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Academic year: 2021

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DA S AÚDE

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RESUMO

O presente artigo visa discutir os aspectos ético e bioéticos, que envolvem a prática cotidiana do Psicó- logo da Saúde na assistência à população. Enfatizando os conflitos e polêmicas que os modelos vigentes de saúde, e os avanços das Ciências da Saúde têm trazido para nossas práticas cotidianas, como a dicotomização da pessoa enferma, a (ainda) predominância do olhar por sobre a doença e não sobre a pessoa doente, e as intrincadas relações entre a proposta de uma prática transdisciplianar e humanizada, e os modelos centrados na cura, próprios do paradigma biomédico que vigorou, e ainda vigora, em muitos países, no que se refere aos pressupostos de atenção à saúde.

Palavras Chave: Ética, bioética, psicologia da Saúde, psicologia hospitalar.

RESUMEN

El presente artículo expone una discusión sobre los aspectos éticos y bioéticos que envuelven la práctica del psicólogo de la salud en la atención a la población. Enfatiza los conflictos y las polémicas en los modelos de salud vigentes, y las complicaciones que tienen los avances en las ciencias de la salud en las prácticas cotidianas, como por ejemplo la dicotomización de la persona enferma; el sesgo de mirar la enfermedad y no a quien la padece, y las complejas y difíciles relaciones que surgen de una propuesta de práctica transdisciplinar y humanizada frente a los modelos propios del paradigma biomédico que aún se mantiene como fuente de referencia para la atención en salud.

Palabras clave: ética, bioética, psicología de la salud, psicología hospitalaria.

* Correo electrónico: riws@terra.com.br

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Refletir sobre a ética em saúde e especificamente sobre os preceitos éticos em Psicologia da Saúde é tarefa audaciosa, intrigante, mas intensamente desafiante.

Principalmente porque essa reflexão pressupõe posicionamentos ou questionamentos - muitas vezes polêmicos, sobre os fundamentos teóricos que norteiam a prática do Psicólogo no campo maior da Saúde.

Apesar de vários estudos apontarem questões fun- damentais concernentes à prática, ensino e pesquisa do Psicólogo que atua em instituições de saúde (Angerami et al.,1984, 1988, 1992, 1994, 1996, 1998, 2000, 2001 a, 2001 b, 2002; Amorim, 1984; Lamosa, 1987; Lamosa et al., 1990, 1994; Calil, 1987, 1995; Chiattone e Sebastiani, 1991; Neder, 1991; Campos, 1992; Leitão, 1993; Mello Fº, 1992; Sólon, 1992; Muylaert, 1995; Giannotti, 1996;

Marcelli, 1998; Crepaldi, 1999; Stoudemire, 2000, entre outros), muitas questões ainda permanecem pouco esclarecidas, gerando falsas ou pseudo-concepções, difi- cultando a atuação do Psicólogo, o ensino da prática nos Hospitais e em outros de atenção global à saúde, a inser- ção do profissional nas equipes, a realização de pesqui- sas e, mais grave, a consideração real da especialidade.

É importante ressaltar, no entanto, que a cada ano, a Psicologia da Saúde recebe mais adeptos, que procu- ram cursos, encontros, simpósios e congressos. Sendo identificado por pesquisas desenvolvidas por Grau (2000), como sendo o campo de especialidade em psico- logia que mais tem crescido na América Latina nos últi- mos 20 anos.

Para Giannotti (1996), “o trabalho do Psicólogo no contexto das instituições médicas e hospitalares, pode-se dizer, vem delineando uma nova especialidade em Psicologia, que não é inovadora em sua concepção filosófica, mas que vem sendo abordada de forma mais sistemática, nos tempos atuais, no âmbito da investiga- ção científica”(14).

Entretanto, ainda são evidentes as lacunas teóricas que refletem dificuldades na tarefa profissional diária do Psicólogo nas instituições de saúde e também no inter- relacionamento com outros membros das equipes. Para Sebastiani e Fongaro (1996), “durante muito tempo, a Psicologia Hospitalar/Saúde utilizou-se, e ainda utiliza, de recursos técnicos e metodológicos ‘emprestados’ das mais diversas áreas do saber psicológico. Esse fato, de certa forma, a enquadra numa prática que não pertence só ao ramo da clínica, mas também da organizacional, social e educacional; enfim, uma prática, que não obstante a seu viés aparentemente clínico —dada a sua realidade acontecer nos hospitais, ambulatórios, centros de saúde, etc.—, tem-se mostrado voltada a questões ligadas à qualidade e dignidade de vida, onde o momentum em que tais temas são abordados é o da doença e/ou internação hospitalar”, e/ou o de uma atuação interdisciplinar de

atenção à saúde humana, onde a tarefa do Psicólogo da Saúde se estende para muito além do que tradicional- mente entende-se por práticas clínicas em psicologia, sobretudo, se considerarmos a forte influência do mo- delo clinicalista desenvolvido através da psicoterapia de- senvolvida em consultórios.

