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Figuras 33. (a) Vistas dos furos gerados pelo processo de escavação via tradagem com a

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Academic year: 2021

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Figuras 32. (a) Processo de escavação através da retroescavadeira; (b) Detalhe da escavação através da retroescavadeira; (Fotos do Autor)

Figuras 32. (c) Vistas da retroescavadeira operando na limpeza da área após o processo de amostragem e acondicionamento. (Fotos do Autor)

Todos os furos feitos durante a etapa de escavação foram preenchidos com “rachão” (pedras grandes), visando aproveitá-los como alívio dos gases de aterro, conforme solicitado pela prefeitura local (A RECUPERAÇÃO , 2004; L IXÃO , 2004). Uma vista destes furos podem ser visualizados nas Figuras 33.

Figuras 33. (a) Vistas dos furos gerados pelo processo de escavação via tradagem com a

TPM. (Fotos do Autor)

(2)

Figura 33. (b) Buraco gerado na escavação via retroescavadeira. (Foto do Autor)

Figura 33. (c) Ponto de perfuração preenchido com “rachão” (Latitude 7397254 e Longitude 372093), para escoamento dos gases. Ao fundo, alunas voluntárias da ETE em visita ao aterro

de Volta Fria. (Foto do Autor)

4.4 A TIVIDADES DE C AMPO : A MOSTRAGEM , REGISTRO E TRANSPORTE

As atividades de amostragem e acondicionamento dos resíduos (artefatos) seguiram procedimentos simples, porém bastante rigorosos, visando ao atendimento das expectativas do projeto, quanto à sua relevância nas interpretações dos resultados finais.

Conforme já descrito, foi estipulado um total de 77 metros lineares de perfuração via TPM mais 5 metros escavados pela retroescavadeira.

Inicialmente, marcava-se a broca utilizada pela TPM de metro em metro,

visando à coleta estratigráfica das amostras. Ao penetrar no maciço de lixo, a

broca, devido ao seu movimento de rotação, funcionava como um saca rolhas

que, ao atingir um metro de perfuração, era recolhido para fora do maciço,

obtendo-se material que impregnava a broca, conforme é possível observar

(3)

nas figuras 30 e 31. Este procedimento foi executado a cada novo metro atingido.

Com a broca recolhida, o material impregnante era removido sobre tapumes colocados ao redor do buraco formado com o auxílio de enxadas.

Foram utilizados tapumes como forma de proteção das amostras, visando não permitir o contato do resíduo escavado com resíduos superficiais, normalmente encontrados em toda a extensão do aterro. As figuras 34 apresentam os procedimentos da medição do metro na broca perfuratriz e o momento de retirada do material coletado sobre os tapumes.

Figuras 34. (a) Medição de um metro na broca perfuratriz visando a coleta de amostras de metro em metro para estudo estratigráfico; (b) e (c) Material impregnando na broca sendo

retirado com enxadas sobre tapumes para posterior amostragem. (Fotos do Autor).

Com o material sobre os tapumes a equipe do projeto avançava sobre o monte de resíduos e, posicionando-se ao redor deste, começava o procedimento de amostragem.

Nesse processo, o material amostrado era acondicionado em sacos

plásticos transparentes de 50 litros capazes de suportar até dez quilos de

material. Este procedimento atendeu de forma satisfatória as recomendações

feitas pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004b)

e da American Society for Testing and Materials (ASTM, 1992). Em média, foi

coletado cerca de 80% do material retirado do maciço de lixo para cada metro

escavado, após ser desconsiderado, o quanto possível, o solo utilizado como

cobertura.

(4)

As figuras 35 apresentam a equipe do projeto Arqueologia do Lixo executando a amostragem do material retirado do maciço de lixo.

Figuras 35. (a) Amostragem e acondicionamento do material coletado no processo de escavação. (Fotos do Autor)

Figuras 35. (b) TPM em operação e processo de amostragem e acondicionamento de resíduos. (Fotos do Autor)

Cada saco, ao ser preenchido com material amostrado era fechado e encaminhado para identificação e registro da amostra. Esta identificação foi feita através de etiquetas preenchidas com as informações seguintes:

• Nome do Projeto;

• Cidade de execução;

• Local de estudo;

• Nome de quem fez o registro;

• Latitude (UTM) e Longitude (UTM)

• Profundidade (metros)

• Aspectos Visuais (cor)

• Aspectos olfativos (odor) classificados como não perceptível, leve ou intenso;

• Consistência do material, classificado como sólido, pastoso / sólido e pastoso / líquido;

• Técnica utilizada;

• Data e hora da amostragem; e

• Numeração seqüencial dos sacos contendo as amostras.

(5)

Estas informações foram selecionadas visando um registro preciso para posterior análise em laboratório, validação da metodologia empregada sob um ponto de vista arqueológico e favorecer novos trabalhos interdisciplinares de profissionais interessados no setor de resíduos sólidos.

As figuras 36 e 37 mostram os sacos preenchidos com material amostrado no momento do registro de informações e exemplos de etiquetas preenchidas, respectivamente.

Figuras 36. (a) Processo de acondicionamento e registro das amostras coletadas;

(b) Alguns sacos, contendo material amostrado, devidamente identificados.

