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Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

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Academic year: 2022

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(1)

1980

1976

1950

2001

ARTIGO TÉCNICO Ativos – Valor de

Recuperação – Mitos e Verdades

ENTREVISTA

Contador Cláudio Morais Machado explica a relação entre Governança Corporativa e Controle Interno

NOTÍCIAS

- Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul comemora 65 anos - Exposição itinerante, “Contabilidade, um balanço da história”, chega ao Estado

ISSN 1806-9924

Março - 2012 - 10

1986

1981

2012

2014

Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

(2)

Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

• Aproximadamente 10 mil caracteres ou em torno de quatro páginas,

com uma média de 230 linhas.

• Compatível com o MS Word (extensão .doc), na versão 2003 ou superior.

• Serão aceitos trabalhos já publicados em outros veículos, desde que

informada essa situação no ato de seu encaminhamento ao CRCRS, sendo que a preferência sempre será dada aos artigos inéditos e/ou preparados especialmente para a Revista. Os trabalhos apresentados em eventos igualmente devem ser

informados no ato do seu envio.

• Deverão ser redigidos em Língua

Portuguesa e revisados linguisticamente.

• Para textos de 4 a 5 laudas:

fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5.

• Para textos entre 3,5 e 4,5 laudas:

fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5.

• Os artigos devem ser enviados para comunicacao@crcrs.org.br

• Serão recusados artigos que infrinjam a ética e/ou a legislação profissional ou escritos por profissionais sem registro ou em situação irregular junto ao Conselho de Contabilidade.

Os artigos enviados para publicação na Revista do CRCRS são de inteira responsabilidade de seus autores, que

ao remetê-los para divulgação estão, automaticamente, permitindo a reprodução do conteúdo, em parte ou na sua íntegra, desde que citada a fonte.

Normas para publicação

de artigos técnicos

(3)

Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

Rua Baronesa do Gravataí, 471 – CEP 90160–070 Porto Alegre/RS – Fone/fax: (51) 3254.9400

crcrs@crcrs.org.br – www.crcrs.org.br

Composição da Diretoria – Biênio 2012/2013 Presidente

Zulmir Breda

Vice-presidente de Gestão Antonio Carlos de Castro Palácios

Vice-presidente de Fiscalização Celso Luft

Vice-presidente de Registro Moacir Carbonera

Vice-presidente de Controle Interno Célio Luiz Levandovski

Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional Adriel Mota Ziesemer

Vice-presidente de Relações com os Profissionais Roberta Salvini

Vice-presidente de Relações Institucionais Nair Giacobbo de Lima

Vice-presidente Técnico Paulo Walter Schnorr

___________________________________________________

Composição do Plenário Titulares

Contadores: Zulmir Breda, Adriel Mota Ziesemer, Erineu Clóvis Xavier, Luiz Eurico da Silva Boeira, Paulo Walter Schnorr, Antonio Carlos de Castro Palácios, Lino Bernardo Dutra, Paulo Ricardo Pinto Alaniz, Tanha Maria Lauermann Schneider, Gilberto Zanin de Souza, Celso Luft, Roberta Salvini, Moacir Carbonera, Carlos Osvaldo Pereira Hoff, Paulo Gilberto Comazzetto, Soeli Maria Rinaldi, Célio Luiz Levandovski, Sílvio Luís da Silva Zago

Técnicos em Contabilidade: Ibanor Cofferi, Marcos Gilberto Leipnitz Griebeler, Marlene Teresinha Chassott, Marice Fronchetti Guidugli, Nair Giacobbo de Lima, Marco Aurélio Bernardi, Luís Augusto Maciel Fernandes, Sílvia Regina Lucas de Lima, Ricardo Kerkhoff

Suplentes

Contadores: César Eduardo Stevens Kroetz, José Baldo Bordignon Sordi, José Roberto dos Santos Pires, Nádia Emer Grasselli, Silvio Luiz Taborda, João Carlos Mattiello, Mário Kist, Magda Regina Wormann, Patrícia Dutra, Neusa Teresinha Ballardin Monser, Grace Scherer Gehling, Angélica dos Santos Minasi, Alberto Amando Dietrich, Pedro Gabril Kenne da Silva, Inelva Fátima Lodi, Rosangela Maria Wolf, Rosemery Dias Gonçalves da Silva

Técnicos em Contabilidade: Loris Jardim Guimarães, Hildegard Rech, Maria Rosa de Freitas, Marta da Silva Canani, Gerson Dias Fraga, Ângelo Giaretton, Abílio Rozek, Airton Luiz Fleck, Roberto da Silva Medeiros

___________________________________________________

Corpo Editorial

Vice-presidente Técnico – Paulo Walter Schnorr

Vice-presidente de Controle Interno – Célio Luiz Levandovski Vice-presidente de Fiscalização – Celso Luft

___________________________________________________

Jornalista responsável: Valderez Micheletto – MTb 6407 Diretor Executivo: Luiz Mateus Grimm

Projeto e design gráfico:

www.stampadesign.com.br – Fone: (51) 3023.4866 Impressão: Gráfica Editora Pallotti

Tiragem: 35.000 exemplares

ISSN 1806-9924

4

editorial

Continuar é preciso, avançar

é imperioso!

10

entrevista

Governança Corporativa já é uma realidade nas empresas brasileiras

14

nos bastidores

EIRELI: novas contribuições para formalizar o

empreendedor brasileiro

16

notícias

65 anos do CRCRS

CRCRS em defesa da profissão

Decore e DHP Eletrônicas:

novas regras

6

artigo técnico

Ativos – Valor de Recuperação – Mitos e Verdades

26

delegacias regionais

Conheça os Delegados de Cachoeira do Sul, Encantado, Gravataí, Tapera, Teutônia e Três Coroas

3

sumário

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I

niciamos mais um ano à frente do Conselho Re- gional de Contabilidade do Rio Grande do Sul.

Sobre nós, diretoria e plenário, recai uma respon- sabilidade, cada vez maior, na condução das dire- trizes dessa entidade, que congrega mais de 37 mil profissionais que atuam na área contábil no Estado e que são responsáveis pela manutenção e pelo cres- cimento das empresas brasileiras, das entidades do terceiro setor e pelo controle, também, do patri- mônio e da gestão pública. Nesse sentido, para o biênio 2012-2013, vamos trabalhar para o fortale- cimento da imagem da profissão e do profissional contábil perante a sociedade.

Temos muitos outros projetos traçados para os próximos dois anos, mas considero importante ressaltar a atividade de fiscalização da nossa enti- dade sob o aspecto da preservação do mercado e daqueles que necessitam do nosso trabalho. É im- prescindível a recorrente e contínua fiscalização contra aqueles que exercem a contabilidade sem habilitação, os leigos, de modo a garantir que so- mente contadores e técnicos qualificados possam desempenhar suas funções, obedecendo aos prin- cípios contábeis e à ética profissional. Assim sendo, a sociedade gaúcha tem o respaldo e a certeza que o serviço prestado está sendo efetuado por quem detém o conhecimento técnico e a habilitação legal.

ConTInUAR é PRECISo,

AVAnçAR é IMPERIoSo!

Vamos, ainda, incentivar e aprimorar as demais atividades-fim e de apoio do CRCRS, sempre visan- do o fortalecimento e a ascensão do profissional e da classe. Assim como ocorreu em nossa gestão passa- da, iremos nos dedicar para cumprir todas as metas a que estamos nos propondo para este mandato.

4

editorial

(5)

Em razão de a profissão contábil exigir uma cons- tante atualização e um permanente estudo, por par- te daqueles que a exercem, e em consonância com a ideia de que a prevenção, por meio da capacitação, é melhor que a punição pelo erro técnico, o Programa de Educação Continuada será incrementado tanto na modalidade presencial como à distância.