¿Mas o que é Psicologia da Saúde?

¿Estamos diante de uma subespecialidade da Psi- cologia Clínica ou da Psicologia Social?

¿Como reproduzir os fundamentos da Psicologia Clínica nas instituições de saúde?

¿Qual é o papel do Psicólogo no Hospital, ou em programas de atenção à saúde?

¿Quais são seus objetivos?

¿Quais são os limites de sua prática?

¿E como se dá essa prática?

¿Aonde está inserida a Psicologia Hospitalar e da Saúde no contexto maior da saúde?

¿Como diferenciar linhas e abordagens tão distin- tas em prática tão específica?

É fato que um cientista pode investigar diretamente o problema que enfrenta. Conta para tal, naturalmente, com a existência de doutrinas científicas já existentes e aceitas, e hipóteses que podem ser investigadas, com- provadas ou negadas.

Em Psicologia da Saúde, o pesquisador vê-se em posição difícil. ‘Faz-se’ Psicologia da Saúde de formas diversificadas nas diferentes instituições de saúde, par- tindo-se de parâmetros e objetivos diversos. Acresce-se o fato de que esta pluralidade é também inerente à Psico- logia de uma forma geral.

É consenso que a Psicologia ainda encontra-se em estágio pré-paradigmático, onde seus membros não con- seguem estabelecer uma conciliação sobre questões teóri- cas e metodológicas, unificando as várias posições. Nessa medida, o conhecimento, em Psicologia, permanece espe- cializado e cada grupo adere à sua própria orientação.

Segundo Lupo (1995),“a Psicologia é, da forma como se nos apresenta hoje, uma ciência multiparadigmática.

Os vários arraiais teóricos estabeleceram-se com suas lin- guagens particulares, suas problemáticas específicas, suas maneiras próprias de teorizar, seus métodos, seus concei- tos, suas comunidades. A coexistência desses paradigmas alternativos implica a dificuldade de diálogo. Não há como traduzir o conhecimento desenvolvido dentro de uma matriz disciplinar para uma outra matriz; não há corres- pondência nos métodos de acesso ao objeto; não há nem mesmo concordância ao que é este objeto”(5).

Nessa medida, parece-nos correto afirmar que a posse de conhecimento verdadeiro sobre um projeto específico e delimitado num Hospital, por exemplo, apon-

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taria a utilização de metodologia adequada e produção de conhecimentos pertinentes medidos pela conformi- dade ou incongruência diante dos princípios da teoria.

“Muitos dos que estão nas escolas, nas instituições de saúde e nos locais de trabalho orientam assim a sua prá- tica, ciosos do seu lugar, da sua teoria. Acreditam que esta lhes dê a chave para desvendar a essência, ou a verda- deira natureza dos fenômenos que se põem a examinar (...)” (Bezerra Jr, 1992, p.10).

Contini (2000) ressalta:

É importante acrescentar que a produção da psico- logia, até por força da sua constituição enquanto Ciência, restringe-se à busca de desvendar os fenô- menos psicológicos, produzindo conhecimento e teorias psicológicas; mas nas intervenções em situa- ção real, esses mesmos fenômenos psicológicos es- tão interagindo com outras variantes que são anali- sadas por outras áreas do conhecimento, ou por equipes interdisciplinares. Dessa forma, é fundamen- tal adquirir aprendizagens, no período de Forma- ção, que possam instrumentalizar o aluno a desen- volver ações conjuntas com outros profissionais.

Como afirmam Bastos e Achart (appud Contini 2000):

a natureza complexa dos fenômenos que demandam a intervenção do psicólogo, nos diversos domínios do seu campo de atuação, aliada às concepções emer- gentes que procuram ver o fenômeno psicológico nas suas interações, conduz à necessidade de integração de múltiplas perspectivas profissionais.