(Fotos do Autor)

Figuras 37. Etiquetas utilizadas para registro das amostras na etapa de escavação localizadas na latitude 7397373 e longitude 371982. É possível observar que na passagem de 2 metros para 3 metros de profundidade, há uma alteração na percepção do odor do material coletado

de leve para intenso. (Fotos do Autor).

Após cada jornada de trabalho de escavação, amostragem,

acondicionamento e registro, todo o material era transportado para o

laboratório temporário, montado em Mogi das Cruzes, para armazenagem

inicial. A figura 38 mostra o veículo carregado para transporte do material

coletado durante uma jornada de um dia de trabalho.

(6)

Figura 38. Material amostrado devidamente acondicionado para transporte para laboratório.

(Foto do Autor)

Tabela 9. Amostras coletadas e a sua localização no sítio.

Ponto Localização (UTM) Amostras Registradas 1 Latitude: 7397266

Longitude: 372181

T01-T05 T06-T11 T12-T16

T17-T23 T24-T28 T29-T33

T34-T38 T39-T43 T44-T48 2 Latitude: 7397349

Longitude: 372250 T49-T51

T52T56 T57-T61

T62-T66 T67-T71 3 Latitude: 7397310

Longitude: 372210

T72-T74 T75-T79 T80-T83

T84-T89 T90-T94 T95-T99

T100-T104 T105-T109

4 Latitude: 7397351 Longitude: 372001

T110-T114 T115-T119 T120-T122

T123-T127

T128-T132 T133-T137 T138-T142

5 Latitude: 7397373 Longitude: 371982

T143-T146 T147-T151 T152-T156

T157-T161 T162-T166 T167-T171

T172-T176 T177-T181 T182-T183 6 Latitude: 7397290

Longitude: 372047

T184-T187 T188-T192 T193-T197 T198-T202

T203-T207 T208-T212 T213-T217 T218-T222

T223-T228 T229-T233 T234-T238

7 Latitude: 7397254 Longitude: 372093

T239-T240 T241-T245 T246-T250 T251-T255

T256-T260 T261-T264 T265-T269

T270-T274 T275-T279 T280-T284

8 Latitude: 7397183 Longitude: 372262

T285-T286 T287-T290 T291-T294

T295-T298 T299-T302 T303-T306

T313-T317 T308-T312 T318-T320 9 Latitude: 7397176

Longitude: 372305 T321-T323

T324-T325 T326-T329 T330-T334

10 Latitude: 7397317

Longitude: 372882 R01-R03

R04-R06 R07-R15

R10-R12 R13-R14

4.5 A TIVIDADES DE L ABORATÓRIO : O PERAÇÕES U NITÁRIAS

Após o término das atividades de campo e encaminhamento das

amostras para armazenagem inicial, iniciaram-se as atividades de laboratório

propriamente ditas, destacando-se as operações unitárias de armazenagem

inicial, pesagem, lavagem, secagem, triagem e segregação.

(7)

Inicialmente foram realizadas as pesagens das amostras em balança eletrônica de bancada com capacidade de 150 kg, precisão de ± 0,05 kg e plataforma de 50x50cm, em local limpo e de superfície plana, conforme pode ser visto na figura 39b.

Figuras 39. (a) Armazenagem inicial após transporte para laboratório antes da pesagem;

(b) Processo de pesagem das amostras coletadas;

(c) Armazenagem do material após pesagem, para posterior lavagem.

(Fotos do Autor)

Foram gerados 349 sacos de amostras com peso médio de 4,1 kg cada, sendo que para cada metro foram coletados, em média, 4,5 sacos, fornecendo um total de 1.432,3 kg. Neste sentido, para efeito de classificação do material coletado, considera-se uma amostra,como sendo referente a um metro linear de escavação, obtendo-se, portanto, 77 amostras diferentes 14 . A tabela 10 apresenta os resultados do processo de pesagem das amostras coletadas.

Após a pesagem o material foi encaminhado para bancadas de lavagem para eliminação do excesso de terra. Foram empregados três pontos de lavagem, visando um melhor rendimento desta etapa. Em dois pontos o material foi lavado sobre uma mesa especialmente montada, cuja base era constituída por uma tela de malha fina, tendo a função de evitar a perda de materiais pequenos como sementes e grampos, entre outros, durante o processo. Com a mesma preocupação, o terceiro ponto empregou peneiras de malha fina, como meio de garimpar o material durante a lavagem. As figuras 40

14

Ressalta-se que apesar de terem sido escavados 77 metros lineares com a TPM, foram

amostrados apenas 72 metros, conforme é possível constatar através das Tabelas 6 e 10 deste

trabalho.

(8)

mostram o processo de lavagem, onde é possível observar as bancadas e o garimpo com peneiras.

Tabela 10. Resultado das pesagens por saco coletado antes da lavagem (peso bruto).

