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SEGURIDADE SOCIAL BRASILEIRA

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Academic year: 2022

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Página | 1 O assunto Seguridade Social nas provas de Residências geralmente vem sendo cobrado de maneira implícita nas questões sobre Política Social, buscando não deixar que as entrelinhas do edital possam vir a surpreende-la (o) resolvemos gravar essa aula básica acerca da Seguridade Social para facilitar seus estudos!

 Artigo 194 da Constituição Federal de 1988

Vejamos qual a definição dada à Seguridade Social de acordo com o texto constitucional

“Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

1º. Universalidade

Trata-se do princípio fundamental que rege os demais.

2º. Uniforme e Equivalência dos benefícios e prestações

Benefícios idênticos para toda a população, garantindo igualdade, salvo nos casos de diferenciação entre urbano e rural.

3º. Seletividade e Distributividade

Necessário tratamento desigual dos desiguais. A seletividade visa garantir os mínimos.

4º. Irredutibilidade do valor dos benefícios O valor pecuniário não pode ser diminuído 5º. Equidade na participação do custeio

Todos custeiam, porém de forma proporcional à renda.

6º. Diversidade na base de financiamento

Trabalhadores, empresas e pessoas físicas, assim como União, Estados e Municípios, financiam.

7º. Participação da Comunidade na Gestão Administrativa

Destaca o caráter democrático, a participação popular, os conselhos e conferências.

SEGURIDADE SOCIAL BRASILEIRA

OBJETIVOS DA SEGURIDADE

SOCIAL

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Página | 2 Esse deve ser o pontapé inicial para se entender o que é a nossa Seguridade, pois é o registro legal que fundamenta todas as análises acerca desse sistema e nos permite refletir sobre diversos aspectos da proteção social no Brasil.

Vamos começar resolvendo uma questão:

1. PREFEITURA DE FRONTEIRA-MG / 2017 / Máxima

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. São objetivos da seguridade social, EXCETO:

a) Universalidade da cobertura e do atendimento e a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

b) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

c) Caráter democrático e centralizado da gestão administrativa;

d) Irredutibilidade do valor dos benefícios.

2. BANPARÁ/ 2018/ FADESP

Compete ao poder público organizar a Seguridade Social com base nos seguintes objetivos:

a) universalidade da cobertura do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviço às populações urbanas e rurais; diversidade da base de financiamento.

b) particularidade da cobertura do atendimento; caráter democrático e descentralizado da administração; diversidade da base de financiamento.

c) particularidade da cobertura do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; diversidade da base de financiamento.

d) particularidade na prestação dos benefícios e serviços; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviço às populações urbanas e rurais; desconcentração com participação popular no financiamento da seguridade.

e) universalidade da cobertura do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviço às populações urbanas e rurais; desconcentração com participação popular no financiamento da seguridade.

Viu que não é tão difícil?! É preciso realmente decorar quais os objetivos, e assim você não errará nenhuma questão.

Depois de entendermos o conceito e os objetivos da Seguridade Social, precisamos estudar sobre seu financiamento.

De acordo com a CF/88 temos:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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Página | 3 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

E ainda (...) § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei

Para finalizar essa parte mais Legal da Seguridade Social é fácil para você compreender, tendo em vista a aula de Política Social, que o nosso sistema de proteção social é um...

Modelo híbrido

Diante da garantia legal, poderíamos facilmente afirmar que o Brasil possui senão o melhor, um dos mais completos sistemas de proteção social do mundo, porém a garantia legal não significa a garantia real da proteção. E é nessa discussão que podemos refletir sobre a Seguridade Social, vamos lá!