Dessa forma, o trabalho junto a outros profissionais torna-se um imperativo para que o enfrentamento do problema seja congruente com as múltiplas facetas que ele assume.

Existe um imenso campo a ser explorado pelo tra- balho do psicólogo da saúde dentro da equipe multiprofissional nos programas de Educação e Aten- ção à Saúde, voltados à capacitação e o aprimoramento dos profissionais de saúde, pois dentro das suas dife- rentes habilidades como psicólogo, a capacitação para o lide com grupos trás ferramentas para o trabalho relacio- nado às mudanças de comportamento, além do conhe- cimento mais aprofundado sobre personalidade, auto estima, desenvolvimento humano, entre outros. Todas são contribuições importantes dentro das propostas de

“soma transdisciplinar” para ações em saúde.

Segundo Westphal (2001):

Como a adoção de um novo paradigma (de saúde) orienta para o desenvolvimento de novas compe- tências teórico-práticas e difusão das mesmas, as atividades de ensino de atualização, graduação e pós- graduação lato e estrito senso foram tendo seus per- fis alterados para que o profissional de saúde fosse

preparado para executar tarefas tradicionais, de caráter técnico , ao mesmo tempo que pudesse per- ceber o que é trabalhar em Saúde Pública hoje.

O grande desafio da nova prática, a intersetorialidade e a interdisciplinaridade, exige profissionais aptos ao diálogo técnico e leigo, com os mais variados setores. Professores e alunos devem se habilitar a desempenhar esta atividade e outras também, antes não requeridas, como a atuação política junto a gru- pos populacionais, institucionais e órgão de administração pública (2).

Então, a tentativa de demarcação se o conhecimen- to da Psicologia da Saúde é criticável, refutável sobre a realidade do psiquismo humano parece coerente com o movimento —intenso— de se conhecer essa realidade ou de adentrar a essa nova área da Psicologia.

Mas o leitor pode estar se perguntando o que isso tem a ver com ética.

O que estamos tentando demonstrar refere-se ao compromisso ético entre o conhecimento da Psicologia da Saúde e a verdade, pois não se trata, acreditamos, de discutir ciência e pseudo-ciência, ciência e visão de mun- do. Trata-se da tentativa de desvendar a realidade da atuação do Psicólogo no contexto maior das demandas em saúde, sem a prerrogativa de se alcançar a verdade absoluta, mas sem prescindir, a seu lado, da idéia em si - regulativa, do ideal que orienta a prática e que, principal- mente, dá sentido a essa prática.

E esse ideal, em nossa opinião, converge para o estudo do Homem em sua totalidade. Assim, da busca pelo conhecimento de si mesmo, elaboração de uma Psicologia separada de suas raízes filosóficas e investida no rigor científico, ao desenvolvimento de novas ciênci- as psicológicas, considerando-se a diversidade dos cam- pos de investigação e dos métodos, a ocorrência de profundas mudanças parecem evidentes.

Como salientamos em artigo anterior, é fato que desde os primórdios da historiografia do Homem, a partir do momento em que esse inicia o processo de procura da compreensão de si nas dife- rentes esferas teórico filosóficas, pode-se notar uma pluralidade de correntes de pensamento que tentam determinar uma definição completa para o fenôme- no Homem. Desde os seus primórdios, o Homem buscou o conhecimento dos elementos e dos fatos a seu redor. Convivendo com os fenômenos da natu- reza, internos e externos a ele, observava e observa- va-se na busca de explicações - característica funda- mental do espírito científico.

Entretanto, buscando nos confins da História, evidenciam-se os primeiros grandes pensadores e, a partir daí, o início do subfracionamento do Homem pelo Homem, enquanto objeto de estudo.

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Da comparação com ‘deuses’ à atual biocibernética, o Homem não tem medido esforços para compreen- der-se. No entanto, o que mais tem marcado essa busca é a cisão. Cisão do Homem objeto, em univer- sos de pesquisa científico-filosóficas, onde procura- se entendê-lo ora como fenômeno basicamente psí- quico, ora como intrincada máquina biológica, onde reações físico-químicas estabelecem todo o trans- curso da vida. Logicamente, nesse entremeio, en- contram-se pensadores sociais, antropólogos, religi- osos enfim, que inserem uma gama de teorizações creditando maior parcela de mérito à definição do fenômeno Homem (Chiattone, Sebastiani, 1991).