A ampliação de parcerias com as universidades também faz parte de nossas ações para este ano. É importante a integração entre Conselho e o meio aca- dêmico, a fim de aproximar as exigências do mercado com a área do ensino, que forma o profissional.

Inovações têm espaço em nossos projetos. Preten- demos utilizar as ferramentas tecnológicas para criar um canal de comunicação entre os profissionais da contabilidade, que poderá ser utilizado para troca de informações e experiências, além da oferta de servi- ços ao mercado.

Nesse exíguo espaço do editorial, não é possível discorrer sobre todos os projetos que serão desen- cadeados, de forma gradativa, nos próximos meses.

Entretanto, faço questão de registrar a ênfase que continuaremos a dar ao Programa de Voluntariado da Classe Contábil e à implantação dos Observatórios So- ciais, este último como forma de participação e acom- panhamento da gestão pública pela sociedade civil.

Nessa linha, também, continuaremos a participar de campanhas públicas, que desencadeiam ações de inte- resse da sociedade, em parceria com os demais Con- selhos de profissões regulamentadas do nosso Estado.

Aqui, vale salientar que a parceria com as diversas enti- dades da classe contábil gaúcha será mantida por meio do Fórum Permanente das Entidades da Classe Contá- bil do RS, constituído em 2010, e que tem servido de palco de discussões de importantes temas.

A importância dessas iniciativas se fun- damenta no fato de que não podemos mais nos furtar em colaborar para uma socie- dade mais justa. Precisamos, também, di- recionar o nosso conhecimento em favor de ações voluntárias, de políticas sociais e comunitárias e, dessa forma, assumir a nossa responsabilidade como cidadãos.

Quero lembrar, também, do projeto que estamos trabalhando com esmero, que é a construção de uma nova sede, com insta- lações maiores e adequadas para atender às necessidades crescentes dos profissio- nais contábeis de todo o Estado.

Não poderia deixar de registrar ainda os 65 anos de fundação do CRCRS, que serão comemorados em abril deste ano, e agradecer a todos que se empenharam, voluntariamente, na consolidação desse ideal da classe.

Um forte abraço,

contador Zulmir breda

Presidente do conselho regional de contabilidade do rio grande do sul

5

editorial

(6)

antônio carlos Palácios

auditor independente vice-presidente de gestão do crcrs

ATIVoS –

VALoR DE RECUPERAçÃo –

MIToS E VERDADES

A

s normas contábeis definem claramente que ati- vo corresponde tão somente àqueles recursos aplicados em bens (tangíveis ou intangíveis) ou direi- tos que em momento futuro poderão, com razoável certeza, se converter em disponibilidades.

Quando de sua incorporação ao patrimônio da entidade, esses bens estão mensurados ao valor de aquisição, mas em momento seguinte deverão estar mensurados aos seus valores de recuperação. E o que vem a ser valor de recuperação? Para que isso seja bem entendido, é bom que tenhamos em mente que, ao se adquirir, construir ou permutar um bem, tem-se a expectativa de que este venha a gerar re- ceita, ou seja, caixa. A partir dessa geração de caixa, o ativo irá se pagar, e aí teremos recuperado o seu valor de aquisição. Certamente, a recuperação tam- bém se poderá dar pela venda do ativo.

Na verdade, nada de novo se tem com essa regra, que apenas foi enfatizada pela norma internacional, posto que os Princípios de Contabilidade adotados no Brasil sempre nos conduziram ao conservadorismo e à prudência e já nos ensinavam que deveríamos obser- var o valor de custo ou mercado, dos dois o menor, e sempre que o mercado fosse menor se deveria consti- tuir uma provisão para perdas. No entanto a síndrome fiscalista que dominou a contabilidade durante muitos anos condenou ao esquecimento esse critério, em de- corrência da indedutibilidade da provisão.

Podemos dizer que essa é a regra geral que, em princípio, não admite exceções. Diante disso, as normas contábeis determinam que nenhum bem poderá ter o seu valor contábil superior ao que se poderá obter com a venda ou o uso daquele ativo.

6

artigo técnico

(7)

A recuperação do valor de um ativo se dará pela sua venda no mercado ou pelo seu uso. Assim, é correto afirmar que valor recuperável é o maior dentre dois va- lores: o valor líquido de venda e o valor de uso desse ativo ou grupo de ativos.

A entidade deverá então verificar periodicamen- te se seus ativos estão ou não mensurados acima de seus valores de recuperação. Essa verificação, que deve ser feita pelo menos por ocasião do encerramento do exercício e/ou levantamento de demonstrações contá- beis intermediárias, é denominada teste de impairment.

A partir da convergência com as normas internacio- nais, criaram-se alguns mitos a respeito do teste de im- pairment. Cumpre esclarecê-los.

• Somente as grandes empresas estão obrigadas à realização do teste de impairment: falso. A NBTG 1.000, Resolução 1.255/09 do CFC, em sua seção 27, estabelece as regras que devem ser observadas por es- sas empresas em relação à redução dos ativos ao seu valor de recuperação.

• Somente os bens do imobilizado estão sujeitos ao teste e à redução ao valor de recuperação: falso.

Com exceção de tributos ativos diferidos, ativos decor- rentes de benefícios a empregados, propriedades para investimentos avaliadas a valor justo, alguns instrumen- tos financeiros e ativos biológicos, todos os demais ati- vos estão sujeitos à redução ao valor de recuperação.

• O teste de impairment deve ser aplica- do sempre e a todos os ativos sujeitos à redução ao valor de recuperação: falso. A administração da entidade deve analisar e avaliar algumas cir- cunstâncias que podem indicar a desnecessida- de de realização do teste. Como regra geral, e desde que não existam outros fatores que pos- sam estar influenciando, a entidade que estiver gerando resultados positivos em cada uma de suas atividades ou linhas de produção analisadas individualmente em princípio não possui ativos mensurados a valor superiores ao de recupe- ração, pois o resultado positivo indica que os ativos estão sendo recuperados. Ao oposto, as atividades em prejuízo indicam a provável ne- cessidade de teste. Da mesma forma, a descon- tinuidade de operações, sem o aproveitamento dos ativos que estavam alocados as operações descontinuadas. Ainda fortes oscilações no pre- ço dos ativos e/ou dos produtos por desvalori- zações produzidos ou desgaste inesperado ou obsoletismo dos ativos.

• Se o valor contábil do ativo estiver in- ferior ao de venda e de uso, pode-se comple- mentá-lo: falso. O valor contábil só pode ser ajustado por redução, mediante a constituição de provisão para perdas. Ou o acréscimo se- ria uma reavaliação, instituto extinto pela Lei 11.638/07.

• Se no ano seguinte se constatar que a provisão constituída no ano anterior já não se justifica, por mudança na realidade que envolve aquele ativo em termos de valor de mercado ou de receita gerada no fluxo de caixa projetado, pode-se reverter a provisão: verdadeiro. Nes- ta hipótese, o valor contábil pode ser ajustado para cima, até o limite da provisão anteriormen- te constituída.

“ a recuperação do valor de um ativo se dará pela sua venda no mercado ou pelo seu uso.

assim, é correto afirmar que valor recuperável é o maior dentre dois valores: o valor líquido de venda e o valor de uso desse ativo ou grupo de ativos”.

7

artigo técnico

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• A constituição de uma provisão para perda não implica aumento do imposto de renda e contri- buição social a pagar: verdadeiro. A Lei 11.941/08 criou a neutralidade tributária. A provisão influencia o lucro líquido do exercício, mas não afeta a apura- ção do lucro real.

• Ajustes nas taxas de depreciação e provisão para perdas por ajuste ao valor recuperado de ativos não são excludentes: verdadeiro. Os ajustes nas ta- xas de depreciação estão relacionados às revisões nas estimativas de vida útil econômica dos bens do ativo imobilizado. A provisão para perdas por ajuste ao valor recuperável se dá pela variação no preço de venda do ativo ou da sua capacidade de geração de caixa, pelo prazo de sua vida útil remanescente.