Localização

(ponto) Profundidade

(m) Amostra Total de

sacos Peso Total

(kg) Peso Total por localização (kg)

1 T01-T05 5 15,4

2 T06-T011 6 12,2

3 T12-T16 5 21,3

4 T17-T23 7 19,9

5 T24-T28 5 20,4

6 T29-T33 5 24,4

7 T34-T38 5 19,7

8 T39-T43 5 18,7

(1) Latitude:

7397266 Longitude:

372181

9 T44-T48 5 17,7

169,7

1 T49-T51 3 10,2

2 T52-T56 5 17,1

3 T57-T61 5 13,0

4 T62-T66 5 15,6

(2) Latitude:

7397349 Longitude:

372250 5 T67-T71 5 18,3

74,2

1 T72-T74 3 8,00

2 T75-T79 5 15,1

3 T80-T83 5 10,9

4 T84-T89 5 16,7

5 T90-T94 5 21,6

6 T95-T99 5 16,4

7 T100-T104 5 16,5

(3) Latitude:

7397310 Longitude:

372210 8 T105-T109 5 23,5

128,7

1 T110-T114 5 13,5

2 T115-T119 5 11,0

3 T120-T122 3 13,1

4 T123-T127 5 12,2

5 T128-T132 5 17,9

6 T133-T137 5 22,0

(4) Latitude:

7397351 Longitude:

372001 7 T138-T142 5 25,7

115,4

2 T143-T146 3 11,0

3 T147-T151 6 21,1

4 T152-T156 5 23,4

5 T157-T161 5 23,2

6 T162-T166 5 29,2

7 T167-T171 5 25,3

8 T172-T176 5 34,2

9 T177-T181 5 29,5

(5) Latitude:

7397373 Longitude:

371982

10 T182-T183 2 10,6

207,5

1 T184-T187 4 13,7

2 T188-T192 5 20,5

3 T193-T197 5 22,6

4 T198-T202 5 21,5

5 T203-T207 5 25,5

6 T208-T212 5 22,8

7 T213-T217 5 27,3

8 T218-T222 5 26,6

9 T223-T228 6 28,8

10 T229-T233 5 23,3

(6) Latitude:

7397290 Longitude:

372017

11 T234-T238 5 23,7

256,3

(9)

Tabela 10. Continuação Localização

(Ponto) Profundidade

(m) Amostra Total de

sacos Peso Total

(kg) Peso Total por localização (kg)

1 T239-T240 2 6,50

2 T241-T245 5 20,8

3 T246-T250 5 19,9

4 T251-T255 5 23,7

5 T256-T260 5 29,5

6 T261-T264 4 21,1

7 T265-T269 5 20,8

8 T270-T274 5 24,5

9 T275-T279 5 24,6

(7) Latitude:

7397254 Longitude:

372093

10 T280-T284 5 26,3

217,7

1 T285-T286 2 10,2

2 T287-T290 4 15,7

3 T291-T294 4 15,1

4 T295-T298 4 24,1

5 T299-T302 4 23,0

6 T303-T306 4 25,4

7 T313-T317 6 13,6

8 T308-T312 5 13,9

(8) Latitude:

7397183 Longitude:

372262

9 T318-T320 3 15,3

156,3

1 T321-T323 3 8,50

2 T324-T325 2 9,60

3 T326-T329 4 12,2

(9) Latitude:

7397176 Longitude:

372305 4 T330-T334 5 14,7

45,0

1 R01-R03 3 15,0

2 R04-R06 3 14,1

3 R07-R15 4 17,0

4 R10-R12 3 9,30

(10) Latitude:

7397317 Longitude:

371882 5 R13-R14 2 6,10

61,5

Total 1432,30

Obs.: As amostras R01-R03 a R13-R14 referem-se ao processo de escavação com retroescavadeira e as restantes, através da TPM.

Ressalta-se que os pesos apresentados são brutos, devido à grande quantidade de terra misturada com os objetos a serem processados para classificação e avaliação, servindo apenas como indicação e referência da quantidade de material coletado, não sendo utilizados neste trabalho para outras avaliações 15 .

15

Apesar dos valores referentes ao peso bruto não terem sido utilizados neste trabalho, os

mesmos podem ser empregados na avaliação do volume ocupado pelos resíduos na

composição do aterro estudado diante do levantamento do peso líquido total dos objetos

coletados (311,46 kg) associados a fatores como teor de compactação ao qual estavam

submetidos enquanto enterrados.

(10)

Figura 40. (a) Processo de lavagem das amostras utilizando-se peneiras. Pode ser observada gravação de reportagem junto à TV Diário de Mogi das Cruzes, afiliada à Rede Globo de Televisão (A NDRADE , 2004b); (b) Lavagem em mesa especialmente montada para o projeto,

com auxílio de peneira para evitar a perda de finos. (fotos do Autor)

Figuras 40. (c) Processo de lavagem das amostras em bancadas cuja base é feita com tela de malha fina para evitar a perda de finos. (Fotos do Autor)

Em função do tipo de material encontrado durante o processo de lavagem, cuidados especiais foram tomados, visando evitar danos ao artefato e às informações nele contidas. Como exemplo de material sensível à lavagem, citam-se principalmente os papéis de qualquer espécie.

Cada amostra, após sofrer a lavagem, foi encaminhada para secagem através do processo de evaporação natural. Este processo foi executado em mesas, cujas bases também foram feitas de tela de malha fina, nas quais todo o material úmido era espalhado o máximo possível pela sua superfície e deixado durante o tempo necessário para sua secagem natural.