A verdade, entretanto, continua longe de ser des- vendada, pois é real que a sociedade tem, ao longo dos anos, favorecido o conhecimento racional em detrimen- to do conhecimento intuitivo, da mesma forma que impõe a ciência sobre a religião, a competição sobre a cooperação, a exploração indiscriminada de recursos na- turais em vez de conservação. Essa tendência é a respon- sável por intenso desequilíbrio nos pensamentos e sentimentos, nos valores, atitudes e nas estruturas soci- ais e políticas dos indivíduos. É a dominação do cientí- fico, sendo o pensamento racional considerado quase que exclusivamente, como a única espécie de conheci- mento aceitável.

Assim, enquanto na Antiguidade, o Homem podia ter uma dimensão mais humana do mundo, a partir da revolução científico-tecnológica, o Homem passa a perder essa dimensão, impelido pelo pensamento ocidental que se fundamenta na pulverização dos conhecimentos.

No entanto, o reducionismo do conhecimento ex- clusivamente ao racional, determinou à sociedade a equipa- ração de sua identidade à mente racional e não ao organismo como um todo, espalhando culturalmente os efeitos dessa divisão mente e corpo. Nesse sentido, podemos fazer uso dos ensinamentos de Capra (1979), ao citar que

na medida em que nos retiramos para nossas mentes, esquecemos como ‘pensar’ com nossos corpos, de que modo usá-los como agentes do conhecimento. Assim fazendo, também nos desligamos do nosso meio am- biente natural e esquecemos como comungar e como cooperar com sua rica variedade de organismos vivos (...) A divisão entre espírito e matéria levou à con- cepção do universo como um sistema mecânico que consiste em objetos separados, os quais, por sua vez, foram reduzidos a seus componentes materiais fun- damentais cujas propriedades e interações, acredita- se, determinam completamente todos os fenômenos naturais. Essa concepção cartesiana da natureza foi, além disso, estendida aos organismos vivos, conside- rados máquinas constituídas de peças separadas”

(p.37), com embargo, o todo sempre representa mui- to mais que a soma das partes.

A base da filosofia cartesiana, portanto, envolveu a certeza do conhecimento científico. Dela derivou uma visão de mundo onde o conhecimento científico passou a ser o único método válido de compreensão do univer- so. No entanto, “a aceitação do ponto de vista cartesiano como verdade absoluta e do método de Descartes como o único meio válido para se chegar ao conhecimento, desempenhou um importante papel na instauração de nosso atual desequilíbrio cultural”(Capra, 1982, p. 53).

Da mesma forma, em biologia, a concepção cartesiana dos organismos vivos como máquinas, com- postos de partes separadas, ainda é o conceito contem- porâneo dominante. E os fenômenos biológicos não explicados em termos reducionistas não são considera- dos dignos de investigação científica, afastando a possi- bilidade de compreensão da função dos seres vivos como totalidade, pela abordagem estreita e fragmentada.

No entanto, em Psicologia nós entendemos que as funções de um organismo vivo, que envolvem suas atividades integrativas e suas interações com o meio ambiente, são essenciais para a saúde do organismo. Mas, como a Medicina ocidental seguiu a abordagem reducionista da biologia moderna, impõe-se a divisão cartesiana e afastou-se a possibilidade de tratamento dos pacientes como seres totais, num enfoque mais amplo e holístico de saúde.

Segundo Capra, “no decorrer de toda a história da ciência ocidental, o desenvolvimento da biologia cami- nhou de mãos dadas com o da medicina. Por conse- guinte, é natural que, uma vez estabelecida firmemente em biologia a concepção mecanicista da vida, ela domi- nasse também as atitudes dos médicos em relação à saú- de e à doença. A influência do paradigma cartesiano sobre o pensamento médico resultou no chamado modelo biomédico, que constitui o alicerce conceitual da moder- na medicina científica” (p. 116).

Através desse modelo, a atenção da Medicina pas- sou a concentrar-se à máquina corporal, negligenciando os aspectos psicológicos, sociais e ambientais da doença.

A divisão cartesiana influenciou a Medicina em vá- rios aspectos. Primeiramente, dividiu a Medicina em dois campos distintos onde os médicos ocupam-se do trata- mento do corpo e os psiquiatras e psicólogos ocupam- se da cura da mente. Esse hiato, entretanto, resultou em grande desvantagem para a compreensão das doenças.