Considerando que tenham sido observados os aspectos destacados acima, a entidade conclui, en- tão, que existem indícios que sinalizam a existência de ativos com valores contábeis superiores ao valor de venda ou ao valor de uso. Como proceder?

A primeira providência – e muitas vezes a pri- meira e maior dificuldade – é identificar as Unidades Geradoras de Caixa (UGCs). Estas correspondem a ativo ou conjunto de ativos capazes de gerar re- ceitas mediante a fabricação de produtos, ou de fornecer condições para que a empresa comercial comercialize suas mercadorias, ou a prestadora de serviços execute os serviços que geram suas recei- tas. Enfim, tem de se identificar os ativos necessá- rios ao desenvolvimento da atividade operacional da entidade e que produz a sua riqueza através da geração de suas receitas.

Em alguns casos, isso é um trabalho bas- tante complicado, dependendo do ramo de atividade. Precisa separar cada tipo de recei- ta e identificar os ativos que são necessários a sua obtenção. Depois, deve-se apurar o custo contábil desse conjunto de ativos; lembrando que custo contábil é o custo de aquisição ou construção do ativo, mais eventuais reavalia- ções contabilizadas, incluindo ajustes ao valor justo contabilizados em 2010, menos depre- ciações/amortizações acumuladas e provisões para perdas.

Após, é preciso apurar o valor líquido de venda ou o valor de uso. Refere-se à alterna- tiva de um ou outro, porque, se um deles for superior ao valor contábil, este já será o valor de recuperação e não se precisará apurar o outro. Dessa forma, a entidade deve apurar primeiramente aquele que for mais fácil. Para determinação do valor líquido de venda, é ne- cessário considerar que os ajustes que tenham sido apropriados em 2010 para adequação ao valor justo podem ter deixado o valor contábil muito próximo ao valor de venda. Dependen- do da composição da UGC, é possível que só isso já sirva como indicador da necessidade ou não de constituição da provisão.

“Para determinação do valor líquido de venda, é necessário considerar que os ajustes que tenham sido apropriados em 2010 para adequação ao valor justo podem ter deixado o valor contábil muito próximo ao valor de venda”.

8

artigo técnico

(9)

Já o valor de uso corresponde aos fluxos de caixa descontados que se espera sejam gerados pelo ativo ou pela UGC. Em outras palavras, é o resultado que se espera ser gerado até o final da vida útil estimada daqueles ativos. Na estru- turação desses fluxos de caixa, existem aspectos importantes a considerar, tais como a taxa de ju- ros que se irá considerar para trazer os fluxos a valor presente, as quais devem guardar rela- ção com as praticadas no âmbito da entidade; as expectativas de variações no preço em função de alterações de mercado; os orçamentos da entidade; as variações eventualmente decorren- tes de fatores macroeconômicos; previsões de expansão e/ou redução ou descontinuidade de unidades ou atividade. É ainda importante con- siderar as diferentes vidas úteis estimadas para os diferentes ativos que compõem uma UGC.

Compondo uma UGC, encontramos ativos com diferentes estimativas de vida útil, o que significa que a UGC terá que ir sendo recomposta ao lon- go do tempo. Esses custos de recomposição da UGC (investimentos) devem ser considerados.

Em sendo o valor contábil menor que os dois (valor de venda e valor de uso), a entidade de- verá então constituir a provisão para perda no valor da diferença. Essa provisão só deverá re- duzir o valor de aquisição do ativo depois que eliminar eventuais valores de reavaliações mais valias e ágios.

Findado o segundo ano de vigência da nor- ma, o que se verifica é que muitas pequenas e médias empresas ainda não estão adotando esse procedimento. As razões variam entre o desconhecimento da norma, a dificuldade de entendimento e a dificuldade de obtenção das informações necessárias. De qualquer for- ma, o profissional da contabilidade deve estar consciente de que a norma é obrigatória e, como responsável pela contabilidade, cabe a ele encontrar meios de atender à exigência.

9

artigo técnico

(10)

N

o final de 2011, o Conselho Regional de Contabilida- de do Rio Grande do Sul editou a publicação “A Im- portância dos Preceitos de Governança Corporativa e de Controle Interno – sobre a evolução e a internacionaliza- ção das Normas de Contabilidade e Auditoria”, de autoria do contador Cláudio Morais Machado, que é pós-graduado em Auditoria e Finanças e mestre em Ciências Empresa- riais. A partir de uma experiência acumulada em 45 anos no exercício da contabilidade, Machado lança essa publica- ção, objetivando mostrar a Governança Corporativa como instrumento de qualificação nas práticas empresariais, com ênfase nos novos padrões internacionais de contabilidade e de auditoria. O livro está disponível em www.crcrs.org.br.

Nesta entrevista, o autor explica a boa relação entre contabilidade e governança corporativa.

Cláudio Machado é conselheiro fiscal de várias em- presas, membro da Comissão do Exame de Qualificação Técnica para Auditores Independentes do CFC, profes- sor de graduação de Ciências Contábeis e de cursos de pós-graduação da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre e ouvidor do CRCRS.

GoVERnAnçA CoRPoRATIVA

EMPRESAS bRASILEIRAS

JÁ é UMA REALIDADE nAS

cláudio morais machado

auditor independente 10

entrevista

(11)

Revista do CRCRS (R.C.): Como e por que surgiu a governança corporativa?

Cláudio Machado (C.M.): O desenvolvimento das empresas se deu praticamente em paralelo à evolução histórica dos mercados nacionais e internacionais e foi muito impactado pelos sistemas de governo. O maior problema gerado em termos de governança das empresas foi a pulverização do capital, via mercado ou via multiplicação natural de herdeiros, o que resultou na perda de comando dos proprietários (investidores), passando a gestão das empresas para as mãos de executivos profissionais. Isso gerou um conflito de objetivos entre os investidores/proprietários, que almejavam segurança com um melhor retorno possível de seus investimentos, e os executivos, que preferiam privilegiar os seus próprios interesses. Além disso, fortaleceu-se o choque entre os acionistas majoritários e minoritários, já que os primeiros, muitas vezes, eram também os executivos da gestão.

Esses embates ficaram conhecidos como conflitos de agências. Os graves problemas daí decorrentes, especialmente em crises econômicas, inclusive com mega fraudes, impactaram o mercado, causando grandes prejuízos tanto para os investidores como para o mercado nacional e internacional. Dessa forma, foi se desenhando a necessidade da criar um modelo de gestão que resolvesse os conflitos de agência, quer os provocados pelos executivos, privilegiando seus interesses, quer os gerados pela inoperância dos investidores/proprietários, ou pelos acionistas majoritários, ou executivos, que expropriam os direitos dos minoritários.

Surge, então, a governança corporativa, com objetivos básicos:

1º. harmonização do relacionamento entre os acionistas e a corporação, em que os primeiros sejam privilegiados pelo melhor retorno de seus investimentos e respeitados os demais interessados no sucesso e perenidade do empreendimento (colaboradores, governos, clientes, fornecedores, público local e sociedade em geral);

2º. atuação da direção executiva, de forma competente, ética e profissional;

3º. constituição de efetivos conselhos de administração e de controle.

A implantação desse modelo de governança suscita grande interesse nos governos e organizações mundiais, uma vez que as soluções dos conflitos de agência e a busca da perenidade das empresas/corporações, assim como a disseminação de responsabilidades social e ambiental, especialmente nas nações menos desenvolvidas, são fatores fundamentais para a garantia da paz e dos direitos nas sociedades.