Este processo limitava a lavagem devido à quantidade de mesas existentes para secagem. Havia um total de 10 mesas de secagem, sendo que em cada mesa eram espalhados os objetos pertencentes a, apenas, uma amostra.

Todas as etapas do projeto primaram por trabalhar de modo

individualizado, isto é, realizar o processamento das amostras de modo

(11)

exclusivo, evitando ao máximo a mistura entre elas, o que prejudicaria de modo definitivo os resultados e interpretações do trabalho 16 .

As figuras 41 apresentam detalhes das mesas de secagem com as amostras lavadas espalhadas sobre as mesmas.

Figuras 41. (a) Vista do material lavado sendo dispostos nas mesas de secagem.

(Fotos do Autor)

Figuras 41. (b) Vista do material lavado nas mesas de secagem. (Fotos do Autor)

Após a verificação que uma determinada amostra encontrava-se seca, todo o material era novamente acondicionado, porém agora em caixotes plásticos do tipo agrícola, e estocado para posterior análise e classificação, conforme mostrado nas figuras 42.

Figuras 42. Armazenagem do material pós-secagem. (Fotos do Autor)

16

Como norma do projeto, qualquer dúvida sobre a qual amostra um determinado objeto

pertencia, o mesmo era imediatamente considerado contaminado e, portanto, descartado para

efeito desta pesquisa.

(12)

Como última etapa, antes da classificação final dos objetos, fez-se um processo de triagem e segregação que consistiu na separação ordenada de todo o material coletado, lavado e seco, correspondente a uma amostra.

Este processo teve como procedimento a separação de cada objeto, em função da composição física, visando facilitar o trabalho de classificação final.

O processo obedeceu à classificação proposta (tabelas 11 a 14). Esta etapa pode ser visualizada através das figuras 43.

Figuras 43. (a) Segregação e triagem das amostras para posterior classificação.

(Fotos do Autor)

Figuras 43. (b) Amostra segregada, por composição de material, pronta para classificação final; (c) Exemplo de material plástico do tipo PEBD segregado para classificação final.

(Fotos do Autor)

Ainda sobre o processo de separação, é importante destacar que, além

da separação manual para os materiais de dimensões maiores (figuras 43b e

43c), empregou-se o processo de peneiração ou tamisação com posterior

catação de componentes menores ou finos.

(13)

Devido à granulometria distinta entre os componentes menores, foram utilizadas duas peneiras posicionadas seqüencialmente (figuras 44a) para a separação. As peneiras utilizadas foram as comumente empregadas na construção civil para separar areia fina e grossa, proporcionando a formação de três montículos, conforme pode ser visualizado na figuras 44b.

Após a separação, foi realizada a catação dos componentes considerados relevantes para classificação final e posterior interpretação dos resultados (figura 44d).

Figuras 44. (a) Processo de tamisação para facilitar a separação de componentes finos.

(Foto do Autor)

Figura 44. (b) Vista de montículo de material peneirado com diferentes granulometrias;

(c) Material espalhado para execução do processo de catação.

(Fotos do Autor)

Figura 44. (d) Vista do processo de catação de componentes finos; (e) Material triado após

peneiração e catação, pronto para classificação final. (Fotos do Autor)

(14)

4.6 A TIVIDADES DE L ABORATÓRIO : C LASSIFICAÇÃO F INAL

O processo de classificação tem como base uma avaliação analítica e taxonômica, critérios normalmente utilizados na classificação de artefatos arqueológicos. Estes processos visam obter séries de classes referentes às diferentes características dos artefatos, indicando um modo que designa qualquer costume, norma ou conceito que rege um comportamento em uma determinada sociedade ou comunidade, além da formulação de conjuntos de classes simples, sendo uma para cada tipo de artefato na coleção avaliada (R OUSE , 1960, p. 313).

Esta avaliação se mostra bastante particular, visto que o “sítio arqueológico” estudado é um depósito de lixo contemporâneo, exigindo procedimentos muitas vezes não tradicionais em função das amostras coletadas e principalmente por se esperar uma grande heterogeneidade e diversidade do material coletado.

Todo o processo de classificação foi baseado em tabelas especialmente montadas para o projeto Arqueologia do Lixo, sendo cada uma, individual e propositadamente formulada com o objetivo de facilitar a interpretação e a exploração de cada objeto de modo bastante amplo.

Longe de serem tabelas definitivas, apresentam uma proposta abrangente de classificação sob vários pontos de vista, podendo, sempre que necessário, serem adaptadas em função das pretensões de análise do pesquisador e das características da região estudada.

As tabelas propostas e utilizadas nesta pesquisa trabalham com códigos

individuais para facilitar as anotações na folha de dados, abrangendo

classificações específicas quanto ao grupo de alimentos, ao item encontrado,

ao ramo de atividade ao qual pertence o item encontrado e à composição física

do item. As tabelas 11 a 14 apresentam os códigos propostos.