Além disso, a tendência reducionista, ao fixar-se no cor- po doente, transformou-o em máquina que deve ser analisada em termos de suas peças e engrenagens altera- das. Assim, ao concentrar-se em partes de uma máquina disfuncionante - o corpo, a Medicina perdeu de vista o paciente como ser humano; grave erro da abordagem biomédica.

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Para Sanvito (1994), armada com este modelo biomédico, a Medicina tentou

de todas as maneiras, dentro de uma ótica simplista, reduzir a doença a um projeto biológico, ora centrado na patologia celular ou molecular, ora num agente infeccioso, tóxico ou coisa semelhante. Ao reduzir as funções biológicas e mentais a mecanismos celu- lares e/ou moleculares, e ao negligenciar os aspectos socioculturais e ambientais, o médico acaba perden- do a perspectiva do paciente integral inserido no seu meio ambiente. Este tipo de enfoque acaba deslo- cando a atenção (do médico) do doente para a do- ença (a úlcera é mais importante que o ulceroso).

Dentro desta linha, os médicos acabam encarando os seus paciente ‘objetivamente’ como conglomera- dos de enzimas, anticorpos, hormônios, neurotrans- missores ou circuitos que não andam bem. Em li- nhas gerais, este modelo adota o seguinte figurino:

1) o doente como objeto; 2) o médico como mecâ- nico; 3) a doença como avaria; 4) o Hospital como oficina de consertos” (17).

É fato que a atomização do conhecimento nas ciên- cias da saúde determinaram a exaltação da explicação cien- tífica e dos avanços científico-tecnológicos. A pulverização e a hierarquização das ciências decorrentes desse fenôme- no determinaram, então, o mito do progresso, do profis- sional especialista, da objetividade e neutralidade científica.

E o conhecimento se perdeu entre a rarefação das comuni- cações das ciências naturais e humanas, entre a disciplinaridade fechada, entre o crescimento vigoroso dos saberes separados, tornando os profissionais de saúde cada vez mais confusos quanto ao saber existente.

Assim, o modelo biomédico que impõe um co- nhecimento irrestrito e com o qual o Psicólogo da Saúde convive diariamente nas instituições de saúde, sugere ser mais do que um modelo, adquirindo status de um dogma, vinculado intrinsecamente às crenças culturais.

Capra (1982), cita que

para suplantá-lo será necessário nada menos que uma profunda revolução cultural. E tal revolução é im- prescindível se quisermos melhorar, ou mesmo man- ter nossa saúde (...). Os pesquisadores médicos pre- cisam entender que a análise reducionista do corpo-máquina não pode fornecer-lhes uma com- preensão completa e profunda dos problemas hu- manos. A pesquisa biomédica terá de ser integrada num sistema mais amplo de assistência à saúde, em que as manifestações de todas as enfermidades hu- manas sejam vistas como resultantes da interação corpo, mente e meio ambiente, e sejam estudadas e tratadas nessa perspectiva abrangente” (p. 154).

Ao se considerar essas reflexões à luz de diversos problemas contemporâneos do campo da Bioética, ve- mos que polêmicas importantes que se apresentam hoje

em diversos fóruns de discussão, como Direitos do Pa- ciente, Humanização em Saúde, respeito à Autonomia, entre outras, tem fortes influencias (enquanto conflito) nesse modelo de visão do fenômeno saúde-enfermida- de que contempla permanentemente a dicotomização do ser humano.

Como considerávamos no início desse texto, dentro dessa perspectiva ampliada, o tempo vem assinalando si- nais de mudanças, onde o Homem tem procurado auto definir-se como um ser biopsicossociocultural que interatua nessas esferas de existência, que interdependem-se e só podem ser compreendidas uma em função da outra.

George Engel foi o proponente mais destacado do modelo biopsicossocial de doença, que salienta um enfoque sistêmico integrado para o comportamento e doença humanos. O modelo biopsicossocial deri- va-se da teoria geral dos sistemas. O sistema biológi- co enfatiza o substrato anatômico, estrutural e molecular da doença e seu impacto sobre o funcio- namento biológico do paciente; o sistema psicológi- co salienta o impacto de fatores psicodinâmicos, motivação e personalidade sobre a experiência ou reação à doença; e o sistema social salienta as influ- ências culturais, ambientais e familiares sobre a ex- pressão e experiência da doença. Engel postulou que cada sistema pode afetar e ser afetado por qualquer um dos outros sistemas. O modelo de Engel não afirma que a doença médica é um resultado direto da conformação psicológica ou sócio-cultural de uma pessoa, mas encoraja um entendimento mais abrangente da enfermidade e de seu tratamento (Kaplan & Sadock, 1993).