De acordo com Ana Elizabete Mota, podemos afirmar que Saúde: universal

Previdência Social: contributiva

Assistência Social: para quem dela necessitar

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Página | 4

“As políticas de proteção social, nas quais se incluem a saúde, a previdência e a assistência social, são consideradas produto histórico das lutas do trabalho, na medida em que respondem pelo atendimento de necessidades inspiradas em princípios e valores socializados pelos trabalhadores e reconhecidos pelo Estado e pelo patronato”

Lembra que falamos sobre a necessidade primária de qualquer conquista social ser o conflito (ou a confusão, rs), na seguridade social não seria diferente. Fruto de grandes manifestações ocorridas na década de 80, a Seguridade Social deveria responder pelos interesses e demandas advindos da sociedade no geral, e ainda mais, daquela parcela que vive em condição de vulnerabilidade social. No entanto, reitero: a garantia legal não equivale à garantia real.

Muito antes da década de 80 já podemos datar o surgimento embrionário das políticas que compõem a seguridade social, conforme Mota

“Originárias do reconhecimento público dos riscos sociais do trabalho assalariado, as políticas de seguridade ampliam-se a partir do II pós-guerra, como meio de prover proteção social a todos os trabalhadores, inscrevendo-se na pauta dos direitos sociais.”

Conforme discutimos amplamente em algumas aulas como Política Social, todas as proteções, leis, e políticas que versam sobre direitos sociais tem sua base no trabalho e a seguridade social, também. É nas inflexões sobre o trabalho, nas necessidades de ajuste das relações trabalhistas pelo capital, com o objetivo de manutenção da ordem e da produção, consequentemente do lucro, que culmina o sistema de proteção social.

Poderíamos datar a origem da seguridade social à nível mundial, aproximadamente por volta da década de 1940, no contexto do pós 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de prover proteção social à todos os

trabalhadores. Mas com foco principal naqueles impossibilitados de trabalhar, ou seja, de prover seu sustento por meio do trabalho, devido alguma situação como enfermidade, invalidez, desemprego temporário, entre outros.

“O trabalho, suas condições (sob o capital) e relações (assalariado/alienado) têm centralidade na constituição dos sistemas de seguridade social.

Por isso mesmo, as políticas de proteção social são referenciados por princípios e valores da sociedade

salarial (...)”

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Página | 5 Já na década de 1970, em pleno cenário de mutação e transformação do mundo do trabalho, decorrido da forte crise vivenciada pelo capital, e a derrocada dos ‘anos de ouro do capitalismo’, transformam-se não apenas as formas de produção, mas também as formas de proteção até então existentes. Nesse viés, reflete Mota

“Nesse cenário, foi necessário redefinir a seguridade social para adequá-la às novas necessidades do grande capital, razão maior da definição de um conjunto de prescrições – nomeadas de ajustes e reformas – particularmente nos países periféricos, como é o caso dos Latino-americanos (embora não exclusivamente), cujos principais formuladores são os organismos financeiros internacionais”

Mas quais reformas seriam essas?

Parcerias com comunidade e ONGs Focalização na extrema pobreza

Iniciativas de autosustentabilidade (...)

Trata-se de romper com a incipiente lógica de proteção social inaugurada recentemente e instaurar no pensamento social à necessidade de transformação de forma a “realizar uma verdadeira reforma social e moral que transforme o seu projeto de classe num projeto de todas as classes.”

Já em solos brasileiros, assim como o desenvolvimento das políticas sociais foram tardias, o sistema de proteção social também deu seus primeiros passos um pouco depois.

“Trata-se de destruir a sociabilidade do trabalho protegido e de construir uma outra, amparada na negação da intervenção social do Estado e na afirmação da regulação do mercado, nas iniciativas

individuais e no envolvimento da sociedade civil que, ao se assumirem como corresponsáveis pelas políticas sociais,

institucionalizam o terceiro setor”

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Página | 6

“(...) É somente a partir dos anos 80 que a sociedade brasileira ensaia a institucionalização e constitucionalização dos primeiros passos em prol do exercício da cidadania, de formas de democracia, da constitucionalização de novos direitos sociais, trabalhistas e político”