(15)

Tabela 11. Código para Grupo de alimentos. (ANVISA, 2003) 17

Grupo Código Descrição

1 G1 Produtos de panificação, cereais, leguminosas, raízes e tubérculos e seus derivados

2 G2 Verduras, hortaliças e conservas vegetais 3 G3 Frutas, sucos, néctares, refrescos de frutas

4 G4 Leite e derivados

5 G5 Carnes e ovos

6 G6 Óleos, gorduras, e oleaginosas

7 G7 Açúcares

8 G8 Molhos, temperos, caldos, sopas e pratos prontos

9 G9 Bebidas em geral

11 G11 Não classificado

Tabela 12 . Código do item 18

Código Item Código Item Código Item

001 Carne bovina 058 Bebidas alcoólicas 115 Embalagem de vidro 002 Outras carnes (não bacon) 059 Vinhos 116 Embalagem de madeira 003 Galinha 060 Cervejas 117 Itens e utensílios mecânicos 004 Outras aves 061 Café normal 118 Itens e utensílios elétricos

005 Peixes 062 Chá 119 Artigos e componentes

eletrônicos 006 Crustáceos e moluscos 063 Energéticos em geral 120 Itens e utensílios hidráulicos 007 Produto de carne 064 Água 121 Suprimentos automotivos 008 Bacon e carne suína 065 Folhas em geral 122 Artigos e componentes de

bicicleta

009 Carne desconhecida 066 Vegetais em conserva 123 Suprimentos de informática 010 Ovos 067 Legumes em geral 124 Vestuário infantil 011 Gorduras saturadas 068 Frutas em geral 125 Vestuário adulto 012 Gorduras insaturadas 069 Frutas em conserva 126 Roupa íntima 013 Manteiga e margarina 070 Polpa de frutas 127 Itens de manutenção do

vestuário 014 Maionese 071 Casca de frutas 128 Acessórios de vestuário 015 Óleos alimentícios 072 Especiarias aromatizantes 129 Calçado adulto 016 Nozes, castanhas,

amendoim etc. 073 Caldos (carne, galinha

legumes) 130 Calçado infantil 017 Azeitonas em geral 074 Condimentos cozidos

(fermento etc) 131 Óculos 018 Creme de leite 075 Molhos em geral (catchup,

etc.) 132 Material esportivo 019 Leite de côco 076 Vinagres 133 Móveis e decoração 020 Queijos (inclusive ricota) 077 Sal comum e grosso 134 Itens e utensílios

domésticos 021 Leite 078 Comida pronta (pizza,

lasanha) 135 Itens para som, vídeo e áudio 022 Leite em pó 079 Refeições prontas

(marmitex) 136 Itens para animais domésticos 023 Leite fermentado (tipo

yakult) 080 Sopas em geral (pó) 137

17

Para efeito deste trabalho, foram adicionados ao grupo de alimentos estabelecidos pela ANVISA o Grupo 9 e o Grupo 11, referentes às bebidas e não classificados, respectivamente.

18

Classificações adaptadas de Rathje (2001), visando uma adequação aos produtos

normalmente consumidos no Brasil.

(16)

Tabela 12. Continuação

Código Item Código Item Código Item

024 Requeijão 081 Salgadinhos aperitivos 138 Suprimento fotográfico 025 Iogurte 082 Salgadinhos (pastel, esfirra

etc.) 139 Acessórios de jardinagem 026 Sorvete 083 Suco e alimento de bebê 140 Jóias e relógios

027 Outros laticínios (não

manteiga) 084 Cereais para bebê 141 Itens de papelaria 028 Leguminosas 085 Ração animal (seco) 142 Brinquedos e jogos infantis 029 Arroz 086 Ração (enlatada ou úmida) 143 Jogos adultos 030 Milho 087 Pílulas e suplementos e

vitamínicos 144 Leitura infantil 031 Pipoca 088 Medicamentos comuns 145 Livros adultos 032 Outros grãos (germe de

trigo, aveia etc.) 089 Medicamentos prescritos ou

controlados 146 Jornais locais 033 Farinhas (trigo, milho,

mandioca) 090 Acessórios ligados a

medicamentos 147 Jornais de outras cidades e estados

034 Farinha láctea 091 Drogas ilícitas 148 Jornais e revistas específicos (religião, associação, clubes, etc.) 035 Pastas (macarrão) 092 Acessórios ligados às

drogas ilícitas 149 Guias de entretenimento 036 Pães em geral 093 Utensílios e equipamentos

de serviços de saúde 150 Revistas de interesse geral 037 Raízes e tubérculos (batata,

etc.) 094 Preservativo feminino 151 Periódicos técnicos específicos 038 Cereais (flocos de milho

etc.) 095 Preservativo masculino 152 Listas telefônicas 039 Biscoitos e bolachas 096 Suprimentos infantis (fraldas

etc.) 153 Identificações pessoais diversas 040 Bolos e tortas 097 Curativos (iodo, bandaids,

etc.) 154 Artigo japonês e Oriental 041 Açúcar 098 Artigos e utensílios pessoais

(higiene pessoal) 155 Artigos e suprimentos de música 042 Adoçantes artificiais 099 Artigos e utensílios pessoais

(cosméticos) 156 Artigos sobre sexo 043 Chocolate em pó 100 Artigos e utensílios pessoais

(diversos) 157 Papel moeda 044 Chocolate líquido 101 Bituca de cigarro 158 Itens diversos (especificar) 045 Chocolate sólido 102 Embalagem de cigarro

(geral) 159 Descartáveis 046 Doces de corte (goiabada

etc.) 103 Cigarro 160 Panfletos para propaganda 047 Doces em geral (balas,

gomas etc.) 104

Cachimbo, piteira, fumo de corda, fumo de cachimbo

etc.