Assim, acreditamos, nessa estrutura dialética é que se detém a essência dos fundamentos em Psicologia Hospitalar, buscando através de confrontos antitéticos, uma nova síntese, na proposição de uma visão do Ho- mem menos dicotomizada.

E, essa preocupação do Homem com o Homem nos tempos atuais, aponta o caminho de unir o objetivo ao subjetivo, o racional ao intuitivo, a síntese em si, sem que as ciências humanas percam seu status de verdade para a herança secular de pesquisas bem compartimenta- das, do conhecimento objetivo, da objetividade científica.

Como brilhantemente Eksternann (1977) assinala em seu texto,

o doente é uma frase da história do sofrimento hu- mano, mas como tal, indissociável do texto comple- to. É o representante biológico de uma faixa da his- tória da humanidade, é o que se desorganizou em situações críticas de adaptação.

Aqui nos reencontramos com o modelo patológi- co nomotético e o idiográfico; o primeiro, tem suas raízes na medicina hipocrática de Cnido, o segundo, na de Cós,

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ou seja, na medicina do Homem como espécie e do Homem como ente singular. Da primeira, deriva a atitu- de que produziu a classificação de Kraepelin; a segunda, o ‘setting’ psicanalítico. É um equívoco pensar que ambas atitudes estão em oposição. Ao contrário, são comple- mentares. A atenção singular não impede a existência de quadros nosográficos, nem lhes tira a importância, como esses não impedem a prática voltada para o doente. A falácia tem sido confundir o conceito que designa classe com o fato singular; é errôneo supor que tratamos uma esquizofrenia, úlcera péptica, asma brônquica. Tratamos do esquizofrênico, do ulceroso e do asmático.

Aí está, em nossa opinião, o alicerce das atividades do Psicólogo enquanto profissional de saúde. Um pro- fissional que está diante de um paciente —expressão máxima do sofrimento humano—, determinado pela vivência da situação de ser e estar doente. Um profissio- nal que atuará no sentido de resgatar ao ser doente, “sua essência de vida que foi interrompida pela ocorrência do fenômeno doença. Além disso, ele se baseia numa visão humanística com especial atenção aos pacientes e famili- ares. A Psicologia da Saúde considera o ser humano em sua globalidade e integridade, único em suas condições pessoais, com seus direitos humanamente definidos e respeitados” (Sebastiani & Santos, 1996, p.172).

Nessa medida, nosso desafio ético, enquanto Psi- cólogos da Saúde, é unir o objetivo ao subjetivo, tratar o geral e o particular como forças complementares e não como excludentes, conforme os vícios culturais tanto nos condicionaram.

No entanto, segundo Lupo (1995),

conviver com a diversidade coloca-nos numa posi- ção problemática. O outro, o diferente, ameaça a definição que tomamos para nós como ‘verdade’, desestrutura o arcabouço teórico que laboriosamente construímos e que nos dá uma ‘identidade’. Se a diversidade fosse encontrada apenas fora de nós, poderíamos com alguma facilidade recorrer ao ex- purgo e à aniquilação pela completa desqualificação do saber e do fazer alheios. Mas, freqüentemente, descobrimos este estranho dentro de nós, na medida em que transitamos inevitavelmente por teorias e por práticas. Esta constatação joga-nos de chofre de volta ao terreno das incertezas: quem afinal somos?

Vemo-nos, pois, repetidamente envolvidos na ten- tativa de alinhavar pedaços” (p. 7).

E, nesse sentido, o conceito de verdade toma no- vos sentidos. O sentido de coexistência e enfrentamento entre teses opostas, o sentido de divisão ou fragmenta- ção das posições em Psicologia, o sentido das divergên- cias e das contradições do conhecimento na área de Psicologia da Saúde.

Do contrário, retoma-se postura essencialmente positivista, onde o conhecimento somente é produzido pela razão, passando a ser definido em termos das própri- as realizações da ciência. Assim, qualquer epistemologia que transcenda a análise metodológica dos procedimen- tos científicos imposta pelo positivismo, passaria a ser julgada como extravagante e sem significado (Martins e Bicudo, 1989).