Embora falemos de protoformas de políticas sociais, de Lei Eloy Chaves datada de 1923, e de outras formas de “proteção” que antecedem a década de 1980, em se tratando de rumo à cidadania, democracia e proteção social de forma mais sólida, é apenas no desenrolar da década de 1980 que podemos contextualizar tal avanço. E apesar dessa evolução no que tange à proteção social, algumas particularidades do país devem ser levadas em consideração, à saber:

Características excludentes do mercado de trabalho Grau de pauperização da população

Nível de concentração de renda

Fragilidades do processo de publicização do Estado

O contexto cultural, social, econômico e políticos dos países em desenvolvimento pesam bastante em qualquer análise acerca da proteção social, pois além de influir numa análise total acerca da realidade, impactam diretamente os beneficiários, demandas e necessidades existentes para a composição de um sistema de proteção social. Logo, a adoção do conceito de Seguridade Social e a garantia existente de maneira legal no maior aparato Legislativo do país, a Constituição Federal, não foi, e até a atualidade, não é, suficiente para garantir proteção social à todos.

“Mesmo assim, tais fragilidades não foram o suficiente para negar que os trabalhadores brasileiros, a partir dos anos 80, adquiriram novos direitos, ampliaram o acesso a serviços

públicos não mercantis, usufruíram o alargamento da oferta de benefícios, como os da assistência social e da saúde, dentre outros.”

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Página | 7 O grande avanço no que denomina-se proteção social no Brasil, particularmente falando, se dá em apesar da conjuntura histórica de negação dos direitos sociais, conseguimos romper com a lógica da proteção social atrelada exclusivamente ao mundo do trabalho. Atualmente contamos com um sistema de Seguridade Social que contempla áreas sociais distintas daquela que relaciona-se diretamente com o trabalho formal. Temos como tripé da Seguridade:

ASSISTÊNCIA SOCIAL: Para quem dela necessitar

Vamos treinar:

3. PREFEITURA DE PIRACURUCA/2012

Com a promulgação da Carta Constitucional de 1988, o conceito de seguridade social foi instituído para assegurar o direito à saúde, à previdência social e à assistência social. A seguridade social tem por finalidade:

a) A definição de mínimos sociais para as três áreas de necessidades sociais (saúde, previdência e assistência social), vinculadas aos direitos trabalhistas.

b) O reconhecimento da cidadania enquanto condição relevante de participação social.

c) A participação direta dos representantes da sociedade civil, no governo ou, então, por representação eletiva, no processo democrático de gestão das políticas nela inseridas.

d) A garantia de patamares sociais mínimos de vida da população, não mais reduzidos às relações de trabalho.

e) A sua estruturação, enquanto serviço público e garantia de status de direito social.

4. PREFEITURA DE NITÉROI / 2018/ FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Como componente da Seguridade Social, a Assistência Social constitui-se em uma política social:

a) securitária;

b) não contributiva;

c) compulsória d) retributiva e) público-privada.

PREVIDÊNCIA SOCIAL: para quem contribuir

SAÚDE:

Universal

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Página | 8 Como conversamos também na aula anterior, o lapso temporal que envolve inauguração, desenvolvimento e primeiros acesso da seguridade social é sucinto, uma vez que datamos de 1988 o início legal do sistema de proteção social e já em 1990 passamos a sofrer os fortes impactos da onda neoliberal, a qual prevê a participação mínima do Estado no tocante aos direitos sociais, contrariando o princípio constitucional de primazia da responsabilidade estatal.

Institui-se com a onda neoliberal uma nova gestão estatal, a qual busca, por meio de intenções não tão disfarçadas, transformar o que outrora, designamos de proteção social. Dentre os reflexos dessa conjuntura neoliberal podemos elencar alguns, à saber:

Incorporar o processo de precarização como inevitável

A mercantilização como fato inexorável

A subordinação do público ao privado como iniciativas complementares e parte constitutiva das novas experiências de gestão

Em linhas gerais, podemos afirmar que o projeto neoliberal rompe com o incipiente modelo de proteção social, fragilizando as conquistas outrora alcançadas, e transformando o aparato constitucional, que legalmente não pode ser alterado de maneira tão leviana, num balcão de negócios para o capitalista.