161 Pedras em geral 048 Gelatina 105 Aerossóis e venenos 162 Hortaliças 049 Melaço, mel, geléia e

melado 106 Produto de limpeza de

lavanderia e doméstico 163 050 Leite condensado 107 Instrumentos de limpeza

doméstica 164

051 Doces em pasta (abóbora,

leite) 108 Itens de manutenção

doméstica 165

052 Refrigerante normal 109 Embalagem de papel 166 053 Refrigerante diet 110 Embalagem plástica 167 054 Suco de frutas (lata ou

garrafa) 111 Saco de lixo 168

055 Suco de fruta em pó

(artificial) 112 Saco de supermercado 169 056 Suco de fruta líquido

(artificial) 113 Pilhas e baterias 170 057 Bebidas a base de soja 114 Embalagem metálica 171 Artigos não identificáveis

O projeto, em seus 77 conjuntos de amostras, registrou e classificou

14.693 itens o que significa, amostras com 191 itens diferentes em média.

(17)

Estes valores não computam a quantidade encontrada de cada item na amostra, mas sim sua diversidade.

Como esclarecimento, é tomado como exemplo um item como sendo do tipo palito de fósforo, cuja classificação em função da composição é E2 (Tabela 14), o mesmo poderá apresentar mais de um palito, fazendo com que um item possua uma ou mais peças numa determinada amostra.

Também ocorreu que um determinado item classificado da mesma maneira, foi encontrado em outra amostra devido à última pertencer a outro local (latitude e longitude) ou ainda pertencer ao mesmo local, porém em outra camada estratigráfica.

Tomando, ainda, como exemplo um palito de fósforo, além da classificação E2 (madeira) quanto à composição, o mesmo é classificado com o código 134 (itens e utensílios domésticos) pela tabela 12 e com o código R29 (utilidade doméstica) pela tabela 13, não possuindo classificação quanto ao grupo de alimento.

Tabela 13. Código de Ramo de atividade.

Código Ramo de Atividade Código Ramo de Atividade R01 Agricultura e Jardinagem R17 Informática & Suprimentos R02 Alimentício R18 Móveis & Colchões

R03 Artigos Pessoais R19 Música

R04 Armarinho R20 Papelaria e Escritório

R05 Automotivo R21 Produtos de Limpeza

R06 Bebês R22 Propaganda e Marketing

R07 Brinquedo e jogos R23 Pet Shop

R08 Construção, Reforma e Demolição R24 Som & Audio R09 Cine & Foto R25 Serviços de Saúde R10 Cama, Mesa & Banho R26 Sexo R11 Elétrico e Eletrônico R27 Tabacaria R12 Esporte & Lazer R28 Telefonia

R13 Vestuário R29 Utilidade Doméstica

R14 Ferramentas & Metais R30 Festas e Fantasia

R15 Higiene & Beleza (perfumaria) R31 Financeiro

R16 Informação & Educação

(18)

A rqueol ogi a do Li xo : Um est udo de ca so no s depósi to s de res íduos s ól id os da ci dade de M ogi das Cruzes e m S ão P au lo Tabela 14. C ó di go d a C o mp osi ção do ma ter ial q ue cons titui o it em . A P AP E IS B P S T IC O S C - M ETA IS D - V IDROS E - O RG Â N IC OS F - O UT ROS A1 - Pap el em ger al B1 – P E T C1 - F er ro so s D1 - Cl ar os E1 - Al im entos F 1 - Ser viç os d e S aú de A 2 - P ap el jo rn al B 2 – PE AD C2 - Nã o Fe rro so s D2 - M arro ns (â m ba r) E 2 – M a de ira s

4

F 2 - T inta /S ol ve nte/ etc A 3 – Pa pe lã o B 3 – PV C C3 - Al um ín io D3 - Ve rd es E 3 - E stru m e F3 - A ero ssó is A4 – Re vi st a B4 – P E B D C4 - O utros D4 – O u tros

3

E4 - Sem entes F 4 - Pi lh as e Bater ias A5 - C aix a de Pap el B5 – P P D5 - A zu l E5 – O utr os

5

F 5 - Cour o A 6 - C artã o e Ca rt ol in a B 6 – OS F6 - T êxte is A7 – Em b. Car ton ada B7 - O utr os