Os marcos construtivos históricos da governança corporativa são quatro, pela ordem cronológica:

1º. “ativismo do Robert Monks” – empresário americano, financista, conhecedor do mundo corporativo, autor de obras fundamentais sobre investidores globais, ética corporativa e de combate às fraudes;

2º. “relatório Cadbury”, produzido por entidade de investidores institucionais britânicos, baseado em dois princípios da atual governança corporativa: prestação de contas e transparência, com plena aceitação do mercado;

11

entrevista

(12)

3º. “Princípios da OCDE” – Organization for Economic Co-operation and Delopment, o marco mais significativo. Apresentou, em maio de 1999, uma clara opção pela concepção stakeholders oriented, ou seja, uma orientação para atender a todos os interessados na empresa/corporação, sem deixar de preservar amplamente os direitos dos acionistas;

4º. “Lei Sarbanes-Oxley”, desencadeada como reação aos escândalos do início do século XXI, nos EUA. Adota os preceitos básicos de governança corporativa e de controle interno, alinhados com os Princípios da OCDE e o pronunciamento COSO Report.

R.C.: Quais os princípios e ferramentas da governança corporativa?

C.M.: Os princípios básicos de governança corporativa são quatro, a saber:

1º. Senso de Justiça, equidade no tratamento dos sócios minoritários (Fairness), ou seja, os mesmos direitos para todos os sócios; a remuneração dos administradores aprovada pelo Conselho de Administração; vedação de favores indevidos e criação de penalidades.

2º. Transparência (Disclosure) das informações nos relatórios normais (relatório da administração e

demonstrações financeiras) e em outros que impactem os negócios e os resultados corporativos (off balance sheet), inclusive de forma antecipada.

3º. Prestação de Contas (Accountability):

a responsabilidade direta dos principais executivos na divulgação de relatórios, fundamentados nas melhores práticas contábeis e de auditoria.

4º. Conformidade no cumprimento de Princípios e Regras (Compliance): cumprimento de leis e regulamentos vigentes e adoção de um código de ética, em especial para seus administradores.

Governança significa o poder de controle e direção de uma entidade. Já a governança corporativa, aplicada a empresas/corporações, é um sistema que permite aos investidores/

proprietários o governo estratégico da

organização e o efetivo controle da sua direção executiva. O controle dos proprietários/

investidores/acionistas sobre os responsáveis pela gestão das empresas/corporações é garantido pelos Conselhos de Administração e Fiscal e as Auditorias – Independente e Interna.

As boas práticas de governança corporativa fazem com que esses conselhos e a auditoria possam efetivamente aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital de menor custo e contribuir para a sua perenidade e sustentabilidade.

R.C.: Como funciona a governança

corporativa na prática e quais os benefícios para as empresas?

C.M.: Na prática, a governança corporativa atua por meio de uma adequada estrutura de poder, processos efetivos e boas práticas de governança corporativa. O ambiente de governança

corporativa, no qual se define a estrutura de poder, os seus processos e práticas, divide-se em quadro blocos inter-relacionados:

12

entrevista

(13)

1) propriedade: em reunião da assembleia geral, que é o órgão soberano da sociedade, são deliberados os assuntos de alta relevância para os seus destinos e objetivos;

2) controle: exercido pelos proprietários controladores sobre a administração;

3) administração: o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva;

4) auditoria e fiscalização: exercida de forma ampla pelo Conselho Fiscal (para os acionistas); pela auditoria externa (para os acionistas, administração e demais interessados do ambiente externo); comitês de auditoria, riscos e outros; e auditoria interna (para a administração).

Importante aspecto do sucesso deste sistema reside no fato de que parcela dos membros dos conselhos e comitês (de auditoria, de riscos, estratégico, etc.) devem ser independentes e de alta capacitação técnica nos assuntos que lhes são atinentes, além de manter elevada postura ética pessoal e profissional.

R.C.: Controle interno, governança corporativa, regulamentação dos mercados e adoção dos padrões internacionais de contabilidade e de auditoria, qual a relação?

C.M.: Neste caso, pode-se usar até um dito da sabedoria popular: “são todos vinho da mesma pipa”. Os padrões internacionais de contabilidade e auditoria trazem em seu bojo os preceitos de controle interno, com base nos pronunciamentos do COSO e de governança corporativa. A sua adoção generalizada resulta na aplicação uniforme de princípios, práticas e informes contábeis de qualidade, condições essenciais para possibilitar adequada governabilidade de empresa/corporação.

Isso favorece a comparabilidade entre as empresas, alicerça a decisão de investimento por parte dos potenciais empreendedores, e a confiabilidade por parte dos fornecedores e instituições financeiras. É consenso e exigência dos grandes fóruns políticos e financeiros internacionais. No Brasil, esta fase foi

superada pelos esforços do sistema CFC/

CRCs em estreita parceria com o IBRACON e demais parceiros governamentais,

representantes dos investidores, das corporações e da Academia. Também, em nosso País, deve-se realçar a ação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o IBGC, que vem efetuando profícuo trabalho de disseminação de governança corporativa e de suas boas práticas, adequando-a aos padrões de cultura e legislação brasileiros, com inúmeras, qualificadas e importantes publicações sobre este importante tema.

A adoção de governança corporativa é suces- so no mundo inteiro e agora também no Brasil, onde empresas de capital fechado e limitadas estão aderindo aos seus preceitos. Já é um di- ferencial a considerar no mercado acionário.

Também os princípios e, principalmente, as boas práticas de governança corporativa, já es- tão sendo adaptados para a atividade pública e entidades de fins ideais, onde o retorno do

“investimento” é outro, mas de fundamental importância para a sociedade democrática.

“governança significa o poder de controle e direção de uma entidade.

Já a governança corporativa, aplicada a empresas/corporações, é um sistema que permite aos investidores/

proprietários o governo estratégico da organização e o efetivo controle da sua direção executiva”.

13

entrevista

(14)

EIRELI: noVAS ConTRIbUIçõES EMPREEnDEDoR bRASILEIRo PARA foRMALIzAR o

N

o dia 11 de julho de 2011, a presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.441/2011 que alte- rou o Código Civil Brasileiro em vigor, para permitir a constituição da Empresa Individual de Responsabili- dade Limitada – EIRELI.

Na Parte Especial do Código Civil, no Livro II, o novo artigo 980-A estabelece que a EIRELI serão aplicadas as regras vigentes para as sociedades limita- das, ou seja, o disposto nos artigos 966 e seguintes.

O referido artigo ainda estabelece que a empresa seja constituída por uma única pessoa que será titu- lar de todo o capital social, que deverá ser igual ou maior que 100 vezes o maior salário mínimo vigente no País. Após o nome empresarial deverá constar a expressão “EIRELI”.

Cada pessoa fica limitada a constituir apenas uma EIRELI. Outros tipos de sociedade poderão ser con- vertidos em EIRELI como resultado da concentração de suas quotas por apenas um dos sócios.

Com a alteração do parágrafo único do artigo 1033, não se aplica à EIRELI o inciso IV, do mesmo artigo, que estabelece como causa de dissolução de uma sociedade a falta da pluralidade de sócios.

Essa nova pessoa jurídica, que começou a ser constituída a partir de janeiro de 2012, é um sistema genérico para o exercício individual da atividade em- presarial. Essa tendência mundial em limitar os riscos da atividade empresarial certamente é um grande avanço em nosso ordenamento jurídico.

João alberto vieira

Presidente da Junta comercial do rio grande do sul

A inovação dará ao empresário segurança e incentivo para investir. A sociedade será be- neficiada com a criação de novos postos de trabalho, geração de impostos, novos produ- tos e serviços, atração de investimentos es- trangeiros, etc.

14

nos bastidores

(15)

A formalização de certas atividades labora- tivas também foi preocupação do legislador, já que a EIRELI eliminará o sócio figurativo na constituição de sociedades, que na verdade são apenas de uma única pessoa. Todos os profissio- nais que trabalham através de uma pessoa jurí- dica, conhecida como “PJ”, poderão passar a ter uma empresa compatível com sua real atividade.