Então, questionamentos como quem é o Psicólo- go da Saúde, para que serve a Psicologia da Saúde, como garantir o estatuto de cientificidade dos conhecimentos psicológicos em Psicologia da Saúde, necessitam ser re- pensados em um universo que evidencie que não há conhecimento sem interesse e muito menos prática sem pressupostos. “Ter uma teoria é possuir uma ferramen- ta, que se presta a certos fins. É possuir um determina- do vocabulário que permite fazer descrições do mundo adequadas a certos propósitos. O que significa dizer que toda pretensão epistêmica é uma tomada de posição éti- ca” (Bezerra Jr., 1992, p. 09).

Assim, como Psicólogos da Saúde, não é possível refletir sobre os preceitos éticos que envolvem a especiali- dade, não é possível participar de uma instituição ou de uma sociedade ou ainda exprimir valores sem estar atento às demandas, às dinâmicas, às descobertas e construções do contexto institucional onde o Psicólogo está inserido.

Além disso, é impossível pensar em ética, discutir a ordem psicológica e a ordem médica respaldada em vi- são individualista e estática. Estão todos —Psicólogos e profissionais de saúde, inseridos em um contexto mai- or - a instituição de saúde— que possuí leis, que segue normas, que tem princípios, paradigmas marcados de forma indelével por sua historicidade.

Eticamente, a proposta é de um momento de re- flexão e revisão da prática clínica diária do Psicólogo que atua em instituições de saúde, na busca de atitudes reais de resgate da visão e do lidar do Homem com o Ho- mem, considerando-se e considerando-o como um todo.

Um ser dinâmico, dotado de corpo e alma (como unida- de) que acontece num ambiente (natureza, sociedade, cultura) e interage, sendo determinante e determinado de sua existência.

O campo de trabalho dos Psicólogos da Saúde, portanto, é o campo sociopsicobiológico das patologias humanas, considerando-se como ‘doença’, a desarmo- nia - quer originariamente orgânica ou psíquica - que através de sua manifestação crítica bloqueia o dinamis- mo e o desenvolvimento do Homem como ser integral dentro de sua sociocultura. É o campo que contempla o homem, como coloca Kant, como um fim em si mes- mo, resgatando assim um dos princípios norteadores da Bioética atual, qual seja o de respeito à Autonomia da pessoa.

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Os desafios que a Psicologia da Saúde encontra em seus espaços de realização encontram, portanto, nos preceitos discutidos pela ética e Bioética, caminhos que convergem com as inquietações que sempre apresenta- mos no exercício de nosso trabalho. As propostas a serem desenvolvidas encontram, já, marcos importan- tes como os ressaltados pela Acta de Veracruz (2001), onde ressalta-se como escopo de Psicologia da Saúde para esse novo milênio:

Colaborar com a criação, fomento e aperfeiçoamen- to de uma atitude profissional bioética, ética e deontológica no campo da saúde, que possibilite o desenvolvimento de valores dentro de uma concep- ção humanista e o reconhecimento dos direitos de usuários e familiares.

Criar, desenvolver e fortalecer a autonomia dos usu- ários dos serviços de saúde, para a tomada de deci- sões éticas, relacionadas com o processo saúde-do- ença, incluindo a consideração dos aspectos psicossociais afetos ao “bem morrer”.

Fomentar o direito à saúde dentro de um marco global e ético que tenha por base o princípio da justiça sanitária, considerando a eqüidade em torno da distribuição dos recursos materiais e humanos.

Vigiar, em caráter permanente, as ações derivadas dos avanços científicos e tecnológicos na área da saúde, tais como; Engenharia Genética, Projeto Genoma, Alimentos Transgênicos, Contaminação Ambiental entre outros, de maneira que se impeça os riscos e abusos de discriminação social e ecológi- ca. Assim se buscará criar um clima de promoção para uma bioética global.