Ana Elisabete Mota, em

concordância com o pensamento outrora exposta, expõe de maneira explícita o processo de desmonte da seguridade....

“Ora, esse processo que possui apenas duas décadas, passa a ser negado a partir dos meados dos anos 90 em favor das prescrições neoliberais e de um conjunto de mudanças Seguridade Social Brasileira, momento em que as classes dominantes iniciam a sua ofensiva

contra a seguridade social universal. Para realizar sua reforma, as classes dominantes precisaram exercitar sua condição de dirigente, sitiando os projetos sociais dos trabalhadores, não somente através da força e coerção, mas confundindo seus referenciais, na proporção em que dotam de novos conteúdos as bandeiras políticas históricas dos trabalhadores brasileiros.”

“Do meu ponto de vista, esse processo foi um dos determinantes das tendências atuais da seguridade social, criando condições objetivas e subjetivas para uma fragmentação das necessidades e dos interesses

mediatos e imediatos dos trabalhadores no que diz respeito aos mecanismos de proteção social. Estava criada desde então uma clivagem no atendimento das necessidades coletivas dos trabalhadores.”

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Página | 9 Diante das análises podemos concluir que as classes dominantes conseguiram estabelecer sua racionalidade diante do pressuposto constitucional, transformando a previdência social num balcão de negócios, a saúde num produto a ser vendido pelo amplo e ineficaz seguro de saúde privada, e a assistência como política necessária para quem vive na extrema vulnerabilidade social, políticas e econômica.

Vamos resolver mais uma questão!

5. INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA /2019/ IDECAN

As políticas de proteção social, dentre as quais se incluem as que compõem a Seguridade Social brasileira – a saúde, a previdência e a assistência social, são consideradas produto histórico das lutas dos trabalhadores. Atualmente, o avanço do projeto capitalista e neoliberal em todo mundo também impacta o campo da seguridade social, se traduzindo nas seguintes tendências

a) avanço das políticas redistributivas de natureza pública.

b) redução das políticas compensatórias de combate à pobreza.

c) diminuição de ações de voltadas para o empreendedorismo social.

d) consolidação da figura do cidadão-consumidor de serviços sociais.

e) fortalecimento de medidas de enfrentamento à precarização e à desproteção do trabalho.

Para Mota, o capitalismo consegue lograr êxito em transformar a seguridade social, em algo nunca antes visto, e atribui à esse transformismo algumas características, vejamos:

Regressão das políticas redistributivas de natureza pública e constitutiva de direitos, em prol de

políticas compensatórias de combate à pobreza e de caráter

seletivo e temporário;

Privatização e mercantilização dos serviços sociais, com a consolidação da figura do cidadão-consumidor, condição e premissa da existência de serviços de proteção social básica para o cidadão-

pobre e ampliação de programas sociais de exceção voltados para o cidadão-miserável, com renda abaixo

da linha da pobreza.

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Página | 10 GABARITO:

1. C 2. A 3. D 4. B 5. D

VAMOS TREINAR MAIS!

1. (IADES/ IGEPREV-PA/2018) Em relação às políticas e aos programas de seguridade social na realidade brasileira, assinale a alternativa correta.

a) As políticas de seguridade social somente foram garantidas pelo Estado brasileiro no período desenvolvimentista entre a década de 1930 e o ano de 1964, época caracterizada pela intervenção do Estado na economia e pela expansão das políticas sociais.

b) A primeira metade da década de 1980 no Brasil foi o período de maior avanço em relação à implantação dos princípios da universalidade, uniformidade e equivalência da seguridade social no País.

c) O padrão de seguridade social reconhecido pela Constituição Brasileira de 1988 prevê todas as políticas garantidoras dos direitos de cidadania, sendo esse um avanço que foi proporcionado pelas lutas democráticas e populares da década de 1980.