Mesmo ignorando a etimologia da palavra

“empresa”, o legislador contemporâneo deu um passo importante ao criar melhores condições para o empreendedorismo.

Apesar dos reconhecidos avanços com a nova figura, algumas dúvidas permanecem ca- rentes de um melhor entendimento, mas uma especificamente tem preocupado a todos que se interessam pelo assunto, refiro-me ao capital social e a obrigatoriedade de integralizá-lo no ato. Pela nossa experiência no assunto, penso que cabem algumas considerações que podem, no futuro, precaver ações de desconsideração de personalidade jurídica:

É suficiente a declaração de que o capital encontra-se totalmente integralizado, espe- cificando a forma da realização.

Não será exigida a apresentação de com- provação ou laudo de avaliação do bem usa- do na integralização, mas o titular poderá fazê-lo a fim de reforçar, com a publicidade do registro, a certeza do valor que foi afe- tado para a execução do negócio, visando total transparência na separação deste va- lor do patrimônio particular do titular. Da mesma forma, poderá registrar todas as de- monstrações contábeis que mantenham cla- ra a manutenção da separação patrimonial, garantindo a limitação da responsabilidade desta pessoa jurídica.

É vedada a contribuição ao capital que con- sista em prestação de serviços. O aumento do salário mínimo não obrigará a alteração do valor do capital já integralizado.

No caso de imóvel, ou direitos a ele relativos, o ato constitutivo, por instrumento público ou particular, deverá conter sua descrição, identifi- cação, área, dados relativos à sua titulação, bem como o número de sua matrícula no Registro de Imóveis competente.

É muito importante manter a transparência sobre a responsabilidade nos atos que possam implicar em reparação e na separação do patrimônio da pessoa física e o da pessoa jurídica, para não correr o risco de caracterizar abuso da personalidade jurídica, seja por desvio de finalidade ou por confusão patrimo- nial, previsto no art. 50 do Código Civil. Isso poderia resultar na desconsideração da personalidade jurí- dica, com a consequente invasão sobre o patrimô- nio particular do titular diante da impossibilidade da pessoa jurídica pagar as dívidas existentes.

Para finalizar, mas com certeza sem esgotar o as- sunto, este tipo de empresa vem com o objetivo de se- parar o patrimônio da pessoa jurídica da pessoa física, contribuindo para o empreendedorismo no nosso País e dando maior segurança jurídica para os empresários, uma vez que somente há desconsideração da perso- nalidade jurídica em caso de abuso, o que poderá, em princípio, ser objeto de discriminação comercial diante limitação de responsabilidade, caso que o mercado se incumbirá de resolver.

A EIRELI, há muito aguardada por todos, tem sido vista com bons olhos tanto pela comunidade jurídica quanto pelo público em geral. A prova disto é que, pas- sado o primeiro mês da implantação no Rio Grande do Sul, já contabilizamos quase uma centena de novas empresas registradas na JUCERGS, o que por certo ga- rante o sucesso desta nova espécie de pessoa jurídica.

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nos bastidores

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Contador zulmir breda

Pela escolha unânime dos 27 conselheiros, que compõem o plenário do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, no dia 3 de janeiro, em sessão plenária ex- traordinária, o contador Zulmir Breda foi reeleito presidente deste Regional por mais dois anos – 2012/2013. Na ocasião, também foram empossados os novos conselheiros, eleitos em novembro, os membros do Conselho Diretor e das diversas Câmaras: Ética e Disciplina, Recursos, Fiscalização, Desenvol- vimento Profissional, Registro e Controle Interno.

Breda, ao assumir, agradeceu a confiança depositada, mais uma vez, pelos conselheiros e salientou que esta responsabili- dade de dirigir a entidade, pela segunda vez, exigirá de todos muita dedicação e esforço, pois é preciso manter a trajetória ascendente de realizações das últimas gestões. Citou ainda al- gumas das ações previstas para os próximos dois anos.

“Encerramos o primeiro mandato com a certeza do dever cumprido. Aos novos conselheiros, hoje empossados, desejo sucesso nesta nova missão. Atualmente, são mais de 37 mil profissionais da contabilidade jurisdicionados pelo CRCRS, que esperam de nós uma atuação firme, corajosa, em favor da classe contábil. Nos próximos dois anos, precisamos am- pliar o alcance do Programa de Educação Continuada, bus- cando, no incremento do ensino presencial e na evolução do ensino à distância, atender a demanda crescente de capacita- ção e atualização, especialmente, no que diz respeito às no- vas normas contábeis vigentes no Brasil. Também temos que estar, cada vez mais, vigilantes contra o exercício da profissão contábil por não habilitados ou impedidos tanto na esfera pú- blica quanto na iniciativa privada. A Fiscalização do Conselho deve estar sempre atenta e preparada para coibir as eventu- ais investidas de leigos no exercício de prerrogativas da nossa profissão. O uso de ferramentas tecnológicas será incremen- tado para permitir a ampliação do espectro de fiscalização, atingindo um universo maior de empresas.”

O presidente reeleito enumerou outras propostas para o biênio 2012-2013, como a ampliação das parcerias com as universidades que mantém cursos de ciências contábeis, a participação de contadores e técnicos em contabilidade no

Programa de Voluntariado da Classe Contábil e o incentivo à implantação de Observatórios Sociais nos municípios do Estado.

Ressaltou, ainda, o importante e relevante trabalho desenvolvido pelos delegados regio- nais e pelas comissões de estudos.

Ouvidoria

Ainda, no dia 3 de janeiro, na sessão ple- nária extraordinária, foi reeleito o ouvidor do CRCRS, contador Cláudio Morais Machado. A Ouvidoria foi instituída por meio da Resolução CRCRS nº 314/94, com o objetivo de receber, processar, instruir e encaminhar à Presidência, após a avaliação e parecer, propostas, projetos, sugestões, reclamações ou denúncias formula- das que visem o aperfeiçoamento dos proces- sos de decisão, a melhoria e a qualidade dos serviços e das atividades do CRCRS e de suas Delegacias Regionais.

Contato: ouvidoria@crcrs.org.br

Conselho Federal de Contabilidade também reelege presidente

Até 31 de dezembro de 2013, o contador Juarez Domingues Carneiro estará à frente do Conselho Federal de Contabilidade. Na mesma oportunidade em que foi reconduzido ao car- go, em eleição que ocorreu nos dias 4 e 5 de janeiro, foram eleitos os membros do Conselho Diretor e diversas Câmaras do egrégio CFC, para cumprimento do mandato referente ao período 2012/2015. O Rio Grande do Sul per- manece representado no CFC pelos contado- res Enory Luiz Spinelli, como vice-presidente de Desenvolvimento Operacional, e Ana Tércia Rodrigues, na Câmara de Desenvolvimento Pro- fissional e Institucional.

é reeleito Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul

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A Secretaria do Tesouro Nacional, por meio da Portaria nº 828, de 14 de dezembro de 2011, es- tabeleceu novos prazos para a implementação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais constantes na Parte II do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, aprovado pela Portaria nº 406/2011. Enquanto os Procedimentos Contá- beis Específicos previstos na Parte III do referido Manual passam a ser adotados pelos entes da Fe- deração de forma obrigatória a partir de 2012, os Procedimentos Patrimoniais passarão a ser ado- tados gradualmente a partir do exercício de 2012 e integralmente até o final do exercício de 2014, exceção feita no caso de existir legislação específi- ca emanada pelos órgãos de controle que antecipe este prazo. O Plano de Contas e as Demonstra- ções Contábeis Aplicado ao Setor Público, abor- dados nas partes IV e V do MCASP, deverão ser adotados, de forma facultativa, a partir de 2012 e, de forma obrigatória, a partir de 2013. A referida Portaria também determina que a primeira conso- lidação nacional das contas dos entes da Federa- ção, prevista no art. 51 da Lei de Responsabilidade Fiscal, será realizada em 2014, considerando os demonstrativos contábeis do exercício de 2013, tendo por base o Plano de Contas e o estabelecido pelo MCASP.