2

F 7 - Bor ra ch a em ger A8 – O utros

1

F8 - Ce râ m ica F 9 - E nt ul ho F 10 – F inos

7

F 11 – C ar caç a ou O ss F 12 – O u tr os

8

(1 ) Pape l m oeda; Pap el veget al; Pap el c ar bo no; P a pel s an itár io us ad o ( pap el higi ên ic o, pa pel t oa lha, lenç os de pa pel) ; Pap el e c ar tão r eves im pr egnados c om s ubs tânc ias im per m eáveis à um idad e ( par af ina, f ilm es plás tic os ou m etálic os , s ili cone etc .) ; Pap el c on tam inado co m pr odutos noc iv os à s a úde etc . (2 ) T er m of ix os ; Poli eti le no ( PE) c om Alum ínio ( A l); Pol iés ter em ger al c om outr os plás tic os e n ão r ec ic lá veis . (3 ) Vidr os pl anos ; es pe lhos lâm padas in cand es centes e f luor es cent es etc . (4 ) inc lus iv e c ar vão. (5 ) Pap el s uj o c om c om ida; óle o; g or dur a etc . (6 ) Inc lus iv e f ral das e abs o rvent es . (7 ) Bit uc as de c igar ro ; c lips ; gr am pos ; alf inet es , c oton ete, c a nud o etc . (8 ) T udo que não s e en qua dr ar nas c las si fic aç ões ant er ior es ( de ve s er des cr ito) .

(19)

Todos os objetos foram classificados através do preenchimento de folha de dados específica, na qual foram registradas as informações seguintes:

• Nome do Analista;

• Número da Amostra;

• Peso da Amostra coletada em Kg;

• Data da Amostragem;

• Data da Análise em laboratório;

• Numeração seqüencial de cada item adicionado;

• Código para classificação quanto ao Grupo de alimentos (Tabela 11), quando exeqüível;

• Código para classificação do item (Tabela 12);

• Quantidade encontrada de cada item;

• Código para classificação quanto ao ramo de atividade ao qual o item pertence (Tabela 13);

• Origem do item analisado, quanto a Cidade, Estado e País;

• Informações sobre o fabricante, a marca do produto e qual é o produto estudado;

• Informação sobre o que é o item, isto é, seu tipo e seu estado de conservação. Como exemplo podemos ter um item classificado como arroz, porém o tipo do artefato relacionado ao arroz é a sua embalagem.

Para o caso de embalagens também foi verificada a sua capacidade;

• Classificação quanto à composição do material encontrado (Tabela 14);

• Datas encontradas como data de fabricação, data de vencimento ou ainda data de publicação, em função do artefato estudado;

O modelo da folha de dados que foi utilizada na classificação das amostras é apresentado a seguir, assim como um exemplo desta folha preenchida é mostrado na Figura 45.

As Figuras 46 apresentam uma memória visual das atividades de

laboratório durante a classificação os objetos coletados, fornecendo uma idéia

do ambiente de trabalho do projeto.

(20)

A rqueol ogi a do Li xo : Um est udo de ca so no s depósi to s de res íduos s ól id os da ci dade de M ogi das Cruzes e m S ão P au lo M odel o da Fol ha de D ados P RO JET O : Ar qu eol og ia do Li xo Nom e do An al is ta: _ __ ___ ____ ___ ___ __ ___ ___ ___ _ ____ ___ ___ __ ___ ___ ___ Pág in a: _ ___ ___ ___ Am os tr a n

o

:____ __ __ Pes o Am os tr a ( kg) :______ ____ ___ Data Aná lis e: _ __ _/__ __/ ____ Data Am os tr agem : ____/_ ___/ ___ _ Pe so do ite m ( m g) G rupo d e Ali m en to s* C ódi go do Ite m * n

o

de ite ns qui do S ól id o Ra m o* Orig em Fa br ic an te / M ar ca do pr od ut o pr in ci pal Tip o C om p os ão do m at er ial * Data Ar

* Cons ul ta r c ódi go s e spec ífi co s

(21)

A rqueol ogi a do Li xo : Um est udo de ca so no s depósi to s de res íduos s ól id os da ci dade de M ogi das Cruzes e m S ão P au lo Figur a 4 5. Ex em plo de f olh a de dad os pr ee nc hi da. As inf or m aç ões des tas f olhas for am pas sadas par a o ban co de d ados A RQ L IX do Pr o jeto. A apr es ent ados r e gis tr os d a am os tr a T 017- T 023, c om in fo rm aç ões s obr e dos it en s 158 a o 1 69.

(22)

Figuras 46. (a) Alunos no processo de classificação das amostras. (Fotos do Autor)

Figuras 46. (b) Alunos no processo de classificação das amostras. (Fotos do Autor)

Figuras 46. (c) Alunos no processo de classificação das amostras. (Fotos do Autor)

Figuras 46. (d) Alunos no processo de classificação das amostras. (Fotos do Autor)

(23)

Todo o material, ao ser classificado foi devidamente acondicionado, seguindo o critério da classificação por composição de material, isto é, cada amostra ao ter todos os seus itens classificados foi acondicionada em sacos plásticos, sendo cada saco referente a uma composição verificada pela tabela 14. As figuras 47 mostram materiais classificados e acondicionados.

Os materiais acondicionados e pertencentes a uma amostra, foram novamente colocados em caixas do tipo agrícola e encontram-se guardados para futuras análises ou exposições.

