xn+1|
|xn| > h para todon≥N, então a série
+P∞ n=1
xn é absolutamente convergente.
6. (Critério de Raabe1) Seja(xn) uma seqüência de termos não-nulos. Demonstre que:
(a) Se existem um número real a >1 e um número naturalN tais que
|xn+1|
|xn| ≤1− a n para todon≥N, então a série
+P∞ n=1
xn é absolutamente convergente.
(b) Se existem um número real a≤1 e um número naturalN tais que
|xn+1|
|xn| ≥1− a n para todo n ≥ N, então a série
+P∞ n=1
xn não é absolutamente convergente. Em particular, se(xn)é uma seqüência de termos positivos, então
+P∞ n=1
xn é divergente.
7. (Forma limite do critério de Raabe) Seja (xn) uma seqüência de termos não-nulos.
Suponha que exista
α= lim
½ n
µ
1− |xn+1|
|xn|
¶¾ .
Demonstre que:
(a) Se α>1então
+P∞ n=1
xn é absolutamente convergente.
(b) Se α<1 então
+P∞ n=1
xn não é absolutamente convergente. Em particular, se (xn)é uma seqüência de termos positivos, então
+P∞ n=1
xn é divergente.
8. (Critério de condensação de Cauchy) Seja(an) uma sucessão não-crescente de termos não-negativos, isto é, a1 ≥ a2 ≥ ... ≥ an ≥ an+1 ≥ ... ≥ 0. Prove que a série
+P∞ n=1
an
converge se, e só se, a série
+∞
X
j=0
2ja2j =a1+ 2a2+ 4a4+ 8a8+...
é convergente.
1Joseph L. Raabe (1801-1859) nasceu na Ucrânia e ensinou em Zurique. Trabalhou em geometria e análise.
9. (Efetividade do critério de Raabe) Mostre que:
(a) Se o critério da razão é conclusivo, então o critério de Raabe também o será.
(b) O critério de Raabe pode ser conclusivo quando o da razão não o é.
10. Prove que:
(a) A série P1.3.5...(2n−1)
2.4.6...(2n) diverge.
(b) Sendo k um número natural, a série
+P∞ n=2
n−1
nk é convergente quando k > 2 e divergente quandok ≤2.
(c) A série
1 +k+ k(k+ 1)
2! + k(k+ 1) (k+ 2)
3! +...+k(k+ 1)...(k+n−1)
n! +...
é convergente sek <0e divergente se k ≥0.
11. Mostre que as séries abaixo são divergentes:
(a) P
n≥1
logn n . (b) P
n≥2
1 nlogn. (c) P
n≥2
1
(logn)p onde p >0.
(d) P
n≥3
1
n(logn) (log logn). 12. Mostre que série P
n≥2
1
n(logn)α diverge, se α≤1, e converge, se α>1.
13. Estude a convergência da série P
n≥3
1
n(logn) (log logn)α. 14. Mostre que a série P
n≥2
1
(logn)logn é convergente e P
n≥3
1
(logn)log(logn) é divergente.
15. (Critério de Du Bois Reymond2) Demonstre que se a série
+P∞ n=1
bn é convergente e
+P∞ n=1
(an−an+1) converge absolutamente, então a série
+P∞ n=1
anbn é convergente.
2P. Du Bois Reymond (1831-1899), matemático alemão.
16. (Critério de Dedekind) Demonstre que se a série
+P∞ n=1
(an−an+1) converge absoluta- mente, liman = 0 e as somas parciais da série
+P∞ n=1
bn são limitadas, então a série
+P∞ n=1
anbn é convergente.
17. Mostre que
Xn k=0
cos (a+kb) =
senn+ 1 2 b senb
2 cos
µ
a+ nb 2
¶ ,
Xn k=0
sen (a+kb) =
senn+ 1 2 b senb
2 sen
µ
a+nb 2
¶ .
18. Mostre que:
(a) P
(−1)ncosnθ
n é divergente se θ = (2k−1)π, e convergente seθ 6= (2k−1)π.
(b) P
(−1)nsennθ
logn é convergente para todo número real θ.
19. Sejaθ um número real. Prove que a série
+P∞ n=2
cosnθsen π 2n
nlog (logn) é convergente.
20. Seja k um número natural. Prove que se
+P∞ n=1
un é uma série cujas somas parciais são limitadas, então
+P∞ n=1
un
nk é convergente.