Os compromissos da Psicologia da Saúde estão cada vez mais claros e delineados, no entanto, dentro de todos estes questionamentos e afirmações um aspecto incômodo, mas de absoluta pertinência ao momentum que a psicologia passa (enquanto sua história e tempo de inserção no campo das ciências, e em particular enquanto sua específica inserção nas ciências da Saúde ) deve ser abordado: Nós ainda não possuímos o que podería- mos chamar de Identidade Profissional, estamos ainda engatinhando, nestes anos de profissão reconhecida le- galmente, em direção a um rascunho dessa Identidade, como salientou Lupo, ao tentarmos “alinhavar peda- ços” muitas vezes recolhemo-nos aos nossos pequenos guetos de saber/poder e fantasiosamente queremos acre- ditar que ali estamos respaldados pela verdade e pela ciência, agimos da mesma maneira que o adolescente que sintetiza o mundo através da visão de seu grupo de referência, não trocamos, não somamos, e o pior muitas vezes não respeitamos os outros colegas que têm visões diferentes das nossas. Nesse sentido se não somos ain- da capazes de nos respeitar para, a partir dai, somar e crescer como podemos ser respeitados ou exigir respeito

dos colegas de outras áreas ou mesmo da sociedade que persiste em nos encarar de maneira estigmatizada?

A ética das e nas relações começa sempre com aqui- lo que aprendemos “dentro de casa”, e que passará a refletir o que somos para os outros a partir do que mos- tramos ser para nós mesmos, precisamos atenuar nos- sos narcisismos e onipotências, talvez assim possamos iniciar um processo real de edificação de uma Identidade Profissional que tem como pressuposto de qualquer de seus paradigmas o respeito ao Humano, começando esse Humano a ser reconhecido e respeitado dentro de cada um de nós, para então (e só então) estender-se às outras relações e interações.

Por fim, gostaríamos de deixar aqui uma mensa- gem: refletir sobre a ética em Psicologia da Saúde, em nossa opinião, é o expressar de um sonho que gradati- vamente se tornou ou vem se tornando realidade para cada um de nós. Falar sobre ética é falar de nosso amor e também o de incontáveis colegas que mesmo diante de tantas incertezas, de tantos obstáculos em nossos traba- lhos, seguimos acreditando em um amanhã melhor para nossos pacientes. Os avanços e polêmicas que o campo interdisciplinar da Bioética vem abrindo, par e passo ao incrível desenvolvimento tecnológico das ciências da saú- de, nunca colocou tão em evidência a imperativa necessi- dade de se repensar a relação do Humano com sua própria vida, e com o sentido que lutar por preserva-la e amplia- la sempre teve para todos.

Acreditamos que dessa essência é composta nossas vidas. Sonho incessante por maior humanização na saú- de, por melhor qualidade de vida, por justiça social, pelo alívio da dor, pelo direito de ser. E, se podemos sonhar com um mundo melhor para todos, nunca podemos esquecer que somos agentes de promoção da saúde dos pacientes e familiares, somando esforços junto às equi- pes dentro dos Hospitais ou das instituições médicas.

Não devemos esquecer que somos responsáveis pela existência de um canal aberto a pacientes e familiares, para a expressão de suas ansiedades, agruras, medos, fantasias e sofrimentos determinados pela situação de doença e hospitalização.

Eticamente, portanto, temos um compromisso real que nos remete à responsabilidade de crescer enquanto especialidade, cristalizando nossos conhecimentos, com muita seriedade, muita ética, muitas reflexões, muito trabalho e muitos sonhos! Sonhos que se concretizam em nossos projetos, em nossas atividades no dia a dia de relação e atenção às pessoas. E tal como em nossos sonhos que se concretizam, os resultados obtidos de- monstram que estamos no caminho certo e que a nossa trajetória é soberana.

Finalizamos esse artigo como iniciamos e temos direcionado nossas vidas profissionais: com a certeza de

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que temos tentado fazer o melhor —sempre— por nos- sos pacientes. E gostaríamos de acreditar que a Psicolo- gia da Saúde seguirá caminhos mais e mais significativos se mantiver-se nos princípios da dignidade, da ética e do respeito (infelizmente tão raros nos dias de hoje); se mantiver-se como primordial a assistência à tríade paci- ente-família-equipe de saúde; se a busca do bem estar das pessoas permear sempre nossos ideais de trabalho;

se o principal for sempre o paciente; se a humanização na saúde for nosso principal objetivo, se a vida for o nosso maior compromisso.

E, como nos ensina Sanvito (1994), “se nos afas- tarmos desses preceitos, perderemos o rumo da história e nos tornaremos como a centopéia do provérbio que, ao ser perguntada como fazia para coordenar todas as suas pernas, descobriu estar paralisada”.

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