Cada ente da Federação deverá divulgar, até 30 de março de 2012, em meio eletrônico de acesso público e ao Tribunal de Contas do Esta- do, os Procedimentos Contábeis Patrimoniais e Específicos adotados e o cronograma de ações

a adotar até 2014, evidenciando os aspectos, em ordem cronológica a critério do poder ou órgão, relacionados com o reconhecimento, mensuração e evidenciação, por competência: a) dos créditos, tributários ou não e a dívida ativa, incluindo os respectivos ajustes para perdas; b) das obriga- ções e provisões; c) dos bens móveis, imóveis e intangíveis; d) dos ativos de infraestrutura; e) o registro de fenômenos econômicos, resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como: depreciação, amortização, exaustão; f) a implementação do sistema de custo; g) a apli- cação do Plano de Contas; e h) demais aspectos previstos no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.

Para o coordenador da Comissão de Estudos em Contabilidade Aplicada ao Setor Público do CRCRS, contador Flávio Flach, com a padroniza- ção e uniformização dos procedimentos contábeis nos três níveis de governo e também com a imple- mentação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, busca-se, assim, melhorar a qualidade e a consistência das informações prestadas a toda so- ciedade, de modo a possibilitar o exercício da ci- dadania no controle dos elementos e variações do patrimônio dos governos Federal, Estadual, Distri- tal e Municipal.

Além disso, será possível elaborar demonstra- ções contábeis consolidadas e proporcionar maior transparência sobre as contas públicas, adequan- do-se aos dispositivos legais vigentes e aos padrões internacionais de contabilidade do setor público.

Alterado o prazo de implementação do

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

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F

undado em 25 de abril de 1947, este ano o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul co- memora 65 anos. Traz em sua trajetória a marca do cres- cimento, da inovação e do comprometimento com a causa contábil – hoje, um compromisso assumido com mais de 37 mil profissionais contábeis registrados no Estado. A res- ponsabilidade de implantar novas ideias, de se distinguir pelas atitudes e ações dentro do Sistema CFC/CRCs tem de ser dividida entre todos os presidentes e conselheiros que passaram e estão à frente da entidade, pois cada um, de acordo com as exigências da sua época, contribuiu para a consolidação da profissão no RS e no País.

A entidade já nasceu impetuosa e desafiadora, refle- tindo a característica de seus gestores, do povo gaúcho.

De pequenas e modestas salas locadas na Rua Uruguai, onde iniciou, em 1947, suas atividades sob o comando de Henrique Desjardins, mudou-se, um ano depois, para a Rua Riachuelo, com acomodações melhores, porém, com o passar do tempo, incompatíveis com a deman- da, que já exigia uma estrutura maior. Em seguida, foi cumprir suas finalidades em dois andares, na Rua General Câmara, por 17 anos. Tempo suficiente para a aquisição de um terreno (1975) e início das obras de construção de uma sede própria (1976), na Rua Baronesa do Gravataí, 471, no bairro Menino Deus. Até que, em 21 de agosto de 1981, foi possível inaugurá-la. Orgulho do então pre- sidente do Conselho, Dr. Olívio Koliver, de conselheiros, do corpo funcional e de profissionais, afinal a entidade desempenharia as suas funções em um prédio de cinco andares, totalizando uma área de 2.351m2, construída com recursos próprios.

O feito foi tão emblemático que o Conselho Federal de Contabilidade, presidido pelo conta- dor Nilo Antônio Gazire, realizou a plenária nas novas dependências do CRCRS, oportunidade em que foram aprovadas alterações substanciais no Regimento Interno deste Regional, com des- taque para uma nova estrutura deliberativa. A importância do ato também pode ser compro- vada pelas autoridades que se fizeram presentes, na ocasião: governador do Estado, José Amaral de Souza; vice-governador, Octávio Germano;

CRCRS comemora 65 anos

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Na oportunidade em que se comemoram os 65 anos de fundação do CRCRS, estão de parabéns todos os profissionais da contabilida- de que, de uma forma ou outra, contribuíram e contribuem para o crescimento e ascensão deste Conselho, que sempre cumpriu de ma- neira exemplar com os objetivos pelos quais foi criado: registrar e fiscalizar a profissão contábil no Estado. Aliás, há que se salientar que, com o passar dos anos, essas áreas foram sendo aperfeiçoadas e incrementadas, especialmen- te, com o uso da tecnologia, que possibilitou, a este Regional, alcançar o pioneirismo em muitas iniciativas. Destaque, também, deve ser dado ao eficaz e abrangente Programa de Educa- ção Continuada, considerado como referência no sentido de proporcionar o aprimoramento contínuo do conhecimento técnico aos profis- sionais da contabilidade do RS.

São responsáveis pela brilhante trajetória evolutiva deste Regional, os seguintes con- tadores que dirigiram o Conselho nesses 65 anos: Henrique Desjardins, Zilmar Bazerque Vasconcellos, Holy Ravanello, Pedro José de Souza Pires, Antônio Rodrigues Bichinho, José Carlos Paim de Camargo, Wilson Oliva, Alfredo Ernesto Keller, Amir Vianna da Sil- veira, Américo Salatino, Artur Daniel Beust, José Silva de Araújo, João Verner Juenemann, Edgar Saul Corrêa de Oliveira, Erly Arno Poisl, Olivio Koliver, Arthur Nardon Filho, Ivan Carlos Gatti, Valério Geraldo Baum, José João Appel Mattos, Enory Luiz Spinelli, Rogério Rokembach e Zulmir Breda.

“mais uma mudança vem pela frente:

uma nova sede, prevista para 2014, com aproximadamente 6 mil m

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de área construída, sete pavimentos, mais subsolo”.

arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer;

secretário estadual da Fazenda, Mauro Knijnik;

dep. Estadual Roberto Cardona; Procurador Geral da Justiça, Mondercil Paulo; ex-presidente do CFC, Ynel Alves de Carvalho; vice-presidente do CFC, João Verner Juenemann; presidentes de outros re- gionais e de entidades da classe.

Hoje, em 2012, aos 65 anos, o Conselho Regio- nal de Contabilidade do RS, não para de crescer e de se modernizar, buscando novos desafios, novas metas, acompanhando a evolução dos encargos e da responsabilidade da entidade. Mais uma mudança vem pela frente: uma nova sede, prevista para 2014, com aproximadamente 6 mil m2 de área construída, sete pavimentos, mais subsolo.

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Este é o título da exposição itinerante, com peças do Museu da Contabilidade, que a Academia Brasileira de Ciências Contábeis, em parceria com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e com a Fundação Brasileira de Contabilidade, está levando a várias ca- pitais do País. O objetivo é divulgar a história da Con- tabilidade, apresentando os artefatos utilizados desde os tempos primórdios até os dias de hoje – com os avanços tecnológicos. A importância desta iniciativa se sustenta no fato de que a Contabilidade esteve presen- te em todas as fases evolutivas do homem e, portanto, faz parte da história da civilização. Surgiu como forma de registrar e administrar bens, por meio de métodos rudimentares, mas com objetivos claros e ainda pre- sentes atualmente que são a preservação e o controle do patrimônio. O conhecimento dessa trajetória e do desenvolvimento de ferramentas e mecanismos que possibilitaram executar a Contabilidade nos diversos

“Contabilidade

– um balanço da história”

ciclos da humanidade desperta a curiosidade de todo o profissional contábil. Aqui no Estado, com o apoio do CRCRS, a mostra vai ocorrer de 23 de março a 30 de abril, na Pontifícia Univer- sidade Católica do RS (PUC/RS), no saguão da Biblioteca Central Irmão José Otão, das 8h às 22h30min, de segunda à sexta-feira; e das 8h às 17h, aos sábados.