21. (Teorema de Mertens3) Demonstre que se
+P∞ n=1
anconverge absolutamente para (a soma) A e
+P∞ n=1
bn converge (simplesmente) para B, então o produto de Cauchy dessas duas séries converge e tem somaAB.
22. (Teorema de Abel) Demonstre que se
+P∞ n=1
anconverge para (a soma)A,
+P∞ n=1
bn converge para B e o produto de Cauchy
+P∞ n=1
cn converge para C, então C =AB.
3Frans Mertens (1840-1927) estudou em Berlin e lecionou em Cracóvia e Viena. Contribui principalmente para a geometria, teoria dos números e álgebra.
23. Prove que se P
an converge absolutamente, então são absolutamente convergentes as séries:
(a) P an
1 +an
. (b) P
an2. (c) P an2
1 +an2. 24. Mostre seP
an2 e P
bn2 convergem, então P
anbn é convergente. Use este resultado para concluir que, para qualquer α> 1
2, X an
nα, é uma série convergente.
25. Para qualquer x ∈ (0,+∞), o valor da função F, definida por F (x) = Z x
1
1 tdt, no ponto x pode ser interpretado graficamente como a área entre o eixo das abscissas, a curva 1
t, a reta vertical que passa por1e a reta vertical que passa por x.
(a) Prove que, para todo n∈IN, tem-se 1
n+ 1 <ln (n+ 1)−lnn < 1 n.
(b) Seja (an)a sucessão definida por an = 1 +1
2 +1
3 +...+ 1
n−lnn.
Mostre que(an) é decrescente e de termos não-negativos. Conclua que existe γ = lim
µ 1 + 1
2+ 1
3+...+ 1
n−lnn
¶ .
Este limite é chamadonúmero de Euler-Mascheroni.
26. Mostre que o produto de Cauchy da série
+P∞ n=1
(−1)n
n com ela mesma é a série 2
+∞
X
n=1
(−1)n+1 n+ 1
µ 1 +1
2 +...+ 1 n
¶ .
Essa série converge? Justifique.
27. Use o exercício 25a para mostrar que, para todo m∈IN, µ
1 + 1 m
¶m
< e <
µ 1 + 1
m
¶m+1
.
Fazendo nessa desigualdade m = 1, 2, ..., n−1 obtenha, por multiplicação das de- sigualdades resultantes, que
nn−1
(n−1)! < en−1 < nn (n−1)!.
Conclua que o fatorial de npode ser estimado por meio da desigualdade nne−n+1 < n!< nn+1e−n+1.
28. Mostre que a sériePann!
nn converge sea < e e diverge se a≥e.
29. Por convenção, a soma da série
+P∞ n=0
1
n! é indicada pelo símbolo e. Seja rn o resto de ordem ndessa série. Mostre que 0< rn =e−sn < 1
n!n. Isto significa que ao utilizar sn como uma aproximação para e comete-se um erro (absoluto) não superior a 1
n!n. Assim,s10, por exemplo, é uma aproximação dee, com erro inferior a10−7.
30. Sejam rn o resto de ordem nda série
+P∞ n=0
1
n! e θn =rnn!n. Prove que e é um número irracional.
31. Dados números inteiros a1, a2, ...tais que 1≤ an ≤n−1, n= 2,3,4, ... Mostre que a soma da série
+P∞ n=1
an
n! é racional se, e somente se, existe um número natural N tal que an =n−1para todo n≥N.
32. Suponha que
+P∞ n=1
un seja uma série alternada, |un+1| ≤ |un| e limun = 0. Mostre que se rn é o resto de ordemn de
+P∞ n=1
un, então|rn| <|un+1|. Isto significa que ao utilizar sn =
Pn j=1
uj como uma aproximação para a somasda série (alternada)
+P∞ n=1
un, comete-se um erro (absoluto) não superior a |un+1|.
33. Prove que a série
+P∞ n=1
(−1)n+1
2n−1 é convergente. Ao utilizar a reduzida sn como uma aproximação para a soma dessa série comete-se um erro. Se desejamos que o erro seja inferior a 10−4, qual deve ser o valor de n? Compare sua resposta com a informação dada no exercício 29 e conclua que a série
+P∞ n=1
(−1)n+1
2n−1 converge muito lentamente para sua soma.