Emergência de novos protagonistas tais como a empresa socialmente responsável, o voluntariado, com suas práticas congêneres de desenvolvimento

sustentável, ações em rede, empoderamento e empreendedorismo social que amparam a redefinição da intervenção social do Estado, agora atrelada à capacidade de participação

da sociedade civil;

Despolitização das desigualdades sociais de classe em face da

identificação dos chamados processos de exclusão (...)A sociedade é como reunião de comunidades e famílias, marcadas

por situações singulares e localizadas.

Um outro aspecto a destacar, enquanto tendência recente é peso de algumas políticas de

seguridade social sobre o mercado de trabalho.

Este vetor esvazia as medidas de enfrentamento à precarização e desproteção do

trabalho, em prol de ações pontuais e de duvidosa eficácia contra o desemprego, a geração de renda e a formação de mão de

obra.

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Página | 11 d) Houve um processo crescente de estagnação e perda de financiamento público das políticas e dos programas de seguridade social no Brasil durante o ajuste fiscal estabelecido na década de 1990 pelos governos neoliberais.

e) As principais políticas e os programas de seguridade social no Brasil vêm sendo implementados, desde o avanço do neoliberalismo na década de 1990, por organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.

2. (MPE-AL/ FGV/2018) Os estudiosos da Seguridade Social afirmam que ela representou um marco na conquista de direitos sociais no Brasil, uma vez que instituiu a responsabilidade do Estado sobre um conjunto de necessidades que, antes da sua materialização, eram consideradas de âmbito

a) individual.

b) filantrópico.

c) assistencial.

d) trabalhista.

e) familiar.

3. (SESAP-RN/ COMPERVE/2018) Acerca do desenvolvimento histórico e das tendências da seguridade social brasileira, observa-se que os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro nessa área, durante a ditadura militar, ao tempo em que criou as condições para incluir os trabalhadores excluídos da previdência também propiciou a abertura do mercado privado de serviços sociais complementares, a exemplo dos planos de saúde e da previdência completar. Essa iniciativa fragiliza a proteção coletiva dos trabalhadores, com o firme propósito de criar, no Brasil, os meios para a construção de um modelo de proteção social constituído por

a) serviços próprios das empresas, seguros sociais privados oferecidos pelos bancos e serviços públicos para os mais vulneráveis.

b) serviços próprios das empresas, benefícios da assistência social e seguros públicos oferecidos pelo SUS.

c) seguros públicos oferecidos pelo SUS, serviços privados do terceiro setor e benefícios eventuais aos mais vulneráveis.

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Página | 12 d) serviços privados próprios do terceiro setor, seguridade social pública e serviços assistenciais oferecidos pelos bancos.

4. (Câmara de Goiânia – GO/ CS-UFG / 2018) A seguridade social é um campo de tensões e disputas entre capital e trabalho. No atual governo, ela vem sendo alvo de constantes ataques devido à radicalização das medidas neoliberais adotadas. O pacote de medidas que compromete o sistema protetivo garantido na Constituição Federal de 1988 inclui:

a) focalização das ações da Política de Previdência Social nos aposentados; corte no valor das maiores aposentadorias e desburocratização no cadastro dos usuários.

b) congelamento do salário-mínimo; desvinculação do Benefício de Prestação Continuada da Política de Previdência Social e mercantilização da Política de Assistência Social.

c) limitação dos gastos públicos em vinte anos; desvinculação das pensões e aposentadorias das correções do salário-mínimo e desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho.

d) substituição do Cadastro Único (CadÚnico) por um mecanismo de controle mais rígido;

revisão da Consolidação das Lei do Trabalho e corte de recursos para a política de saúde.

5. (MPE/FGV/2018) A Constituição Federal de 1988 instituiu a Seguridade Social, composto pelas políticas sociais de Saúde, Assistência Social e Previdência. Este tripé indica que a) deverá ser observada uma hierarquia entre as políticas, dependendo da necessidade local.

b) há a primazia das parcerias público-privadas na condução das três políticas.

c) a população, através do controle social, deverá pautar os programas destas políticas.

d) as três políticas, em sua ação conjunta, constituem a proteção social.

e) todas as políticas deverão contar, obrigatoriamente, com assistentes sociais em seus programas.