Assim, nesse período, é um compromisso dos profissionais e estudantes da área contábil visita- rem a exposição e conhecerem um pouco mais da história da profissão.

A iniciativa conta com o apoio do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul e da PUC/RS.

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• Em novembro passado, o Conselho Regional de Contabilidade obteve decisão favorável, em mandado de segurança, beneficiando as socie- dades contábeis na questão do recolhimento do ISSQN em Porto Alegre. O juiz da 1ª Vara Fede- ral Tributária de Porto Alegre, Dr. Fabio Hassen Ismael, reconheceu que as sociedades contábeis, pela sua própria natureza e forma de prestação de serviços profissionais, possuem direito à tri- butação por alíquotas fixas, independente das regras que vinham sendo estabelecidas pela Pre- feitura de Porto Alegre, no sentido de tributar as sociedades de profissionais pelo faturamento.

Pelos termos da decisão judicial, as sociedades contábeis ficam sujeitas exclusivamente às regras do Decreto-Lei nº 406/68. Nesse sentido, foi concedida a segurança para reconhecer o direi- to ao recolhimento do ISSQN pelas sociedades contábeis inscritas no CRCRS sob o regime de tributação por profissional. A sentença está dis- ponível em www.crcrs.org.br – link Fiscalização – Decisões Judiciais.

• O termo de cooperação técnica firmado, no final de 2011, entre o CRCRS e a Receita Estadual re- força uma das finalidades básicas deste Conselho, que é a de promover o efetivo e regular exercí- cio da Contabilidade por profissionais habilitados.

O convênio prevê um intercâmbio de informa- ções entre os órgãos. A Receita informa a deno- minação das empresas com inscrição estadual e os respectivos profissionais responsáveis pela Contabilidade, e ao Conselho cabe informar os profissionais em situação irregular, especificando os casos em que houver qualquer impedimento, mesmo que temporário.

• As entidades da classe contábil gaúcha, cientes das dificuldades enfrentadas, especialmente, por parte das empresas tributadas pelo regime do lucro pre- sumido em se adequarem às exigências da Receita Federal, no sentido de implantar a Escrituração Fis- cal Digital do PIS e da Cofins, elaboraram um mani- festo, em outubro passado, relatando o problema e, por conseguinte, solicitando a prorrogação do prazo de entrega da obrigação, que foi entregue ao Supe- rintendente Regional da Receita Federal do Brasil – 10ª Região Fiscal, Paulo Renato Silva da Paz. Em dezembro, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa nº 1.218, adiou a exigência da EFD do PIS e da Cofins para: a partir de 1º de janeiro de 2012, para as empresas enquadradas no lucro real;

e a partir de 1º de julho de 2012, para as empresas tributadas pelo lucro presumido.

• Ainda, objetivando agilizar e otimizar o trabalho dos pro- fissionais da Contabilidade, os presidentes do CRCRS, Zulmir Breda; do Sescon/RS, Jaime Gründler Sobri- nho; da Federacon, Sérgio Dienstmann; e do Sindicon- ta, Tito Celso Viero, reuniram-se com o secretário da Fazenda do Estado do RS, Odir Tonollier, em dezem- bro de 2011, para propor a revisão de procedimentos técnicos, entre eles: a obrigatoriedade de identifica- ção do responsável pela área contábil no momento da inscrição de cada contribuinte no cadastro da Secreta- ria da Fazenda do RS; o atendimento aos profissionais contábeis em qualquer delegacia da Receita Estadual do RS, eliminando a restrição, existente hoje, desses subestabelecimentos somente prestarem serviços a contribuintes localizados na base de cada delegacia.

Também foi solicitada a dilatação do prazo do início da exigência do Sped – ICMS/IPI para julho de 2012, uma vez que a Instrução Normativa 94/11 apenas prorroga o prazo de entrega da EFD para 16 de julho de 2012, em relação aos fatos geradores ocorridos de janeiro a julho de 2012. Acompanharam o presiden- te do CRCRS, na oportunidade, o diretor Executivo do CRCRS, Luiz Mateus Grimm, e o coordenador da Comissão de Estudos de Tecnologia da Informação do CRCRS, Ricardo Kerkhoff.

CRCRS em defesa da profissão

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Prêmio zilmar

bazerque Vasconcellos

Na última reunião plenária do CRCRS realizada em 2011, foram premiados os três primeiros colocados na oitava edição do Prêmio Zilmar Bazerque Vascon- cellos – categoria trabalhos de conclusão de curso.

Primeiro lugar: Roberta Cristine da Silva Santos, da Ulbra – Canoas – “Evidenciação das informações socioambientais: estudo multicaso nas empresas de energia elétrica CEMIG, COELCE e EDP Energias do Brasil”.

Segundo lugar: Patrícia de Lima de Oliveira, da

UCS – Caxias do Sul – “Impactos da adoção dos pronunciamentos do IFRS no ativo imobilizado da empresa Castertech Fundição e Tecnologia Ltda”.

Terceiro lugar: Saulo Cristian Santin Viau, da Fa- culdade São Judas Tadeu – Porto Alegre – “Análise de desempenho das ações que compõem o índice de governança corporativa – IGC: um estudo com- parativo com o índice Bovespa”.

Os 10 trabalhos de conclusão de curso premia- dos em 2011 encontram-se em www.crcrs.org.br.

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Pequena empresa, mas com

grande responsabilidade social.

Agudo dá o exemplo

A ACJ Assessoria Empresarial, organização con- tábil com atuação na cidade de Agudo há 29 anos, já transformou em hábito a participação em prêmios que valorizam a responsabilidade socioambiental e a qualidade na gestão. O reconhecimento desse tra- balho calcado no aprimoramento da atividade-fim, aliada à conscientização social, rendeu várias distin- ções importantes à organização, que tem à frente o contador Ari Carlinhos Jaeger, ex-delegado regional do CRCRS em Agudo.

Recentemente, em 2011, a ACJ foi condecorada com o Prêmio MPE Brasil em duas categorias: Servi- ços e Responsabilidade Social.

Jaeger explica que a conquista desse prêmio em duas categorias é consequência de um trabalho que vem sendo desenvolvido há algum tempo.

“Em 2001, participei da fundação do comitê do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), em Agudo. A partir daí, despertou a nossa consciência como empresário, assim como de ou- tros empresários de outros segmentos, em buscar uma maior qualidade na área da gestão e na orga- nização, como um todo. Conseguimos entender melhor as metodologias de gestão do PGQP. Prio- rizamos o conhecimento e envolvimento de nossos colaboradores, a fim de obter um retorno financei- ro com satisfação dos clientes e dos funcionários.

Começamos a participar ativamente de ações sociais comunitárias. Assim, teve início a implan- tação do processo da qualidade na gestão e de responsabilidade social. Mas, há que se salientar que esse trabalho exige muita persistência. É fundamental o envolvimento de toda a equipe.

Estamos trabalhando com qualidade na gestão desde 2001 e elaborando planejamento estraté- gico desde 2003”.

O Prêmio MPE Brasil, que até 2007 era cha- mado de Talentos Empreendedores, avalia a ges- tão global das micro e pequenas empresas de qualquer segmento com faturamento até dois milhões e quatrocentos mil reais por ano. No ano passado, 12 mil empresas se inscreveram. Des- sas, cinco mil responderam ao questionário; 53 foram selecionadas para receber a visita dos au- ditores; 19 participaram do evento, realizado em 13 de dezembro; e dez foram premiadas.

A expectativa de todo o grupo da ACJ, segundo Jaeger, é a próxima fase do MPE Brasil. Trata-se da etapa nacional, em que a empresa irá concor- rer com outros 21 estados, que também adotam a mesma metodologia.