34. SejamN um número natural e(un) uma seqüência tal que |un+1|
|un| ≤ q <1 para todo n ≥ N. Considere s a soma da série
+P∞ n=1
un e rn o seu resto de ordem n. Prove que as somas parciais sn são aproximações da soma s de acordo com a estimativa
|rn| = |s−sn| ≤ q
1−q|un|, para todo n ≥ N. Isto significa que ao utilizar sn como uma aproximação paras comete-se um erro (absoluto) não superior a q
1−q|un|. 35. Nas mesmas condições do exercício 34, prove que |s−sn| ≤ qn+1−N
1−q |uN|, para todo n≥N.
36. Prove que a série
+P∞ n=1
n!
3.5.7...(2n+ 1) é convergente. Ao utilizar a reduzida sn como uma aproximação para a soma dessa série comete-se um erro. Se desejamos que o erro seja inferior a10−4, qual deve ser o valor de n?
37. Dada uma série convergente de termos positivos P
an =S, prove que, se a partir de um certo índice N, √nan ≤ q < 1, então as somas parciais Sn são aproximações da soma S de acordo com a estimativaS−Sn ≤ qn+1
1−q para n≥N.
38. Seja (xn) uma seqüência de termos não-nulos. Suponha que existem um número real a >1 e um número naturalN tais que |xn+1|
|xn| ≤1− a
n para todon≥N. Mostre que as somas parciais sn =
Pn j=1
xj são aproximações da soma s da série
+P∞ n=1
xn de acordo com a estimativa|s−sn|≤ n
a−1|xn+1| para todon≥N. 39. A série
+P∞ n=1
1
n(n+ 1) (n+ 2) é convergente. Ao utilizar a reduzidasncomo uma aproxi- mação para a soma dessa série comete-se um erro. Se desejamos que o erro seja inferior a 10−5, qual deve ser o valor de n?
Respostas e Sugestões (para exercícios selecionados).
1. (a) Observe que sk = Pk n=0
1
(α+n) (α+n+ 1) = Pk n=0
½ 1
α+n− 1 α+n+ 1
¾ . Daí, sk = ¡1
α − α+11 ¢ +¡ 1
α+1 − α+21 ¢ +¡ 1
α+2 − α+31 ¢ +¡ 1
α+3 − α+41 ¢ +¡ 1
α+4 − α+51 ¢ +...
+¡ 1
α+k−3 − α+k1−2
¢+¡ 1
α+k−2 −α+k1−1
¢+¡ 1
α+k−1 − α+k1
¢+¡ 1
α+k − α+k+11
¢
Simplificando, obtém-se
sk = 1
α − 1
α+k+ 1. Fazendok →+∞, segue quelimsk= 1
α. (b) Inicialmente, note que 1
1.2 + 1 2.3+ 1
3.4 +...=
+P∞ n=1
1
n(n+ 1) = 1 e, por conseguinte, 1
2.3 + 1 3.4 + 1
4.5...=
+P∞ n=1
1
(n+ 1) (n+ 2) = 1
2. Portanto,
+∞
X
n=1
1
n(n+ 1) (n+ 2) = 1 2
+∞
X
n=1
1
n(n+ 1) − 1 2
+∞
X
n=1
1
(n+ 1) (n+ 2) = 1 2 − 1
4 = 1 4.
(c) Observe quesk = Pk n=3
4n−3
(n−2)n(n+ 3) = Pk n=3
½ 1
2 (n−2)+ 1
2n − 1 n+ 3
¾ . Daí, sk = ¡ 1
2.1 +2.31 − 16
¢+¡ 1
2.2 +2.41 − 17
¢ +¡ 1
2.3 + 2.51 −18
¢+¡ 1
2.4 +2.61 − 19
¢ +¡ 1
2.5 + 2.71 −101
¢+¡ 1
2.6 +2.81 − 111
¢ +¡ 1
2.7 + 2.91 −121¢ +¡ 1
2.8 +2.101 −131¢ +¡ 1
2.9 + 2.111 − 141¢ +¡ 1
2.10+ 2.121 − 151 ¢ +¡ 1
2.11 +2.131 − 161 ¢ +¡ 1
2.12 +2.141 −171¢ +¡ 1
2.13 +2.151 − 181 ¢ +¡ 1
2.14 +2.161 −191¢ +¡ 1
2.15 +2.171 − 201
¢+...