6. (Assembleia Legislativa-RO/FGV/2018) A concepção de Seguridade Social representa um dos maiores avanços da Constituição Federal de 1988, no que se refere à proteção social e ao atendimento das históricas reivindicações da classe trabalhadora.

Neste sentido, ela representa:

a) a antecipação das políticas de cunho neoliberal, a partir da instituição do tripé de políticas sociais, que seriam flexibilizadas em seguida.

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Página | 13 b) a promessa de afirmação e extensão de direitos sociais em nosso país, em consonância com as transformações sociopolíticas que se processaram.

c) o rompimento completo com a ditadura militar brasileira, a partir das lutas pela democracia e instauração do Estado de Bem-Estar Social.

d) o movimento natural do desenvolvimentismo para assegurar o progresso em padrões compatíveis de competição com países do primeiro mundo.

e) o reconhecimento da centralidade ontológica do trabalho e sua vinculação com os condicionantes sociais da desigualdade existentes no país.

7. (USP/2019) As políticas de Seguridade Social instituídas nos países capitalistas da Europa Central se sustentaram nos modelos de políticas sociais

(A) bismarckiano e beveridgiano.

(B) bismarckiano e toyotista.

(C) beveridgiano e toyotista.

(D) marxista e beveridgiano.

(E) bismarckiano e marxista

8. (Prefeitura de Fortaleza – CE/ Prefeitura de Fortaleza – CE/2018) Assinale a alternativa correta, que corresponde ao conjunto organizado, coerente, sistemático, planejado de diversas políticas sociais, financiado pelo fundo público e que garante ampliação de direitos, bens e serviços sociais, nas áreas de emprego, saúde, previdência, habitação, assistência social, educação, transporte, entre outros bens e serviços públicos.

a) Contexto fordista/keynesiano.

b) Correlações de forças das classes sociais.

c) Seguridade Social.

d) Sistema de Proteção Social.

9. (ALEGO/IADES/2019) A construção histórica do aparato legal da Assistência social é assunto relevante para o processo de Análise crítica da realidade socioeconômica da população e avaliação dos resultados dos programas e políticas sociais. A cerca do sistema de proteção social brasileiro:

a) O Sistema de Proteção Social se restringe a políticas, programas e projetos sociais.

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Página | 14 b) No Brasil, o Sistema de Proteção Social se limita à garantia e à proteção de direitos na saúde, previdência social e educação.

c) Em sua base, o sistema de proteção social brasileiro se constitui como um sistema integrado e organizado de regulação social e econômica.

d) A seguridade social brasileira incorporou a lógica do seguro ( beveridgiana) e da assistência ( bismarckiana).

e) O reconhecimento dos direitos sociais e a respectiva universalização no sistema de proteção social capitalista desmercantilizaram as relações sociais fundadas na produção e na apropriação privada.

10. A Seguridade Social, após a Segunda Guerra Mundial, foi determinante na regulação das relações econômicas e sociais. Os direitos da Seguridade Social, baseados nos modelos alemão bismarckiano ou beveridgiano inglês, têm como parâmetro os direitos do trabalho. A Seguridade Social brasileira, instituída com a Constituição de 1988, incorporou princípios desses dois modelos ao

a) restringir a previdência aos trabalhadores contribuintes, universalizar a saúde e direcionar a assistência social a quem dela necessitar.

b) instituir o trabalho como eixo estruturante para todas as políticas sociais.

c) ampliar a cobertura dos serviços previdenciários àqueles que não estejam inseridos no mercado formal de trabalho.

d) unificar os fundos de financiamento, a fim de centralizar a gestão orçamentária no âmbito da esfera federal.

e) criar legislações rigorosas e punições severas às situações de trabalho infantil e escravo em todo o território nacional.

GABARITO

01 D 08 C

02 A 09 D

03 A 10 A

04 C 05 D 06 B 07 A

Referências

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