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Convênio entre CRCRS e Caixa Econômica possibilita linha de crédito aos

O Conselho Regional de Contabilidade do RS (CRCRS), por meio de um convênio firmado com a Caixa Econômica Federal, está disponibilizando aos seus registrados uma linha de crédito, Aporte Caixa, com taxas diferenciadas.

“O objetivo é oportunizar aos profissionais que atuam na área contábil do Estado a expansão ou a melhoria de seus ne- gócios e empreendimentos”, explica o contador Zulmir Breda, presidente do CRCRS.

Ruben Danilo Pickrodt, superintendente adjunto da SR Porto Alegre, salienta que o Aporte Caixa é uma operação que se destaca pela amplitude das condições oferecidas.

“Para ter acesso ao crédito, o cliente só precisa ter um lote urbano, ou um imóvel comercial ou residencial, que possa ser apresentado como garantia e que esteja desembaraçado de quaisquer ônus. Para empréstimos de até R$ 200 mil poderá ser

profissionais da Contabilidade

aceito o valor do imóvel constante no carnê do IPTU, em substituição à avaliação feita pela área de enge- nharia da Caixa. Não há limite máximo de emprésti- mo ou de valor de imóvel, respeitada a capacidade de pagamento do cliente. A taxa de juros para o convê- nio é de 1,48% + TR em até 120 meses, e 1,55% de 121 a 180 meses”, explica o superintendente.

Zulmir Breda, presidente do CRCRS, e Ruben Pickrodt, superintendente adjunto da SR Porto Alegre

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Entraram em vigor, em janeiro de 2012, as novas regras para a emissão da Declaração de Habilitação Profissio- nal (DHP) e da Declaração Comprobatória de Per- cepção de Rendimentos (DECORE), estabelecidas pelas Resoluções CFC 1.363/11 e 1.364/11, respectivamente.

Algumas das principais alterações:

DECORE

Em relação à Decore, que somente poderá ser emiti- da de forma eletrônica, uma das principais mudanças diz respeito à prestação de contas, que, de acordo com a Re- solução CFC 1.364/11, a cada 50 Decores, o profissional deverá apresentar a base legal comprobatória, caso con- trário o sistema inibirá a emissão da 51ª. A documentação comprobatória correspondente às Decores emitidas deve- rá ser encaminhada ao CRCRS.

ATENÇÃO: o sistema só permitirá a emissão de novas Decores após a apresentação da documentação exigida.

Os documentos que podem fundamentar a emissão da Decore, constantes no Anexo II da Resolução CFC n°

1.364/11, são os seguintes, quando proveniente de:

• retirada de pró-labore e distribuição de lucros: escritu- ração no livro diário;

• honorários (profissionais liberais/autônomos): escritu- ração no livro caixa e DARF do Imposto de Renda Pes- soa Física (carnê Leão) com recolhimento feito regu- larmente ou recibo de Pagamento de Autônomo, com os devidos recolhimentos de tributos obrigatórios e o Contrato de Prestação de Serviço;

• atividades rurais, extrativistas e assemelhadas: escri- turação no livro caixa e DARF do Imposto de Renda Pessoa Física (carnê Leão) com recolhimento feito re- gularmente, ou no livro diário, ou nota do produtor, ou recibo e contrato de arrendamento, ou recibo e contrato de armazenagem;

• prestação de serviços diversos ou comissões: escri- turação no livro caixa e DARF do Imposto de Renda Pessoa Física (carnê Leão) com recolhimento feito regularmente, ou escrituração do livro ISSQN ou Nota Fiscal Avulsa do ISSQN e DARF do Imposto de Renda Pessoa Física (carnê Leão) com recolhimento feito regularmente;

Decore e DHP Eletrônicas: novas regras

• aluguéis ou arrendamentos diversos: contra- to de locação, comprovantes da titularidade do imóvel e de recebimento da locação, ou escrituração no livro caixa e DARF do Im- posto de Renda Pessoa Física (carnê Leão) com recolhimento feito regularmente, se for o caso;

• rendimento de aplicações financeiras: com- provante do rendimento bancário;

• venda de bens imóveis ou móveis: contrato de promessa de compra e venda ou escrituração pública no Cartório de Registro de Imóveis;

• vencimentos de funcionário público, apo- sentados e pensionistas: documento da enti- dade pagadora;

• microempreendedor individual: declaração apresentada à Receita Federal com os ren- dimentos efetivos dos últimos 12 meses ou equivalente a um salário mínimo com a có- pia do recolhimento ao INSS.

DHP

A DHP, de acordo com a Resolução CFC nº 1.363/11, tem por finalidade comprovar, exclusi- vamente, a regularidade do profissional da Conta- bilidade perante o Conselho Regional de Contabi- lidade. Por ocasião da emissão da Decore, a DHP Eletrônica estará impressa no próprio documen- to. Quando utilizada em documentos, sob a res- ponsabilidade técnica do profissional contábil, por solicitação em editais de processos licitatórios, a referida declaração deverá acompanhar os docu- mentos exigidos no respectivo edital. Em relação a outros documentos, fica suspensa sua utilização pelo prazo de 90 dias para verificação de procedi- mentos, conforme determinação do CFC.

É imprescindível que os profissionais que atuam na área contábil interem-se das mudanças ocorridas. As Resoluções estão disponíveis em www.crcrs.org.br.

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as delegacias e os escritórios regionais são o elo entre o conselho e os profissionais que atuam no interior do estado.

nesse contexto, a figura do delegado regional é de suma importância, uma vez que representa a entidade nas suas respectivas regiões.

ConHEçA oS DELEGADoS REGIonAIS

Delegacia: Cachoeira do Sul

Delegado: Contador Marcelo de Barros Dutra

Profissionais: Contadores: 151 – Técn.Cont.: 202 – Entidades Empresariais de Contabilidade: 105 E-mail: loreto@brturbo.com.br

Jurisdição: Cachoeira do Sul, Cerro Branco, Paraíso do Sul e Novo Cabrais

Delegacia: Gravataí

Delegado: Técn. Cont. Sandra Maria Lunardi Baumgartner

Profissionais: Contadores: 546 – Técn. Cont.: 572 – Entidades Empresariais de Contabilidade: 270 E-mail: sandrabaungartner@terra.com.br

Jurisdição: Gravataí, Glorinha e Cachoeirinha

Delegacia: Três Coroas

Delegado: Técn. Cont. Eduardo Kellermann

Profissionais: Contadores: 20 – Técn. Cont.: 50 – Entidades Empresariais de Contabilidade: 26 E-mail: eduardo.kellermann@terra.com.br

Jurisdição: Três Coroas

Delegacia: Teutônia

Delegado: Contador Gustavo Luiz Schnoremberger

Profissionais: Contadores: 67 – Técn. Cont.: 48 – Entidades Empresariais de Contabilidade: 24 E-mail: gustavo@digiservcontabilidade.com.br

Jurisdição: Teutônia, Westfália e Imigrante Delegacia: Tapera

Delegado: Técn. Cont. Vilson Roque Hubner

Profissionais: Contadores: 29 – Técn. Cont.: 38 – Entidades Empresariais de Contabilidade:14 E-mail: mbmhubner@brturbo.com.br

Jurisdição: Tapera, Selbach e Lagoa dos Três Cantos Delegacia: Encantado

Delegado: Contadora Ilani Teresinha Bagatini

Profissionais: Contadores: 105 – Técn. Cont.: 81 – Entidades Empresariais de Contabilidade: 43 E-mail: ilanibagatini@conzatti.com.br

Jurisdição: Encantado, Anta Gorda, Arvorezinha, Muçum, Nova Bréscia, Relvado, Putinga, Roca Sales, Ilópolis, Itapucá, Travesseiro, Doutor Ricardo, Coqueiro Baixo e Vespasiano Correa

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delegacias regionais

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