+
³ 1
2.(k−13) +2.(k1−11)− k−18
´ +
³ 1
2.(k−12) +2.(k1−10)− k−17
´ +³
1
2.(k−11) +2.(k1−9) − k−16
´ +³
1
2.(k−10) +2.(k1−8) −k−15
´ +³
1
2.(k−9) + 2.(k1−7) −k−14´ +³
1
2.(k−8) +2.(k1−6) − k−13´ +³
1
2.(k−7) + 2.(k1−5) −k−12´ +³
1
2.(k−6) +2.(k1−4) − k−11´ +
³ 1
2.(k−5) + 2.(k1−3) −k1
´ +
³ 1
2.(k−4) +2.(k1−2) −k+11
´ +³
1
2.(k−3) + 2.(k1−1) −k+21
´ +³
1
2.(k−2) +2.k1 − k+31
´
Simplificando, obtém-se
sk = 2.11 +2.31 + 2.21 +2.41 + 2.31 +2.51 + 2.41 +2.51
−k−11 − 1k− k+11 +2(k1−1) −k+21 + 2k1 −k+31 .
Fazendok →+∞, segue quelimsk= 1 + 1 3 +1
5 = 23 15. (d) Note quesk =
Pk n=2
2n+ 3
(n−1)n(n+ 2) = Pk n=2
½ 10
6 (n−1)− 9
6n− 1 6 (n+ 2)
¾
. Assim, sk = ¡10
6.1 −6.29 − 6.41
¢+¡10
6.2 − 6.39 −6.51
¢ +¡10
6.3 − 6.49 − 6.61
¢+¡10
6.4 −6.59 − 6.71
¢ +¡10
6.5 − 6.69 − 6.81
¢+¡10
6.6 −6.79 − 6.91
¢ +¡10
6.7 − 6.89 − 6.101
¢+¡10
6.8 − 6.99 −6.111
¢ +¡10
6.9 − 6.109 − 6.121 ¢ +¡ 10
6.10 −6.119 −6.131 ¢ +¡ 10
6.11 −6.129 −6.141 ¢ +¡ 10
6.12− 6.139 − 6.151 ¢ +¡ 10
6.13 −6.149 −6.161 ¢ +¡ 10
6.14− 6.159 − 6.171 ¢ +¡ 10
6.15 −6.169 −6.181
¢+¡ 10
6.16− 6.179 − 6.191
¢ +¡ 10
6.17 −6.189 −6.201
¢+...
+
³ 10
6.(k−12) −6.(k9−11) −6.(k1−9)
´ +
³ 10
6.(k−11) − 6.(k9−10) −6.(k1−8)
´ +³
10
6.(k−10) −6.(k9−9) − 6.(k1−7)
´ +³
10
6.(k−9) − 6.(k9−8) −6.(k1−6)
´ +³
10
6.(k−8) − 6.(k9−7) − 6.(k1−5)´ +³
10
6.(k−7) − 6.(k9−6) − 6.(k1−4)´ +³
10
6.(k−6) − 6.(k9−5) − 6.(k1−3)´ +³
10
6.(k−5) − 6.(k9−4) − 6.(k1−2)´ +³
10
6.(k−4) − 6.(k9−3) − 6.(k1−1)
´ +³
10
6.(k−3) − 6.(k9−2) − 6.k1
´ +³
10
6.(k−2) − 6.(k9−1) − 6.(k+1)1
´ +³
10
6.(k−1) − 6.k9 − 6.(k+2)1
´
Simplificando, obtém-se sk = 10
6.1 − 9
6.2 + 10 6.2− 9
6.3+ 10 6.3 − 1
6k − 1
6 (k+ 1) − 9
6k − 1 6 (k+ 2). Fazendok →+∞, segue quelimsk= 10
6 + 1 6.2 + 1
6.3 = 65 36. 2. (a) Note que un= 1
(a+ (n−1)b) (a+nb) = 1 b
½ 1
a+ (n−1)b − 1 a+nb
¾
. Assim, bsk = b
Xk n=1
un
= ¡1
a− a+b1
¢+¡ 1
a+b − a+2b1
¢+¡ 1
a+2b − a+3b1
¢ +...
+³
1
a+(k−3)b −a+(k1−2)b
´ +³
1
a+(k−2)b − a+(k1−1)b
´ +³
1
a+(k−1)b − a+kb1
´ .