Figuras 47. (a) Amostras acondicionadas em saco plástico, por composição do material, após processo de classificação; (b) Vista de amostras classificadas dentro das caixas pretas e

material segregado para classificação. (Fotos do Autor)

Figura 47. (c) Alunos acondicionando o material classificado. (Foto do Autor)

4.7 – Formatação do Banco de Dados

Finalmente, como última etapa, foi formatado um banco de dados para,

além de efetuar uma aproximação do lixo com questões específicas a serem

(24)

respondidas ou hipóteses a serem provadas no presente, acumular uma quantidade de informações suficientes, de modo sistemático e imparcial para que seja possível montar um banco de dados capaz de proporcionar a futuros trabalhos, respostas a questões e novas hipóteses que venham surgir posteriormente.

Com este propósito, foi criado o programa ARQLIX, exclusivamente para atividades ligadas aos estudos de Arqueologia do Lixo, o qual tem como base o Microsoft® Access. O banco de dados foi divido em três partes distintas:

Cadastro, Tabelas e Relatórios. A figura 48 apresenta tela do programa ARQLIX, destacando o item sítios que faz parte do menu Cadastro.

Figura 48. Tela do programa ARQLIX, mostrando o menu Cadastro. Destaca-se a tela referente ao item sítio onde são cadastradas informações sobre o local de estudo.

Na parte de cadastro é possível inserir os dados referentes ao projeto

com todas as informações julgadas necessárias na obtenção de informações

quantitativas e qualitativas acumuladas nas etapas anteriores. Esta parte do

banco possibilita a entrada de dados que identifiquem o sítio estudado (item

(25)

sítios), as amostras coletadas (item amostras) e informações cadastrais sobre os participantes do projeto (item pessoas), através das informações seguintes:

Dados de Entrada – Etapa de Escavação: Dados fixos por amostra:

• Instituição responsável

• Nome do responsável

• Ocupação do responsável, no projeto;

• Cadastro dos alunos participantes (nome, instituição, cidade, telefone etc.)

• Cidade, Estado e País do sítio investigado;

• Nome do sítio;

• Coordenadas por amostra coletada (Latitude e Longitude);

• Data e hora da escavação;

• Data de análise;

• Técnica de escavação empregada;

• Profundidade da amostra (estratificação);

• Aspecto visual (cor) da amostra;

• Odor;

• Consistência (sólido, pastoso / sólido e pastoso / líquido);

• Peso da amostra bruta;

• Número da amostra; e

• Número de itens por amostra.

Dados de Entrada – Etapa de análise de laboratório (folha de dados) – Dados variáveis por amostra:

• Código para Grupo de alimentos (Tabela 11);

• Código do item (Tabela 12);

• Número de itens de mesma espécie por amostra;

• Código de Ramo de atividade (Tabela 13);

• Origem do item (artefato) estudado (Cidade, Estado e País);

(26)

• Fabricante e marca do item estudado;

• Tipo do artefato;

• Capacidade do item, quando o mesmo representar uma embalagem;

• Estado de degradação do item;

• Composição do material que constitui o item (Tabela 14);

• Data, quando exeqüível (de fabricação, validade, publicação e embalagem);

• Observações adicionais sobre o artefato; e

• Foto ou desenho do artefato.

As figuras 49 e 50 apresentam exemplos de telas utilizadas no programa ARQLIX, referentes ao menu cadastro, item amostras.

Figura 49. Tela do menu Cadastro, com destaque do item amostras.

No menu tabelas, encontram-se todas as codificações necessárias à

entradas de dados e à posterior compilação destes para obtenção dos

relatórios de saída com informações quantitativas sobre as amostras

cadastradas. Estas tabelas seguem as codificações apresentadas nas tabelas

(27)

11 a 14, além de informações que se fizeram necessárias para uma melhor formatação e utilização do programa ARQLIX.

Figura 50. Tela do menu Cadastro, item amostras, fornecendo detalhes do registro do artefato número 50 da amostra R01-R03, referente a uma garrafa de vidro.

O programa ARQLIX também possibilita a formatação de tabelas ou relatórios com dados de saída, através da compilação das informações introduzidas no banco de dados, gerando informações quantitativas importantes na interpretação dos dados levantados nas etapas de escavação e classificação das amostras. A geração destas tabelas é realizada através do menu relatórios. A figura 51 apresenta um exemplo de tela do menu relatórios.

Para tanto são previstas consultas que geram o número de aparições

por tipo de informação de entrada, de forma analítica e gráfica, visando facilitar

as interpretações dos dados coletados. Dentre estas consultas destacam-se as

consultas por amostra combinada por composição de material, código de item,

ramo de atividade e grupo de alimentos, assim como as consultas por data,

profundidade e coordenadas, também associadas entre si.

(28)

Figura 51. Tela do programa ARQLIX do menu Relatórios, onde pode ser vista uma pesquisa relacionando informações sobre a data de fabricação referentes ao ano de 1998 e a composição de materiais dos itens coletados em todas as amostras cadastradas. Nesta tela é

possível observar o número de aparições totais, juntamente com o código e a descrição da composição do material.

As possibilidades do programa ARQLIX são grandes e diversificadas

possuindo, como uma das vantagens, flexibilidade ao permitir a inclusão de

novos códigos em função das necessidades da pesquisa a ser realizada, além

de ser aberto para inclusão de novas buscas.

Referências

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