Simplificando, obtém-se
sk = 1 b
µ1
a − 1
a+kb
¶ .
Fazendok →+∞, segue quelimsk= 1 ab
(b) A soma parcial de ordem k da série é dada por
sk = a+ (a+d)q+ (a+ 2d)q2+...+ (a+ (k−1)d)qk−1+ (a+kd)qk
= a¡
1 +q+q2+...+qk−1+qk¢ +d£
q+ 2q2+ 3q3+...+ (k−1)qk−1+kqk¤
= a1−qk+1 1−q +d
· q
1−q.1−qk 1−q − k
1−qqk+1
¸
Fazendok →+∞e lembrando que |q|<1, tem-selimsk = a
1−q + dq (1−q)2. 3. Como0<α <β <1, para todonnatural, 1
n ≤ 1 nβ ≤ 1
nα. Logo, 1
1α + 1 2β + 1
3α + 1 4β + 1
5α +...≥ 1 1β + 1
2β + 1 3β + 1
4β + 1
5β +...≥ Xk n=1
1 n. Ora, a série harmônica é divergente. Portanto, pelo critério de comparação, 1
1α+ 1 2β + 1
3α + 1 4β + 1
5α+...é divergente. Além disso, porqueβ =α+k para um número realk,
lim u2n
u2n+1
= lim(2n+ 1)α
(2n)β = lim µ
1 + 1 2n
¶α
(2n)k = 0.
4. Seja sk a soma parcial de ordemk da série p+q2+p3+q4+... Então, s2n = p+q2 +...+p2n−3+q2n−2+p2n−1+q2n
= ¡
p+p3+...+p2n−1¢ +¡
q2+q4 +...+q2n¢
= p1−(p2)n
1−p2 +q21−(q2)n 1−q2 , e
s2n−1 = p+q2 +...+q2n−4+p2n−3+q2n−2+p2n−1
= ¡
p+p3+...+p2n−1¢ +¡
q2+q4 +...+q2n−2¢
= p1−(p2)n
1−p2 +q21−(q2)n−1 1−q2 .
Como 0 < p < q < 1, segue que lims2n = p
1−p2 + q2
1−q2 = lims2n−1. Portanto, a série é convergente e tem soma p
1−p2 + q2
1−q2. Além disso, porque q p >1,
lim u2n
u2n−1
= lim q2n
p2n−1 = limp µq
p
¶2n
= +∞.
5. Note que a seqüência(tn)das somas parciais da série
+P∞
k=N|xk|é (monótona) crescente e, portanto, converge se,e só se, for limitada. Por hipótese, para todo n≥N,
kn−kn+1|xn+1|
|xn| > h⇔kn|xn|−kn+1|xn+1|> h|xn|>0.
Deste modo, a seqüência (kn|xn|) é eventualmente (monótona) decrescente (a partir de N). Mais ainda, porque (kn) é uma seqüência de termos positivos, para todo n, 0 < kn|xn| ≤ max{k1|x1|, ..., kN|xN|}. Assim, (kn|xn|) é uma seqüência eventual- mente monótona e limitada e, por conseguinte, converge. Considere λ = limkn|xn|= inf{kn|xn|}. Da desigualdade acima, para todon≥N,
kN|xN|−kN+1|xN+1|> h|xN|, kN+1|xN+1|−kN+2|xN+2|> h|xN+1|, kN+2|xN+2|−kN+3|xN+3|> h|xN+2|, kN+3|xN+3|−kN+4|xN+4|> h|xN+3|,
...
kn−2|xn−2|−kn−1|xn−1|> h|xn−2|, kn−1|xn−1|−kn|xn|> h|xn−1|,
kn|xn|−kn+1|xn+1|> h|xn|. Somando membro a membro, kN |xN|− kn+1|xn+1| > h
Pn
k=N|xk| = htn > 0. Por- tanto, tn< 1
h(k1|x1|−λ)ou, equivalentemente,(tn)é limitada. Como a série
+P∞ k=N|xk| converge, segue que
+∞
X
k=1
|xk|=|x1|+|x2|+...+|xN|+|xN+1|+...
também converge.
6. Desenvolva um raciocínio análogo ao do exerc. 5.
7. Ponha a= α+ 1
2 e obtenha as condições do exerc. 6.
8. Considere (sm) a seqüência de reduzidas da série
+P∞ n=1
an e (tn) a seqüência das somas parciais da série
+P∞ j=0
2ja2j. Verifique que 1
2tn≤s2n ≤tn.
9. (a) Por hipótese, existem0< c <1 e um número natural N tais que, para todo n > N,
|xn+1|
|xn| ≤c. Então,n µ
1−|xn+1|
|xn|
¶
≥n(1−c)≥a >1paransuficientemente grande.
(b) O critério da razão é inconcludente sobre a convergência da série
+P∞ n=1
1
n2. Por outro lado, o critério de Raabe permite concluir que essa série é convergente.
10. Use o critério de Raabe (exerc. 6) ou a forma limite do critério de Raabe (exerc. 7).
11. Use o critério de condensação de Cauchy (exerc. 8).
15. SejaBn =b1+b2+...+bn. Quaisquer que sejam os números naturais m > n, tem-se a fórmula (de transformação) de Abel
Xm j=n+1
ajbj = (am+1Bm−an+1Bn) + Xm j=n+1
(aj−aj+1)Bj.
Daí, Xm j=n+1
ajbj =−Bm
Xm j=n+1
(aj −aj+1) +an+1(Bm−Bn) + Xm j=n+1
(aj −aj+1)Bj.
Usaremos essa igualdade para mostrar que (ζn), onde ζn = Pn j=1
ajbj, é uma seqüência de Cauchy (o que é equivalente a afirmar que a série
+P∞ j=1
ajbj converge). Para isso, observe que por hipótese:
(a) Existe λ = limsn, onde sn = Pn j=1
(aj −aj+1). Ora, sn = a1 −an+1 e, por con- seguinte, liman+1 = a1 − λ. Em particular, (an+1) é uma sucessão limitada.
Logo, existeL >0 tal que |an+1|≤L para todon∈IN.
(b) Existe limBn. Deste modo,(Bn) é uma sucessão limitada, ou seja, existe M >0 tal que, para todon∈IN,|Bn|≤M. Além disso,(Bn)é uma sucessão de Cauchy.
Assim , existen1 ∈IN tal que para todos m, n≥n1
|Bm−Bn|=|bn+1+bn+2+...+bm−1+bm|< ε 3L.
(c) Existe limtn, onde tn = Pn
j=1|aj −aj+1|. Em particular, (tn) é uma sucessão (não- decrescente) de Cauchy e, portanto, existen2 ∈IN tal que para todos m, n≥n2
tm−tn =|an+1−an+2|+|an+2−an+3|+...+|am−1−am|+|am−am+1|< ε 3M.
Sejan0 = max{n1, n2}. Do exposto acima (e da desigualdade triangular), decorre que para todosm, n≥n0,
|ζm−ζn| =
¯¯
¯¯
¯ Xm j=n+1
ajbj
¯¯
¯¯
¯
≤ |Bm| Xm j=n+1
|aj −aj+1|+|an+1| |Bm−Bn|+ Xm j=n+1
|aj−aj+1| |Bj|
≤ M.(tm−tn) +L.|Bm−Bn|+M(tm−tn)
< M. ε
3M +L. ε
3L +M. ε 3M =ε.
16. Use a fórmula de transformação de Abel e um raciocínio semelhante ao do exerc. 15 para mostrar que a seqüência(ζn)das somas parciais da série
+P∞ j=1
ajbj é de Cauchy.
17. Note que
Xn k=0
cos (a+kb) = 1 2 senb
2 Xn
k=0
2 sen b
2cos (a+kb),
e
Xn k=0
sen (a+kb) = 1 2 sen b
2 Xn k=0
2 sen b
2sen (a+kb).
Usando identidades trigonométricas, reduza os somatórios a duas parcelas. Para con- cluir, uma vez mais, use identidades trigonométricas. Alternativamente, pode-se uti- lizar números complexos. Neste caso, parta de
Pn k=0
ei(a+kb). 21. SejamAn =
Pn k=1
ak, Bn= Pn k=1
bk, Cn = Pn k=1
ck,βn =Bn−B. Então,
Cn = a1b1+ (a1b2+a2b1) +...+ (a1bn+a2bn−1+...+an−1b2+anb1)
= a1Bn+a2Bn−1+...+an−1B2+anB1
= a1(βn+B) +a2
¡βn−1+B¢
+...+an−1(β2+B) +an(β1+B)
= AnB+γn
ondeγn=a1βn+a2βn−1+...+an−1β2+anβ1. ComolimAnB =AB, basta mostrar que limγn = 0. Note que lim
k→+∞ak = 0, lim
k→+∞βk = 0 e, por hipótese, existe α =
+P∞ k=1|ak|. Ora, α > 0. Assim, para todo ε > 0, existe N ∈ IN, tal que para todo n > N,
|βn|< ε
α. Logo, paran > N,
|γn| ≤ ¯¯β1an+β2an−1+...+βN−1an−N+2+βNan−N+1
¯¯ +¯¯βN+1an−N +βN+2an−N−1+...+βn−1a2+βna1
¯¯
≤ ¯¯β1an+β2an−1+...+βN−1an−N+2+βNan−N+1
¯¯ +ε
α(|an−N|+|an−N−1|+...+|a2|+|a1|)
≤ ¯¯β1an+β2an−1+...+βN−1an−N+2+βNan−N+1
¯¯+ε
Mantendo N fixo e fazendo n→+∞, obtém-se que 0≤lim|γn|≤ε para todoε >0.
Portanto,lim|γn|= 0.
22. Parafixar as idéias, considere a tábua de produtos dos termos das séries
+P∞ i=1
ai e
+P∞ j=1
bj: a1b1 · · · a1bn−2 a1bn−1 a1bn a1bn+1 a1bn+2 · · ·
... ... ... ... ... ...
an−2b1 · · · an−2bn−2 an−2bn−1 an−2bn an−2bn+1 an−2bn+2 · · · an−1b1 · · · an−1bn−2 an−1bn−1 an−1bn an−1bn+1 an−1bn+2 · · · anb1 · · · anbn−2 anbn−1 anbn anbn+1 anbn+2 · · · an+1b1 · · · an+1bn−2 an+1bn−1 an+1bn an+1bn+1 an+1bn+2 · · · an+2b1 · · · an+2bn−2 an+2bn−1 an+2bn an+2bn+1 an+2bn+2 · · ·
... ... ... ... ... ...
Sejam tn = Pn i=1
ai · Pn j=1
bj = (a1+...+an) (b1+...+bn) e (Cn) a seqüência das somas parciais do produto de Cauchy
+P∞ n=1
cn. Por hipótese, limtn = AB e, por conseguinte, (tn)é uma seqüência de Cauchy. Daí, existe n1 ∈IN tal que para todosm, n≥n1,
|tn−AB|< ε 2, e
|tm−tn|=
¯¯
¯¯
¯ Xm
i=1
ai· Xm
j=1
bj − Xn
i=1
ai· Xn
j=1
bj
¯¯
¯¯
¯=
¯¯
¯¯
¯ Xm i,j>n
aibj
¯¯
¯¯
¯< ε 2.
Consideren0 = 2n1+ 1. Observe quen0 > n1 e que para todo número naturalN > n0,
|CN −tn1|=
¯¯
¯¯
¯ XN n=1
cn−
n1
X
i=1
ai·
n1
X
j=1
bj
¯¯
¯¯
¯=
¯¯
¯¯
¯ XN i,j>n1
aibj
¯¯
¯¯
¯. Deste modo, para todoN > n0,
|CN −AB|≤|tn1 −AB|+|CN −tn1|< ε 2+ ε
2 =ε.
Portanto,limCn =AB.
23. (a)liman= 0. Logo, existe um número naturaln0 tal que1 +an> 1
2 para todon > n0. Daí,
¯¯
¯¯ an
1 +an
¯¯
¯¯<2|an|. (b)|an|≤M. Logo, an2
≤M|an|. (c) Use os itens anteriores.
24. Use que a desigualdade xy≤ x2+y2 2 . 26. Sim. Com efeito, seja un = 1
n+ 1 µ
1 +1
2+...+ 1 n
¶
. Então, a seqüência (un) é decrescente pois un −un+1 > 0. Além disso, un = an
n+ 1 + 2ln√ n
n+ 1, onde (an) é a seqüência definida no exerc. 25. Daí,limun = 0. Do critério de Leibniz, conclui-se que a série (alternada)
+P∞ n=1
(−1)n+1 n+ 1
µ 1 +1
2 +...+ 1 n
¶
converge.
33. n= 5001.
36. n= 11.
39. n= 1000.